Ano 29 | Nº 1510| De 5 a 11 de maio de 2021| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt
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Câmara anula proposta de regulamento após protestos da população
Pateiras de Fradelos não avançam para Paisagem Protegida
p. 8
Equipamento está a ser construído e vai ser um dos maiores do país
Investigação
LOJA DO CIDADÃO DEVERÁ ABRIR ATÉ SETEMBRO A data foi anunciada esta segunda-feira pela a Câmara Municipal. As obras de construção do espaço, que tem cerca de 3.000 metros quadrados, já decorrem e deverão ficar concluídas no final de julho. p. 5
Universidade do Minho quer consolidar polo de Famalicãop. 6
Conservatório de Dança de Famalicão apto a receber alunos de todo o país
Freguesias Gavião inaugurou novo Adro da Igreja
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FC Famalicão ainda fez Atleta da Papa Léguas Desportivo de tremer o Dragão, alcança o bronze S. Cosme já tem mas não foi suficiente no Lançamento do Peso iluminação LED pub
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CIDADE
opiniãopública: 5 de maio de 2021
Jovens da AFPAD assinalam Dia Mundial da Dança
Os jovens da Associação Famalicense de Prevenção e Apoio à Deficiência (AFPAD) aproveitaram o Dia Mundial da Dança, que se celebrou a 29 de abril, para organizarem várias coreografias de dança com a ajuda de estagiárias da Licenciatura de Educação da Universidade do Minho. A tarde foi passada com muita expressão corporal e cultura, ao som de músicas típicas de diferentes países. “No final, ainda fomos surpreendidos com a espontaneidade que alguns dançarinos colocaram em alguns passitos de dança, o que demonstra a capacidade de improviso que é necessário ter, assim como o cunho pessoal que quiseram deixar em algumas músicas por eles selecionadas e interpretadas através da expressão corporal que é imprescindível na arte, porque a dança também é arte. Através dela os nossos dançarinos expressaram sentimentos, emoções e transmitiram mensagens através do movimento do corpo”, revelou a direção técnica em comunicado. A atividade fomentou a capacidade psicomotora, de interpretação e expressividade corporal dos jovens da associação.
PSD Famalicão debate participação das mulheres na política local A vice-presidente e deputada do PSD, Isaura Morais (na foto), é a convidada da próxima sessão das “Quartas na Sede”, iniciativa promovida pelo Partido Social Democrata de Famalicão. A iniciativa está marcada para esta quarta-feira, dia 5, às 21h30, com uma sessão de perguntas e respostas sobre a questão da participação das mulheres na política local. A sessão vai decorrer exclusivamente online através da plataforma Zoom. Os interessados em participar devem inscrever-se através de mensagem privada enviada para o Facebook do PSD de Famalicão, onde será também transmitida a conferência. Recorde-se que esta é já a terceira edição das “Quartas na Sede”, um ciclo de debates promovido pelo PSD de Famalicão à volta de temas locais e nacionais.
FICHA TÉCNICA
CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt
DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt
CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt
REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).
DESPORTO: José Clemente (CNID 297) e Paulo Couto.
As obras no centro da cidade entre os assuntos abordados
Economia famalicense em debate entre Iniciativa Liberal e ACIF No passado dia 26 de abril, a Concelhia da Iniciativa Liberal (IL) de Famalicão esteve reunida com a Associação Comercial e Industrial de Famalicão (ACIF) de forma a debater alguns assuntos de relevo na vida social e económica do concelho. Entre os assuntos abordados, esteve o impacto das obras na cidade na mobilidade dos famalicenses, bem como a sustentabilidade do comércio. Em nota à imprensa, a IL refere que se vivem “tempos difíceis no que toca à mobilidade dos famalicenses, o que naturalmente também tem reflexo nos comerciantes, cuja dificuldade em estacionar e limitações ao nível das esplanadas têm impactado negativamente a faturação”. O partido salvaguarda ainda que é necessário “procurar soluções para a mobilidade dos idosos, de forma a garantir que também estes têm condições para usufruir da cidade e comprar no comércio local”. Relativamente à resposta da Câmara Municipal ao impacto económico da pandemia de Covid-19 no comércio local famalicense, os representantes da ACIF tiveram a oportunidade de confirmar que têm sido ouvidos pela autarquia e par-
A Iniciativa Liberal reuniu com os dirigentes da ACIF
ticipado na construção de soluções. Também a IL saúda a criação do Marketplace “Comércio da Vila”, que possibilitará a ligação entre comerciantes e compradores famalicenses pelos canais digitais. Já o Programa Extraordinário de Apoio à Economia Local não mereceu tanta recetividade por parte do partido que o considera “de valor reduzido e que devia ter sido mais célere a sua chegada às empresas, visto que só mais de um ano após o início da pandemia se está a materializar”. Outro assunto em cima da
mesa, na mesma reunião, foi a reabertura da Praça - Mercado Municipal de Famalicão, na qual o partido marcou presença. Se por um lado a ACIF a considerou “positiva e com capacidade de servir bem os famalicenses”, a concelhia da IL alertou “para os custos da infraestrutura e demonstrou preocupação com as notícias da existência de uma revindicação de uma indeminização pela parte da empresa de construção”. No mesmo encontro a IL mostrou a intenção de apresentar candidatos às próximas eleições autárquicas.
Dias à Mesa regressam este fim de semana com os rojões Na próxima edição dos Dias à Mesa, que decorre entre esta quinta-feira e domingo, 6 a 9 de maio, os rojões são a iguaria gastronómica em destaque. A iniciativa alberga dezena e meia de restaurantes do concelho e é organizada pela Câmara Municipal com o objetivo de promover os sabores da região. Os Rojões podem ser apreciados nos seguintes restaurantes: Alfa; Amaury; Bis – Pasta &Risotto; Bisconde; Casa Pêga; Churrascão Sousa; El Vagabundo; Fondue; Garfo Dourado; Moutados; O Caçarola; O Prato; Outeirinho; Páteo da Figueiras; Sara Cozinha Regional. A iniciativa Dias à Mesa arrancou em 2019 com um conjunto de propostas dos melhores sabores regionais combinadas com as inesquecíveis vivências culturais do município. A pandemia provocada pela Covid 19 veio alterar o conceito da iniciativa, privando as pessoas dos eventos, mas mantendo as experiências gastronómicas de excelência. Os Rojões conjugavam-se com a “Festa de Maio: Flores & Trocas” que apesar de não reunir ainda as condições necessárias para a sua realização devido à pandemia, irá assinalar-se este ano com a decoração
GRAFISMO: Carla Alexandra Soares
OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira.
GERÊNCIA: João Fernandes
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de 15 espaços públicos com arranjos florais na cidade. Destaque para o “Passaporte Gastronómico” que dá a oportunidade de jantar ou almoçar gratuitamente num restaurante à escolha. Os restaurantes aderentes vão distribuir os passaportes já carimbados aos clientes, com cada uma das refeições.
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opiniãopública: 5 de maio de 2021
CIDADE
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Presidente da Câmara satisfeito por Famalicão sair do nível de alerta
Diminuição de casos Covid “deve-se à resposta dos famalicenses” Cristina Azevedo O concelho de Famalicão conseguiu descer o número de novas infeções por Covid 19 na última semana e avançou, no passado sábado, para a quarta e última fase do desconfinamento. Depois de ter estado em nível de alerta, a incidência de casos por 100 mil habitantes em Famalicão desceu de 146 para 110, segundo os dados por concelho avançados pela Direção Geral da Saúde, na última sexta-feira. O concelho ficou, assim, abaixo dos 120 casos por 100 mil habitantes, o que permitiu avançar para a fase seguinte do desconfinamento. Para o presidente da Câmara de Famalicão, “é sinal de que os famalicenses souberam responder ao que se espera deles, que é ter atitudes acertadas e assertivas em face das circunstâncias”. Paulo Cunha lembra que “há 15 dia atrás, Famalicão fazia parte de um lote de municípios que estava numa zona de risco de retrocesso ou de não avanço, e que a saída desse lote “é uma boa notícia”. “Só mostra que somos uma comunidade fo-
cada, responsável e interessada no bemestar a na saúde de todos”. O edil realça, porém, que “esta ótima notícia” não significa o fim do problema, “mas tão só que os nossos comportamentos ajudaram e que o caminho é continuar-
Crime aconteceu em julho de 2020
Cinco anos de prisão, com pena suspensa, para homem que agrediu mulher à facada O Tribunal de Guimarães condenou, na quartafeira da semana passada, a cinco anos de prisão, com pena suspensa, um homem de 37 anos acusado de agredir a mulher à facada, em Famalicão. O arguido foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado, na forma tentada, e de violência doméstica e terá ainda de pagar uma indemnização superior a 20 mil euros à vítima. O tribunal deu como provado que o arguido infligiu várias outras agressões físicas e verbais à companheira e também a injuriou, violou e ameaçou de morte. Sublinhou, ainda, a “gravidade significativa” da conduta do arguido, mas, face ao teor do relatório social, considerou haver margem para suspender a pena. Para a suspensão da pena, o arguido não pode aproximar-se da ví-
tima nem a contactar por qualquer meio, tendo ainda de se sujeitar a um programa específico de prevenção da violência doméstica e de manter o tratamento à problemática aditiva. O afastamento da vítima será controlado por meios eletrónicos. Em tribunal, o arguido admitiu que desferiu algumas facadas à companheira, mas sublinhou que o objetivo não era matar, mas apenas “ferir”. De resto, negou todos os factos relativos à violência doméstica, mas o tribunal deu-os todos como provados. A tentativa de homicídio terá ocorrido em 6 de julho de 2020, quando o arguido se deslocou ao restaurante em que trabalhava a companheira e lhe desferiu “vários” golpes com uma faca de cozinha, atingindo-a no tórax, abdómen, num braço e numa perna.
Valeu à vítima a intervenção do dono do restaurante, que chamou a polícia e o INEM. O tribunal não deu como provada a intenção de matar, sublinhando que o arguido atuou com dolo eventual, ciente de que podia tirar a vida à companheira, “resultado com o qual se conformou”. As facadas registaram-se uns dias depois de a companheira lhe ter dito que ia pôr fim à relação, que durava há sete anos, por não suportar mais o seu comportamento causado pelo consumo excessivo de álcool, com maus-tratos verbais constantes. O arguido estava com a medida de coação de prisão domiciliária, que cumpria na Comunidade Terapêutica no Projeto Homem, para tratamento do alcoolismo, pelo que o tribunal, face á pena aplicada, decretou a sua restituição à liberdade.
mos a fazer o que fizemos até agora”. Só assim, diz Paulo Cunha, se conseguirá reduzir o número de infeções no concelho, apelando, mais uma vez, ao uso da máscara, ao distanciamento social e à desinfeção das mãos.
Há duas semanas atrás, o presidente da Câmara defendia o reforço da testagem à Covid 19, sobretudo nas pequenas e médias empresas, adiantando que iria propor à Administração Regional de Saúde (ARS) Norte um plano de ação para aumentar o número de testes no concelho. Questionado pelo OPINIÃO PÚBLICA sobre se esse plano chegou a ser implementado, o autarca diz que “o reforço está a existir, mas não de uma forma direcionada para as empresas, como chegou a ser equacionado”. E explica: “Esse reforço tinha como objetivo fazer face a um progressivo aumento de casos, se ele acontecesse, só que, logo nos primeiros dias após a colocação de Famalicão no lote de municípios em alerta amarelo, os números em Famalicão deixaram de crescer e despois desceram”. Este fator fez, segundo o edil, que não fosse necessário fazer essa localização dos testes no contexto empresarial, embora se “mantenha um alerta e uma testagem massiva sempre que houver focos, quer seja numa empresa ou numa turma numa escola”.
Posto de Turismo de Famalicão situa-se agora no Mercado Municipal
O novo Posto de Turismo do concelho de Famalicão situa-se agora na renovada Praça – Mercado Municipal. Aí, é possível encontrar informações sobre a cultura, o património e a gastronomia famalicense. O novo espaço ocupa a torre principal do edifício onde funcionaram as antigas instalações da Cooperativa de Rádio Táxis de Famalicão. Além de informações turísticas, este novo posto terá à disposição dos visitantes uma nova gama de produtos oficiais do território e da Praça desenvolvidos pela autarquia para a promoção do concelho. Entre eles está uma coleção de chávenas e de sacos intitulada “Gentes da nossa terra” alusiva a várias personalidades ligadas a Famalicão, tais como Camilo Castelo Branco, Bernardino Machado e Arthur Cupertino de Miranda; um con-
junto de produtos alusivos à marca “Famalicão. O Seu Lugar”; uma coleção de postais; e ainda merchandising da PraçaMercado Municipal, como avental, saco térmico, lista de compras, trólei e bloco de notas. O novo Posto de Turismo de Famalicão funciona de segunda a sexta, entre as 9h00 e as 18h00, e aos sábados, das 9h00 às 13h00. Importa ainda referir que com esta abertura fica desativado o antigo posto localizado na Praça D. Maria II, que atualmente funciona como espaço administrativo dos serviços municipais de Turismo, mas também a Loja Interativa de Turismo que será desativada fruto das obras de requalificação do centro urbano e cujos dispositivos tecnológicos passarão a estar disponíveis ao público no novo Posto de Turismo.
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opiniãopública: 5 de maio de 2021
Memorando de entendimento implica a cooperação entre os dois territórios
Famalicão está formalmente “ligado” a Binzhou da China Carla Alexandra Soares “Queremos estreitar laços e criar relações de confiança entre nós”. Foi com estas palavras do edil famalicense, Paulo Cunha, que o Município de Famalicão e a cidade de Binzhou, na República Popular da China, celebraram na passada quarta-feira, um memorando de entendimento. Este documento formalizou a intenção dos dois municípios de desenvolver uma relação de cooperação entre os dois territórios, especialmente no domínio económico, na cultura e no turismo, no desporto e na governança. A sessão contou com os representantes máximos municipais dos dois países, e realizou-se em formato digital a partir dos salões nobres dos dois municípios e com transmissão direta no Facebook do município. “Depositamos grande expetativa no memorando que hoje subscrevemos e na relação que agora iniciamos com Binzhou, porque acreditamos que com esta proximidade ambos os territórios podem crescer”, sublinhou Paulo Cunha na sua intervenção. Depois da descrição da sua cidade, que disse ser de “mente aberta e de inovação”, o mayor de Binzhou, Zhang Baoliang, salientou que “apesar dos milhares de quilómetros que separam as cidades, a distância não é um obstáculo e não pode separar as duas cidades amigas”. E acrescentou: “Esperamos estreitar cada vez mais os laços de cooperação com Famalicão, numa atitude
Momento em que os dois autarcas exibem o documento, depois de assinado
de ‘win-win’, dando as mãos e envolvendo as pessoas de ambas as cidades para se relacionarem entre si e se comprometerem com esta cooperação e esta amizade que se deseja que seja longa”. Sobre Famalicão, o responsável apontou as características e o potencial industrial que considerou “único, designadamente nos setores têxtil, componentes para automóvel, agroalimentar e metalomecânica, se-
Estatuto PME Excelência atribuído a 49 empresas famalicenses em 2020 Quarenta e nove empresas famalicenses foram distinguidas com o estatuto de PME Excelência 2020, mais 14 em relação ao ano de 2019. A distinção é atribuída pelo IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, em parceria como Turismo de Portugal e os principais bancos a operar no país. No total, foram reconhecidas 2.865 empresas em todo o país, representativas de vários setores de atividade. “Num contexto de pandemia, como que vivemos em 2020, termos 49 empresas do concelho que chegaram a este patamar, é notável”, refere, a propósito, o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, visivelmente satisfeito com o resultado que, supera o de 2019. “Passamos de 35 para 49, o que significa que as empresas famalicenses estão muito focadas”. Um sucesso que o edil atribuiu a toda a comunidade empresarial, trabalhadores e empresários, que têm feito um trabalho notável”. Por isso, entende que Famalicão está a dar “os passos necessários para que as nossas empresas sejam robustas, tenham capacidade de produção, tragam mais valia e inovação para o mercado e ganhem cota nos mercados internacionais”. Paulo Cunha recorda que a Câmara Municipal também tem tentado fazer a sua parte, desenvolvendo a criação de um “ecossistema empreendedor, com condições para que as empresas sejam bem sucedidas e estes números também são, de certa forma, a confirmação do sucesso dessas ações”. Refira-se que além destas empresas que receberam o estatuto PME Excelência, em 2020 foram também distinguidas 184 com o estatuto de PME Líder. Estas distinções foram lançadas pelo IAPMEI em 2008, com o objetivo de distinguir empresas com perfis de desempenho superiores, conferindo-lhes notoriedade e criando-lhes condições otimizadas de financiamento para desenvolverem as suas estratégias de crescimento e de reforço da sua base competitiva.
tores esses que correspondem à estratégia de desenvolvimento de Binzhou”, referiu. A cooperação entre os dois territórios foi impulsionada por uma famalicense, Sónia Guimarães, natural da freguesia de Antas, que em 2017 partiu rumo à cidade de Binzhou, para liderar um projeto na empresa chinesa Loftex e onde desempenhou funções de responsável de inovação. Desde 2018, integra os quadros da Huafang CO.,
Ltd, empresa estatal chinesa, desempenhando funções na área do desenvolvimento de produto como Creative Director. Sónia Guimarães faz parte da rede Famalicenses no Mundo e tem contribuído ativamente para estreitar laços de amizade entre as cidades de Famalicão e Binzhou. De acordo com o documento assinado, é intenção das duas cidades, de acordo com os princípios de igualdade e benefícios mútuos, levar a cabo, intercâmbios e cooperação em áreas diversas, designadamente comércio, investimento, têxteis, agroalimentar, metalomecânica, automóvel, economia circular e saúde. Pretende-se igualmente reforçar os laços culturais através da ligação entre as pessoas e as sociedades de ambas as cidades e da consolidação de relações bilaterais em todos os domínios e a promoção da indústria do turismo como setor fundamental do desenvolvimento económico e o estabelecimento de contactos regulares entre os governantes de ambas as cidades em áreas relevantes da administração para facilitar a troca de know how nos intercâmbios e na cooperação, bem como em matérias de interesse comum. Binzhou é uma cidade de nível municipal situada no norte da província de Shandong, na República Popular da China. A cidade propriamente dita fica na margem norte do Rio Amarelo, enquanto sua área administrativa se estende por ambos os lados do seu curso.
Vários alunos realizam estágio em países europeus
Cior assinala Dia da Europa esta semana A Escola Profissional Cior coloca a Europa na sua agenda, no decorrer desta semana, com uma série de iniciativas enquadradas no Dia da Europa, que se celebra no próximo domingo, 9 de maio. Neste contexto estão previstos momentos de reflexão e de partilha sobre experiências e vivências registadas por alunos, professores, encarregados de educação, colaboradores e responsáveis da escola sobre a “importância da Europa no projeto educativo e formativo da Cior, relevando-se as virtudes dos processos e dinâmicas das mobilidades no âmbito do programa Erasmus+”, conforme refere Paula Pereira, da direção da escola famalicense. Para além dos vários fluxos de mobilidade de alunos para a realização de estágios em empresas e organizações parceiras em vários países europeus, a Cior assume-se também como entidade de acolhimento de alunos e professores que procuram a escola e empresas famalicenses para efetuarem os seus estágios. Pesentemente, uma aluna de Ourense, Espanha, a frequentar um curso técnico de vinificação encontra-se a frequentar um estágio na Quinta Casal de Ventozela, em Mo-
gege. Por sua vez, vários alunos a frequentarem os cursos de Farmácia, Auxiliares de Enfermagem, Comércio Internacional, Instalações Elétricas e Soldadura da região de Valência, iniciaram este mês estágios em empresas famalicenses. Entretanto, para a região de Valência rumarão, este mês, dois grupos de oito alunos do curso de Auxiliar de Farmácia e do curso de Eletrónica e Instalações Elétricas da Cior para uma mobilidade de 16 dias em contexto de escola. Também, desde abril e até dia 11
de junho, alunos do curso de Mecatrónica Automóvel encontram-se em Bilbao, Espanha, a realizar estágios em oficinas da Volvo, Peugeot e Mitsubishi. Também em Berlim, na Alemanha, 7 alunos da turma finalista de Metalomecânica estão a realizar um estágio de longa duração de três meses. Por fim, no início da próxima semana, a Cior acolherá um grupo de 14 alunos e dois professores do Liceu Tecnológico e Telecomunicações de Constança, Roménia, para a realização de um estágio nas oficinas e laboratórios da escola.
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CIDADE
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Festas vão decorrer de 4 a 13 junho
Antoninas “possíveis” estão de regresso com Zé Amaro e Miguel Araújo Depois de um ano de paragem devido à pandemia de Covid-19, a festa mais emblemática do concelho de Famalicão está de regresso e Miguel Araújo e Zé Amaro são alguns dos artistas convidados, com atuações nos dias 4 e 11 de junho, respetivamente. Em comunicado às redações, o município refere que “não serão as Antoninas de sempre porque a situação pandémica ainda não deixa, mas já serão Antoninas”. Com uma programação reduzida e adaptada às contingências atuais, as centenárias Festas Antoninas decorrem de 4 a 13 de junho e “prometem pôr os famalicenses a celebrar, na medida do possível, aquela que é uma das maiores festas populares do Norte de Portugal”. É sobretudo com música que este ano se vão assinalar as festas do concelho, que na reunião de Câmara do passado dia 22 de abril receberam luz verde do executivo municipal para a submissão da candidatura ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. No total, o palco do “Animate”, no Parque da Devesa, vai rece-
ber 12 concertos com “área limitada e com assistência condicionada às condições impostas pela Direção-Geral da Saúde”. A programação musical vai contar também com a atuação dos Cotovia Arisca e da Banda Myllenium, no dia 5; dos Pedra D’Agua e da Banda de Música de Riba d’Ave, no dia 6 de junho; do folclore famalicense e da Associação de Tocadores e Cantadores ao Desafio Famalicense, no dia 10; com a voz de Maria do Sameiro e da Banda Fammashow, no dia 12; e a terminar, no dia 13, com os concertos dos Folc d’Ave e da Banda de Música de Famalicão. Todos os espetáculos são de entrada livre, com levantamento obrigatório de ingresso. Apesar de anulado, o desfile das Marchas Antoninas pelas ruas da cidade vai ser relembrado através de uma exposição patente no Parque da Devesa e que vai reunir alguns dos arcos que abrilhantaram as últimas edições daquele que é o ponto alto das Festas. No mesmo período decorrerão mais duas exposições: uma sobre as Cascatas a Santo António, na Praça 9 de Abril, e outra intitulada
Miguel Araújo
“Festas Antoninas. Entre o Sagrado e o Profano”, patente no Museu Bernardino Machado e nas ruas e praças da cidade. Para o dia 13 de junho, às 17h00, está agendada a missa em honra de Santo António. Da pequena capela de Santo António, na Rua Alves Roçadas, sairá, através de transmissão digital via Facebook do Município, as imagens em direto para todo o mundo da celebração que marca o feriado municipal famalicense.
Por sua vez, os divertimentos e a habitual zona de alimentação também vão existir, mas com algumas alterações ao habitual. Junto ao recinto do Anima-te, no novo parque de estacionamento localizado nos terrenos da antiga Central de Camionagem, será instalada uma zona de alimentação que apenas funcionará ao postigo, sem esplanada. A habitual zona de divertimentos ficará instalada no parque de estacionamento do espaço comercial Lago
Zé Amaro
Discount, em Ribeirão. Durante este período decorrerá também o concurso de quadras “Santo António e a Mobilidade nas Festas Antoninas”. As centenárias Antoninas de Famalicão terminam no dia 13 de junho, com a habitual sessão de fogo de artifício, às 21h30, no Parque da Devesa. Refira-se ainda que o programa está sujeito à evolução da situação epidemiológica no concelho e às orientações impostas pela Direção-Geral da Saúde. pub
Será uma das maiores do país
Loja do Cidadão deverá abrir até setembro A Loja do Cidadão de Famalicão deverá ser uma realidade entre agosto e setembro deste ano, anunciou a Câmara Municipal, adiantando que será uma das maiores do país e vai reunir as duas conservatórias dispersas pela cidade (Registo Civil e Registo Predial, Comercial e Automóvel), os dois serviços de finanças do concelho, a delegação local da Segurança Social e um Espaço do Cidadão. As obras de construção do espaço, localizado numa área central da cidade com cerca de 3.000 metros quadrados, deverão estar concluídas até ao final de julho próximo, mediante um investimento de dois milhões de euros, sendo previsivel a sua entrada em funcionamento entre agosto e setembro. Os custos da intervenção estão a ser assumidos pela autarquia em 80% do seu valor, sendo cerca de 20% assegurados por fundos comunitários, através do Norte 2020. Na passada sexta-feira, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, reuniu no local da obra com represen-
Momento da visita às obras
tantes das organizações cujos serviços públicos vão ser prestados no local (Instituto dos Registos e Notariado, Autoridade Tributária e Aduaneira e Instituto de Segurança Social) e com representante da Agência para a Modernização Administrativa (AMA), para avaliar do avanço da intervenção. “Teremos em Famalicão uma Loja do Cidadão à altura da dimensão e dinâmica do concelho, que oferecerá as condições que hoje não existem para a prestação de serviços públicos essenciais às
pessoas”, refere o presidente da autarquia. “São serviços da responsabilidade da Administração Centra, mas a Câmara não pode ficar insensível às necessidades dos seus cidadãos. Por isso, assumimos este investimento”, acrescenta. A Loja do Cidadão de Famalicão vai ficar instalada no espaço da antiga superfície comercial Inô, junto aos Paços do Concelho. Para o seu funcionamento foi estabelecido um protocolo para a instalação e gestão entre as partes envolvidas.
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CIDADE
opiniãopública: 5 de maio de 2021
Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior visitou a instituição na passada sexta-feira
Polo da Universidade do Minho consolida-se em Famalicão Cristina Azevedo O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior visitou, na passada sexta-feira, o polo da Universidade do Minho (UM) em Famalicão. Manuel Heitor, acompanhado do presidente da Câmara e do reitor da UM, veio conhecer este polo, criado há cerca de dois anos, nas instalações do CIIES - Centro de Investigação e Inovação e Ensino Superior de Famalicão, em Vale S. Cosme, e que conta já com 16 laboratórios, 80 investigadores, 40 projetos de investigação aprovados e 10 milhões de euros de investimento. O ministro elogiou “o circulo virtuoso” criado em Famalicão entre a autarquia, a universidade e as empresas, que junta “investigação científica, educação superior e inovação empresarial”. “Temos hoje ciência em Famalicão e isso quer dizer mais e melhores empregos”, sublinhou Manuel Heitor, acrescentando que “projetos como este são cada vez mais importantes pa ra o futuro do país”. Da parte da UM o compromisso é de consolidar o polo famalicense, alargandoo também à formação. O reitor Rui Vieira de Castro confessou que a presença da instituição de ensino em Famalicão superou as
Manuel Heitor visitou os laboratórios, acompanhado de Paulo Cunha e do reitor da UM
suas expectativas e que o objetivo é criar “Creio que temos as melhores condinas instalações de S. Cosme (que foram ce- ções para aprofundar, de forma muito sigdidas pela Câmara Municipal) “um verda- nificativa, esta experiência e, quem sabe, deiro polo universitário”. no próximo ano, não falarmos apenas de
pessoas que vêm cá porque são investigadores, mas que vêm cá para ter formação”, afirmou Rui Vieira de Castro. Também o presidente da Câmara, Paulo Cunha, se mostrou feliz com o percurso da UM em Famalicão, salientando que é um “projeto com muito significado na promoção do território e com um enorme potencial de futuro”. “O nosso concelho tem uma forte presença industrial, em vários setores, que precisa deste conhecimento para continuar a progredir e a inovar”, completou o edil, referindo-se em particular ao setor das carnes, já que o polo da UM trabalha em estreita colaboração com o Centro de Competências do Agroalimentar para o setor das carnes, instalado também em S. Cosme. Refira-se que dos 16 laboratórios, oito estão ligados ao Centro de Engenharia Biológica, cinco ao Centro de Microssistemas Eletromecânicos e três são laboratórios multidisciplinares, onde encaixa o Laboratório de Tecnologias e Sistemas de Materiais Avançados. O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior visitou ainda a incubadora de empresas Famalicão Made IN de S Cosme, particularmente dirigida para a área da sustentabilidade.
Teatro e música marcam a programação do mês
Maio na Casa das Artes arranca com “O Triciclo” A peça de teatro “O Triciclo”, de Fernando Arrabal, abre a programação deste mês de maio da Casa das Artes de Famalicão, com subida ao palco do grande auditório, esta sexta-feira, dia 7, às 20h30. Escrita entre 1952 e 1953, “O Triciclo” é uma das peças mais emblemáticas de Fernando Arrabal. Um grupo de marginais tentam sobreviver numa sociedade desigual, hierarquizada, moral e politicamente opressiva. Incapazes de se adaptar, vivem numa realidade destituída de qualquer moralidade e racionalidade. “O Triciclo” é um jogo de sobrevivência, mas também de procura da felicidade. A peça é uma coprodução Cine-Teatro Avenida, Casa das Artes, Teatro Municipal de Vila Real e Companhia de Teatro de Sintra/Chão D'Oliva e interpretada pela Ninguém Teatro. Ainda no próximo fim de semana, há música, no sábado, dia 8, com Três Tristes Tigres (TTT), que vêm apresentar o trabalho “Mínima Luz”, pelas 20h30. Este trabalho resulta de um processo iniciado em 2020, em que os TTT regressam com um álbum intemporal, um disco de rock mais rugido e delirante, contaminado com circuitos eletrónicos e outros temas mais ambientais e lentos.
Alunos da ACE apresentam Macbeth” O teatro regressa a 13 e 14 de maio. Numa encenação de Paulo Calatré, às 20h30, sobe ao palco do Grande Auditório “Macbeth”, de William Shakespeare, numa coprodução Casa das Artes e ACE- Escola de Artes de Famalicão. A peça sobre um nobre escocês e sua esposa que assassinam o rei pelo seu trono, mapeia os extremos de ambição e culpa e dramatiza os seus efeitos físicos e psicológicos sobre aqueles que buscam o poder. Depois, no dia 15, também às 20h30, há novamente música com o reagendado espetáculo “Anatomia do Fado” de Manuel João Vieira. Músico, ator e artista plástico, o mentor de projetos como Ena Pá 2000 ou Os Irmãos Catita apresenta-se agora a solo com o duplo álbum “Anatomia do Fado” que, como o nome indica, é dedicado ao fado, mais em concreto ao fado humorístico, muito em voga no século passado, mas entretanto caído em desuso. Manuel João Vieira é acompanhado por Arménio de Melo na guitarra portuguesa, Vital da Assunção na viola de fado e Múcio Sá no baixo. Em plena primavera, a Casa das Artes e a Companhia de Mú-
sica Teatral continuam a investir na coprodução de “PaPI-Opus 8” uma viagem ao mundo dos pássaros que, já há vários anos, em outras edições, mobilizou a comunidade. Estão agendadas apresentações para escolas, através do Zoom, dias 19, 20 e 21, às 10h30 e às 15h00, e uma apresentação para famílias, igualmente através do Zoom, dia 22, às 11h00 e às 17h00. As inscrições devem ser feitas através do email: bilheteira.casadasartes@famalicao.pt. Tiago Bettencourt apresenta-se no dia 22 No dia 22 de maio, às 20h30, Tiago Bettencourt vem apresentar “2019 Rumo ao Eclipse”. Autor de temas como "Carta" e "Laços", Tiago Bettencourt lançou o seu mais recente disco de originais: “2019 Rumo ao Eclipse”, que reafirma um caminho independente, variado e coerente, permanecendo na vanguarda da música cantada em português há quase 20 anos. Em maio há também espaço para a dança. Será no dia 28 que o coreógrafo Pedro Ramos revelará a sua criação “Corpo Anímico”, um espetáculo para ver às 20h30 e que resulta da coprodução Casa das Artes, Cine-Teatro Avenida Castelo Branco, Cine-Teatro de Gouveia.
“O Triciclo” sobe ao palco do Grande Auditório esta sexta-feira
Finalmente, o cinema, com uma réplica da quinta edição do CLOSE-UP que decorreu em outubro passado, em vários espaços da Casa das Artes, sob o mote do “Cinema na Cidade”. Ao longo deste mês de maio, será reposta a primeira réplica, com propostas para o público geral e a presença no Agrupamento de Escolas D. Sancho I. Para o público geral, no dia 29, às 15h00, no pequeno auditório, serão exibidos “Os Esquecidos”,
do mexicano de Luis Buñuel, e “Querido Diário”, de Nanni Moretti. Ambas as sessões serão apresentadas por Rodrigo Francisco, programador de Cinema e Diretor do Cineclube de Viseu. Já a programação desenvolvida pelo Cineclube de Joane propõe: a 6 de maio, “A Camareira” de Lila Avilés; a 13 de maio, “Fellini 8 ½” de Federico Fellini; a 20 de maio, “Patrick” de Gonçalo Waddington; e a 27 de maio, “Siberia” de Abel Ferrara.
opiniãopública: 5 de maio de 2021
Iniciativas decorrem de 15 a 19 de maio
CIDADE
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Novo espaço funciona na Escola EB 2,3 Dr. Nuno Simões, em Calendário
Dia Internacional Conservatório de Dança dos Museus de Famalicão assinalado de portas abertas para com debate alunos de todo o país A conferência digital “Juntos fazemos museu. Pensar o desenvolvimento sustentável” é uma das propostas do programa que o município de Famalicão, através da sua Rede de Museus, vai promover entre 15 e 18 de maio para assinalar o Dia Internacional dos Museus, que este ano é celebrado pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM) sob o tema “O Futuro dos Museus – Recuperar e Reimaginar”. A iniciativa está marcada para o dia 15, às 15h00, via plataforma Zoom, abordando conceitos e exemplos de boas práticas que facilitam a compreensão de como os museus poderão atuar neste novo paradigma do desenvolvimento sustentável. A diretora Regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira, a museóloga e investigadora Graça Filipe, a diretora do Museu de Lisboa e presidente do ICOM CAMOC, Joana Sousa Monteiro, e a professora da Universidade de Aveiro, Sara Moreno Pires, são as oradoras convidadas da conferência que vai contar com a moderação de Mariana Espel, do projeto Usina de Eureka. As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias até 13 de maio para o email rededemuseus@famalicao.pt. A esta conferência juntam-se outras três dezenas de atividades, online e presenciais, a decorrer a partir das diversas estruturas museológicas do concelho e que incluem, por exemplo, música, cinema, oficinas e visitas. No dia 16 de maio, às 11h00, no Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave, o Grupo Etnográfico Rusga de Joane revisita as memórias e vivências das gentes de outrora, tendo o linho como fio condutor através da performance “Vivências do Linho”. A iniciativa terá transmissão online através do Facebook da Rede de Museus. Presencialmente contará com um limite máximo de 10 participantes e as inscrições poderão ser efetuadas até ao dia 13 de maio para o email geral@museudaindustriatextil.org. No dia seguinte, dia 17, às 11h00, o público poderá conhecer as treze unidades museológicas que compõem a Rede de Museus de Famalicão com uma visita virtual à exposição “Ligados em Rede: Museus de vila Nova de Famalicão”, através do portal do Famalicão ID em www.famalicaoid.org. A 18 de Maio, data em que se assinala o Dia Internacional dos Museus, destaque para duas atividades. Uma visita virtual, em www.bernardinomachado.org/, legendada e com interpretação em Língua Gestual Portuguesa, ao Museu Bernardino Machado que convida a conhecer os recantos do Palacete Barão de Trovisqueira. E uma visita à exposição “Espaço Mário Cesariny”, na Fundação Cupertino de Miranda, que traz à memória o espaço-vida-obra do poeta, pintor, tradutor, considerado um dos grandes mestres do surrealismo plástico e literário português. Nota também para a Noite Europeia dos Museus que será assinalada na noite de 15 de maio, sábado, às 22h00, com o concerto dos músicos Gil Cadeias e Pedro Vilaça no Museu Bernardino Machado, que contará com transmissão online na página de Facebook do museu. De referir ainda que durante estes quatro dias comemorativos do Dia Internacional dos Museus, será disponibilizado em todos os museus da Rede o projeto “Musear por Vila Nova de Famalicão”, que através de um QR Code apresentará três sugestões de roteiros que convidam a explorar os museus do concelho. Todas as atividades presenciais seguirão as normas e as indicações da Direção-Geral de Saúde, encontrando-se sujeitas à lotação dos espaços.
Alunas do Conservatório fizeram uma demonstração das aprendizagens
Carla Alexandra Soares aberto a toda a comunidade e qualquer autorização de alunos O Conservatório de Dança de Fa- que venha do exterior já é possímalicão inaugurou, na quarta- vel”, explicou Marta Soares, feira da semana passada, Dia lembrando que este ConservatóMundial da Dança, um novo es- rio está inserido num Agrupapaço, localizado na Escola EB mento. Aliás, para a 2,3 Dr. Nuno Simões, em Calen- responsável, “este é um modário. mento muito importante na vida A instalação do Conservató- desta escola e que só é possível rio de Dança de Famalicão nesta devido à conjugação de vontaescola era um objetivo muito des de várias instituições”. Visiambicionado pelo município e velmente feliz com a nova casa pela comunidade escolar. Para do Conservatório, a responsável ser possível, a autarquia proce- falou mesmo em “concretização deu a um conjunto de obras de de um sonho” referindo que adaptação no ginásio da escola, “estão reunidas as condições criando salas adaptadas para o para tornar esta escola uma refeensino da dança, em regime ar- rência nacional e internacional”. ticulado. Refira-se que desde o inicio A empreitada, com um valor deste ano letivo 2020/2021, 25 de cerca de 110 mil euros, con- alunos do 5º e do 7º ano do consistiu na construção de divisó- celho frequentam o ensino artísrias em estrutura metálica, com tico e especializado da dança, portas pivotantes suspensas em regime articulado. Tal realipara a criação de duas salas. Por dade é possível fruto de uma cooutro lado, foi colocado pavi- laboração estreita entre o mento com superfície uniforme Conservatório de Dança de Faelástico, resistente e apropriado malicão, o Município e o Agrupapara dança, colunas de som e mento de Escolas D. Sancho I. mesas de mistura, ar condicioNeste sentido, também a dinado e iluminação. Foram ainda retora do Agrupamento de Escocriadas três salas de apoio. las D. Sancho I, Maria Helena Tal como explicou, na sua in- Pereira, não escondeu a sua satervenção, a diretora e funda- tisfação pela inauguração do dora do Conservatório, o novo espaço, sublinhando que processo não foi fácil e muitas se trata de “uma aposta e de barreiras foram ultrapassadas. uma oferta em termos artísticos “Houve momentos que foram di- muito importante” para o concefíceis, sobretudo, ao nível de lho e para a região. processos de autorizações, porNa sua intervenção, o presique este Conservatório está dente da Câmara Municipal,
Paulo Cunha, sublinhou a importância de dar lugar a uma educação não formal, que saiba “potenciar as diferenças”. “Seremos melhores cidadãos se quem desenvolve projetos de aprendizagem percecionar essas diferenças e desenvolva condições para que se afirmem”. Assim, destacou o edil, a dança é um bom exemplo disso, sendo que para o futuro já augura que outras áreas culturais possam seguir este exemplo, como o teatro. “Espero que o sucesso deste projeto também seja um sinal para que outros projetos possam germinar”. Presente na cerimónia o diretor-geral da DGEstE, João Gonçalves, reconheceu que o facto de Famalicão fazer parte do programa Aproximar, que implica a delegação de competências na educação, foi determinante para o sucesso da instalação do Conservatório de Dança. Mostrou-se surpreendido com "a qualidade das instalações e com o resultado das aprendizagens". Para o responsável, "Famalicão teve sempre um especial cuidado para tudo o que tem que ver com as artes”. “É um município que serve de exemplo para muitos outros. Tenho a certeza que pouco a pouco muitos municípios vão perceber a importância que poderão ter na construção de projetos deste género em todo o território", acrescentou.
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FREGUESIAS
opiniãopública: 5 de maio de 2021 pub
Câmara anula proposta de regulamento para consensualizar novo documento com a população
Pateiras de Fradelos não avançam para Paisagem Protegida
A paisagem a preservar é um mosaico de floresta e campos agrícolas
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A Câmara Municipal de Famalicão vai retirar da discussão pública a proposta de regulamento apresentada pelo município para a criação da Paisagem Protegida Local das Pateiras do Ave., anunciou hoje a autarquia. A proposta faz parte da agenda ordinária da próxima reunião do executivo municipal, que se realiza amanhã, quinta-feira. Depois de há duas semanas, a autarquia ter decidido prolongar o período de discussão pública, agora anula, de vez, a proposta de regulamento para a constituição de uma zona de paisagem protegida. Conforme é descrito na proposta, “a Câmara Municipal não pretende promover o uso do solo contra a vontade dos proprietários ou utilizadores”. As dúvidas surgidas entre a população sobre a proposta técnica apresentada e os contributos recebidos entretanto pelos servi-
ços municipais e apresentados pela população ao presidente da Junta de Freguesia, levantaram dúvidas quanto à compatibilidade entre o atual uso dos solos e a paisagem protegida a criar, pelo que, a Câmara opta por retirar a proposta de regulamento, retomando “os trabalhos do Estudo Técnico de suporte à decisão de criação da Paisagem Protegida Local, envolvendo mais diretamente as autarquias locais e populações locais através da participação dos cidadãos por si ou através de associações representativas dos seus interesses.” Para a autarquia é claro que “qualquer projeto de paisagem protegida que se venha a elaborar, deve respeitar as atividades económicas em curso, nomeadamente a agrícola que caracteriza a área em apreço” e é adquirido que “a criação e expansão da área protegida deve ser feita de
forma consensual com os proprietários dos solos, assente na aquisição de terrenos pela Câmara Municipal, no seu arrendamento ou, por qualquer forma, na obtenção do acordo com os seus proprietários”. Recorde-se que a paisagem protegida local, Pateiras do Ave de Fradelos, é um projeto do Município que tem por objetivo promover o desenvolvimento da região alicerçado na valorização do seu património cultural e natural. Pretende-se o desenvolvimento de um processo participativo que beneficie toda a comunidade, sobretudo a de maior proximidade. A paisagem a preservar é um mosaico de floresta e campos agrícolas, centrada na freguesia de Fradelos, na sua arquitetura tradicional, nas suas tradições, e nos habitats que persistem nas margens do rio Ave.
Escola de Pedome recolhe eletrodomésticos e equipamentos informáticos em fim de vida O Clube Eco-Escolas do Agrupamento de Escolas de Pedome está a promover uma recolha de pequenos e grandes eletrodomésticos e de equipamentos de informática, durante este ano letivo, de acordo com as regras da campanha Geração Depositrão. Todos os equipamentos em fim de vida, como televisores ou monitores, lâmpadas economizadoras e fluorescentes, pilhas e baterias portáteis podem ser entregues na EBI de Pedome. Depois serão encaminhados através dos operadores designados pela ERP Portugal - Associação Gestora de Resíduos. Ainda no âmbito da promoção dos bons hábitos em prol do ambiente, todas as roupas usadas poderão ser depositadas no ecoponto junto à EBI de Pedome.
opiniãopública: 5 de maio de 2021
FREGUESIAS
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Obra foi inaugurada domingo e contou com um apoio municipal de 127.500 euros
Gavião ganha nova imagem com requalificação do adro da Igreja Com a conclusão da requalificação do adro da Igreja, a comunidade de Gavião ganhou um verdadeiro centro cívico. A convicção foi partilhada, no passado domingo, pelo presidente da Câmara Municipal, de Famalicão, Paulo Cunha, e pelo presidente da Junta de Freguesia, António Emídio, na cerimónia de inauguração desta obra há muito ansiada pelos gavienses. A empreitada contou com um apoio municipal de 127.500 euros. Paulo Cunha fala numa intervenção que “vem dignificar este espaço central de Gavião” e que “vem fechar um ciclo de intervenções realizadas nos últimos anos de modernização das várias valências que o rodeiam”, apontado, como exemplo, as intervenções realizadas no cemitério e na capela mortuária. O presidente da Junta de Freguesia fala num espaço pensado para as pessoas. António Emídio aproveitou para agradecer todos os outros investimentos que têm sido realizados pelo executivo municipal na freguesia e que “têm mudado radicalmente Gavião”, nomeadamente, ao nível da requalificação da rede viária, da infraestrutura educativa, do saneamento básico e no “apoio incansável” ao tecido associativo. O responsável pela autarquia local apontou ainda novos projetos para o futuro de Gavião, ao manifestar o desejo de ver concluída a requalificação da Avenida Padre José Felgueiras de Abreu e de ver o atual salão paroquial transformado “num auditório moderno e multifuncional”. Paulo Cunha acrescentou ainda que a freguesia de Gavião “reúne cada vez mais e melhores condições para que continue a ser um local escolhido para viver, estudar, trabalhar e investir”, manifestando a “enorme e férrea
Momento da inauguração do novo adro de Gavião
vontade” do executivo municipal em continuar a trabalhar pela comunidade gaviense que “muito faz por merecer o investimento público que aqui tem sido feito e o muito que falta por fazer”. Refira-se que, com a concretização desta obra, Gavião
passa a proporcionar melhores condições de acesso a um conjunto de estruturas prioritárias para a freguesia, como é o caso da igreja, da casa mortuária, do centro paroquial e do cemitério, assim como estruturas propícias ao convívio e ao lazer. pub
Lions Clube oferece cadeira de rodas ao Centro Social da Paróquia de Ruivães Uma cadeira de rodas e alguns equipamentos de proteção individual, tais como máscaras cirúrgicas, luvas e toalhitas desinfetantes, foram os bens entregues pelo Lions Clube de Famalicão ao Centro Social da Paróquia de Ruivães. A oferta foi concretizada no passado dia 21 de abril e resulta de uma parceria com o Lions Clube de Roissy Pays de France. Em comunicado, o Lions famalicense refere que a iniciativa se integra no “compromisso de ações de apoio à comunidade, indo de encontro às necessidades e procurando colmatar as carências aí identificadas”.
Senhora dos Remédios celebrada este fim de semana em Calendário A paróquia de Calendário vai celebra, no próximo fim de semana, a festividade em honra da Senhora dos Remédios e Almas, com um programa exclusivamente religiosos e adaptado à atual situação provocada pela pandemia de Covid 19. Assim, até sexta-feira, dia 7, há recitação do terço e missa às 21 horas. No sábado, a recitação do terço está marcada para as 18h30. As celebrações terminam no domingo, dia 9, com a eucaristia em honra da Senhora dos remédios e Almas, pelas 10h30, e a adoração eucarística, a partir das 16 horas.
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FREGUESIAS
opiniãopública: 5 de maio de 2021
A primeira paralisação, que durou quatro dias, teve adesão de 90%, garante o sindicato
Junta de Castelões substitui portas exteriores da Escola EB1
Trabalhadores que prestam serviço na Continental ponderam repetir greve por tempo indeterminado
Quatro portas exteriores da Escola EB1 de Castelões foram, na passada semana, substituídas por novas pela Junta de Freguesia com o apoio do pelouro da Educação da Câmara Municipal de Famalicão. As portas anteriores, ainda as originais do edifício com mais de 50 anos de idade, já estavam bastantes degradadas e não ofereciam qualquer segurança, o que levou a autarquia local a solicitar ao município a substituição das mesmas.
CEVE promove conferência sobre corporativismo e responsabilidade social
Manifestação decorreu em frente aos armazéns da Continental
Ainda este mês os trabalhadores da empresa Schnellecke Logistics Lda, a prestar serviço na Continental Mabor, ponderam regressar à greve, desta vez por tempo indeterminado. Na passada quinta-feira, mais de 200 trabalhadores, de cinco turnos diferentes, começaram a paralisação, que durou até domingo. Segundo o coordenador da Regional Norte do Sindicato das Indústrias e Afins (SINDEQ), em declarações ao OPINIÃO PÚBLICA, a greve contou com cerca de 90% de adesão de trabalhadores efetivos. Tendo em conta esta adesão, e tal como explicou Vítor Sampaio, a empresa “terá tido problemas gravíssimos de expedição de pneus, pois tivemos a perceção que houve menos camiões a circular”. Os trabalhadores reivindicam “todos aqueles princípios de base que foram deixados cair pela Rangel”, explicou o dirigente sindical que é também Coordenador da Comissão dos Trabalhadores da Continental Mabor. Assim, pedem um aumento salarial de modo a diminuir o fosso entre categorias profissionais. Trata-se de um aumento de 50 euros para manobradores de máquinas e categorias supe-
A Cooperativa Elétrica do Vale d’Este (CEVE) promove, no próximo sábado, 7 de maio, uma conferência online, no formato de Webinar, sobre o tema “Cooperativismo, Responsabilidade Social e Impacto Social Local”. A iniciativa, com inicio às 18h00 insere-se na programação das comemorações dos 90 anos da CEVE. Desta forma, a cooperativa sediada no Louro pretende assinalar a efeméride com momentos de reflexão sobre o papel do cooperativismo e concretamente da CEVE no âmbito da responsabilidade social empresarial local. Com a moderação do presidente do Conselho de Administração da CEVE, Luís Macedo, no painel de oradores do evento figuram três especialistas nas referidas temáticas: Manuel António Pereira, consultor em Impacto e Inovação Social; Eduardo Graça, presidente da Direção Cooperativa António Sérgio para a Economia Social; e João Meneses, secretário geral da Business Council for Sustainable Development (BCSD) Portugal.
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Aluna da Escola D. Maria II na fase final do Concurso Nacional de Leitura
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riores e de 70 euros para os conferentes de mercadorias. Além disso, solicitam a valorização dos trabalhadores das equipas de fins de semana e a efetivação do vínculo laboral de todos aqueles contratados a termo. Segundo Vítor Sampaio, com a pandemia as empresas reduziram custos “com o despedimento dos trabalhadores precários, que tinham um contrato a termo”. “Iniciadas as negociações salariais, houve muitos princípios acordados que foram caindo e muitos trabalhadores ficaram revoltados e solicitaram prévias de greve”, sublinhou. Apesar de fazer um balanço positivo da paralisação de quatro dias e de considerar que muitos objetivos foram alcançados, o sindicalista avança que os trabalhadores estão, agora, dispostos a avançar para uma nova greve “por tempo indeterminado”. Antes disso, e porque “o SINDEQ é um sindicato que aposta no diálogo e na construção de valores”, vão recomeçar novas negociações com a empresa, de modo “a melhorar alguns indicadores”, frisa.
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O Agrupamento de Escolas D. Maria II estará representado na Fase Nacional do Concurso Nacional de Leitura. Nos passados dias 22 e 23 de abril, por altura das comemorações do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, o Município de Vizela, através da Biblioteca Municipal, acolheu a Fase Intermunicipal do Concurso Nacional de Leitura 2021 que envolveu uma prova escrita com 128 alunos. Nessa fase, o agrupamento teve como representantes alunos dos três ciclos de ensino. Foram Ana Margarida Queirós Valente Pereira, do 1º ciclo, Margarida Nunes Maia do 2.º ciclo e Gabriela Gomes Serino do 3º ciclo. Na fase intermunicipal, passaram à prova oral, com leitura e improviso, um total de 20 alunos. A aluna Margarida Nunes Maia venceu a prova na sua categoria e, por isso, vai representar o concelho de Famalicão na fase final que acontece já no próximo dia 5 de junho, em Oeiras. Esta é já a segunda vez que Margarida Nunes Maia está presente na fase final do concurso. A aluna já tinha representado o Agrupamento de Escolas D. Maria II na fase final no ano letivo de 2018/2019, então na categoria do 1º ciclo.
opiniãopública: 5 de maio de 2021
Diário famalicense
Bússola
António Cândido Oliveira
O nosso urbanismo à prova URBANISMO - A qualidade do urbanismo da nossa cidade vai ser posta à prova no projeto de edificação, situado na esquina da Rua Conselheiro Santos Viegas (a seguir ao Supermercado Bandeirinha) com a Rua Ana Plácido (rua com placa indicativa apagada), que está a ser apreciado pelos serviços de urbanismo. Tem um anúncio lá colocado que identifica o processo que está em curso e que apenas por falta de tempo e dificuldade em consultar não me permite dar mais detalhes. Trata-se da transformação de uma vivenda (já demolida e que há décadas foi padaria da família Varela) para um prédio que deverá compatibilizar o interesse privado do atual proprietário com o interesse da proteção do espaço público e da estética urbana. Não parece ser uma tarefa fácil principalmente se o município quiser defender o interesse público, como lhe compete. A experiência temnos dito que o interesse privado consegue quase sempre levar a melhor na balança dos interesses. Num país com regras de urbanismo mais avançadas e democráticas os vizinhos desta obra seriam convocados para uma reunião presencial (ou via zoom dada a pandemia) com a finalidade de serem informados e darem a sua opinião. Lá chegaremos com o aprofundamento da democracia local. PLACAS - A falta de uma placa identificativa bem cuidada no início da Rua Ana Plácido e em tantas ruas e cruzamentos, diz bem do desleixo que existe na cidade neste domínio, bem podendo explicar-se essa falha, em boa parte, por não termos junta de freguesia. Esperemos que com a lei-quadro que está em fase de aprovação, possamos recuperar a freguesia que sempre tivemos e prestar maior atenção a um conjunto de problemas que cabe às freguesias cuidar, nos termos da lei. PRAÇA OU MERCADO - Sempre nomeei mercado municipal ao edifício que por todo o lado se publicita como “Praça” e acaba de ser reabilitado e inaugurado. Reconheço que os dois nomes circulam e que para uns é a “Praça” para outros é o “Mercado”. O nome é coisa de somenos. Mais importante é a qualidade da reabilitação do edifício. Ainda não o visitei com a atenção que merece. A impressão geral que os meios de comunicação transmitem é muito positiva. Há nele um aspeto que, a meu ver, merece toda a atenção e que é o da temperatura ambiente na parte coberta com vidro. Desejo vivamente que esteja bem resolvido, pois não é fácil. pub
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A Praça (é) do Povo
Hugo Mesqui-
Num dia solarengo, de temperatura amena, convidativo quanto baste para espairecer dos distanciamentos e isolamentos a que o Covid19 nos tem obrigado, é hora de ir conhecer a Praça e ver o novo Mercado. Após meses de imensa curiosidade, tantos que dão espaço a mirabolantes e até divertidos exercícios de futurologia acerca do sucesso ou insucesso de tal novidade desenhados da mesa do café a editoriais de pasquim. Mirabolantes e divertidas especulações que sempre se encenam em volta das grandes obras públicas e o exercício permanente que começa no inocente ceticismo à interessada maledicência. Contudo, a curiosidade aguça e não há como não deixar de lá ir conhecer a novidade. Normais constrangimentos “covidianos” que não devemos relevar e eis que estamos em plena praça. Surpresa? Nem por isso, para quem já conhece, de outras cidades e capitais, o conceito! Um moderno entrelace do pequeno comércio com a variada e prática oferta de comes e bebes. Surpresa? Apenas a satisfação de um espaço arejado, airoso e asseado. Simples, moderno, funcional e simpático. Surpresa? Pouca, pela simples razão que as marcas arquitetónicas e as obras famalicenses que têm vindo a deixar já não são novidade. Estas são dignas de registo pelos fo-
PRAÇA PÚBLICA
rasteiros, mas para nós, pela habituação, já não surpreendem. São, somente, mais um orgulhoso registo. Surpresa? Sim, para quem agoirava o contrário, lá continua a tradicional exposição dos produtos da terra com as gentes da terra. O Zé Manel dos enchidos, a Lina peixeira e a Quina das flores. Lá estava a Maria do Pereira com as alfaces e os pepinos e a Maria Antónia com a fruta da sua horta. Surpresa? Sim, para quem vaticinava o oposto, lá estavam os clientes do costume a comprar nos vendedores do costume o cabaz fresco da terra para compor o frigorifico e a despensa. Surpresa? Sim, para quem agoirava o contrário, lá estavam os empreendedores famalicenses, arrojados e cheios de vontade de oferecer uma nova forma de convívio, descontração e fruição do que é nosso e tem a nossa marca. Surpresa? Sim, para quem agoirava o contrário, lá circulavam e se cruzavam os habituais frequentadores da praça com os novos utilizadores do moderno espaço que nunca tinham conhecido antes, porque era somente a praça onde a avó comprava ovos e sardinhas e aproveitava para dar duas de “converseta” com as vendedoras e as outras avós da praça. Surpresa? Sim, para quem desejava o contrário, lá estavam todos! Os novos, os velhos, os ricos, os re-
Pelos quatro cantos da ca(u)sa Domingos Peixoto
Hoje volto a uma espécie de comentário político partidário; é só uma “espécie” porque não escrevo aqui em nome do meu partido, como já disse por mais de uma vez. Porém, não pode a minha “visão” da sociedade em que nos inserimos ser muito distante da filosofia, pergaminhos e linha de conduta do partido socialista. Ora, como também já por mais de uma vez afirmei, é minha firme convicção que os partidos e as organizações sociais em geral são, em cada momento e estádio de ação, a transparência e o querer dos seus dirigentes máximos, pese embora no caso partidário haver congressos e outras formas de agir em que os militantes vão definindo um conjunto de ações algo balizadoras dos “apetites” dirigentes. Para quem age de forma ativa na cidadania, contudo quase exclusivamente ao nível local, é mais fácil – e objetivo -, falar de temas caseiros do que nacionais, mas vou arriscar mais uma vez. E por que a pandemia deu “tréguas” ao governo e retirou “capacidade” objetiva aos opositores (para ser benévolo), estes não deixam de insistir em temas que, seguindo os seus trâmites normais, os vão cavalgando como forma de confronto com os membros do governo, nomeadamente nas áreas da chefia, saúde, educação, justiça e ambiente. A António Costa todos gostam de beliscar e compreende-se porque “toca a todos os instrumentos”, mas já é um exagero, na minha humilde opinião, depois de já vários elementos da direção terem falado sobre o assunto, continuarem a verberar que não tome uma posição partidária (leia-se, pessoal) sobre a “Operação Marquês”, mais objetivamente sobre o ex-líder socialista José Sócrates! O que está em causa, a meu ver, é tão só, à falta de melhor, a procura de novos “alimentos” para a contestação ao atual governo. Se Costa defende, partidariza a Justiça. Diga, eventualmente, o que disser, o primeiro
mediados, os “elitistas” e os mundanos, os discretos e os irreverentes. Os que comiam sushi e os que compravam o chouriço. As peixeiras e os chefs. Os pais com os filhos, os filhos sem os pais e os avós com os netos. Surpresa? Sim, pelo ar de expectativa à entrada e o de satisfação à saída. Com o dissabor e desagrado, claro está, para pesar dos que ansiavam o contrário. Surpresa? Não, não surpreendem aqueles que sempre procuram no comentário fácil e derrotista e no escrito maldizente depreciar e destruir a obra, que apenas é uma consequência e um meio. É, antes, o reconhecido trabalho de desenvolvimento e modernização de Famalicão sem deixar ninguém de fora, sem esquecer as raízes, que valoriza o passado apostando no futuro, que alia gerações, que traz orgulho e satisfação e cria aquela marca de orgulho “Gosto de Viver Aqui”! Não é do meu tempo, mas tenho gravado o registo histórico dos que sempre referenciam com saudade Álvaro Marques, o homem e o Presidente da Câmara das obras e das ideias que marcaram uma época visionária. De muitas, o mercado que Álvaro Marques idealizou e inaugurou há mais de meio século – uma praça democrática, interclassista, inclusiva e livre, de todos e para todos - está agora renovado, sendo agora, ainda mais, de todos e para todos para honrar o seu legado.
Governo e oposição ministro será sempre acusado de não “condenar” o exgovernante, ao tempo “senhor todo poderoso” do PS. Pois Costa nunca poderá acusar ou ilibar Sócrates, ainda que este já por mais de uma vez o tenha acusado de traição partidária e os opositores e muita da comunicação social o tenham há muito condenado, até na praça pública. Comove-me tanta “infantilidade argumentativa” da promiscuidade contra Sócrates! Mas nós não somos capazes de olhar à nossa volta e ver, seja qual for o governo que esteja ao leme, seja qual for o partido que dirige os destinos das nossas autarquias, a “alegada promiscuidade” entre estes e os poderosos das indústrias, dos comércios, do capital e do futebol? Não conseguimos vislumbrar as “gorduras” que grassam à nossa volta seja através dos subsídios diretos do Estado ou das instituições que atuam em nome dos governos e da UE, seja através das concessões de “isenções municipais” dos impostos, da “declaração dos interesses públicos municipais” para afetação de terrenos protegidos a projetos alegadamente de investimento e de criação de emprego? Claro que é muito fácil e apetitoso gerir “bazucas e quejandos” da UE e outros, mesmo que logo a seguir aos prazos em que tais projetos têm que vigorar se abram falências cujas razões para serem observadas precisamos de arregalar as trapeiras… Mas “vemos” com muita facilidade míseros subsídios de inserção social, rendimentos mínimos e baixas de pobres desgraçados que não têm eira nem beira… Vemos a pobreza quando a ONU a lembra mas não vemos os salários de miséria, as reformas de sobrevivência. Aceitamos as reformas milionárias as distribuições de lucros excêntricas e depois vimos por em causa as “lutas dos trabalhadores” por salários, aumentos e dignidade justa para o trabalho. É um mundo desumano, de exploração feroz do trabalho e da força, sangue e suor dos desgraçados e miseráveis!
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PRAÇA PÚBLICA/PUBLICIDADE opiniãopública: 5 de maio de 2021
Falecimentos
Opinião Liberal Jorge de Sá Peliteiro
Liberalismo e preocupações sociais I Liberalismo é bem diferente de anarquismo. Ser liberal não é defender a extinção do Estado. Neoliberalismo é um termo pejorativo que visa difundir uma mentira, mais ou menos isto: o liberalismo é uma doutrina cruel e desumana e o liberal é uma espécie de empedernido Manolito do Quino, «Ninguém vale pelo que tem, mas sim pelo que é; claro, porque quem não tem nem sequer é». Na maioria das vezes o liberalismo e os liberais são apresentados de forma caricatural, quase sempre não por completa ignorância, mas de modo objetivamente intencional. Liberalismo social é fundamental. Quem pode realmente usufruir de liberdade individual se estiver desempregado e poucas oportunidades de emprego tiver, se for analfabeto ou iliterato, se não tiver recursos para manter um pleno bem-estar físico e mental para si e para a sua família, se não tiver perspetivas de vida, de futuro, se não tiver esperança? A mobilidade social é uma característica dos regimes liberais, o nivelamento por baixo é próprio do socialismo e das ditaduras “do proletariado”, diz-nos claramente a história. Liberalismo é solidário. Ser liberal é ser mais alto, é ter em consideração a individualidade de cada um de nós, o homem como expoente merecedor de liberdade, dignidade e igual oportunidade. Obviamente não através da caridade do Estado, mas por preocupação de toda a sociedade, centrando sobretudo objetivos na criação generalizada e equilibrada de riqueza e no desenvolvimento de condições de progresso. Uma das funções essenciais de um Estado civilizado, mínimo mas forte, é não deixar ninguém para trás, é ajudar os que realmente precisam, é ensinar a pescar, é ser solidário. II Os liberais famalicenses são rigorosos. Não contem as associações de solidariedade social, humanitária, desportiva, cultural, etc. com dinheiro dos contribuintes derramado sobre os problemas, de forma discricionária, se o poder local for democraticamente atribuído a liberais. Só para os que merecem, para os que têm pro-
vas dadas, para os que têm planos de actividade de evidente valor. A Câmara e as Juntas de Famalicão concedem mais de 8 milhões de euros por ano a associações. Esperem critérios e escrutínio dos liberais. Os liberais famalicenses têm projetos. A igualdade de oportunidades e a educação são uma prioridade, assim o poder local participado por liberais acarinhará sempre a máxima escolarização da população famalicense, seja diretamente estabelecendo políticas locais de fomento ao ensino e à cultura, seja indiretamente patrocinando organizações de cidadãos que possam contribuir para o enriquecimento da liberdade positiva. Os idosos e os reformados merecem retribuição pelos seus contributos de décadas para a sociedade e para o país. Os involuntariamente desempregados ou excluídos terão sempre um apoio fraterno na tentativa de uma rápida e plena inclusão. Projetos estes que não passam necessariamente pela centralidade estatista, mas antes fomentando, preferencialmente, a ação de organizações de cidadãos de natureza privada ou do sector social. Os liberais famalicenses estão disponíveis. Face ao exposto, concretizando, o que pode contar o Estado social local? Nunca ficarão sem ajuda os idosos que realmente precisam, nunca faltarão as estruturas residenciais, nunca faltará dignidade na velhice. Nunca ficarão abandonados os jovens e menos jovens que buscam qualificações, que querem aprender, evoluir; nunca faltarão boas escolas, públicas ou privadas, permitindo educação de qualidade para todos, nuca faltarão livros ou computadores para os que realmente precisam. Nunca ninguém será marginalizado por não ter apoio da comunidade famalicense, nunca ninguém deixará de ter pão, saúde, habitação, humanidade. A grande diferença é a atitude e o método: os liberais não acreditam no Estado enquanto único agente de providência social que tudo faz ou finge que faz e que, tantas vezes, infelizmente, também disso beneficia; acreditam antes e acima de tudo no indivíduo, no poder da preocupação, da entreajuda, da solidariedade da comunidade.
Maria Vieira Salgado, no dia 1 de maio, com 85 anos, viúva de José da Silva Ribeiro, de Oleiros (Guimarães).
Maria Fernanda Correia Amaro, no dia 26 de abril, com 89 anos, viúva de António Ferreira de Castro, de Delães.
Agência Funerária da Portela Portela (Santa Marinha) – Tel.: 252 911 495
Teresa Araújo Costa, no dia 26 de abril, com 73 anos, casada com Serafim da Costa Carvalho Dias, de Ruivães.
Alberto Gomes Martins, no dia 23 de abril, com 71 anos, casado com Maria de Fátima Ferreira Bastos Martins, de Gavião. Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176
Olinda Saldanha de Almeida, no dia 27 de abril, com 87 anos, viúva de Domingos Francisco Silva, de Oliveira S. Mateus. Guilhermina da Silva Alves, no dia 28 de abril, com 79 anos, casada com José da Cunha Fernandes, de Moreira de Cónegos. Elvira Pereira, no dia 28 de abril, com 90 anos, viúva de Jerónimo Pereira, de Pedome, Alzira Fernandes, no dia 1 de maio, com 85 anos, casada com José Maria do Couto, de Oliveira Santa Maria. Agência Funerária Carneiro & Gomes Oliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05
Lucinda Gomes de Araújo, no dia 30 de abril, com 85 anos, viúva de João Gomes Ferreira Júnior, de Cambeses (Barcelos).
Fernanda Ferreira da Cruz, no dia 27 de abril, com 86 anos, viúva de Alberto de Azevedo Valério Amorim, de Antas. José Moreira Gomes Ferreira, no dia 28 de abril, com 83 anos, casado com Alexandrina da Silva Felgueiras Abreu Ferreira, de Lemenhe. Maria Adélia Alves de Azevedo, no dia 29 de abril, com 92 anos, viúva de José Carlos Carneiro Veloso, de Calendário. António Costa Alves, no dia 30 de abril, com 94 anos, casado com Maria Fernanda Sampaio do Couto, de Vale S. Martinho. Amélia Carvalho Sampaio de Sousa, no dia 30 de abril, com 81 anos, casada com Serafim Carneiro de Sousa, da Lagoa. Eduardo da Silva Azevedo, no dia 30 de abril, com 82 anos, casado com Maria de Fátima Carvalho Barbosa Azevedo, de Ruivães. Dolores Simões da Silva, no dia 1 de maio, com 85 anos, viúva de Manuel Machado da Silva, de Vermoim. Marie Virginie Carvalho de Oliveira Dérambure, no dia 1 de maio, com 86 anos, viúva de Martial Robert Charles Eugéne Dérambure, de Vermoim. Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594
Emília Neves Gonçalves, no dia 30 de abril, com 84 anos, viúva de Joaquim da Cunha Goncalves, de Ruílhe (Braga). Agência Funerária Arnoso - José Daniel Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 91 724 67 03
Bruno Jerónimo Pinheiro Abreu, com 38 anos, casado com Maria Luísa da Silva, no dia 27 de abril, de Novais S. Simão.
Maria Conceição dos Santos Carneiro, no dia 28 de abril, com 60 anos, casada com José Maria Pereira de Araújo, de Lousado. Agência Funerária Guimarães Sousa Lousado– Tel.: 911 124 387
Alcino Gaio Martins, com 82 anos, no dia 30 de abril, de Santiago de Bougado (Trofa).
António Dias Marques, no dia 27 de abril, com 95 anos, viúvo de Olívia Pereira de Azevedo, de Vale S. Cosme.
Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325
Agência Funerária das Quintães Vale S. Cosme – Tel.: 252 911 290
opiniãopública: 5 de maio de 2021
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Vale S. Martinho - Vila Nova de Famalicão
ANTÓNIO DA COSTA ALVES (94 anos)
Agradecimento e Missa do 7º Dia
Seus filhos, netos, bisnetos e demais família vêm por este meio, muito reconhecidos, manifestar o seu mais sincero agradecimento a todos aqueles que se dignaram assistir ao seu funeral bem como a todas as manifestações de carinho e consideração prestadas a este seu ente querido, cuja alma Deus chamou á sua presença. Participam ainda que a missa de 7º dia será celebrada, quinta feira, dia 6 de maio, pelas 19h na igreja paroquial de Vale S. Martinho, em V.N.Famalicão. Igualmente aqui deixam o seu agradecimento a todos aqueles que participarem neste piedoso acto, pelo seu eterno descanso. A Família Vale S. Martinho, Vila Nova de Famalicão, 5 de maio de 2021
Vale S. Martinho - Vila Nova de Famalicão DACOP – CONSTRUÇÕES E OBRAS PÚBLICAS S. A Agradecimento e Missa do 7º Dia
A Administração vem por este meio, muito reconhecidamente, manifestar o seu sincero agradecimento a todos aqueles que se dignaram assistir ao funeral do seu accionista e fundador ANTÓNIO DA COSTA ALVES, aproveita para comunicar que a missa de 7º dia, será realizada Quinta-Feira, dia 6 de Maio, pelas 19h, na Igreja Paroquial de Vale S.Martinho, em V.N. de Famalicão. Igualmente aqui deixam o seu agradecimento a todos os que participarem neste piedoso ato, pelo seu eterno descanso A Administração Vale S. Martinho, Vila Nova de Famalicão, 5 de maio de 2021
Garra demonstrada até ao apito final não foi suficiente
Famalicão ainda fez tremer o Dragão Grujic (que se estreou a marcar na Liga) saltou mais alto que a concorrência e de cabeça fez o 3-1. Aqui houve uma fase em que tudo parecia resolvido, mas nos minutos finais, o Famalicão agarrou-se a tudo que pôde, e conseguiu já no período de compensação reduzir por intermédio de Anderson. Faltavam dois minutos para o fim, neste período o Porto acabou com o credo na boca. Na sequência de três cantos, o Famalicão até podia ter chegado ao golo. Não pontuou, mas conseguiu assustar o atual campeão nacional que com esta vitória continua a sonhar poder chegar ao 1º lugar, ou então manter o segundo posto que dá acesso direto à Liga dos Campeões. O Famalicão uma vez mais demonstrou que tem potencial para conseguir a manutenção, mas a verdade é que os últimos quatro jogos são decisivos, principalmente as duas partidas em casa e o próximo é frente a uma equipa sensação da liga, o Santa Clara.
3-2 Estádio do Dragão Árbitro: Nuno Almeida (AF Algarve) Assist.: André Campos, Carlos Campos VAR/AVAR: Vasco Santos, João Bessa Silva
FC Porto FC Famalicão Marchesín Corona (Zaidu 18 ) Mbemba Diogo Leite Manafá Grujic Uribe (Sérgio Oliveira 82 ) Francisco Conceição (Luiz Diaz 45 ) Otávio (Fábio Vieira 87 ) Toni Martínez Taremi (Marega 82 )
Luiz Júnior Diogo Figueiras (Fernando Valenzuela 72 ) Riccieli, Diogo Queirós Calvin Verdonk (Anderson 75 ) Gustavo Assunção Pêpê Rodrigues Ugarte (Kraev 63 ) Ivo Rodrigues Iván Jaime (Heriberto 63 ) Gil Dias
Treinadores Sérgio Conceição
Ivo Vieira
Golos: Toni Martínez (8 ), Ivo Rodrigues (44 ), Mehdi Taremi (61 g,p.), Marko Grujic (75 ) e Anderson (90+2 ). Cartões Amarelos: Grujic (31 ), Diogo Queirós (56 ), Diogo Figueiras (61 ), Gustavo Assunção (73 ).
José Carlos Fernandes As equipas vinham de resultados menos conseguidos, ao Porto, depois do empate (1-1) em Moreira de Cónegos, só a vitória interessava, o Famalicão que tinha empatado em casa (2-2) com o Tondela, espreitava ganhar pontos no Dragão. Houve algumas mexidas nos dois onzes, Ivo Vieira não apresentou nenhum ponta de lança de início, chamou para à titularidade Diogo Queirós, dando ao espanhol Ivan Jaime maior liberdade ofensiva. Sérgio Conceição, que viu o jogo na bancada, também, fez algumas mexidas e até surpreendeu com a titularidade de Francisco Conceição e Tony Martinez, deixando no Banco Marega e Sérgio Oliveira. Entrou bem o Porto no jogo, a dominar e a demonstrar que cedo
queria chegar ao golo. Assim aconteceu aos oito minutos, numa jogada perfeita acabou por fazer um golo de belo efeito: passe teleguiado de Corona para Taremi que amorteceu para o míssil de Toni Martínez, o ex-famalicense demonstrou o bom momento de forma que atravessa. Até aqui vimos um Porto a dominar, mas depois da lesão de Corona, a equipa “perdeu gás”, houve mexidas no setor defensivo, o Famalicão passou a ter algum domínio, acabou por rematar mais, ter mais espaço e não permitia que o Porto criasse perigo na baliza de Luiz Júnior. Adivinhava-se o golo, que acabou por
surgir aos 44 minutos, livre à entrada da área, Ivo Rodrigues acabou por fazer um grande golo trazendo a igualdade e a justiça ao jogo. O resultado era justo no final da primeira parte. O Famalicão teve mais remates que o FC Porto (quatro contra dois) e o mesmo número de cantos, apenas na posse de bola os dragões tinham ligeira vantagem. No reatamento, o Porto voltou a entrar melhor, Luiz Diaz que rendeu o miúdo Francisco Conceição, trouxe mais dinâmica ofensiva ao Porto. Uribe foi o primeiro a criar perigo, mas o remate saiu por cima. Contudo o lance da revira-
volta e talvez o lance que marca o jogo, aconteceu aos 60 minutos: Taremi, inteligente, ganhou posição em plena grande área famalicense, Diogo Queirós quando foi para afastar a bola acertou no ponta de lança Iraniano, penalty que o próprio Taremi aproveitou para fazer o golo e colocar de novo o Porto na frente do marcador. O golo acabou por trazer algum conforto aos portistas que não o tinham tido até então. O Famalicão por outro lado tentou reagir, Ivo Vieira lançou Heri, Kraev e Anderson, substituindo os laterais, mas estava difícil, mais complicado ficou depois de ter sofrido o 3-1, num livre do lado direito pub
opiniãopública: 5 de maio de 2021
Basquetebol: Yago Carrera chamado aos treinos da Seleção
Quase duas décadas depois, Famalicão volta a ter um atleta nos treinos das seleções jovens de Basquetebol. Yago Carrera de 15 anos, atleta do Famalicense Atlético Clube, (FAC) vai integrar os treinos da Selecção Nacional de Sub16 Masculinos. Os treinos de observação relativos à Zona Norte do país, decorrerão nos dias 7, 8 e 9 de maio em Barcelos. “Este é um marco no basquetebol no nosso clube e no nosso concelho” consideram os dirigentes do FAC assumindo que a chamada “vem premiar o trabalho árduo do atleta, pais, treinadores e restante organização do Famalicense AC”.
DESPORTO
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Atleta da Papa Léguas alcança o bronze no Lançamento do Peso Guilherme Enes, atleta da Associação Papa Léguas de Famalicão, alcançou o bronze nos Campeonatos Nacionais de Lançamentos Longos Sub-18 e Sub-20 que se realizaram no passado dia 24 de abril. Na competição, que decorreu na Pista de Atletismo da Sobreda, em Almada, Guilherme Enes bateu o seu recorde pessoal com um arremesso a 13,18 metros. Também no lançamento do disco, alcançou a 5ª posição com 35,70 metros. Outro dos atletas da associação, Vinícius Santos, atingiu também uma prestação positiva, classificando-se em 6º lugar no lançamento do dardo, com 46,04 metros e em 7º lugar no lançamento do disco, com 34,38 metros. O atleta bateu também os seus recordes pessoais nas duas provas disputadas.
Atletas da EARO conquistaram sete medalhas no KM Jovem Regional
Badminton: Sónia e Adriana de fora nas primeiras rondas do Campeonato da Europa Terminou a participação de Sónia Gonçalves e Adriana Gonçalves no Campeonato da Europa de Badminton, que se realizou na semana passada, em Kiev, na Ucrânia. Para as atletas do Famalicense Atlético Clube (FAC) foi “mais uma experiência internacional numa grande prova”. Na variante de singulares, Sónia não conseguiu ultrapassar a segunda ronda da competição, e na variante de pares, a dupla foi afastada na primeira ronda. A presença entre as melhores do continente “é já por si, um grande prémio para o esforço, dedicação e empenho que ambas demonstram diariamente, treinando para ser as melhores de Portugal e discutir com as melhores do mundo”, consideram os responsáveis do clube.
Badminton: FAC em quarto lugar na Liga de Clubes A equipa de badminton do Famalicense Atlético Clube (FAC) ficou pelo quarto lugar na fase final da Liga de Clubes (equipas mistas seniores) que decorreu no passado fim de semana, nas Caldas da Rainha. Após três jornadas bastante disputadas e com os dois últimos encontros a decidirem o acesso à Final Four da Liga de Clubes, o FAC venceu o Novasemente Grupo Desportivo (Espinho) e o Sporting Clube de Braga com um duplo 4-1, conquistando o quarto lugar e a consequente passagem às meias finais. Já na meia-final, o FAC encontrou o Clube Desportivo e Recreativo dos Prazeres mas, ao contrário do ano transato, a vitória não sorriu ao conjunto famalicense. Na luta pelo 3° e 4° lugares, o Famalicense defrontou o Clube Sports Madeira e saiu derrotado por 3-2. Numa época atípica, em que quase todos os clubes se reforçaram com novos atletas, o FAC apresentou uma formação bastante jovem formada por “atletas da casa”. Assim, o técnico Bruno Gomes teve sob a sua orientação Adriana Gonçalves, Beatriz Araújo, Beatriz Campos, Catarina Martins, Inês Silva, Joana Oliveira, Sónia Gonçalves, Diogo Barbosa, João Costa, João Ferreira, Paulo Silva, Simão Ferreira e Tiago Araújo.
No passado sábado, os atletas da Escola Atletismo Rosa Oliveira (EARO) participaram no KM Jovem Regional organizado pela Associação de Atletismo de Braga, no Estádio 1º de Maio em Braga, e conquistaram sete medalhas (três campeões regionais, dois vice vampeões e dois 3º lugares) e foi ainda alcançado mais um recorde regional. A equipa de Joane participou com 26 atletas dos escalões de formação, sendo que alguns correram pela primeira vez numa pista de Tartan e muitos bateram os seus recordes pessoais. Os atletas benjamins Afonso
Pereira, Hugo Vaz, Lourenço Pereira, Luís Neto, Beatriz Silva, Leonor Gonçalves, Luísa Castro, Mariana Martins participaram nos 50 metros, no Vortex e ainda nos 500 metros. Para o Km Jovem Regional, prova de 1000 metros, em infantis femininas a vencedora foi a Mariana Maciel, tendo ainda participado, Maria Machado (6ª) e Ana Silva (11ª). No escalão de infantis masculinos Tiago Silva foi 2º e Francisco Barros 3º. Em Iniciados femininos Bruna Pereira foi 2ª, Maria Baltar 6ª, Inês Almeida 9ª, Matilde Torres 12ª. Já no setor masculino
Gonçalo Rodrigues concluiu com em 6º lugar. No escalão de Juvenis femininas Ana Faria concluiu com um honroso 1ºlugar. No setor masculino, Francisco Silva venceu e bateu o recorde Regional com a marca de 2.30.79, marca esta que lhe permitiu estabelecer um novo recorde regional que já tinha 15 anos. Na mesma prova João Rodrigues foi 3º, Leandro Gonçalves 6º, João Azevedo 7º. No mesmo escalão mas desta vez na prova de 400 metros, Luís Ribeiro foi 2º na série 2 e Pedro Castro 6º na mesma série.
Recinto do Desportivo de S. Cosme já tem iluminação LED O campo do Desportivo de S. Cosme já está equipado com iluminação LED, uma tecnologia mais amiga do ambiente, funcional e eficaz que no futuro vai permitir uma poupança mensal considerável aos cofres do clube, além de um impacto direto na qualidade da sua atividade desportiva. “Já ansiávamos este investimento há algum tempo, porque este era um problema que nos condicionava o calendário dos jogos e dos treinos. Com este tipo de iluminação os jogos oficiais à noite já passam a ser possíveis no nosso campo, algo que até agora não acontecia”, explica a propósito o presidente do Desportivo de S. Cosme, Luís Ângelo Oliveira. A empreitada contou com um apoio da Câmara Municipal na ordem dos 23 mil euros. Na quarta-feira da semana passada, o presidente
da Câmara Municipal esteve no Campo Comendador Manuel Gonçalves, acompanhado pelo vereador do Desporto, Mário Passos. Para além dos ganhos nas questões da sustentabilidade e da eficiência energética, Paulo Cunha salientou o quanto estes investimentos podem fazer a diferença na prática desportiva de um clube. Refira-se que o Desportivo de S. Cosme é, atualmente, o primeiro classificado da I Divisão Série A da Associação de Futebol de Braga. O clube conta a com cerca de 200 atletas divididos pelos vários escalões desportivos, com exceção para o escalão de Juvenis. Recorde-se ainda que o investimento municipal na substituição da iluminação nos recintos das associações desportivas federadas e dos clubes que competem no Campeonato Concelhio Amador de Famalicão já ultrapassa os 370 mil euros.
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DESPORTO
opiniãopública: 5 de maio de 2021
Liberdade FC conquista três títulos distritais e cinco recordes pessoais O Liberdade Futebol Clube conquistou três títulos regionais no Campeonato Regional de KM Jovem que se disputou, no passado sábado, na Pista do Estádio 1º de Maio, em Braga. O evento, para além de definir os Campeões Distritais, decidiria os atletas a representar a Associação de Atletismo de Braga nos Campeonatos Nacionais. Destaque para a dupla do escalão de Iniciados do Liberdade FC, Inês Sousa e Ricardo Vieira, que venceram a competição com um novo recorde pessoal à distância. Ambos conquistaram o título de Campeões Distritais no seu escalão e carimbaram a possibilidade de estar nos Campeonatos Nacionais do Quilómetro Jovem. No escalão de Infantis, Maria Rodrigues alcançou o título de ViceCampeã Distrital. De realçar ainda, a Infantil Clara Costa e o Juvenil Eduardo Salazar que cortaram a meta na 4ª posição no seu escalão, com um novo recorde pessoal. Com o mesmo e merecido destaque, a Iniciada Beatriz Faria, que com um novo recorde pessoal, cortou a meta na 8ª posição e a Juvenil Joana Ferreira que alcançou a 5ª posição. Como competição Extra, a Benjamim Carolina Faria conquistou o 10º lugar na distância dos 50 metros, o 13º lugar no Vortex e o 10º lugar nos 500 metros. Para fechar o evento, o Júnior Alfredo Fernandes a participou na distância dos 800 metros, cortou a meta na 2ª posição.
GD Natação entre os mais medalhados no Torneio Regional de Infantis O Grupo Desportivo de Natação de Famalicão destacou-se no Torneio Regional de Infantis, realizado no complexo de piscinas de Felgueiras, este fim de semana, ao ser dos clubes mais medalhados na prova. Após mais uma paragem de cerca de três meses os atletas de Famalicão regressaram à competição e destacaram-se face à concorrência, conquistando inúmeros recordes pessoais. Destaque para Tiago Mendes Costa que se sagrou campeão regional e para Ana Carolina Cruz que obteve a 6ª posição. O treinador famalicense Jorge Maia, referiu que “está orgulhoso pelas prestações de todos os nadadores e pela esperança gerada para assegurarem o futuro da natação de Famalicão”. “Com o compromisso diário que manifestam, acreditamos que mais e melhores resultados conseguirão obter, garantidamente”, acrescenta.
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Hóquei: Vítor Silva renova com o FAC Vítor Silva vai continuar a ser o treinador da equipa sénior de hóquei em patins do Famalicense Atlético Clube (FAC) para a temporada 2021/2022, anunciou o clube esta segunda-feira. Será a terceira temporada consecutiva de Vítor Silva ao serviço do FAC. Segundo o clube, o objetivo para a próxima época é o regresso à primeira divisão nacional. O plantel está em construção, adianta ainda o FAC, apontando para os próximos dias o anúncio das primeiras renovações.
Futebol feminino: Famalicão soma segunda derrota consecutiva O FC Famalicão recebeu domingo o Torreense, em jogo a contar para a 12ª jornada da fase de apuramento de campeão da Liga BPI e, apesar do favoritismo, perdeu por 0-2. O Torreense inaugurou o marcador, à passagem do minuto 51, por intermédio de Chandra Davidson. Volvidos três minutos, a equipa de Torres Vedras voltou a marcar. Após um pontapé de livre que a formação famalicense afastou de forma incompleta, a bola terminou nos pés de Angeline da Costa que aumentou a vantagem do Torreense, para 20, com um remate à entrada da área. Ao minuto 70, a formação visitante ficou perto de marcar o terceiro golo, no entanto, Rute Costa negou o bis a Chandra Davidson. Com esta derrota, O FC Famalicão permanece na terceira posição do campeonato. No próximo dia 16, o Famalicão desloca-se ao terreno do Clube de Albergaria, numa partida a contar para a jornada 13 da fase de apuramento de campeão da Liga BPI.
Leonel Rocha
vereador da Educação da Câmara Municipal de Famalicão
“Saio com esta satisfação de dever cumprido” Em entrevista ao OPINIÃO ESPECIAL, o vereador da Educação do município em Famalicão, fala, sobretudo, das exigências e dificuldades que a pandemia de Covid 19 trouxe. Leonel Rocha frisa que, apesar da tarefa não ser fácil, toda a comunidade escolar, com o apoio da autarquia, tem-se superado largamente na tarefa. Nesta entrevista o autarca fala ainda sobre as mudanças que a Carta Educativa preconiza e faz, depois de 16 anos como vereador da Educação, um balanço, antes da sua saída do cargo. Carla Alexandra Soares
OPINIÃO ESPECIAL: Passado um ano continuamos a viver tempos de grande exigência e com grandes mutações. A Educação foi a área que provavelmente mais sentiu a chegada da pandemia. Em Famalicão, qual o balanço que faz da fase da adaptação dos professores, alunos e comunidade escolar aos dois confinamentos? Leonel Rocha: Por aquilo que consegui perceber e acompanhar, acho que as escolas deram uma boa resposta à situação. Os professores, efetivamente, continuaram a fazer um acompanhamento aos alunos, naturalmente, sempre ligados às condições que dispunham e, se na primeira fase, tivemos de socorrer a muitas situações, tivemos que chegar aos alunos de todas as maneiras e com os dispositivos que eles dispunham, na segunda fase os professores já estavam mais preparados e já conseguiram entrar de uma forma mais síncrona e com mais tempo. Esta foi uma boa resposta sempre dentro da contingência, sempre dentro da circunstância porque a melhor resposta é sempre presencialmente.
Nessa perspetiva, faço um balanço positivo da adaptação dos professores e não é um balanço tão positivo na questão da aprendizagem porque, quando esta é presencial é, claramente, mais consolidada do que quando é à distância. No que diz respeito em conseguir dar a melhor resposta perante a circunstância, é positivo porque as escolas fizeram um excelente trabalho e acho que, apesar de tudo, conseguimos continuar este desafio do ensino à distância. De forma faseada, e desde março, que os alunos começaram a regressar à escola. Qual é o feedback que tem deste regresso por parte das escolas? Efetivamente, com o regresso passou a haver maior normalidade. Os
Do que consegue percecionar, desde março deste ano quantos focos de Covid 19 existiram ou existem nas escolas famalicenses? Não temos diretamente estes dados. Estes dados são reportados à Saúde, mas temos tido feedback de que temos tido alguma interrupção em algumas turmas porque vai aparecendo um ou outro caso de Covid 19. Contudo, no contexto geral, podemos dizer que esta incidência não é tão grande quanto, porventura, esperávamos que pudesse ser. Isto significa que as coisas estão a correr muito bem. E depois há aqui uma nota que é importante dar: os casos que têm acontecido, efetivamente, não há registo de que surgiram no contexto escola. Ou seja, mesmo quando testam os alunos depois de detetar um caso, e testam os alunos e professores que estiveram nessa sala, não tem havido casos de contágio. Significa que as regras estão a ser bem cumpridas e os casos vêm de fora: do contexto da família e da sociedade, mas no contexto da escola não tem havido focos de transalunos vieram com alegria e com missão. mais vontade de aprender. As aprendizagens estão a consolidar-se. De que forma o município famaliEstão as escolas a ter o cuidado de cense, que é dos poucos que faz sistematizar, de consolidar aprendi- parte do programa Aproximar, ajuzagens que foram feitas no tempo do dou e ajuda os agrupamentos escoensino à distância, para que se con- lares nesta fase tão exigente? solidem. Acho nesse aspeto que as O município tem um trabalho com as coisas estão a correr muito bem. escolas que eu não me canso de o Naturalmente que numa situação referir que é o trabalho em rede. E que as pessoas não sabem nem do- desde logo isto fez uma diferença minam ao certo todas as circunstân- enorme, porque o facto de juntarcias e variáveis, cria sempre algum mos com assiduidade os diretores receio. Mas, posso dizê-lo com pro- das escolas num grupo com o munipriedade que as nossas escolas es- cípio onde, em conjunto, discutíativeram à altura do acontecimento e mos os problemas e procurávamos prepararam-se bem para o regresso encontrar soluções, fez com que dos alunos e estão a ser capazes de esta situação de pandemia fosse olhar para todas as dificuldades que mais facilmente mitigada, ultrapaso ensino à distância trouxe e tentar sada e houvesse respostas mais efidar a melhor resposta para que os cazes. Porque os diretores, entre si e alunos não fiquem para trás. por si, fizeram uma partilha de práti-
cas e isso ajudou imenso a que essas escolas fossem implementando essas práticas; e também fomos, em conjunto, detetando os problemas mais prementes e que as escolas tinham maior dificuldade em resolver e que o município podia ajudar. Uma dessas dificuldades teve a ver com os dispositivos eletrónicos para as crianças e do acesso à internet. O município supriu os problemas da internet a todos os alunos e em relação aos dispositivos eletrónicos – tablets e computadores – fomos, sempre com as escolas, fazendo um planeamento, a começar sempre pelos mais velhos, para consolidar aprendizagens até porque têm exames e fazer continuidade de estudos que dependem dessas aprendizagens. Com os mais novos fomos encontrando as melhores soluções de entre as possíveis. Se não houvesse esta proximidade entre o município e as escolas, fruto deste programa Aproximar, mas muito mais fruto do trabalho em rede que fomos desenvolvendo, não era possível encontrar muitas das soluções que encontramos. Também referir que as escolas estiveram num grupo chamado de Grupo de Emergência Social do Município de Vila Nova de Famalicão, onde estavam outras entidades da Linha da Frente e, dentro deste grupo também foi possível ora antecipar problemas ora encontrar soluções para os mesmos. Como avalia todas as medidas tomadas pelo Ministério da Educação desde que a pandemia começou em Portugal? Foram assertivas? Em primeiro lugar, afirmo que não sou dos que tenho de condenar o governo por tudo, porque a situação não é fácil de resolver. Que seria possível fazer melhor? »»»»»»»»»» (continua na pág. seguinte) pub
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«««««««««« Eu acho que sim. Houve situações que poderiam ter sido evitadas e o que coloco em cima da mesa é sabíamos que na primeira vez tivemos um problema com a questão dos tablets, computadores, etc., sabíamos que isto, mais tarde ou mais cedo, iria voltar a acontecer e os primeiros computadores chegaram já depois da segunda fase da pandemia. Isto não faz sentido. Era possível um planeamento melhor, mas sei que isto iria bater sempre no mesmo problema que é dinheiro… Em setembro passado, a dias do regresso à escola de 15 mil alunos famalicenses, elogiou os agrupamentos escolares do concelho, que tiverem um “desafio tremendo” para arranjar soluções, tendo em conta esta pandemia. Foi efetivamente um desafio que não tem comparação… Efetivamente, um desafio que não tem comparação! A resposta está mesmo aí. Nós, nestes 20 anos de autarca – e falo por mim – nunca tivemos uma situação tão difícil como esta. Nunca enfrentamos problemas tão difíceis de solucionar. Não houve aviso prévio. Foram numa dimensão enormíssima, porque não implicava a questão da escola, mas implicava também a questão das famílias e a questão social da nossa comunidade. E tudo isto agravado do facto de estarmos a vir de uma crise e esta pandemia acentuar imediatamente outra crise, com mais desemprego e outras carências. Foi uma situação difícil. Difícil nas escolas porque, dentro das suas condições disponíveis, tiveram de se reinventar para responder a uma situação completamente anormal, com regras difíceis de implementar num contexto do que já tinham. Mas, mesmo assim, foram capazes de dar uma boa resposta a este desafio e, efetivamente, foi um desafio tremendo! A Carta Educativa de Famalicão foi aprovada há dias em reunião de Câmara. Quais são as grandes novidades que prevê? Desde logo, esta Carta Educativa é mais exaustiva na análise e na previsão do percurso escolar dos alunos, porque começa logo na gênese e vai aos números da creche. Ou seja, quantos alunos temos e quantos espaços de creche dispomos. Chegamos à conclusão clara que sendo superior à média nacional e à média do Norte, nós ainda temos necessidade de lugares de creche. Isto está definido na Carta Educativa. Uma outra novidade desta Carta Educativa é o facto de ter também uma análise fina e mais cuidada da caracterização das pessoas que trabalham nas escolas, quer os auxiliares e pessoal técnico quer os professores. E também chegamos à conclusão de que, nomeadamente nos professores, é uma população escolar muito envelhecida e que, dentro de alguns anos, vamos detetar problemas na substituição de professores. Podemos cair naquele
problema que tivemos há alguns anos, aquando a massificação do ensino, de ter de recrutar professores que não são professores ou são de outras áreas. Isso não é necessariamente bom para o ensino e esta análise poderá ajudar a fazer reflexão para o futuro. A Carta Educativa contempla também a existência de ensino público no terceiro ciclo e secundário em Riba de Ave. É uma forma de fazer pressão sobre o Governo para que isto se realize? Na Carta Educativa também está contemplada a necessidade de ter um polo do ensino público do 3º ciclo e secundário em Riba de Ave. Isto não é nada mais nem nada menos do que sermos coerentes com a história, desde logo, porque aquela vila há 60 anos que dispunha destas valências de estudo e que, de um momento para o outro, ficou sem elas em termos públicos. E, por outro lado, para combater a evasão de famalicenses que estão a ir para o município vizinho de Santo Tirso, nomeadamente para Vila das Aves, porque é mais próximo ir para aí do que estar a ir para Pedome. Por isso, nomeadamente os alunos de Bairro e Delães que estão na fronteira com Vila das Aves estão a ir para lá em vez de irem para Pedome. Se tivéssemos as valências do 3º ciclo e secundário em Riba de Ave, nós evitaríamos que os famalicenses tivessem de procurar noutro
Tenho um orgulho imenso na equipa da educação e, aliás, os resultados devem-se, essencialmente, a esta equipa que o município tem e ao trabalho em rede de todos os parceiros sítio. Por isso, estamos a ser coerentes com a história, mas também a ser coerentes com aquilo que sempre defendemos. Portanto, quem criou este problema não foi o município, bem pelo contrário, e sempre defendemos que devia existir ali ensino público. Claro que, para o município era indiferente que fosse do ensino articulado ou estatal, mas, neste momento, claramente o que queremos é que seja do Estado, porque não vamos sequer pensar agora em voltar para trás. Concretamente, interessava que Riba de Ave tivesse um polo do Agrupamento de Escolas de Pedome. Depois de estar 16 anos na vereação da Edu-
cação em Vila Nova de Famalicão, que balanço faz desta jornada? Pode ser presunção estar a fazer o meu próprio balanço, mas como fui educado, desde pequeno, a fazer autoavaliação ou exame de consciência para podermos evoluir…. Olhando um pouco para trás, eu tenho, claramente, o sentimento do dever cumprido. Há 16 anos como vereador, deu para constatar a realidade e deu para eu me confrontar ao longo dos anos com problemas graves que existiam nas nossas escolas. No inicio, ainda era eu adjunto da vereadora, não tínhamos uma única escola do 1º ciclo requalificada e estávamos na fase de avançar com o pré-escolar em obras financiadas e com a obrigatoriedade da implementação do regime normal que obrigava a que houvessem cantinas. E nós, em 80 escolas tínhamos apenas seis cantinas. Foi um trabalho hercúleo. A partir de 2005, tivemos de fazer um planeamento de intervenção e requalificação nas escolas. Foram obras de requalificação apetrechando as escolas para os tempos e as exigências de hoje. E hoje, podemo-nos orgulhar de dizer que o nosso parque escolar – ainda não estando completamente concluído, porque falta intervencionar as pequenas escolas que, por isso, ficaram para o fim – está muito bem apetrechado porque, aquelas escolas que puderam ser feitas com o financiamento estão feitas ou estão a fazerse. Iniciamos também um trabalho em rede com as escolas e que não existia até aí. Evoluímos a vários níveis. Foi importante este trabalho em rede, por exemplo, para a articulação do ensino profissional que, até com a formalização da rede local de educação e formação, em 2009, começamos esta concertação dos cursos profissionais. Em 2011, esta rede foi formalizada e em 2012 tínhamos já 50% dos alunos do 10º ano já estavam no ensino profissional. Portanto, foi muito rápido e foi estratégico este trabalho em rede. Este trabalho levou-nos a um reconhecimento, não só da comunidade. Fomos envolvendo, efetivamente, as comunidades educativas, no seu todo, no trabalho das escolas. Mas há também outra vertente deste reconhecimento que é o facto de muitos municípios virem a Famalicão ver o nosso trabalho. Isso é também um bom indicador e algo que nos enche de orgulho. Tenho um orgulho imenso na equipa da educação e, aliás, os resultados devem-se, essencialmente, a esta equipa que o município tem e ao trabalho em rede de todos os parceiros. Se algum mérito, como vereador eu tenho, é o de por esta gente a trabalhar em conjunto e de ter por missão fazer acontecer. Acho que isto tem dado bons frutos. Por isso, saio com esta satisfação de dever cumprido e saio, claramente, desejando que este trabalho em rede e de proximidade continue e se intensifique. pub
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Escola Profissional CIOR
Um projeto educativo e formativo de excelência Com a crise sanitária que temos vindo a enfrentar, a CIOR e toda a sua comunidade escolar e educativa, tem passado por processos e dinâmicas, em termos de organização e de funcionamento, de permanente reinvenção e de reconfiguração. “Durante este longo tempo, apesar de todo o tipo de adversidades e constrangimentos, tudo tem sido feito para mitigar as consequências sentidas a todos os níveis e dimensões”, refere Amadeu Dinis, diretor da escola. Tendo por base um Plano de Contingência rigoroso e robusto, monitorizado e sistematicamente avaliado por uma Equipa de Acompanhamento, a escola tem criado as condições possíveis para assegurar a prática letiva e formativa intermitente com ensino presencial, ensino à distância e o teletrabalho. Neste contexto, e num processo de aprendizagem contínua, com esforço acrescido, dedicação, zelo e elevado profissionalismo, professores, alunos e funcionários têm manifestado o verdadeiro sentido de pertença à Escola. Com recurso às platafor-
mas digitais, a CIOR reorganizouse por completo e continua a funcionar com estratégias, metodologias e práticas ajustadas às circunstâncias, envolvendo todas as estruturas de coordenação pedagógica em termos de acompanhamento e orientação dos alunos, assegurando a educação inclusiva; funcionamento da formação em contexto de trabalho/estágios; reformulação das provas de aptidão profissional; recuperação de módulos em atraso; mobilidades no espaço europeu no âmbito de Erasmus+; serviços administrativos e logística. Tal como sublinha o diretor, para este sucesso contribuíram os 400 alunos, 60 professores e colaboradores, que têm demonstrado uma prática colaborativa, forte capacidade de adaptação e versatilidade, resiliência, disciplina e sentido de responsabilidade “que registamos com muito orgulho”. A CIOR orgulha-se também de apresentar uma oferta educativa e formativa diversificada, em termos de Cursos Profissionais e Cursos de Educação e Formação, e ajustada às necessidades do te-
cido socioeconómico e empresarial da região e da sua capacidade instalada em termos de recursos técnicos e humanos, equipamentos e instalações. “O nosso grande desejo é que a nova normalidade volte, que se possa encerrar o ano escolar e preparar o próximo ano letivo, com a normalidade possível e, acima de tudo, que a Escola como instituição volte a desempenhar a
sua missão em toda a plenitude como espaço de aprendizagem, educação e vivências em que os alunos se sintam bem, cresçam e idealizem os seus projetos de vida”, desabafa Amadeu Dinis. Como aspetos diferenciadores, a CIOR apresenta um projeto educativo com forte identidade, formação de elevada e reconhecida qualidade, elevadas taxas de empregabilidade e forte ligação às
empresas. Paralelamente a CIOR tem uma carteira de parceiros espalhados por diferentes países europeus que permite grandes e constantes fluxos de mobilidade dos nossos alunos e professores para a realização de estágios nas mais prestigiadas empresas e instituições desses países. Para isto também contribuem as infraestruturas funcionais e muito bem equipadas, em termos de salas de aulas, laboratórios, oficinas e ferramentas várias “para garantir uma formação de qualidade”. Em termos organizacionais e boas práticas temos implementado, há vários anos, o Sistema de Gestão de Qualidade, Norma IS0 9001:2015, alinhado com o EQAVET. Nunca esquecendo o forte compromisso para com a sociedade, nestes tempos atípicos, a CIOR tem-se também assumido como um verdadeiro agente de saúde pública na prevenção e combate à Covid 19, desenvolvendo ações e iniciativas no âmbito da responsabilidade social e da solidariedade junto de instituições várias, autarquias e famílias mais vulneráveis. pub
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Agrupamento D. Sancho I
Garantia de um percurso escolar com qualidade e prestígio O Agrupamento D. Sancho I engloba alunos desde o pré-escolar ao 12º ano (cerca de 2.400 em regime diurno e 200 em regime noturno) e todos eles já estavam preparados para a possibilidade de, a qualquer momento, terem de partir para o ensino à distância. Desta forma, tal como explica a Diretora do agrupamento, este segundo confinamento já estava devidamente organizado e, por isso, alunos e professores “já se sentiram mais confortáveis e familiarizados com esta realidade”. Helena Pereira reconhece que a boa preparação e o exemplo do primeiro confinamento permitiram aprimorar este tipo de ensino, melhorando assim, também, as aprendizagens. “Apesar de todo o trabalho desenvolvido, continua a preocuparnos a consolidação das aprendizagens, por isso, o nosso maior esforço tem sido no sentido de as colmatar, sem pôr em causa a qualidade do seu percurso académico”, explica a Diretora. Quanto ao futuro, no próximo ano letivo, o Agrupamento D. Sancho I volta a oferecer o Ensino Ar-
tístico Especializado de Dança, em articulação com o Conservatório de Dança, agora a funcionar em pleno nas novas instalações da Escola Dr. Nuno Simões, criadas especificamente para este tipo de ensino, com o apoio da Câmara Municipal. De ressalvar a importância desta oferta, única no concelho, que veio colmatar uma lacuna existente para os alunos famalicenses. No Ensino Secundário, para além dos Cursos Científico-Humanísticos (Ciências e Tecnologias, Ciências Socioeconómicas e Línguas e Humanidades), a escola continuará a oferecer diversas áreas de formação a nível de Ensino Profissional onde se incluem a Contabilidade, o Comércio, a Restauração, o Turismo, a Informática, a Eletrotecnia e a Manutenção Industrial. Recentemente, a escola obteve a acreditação Erasmus+ no ensino escolar e no ensino e formação profissional, o que lhe permite assegurar a manutenção dos Projetos e Estágios de Âmbito Internacional, com o objetivo de dar à nossa formação uma dimensão europeia. Assim, tal como o era no pas-
sado, escolher a D. Sancho para estudar “é garantir que o seu percurso escolar ficará marcado pela qualidade e prestígio que os nossos mais de 60 anos nos garantem”. Ao nível do Ensino Profissional, o Agrupamento caracteriza-se por uma grande proximidade ao mundo empresarial, através do Gabinete do Emprego e Empreendedorismo, pela garantia de estágios internacionais em diferentes países da Europa, pelas elevadas taxas de empregabili-
dade dos cursos e pelo apoio a todos os alunos que pretendem prosseguir estudos no Ensino Superior. “Esta qualidade foi confirmada recentemente pois, com grande orgulho, recebemos o selo de qualidade EQAVET para três anos, prazo máximo possível”. Também nos Cursos CientíficoHumanísticos a escola confere um ensino de qualidade, a possibilidade de integrar diversos projetos (nacionais e internacionais) dentro da sua área de aprendizagem e
a oportunidade de participar em intercâmbios internacionais, garantindo assim a sua entrada nas melhores universidades do país. “Manter-nos-emos como uma referência na oferta da Educação de Adultos (Ensino Recorrente, Cursos EFA e Centro Qualifica) com uma tradição reconhecida pela comunidade local, dando resposta a jovens e adultos que pretendem terminar percursos académicos interrompidos, da forma que melhor se ajuste às suas necessidades”, sublinha a Diretora. Helena Pereira entende que as circunstâncias pandémicas atuais não são as mais adequadas para a aprendizagem, no entanto, apesar da incerteza constante em que vivemos, o Agrupamento continua a levar a cabo um trabalho que lhe permite proporcionar a igualdade e equidade entre os seus alunos. “Tudo o que fomos aprendendo até à data permite-nos construir respostas pedagógicas e organizativas que respondam às exigências educativas da nossa comunidade e em especial às preocupações dos nossos alunos”. pub
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Instituto Nun’Alvres
O INA está ON Quando olhámos para a longa história do Instituto Nun’Alvres (INA), vemos como esta escola dos Jesuítas, com mais de 100 anos de existência, diante de variados desafios, “nunca desistiu de servir a educação e de ajudar os seus alunos a crescer em todas as dimensões da pessoa”. Esta é a convicção do seu diretor pedagógico, o padre Carlos Carvalho, que quer, com os seus pares, cada vez mais, uma comunidade educativa criativa e inovadora, “ajudando os nossos alunos e alunas a construir um projeto de vida com sentido”. Se, no ano passado, o INA foi surpreendido, já em setembro, na preparação deste ano letivo, prevendo possíveis cenários, foram instaladas câmaras em todas as salas de aula, criadas condições de segurança em todo o Colégio, renovadas estruturas de apoio pedagógico e digital. Foi também estabelecido um Protocolo de Funcionamento, instituídas normas de circulação e de higiene, e, sobretudo, o INA procurou dar continuidade a todas as inovações pedagógicas introduzidas através do Ensino a Distância (E@D) do ano transato. “Tudo isto, num ano que se previa exigente e cheio de desafios, procurando que o Covid 19 não congele o futuro dos nossos alunos e não os impeça de crescer como pessoas”, explica o padre Carlos Carvalho que, desde o início do ano letivo que, neste contexto difícil, a sua grande preocupação tem sido cuidar de cada um: alunos, professores, não docentes e famílias. “Mobilizando todos os recursos da escola, materiais e humanos, temos procurado dar uma resposta de qualidade às necessidades das famílias, sendo fiéis ao pacto de confiança e proximidade que fizeram connosco, através do reforço do acompanhamento pastoral, social e psicopedagógico”.
No Instituto Nun’Alvres, desde o 1.º Ciclo de Ensino Básico até ao Ensino Secundário, incluindo os Cursos do Ensino Profissional (cf.www.institutonunalvres.pt), todos os educadores e de modo particular os Diretores de Turma têm procurado acompanhar os alunos com proximidade e atenção, preocupando-se não apenas pelo seu percurso académico, mas também com os impactos sócio afetivos da pandemia e dos meses em que todos estiveram em casa. “Foi com muita naturalidade que no mês de fevereiro, após uma pausa letiva forçada, fizemos a transição para o regime não presencial, até porque desde setembro que temos tudo preparado, incluindo, plataformas digitais e conteúdos pedagógicos, podendo acioná-lo para toda a escola ou para uma turma em isolamento profilático”, explica o diretor pedagógico. E, tal como no ano anterior, o INA disponibilizou um conjunto de equipamentos digitais (portáteis, hotspot, tablets) da escola a todos os alunos que deles não dispunham, para que pudessem continuar a aprender em casa. “Recentemente, a escola voltou a ter vida e o castelo, como carinhosamente lhe chamam os alunos mais novos, voltou a ter alma”. Com a retoma progressiva das atividades presenciais, a vacinação dos educadores e a testagem dos educadores e alunos mais velhos, o padre Carlos Carvalho acredita que os próximos tempos são de esperança. “Depois de tantas atividades canceladas, vemos os nossos alunos e educadores a retomar a vida e o nosso Projeto Educativo a crescer. Somos conscientes dos impactos da pandemia e do E@D e, por isso, como sempre, estamos disponíveis para continuar a educar a cabeça, o coração e as mãos. pub
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CENFIM
Há algumas décadas que se falava que a automatização e robotização iria eliminar postos de trabalho e gerar desemprego. A verdade é que as empresas já se automatizaram e já têm robots a realizar, nomeadamente, trabalhos repetitivos e continuam a existir empregos, mas empregos que cada vez mais requerem qualificações/competências. A pandemia e os períodos de confinamento geraram um distanciamento físico das pessoas em muitas atividades, mas promoveram a realização das mesmas em ambientes virtuais/digitais, criando uma nova necessidade que, por consequência, acelerou a digitalização das empresas não só ao nível da produção, mas de todos os processos nas empresas. Realizar o 12º ano de escolaridade sem uma saída profissional faz com que, nos dias de hoje, os jovens não tenham muitas ofertas de emprego, ou candidatam-se apenas a oferta de emprego para trabalhos de rápida aprendizagem, normalmente trabalhos em linhas de produção em serie/repetitivos.
A pandemia acelerou o futuro – A digitalização das empresas Desta forma, faz cada vez mais sentido a opção pela formação profissional. Mesmo que o objetivo seja a realização do ensino superior, a passagem pela formação profissional permite obter conhecimentos que complementarão a formação superior. Ou seja, ingressar numa formação superior, nomeadamente nas áreas da engenharia, com uma formação de base técnica de nível 4 ou 5 torna-se a “cereja no topo do bolo”. Nos últimos anos temos assistido ao aumento do número de jovens que ingressam na formação profissional como uma primeira escolha, realizando cursos de profissionais/aprendizagem de dupla certificação que lhes confere o 12º Ano de Escolaridade e o nível 4 de qualificação. Para estes jovens, o ingresso no ensino superior foi ajustado aos seus planos curriculares através do Decreto-Lei n.º 11/2020. Algo que até agora era necessário realizar os exames nacionais devido aos planos curriculares do Profissional e do Ensino Oficial são diferentes. Em relação à pandemia, se perdeu o seu emprego, deverá olhar para a situação como um desafio e uma oportunidade para se requalificar profissionalmente e concorrer as ofertas de emprego de um setor que se mantém ativo e vigorante como o setor da Metalurgia, Metalomecânica e Eletromecânica. Na próxima década na qual se prevê uma constante evolução tecnológica e robotização dos processos, a formação profissional passará por alguns desafios como
prever atempadamente as necessidades de As nossas instalações estão preparadas formação adaptadas às empresas. para receber os nossos formandos com Para tal o Cenfim já se está a preparar todas as medidas relacionadas com os dispromovendo formação na área da Automa- tanciamento e desinfeção de espaços. ção e Robótica, Aeronáutica assim como Adelino Santos, promovendo ações de formação continua e Diretor Cenfim, prestação de serviços para respostas mais núcleo da Trofa rápidas às necessidades das empresas.
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Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco
Formação de alunos para o exercício pleno de uma cidadania europeia é aposta No Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco (AECCB), desde o primeiro momento em que houve a necessidade de interromper as atividades educativas em regime presencial, foram estabelecidos os princípios orientadores para a implementação do ensino a distância (E@D). Assim, os eixos prioritários são: proporcionar o acesso a plataforma digital a todos os alunos e professores, com elevado potencial comunicativo e educativo; garantir, em parceria com a autarquia e, mais recentemente, através do Programa Escola Digital, o acesso a meios tecnológicos/rede a todos os alunos; realizar sessões de formação e acompanhamento para todos os profissionais do agrupamento que permitam desenvolver as potencialidades do E@D para que continuemos a ter o desenvolvimento de aprendizagens profícuas. “Sendo assim, a adaptação ao segundo confinamento foi realizada com base na planificação atempada, no saber acumulado, e com apoio permanente de equipa docente, criada para o efeito em
abril de 2020”, explica Carlos Teixeira, diretor do Agrupamento. Essa planificação atempada, sublinha o responsável, trouxe frutos porque permitiu que a segunda fase do ensino à distância tenha corrido sem percalços. Através da monitorização realizada, nomeadamente junto dos docentes, representantes dos alunos e dos pais e encarregados de educação, “percebemos que o investimento realizado na planificação atempada, o estarmos prontos para a imprevisibilidade das medidas de
contingência no âmbito da gestão da pandemia da doença Covid-19, produziu resultados positivos, com mais e melhores aprendizagens, em contexto de E@D”. As onze escolas que compõem o Agrupamento Camilo Castelo Branco, desde o pré-escolar ao 12º ano, são frequentadas por 3.852 alunos, 380 professores exercem aí a sua atividade, apoiados por 102 assistentes operacionais, 14 assistentes técnicos e 6 técnicos superiores (3 psicólogos, 1 terapeuta da fala, 1 técnica de ação so-
cial e 1 animadora sociocultural). Depois dos desconfinamentos, que ocorreram faseadamente também no ensino, por estes dias as atividades já estão a ser desenvolvidas de forma presencial com praticamente todos os alunos, o que exige de toda a comunidade escolar e de todos os famalicenses, recorda Carlos Teixeira, um elevado sentido de responsabilidade, de modo a evitar-se situações de confinamento de grupos ou turmas. Na verdade, as circunstâncias continuam a ser muito exigentes e para a adaptação da comunidade educativa do AECCB, o diretor aponta a resiliência e a solidariedade. “Tem o sentido de responsabilidade na sua missão. Todavia não devemos descurar a importância da disponibilização de recursos humanos e materiais para os mais vulneráveis do ponto de vista social”, frisa. O tempo não para e, apesar da pandemia que veio mudar muitas realidades, o Agrupamento Camilo Castelo Branco, orgulhoso do seu percurso e das pessoas que forma, continua a apostar no futuro. Em articulação com o Projeto
Educativo do Agrupamento, continuará a dar prioridade a projetos e decisões que valorizem os alunos, que criem ambientes de aprendizagem tranquilos, de qualidade e com ambição de elevado sucesso educativo. “Projetos em que a internacionalização do AECCB, nomeadamente através dos projetos Erasmus+ eTwinning, é uma realidade, onde, pelo intercâmbio de alunos e profissionais da educação, pela partilha de práticas pedagógicas inovadoras, os nossos alunos conhecem outras realidades e dão a conhecer pela Europa o seu potencial e da região onde estão inseridos”, apresenta Carlos Teixeira, a título de exemplo. Mas aponta ainda os projetos com forte ligação ao mundo da ciência, das artes, da música e do desporto, nunca descurando a ligação com o local, convocando o património cultural de Famalicão. Ou os projetos assumidos por professores empenhados e que estão conscientes que o trabalho colaborativo é fundamental para conferir sentido às aprendizagens dos alunos, preparando-os para o exercício pleno de uma cidadania europeia. pub
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