Ano 29 | Nº 1515| De 9 a 15 de junho de 2021| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt
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Caso aconteceu na freguesia de Cruz
Condenado a 15 anos de prisão por 452 crimes sexuais contra as filhas
p. 11
Covid 19 Filas intermináveis continuam no Centro de Vacinação em S Cosme p. 13 Lançamento Famalicão tem uma nova associação para promover o fado p. 7 Autárquicas José Bilhoto e Inês Brandão avançam pela Iniciativa Liberal p. 8
VIOLENTO INCÊNDIO DESTRÓI BAR E DEIXA FAMÍLIA DESALOJADA p. 4
Hóquei: RAHC disputa prova europeia de clubes
Eduardo Oliveira quer concelho para todos p. 6
Futebol: GD Joane joga subida a 20 e 27 de junho pub
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opiniãopública: 9 de junho de 2021
An-Dança conquista 28 medalhas em torneio internacional
A An-Dança - Conservatório de Dança de Famalicão marcou presença no “Grand Jeté International Dance Awards”, que decorreu me Lagoa, no Algarve. entre os dias 28 a 30 de maio, levando a competição um total 30 alunos. Os jovens bailarinos de Famalicão voltaram para casa com 7 medalhas de ouro, 12 medalhas de prata e 9 medalhas de bronze (todos os prémios obtidos apenas com classificações superiores a uma média superior a 90%), com um especial reconhecimento das bailarinas Catarina Azevedo (Special Award Ballet Shop) e Diana dos Santos (Special Award Best Solo Level 4 Pro). Os alunos da An-Dança foram avaliados por um júri internacional constituído pelos jurados Simona Noja Nebyla, Misha Tchoupakov, Ingrida Svedunova, Michael Raynaud, Joni Österlund e Hugo Vieira, e a dança que se ensina no concelho foi representada ao mais alto nível. “Depois de perto de um ano de ausência das competições e dos palcos, a expectativa e os níveis de ansiedade eram altos, mas o trabalho e dedicação de professores e alunos, mesmo com todas as restrições de que o ensino da dança foi alvo, acabou por marcar a diferença”, refere o conservatório famalicense, em nota à imprensa. Refere ainda que a participação da An-Dança “despertou a curiosidade dos alunos a concurso, que agora vêm o nosso concelho com muito bons olhos para seguirem os seus estudos na dança, fruto da aposta feita no Ensino Artístico da Dança que lhes concede um diploma oficial”.
Cineclube exibe “A Voz da Lua” na Casa das Artes O Cineclube de Joane exibe esta quinta-feira, 10 de junho, o filme “A Voz da Lua”, na Casa das Artes de Famalicão, com essão agendada para as 19 horas. Inspirado em "O Poema do Lunático", de Ermano Cavazzoni, que também é co-autor do guião, este é o derradeiro filme de Federico Fellini, que viria a morrer em 1993. Com o ator cómico Roberto Benigni no papel principal, centra-se num homem acabado de sair de um manicómio e na forma deslumbrada como vê o mundo, fixando-se numa mulher cuja beleza equipara à Lua. Pelo caminho, vai encontrando várias personagens estranhas.
FICHA TÉCNICA
CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt
DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt
CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt
REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).
DESPORTO: José Clemente (CNID 297) e Paulo Couto.
Aniversário foi assinalado a 1 de junho com espetáculo para as crianças e mural comemorativo
Casa das Artes celebrou 20 anos A Casa das Artes de Famalicão cumpriu ontem, dia 1 de junho, 20 anos de existência. O aniversário foi assinalado com um programa exíguo e atípico, ditado pelas contingências da pandemia. O presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, marcou presença e deixou a sua mensagem no “mural” que assinalou a efeméride. Acompanhado pelo vereador da Cultura, Leonel Rocha, e pelo diretor artístico da Casa das Artes, Álvaro Santos, o edil saudou também as várias dezenas de crianças que esgotaram o grande auditório do teatro municipal para assistirem à peça Pinóquio, encenada pela Jangada Teatro. A Casa das Artes abriu, assim, as suas portas às crianças no dia do seu aniversário que é, simultaneamente, o Dia Mundial da Criança. A população é convidada a deixar uma mensagem à Casa das Artes no mural colocado à porta do teatro municipal e a tirar uma fotografia ou selfie enquadrada com uma moldura alusiva aos 20 anos e a partilhar nas redes sociais. Para além destas iniciativas, no Facebook do espaço cultural famalicense inicia-se um concurso aberto a todos os interessados que, ao longo de vários dias, vão ter de responder acertadamente a perguntas sobre a programação da Casa das Artes.
O presidente da Câmara marcou presença no aniversário
Programação para junho A programação especial de aniversário continua nos dias 10, 11 e 12 de junho, às 20h30, estreia “Despe-te [Isabel]” de Ella Hickson, numa criação Ensemble - Sociedade de Atores, em coprodução com a Casa das Artes de Famalicão e sob a direção artística de Pedro Galiza. Em 17 e 18 de junho, às 20h30, numa encenação de Manuel Tur em coprodução com a Casa das Artes de Famalicão, estreia “Escola de Mulheres” de Molière.
“Maria, a Mãe” de Elmano Sancho sobe a palco no dia 16 de junho, às 20h30, com interpretação de Custódia Gallego, Elmano Sancho, João Gaspar e Lucília Raimundo, numa coprodução do Teatro da Trindade, Casa das Artes de Famalicão e Loup Solitaire. Ainda enquadrado com o aniversário dos 20 anos da Casa das Artes – e para além de outras iniciativas – surge a proposta cinematográfica com “Nomadland – Sobreviver na América” de Chloé Zhao, no dia 19 de junho, às 20h30.
Primeiro livro de ficção
Escritora famalicense M. G. Ferrey lança “Aquarea” “Aquorea” é livro que marca a estreia na ficção da escritora famalicense M. G. Ferrey, lançado no início deste mês de junho. Uma história de mistério e romance que promete apaixonar os fãs da literatura de fantasia. M. G. Ferrey é licenciada em Psicologia Clínica, especialidade na qual trabalhou durante dez anos, e com formação em áreas tão variadas como Consultoria de Imagem (na Uptodate Fashion Academy em Milão) e uma pós-graduação em Jornalismo (na London School of Journalism). Atualmente reside em Braga mas mantém uma estreita relação afetiva com a cidade que a viu crescer – Famalicão, onde viveu grande parte da sua vida. M.G. Ferrey foi fazendo o seu percurso profissional sempre com o desejo de escrever histórias que pudessem transportar os leitores para outros mundos. E assim nasceu ‘Aquorea’.
GRAFISMO: Carla Alexandra Soares
OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira.
GERÊNCIA: João Fernandes
CAPITAL SOCIAL: 175.000,00 Euros.
DETENTORES DE MAIS DE 5% DO CAPITAL
M.G. Ferrey
“Este livro é sobre uma rapariga, Ara, que encontra o sentido da sua vida no sítio onde menos espera. No dia em que morre é que começa realmente a viver. É um livro de fantasia,
António Jorge Pinto Couto João Fernado da Silva Fernandes Voz On, Lda.
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para jovens adultos, onde as coisas mais fantásticas, inimagináveis e muitas vezes dolorosas, acontecem às personagens”, esclarece a autora. “Claro que, se quisermos, podemos extrapolar isso para o nosso quotidiano, porque todos nós passamos por momentos de dúvida, decisões difíceis, medos, insegurança, etc. Também o facto de ser licenciada em psicologia permitiu-me abordar temas bastante pertinentes e atuais como a amizade, família, dependências, depressão, luto e as diferentes formas de lidar com eles”, acrescenta. Entretanto, M.G. Ferrey já está a trabalhar no segundo volume de ‘Aquorea’. “O segundo livro é muito importante, não só pela continuação da história e desfecho de algumas situações, como também pelo crescimento das personagens. São jovens que estão no início da idade adulta e há muito para acontecer e para revelar”, assegura.
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opiniãopública: 9 de junho de 2021
Deputado Jorge Paulo Oliveira reuniu com a presidente CPCJ
Casos de crianças e jovens em situação de risco aumentaram em 2020 Em 2020 o número de processos acompanhados pela comissão de proteção e Crianças e Jovens (CPCJ) de Famalicão aumentou mais de uma centena, comparativamente com o ano de 2019. O volume processual chegou aos 742 casos, no ano passado, sendo que, destes, quase metade (355) foram casos novos entrados naquele ano. Os dados estatísticos foram divulgados pela presidente da CPCJ de Famalicão, Elsa Rocha, ao deputado famalicense Jorge Paulo Oliveira, no decorrer de uma reunião realizada esta segunda-feira, no âmbito da jornada que o parlamentar do PSD está a promover sobre as crianças e jovens em risco. Elsa Rocha indicou ainda que a violência doméstica como principal situação de perigo sinalizada, seguindose o absentismo escolar e os casos de negligência. As principais fontes sinalizadoras foram a GNR, as escolas e a
PSP. Ainda de acordo com Elsa Rocha, 70 processos acabaram por ser remetidos para o Ministério Público, mas a esmagadora maioria das medidas de promoção e proteção adotadas circunscrevem-se a medidas de apoio junto dos pais ou junto de outros familiares. Em 2020, alguns dos casos motivaram a opção pelo acolhimento residencial. Estes dados estatísticos, segundo Jorge Paulo Oliveira, “apesar da sua amplitude no município acompanhar a tendência nacional, revela-nos uma realidade preocupante, devendo, contudo, ser realçado que na grande maioria dos casos que lhe são sinalizados, a CPCJ de Famalicão tem conseguido intervir atempadamente e com sucesso”. De uma coisa o deputado famalicense à Assembleia da república não tem dúvidas: “é preciso envolver a comunidade nesta luta contra os maus tratos”, referindo que um dos motivos da reunião
foi, exatamente, contribuir para o “despertar consciências” para a problemática. Refira-se que a CPCJ de Famalicão é uma instituição oficial não judiciária, com autonomia funcional, que visa promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou pôr termo a situações suscetíveis de afetar a sua segurança, saúde, formação,
educação ou desenvolvimento integral, e que funciona com o apoio logístico, financeiro e administrativo da Câmara Municipal. Neste aspeto, Jorge Paulo Oliveira sublinha que a autarquia, apesar de só estar obrigada a afetar um funcionário municipal a esta estrutura, esse numero é atualmente de cinco funcionários municipais.
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215 famalicenses apoiados na compra de medicamentos A Câmara de Famalicão apoiou, nos últimos sete meses, 215 famalicenses na compra de medicamentos, num investimento que rondou os 15.900 euros. Este é o balanço do primeiro ano de vigência do protocolo entre o Município e a Associação Dignitude no âmbito da Rede Solidária do Medicamento, um protocolo que vai ser renovado por mais um ano, como foi aprovado na última reunião do executivo camarário. Entre setembro de 2020 e abril de 2021 foram, então, apoiados no acesso ao medicamento 215 munícipes que vivem em situação de insuficiência económica. No final da reunião, a vereadora da Saúde Pública, Sofia Fernandes, disse que este número ficou abaixo das expectativas, pelo que para este ano o valor do protocolo foi reduzido. O ano passado a Câmara tinha disponibilizados 150 mil euros para este apoio (tendo gasto apenas um total 15.900 euros), enquanto que este ano está autorizada uma despesa até 50 mil euros. De qualquer forma, Sofia Fernandes ressalva a importância deste apoio, sobretudo para a população idosa, mais sujeita a medicação crónica e a que mais recorre à rede. “Se não fosse esta ajuda poderiam ficar privados da sua medicação e é isso que não queremos que aconteça”, declarou. Os beneficiários são selecionados pelos serviços municipais de ação social, sendo que à Associação Magnitude cabe a tarefa de indicar e fazer a ponte com as farmácias aderentes, onde os beneficiários poderão usar o apoio financeiro dado pela autarquia para adquirir os medicamentos. pub
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opiniãopública: 9 de junho de 2021
Aconteceu na quinta-feira da semana passada no topo sul da Praça D. Maria II
Violento incêndio na cidade destrói bar, restaurante e deixa família desalojada mandante, “a grande preocupação foi mesmo tentar confinar o incêndio ao edifício onde começou e tentar evitar que se alastrasse”. Apesar de todos os esforços dos bombeiros, uma família acabou por ter que ser realojada em casa de familiares “porque a estrutura do telhado foi afetada”. “Por outro lado, devido ao combate existem diversas infiltrações de água o que faz com que não haja condições de habitabilidade”. O OP sabe que a vistoria ao edifício já foi realizada e que a família ainda não regressou a casa.
Carla Alexandra Soares Eram 11h55 de quinta-feira quando soaram os alarmes dos Bombeiros para um incêndio urbano. Pelas 12h15 o fumo intenso que saía do edifício situado no topo sul da Praça D. Maria II já era visível a longa distância e já era percetível que se tratava de um incêndio maior do que inicialmente se podia prever. Em 40 minutos o fogo tomou conta do edifício antigo, onde estavam instalados o Classe Bar e a Dona Maria Pregaria. Perante o olhar de dezenas famalicenses, que assistiam por curiosidade e apreensão, e do desespero e incredulidade dos proprietários, as chamas chegaram ao telhado e deixavam antever um cenário de total destruição. O fogo estava cada vez mais violento e perante este cenário os mais de 40 bombeiros das duas corporações da cidade (BV Famalicenses e BV Famalicão) faziam um esforço hercúleo para o controlar. Os carros, autoescadas e autotanques dos bombeiros continuavam a chegar para ajudar, mas tudo parecia pouco perante a violência das chamas que assustava a quem assistia, imóvel, inquieto e impotente.
O enfoque dos soldados da paz estava agora nos edifícios contíguos, onde estão instaladas outras áreas comerciais e habitações. Especialmente no que fica localizado no lado direito, onde já se podia ver o fumo e pequenos focos de lume no telhado. Enquanto uns lançavam jatos de água para dentro do edifício onde começou o fogo e onde ainda se viam chamas poderosas, outros bombeiros chegavam ao telhado da casa para evitar o que mais se temia.
E conseguiram. Enquanto ao lado só restavam as paredes ao alto, na casa vizinha os estragos não passaram do telhado, mas que mesmo assim obrigaram a uma intervenção mais demorada. O rescaldo só começou já passava das 15h00 e, tal como explicou em declarações ao OPINIÃO PUBLICA o homem que comandou as operações, o processo foi demorado porque se trata de um edifício antigo e que ficou completamente destruído.
“A estrutura é toda à base de madeira e tivemos que remexer em todo o material”. Quanto à origem das chamas, o comandante Sérgio Gomes referiu que os bombeiros foram chamados para um incêndio na parte da cozinha do restaurante “que se propagou para toda a estrutura do edifício”. O facto de a estrutura ser antiga não ajudou ao controlo do fogo “que propagou com muita rapidez”. Tal como foi percetível no palco das operações e reiterado pelo co-
Mensagens de apoio multiplicam-se Nas redes sociais as mensagens de apoio aos proprietários do bar e restaurante multiplicaram-se. Tanto os famalicenses anónimos, como proprietários de outros bares e restaurantes do concelho quiseram deixar palavras de incentivo e solidariedade, às quais os jovens donos do espaço destruído não ficaram indiferentes. Numa mensagem, também publicada nas redes sociais, responderam aos famalicenses. “Não há palavras para descrever o que sentimos ao ver o que construímos durante 13 anos ser devastado em segundos. Foram horas, dias, anos de trabalho. Foi o projeto de uma vida, o projeto com que sempre sonhamos”, pode lerse no texto publicado. Reconhecendo que viveram o pior momento da sua vida, “que jamais iremos querer recordar”, os proprietários garantem que desistir não é uma opção e já estão a pensar no futuro. “Começa agora uma nova história! Uma história que nunca será esquecida nem irá acabar. A nossa maior vontade é voltar a proporcionar-vos memórias felizes… Até já!”, refere a mesma mensagem.
Iguaria inspirada em Camilo é apresentada aos famalicenses este fim de semana
“Galinha Mourisca” na ementa de mais um Dias à Mesa A receita da “Galinha Mourisca” que aparece descrita no livro “O Santo da Montanha”, 1866, de Camilo Castelo Branco é o prato sugerido no próximo Dias à Mesa que decorre este fim de semana, em Famalicão. Cento e cinquenta e cinco anos depois, a receita foi recuperada e reinventada numa conjugação de esforços que envolveu dois chefs da terra – Renato Cunha e Lígia Santos – o Restaurante Oprato e a Casa Museu Camilo Castelo Branco. A iguaria foi apresentada ao presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, na passada sexta-feira, num almoço que contou com a presença do representante da Turismo do Porto e Norte de Portugal,
Marco Sousa, do vereador do Turismo do município, Augusto Lima. Famalicão, não tendo propriamente um prato identitário exclusivo do concelho, tem um vasto legado de referências históricas ligadas à restauração. Para Augusto Lima, “a aposta na Galinha Mourisca constitui assim uma extraordinária oportunidade para se evocar esse ADN, convocando a obra de Camilo para contar-se histórias à mesa e reforçar-se a Rota Camiliana como um produto estratégico para o município”. Entre 10 e 13 de junho, os famalicenses poderão apreciar este prato que será servido em sete restaurantes do concelho,
que participaram em ações de qualificação e partilha da receita. Os restaurantes são os seguintes: Ferrugem; Fondue; ME.AT; Moutados; Oprato; Outeirinho e 26 Restaurante Lounge. A ementa é harmonizada com vinhos da região e acompanhada de entradas e sobremesas genuínas da época com registo contemporâneo. Refira-se que as primeiras referências bibliográficas à Galinha Mourisca datam do século XVI através do Livro de Cozinha da Infanta D. Maria. A Galinha Mourisca do Século XXI apresenta um renovado sabor, mas respeita os cânones e a valorização dos produtos locais.
opiniãopública: 9 de junho de 2021
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opiniãopública: 9 de junho de 2021
Mário Passos apresenta candidatura à Câmara no próximo domingo A Coligação Mais Ação, Mais Famalicão vai apresentar publicamente Mário Passos como o candidato conjunto do PSD e do CDS/PP à Câmara Municipal de Famalicão, no próximo domingo, dia 13, pelas 18h00, na Casa das Artes. O momento é reservado a convidados por via da pandemia da Covid 19, mas terá transmissão em direto na página oficial da candidatura no Facebook. Mário Passos nasceu em 1966. Licenciou-se em 1991 no curso de Física e Química, pela Universidade do Minho (UM) e tornou-se Professor Auxiliar na mesma universidade. Em 2004, assume o cargo de delegado regional de Braga do Instituto Português da Juventude e, em 2009, é eleito vereador da Câmara de Famalicão, onde, no atual mandato, assume os pelouros do Desporto e das Freguesias. O nome de Mário Passos foi recentemente aprovado pela Comissão Política Nacional do PSD depois de avalizado pelos militantes de Famalicão num plenário realizado a 21 de maio. A Coligação Mais Ação. Mais Famalicão tem vencido as eleições autárquicas para o concelho desde 2001, primeiro com Armindo Costa, que foi presidente de Câmara entre 2002 e 2013, e depois com Paulo Cunha, o atual presidente da autarquia que optou por não se recandidatar a um terceiro mandato. pub
Pelames Café, uma referência em Famalicão
Inaugurado no dia 13 de junho de 2019, o Pelames Café está prestes a assinalar dois anos de vida no coração da cidade de Famalicão. Neste par de anos, várias foram as novidades que o estabelecimento introduziu e pelas quais se distingue atualmente. É o caso do serviço de snack-bar, que ao longo do tempo foi aprimorado, disponibilizando agora refeições rápidas como francesinhas e cachorros. As diárias acessíveis é outro dos serviços que muito tem agradado os clientes que frequentam o estabelecimento. São refeições saudáveis e equilibradas servidas no espaço interior ou exterior totalmente renovado e que convida a ficar para mais algum tempo de descanso. Neste aniversário, o Pelames Café dá também continuidade às novidades no âmbito da cafetaria e pastelaria pelo qual é reconhecido na cidade. As várias fornadas de pão e bolos por dia garantem aos produtos a frescura e qualidade desejadas. O Pelames Café agradece aos clientes que estiveram ao seu lado e convida a uma visita na Rua Ernesto Carvalho, no centro da cidade de Famalicão.
Cabeça de lista do PS à Câmara apresentou publicamente a candidatura
Eduardo Oliveira quer “um concelho para todos”
Eduardo Oliveira diz que se apresenta a votos para ganhar a Câmara Municipal
Cristina Azevedo namos”. Nesse sentido, Eduardo OliTransformar Famalicão num conce- veira quer um concelho “sociallho para todos. Foi com este lema mente mais inclusivo” com uma que Eduardo Oliveira se apresen- bolsa municipal de apoio a doentou, na noite do passado sábado, tes dependentes e respetivos cuicomo candidato do Partido Socia- dadores, um hospital “mais lista (PS) à Câmara de Famalicão moderno” em infraestruturas e nas eleições autárquicas deste equipamentos e uma rede de cuiano. dados de saúde primários de quaNuma sessão com pouco mais lidade. de uma centena de militantes, deNa área da habitação defende vido às restrições impostas pela “uma política municipal amiga dos pandemia, Eduardo Oliveira disse jovens casais, fomentando a habiprotagonizar um projeto de mu- tação acessível” e alojamento unidança para Famalicão. “Um projeto versitário “ajustado às com a marca transformadora e hu- necessidades dos estudantes”. manista do PS. Um projeto de alterEntre outras propostas, o canativa a uma governação beça de lista à Câmara propõe tammunicipal esgotada, por 20 anos bém a cooperação entre pequenas, de poder, por 20 anos de can- médias e grandes empresas nas saço”, afirmou. áreas da inovação, investigação e No seu discurso, o candidato desenvolvimento, eficiência enersocialista disse que é preciso dar gética e internacionalização, assim respostas “a velhos problemas que como uma oferta combinada de subsistem”, elegendo a habitação, transportes públicos com horários transportes e mobilidade, econo- ajustados às ligações dos autocarmia e emprego, inclusão digital e ros e dos comboios. meio ambiente como “alguns exemplos daquilo que importa re“O homem certo” solver com urgência”. Eduardo Oliveira tem 37 anos e O período que se avizinha tam- é enfermeiro de profissão no hosbém não foi esquecido. E aqui, pital de Famalicão. Na sessão, conEduardo Oliveira defende que a Câ- tou com o apoio declarado de Luís mara Municipal tem que ajustar as Miranda, presidente da Juventude suas opções ao pós pandemia. Socialista de Famalicão e de Isabel “Tem de dar alento e de saber o Silva, presidente das Mulheres Soque realmente interessa às pes- cialistas. Intervieram também o soas e às famílias, às freguesias, às líder da distrital de Braga, Joaquim vilas; à cidade, aos agentes econó- Barreto, e José Luís Carneiro, secremicos e às instituições do conce- tário-geral adjunto do PS a reprelho”. sentar a direção nacional do Por isso, o candidato entende partido. que o Plano de Recuperação e RePrecisamente, José Luís Carsiliência e o Quadro Financeiro Plu- neiro apontou Eduardo Oliveira rianual da União Europeia “são como o homem certo para conduzir recursos valiosos e incontornáveis a mudança no concelho. “Tem as para o nosso futuro imediato, que condições para, neste momento de Famalicão tem de aproveitar para transição política no concelho, afirprojetar e construir o concelho so- mar uma alternativa e bater-se com lidário e de progresso que ambicio- coragem por ela”, referiu.
Em fevereiro de 2020, Eduardo Oliveira chegou à presidência da Comissão Política Concelhia do PS após ganhar umas das mais disputadas eleições internas. Confiante que vai ganhar as eleições, o candidato disse, aos jornalistas, que sente o partido unido em torno desse desiderato. “Estamos a trabalhar para fortalecer o partido e toda a gente está convocada e será bem vinda”, acrescentou. Entre os militantes presentes na sala estavam muitas caras novas, mas também alguns históricos socialistas, como Maria Augusta Santos, Paulo Folhadela, Camilo Lélis, o vereador e deputado Nuno Sá e o ex-presidente da Câmara Agostinho Fernandes que, depois de Eduardo Oliveira, foi o nome mais mencionado e aplaudido da noite. Os casos de Castelões e Joane Recentemente, dois autarcas eleitos pelo PS, Francisco Sá, em Castelões, e António Oliveira, em Joane, anunciaram que vão recandidatar-se como independentes, merecendo já o apoio da coligação PSD/CDS-PP. Instado a comentar, Eduardo Oliveira desvalorizou estes casos, afirmando que “já no passado isso aconteceu com outros presidentes de Junta”. “Não tenho nada contra as pessoas, respeito as pessoas, é uma decisão delas, que depois terão que assumir as consequências no ato eleitoral, onde caberá à comunidade decidir”, acrescentou o dirigente e candidato socialista, garantindo ainda que o PS vai apresentar candidatura em todas as freguesias do concelho. “As nossas listas serão constituídas por homens e mulheres, jovens e menos jovens. A maioria, tal como eu, apresenta-se ao voto popular pela primeira vez”, adiantou.
opiniãopública: 9 de junho de 2021
Nova associação foi apresentada no passado sábado
ACAFADO nasce em Famalicão para promover e valorizar o Fado Cristina Azevedo Há uma nova associação em Famalicão para promover e valorizar o Fado. A ACAFADO – Associação Cultural e Artística Famalicão Fado foi apresentada, no passado sábado, numa sessão pública que decorreu no Auditório da União de Freguesias de Famalicão e Calendário. Com sede provisória em Calendário, a ACAFADO tem entre os seus objetivos a promoção do ensino do fado e pretende criar, a breve prazo, uma escola onde se possa aprender a tocar e a cantar este género musical, que é património da humanidade. “Hoje já é exigível que o Fado tenha outras condições que não tinha antigamente, nomeadamente, pessoas entendidas na matéria que o ensinem”, justifica o presidente da direção da associação, o fadista famalicense Joaquim Macedo. Promover e organizar eventos de Fado em diversos locais, entre espetáculos, conferências e tertúlias: promover o intercâmbio cultural com outros grupos e associações de natureza idêntica e chamar à associação os poetas e letristas são outros dos objetivos da ACAFADO, que se assume como uma associação “aberta a todos os que queram cantar e divulgar o Fado”. A este propósito, Joaquim Macedo lembra que Famalicão “foi sempre
A cerimónia contou com momentos de fado, um dos quais cantado por Joaquim Macedo
uma terra de gente ligada ao Fado” e, por isso, acredita que será possível à associação implementar um projeto “muito bonito e interessante”. Para isso, a ACAFADO procura instalações definitivas, onde também possa implementar a escola. “Já temos um espaço em vista e estamos à espera que a Câmara Municipal nos dê algum auxílio”, afirma o dirigente, confiante que “essa sede própria possa ser uma realidade a breve prazo”. O repto foi, de resto, lançado ao vereador da Cultura, Leonel Rocha, que marcou presença na cerimónia e que garantiu “toda a atenção” da autarquia ao projeto da ACAFADO, uma associa-
ção que, em sua opinião, “deixa Famalicão mais rico”. “Neste momento, não temos um espaço definido, mas com o dinamismo das pessoas que estão à frente da associação e com os espaços que temos em Famalicão, vamos arranjar um local que no futuro, não tenho dívidas, será uma referência do Fado”, acrescentou. Refira-se que além de Joaquim Macedo, a direção da ACAFADO é ainda constituída por Rogério Ferreira (vicepresidente), Manuel Sanches (secretário) e Filipe Fernandes (tesoureiro). A Assembleia Geral é presidida por Arlindo Silva e o Conselho Fiscal por Joaquim Carneiro.
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Exposição mostra trajes do folclore famalicense no Parque da Devesa “Trajes do Folclore Famalicense” é o título de uma exposição de fotografia que está patente no Parque da Devesa, da autoria de Libório Manuel Silva, editor e especialista em fotografia de património “Espelhando a cultura do povo famalicense nos usos, costumes e tradições ancestrais que são referências perenes de uma vivência coletiva, nesta exposição apresentam-se alguns dos mais representativos ricos trajes dos ranchos folclóricos de Famalicão”, refere, em nota à imprensa, a editora Centro Atlântico, promotora da iniciativa. Foram convidados para participar na exposição os 12 ranchos do concelho referenciados na Federação do Folclore Português. No total, a exposição mostra 12 fotografias apresentadas em três cubos, posicionados próximos ao lago, ao anfiteatro e à entrada cidade do Parque da Devesa, e estará patente até 1 de outubro.
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Cabeças de lista à Câmara e Assembleia Municipal apresentaram candidatura no domingo
José Bilhoto e Inês Brandão avançam pela Iniciativa Liberal mas principalmente controlar e limitar o poder do executivo. “E, se ninguém o faz, pois bem, estou aqui eu para o fazer, pelo município e por todos os famalicenses que merecem alguém que não ceda às forças do poder”, afirmou Inês Brandão que está convicta na sua eleição para a AM. “Para além dos militantes que estão aqui, existem muitas mais pessoas que são liberais, mesmo não sabendo. Por isso acho que vamos ter bons resultados”.
Carla Alexandra Soares Os nomes foram apresentados ao final da manhã do passado domingo, na entrada do Parque da Devesa, no coração da cidade. O Iniciativa Liberal (IL) tem José Bilhoto como cabeça de lista para à Câmara Municipal e Inês Brandão para a Assembleia Municipal (AM). Perante o líder do partido, João Cotrim de Figueiredo, que veio a Famalicão apoiar os candidatos, e os militantes e apoiantes do IL, o médico de profissão, apontou a “estagnação do concelho e a ausência de ideias que mobilizem os famalicenses” como as razões para a sua decisão em ingressar na política. Na sua intervenção, José Bilhoto levantou diversas questões relacionadas com a qualidade de vida dos famalicenses, e lançou outra: “A nossa autarquia recompensa o esforço dos seus cidadãos e corresponde às suas legitimas aspirações?”. Depois da pergunta vieram as criticas à gestão do atual executivo camarário que tem como “grande bandeira”, as obras que se estão a fazer no centro da cidade, que no seu entender são também sinónimo “do desgaste e falta de ideias deste executivo”. Defendendo que se poderiam evitar “os custos excessivos”, o candidato liberal falou também na nova Praça, “tão cara e tão abundantemente publicitada, que mais não passa de uma intervenção cosmética de uma obra com quase 70 anos de existência”. Mas os apontamentos às obras que decorrem na cidade de Famalicão não se ficaram por aqui e José Bilhoto criticou a substituição da “calçada à portuguesa por uns monolíticos blocos de granito” na zona envolvente da Praça D. Maria II e da Fundação Cupertino de Miranda, “cuja estética era um dos ex-libris da cidade”.
José Bilhoto criticou as obras que estão a decorrer no centro da cidade
Redução de impostos é prioridade Confiante que a vereação é um objetivo exequível e realista, José Bilhoto espera ter o apoio da população famalicense, a quem promete “tornar Famalicão uma cidade mais atrativa, tanto para os munícipes como para a industria, empresas e comércio”. E muitos são os projetos que tem na manga, dando destaque à redução da carga fiscal em Famalicão, “que é das mais elevadas a nível nacional”. Assim, a primeira medida a implementar, garante o liberal, é reduzir a taxa municipal de participação no IRS de 4,5% para a taxa mínima de 0%. “Reduzir o IMI para a taxa mínima de 0,3% e reduzir a derrama de IRC para o mínimo de 0%, à semelhança de mais de 100 autarquias portugueses” são outros objetivos que o candidato quer concretizar “gradual-
mente”. A habitação, o ensino, o ambiente, a mobilidade e as vias de comunicação, são outras prioridades apontadas pelo cabeça de lista da Iniciativa Liberal. Inês Brandão, tem 23 anos, é jurista e estreia-se na vida política como candidata do IL para dar voz “aos que nunca a tiveram nas tomadas de decisão do município e que nunca estiveram representados”. Apresentou-se, assim, como símbolo da mudança, “a demonstrar um projeto político promissor que surgiu como uma voz de revolta à má saúde da política famalicense”. Para a candidata “basta desta conivência e compadrio vivido na política famalicense”, sublinhando que o órgão que quer presidir é o que tem como função legitimar,
Na Praça-Mercado Municipal de Famalicão
Armário Circular promove reutilização de embalagens A Praça - Mercado Municipal de Famalicão tem à disposição dos clientes e visitantes um Armário Circular para a entrega e recolha de embalagens para reutilização. Trata-se de um móvel recuperado, proveniente do Banco de Móveis Municipal, e que foi instalado no mercado no passado sábado, Dia Mundial do Ambiente. Através do Armário Circular podem ser recolhidos pelos consumidores materiais para serem reutilizados, nomeadamente, sacos de compras, frascos, caixas, embalagens, caixas de ovos, entre outros. Também aqui podem ser depositados estes materiais, para posterior reutilização pela comunidade. Todos os materiais entregues serão devidamente desinfetados para posterior reutilização, sendo disponibilizados gratuitamente. O obje-
tivo principal é sensibilizar a comunidade para a reutilização de embalagens e para a redução no consumo do plástico. A iniciativa insere-se na ação “Zero Waste Market”, do projeto Urbact – Cidade dos Recursos, que contempla ainda outras boas práticas de gestão dos resíduos produzidos no mercado municipal. Assim, serão identificados canais de valorização dos resíduos produzidos, serão desenvolvidas ações de informação e sensibilização para separação de resíduos por parte dos operadores do mercado e serão ainda realizadas atividades de promoção da utilização de embalagens e sacos sustentáveis junto dos operadores e dos consumidores. Será também incentivado o consumo sustentável, nomeadamente, através de ações de promoção
de compras sustentáveis, de redução de desperdício alimentar e de valorização dos resíduos. Refira-se que a ação Zero Waste Market conta com a colaboração de 12 parceiros locais, nomeadamente Resinorte; Life in Bag; Revolução das minhocas; Reciclagem orgânica; Famalicão em transição; Minority Denim; Recoffee; Cior; Alexandra Arnóbio Upcycling Projects; ECOnnect; Refood; Earthship, e ainda 21 operadores da Praça Mercado Municipal. O “Zero Waste” tem por base o conceito de que cada resíduo é um recurso e, portanto, pode ter uma “segunda vida” através da desmaterialização, reutilização e reciclagem e baseia-se na promoção e valorização de um consumo moderado, realista e ambientalmente sustentável.
Cotrim quer ganhar espaço a nível local As perspetivas são, de resto, positivas para os candidatos da Iniciativa Liberal que se apoiam no número de votos que o partido tem tido em Famalicão e que têm vindo a crescer significativamente. Na primeira vez que foi a eleições conquistou 280 votos, 580 na segunda e 1.900 nas Presidenciais, que se realizaram em janeiro. Pela primeira vez a concorrer em Famalicão para as autárquicas, o Iniciativa Liberal pretende ir a votos em cerca de 50 concelhos. O líder, João Cotrim de Figueiredo, reconhece que, apesar de “estamos perto daquilo que seria necessário para eleger um ou dois deputados municipais”, a luta para chegar à vereação é difícil. Sem base de comparação, assume as dificuldades inerentes ao facto de “nunca ter participado em autárquicas e, assim, e estabelecer objetivos numéricos”. Não obstante, está confiante numa boa campanha, que pretende, antes de mais, ganhar espaço a nível local para chegar a mais pessoas “e passar-lhes a mensagem que as ideias liberais funcionam”. O presidente da Iniciativa Liberal avançou ainda que já recebeu mais de 80 convites para fazer coligações, mas garantiu que tal não vai acontecer “por uma questão de coerência ideológica”.
Conferência digital sobre acesso dos cidadãos aos aquivos O município de Famalicão promove esta quarta-feira, dia 9, pelas 18h00, um webinnar dedicado ao tema “O cidadão consome e produz informação: os Arquivos cá estão!”, que destaca o princípio fundamental de que o cidadão tem o direito de acesso aos arquivos de órgãos públicos e os arquivos têm que gerir e preservar a informação. A iniciativa insere nas comemorações da Semana Internacional dos Arquivos e contará com as participações de Luísa Alvim (Arquivo Municipal) e Pedro Ferreira (Arquivos da Rede de Museus), destinando-se ao público em geral. A sessão será transmitida em direto no facebook da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco. Refira-se que o Arquivo Municipal Alberto Sampaio é um serviço do município de Famalicão que se ocupa do arquivamento,
gestão e preservação dos documentos que o município produz e recebe no âmbito das suas funções. A Rede de Museus de Famalicão é constituída por doze unidades museológicas e possui, também, acervos arquivísticos em várias unidades. A Semana Internacional dos Arquivos tem como tema deste ano “capacitar os arquivos”. Este tema pretende sublinhar a relevância dos mesmos, bem como a importância do tratamento e da preservação dos registos da atividade das instituições, atividades essenciais para garantir a transparência e democracia. O Dia Internacional dos Arquivos foi instituído pela Assembleia Geral do ICA – International Council of Archives, em novembro de 2007. Esta data foi escolhida por ter sido a 9 de junho de 1948 que a UNESCO criou este Conselho.
opiniãopública: 9 junho de 2021
Prémios contaram com o patrocínio de várias empresas
Agrupamento D. Sancho I distingue alunos de excelência
O Agrupamento de Escolas D. Sancho I pôde, finalmente, entregar os Prémios de Excelência seus alunos, numa breve cerimónia realizada no auditório da escola secundária, no passado dia 28 de maio. Este evento, relativo ao ano letivo 2019-2020, foi sendo sucessivamente adiado, devido à situação pandémica, e, por esta mesma razão, foi restrito aos alunos de excelência de cada ano e curso do ensino secundário e a alguns membros da família e da comunidade educativa e empresarial. No discurso inaugural, Helena Pereira, diretora do Agrupamento, enalteceu o empenho e dedicação
dos melhores dos melhores que, com o seu exemplo, “mostram a todos os jovens que também eles poderão atingir o topo”. Os pais e professores presentes também receberam os merecidos agradecimentos, “pois estes resultados de excelência só se conseguem com o trabalho comprometido de todos”, referiu a diretora. Os representantes das entidades empresarias parceiras do agrupamento, que patrocinaram os prémios (dinheiro e produtos) atribuídos a cada estudante, foram igualmente evocados “pela generosidade e solidariedade evidenciados nesta causa”.
Assim, os representantes da AMCO, Macfort, Bluerophill, PROEF, Bubbles/Me.at, ANO, CEVE, Agência de Viagens Carreira e A Cimenteira do Louro entregaram os respetivos cheques, no valor de 500 euros, aos alunos que se distinguiram no seu percurso formativo, das três áreas dos cursos cientifico-humanísticos e dos seis cursos profissionais; a Jorge Oculista contribuiu com um prémio em espécies e a Argacol, Tintas e Vernizes, com um prémio monetário para o melhor aluno dos 10º e 11º anos dos cursos cientifico- humanísticos e dos cursos profissionais. Da Argacol, partiu também o patrocínio para a distinção “Viver a Escola”, atribuída a Paulo Campos, aluno que se destacou pela sua participação nas atividades artísticas e culturais desenvolvidas pela escola. Este mesmo aluno teve também o direito de indicar uma instituição, a APPACDM, que receberá um prémio doado pela mesma empresa. A efeméride serviu também para um reconhecimento oficial à diretora, Helena Pereira, e ao subdiretor, Artur Passos, “pela abnegação, trabalho e resiliência postos à disposição do Agrupamento nestes tempos tão exigentes que vivenciamos”, refere o Agrupamento, em comunicado. pub
CIDADE
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INAC estreia “Local” no Parque da Devesa
O auditório ao ar livre do Parque da Devesa vai estrear, no próximo dia 15 de junho, pelas 19h00, o espetáculo “Local”, promovido pelo Instituto Nacional das Artes Circenses – INAC, no âmbito do projeto “Quadrilátero Cultural”. Com entrada livre, mas limitado à lotação do recinto, é obrigatório o levantamento do ingresso no local, a partir de uma hora antes do espetáculo. O projeto Quadrilátero Cultural integra quatro conceitos artísticos em circulação pelos quatro municípios de Barcelos, Braga, Famalicão e Guimarães. Famalicão irá apresentar o circo contemporâneo e recebe o Ciclo de Piano Contemporâneo de Braga, a dança contemporânea de Guimarães e “Instrumentistas de Exceção” de Barcelos. Depois da estreia no Parque da Devesa, o espetáculo segue para Guimarães (19 de junho, pelas 19h00, na Praça de S. Mamede), Barcelos (27 de junho, pelas 19h00 na Frente Ribeirinha) e Braga (3 de julho, à mesma hora, segue no Parque da Ponte. O espetáculo pretende continuar a renovar o conceito de apresentaçao ̃ de circo contemporâneo em espaços não convencionais, criando relaçao ̃ cenográfica e de proximidade com o público e com as cidades, relacionando-se também, com o seu património. “Local” encontra ainda os pontos de encontro entre as quatro cidades, o que as une e foi separando ao longo do tempo. Esta criaçao ̃ , que conta com a com direção artística e encenação de Bruno Machado e Juliana Moura e interpretação de artistas nacionais e internacionais. pub
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opiniãopública: 9 de junho de 2021
Falecimentos Olívia Correia Gomes, no dia 30 de maio, com 86 anos, viúva de José Miranda da Costa, de Nine.
Rosa Machado de Moura, no dia 31 de maio, com 106 anos, viúva de Arnaldo Coelho, de Rebordões (Santo Tirso).
José Oliveira da Silva, no dia 2 de junho, com 84 anos, viúvo de Maria da Glória Azevedo e Sousa, de Cruz.
Margarida Leal Ferreira, no dia 2 de junho, com 73 anos, casada com Manuel Ribeiro Carneiro, de Monte Córdova (Santo Tirso).
Vítor Manuel Simões da Costa, no dia 2 de junho, com 41 anos, casado com Isabel Marisa Martins Ferreira, de Lemenhe. Agência Funerária Arnoso - José Daniel Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 91 724 67 03
Amélia da Silva, no dia 1 de junho, com 89 anos, viúva de Bernardino Alves, de Moreira de Cónegos. Maria da Piedade Carvalho de Melo, no dia 2 de junho, com 83 anos, com anos, viúva de Joaquim Casimiro Correia Leite, de Riba de Ave. Laurinda de Jesus Oliveira, no dia 3 de junho, com 90 anos, viúva de Manuel Ferreira da Silva Guimarães, de Moreira de Cónegos. Teresa Maria Almeida Gonçalves, no dia 3 de junho, no dia 77 anos, viúva de José de Abreu, de Serzedelo (Guimarães). Tomás da Rocha Pereira, no dia 4 de junho, com 85 anos, casado com Albertina Carneiro da Cunha, de Vilarinho (Santo Tirso). Adelina de Sousa, no dia 6 de junho, com 84 anos, viúva de Francisco da Silva, de Moreira de Cónegos. José Carlos Ferreira Gonçalves, no dia 5 de junho, com 66 anos, casado com Antónia Dinis Marinho, de Joane. Agência Funerária Carneiro & Gomes Oliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05
Arminda Rocha da Silva, no dia 3 de junho, com 93 anos, viúva de Joaquim Pereira de Oliveira, de Vale S. Martinho. Agência Funerária da Portela Portela (Santa Marinha) – Tel.: 252 911 495
Mário Ferreira Neves Lima, no dia 5 de junho, com 73 anos, casado com Maria José Dias Ferreira Lima, de S. Martinho de Bougado (Trofa). Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727
Emília da Costa Martins, no dia 29 de maio, com 93 anos, viúva de José da Costa Veloso, de Lousado. Carlos Alberto de Sousa Araújo, no doa 3 de junho, com 62 anos, casado com Helena Maria de Sousa Reis, de Ribeirão. Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433
Guilhermina Lopes Ferreira, no dia 3 de junho, com 89 anos, viúva de Aníbal Augusto Ferreira Coelho, de Rebordões (Santo Tirso). Serafim Sampaio Lopes, no dia 3 de junho, com 65 anos, casado com Rosa Maria Correia de Freitas, de Burgães (Santo Tirso). Joaquim Ferreira de Bessa, no dia 4 de junho, com 83 anos, casado com Maria Elisa da Costa Coutinho, de Roriz (Santo Tirso). Rosa Machado, no dia 4 de junho, com 98 anos, viúva de Manuel Guedes Carneiro, de Rebordões (Santo Tirso). Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325
Rogério Lopo Ferreira, no dia 31 de maio, com 91 anos, casado com Maria Celeste Marcos Lopo Ferreira, de Avidos. Maria Emília de Barros, no dia 2 de junho, com 90 anos, viúva de Júlio Machado Azevedo, de Landim. Maria de Fátima Pereira Gomes Rego, no dia 3 de junho, com 59 anos, casada com Fernando Alberto Gomes do Rego, de Antas. Maria Alves de Sá, no dia 4 de junho, com 93 anos, viúva de Manuel de Sá, de Bairro. Ricardo Miguel Sampaio Fernandes, no dia 4 de junho, com 42 anos, casado Vera Andreia da Silva Lourenço, de Esmeriz. Manuel de Azevedo, no dia 4 de junho, com 80 anos, viúvo de Angelina Azevedo da Silva, de Landim. José Eduardo Alves, no dia 6 de junho, com 74 anos, casado com Maria Júlia Andrezo Moura, de Santa Cristina do Couto (Santo Tirso). Maria Campos de Castro, no dia 7 de junho, com 86 anos, viúva de Bernardino Monteiro Ferreira, de Vermoim. Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594
José Manuel Teixeira da Cruz, no dia 2 de junho, com 70 anos, solteiro, de Calendário. Maria da Graça da Silva Ferreira, no dia 6 de junho, com 59 anos, solteira, de Gavião. Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176
Patrícia da Conceição da Costa Campos, no dia 7 de junho, com 44 anos, casada com Luís Carlos Campos Nogueira, de Fradelos.
Rosalina Pereira Salgado, no dia 6 de junho, com 85 anos, viúva de Joaquim Dias Machado, de Lordelo (Guimarães).
Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147
Agência Funerária Riba D’Ave Riba D’Ave – 917 586 874
opiniãopública: 9 de junho de 2021
FREGUESIAS
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Caso aconteceu na freguesia de Cruz
Homem condenado a 15 anos de prisão por 452 crimes sexuais contra as filhas O Tribunal de Guimarães condenou, na passada segunda-feira, um homem de 45 anos, residente em Cruz, a 15 anos de prisão, por 452 crimes de abuso sexual e violação das duas filhas. O tribunal condenou ainda o arguido ao pagamento de indemnizações às filhas num valor total de cerca de 80 mil euros. O arguido foi condenado por 53 crimes de abuso sexual de crianças agravado, 208 crimes de abuso sexual de menores dependentes agravado e 191 crimes de violação agravada. No total, as penas parcelares aplicadas por cada um dos crimes ascendem a mais de 1.500 anos de prisão. Como pena acessória, o tribunal decretou ainda inibição do arguido do exercício das responsabilidades parentais relativamente à filha mais nova, que ainda é menor. O tribunal deu como provado que a principal vítima dos abusos sexuais foi a filha mais velha. Os abusos terão começado
quando tinha 13 anos, altura em que o pai lhe terá dito que a ia “preparar para o futuro”. Só pararam quando a filha, aos 21 anos, contou a uma amiga o que se estava a passar e avançou com uma denúncia na Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV). Os abusos eram perpetrados quase sempre na residência da família, mas também aconteceram num monte próximo da habitação. À medida que a filha se ia aproximando da maioridade, o arguido terá começado a intensificar o controlo sobre a mesma, opondo-se até que tivesse um relacionamento de namoro. Posteriormente, quando a filha começou a namorar, só a deixava ir ter com o namorado se antes mantivesse relações sexuais com ele, sempre sob ameaças, designadamente de morte, tendo o tribunal apurado que os abusos sexuais ocorreram pratica-
A “pick me” pretende combater o desperdício
Alunos de Ribeirão desenvolvem lancheira escolar biodegradável
Os alunos da turma A do 7º ano do Agrupamento de Escolas (AE) de Ribeirão desenvolveram um projeto inovador: a lancheira escolar “pick me”, que pretende combater o desperdício. O projeto foi apresentado à comunidade no passado dia 1 de junho, com a presença dos vereadores da Educação, Leonel Rocha, e da Economia, Empreendedorismo e Inovação, Augusto Lima. A convergência entre a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, a Flexibilidade Curricular e o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória foi o palco para o desenvolvimento desta lancheira escolar, que pretende, segundo o AE de Ribeirão, “intervir ativamente no combate ao desperdício, nomeadamente alimentar e de resíduos plásticos, e promover a alimentação saudável em contexto escolar”. O desafio foi lançado aos alunos pelos professores de Cidadania e Desenvolvimento, Educação Física, Educação Visual e Matemática. O projeto teve como parceiros a Escola Profissional Forave e o Famalicão Made IN, contando também com o apoio de vá-
rias empresas do concelho, algumas das quais ligadas do setor alimentar. No passado dia 1 foi, então, apresentado um protótipo tridimensional da lancheira “pick me” obtido por impressão 3D em PLA, um polímero biodegradável e compostável. Agora, os alunos e os seus professores, com a colaboração da Forave, da empresa Injex e do Famalicão Made IN, procuram soluções viáveis para a sua industrialização. No final da sessão, os professores dinamizadores do projeto referiam a sua importância quer para o desenvolvimento de aprendizagens e competências com impacto na sustentabilidade, na identidade, no conhecimento, na inovação e na criatividade, quer para estimular e fortalecer o sentido de identidade e pertença territorial. “O futuro do planeta, em termos sociais e ambientais, depende da formação de cidadãos com competências e valores não apenas para compreender o mundo que os rodeia, mas também para procurar soluções que contribuam para nos colocar na rota de um desenvolvimento sustentável e inclusivo”, referiram, por seu lado, os alunos.
mente todas as semanas. O tribunal deu também como provado que o arguido abusou igualmente da filha mais nova, numa altura em que esta tinha 13 anos. Em sede de primeiro interrogatório judicial, o arguido tinha admitido que apenas abordara sexualmente a filha mais velha três ou quatro vezes, mas no julgamento já negou qualquer abuso. No acórdão, o tribunal sublinha que a atuação do arguido “choca a comunidade em geral e as famílias em particular, no plano dos sentimentos de respeito, empatia e compaixão e da pureza de afetos que estão associados a qualquer relação de paternidade saudável”. Diz ainda que “fere os valores mais elementares de proteção das crianças e jovens, assim como a moral pública”. Para o tribunal, estes são crimes que constituem uma “fonte de fortíssimo alarme
social”, pelo que se impõe “sensibilizar a população em geral, sobretudo em contexto familiar para a necessidade de respeitar em absoluto o direito de autodeterminação sexual das crianças e adolescentes e a liberdade sexual alheia”. O tribunal destaca ainda a “manifesta” ausência de um juízo crítico de autocensura pelos atos criminosos e graves que praticou, evidenciando o arguido em seu desfavor “uma personalidade com traços de imaturidade, impulsividade, primitivismo e gratificação imediata dos instintos”. Diz ainda que o arguido causou às filhas “um trauma do foro psicológico e emocional, significativo e duradouro” e sublinha o dolo direto com que atuou. No processo, o arguido era ainda acusado de violência doméstica sobre a mulher, mas o tribunal absolveu-o deste crime.
Paulo Cunha visitou a freguesia acompanhado do autarca local
Antas aponta alargamento de cemitério como necessidade mais premente O novo alargamento do cemitério está projetos mais prementes da freguesia de Antas, que no passado dia 2 de junho, recebeu a visita do presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha. O anseio foi partilhado pelo presidente da Junta local, Manuel Alves, ao edil famalicense, que se fez acompanhar pelo vereador das Freguesias, Mário Passos. “A questão do cemitério é, sem dúvida, a mais urgente. Temos poucas sepulturas liA Casa das Associações foi um dos locais visitados vres e estamos já a trabalhar na resolução deste problema que passará por um novo alargamento do espaço”, referiu Manuel Alves. Nesta visita, a comitiva percorreu alguns dos últimos investimentos realizados na freguesia, nomeadamente ao nível das acessibilidades, e que, de acordo com Paulo Cunha, foram concretizadas a pensar “não só na comodidade e segurança dos automobilistas, mas também na segurança dos peões”, com a criação de novos passeios. No que toca à rede viária destacam-se as obras já concluídas na Rua Nova, na Rua Frei Bartolomeu dos Mártires e na Travessa Conde de Arnoso, das empreitadas que estão em curso de pavimentação da Rua António Nobre e na Rua do Freião e da intervenção que vai avançar na Rua de São Bento. Paulo Cunha visitou ainda as obras de melhoramento que estão a decorrer no Polidesportivo de Ribeirais e a Casa das Associações, que ocupa a antiga escola de Abade de Vermoim e que é atualmente a casa de mais de meia dezena de associações da freguesia. Refira-se ainda que o crescimento populacional que Antas assistiu nos últimos anos leva também o presidente da Junta a antecipar a necessidade de requalificação ou criação de algumas infraestruturas de lazer para as famílias da freguesia, como é o caso dos parques infantis. A criação de um centro de dia e o melhoramento do polidesportivo da Associação Recreativa e Cultural de Antas (ARCA) foram outras necessidades apontadas pelo autarca local.
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FREGUESIAS
opiniãopública: 9 de junho de 2021
Obras de valorização da Casa de Camilo concluídas no último trimestre do ano
O presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Paulo Cunha, visitou no passado dia 1 de junho, as obras de valorização da Casa-Museu de Camilo, precisamente no dia em que se assinalaram os 131 anos sobre a morte
de Camilo, As intervenções estão a decorrer no âmbito de um plano de valorização do universo camiliano, que conta com o desenvolvimento de três programas aprovados pelo Norte 2020, e deverão estar concluídas no último trimestre deste ano. Os programas em curso, num valor global superior a 600 mil euros, implicam a renovação e restauro da Quinta e a Casa dos Caseiros, devolvendo a Casa de Camilo à traça original do edifício, bem como a dinamização da Rota Camiliana e a criação um polo de acolhimento da mesma a partir de Seide. Para além destes programas em curso, a Câmara Municipal tem em fase de conclusão a criação do novo acesso ao Centro de Estudos Camilianos, projetado pelo arquiteto Siza Vieira, e que oferecerá aos visitantes uma nova entrada mais ampla e mais digna, percorrida entre jardins mesmo diante da Casa do Nuno, a residência do filho de Camilo Castelo Branco, onde o escritor chegou a habitar numa fase final da sua vida. pub
Chega anuncia candidatura de Miguel Cruz à Junta de Ribeirão
Miguel Cruz, de 38 anos, operário químico de profissão, é o candidato Chega à Junta de Freguesia de Ribeirão, nas eleições autárquicas deste ano, anunciou o partido em comunicado. Natural e residente na vila ribeirense, Miguel Cruz aceitou “abraçar a causa do Chega porque, tal como o partido, defende a transparência, seriedade, compromisso, rigor e dedicação”, diz o partido que define o candidato como “uma pessoa do povo, com caráter, longe das ‘elites’ políticas”. O Chega afirma ainda que a candidatura de Miguel Cruz “é um desafio às capacidades de luta contra o sistema e interesses instalados na política em Ribeirão”, que dá “confiança nos resultados a alcançar no dia das eleições”, que para o partido passarão pela “vitória em Ribeirão”.
EB de Ruivães comemorou Dia Mundial da Criança
No dia 1 de junho, o campo de futebol do Ruivanense encheu-se de cor, alegria e muita animação para comemorar o Dia Mundial da Criança, uma iniciativa promovida pela Associação de Pais da Escola Básica de Ruivães. Os alunos foram divididos em grupos para poderem passar por todas as atividades que estavam preparadas para eles: insufláveis, trampolim, futebol, tiro ao alvo, aula de zumba, entre outras. Tiveram ainda direito a um lanche e um gelado oferecidos pela Associação de Pais e a uma lembrança oferecida pela Junta de Freguesia. A manhã culminou com a cerimónia de descerramento da placa alusiva à distinção “Escola Amiga da Criança 2020”, que contou com a presença do presidente da Junta da União de Freguesias, do presidente da Associação de Pais e de toda a comunidade escolar. pub
opiniãopública: 9 de junho de 2021
FREGUESIAS
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Confusão é provocada por muitos utentes que não cumprem a hora estabelecida
Filas intermináveis repetem-se no Centro de Vacinação em Vale S. Cosme Juliana Machado À semelhança dos dias anteriores, esta terça-feira ficou marcada por longas filas no Centro de Vacinação de Famalicão, instalado na antiga Didáxis de Vale S. Cosme. O ambiente era de grande confusão entre os utentes, que alegavam que a vacinação estava a decorrer por ordem de chegada e não pela hora da marcação, tal como previsto. O OPINIÃO PÚBLICA (OP) testemunhou, no local, a insatisfação dos utentes perante aquilo que classificam como uma “desorganização total”. Emília Ribeiro foi um desses casos. Já na fila há quase uma hora explicou ao OP que a sua vacina estava marcada para as 10h45. “Está um caos. Há pessoas que têm marcação para a parte da tarde e já estão cá, enquanto que nós estamos cá à espera e a nossa hora já passou”, referiu. “Dizem-nos que podemos aparecer da parte da tarde, mas não o vou fazer porque já perdi o tempo da viagem de trabalho”, acrescentou esta utente. “Fiz auto agendamento e não esperava que tivesse esta fila tão grande. Já cá vim antes com um familiar e foi rápido, quase imediato. Hoje verifico que estão cá pessoas na fila, antes de mim, com agendamentos para as 13h00, sendo que
a minha inoculação estava prevista para as 10h50”, referiu outra utente ao OP. Mas a insatisfação não era generalizada. Algumas pessoas que se encontravam na fila afirmaram que “esperavam o tempo que fosse necessário”. Foi o caso de um utente que estava na fila há 20 minutos, mas esperaria três horas, se fosse necessário. “Importa é que não se morra por Covid. É melhor do que estar ligado a um ventilador”, disse. De acordo com informações recolhidas pelo OP junto do ACES de Famalicão, a situação de caos prende-se com vários mo-
Plano iniciado em 2015 já chegou a quase todas as freguesias
1,3 milhões de euros investidos na reabilitação de adros de igrejas Desde 2015, a Câmara de Famalicão investiu mais de 1,3 milhões de euros na reabilitação dos adros das igrejas do concelho. Na última quarta-feira, na reunião do executivo foram lançadas obras em adros de mais três freguesias: Sezures, Vale S. Martinho e Oliveira Santa Maria. O vereador das Freguesias, Mário Passos, refere que a reabilitação destes espaços “entrou na fase final”. “Com as três intervenções agora lançadas, com o adro de Lemenhe que se encontra em conclusão, ficam a faltar apenas os adros de Jesufrei e Esmeriz, cuja a intervenção também deverá ser lançada em breve”, adiantou o responsável, apontando ainda a realização, também para breve, de obras de manutenção no adro de Fradelos. Relativamente, às três empreitadas aprovadas na última reunião do executivo, foi deliberado atribuir à
Junta da União de Freguesias de Arnoso e Sezures um apoio de 147 mil euros para a requalificação do adro de Sezures. Já para a Junta de Oliveira Santa Maria foi um apoio de 124 mil euros para ampliação do adro, enquanto que a autarquia de Vale S. Martinho vai receber 60 mil euros para requalificação do adro paroquial. “Estamos a falar de espaços de natureza pública, que toda a gente pode frequentar, onde decorrem celebrações religiosas importantes para a vida dos munícipes, que funcionam também como pontos de encontro e que a Câmara Municipal quer que tenham muita dignidade” referiu Mário Passos, para justificar esta aposta da autarquia iniciada em 2015 e cujo o investimento total é já de 1 milhão e 390 mil euros. C.A.
O adro de Gavião, recentemente inaugurado
tivos alheios à organização interna, como por exemplo a sobreposição de agendamentos. Acontece que as listas provenientes dos auto agendamentos apenas são entregues pouco tempo antes, o que leva a que as marcações coincidam com as realizadas pelos centros de saúde. Outro dos motivos é o desrespeito constante pelos horários para a inoculação. Segundo relatos ouvidos no local, bem como testemunhados pelos enfermeiros, são muitos os utentes, nomeadamente de idade mais avançada, que vão largas horas mais cedo do que a hora pre-
vista para tentarem ser vacinados o mais rápido possível. Em resultado disso, a fila de espera é composta por utentes que têm a vacina agendada para a tarde, mas que estão no início da fila, algo que acaba por prejudicar as pessoas que cumprem o prazo inicialmente indicado pelas autoridades de saúde. A complicar a situação está ainda a troca de vacinas pela ARS Norte. O ACES garante que o número de vacinas de cada farmacêutica que chega ao centro não é o que consta nos relatórios iniciais, o que também origina a confusão entre os enfermeiros, uma vez que nem todas as vacinas podem ser administradas a qualquer utente. Face ao crescente descontentamento entre os munícipes, também a Câmara Municipal de Famalicão se demarcou de todo o processo de agendamento e vacinação, esclarecendo que a responsabilidade é do ACES. Na sua página da rede social Facebook, a autarquia sublinha que tem conhecimento da afluência de pessoas acima da capacidade operacional e garante que alertou, mais uma vez, “as entidades competentes pelo processo de agendamento para a crucial importância de se respeitar a capacidade instalada no local ao nível do volume de vacinação”.
A empreitada de 15.500 m2 será concretizada pela empresa famalicense
Gabriel Couto vai construir a maior residência universitária do país É na Alta de Lisboa que será construída a maior residência universitária do país, pelas mãos da empresa famalicense Gabriel Couto. Este projeto é a continuação do plano de investimentos projetado para Lisboa e Porto, do Grupo U.Hub Investments, que se iniciou no passado mês de maio com a concretização da quarta estrutura de residências. O projeto de arquitetura está a cabo do “PG - Arquitecos Associados” e o empreendimento destina-se a acolher a futura residência universitária do Lumiar. Esta nova infraestrutura será composta por quatro lotes e prevê a construção de oito pisos em cada um dos edifícios acima da cota de soleira e um piso enterrado, totalizando uma área total de construção de superior a 15.500 m2. Mais de 11.000 m2 serão destinados às residências para estudantes, estando previstas 498 unidades de habitação de diferentes tipologias. Os pisos inferiores darão lugar a espaços coletivos de apoio para as funções lúdicas, convívio, lazer, trabalho e estudo, com áreas generosas e condições de ambiente e equipamentos apropriados para
as diversas funções, bem como outros serviços inerentes para a vida universitária como espaço de lavandaria, arrumos, limpeza, tudo gerido a partir da unidade de operação e gestão do empreendimento. Esta obra vem reforçar a confiança depositada na empresa famalicense e para Daniel Costa, diretora comercial da Gabriel Couto, trata-se “mais um desafio aliciante a ser alcançado num prazo muito exigente”. “A adjudicação deste novo projeto à nossa empresa, é um motivo de orgulho e sinal inequívoco da confiança que a U.HUB e outros clientes mantém na Gabriel Couto. A exemplo de outros grupos investidores que têm vindo a depositar total confiança
na competência técnica apresentada pela nossa empresa, é um privilégio ter a responsabilidade da construção de grandes projetos residenciais e imobiliários que fazem a diferença no mercado”, acrescenta a responsável. Recorde-se que o grupo U.Hub Investments também atribuiu à Gabriel Couto a construção de uma das maiores residências em Portugal, localizada no Porto, na zona da Areosa, junto ao Polo Universitário da Ásprela. A obra, cuja inauguração decorreu no ano passado, foi executada no prazo inicialmente estabelecido, mesmo com os constrangimentos associados à pandemia, e conta com 456 unidades de habitação de diferentes tipologias.
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opiniãopública: 9 de junho de 2021
PRAÇA PÚBLICA
Diário famalicense
Bússola
António Cândido Oliveira
José Leite
Roma e Pavia não se fizeram num dia Nos últimos tempos, a requalificação da zona central da nossa cidade tem servido de arma de arremesso e alvo de ataques cerrados por parte da oposição camarária que durante quatro anos esteve completamente desnorteada, alheada e ausente da vida política local para contestar o que quer que fosse, não se lhe conhecendo uma única proposta diferenciadora e uma visão sólida e/ou estruturante para o futuro do nosso concelho. Na mesma linha de ação e a coadjuvar esta pesca à linha (as “malditas” obras do centro e as árvores abatidas como se nada mais acontecesse ou existisse de positivo nas 34 freguesias do concelho) surgiram, como é habitual antes das autárquicas, alguns pasquins (digitais) que de qualidade, imparcialidade e isenção jornalística nada têm. Estes “cuidadores informais”, arautos da moral e do pseudo-amor à terra, que por cá surgem, de quatro em quatro anos, patrocinados e ao serviço vá lá saber-se de quem, com o intuito claro e maldizente de querer intoxicar sem es-
crúpulos a opinião pública, roçando uma linguagem rasteira e instigando a intriga, apenas procuram destruir e fragilizar a imagem de Paulo Cunha e da coligação que nos tem governado com competência e eficiência nos últimos 20 anos. Apesar deste “vale tudo” para, sem olhar a meios, ferir de morte a imagem e o carisma de Paulo Cunha e descredibilizar e denegrir a coligação “Mais Ação, Mais Famalicão”, os famalicenses não se deixarão enganar por estas “aves migratórias”, artimanhas e por este teatro de variedades e vaidades pessoais, pois têm um legado de excelência com larga obra à vista, sabem o que querem e com quem sempre podem contar, seja na bonança ou nas adversidades. Quanto ao resultado final e à qualidade das obras no centro urbano, lá chegará a hora de julgarmos as mesmas, estando certo e seguro que valerá a pena a impaciência, as críticas construtivas e os sacrifícios de todos, pois Roma e Pavia não se fizeram num dia. Bom Santo António!
Opinião Liberal
de um importante dirigente nacional do partido (secretáriogeral adjunto); vídeo interessante, gerando simpatia, sobre o candidato; duração aceitável da sessão (21,25 – 22,45h) Aspetos negativos: falta de pontualidade agravada com 25 minutos de pesado silêncio no facebook; pobreza de conteúdo das intervenções efetuadas no que diz respeito aos problemas de Famalicão; excessiva personalização à volta do candidato a presidente da câmara; falta de referência a elementos da sua equipa e suas qualidades, (mesmo que não se referissem todos); esquecimento do órgão assembleia municipal; pouca atenção dada em concreto às freguesias do concelho; falta de figuras famalicenses bem conhecidas e de diversos setores (social, economia, saúde, cultura, desporto, educação, urbanismo, etc,, etc,), dando apoio à
candidatura, mesmo que não estivessem presentes na sala; ideia de que muito trabalho de casa, que já devia estar feito, está por fazer. Tenciono acompanhar, particularmente através da imprensa local, as diversas candidaturas às próximas eleições locais. Interessam-me particularmente as ideias de cada uma delas e as equipas apresentadas para as executar. Num município como o nosso há sempre muito que fazer e problemas não faltam. Abordá-los de forma concreta e propondo soluções, eis o que faz a diferença. PS – Leiam a “Alma”, revista trimestral saída no passado sábado, dia 5, com o Público e sob a responsabilidade deste jornal dedicada a Famalicão. Independentemente das críticas que se lhe possam fazer e tenho as minhas, tem textos que importa ler.
Domingos Peixoto
Famalicão à Procura de um GPS ou poente de Famalicão, pela EN306, garanto-vos que não encontram nas rotundas ou avenidas da cidade, uma placa de direção, com a indicação da GNR. Uma, para amostra! Já se substituiu a sinalização urbana, várias vezes, e aquela entidade, que está há décadas, localizada no fim da Rua Vieira da Silva, será que nunca ninguém deu conta, que aquela força de segurança, deveria estar devidamente sinalizada? Mas o mais caricato, é que na Rua Monsenhor Torres Carneiro, existe uma placa, quanto se vem da Rotunda de S. António, na direção do Hospital. Mas se se vier em sentido contrário, já não existe qualquer placa. O mesmo sucede quando se está na Rua Fernando Pessoa. Se vier a descer, saindo das urgências do Hospital, tem uma placa à entrada da Rua Vieira da Silva, mas se fizer o sentido oposto, já não existe. Muito mau para ser verdade! Já que falo de sinalética urbana, devo dizer que a placa indicativa da Urgência do Hospital é minúscula e quando se sai do serviço de Urgência na Rua Norton de Matos, faz falta uma placa a indicar
A apresentação de uma candidatura à presidência de uma câmara municipal deve ser muito mais do que a apresentação do candidato. Importa saber da sua equipa, das suas ideias, do que pensa fazer em geral É a esta luz que devem ser lidos estes breves apontamentos sobre a candidatura do Partido Socialista (Eduardo Oliveira). O nosso município precisa de boas candidaturas e esta é muito importante dado o peso do PS em Famalicão. Acompanhei-a, através do facebook, no dia 5 de outubro de 2021 a partir das 21h. Aspetos positivos: boa organização da sessão (sala apropriada, ainda que mal iluminada); cumprimento das regras sanitárias; existência de um diretor de campanha diligente; intervenções devidamente selecionadas e curtas; atenção dada à juventude e às mulheres socialistas; presença
Pelos quatro cantos da ca(u)sa
Carlos Figueiredo
Já todos nós passámos por aquela situação confrangedora de andarmos à procura de uma indicação de uma localidade ou de uma direção para onde nos pretendemos dirigir e não a encontramos. Pior, é quando uma estrada está cortada por algum motivo e aparece um sinal de desvio que seguimos, mas nunca mais encontramos outra placa no sentido de retomar a direção inicial. Aconteceu a todos os automobilistas portuguesas, estou certo. Portanto, a ausência de uma sinalética adequada é um problema nacional. Infelizmente, Famalicão não foge à regra. As ruas e avenidas deixaram de ter placas a identificálas e as que existem, não estão colocadas de modo a que venhamos de onde viermos, elas sejam sempre visíveis. Um caso paradigmático são as placas com a indicação da GNR, ou melhor, a falta delas. Algum dos leitores já viu placas indicativas da direção de uma entidade pública, essencial para a nossa segurança, que é a GNR? Imaginem que vem tratar de algum assunto àquele organismo. Venham do lado, norte ou sul, pela EN14, nascente
Apresentação da candidatura do PS à Câmara de Famalicão
“Saída”, para que os veículos possam rapidamente aceder à Avenida 9 de julho e assim, retomarem o seu destino. Na verdade, a sinalética urbana, incluindo o nome das ruas, largos, pracetas e avenidas, a situação deixa muito a desejar. E é pena, porque a cidade de Vila Nova de Famalicão, tem condições ao nível da localização e do seu dinamismo comercial e industrial, para ser uma cidade média, com um grande potencial regional. Famalicão poderia tornarse o epicentro e ponto de encontro de pessoas, onde pudessem conviver, mas também dinamizar a atividade comercial, não só do centro da cidade, mas por arrasto, também da sua periferia. A mobilidade e o dinamismo urbano, depende muito do estado das ruas e dos passeios, mas também da sua identificação, bem como a dos monumentos, de edifícios públicos e privados com interesse turístico e, claro, da boa identificação das direções ou locais que os visitantes pretendam deslocar-se. É um pouco esta imagem de desleixo e laxismo que estamos a dar, a quem nos visita. E não tinha de ser assim!
Escola D. Maria II em Gavião Procurei na página da escola o ano da sua fundação, mas sem sucesso, certamente por falta de capacidade minha. Contudo, tenho uma vaga ideia de que terá nascido nos anos 90 do séc. XX, mas isso tem pouca importância. Houve um período na história recente das infraestruturas escolares em Portugal que levou à implementação dessas escolas básicas, que terão começado pelos Ciclos Preparatórios e depois evoluíram até ao 9º ano, disseminadas pelo concelho para uma maior aproximação às populações a servir, correspondendo à fixação da escolaridade mínima obrigatória, respetivamente 6º ano e 9º ano. Foi um salto qualitativo muito grande na formação básica das crianças portuguesas, para por fim ao obscurantismo e analfabetismo paradigmas do Estado Novo, apesar de muito recentemente, na extrema direita se ter vindo argumentar que esse problema tinha sido resolvido pela ditadura, na década de 60 daquele século nas crianças… Têm alguma razão, pelo menos no que aos rapazes da minha geração diz respeito, apesar de muitos abandonos precoces e nas raparigas as “exigências” não serem tão efetivas. A 4ª classe (1º grau) dava-nos um conhecimento das contas de multiplicar e dividir com a prova real, e depois era a morfologia do país, os rios da nascente à foz, os caminhos de ferro (de que tratarei numa próxima oportunidade), a divisão administrativa e o Império, a sua grandeza e a importância do reino para a “descoberta dos novos mundos”, que era a sua “glória”. Hoje tudo é diferente, para melhor, eu arrisco muito melhor, apesar dos saudosismos cada vez mais presentes na nossa sociedade. Voltemos à Escola D. Maria II. Mesmo com uma “frente” na rua 20 de Junho, que segue do Bairro Cardeal Cerejeira, as entradas foram sedeadas no “cú de judas”, não sei se já havia todas as urbanizações, no fim de duas ruas, a principal na da Alegria, e a outra, normalmente fechada, na da Formosa, ambas
sem continuação. Na rua da Alegria, onde se acede à paragem dos autocarros, há circulação desembocando no ponto de entrada, na rua da Devesa do Picoto. Junto à primeira entrada da escola há uma rampa, seguramente com inclinação muito próxima dos 10%, que dá ao patamar de um socalco que, através de terra batida se pode alcançar uma outra saída! O que quero referir é a imensa dificuldade, nas horas de ponta e sobretudo quando chove ou há gelo, para as viaturas e para as pessoas em todo aquele espaço, mas sobretudo na rampa e no passeio contíguo, onde já vi caírem duas pessoas por escorregarem no gelo e uma nos detritos de areia, gravilha e cimento. No morro há mais duas elevações, uma que suporta o poste de alta tensão que deve ser a causa da permanência daquela situação. Só que ainda há outro problema, que diz respeito, por um lado, ao irrequietismo das crianças e adolescentes e, por outro lado, a todo o tipo de erosão da terra para os passeios contíguos – dois, um junto à paragem e outro de acesso à escola que dificultam a circulação das pessoas, nomeadamente das crianças. Acresce que estas fazem uma “espécie de alpinismo”, sujeitando-se a perigos de toda a ordem e à deterioração dos seus vestuários e calçados. “Investir” nas crianças, na educação e nas infraestruturas, tão em voga e propalado merece, também, os cuidados e a atenção dos entes públicos aos espaços que, aquelas e toda a comunidade escolar, têm que utilizar, pelo menos nas redondezas das escolas. Conheço algumas das escolas e, francamente, como o caso da D. Maria II, situação que se terá agravado com a criação dos Centros Escolares, devido ao aumento da frequência, não conheço outra e reputo de grave! Seria “útil” que os requerimentos no parlamento, para além do asfalto e da saúde, também questionassem o governo e outras entidades da Administração Pública, para a reversão desta situação…
EARO conquista 9 títulos regionais em Braga
A Escola Atletismo Rosa Oliveira (EARO) participou, no passado sábado, nos Campeonatos Regionais de Infantis a Juniores, que decorreram no Estádio 1º de Maio em Braga. Na competição, a EARO arrecadou nove títulos regionais, alguns recordes pessoais e ainda marcas de acesso aos Campeonatos Nacionais de Pista Ar Livre. Os atletas da equipa joanense que mais se destacaram foram: Mariana Maciel atleta infantil, Campeã Regional iniciada nos 800 metros; Gonçalo Rodrigues, terceiro lugar iniciado 800 metros; Ana Marinho, Campeã Regio-
nal Juniores 800 metros; Ana Faria, Vice Campeã Regional Juniores 800 metros; Francisco Silva, Campeão Regional Juniores 800 metros; João Rodrigues, Vice Campeão Regional Juniores 800 metros; Cátia Silva, Campeã Regional Juniores 3000 metros; Rui Oliveira, Campeão Regional Juniores 3000 metros; e João Azevedo, terceiro lugar Juniores 3000 metros. “Mais uma vez os atletas da EARO demonstraram toda a sua qualidade ao nível do meio fundo regional, depois deste período de pandemia”, sublinha o clube em nota enviada à imprensa.
Miguel Campos de volta no Rali Castelo Branco com José Janela ao lado O famalicense Miguel Campos volta a pilotar o Carro da Paulcar no Rali de Castelo Branco prova pontuável para o Campeonato Nacional de Ralis, que se realiza no próximo fim de semana. Depois do Rali da Bairrada ao volante do Porsche 997 Gt3, Miguel Campos está muito animado, desta vez com um famalicense ao seu lado, José Janela. “Esta é a segunda prova que fazemos neste carro, estou muito con-
tente e gostava de fazer um excelente resultado, penso que vamos estar mais fortes, pois evoluímos um pouco o Setup do carro. Desta vez levo comigo o José Janela para fazer uma dupla 100% famalicense. Apesar de não termos ainda o Budget para o total do campeonato, continuamos a trabalhar em novos apoios”, afirma o piloto. Também José janela afirma estar “muito contente” por voltar a correr, passados 26 anos, com
Miguel Campos. “Estamos os dois com muita expectativa e com muita mais experiencia, que nos dá os ingredientes para um entrosamento prefeito, somos amigos, somos famalicenses, mas acima de tudo temos atitude competitiva para darmos o nosso melhor em todos os momentos”, confidencia. O Rali de Castelo Branco disputa-se dia 12 e 13 de junho e é a 3ª prova do Campeonato Nacional de Ralis de 2021.
GD Joane joga subida ao Campeonato de Portugal a 20 e 27 de junho O Grupo Desportivo (GD) de Joane e o Forjães Sport Clube vão decidir o apuramento de campeão no Campeonato Pró-Nacional e consequente subida ao Campeonato d e Portugal. Os jogos estão agendados para os próximos dias 20 e 27 de junho, segundo sorteio realizado na passada segunda-feira na sede da Associação de Futebol de Braga. A 20 de junho, o GD Joane, campeão da Serie B, recebe no Campo dos Barreiros, o Forjães, campeão da Serie A. O segundo jogo, a disputar em Forjães, está marcado para o dia 27. Neste apuramento está definido que em caso de empate, haverá prolongamento e se se mantiver o empate realizar-se-á a marcação de grandes penalidades. O vencedor deste confronto subirá ao Campeonato e Portugal, podendo, no entanto, subir as duas equipas caso se confirme a desistência de alguma.
Cabeçudense sagra-se campeão distrital de Futsal O Sporting Clube Cabeçudense sagrou-se, na passada quinta-feira, campeão distrital de Futsal, após uma vitória frente à Juni por 7-2, permitindo a possibilidade da subida à Liga 3 Futsal. A vitória foi garantida com golos de Ruizinho (3), JP (2), Kaká e Lucas. Agora a equipa do Cabeçudense irá medir forças numa competição a quatro equipas, sendo que duas subirão para a Liga 3, num campeonato com os representantes da AF de Viana do Castelo, AF de Vila Real, AF de Bragança e AF de Braga sendo o Cabeçudense o representante da AF de Braga. O sorteio para esta fase final realizou-se ontem, terça-feira, já despois do fecho desta edição.
Associação Luís Silva traz a Famalicão o 6º Torneio de Boccia ABLS Famalicão vai acolher, de 17 a 22 de junho, o 6º Torneio de Boccia ABLS, um evento organizado pela Associação de Boccia Luís Silva, em colaboração com a Câmara Municipal. O evento visa promover a modalidade no concelho e “possibilitar a todos os atletas um convívio desportivo agradável e salutar, contribuindo assim para a preparação destes para as futuras competições nacionais e internacionais, depois de duas épocas canceladas devido a pandemia”, explicam os responsáveis em comunicado. Com um total de seis atletas em competição, representando três clubes (Associação de Boccia Luís Silva, Salta Fronteiras e Mapadi), os jogos terão lugar no pavilhão municipal das Lameiras entre as 14h00 e as 18h00. No próximo dia 17, joga-se a fase de grupos. No dia 22, jogam-se as meias finais e final da competição.
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DESPORTO
opiniãopública: 9 de junho de 2021
Guilherme Enes conquista o bronze no Decatlo
Liberdade FC conquista cinco títulos regionais Disputou-se no passado sábado, na Pista de Atletismo 1º de Maio, em Braga, o Campeonato Distrital para os escalões de Iniciados e Juniores. A formação do Liberdade FC foi uma das equipas em destaque nas corridas de meio fundo, conquistando cinco títulos regionais, quatro recordes pessoais e uma marca de acesso aos Campeonatos Nacionais de Juvenis. Para este feito, na distância dos 800 metros, destaque para: Inês Sousa com o título de Vice-Campeã Distrital de Iniciadas, um novo recorde pessoal e mínimos para participar nos Campeonatos Nacionais de Juvenis; para Maria Rodrigues que sendo ainda do escalão de Infantil, conquistou o título de Sub Vice-Campeã Distrital de Iniciadas, com um novo recorde pessoal; e para Ricardo Vieira com o título de Campeão Distrital e um novo recorde pessoal, estando muito perto dos mínimos de acesso para os Campeonatos Nacionais de Juvenis. Nos 3000 metros, destaque para: Joana Ferreira que sendo ainda do escalão de Juvenil, conquistou o título de Vice-Campeã Distrital de Juniores; e para Alfredo Fernandes com o título de Vice-Campeão Distrital de Juniores. Referência ainda para a Infantil Clara Costa (7ª distrital nos 800m, com recorde pessoal), a Iniciada Beatriz Faria (13ª distrital nos 800m) e o Juvenil Eduardo Salazar (5º distrital nos 3000m). Em competição extra, participou nos 3000m a sénior Tânia Silva, cortando a meta na 2ª posição.
PRECISA-SE
A equipa B de basquetebol do Famalicense Atlético Clube (FAC) recebeu e venceu, no passado sábado, a equipa do Mirandela BC por 51-44, no último jogo da Taça Nacional de Seniores Masculinos. “Termina da melhor forma a presença dos nossos miúdos
Motorista de pesados
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numa competição sénior, mostrando mais uma vez que o futuro será risonho”, refere o clube, sublinhando que, com uma equipa constituída praticamente por atletas Sub18, conseguiu terminar a Zona Norte no 2º lugar (em igualdade com a equipa do CB
Viana). Ainda no sábado, os Sub14 deslocaram-se a Arnoso Santa Maria onde perderam com a equipa local, num escalão composto na grande maioria por atletas sem experiência de basquetebol.
FAC no Nacional Sub21 de Badminton pub
Candidaturas deverão ser enviadas para o email famalicao@urbanobras.pt ou entregues em mão na Rua Direita 88, 4760-134 Vila Nova de Famalicão pub
Basquetebol: FAC vence último jogo da Taça Nacional
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Empresa do sector alimentar de ultra congelados, em V. N. de Famalicão, recruta
A empresa Urban Obras está a contratar: - Serventes; - Trolhas;
O atleta da Associação Papa Léguas, Guilherme Enes, conquistou uma medalha de bronze nos Campeonatos Nacionais de Provas Combinadas de Sub.18, competição disputada no passado dia 29 e 30 de maio, na Pista de Atletismo do Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António. O Atleta da associação famalicense alcançou o bronze no Decatlo, com 5339 pontos, estabelecendo desta forma um novo Recorde Regional, com os seguintes parciais: 100 Metros – 12´´.19; Salto em Comprimento – 6,19 m; Lançamento do Peso – 13,33 m; Salto em Altura – 1,79 m; 400 Metros – 57´´.50; 110 Metros Barreiras – 16´´.82; Lançamento do Disco – 36,85 m; Salto com Vara – 2,40 m; Lançamento do Dardo – 39,25 m e 1500 Metros – 5´.31´´.07. Do mesmo clube, e na mesma competição, participaram ainda: Vinícius Santos, que se classificou em 6º lugar e Diogo Enes no 8º lugar. Ambos os atletas alcançaram novos recordes pessoais do Decatlo.
Decorreu, no passado fim de semana, o Campeonato Nacional Sub21 de Badminton, no Centro de Alto Rendimento das Caldas da Rainha. O Famalicense Atlético Clube (FAC) esteve representado por quatro atletas: Beatriz Campos, Carolina Veloso, Inês Silva e Tiago Araújo, dirigidas pelo treinador Bruno Gomes. Destaque para a prova de par misto, em que o par Tiago Araújo e Inês Silva, atingiu a meia final, cedendo apenas para os novos campeões nacionais. Tiago Araújo, na prova de singular homem, atingiu os quartos de final. No singular senhoras, as atletas
famalicenses não tiveram o mesmo desempenho. Apenas Beatriz Campos, conseguiu passar para a fase eliminatória, onde acabou por perder o acesso aos quartos de final. No par senhoras, Beatriz Campos e Carolina Veloso tiveram num grupo de excelência, e apesar de todo o empenho, não conseguiram passar o grupo. A próxima prova realiza-se no próximo fim de semana, em Coimbra, no torneio de clubes no escalão sénior, e o FAC estará representado por 11 atletas nas diversas categorias.
Pedro Almeida e Hugo Magalhães em França pub
Pedro Almeida e Hugo Magalhães estão em França, onde vão estar no Rallye Vosges Grand Est, a realizar nos dias 11 e 12 de junho. Com um Peugeot 208Rally4 assistido pela equipa francesa Sarrazin Motosports, o piloto famalicense parte com alguma curiosidade para a prova, em especial para perceber a valia dos adversários. “Estivemos a analisar o campeonato, que tem sido muito disputado e a um nível elevado, e estamos de alguma forma curiosos para perceber onde podemos
chegar”, começou por referir Pedro Almeida. Este Rallye Vosges Grand Est é também para a dupla o primeiro da temporada em asfalto. “Queremos muito procurar fazer aqui em França um bom resultado nesta competição, na convicção de que será uma mais valia para todo o calendário que temos pela frente” acrescentou o piloto. A prova começa na sexta-feira. São cerca de 200km cronometrados, divididos por duas etapas na sexta e sábado.
Festas de Famalicão reduzidas, mas com a mesma tradição Já estão a decorrer desde a passada sexta-feira, as Festas Antoninas de Famalicão. A grande romaria do concelho famalicense regressou este ano, depois de uma paragem motivada pela pandemia. A programação é reduzida e adaptada às contingências atuais e sobretudo marcada pela música. Apesar da ausência do ponto alto das festas – as Marchas Antoninas –, os dez dias da grande romaria do concelho famalicense contam com 12 concertos, exposições, a habitual missa em honra de Santo António, uma zona de alimentação e um mercado artesanal. O apelo do presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, foi, desde o primeiro momento, que os famalicenses desfrutem destas Antoninas possíveis, mas que não se perca a sobriedade e o sentido de responsabilidade que os tempos atuais reclamam. “Ainda que não sejam as Antoninas tal e qual como as conhecemos, espero que os famalicenses possam vivenciar o ambiente das nossas festas, com as devidas cautelas e com o respeito pelas regras de segurança e higiene, não só nas
iniciativas promovidas pela Câmara Municipal que seguirão um plano de ação muito rigoroso, mas também nos convívios privados, que apesar de fugirem ao domínio da ação do município, não posso deixar de apelar às pessoas para que o façam de forma comedida e para que se evitem concentrações”, referiu. Refira-se que todas as atuações que integram o programa das Antoninas estão a decorrer no palco do programa “Anima-te” e vão, por isso, seguir as mesmas regras que estão estabelecidas para os restantes espetáculos que vão decorrer, entre junho e agosto, no palco do programa de verão promovido pela Câmara Municipal. O palco do Anima-te está instalado no Parque da Devesa, ao ar livre, junto ao lago, numa área limitada e preparada para receber cerca de 882 pessoas com todas as condições de segurança. Todos os espetáculos têm entrada livre, com levantamento obrigatório de ingresso no local do evento (Parque da Devesa) no período das 2 horas que antecede o espetáculo. Cada pessoa poderá levantar até 6 ingressos.
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ESPECIAL
opiniãopública: 9 de junho de 2021 pub
Como se construíram as Antoninas que hoje conhecemos
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Os dados foram recolhidos, de forma muito simples, na página criada pela Câmara Municipal de Famalicão, o “Famalicão ID”. As Festas Antoninas, tal como as conhecemos, são aqui desconstruídas. A primeira referência é de 1650, em que é inaugurada na Devesa da Feira (atual Praça D. Maria II) a Ermida de Santo António, pelos Oficiais da Confraria de Santo António. E foi neste pequeno templo que a comunidade devota deste Santo português começou a praticar os seus ritos religiosos que, no século XIX, deram origem às atuais Festas Antoninas. Em 1775, nasceu a Capela de Santo António, que veio substituir a ermida de Santo António, erguida 125 anos antes. Foi edificada no topo norte da atual Praça D. Maria II, no local onde hoje se situa o monumento em homenagem a Cupertino de Miranda. Primeira grande celebração Foi em 1895, no âmbito do sétimo centenário de nascimento de Santo António, que Famalicão celebrou o seu padroeiro com umas “grandíssimas festas”, sendo ainda as primeiras festas documentadas, com o respetivo programa. As Festas Antoninas, como as conhecemos atualmente, encontram aqui a sua matriz embora já antes se celebrava o Santo António nesta capela. Entre os anos de 1895 e 1905, as Festas Antoninas eram organizadas por indivíduos da comunidade, integrados em comissões de festas ou por iniciativa de alguns comerciantes. A componente religiosa estava a cargo da Irmandade de São Francisco de Assis, instalada na capela de Santo António. Tinham uma duração de dois dias e o programa já constava de missa e sermão (componente religiosa), além da atuação de bandas de musica, fogo de artificio, corridas de bicicletas e cascatas. As ruas eram decoradas e iluminadas durante a noite. Nas festividades de 1906 é introduzido no programa a distribuição de um "avultado número de borôas de pão aos pobres do concelho, pela humanitária instituição de caridade «O Pão de Santo António»" no final da Eucaristia. Este ritual, que inicialmente não era exclusivo das Festas Antoninas, tornouse, com o tempo, uma das iniciativas com mais simbolismo destas festividades, sendo atualmente, um dos momentos mais esperados pelos devotos de Santo António. Feriado Municipal declarado em 1979 Em 1979, a Câmara Municipal consagrou o dia 13 de junho, dia de Santo António, feriado municipal. Nesse mesmo ano, as Festas Antoninas renascem por iniciativa da Câmara Municipal de Famalicão, após ter aprovado, em 30 de janeiro desse ano, uma proposta, em reunião de vereação, para que
seja ela a organizar, promover e realizar as Festas Antoninas, considerando-as, ao mesmo tempo, de interesse concelhio. É o inicio da municipalização destas festividades, que duram até à atualidade. As marchas populares entraram pela primeira vez no programa destas festividades no ano de 1984. Inicialmente eram realizadas em moldes diferentes das atuais, essencialmente por vários grupos folclóricos que desfilavam pelas ruas da cidade com os trajes habituais. Com o tempo, casa grupo participante começou a produzir a sua própria roupa, diferente de todos os anos, as letras e as músicas, além de uma coreografia que enquadrava todos estes fatores. Atualmente, é a manifestação de cariz profana mais relevante destas festividades. Quatro anos depois da introdução das marchas populares no programa das Festas Antoninas, as crianças tiveram também direito a marchar, numa iniciativa que perdura até aos nossos dias. Deste modo, anualmente, centenas de crianças de diversas instituições de ensino do pré-escolar e do ensino básico do concelho desfilam pelas ruas da cidade, trazendo a estas festividades um ambiente colorido e mágico, revestindose ainda como uma espécie de batismo e introdução destas crianças nas Festas Antoninas. "Santo António" o Padroeiro de Famalicão Em 1989 Santo António é declarado "Padroeiro do Concelho de Vila Nova de Famalicão" por D. Eurico Dias Nogueira (na altura, Arcebispo de Braga). A declaração surgiu no dia de Santo António, aquando das Comemorações dos 800 anos do seu nascimento. Para assinalar esta efeméride, foi erigida "nesta encruzilhada de caminhos, por onde passa Portugal inteiro", uma estátua de Santo António. O cortejo histórico e etnográfico surgiu no programa das Festas Antoninas no ano de 1990, integrado nas comemorações do primeiro centenário da morte de Camilo Castelo Branco, sendo constituído por diversos carros alegóricos que prestavam culto a este vulto da literatura nacional. Ao longo dos anos sofreu diversas mutações, quer ao nível da designação, quer da composição. Atualmente, o programa contempla um desfile etnográfico e alegórico, retratando diversos quadros ligados aos usos e costume. No ano de 1995, a comissão organizadora das Festas Antoninas entendem comemorar o centenário destas festividades, afirmando que as mesmas tiveram inicio em 1895. No entanto, segundo investigações recentes, já em 1867 havia festejos a Santo António, na sua capela situada no Campo da Feira.
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Leonel Rocha, vereador da Cultura na Câmara de Famalicão
“São festas demasiado emblemáticas para não se fazer nada” O ano passado não houve Antoninas. Mas em 2021, depois da experiência colhida com o Animate, a Câmara de Famalicão avançou com um programa de animação para celebrar o Santo António. São as festas possíveis, é verdade, mas em entrevista ao OP, o vereador da Cultura acredita que os famalicenses saberão aproveitá-las.
Cristina Azevedo OPINIÃO PÚBLICA: A Câmara Municipal já disse que estas são as Antoninas possíveis. O que se procurou privilegiar? Leonel Rocha: Tivemos que adaptar toda a organização de umas festas que não quisemos deixar de assinalar, não só porque já era o segundo ano em que não iriamos fazer, mas também porque são festas demasiado emblemáticas para não se fazer nada. Portanto, aliando a experiência que tivemos o ano passado com o Anima-te àquilo que são as condições permitidas, realizamos uma proposta que fosse de encontro à necessidade de comemorar as
festas e de alegrar os famalicenses. Nessa perspetiva, privilegiamos as exposições em espaços maioritariamente de ar livre e a animação cultural e musical. O palco principal das festas também mudou, deixando o centro da cidade – que está em obras – e transferindo-se para o Parque da Devesa. Além da pandemia, as obras também condicionaram? O que condicionou foi a parte dos divertimentos, que seria possível fazer este ano. Como não temos lugares no centro da cidade capazes de acolher esses divertimentos, apresentamos um lugar alternativo, fora da cidade, que, claramente, não foi do agrado e da preferência dos profissionais deste setor. Em relação à parte das tasquinhas, também encontramos um lugar alternativo, mais próximo do Parque da Devesa e, claro, implementando as regras a que estamos obrigados. Relativamente aos concertos, os artistas locais foram privilegiados… Essa tem sido já uma prática habi»»»»»»»»»» (continua) pub
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«««««««««« -tual: conciliar alguns concertos de artistas nacionais com os nossos artistas, a chamada prata da casa. São artistas populares que agradam a uma faixa da população muito alargada. De qualquer forma, não deixamos de
toda a programação do Há Cultura online, mas também com o Anima-te. Foi uma medida arrojada, inicialmente vista com alguma relutância, mas que, depois, foi amplamente elogiada pela comunidade artística e seguida por muitos concelhos. Com isto, beneficiamos não só os artistas, mas os famalicenses no seu todo, concretamente, aqueles que quiserem aproveitar estas oportunidades. As pessoas, muitas vezes, nem dão conta dos malefícios que o não consumo de cultura lhes pode trazer.
É uma programação que pretende agradar a vários públicos? Sim, procuramos agradar ao maior número possível de pessoas porque as festas são do povo e para o povo. Portanto, não fazia sentido trazer às Antoninas, grupos de pequenos nichos. No verão, ao longo da programação Sabemos que as festas são, muitas vezes, do Anima-te teremos resposta para esses ni- aproveitadas para reunir a família e os amigos, em convívios caseiros. Quer deixar alchos. guns conselhos? Mas reconhece que umas festas com estas Naturalmente, não deixamos de apelar a que condições não terão o mesmo impacto no co- as pessoas sejam responsáveis. Também, na mércio? rua, pedimos às pessoas que cumpram as reObviamente, mas achamos que é sempre im- gras, nomeadamente, no que diz respeito ao portante fazer algo, mesmo com todas as li- consumo de bebidas alcoólicas em contexto mitações no que não fazer nada. Depois, de espaço público, que não é permitido. Mas também há a questão do setor cultural. O ano também apelamos a que as pessoas venham passado fomos um dos poucos municípios à cidade e usufruam da cidade, com as devique não deixou morrer a cultura, não só por- das cautelas, até porque grande parte das exque acudimos aos agentes culturais de Fama- posições acontecem, precisamente, no licão durante o tempo de confinamento, com contexto da cidade.
Manjericos não faltam à venda nas ruas
Apesar de, pelo segundo ano consecutivo, não termos as festas a que nos habituamos e a encher as ruas da cidade, há algo que não mudou. O cheiro a manjerico no ar sente-se no centro da cidade, até porque a pandemia não afastou as vendedoras da erva aromática dos Santos Populares. O manjerico é conhecido como a “erva dos namorados” porque, segundo uma velha tradição, os rapazes davam pequenos manjericos, em vasos, às namoradas, por altura do Santo António, o santo casamenteiro. Esta oferta funcionava, em tempos, praticamente como um compromisso tão forte como um pedido de casamento. Já comprou o seu? pub
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Zé Amaro, Maria do Sameiro e muito mais música até domingo
Miguel Araújo agradeceu aos famalicenses a recepção
Na passada sexta-feira, Miguel Araújo subiu ao palco do Anima-te, instalado no Parque da Devesa, onde estão a decorrer os concertos da programação das Festas Antoninas. Os 882 lugares disponíveis estavam lotados para assistir ao seu concerto em Famalicão. Aliás, segundo o mesmo referiu na sua página oficial do Facebook, os lugares esgotaram em 30 minutos. “Mas que bem que Famalicão me recebe, sempre. Gravei o "Cinco dias e Meio" aqui, apresentei o Giesta em três noites inesquecíveis na Casa das Artes, e agora isto: os 882 bilhetes disponíveis para o concerto esgotaram em 30
Os 882 lugares esgotaram em 30 minutos
minutos. Para sempre grato. Obrigado!!”, referiu o cantor numa nota publicada na rede social. Mas a música não se fica por aqui e ainda há muitos concertos para assistir até domingo, dia 13. Amanhã, dia 10 de junho, feriado nacional, sobe ao palco a Associação de Tocadores e Cantadores ao Desafio Famalicense, pelas 17h30. Segue-se o Folclore famalicense, com a participação dos Grupos Folclóricos do concelho. Na sexta-feira, dia 11 de junho, atua em Famalicão Zé Amaro, que sobe ao palco pelas 19h00. O apelidado de cowboy porpub
tuguês, um dos maiores artistas nacionais com estilo country pioneiro em Portugal, tem 14 trabalhos medalhados entre Ouro e Platina e 2 DVDs de Ouro. Zé Amaro é muito acarinhado pelo público e lotou as mais prestigiadas salas no mundo. Em Famalicão espera-se que aconteça o mesmo. O dia seguinte, dia 12, é feito com música feita por uma famalicense. Maria do Sameiro, que canta há quase três décadas, artista de variedades, tanto interpreta a música tradicional portuguesa como o Fado, as marchas e inclusive já passou pelo teatro, pela mão do conceituado Filipe La Féria, atua no mesmo palco.
Os concertos continuam pela mão dos Fammashow, que atuam também no sábado, pelas 19h00. A música segue no domingo, com o FOLC D’AVE a subir ao palco do Anima-te (que tem uma agenda vasta até ao final do verão), pelas 19h00. Os concertos das Antoninas terminam com a Banda de Famalicão. Recorde-se que a entrada é livre, com levantamento obrigatório de ingresso no local do evento (Parque da Devesa) no período das duas horas que antecede o espetáculo. Cada pessoa poderá levantar até 6 ingressos. pub
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Marchas Antoninas o momento mais acarinhado
Parece mentira, mas este já é o segundo ano em que as Marchas Antoninas são canceladas, por força da pandemia de Covid 19. Foi certamente mais um momento triste para as diversas associações que, todos os anos, participam ativamente nas Marchas. Estamos a falar de muitos meses de trabalho e enorme dedicação. De ano para ano este momento, o mais aguardado e acarinhado por todos, ganhou maior dimensão, beleza e qualidade. As Marchas de Famalicão são, aliás, consideradas, por muitos, como sendo das melhores a nível nacional. Ficam algumas imagens para recordar. Para ano, acreditamos, estarão de volta...
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Vencedor das quadras de Santo António conhecido no domingo
Termina hoje uma edição do Concurso de Quadras de Santo António que todos os anos integra o programa das Festas Antoninas de Famalicão. A iniciativa, promovida pela Câmara Municipal, através dos pelouros da Mobilidade e da Família, tem como tema “A mobilidade e as Festas Antoninas”. Os interessados em participar poderão fazê-lo até às 18h00 desta quarta-feira, dia 9 de junho, através do preenchimento de um formulário online disponível no Portal do Município na Internet, página onde poderão também ser consultadas as normas de participação do concurso. Serão atribuídos quatro prémios que consistem na oferta de packs de livros alusivos ao município, bem como diplomas de participação aos respetivos vencedores e concorrentes distinguidos com uma menção honrosa. Os vencedores serão conhecidos no dia 13 de junho, dia de Santo António, através das plataformas digitais do município.
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Comerciantes não esperam grande impacto nos negócios Depois do interregno do ano passado, em 2021 as Festas Antoninas estão de regresso à cidade de Famalicão, com um programa muito restrito e comedido face ao que era habitual, pelo que os impactos no comércio local serão reduzidos. Esse é, pelo menos, o entendimento do presidente da Associação Comercial e Industrial de Famalicão (ACIF), Fernando Xavier Ferreira, que, contudo, compreende que é “a programação possível”, “melhor do que não ter nada”. “Se puder animar a população e trazer algum bem-estar social já é uma forma de, a curto prazo, poder beneficiar também o aspeto económico e comercial da cidade”, afirma o responsável, reconhecendo, porém, que a deslocalização das festas, concretamente dos concertos e da área das tasquinhas, para a zona do Parque da Devesa “não é benéfica para os comerciantes”, agravada pelo facto do centro da cidade estar em obras de renovação. De qualquer forma, louva o esforço da Câmara Municipal que, “mesmo em situações difíceis e que não são as ideais, está a fazer a festa que é possível”. E se ao nível do comércio, os efeitos podem não ser os desejados, Fernando Xavier Ferreira salienta os benefícios que a iniciativa traz para o setor cultural, “um dos mais afetados pela pandemia”.
Fernando Xavier Ferreira, presidente da ACIF
“Também há empresas deste setor nossas associadas, um setor muito importante e que não podemos deixar morrer”. Quanto ao comércio, “está a fazer um grande esforço de sobrevivência e, mesmo sabendo que nesta altura não haverá os clientes que desejariam, pelos menos irão aproveitar aqueles que cá estão e os que poderão vir ao centro da cidade”, refere o líder da ACIF, convicto de que o comércio famalicense “saberá ser
resiliente, mais uma vez”. Neste aspeto, o dirigente apela também à paciência dos agentes do comércio às obras de reabilitação urbana que decorrem, há vários meses, no centro da cidade. “Estamos a sofrer com essas obras, mas é um processo necessário para que possamos ter uma nova cidade”. E acrescenta: “No próximo ano vamos ter a libertação das obras e da pandemia e vamos ter uma cidade nova e um espírito novo”. pub
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Festas Antoninas. Entre o Sagrado e o Profano
Quem é Santo António?
Batizado com o nome Fernando de Bulhões, nasceu em Lisboa, entre 1191 e 1195, na Rua das Pedras Negras, junto à Sé de Lisboa. Na casa onde nasceu e viveu a sua infância está hoje a Igreja de Santo António, e na Cripta é possível ver um pedaço de um dos ossos do Santo, autenticado por Bula. Educado no seio de uma família nobre para ser cavaleiro, na adolescência pede autorização para ingressar na Ordem dos Cônegos Regrantes de Santo Agostinho, na Igreja de São Vicente de Fora, partindo mais tarde para Coimbra, onde estudou teologia. A busca pela introspeção e a simplicidade conduzem-no até à recém criada Ordem Franciscana e a deixar de lado, não só o hábito de agostinho, mas também o seu nome. Fer-
nando adota o nome de António, em homenagem ao eremita Santo Antão, e dedica-se a pregar as escrituras, que tão bem conhece, sobretudo após a sua mudança para Itália. O Sermão de Santo António aos Peixes, do Padre António Vieira, inspira-se precisamente na sua qualidade de pregador. Em Rimini, Itália, Santo António tentou pregar a palavra católica aos “hereges”, mas de nada serviu. O franciscano decide então pregar aos peixes, já que mais ninguém se dignava a ouvi-lo. Contemporâneo e amigo de São Francisco de Assis, Santo António é um dos santos mais populares da Igreja Católica, e a sua imagem encontra-se nas várias igrejas portuguesas, italianas, brasileiras e também no sul de França. pub
Sabia que na exposição "Festas Antoninas. Entre o Sagrado e o Profano" existe uma imagem destacada da Capela de Santo António com dois metros de altura? É verdade. Trata-se de uma exposição surge no contexto do pedido de inscrição das Festas Antoninas no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (I.N.P.C.I.). Procura dar a conhecer as Festas Antoninas, segundo uma perspetiva holística, estruturando-a, para melhor compreensão, segundo dois grandes eixos: o eixo do sagrado e o eixo do profano. A mostra está patente até ao dia 30 de setembro n Museu Bernardino Machado, ruas e praças da cidade. A entrada é gratuita pub
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Missa de Santo António com limitações, online e sem distribuição do pão As cerimónias religiosas das Festas Antoninas de Famalicão, da responsabilidade da Paróquia de S. Tiago de Antas, serão celebradas no próximo domingo, dia 13 de junho, na capela de Santo António. Terão início pelas 16 horas, com a oração do terço e depois às 17 horas com a missa da Festa de Santo António. A Eucaristia Solene, em honra de Santo António, padroeiro do Arciprestado de Vila Nova de Famalicão, será presidida pelo Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, na capela de Santo António, situada na rua Alves Roçadas, paróquia de Antas e cidade de Famalicão. Em tempos normais, na hora que será celebrada a Eucaristia, a procissão de Santo António começava a percorrer as principais ruas da cidade, entrelaçando as suas paróquias, com saída e regresso à capela, “que abraça o Ícone das Festas Antoninas, que este ano foi esquecido do cartaz oficial das festas”, diz o arciprestado em nota à imprensa. Tal como aconteceu no ano passado, e a fim de evitar aglomerados de pessoas e prevenir contágios pandémicos, este ano também não haverá a tradicional distribuição do Pão de Santo António. Durante a Eucaristia, D. Jorge Ortiga, simbolicamente, abençoará um pão, que pub
neste dia será distribuído nas casas dos pobres das redondezas, que são apoiados pelas Conferencias Vicentinas e outras organizações da pastoral social. A lotação da capela também vai obedecer às normas estabelecidas pela Arquidiocese de Braga e pela Direção Geral da Saúde. Quando atingir a lotação estabelecida, será barrada a entrada. No entanto, e tal como sublinha o arciprestado, todas as pessoas podem acompanhar esta Eucaristia, através da rede social do facebook, quer da paróquia de Antas, quer do Município de Vila Nova de Famalicão. De referir ainda, que fora dos horários das celebrações a capela estará aberta a todos os devotos de Santo António. “De salientar ainda que o Conselho Económico da Paróquia de Antas, procedeu recentemente à lavagem e impermeabilização das pedras que constituem as paredes exteriores da Capela de Santo António, torre sineira e do respetivo telhado”, sublinha o arciprestado. As eucaristias dominicais serão às mesmas horas dos domingos anteriores, ou seja: sábado às 19 horas na Igreja Nova de Antas; Domingo às 9 horas na capela de Santo António e 10h30 na Igreja Nova de Antas. pub
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Sabia que...
A Batalha das Flores integrou o programa das Festas Antoninas?
Começou em 1959 e até ao ano de 1966 foi a principal atração destas festas. Organizadas pelo Grémio do Comércio e Ateneu Comercial e Industrial, os participantes, maioritariamente grupos folclóricos do concelho, eram convidados a decorar um carro alegórico com flores, que, no dia do desfile pelas ruas da cidade, traziam às festas um colorido especial. Nos dias de hoje, a Batalha das Flores continua a ser realizada no concelho, embora fora do programa das Antoninas e inserida na Festa de Maio.
Camilo é figura assídua nas festas famalicenses Camilo Castelo Branco é uma das figuras históricas mais amadas pelos famalicenses. Por isso, não pode nunca faltar às suas festas! Camilo marca presença das mais variadas formas, nomeadamente nas marchas dos mais pequenos. Também a Câmara Municipal integrou nas festividades o que apelidou de Caminhada Camiliana. O ano passado não se realizou, mas a última que se cumpriu foi a 14ª edição e ligou a cidade à freguesia do escritor: Seide S. Miguel. A iniciativa pretende avivar a história de Famalicão nas Festas Antoninas.
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Cascatas na Praça 9 de Abril e Arcos das Marchas no Parque da Devesa
Apesar de anulado, o desfile das Marchas Antoninas pelas ruas da cidade é relembrado através de uma exposição patente no Parque da Devesa e que reúne alguns dos arcos que abrilhantaram as últimas edições daquele que é o ponto alto das Festas. Desde 1984 que as Marchas Populares se realizam no âmbito das Festas do Concelho. Não sendo possível efetuar o Desfile tradicional pelas ruas da cidade, pretendese efetuar uma mostra simbólica de alguns dos arcos utilizados (concretamente os mais premiados) pelas marchas que habitualmente participam na arruada e exibição festiva. Participam a ARCA – Associação Recrea-
tiva e Cultural de Antas; a Associação Recreativa e Cultural Flor do Monte (Carreira); a TUSEFA – Tuna Sénior de Famalicão; a Associação Cultural e Desportiva de S. Martinho de Brufe; a Associação Cultural e Recreativa S. Pedro de Riba de Ave; a ADC Associação Desportiva e Cultual de Arnoso Santa Eulália; a Marcha da União de Freguesias de Gondifelos, Outiz e Cavalões; a União de Freguesias Esmeriz Cabeçudos; a Associação Unidos de Avidos; a Associação Unidos Por Calendário; a LACS – Associação Cultural S. Salvador da Lagoa e a CRAV – Clube Recreativo Amigos de Vilarinho. Já as cascatas a Santo António, outro momento icónico das festas seculares,
estão instaladas na Praça 9 de Abril e reúnem 15 trabalhos do tecido associativo do concelho, bem como escolas e IPSS’s. Tal como sublinhou o vereador da cultura em entrevista ao OPINIÃO PÚBLICA no dia da abertura das festas, trata-se de uma iniciativa importante “até para mostrar o trabalho das associações famalicenses”. “Este ano convida-se as pessoas a viver estas festas também de uma forma cultural”, sublinhou Leonel Rocha. Participam a AFPAD – Vila Nova de Famalicão; o Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco; o Agrupamento de Escolas de Pedome; o Agrupamento de Escolas de Ribeirão; a Associação Desportiva e Cultural S. Martinho de Brufe; a Associação de
Pais e Encarregados de Educação da EB1 de Valdossos (Fradelos); a Associação Projeto Amarcultura (Calendário); a Associação de Tocadores Cantadores Desafio Famalicense; os Boinas Negras de Vermoim; o Centro Social e Paroquial de Vale S. Cosme; o Grupo Folclórico de Nine; o Grupo Inf. Juv. Danças e Cantares Joane; o Grupo Inf. Juv. Santiago de Gavião; o Grutaca, Grupo Teatro Amador Camiliano (Seide); o Rancho Folclórico Santa Marinha de Lousado (A/C). As centenárias Antoninas de Famalicão terminam no dia 13 de junho, com a habitual sessão de fogo de artifício, às 21h30, no Parque da Devesa. Pode ler o programa completo em www.famalicao.pt. pub
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Antoninas também é desporto A festa do desporto tem contribuído, desde sempre, para alegrar as festas Antoninas, através do envolvimento das associações do concelho e da mobilização dos seus atletas, num ambiente de saudável competição. Atletismo, desportos radicais, raids todo-o-terreno, corridas de carros de rolamentos, ciclismo, matraquilhos, basquetebol, tiro aos pratos e desfiles de motas e automóveis são apenas algumas das iniciativas de cariz desportivo têm animado as Festas. Partilhamos aqui algumas das imagens do desporto ao longo dos anos.
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Marchas das crianças o momento que ninguém quer faltar
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As Marchas Infantis já contam com mais de três décadas e são sempre um dos momentos mais acarinhados das Antoninas e um dos pontos altos do primeiro dia das festas. O OP foi ao baú da Câmara Municipal resgatar algumas imagens dos anos 80 e 90 e a avaliar pelas fotografias, ternura e criatividade é coisa que nunca faltou aos marchantes de palmo e meio. Muitas destas crianças são, hoje, adultos e ao ver as imagens podem recordar aquele que é considerado um dos pontos altos das Antoninas e ao qual ninguém quer faltar.
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Temporal de 2006 ainda está na memória dos famalicenses
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Ao longo da sua história mais recente, não foram raros os casos em que algumas atividades das Festas Antoninas – inclusive alguns dos seus momentos altos como o desfile infantil, as marchas ou concertos – foram adiados ou cancelados por causa do mau tempo. Mas, na memória de muitos ficará para sempre a noite de 12 para 13 de junho de 2006. Um forte temporal abateu-se sobre Famalicão, precisamente na altura em que as Marchas Antoninas desfilavam no Estádio Municipal. No palco atuava a sétima marcha. Dez minutos de chuva torrencial, trovoada, vento forte e granizo foram suficientes para gerar o pânico entre milhares de pessoas que assistiam ao desfile. A intempérie provocou 17 feridos, um dos quais em estado grave, destruiu o trabalho de meses das associações do concelho que participam nas marchas e provocou ainda outros estragos na cidade,
como quedas de árvores, uma das quais, de grande porte, no Parque 1º de Maio. Quem estava no Estádio Municipal viveu momentos de grande aflição. O pânico instalou-se quer entre o público, quer entre os marchantes que, entre a correia e a confusão, precipitaram-se para debaixo da bancada coberta e para as saídas do estádio. Muitos refugiaram-se no Pavilhão Municipal. A tenda onde estava o júri e também os convidados de honra, entre os quais o presidente da Câmara Municipal de então, Armindo Costa, abanou de tal forma que a lona se desprendeu da cobertura e foi arrastada. Diverso material de som e de luzes ficou danificado pela intempérie. Crianças em lágrimas, muitos gritos e o toque das ambulâncias foram os sons que encerraram aquela noite, que deveria ser de festa.
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Há sabores e aromas que não falham nas Festas Antoninas! É o caso do algodão doce, das farturas, do tradicional pão com chouriço, entre outras sugestões gastronómicas que este ano podem ser saboreadas na zona da alimentação instalada perto do recinto do Anima-te, no parque de estacionamento provisório localizado nos terrenos da antiga Central de Camionagem. O espaço funcionará durante o período das festas, ao postigo, sem esplanada e com lotação limitada. Já na Praça da Cidadania está instalado um Mercado Artesanal. Os primeiros dias das Festas Antoninas de Famalicão, que arrancaram na passada sexta-feira, foram vividos com alegria, cultura e memória, mas até domingo, dia 13 de junho, feriado municipal no concelho famalicense, há ainda muito para desfrutar. pub
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