Opinião Pública - 1521

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opiniãopública: 21 de julho de 2021


Ano 30 | Nº 1521| De 21 a 27 de julho de 2021| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt

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Equipamento custou 15 mil euros

Câmara oferece ressuscitador neonatal ao CHMA com apoio de empresários p. 7

ADRIANO PINTO BASTO E SANTO ANTÓNIO ENCERRADAS POR UM MÊS p.5

Joane Alunas vencem concurso nacional com projeto de ajuda à AFPAD p.13 Acidentes Semana fatídica com dois mortos em Vermoim e Mouquim p.12 e 14 Exposição Casa do Território mostra vítimas famalicenses do nazismo p.11

José Bilhoto, candidato da IL à Câmara de Famalicão

“Estamos cá porque achamos que podemos fazer mais e melhor” p.8

Apresentação PAN lança Sandra Pimenta na corrida à Câmara p.5

GD Natação conquista 12 medalhas de ouro e 5 recordes nacionais Voleibol: AVC Famalicão garante subida de divisão Eeleições: Nuno Neves é o novo presidente do FAC pub


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CIDADE

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Novo livro sobre Famalicão apresentado esta quinta-feira “Famalicão – Cultura, Património, Comunidade” é o título do livro de Libório Manuel Silva, que é apresentado esta quinta-feira, 22 de julho, na Fundação Cupertino de Miranda, pelas 18h15. Trata-se de uma edição de luxo, bilingue, com mais de 400 fotografias exclusivas, relativas a alguns dos exemplos mais significativos do património do concelho: dos seus vestígios arqueológicos aos tesouros barrocos, das suas tradições aos seus monumentos românicos, das suas principais festas aos seus museus. Com prefácio de historiador Vítor Serrão e prólogo de Arminda Ferreira, o livro, editado pela Centro Atlântico, será apresentado por Leonel Rocha, vereador da Educação, Conhecimento e Cultura do Município de Famalicão. “Seguindo a preceito a leitura integrada dos textos e a morosa contemplação das imagens que enriquecem a obra, o concelho de Famalicão impõe-se-nos através deste trabalho como um pequeno tesouro unívoco mas em boa parte desconhecido, face às numerosas revelações que esta obra nos traz”, escreve Vitor Serrão.

Crianças finalistas da Gerações organizam exposição de pintura

Sob a orientação da professora Rita Gonçalves, os finalistas da Associação Gerações (crianças que completam o ensino pré-escolar) organizaram uma exposição de pintura, num total de 19 quadros de formato grande, que está visível para os pais num dos alpendres exteriores da instituição, por força da atual situação pandémica. Foi na sequência da leitura do livro de António Torrado “Vamos contar um segredo” que a ideia da exposição de pintura se foi consolidando. Através das técnicas de corte e de colagem, as pinturas dos finalistas retratam passagens do livro de António Torrado e inspiram-se nalguns dos grandes pintores do mundo. “Os resultados obtidos são sempre muito gratificantes e surpreendentes, demonstrando que as crianças têm uma grande atração pela arte e pelos seus grandes intérpretes”, refere, a propósito, a instituição.

FICHA TÉCNICA

CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt

DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt

CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt

REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).

DESPORTO: José Clemente (CNID 297) e Paulo Couto.

Número de inscritos nestes cursos aumentou 58% no último ano letivo em Famalicão

Mais de 750 vagas em formação profissional superior e de especialização tecnológica Estão abertas as candidaturas para os Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP) e Cursos de Especialização Tecnológica (CET) para o ano letivo 2021/2022. As entidades formadoras de Famalicão disponibilizam 750 vagas distribuídas por 21 cursos CTeSP e seis cursos CET, com início da formação no mês de setembro, quer em regime laboral, quer pós-laboral. Esta formação profissional superior será ministrada pelas seguintes entidades: Citeve – Centro Tecnológico Das Indústrias Têxtil e do Vestuário; Cenfim – Centro De Formação Profissional de Indústria Metalúrgica e Metalomecânica; Cespu; IPCA – Polo de Famalicão; e Instituto Politécnico de Bragança – Polo de Famalicão (Para mais informações, os interessados devem consultar os sites das entidades ou o Portal da Educação de Famalicão. Em Famalicão, e segundo dados divulgados pela autarquia, o número de inscritos no 1º ano, quer em CTeSP, quer em CET, no ano letivo de 2020-2021, aumentou 58% face ao ano letivo anterior, atingindo cerca de 571 novos inscritos, com um aumento de alunos inscritos pelo 4º ano consecutivo. Esta formação/qualificação de quadros superiores procura satisfazer as necessidades das empresas, onde a aposta no conhecimento, na investigação, no desenvolvimento tecnológico e na inovação é central e decisiva. O prazo para a apresentação das candidaturas à primeira fase já

São várias as áreas abrangidas por estas formações

iniciou e decorre até ao 10/08/2021 (no caso do IPCA), até ao dia 31 de agosto (no caso do IPB), até ao dia 03/09/2021 (no caso da Cespu) e até ao início de outubro (nas entidades Cenfim e Citeve). As candidaturas devem ser efetuadas online através dos sites de cada uma das entidades formadoras. Os cursos Gerontologia, Bem-Estar e Termalismo, Serviço Familiar e Comunitário, Saúde e Exercício, Bioanálise e Controlo, Secretariado Clínico, Estética, Cosmética e BemEstar, Tecnologia Alimentar, Gestão Ambiental, Design de Moda, Segurança e proteção de dados para sistemas de informação, Eletrónica, Automação e Comando, Apoio à Gestão, Exportação e Logística, Comércio Eletrónico, Desenvolvimento Web e Multimédia, Gestão financeira e contabilística, Manutenção industrial, Gestão In-

dustrial da Produção, Marketing Digital e Social Media e Redes e Segurança informática são os CTeSP oferecidos pela Cespu, IPB e IPCA. A duração do CTeSP é de quatro semestres (dois anos), sendo o último em contexto de trabalho. A frequência destes cursos tem associado o pagamento de uma propina, ainda que os formandos se possam candidatar a uma bolsa de ação social. Gestão da Produção para a Indústria metalúrgica e metalomecânica, Tecnologia Mecânica, Tecnologia Mecatrónica, Industrialização de produto moda, Comércio Moda e Processos de Coloração e Acabamentos Têxteis são os Cursos de Especialização Tecnológica oferecidos pelo Cenfim e pelo Citeve. Os CET têm a duração aproximada de um ano e meio (18 meses). A frequência destes cursos é gratuita e tem direito a bolsa de formação e transporte.

Cespu cria Serviço de Apoio e Informação a Vítimas A Cespu, através do seu Instituto Universitário de Ciências da Saúde, criou o Serviço de Apoio e Informação a Vítimas, com valência de apoio psicossocial e psicológico. Com o objetivo de combater e prevenir situações de violência no contexto familiar e na intimidade, este novo serviço está integrado na Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e destina-se a estudantes da Cespu e à comunidade. Em nota à imprensa, a cooperativa de ensino sublinha que “trata-se de um projeto pioneiro numa instituição de ensino superior em Portugal que pre-

GRAFISMO: Carla Alexandra Soares

OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira.

GERÊNCIA: João Fernandes

CAPITAL SOCIAL: 175.000,00 Euros.

DETENTORES DE MAIS DE 5% DO CAPITAL

António Jorge Pinto Couto João Fernado da Silva Fernandes Voz On, Lda.

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tende atender, apoiar e encaminhar as vítimas para outras estruturas integradas na Rede e articular com instituições com vista a uma resposta mais célere e eficaz”. O apoio funcionará presencialmente e à distância, através de email e telefone, sempre gratuitamente. Este serviço é apresentado esta quarta-feira e estará disponível à comunidade a partir de sexta-feira, dia 23 de julho. Funcionará de segunda a sexta, das 9 às 17 horas (com e sem marcação prévia), nas instalações da Cespu, em Paredes. As marcações podem ser efetuadas pelo telefone 224157270 e pelo email servicoapoiovitima@cespu.pt.

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A partir desta quinta-feira devido às obras no centro urbano

Ruas Adriano Pinto Basto e Santo António fecham ao trânsito durante um mês A Rua Adriano Pinto Basto, a partir do entroncamento com a Rua Daniel Santos, e a Rua de Santo António vão encerrar ao trânsito automóvel a partir amanhã, quinta-feira, 22 de julho, e pelo prazo previsível de 30 dias. A Câmara Municipal justifica que o encerramento ao tráfego automóvel destas duas artérias centrais da cidade de Famalicão está relacionado com a intervenção em curso de renovação e requalificação do Centro Urbano. Neste momento a obras abrangem o antigo campo da feira, a Praça D. Maria II e a Praceta Cupertino de Miranda. Os trabalhos decorrem há vários meses e têm já motivado queixas por parte dos comerciantes e moradores, que se mostram impacientes com aquilo que dizem ser a demora da intervenção. Contudo, em nota â imprensa, a autarquia explica que as obras decorrem conforme calendarizado devendo estar concluídas no final do corrente ano, um ano depois da adjudicação da empreitada. “Por esta altura, desconfia-se do projeto, chateiam as obras, mas o tempo vai dar razão a uma cidade projetada para ser amiga das pessoas. Vamos ter uma melhoria significativa da qualidade de vida das populações residentes, uma maior atratividade da cidade em termos turísticos, um melhor ambiente, um melhor comércio”, refere a propósito o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. A intervenção abrange todo o quarteirão urbano localizado entre as praças D. Maria II e Mouzinho de Albuquerque e ruas adjacentes, com o objetivo de as dotar de mais e melhores zonas sociais e, simultaneamente, de mais espaços para peões e para os modos de transporte suaves, num dos maiores investimentos públicos de sempre na requalificação de um espaço público citadino famalicense: mais de oito milhões de euros. A intervenção vai permitir a ampliação para norte e para

sul, da Praça D. Maria II, com a supressão ao trânsito automóvel dos dois topos, e a requalificação de todas as artérias envolventes que terão um perfil único de circulação partilhada, com prioridade para o peão. A Praça Mouzinho de Albuquerque, correspondente ao antigo Campo da Feira, uma área muito degradada da cidade, está a ser toda ela renovada com organização da área de estacionamento e valorização da margem ribeirinha do Rio Pelhe. A obra tem comparticipação do Norte 2020, através do programa FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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Famalicão promove curso de Português para migrantes Estão abertas as candidaturas para os cursos de Português Língua de Acolhimento (PLA), a iniciar em setembro, na Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em horário pós-laboral. Estes cursos pretendem que os adultos migrantes em Portugal aprendam a língua para elevar a capacidade de expressão e compreensão em português, e facilitar o seu processo de integração social, profissional e cívico. Esta formação destina-se a cidadãos migrantes, adultos, com idade igual ou superior a 18 anos, desempregados ou ativos empregados, cuja língua materna não é a portuguesa e/ou que não detenham competências básicas, intermédias ou avançadas, de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECRL). Os destinatários devem ser portadores de título de residência, nos termos da legislação nacional aplicável a cidadãos estrangeiros, ou devem apresentar um dos seguintes documentos: comprovativo de que foi iniciado o procedimento para a obtenção, renovação ou prorrogação de título de residência, no âmbito de processo de regularização; comprovativo de admissão do pedido de asilo e cujo processo se encontre pendente; comprovativo da atribuição do Número de Identificação de Segurança Social. Para além destes cursos, os adultos migrantes podem ainda, no Centro Qualifica obter outras ofertas formativas ou outros percursos de qualificação que permitam melhorar as suas qualificações escolares e profissionais, nomeadamente através de processos de reconhecimento, validação e certificação de competências e do reconhecimento de títulos de nível não superior obtidos no estrangeiro. pub


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CIDADE

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Continua a contestar a retirada do espaço do Parque da Devesa

Associação Famalicão em Transição quer levar caso das hortas urbanas a tribunal A Associação Famalicão em Transição quer levar a tribunal o caso da retirada das hortas urbanas do Parque da Devesa e, para isso, lançou uma campanha de recolha de donativos para ajudar a suportar os custos associados ao processo judicial. Aquela associação diz entender que a retirada das hortas do Parque da Devesa para a construção das novas instalações do CeNTI constitui “uma violação da legislação em vigor, que abre um precedente grave em Famalicão”, como explicou numa sessão pública de esclarecimento, realizada no passado sábado, junto ao local onde existiam as hortas. Em causa está, segundo a associação, o facto de se ter “alterado, sem discussão pública, o Plano de Urbanização da Devesa, que classifica a zona em causa como área verde, não sendo prevista a A associação promoveu uma sessão pública onde deu a conhecer os passos que pretende dar construção de edifícios a não ser de apoio ao Parque”. jurídico e pede a ajuda dos famalicenses Refira-se que a Associação Famalicão Nesse sentido, a Famalicão em Transi- para contribuir com donativos, através de em Transição, criada em 2016, sempre se ção pretende avançar com um processo uma conta de IBAN criada para o efeito. opôs à retirada das hortas urbanas da De-

Painéis informam utilizadores

Parque da Devesa deixa vegetação crescer para proteção da biodiversidade O Parque da Devesa instalou quatro painéis com pequenas mensagens de sensibilização, visíveis ao longo dos seus percursos, que o intuito de informar os seus utilizadores para as opções de ausência de corte de vegetação, em determinados espaços verdes. A opção, que vem sendo seguida de há uns anos a esta parte na Devesa, vai de encontro às melhores práticas ambientais e sustentáveis, representando um importante contributo para a preservação da biodiversidade local, segundo nota enviada à imprensa pela Câmara Municipal. As mensagens explicam aos utilizadores a mais-valia que representa deixar as plantas herbáceas do prado, ou espontâneas, crescer, florir e ressemear-se, e, até mesmo, de não remover maciços arbustivos espontâneos, como as estevas, nem os troncos de árvores mortas. Nos painéis é possível ler mensagens como: “Não cortamos o prado para alimentar abelhas e outros insetos que alimentam as aves”; “Não cortamos o prado para que possa florir e ressemear”; “Esta é uma zona selvagem para que os animais possam nidificar e ter abrigo” e “Um velho tronco de uma árvore pode ser o melhor lar de um animal”. Nos meses de inverno, estas mensagens irão manter-se pelo Parque da Devesa, sendo que uma parte delas será adaptada às necessidades da referida estação. Serão acrescentadas, nomeadamente, referências à existência de charcos temporários, que servem de viveiro de anfíbios, assim como à vegetação volumosa nas margens do rio, que permite evitar a erosão pela água.

No comunicado, a autarquia recorda, ainda, que o Parque da Devesa tem vindo a tomar medidas “que potenciam a elevada diversidade de animais e plantas”, nomeadamente, através da remoção regular de plantas invasoras que ameaçam as espécies autóctones e desequilibram o ecossistema, do recurso a métodos naturais de fertilização do solo e da criação de zonas de abrigo para os animais. “A perda de biodiversidade de polinizadores é uma crise mundial que está a gerar grande preocupação dado colocar em causo o ecossistema de que todos estamos interdependentes”, finaliza.

vesa e a sua consequente transferência para terrenos situados em Antas, junto ao Hospital de Dia do grupo Trofa Saúde. Esses terrenos estão ainda a ser infraestruturados para receber os hortelãos que, entretanto, se candidataram a um talhão. Recorde-se ainda que decisão de transferir as hortas foi tomada pela Câmara Municipal de Famalicão, no passado mês de fevereiro, e depois ratificada pela Assembleia Municipal, porque o Citeve necessitava do espaço, de que é proprietário, para aí construir as novas instalações do CeNTI –Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes. Na altura da construção do parque, o Citeve cedeu os terrenos ao Município, mas a autarquia decidiu restituí-los, dada a relevância do CeNTI para o concelho. As hortas deixaram o Parque da Devesa no passado mês de abril e no local já avançaram as obras para a construção do futuro CeNTI.

Enquanto decorrem as obras de reabilitação e ampliação

Biblioteca Municipal já funciona provisoriamente no Centro Cívico Com o edifício da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco encerrado por motivo das já anunciadas obras de requalificação e ampliação, a Câmara Municipal decidiu retomar alguns dos serviços e atividades da biblioteca, nas instalações provisórias e temporárias criadas para o efeito no Centro Cívico de Famalicão. Aqui disponibiliza-se aos leitores uma sala para consulta e leitura de uma parte representativa das obras referentes, exclusivamente, à literatura portuguesa e estrangeira, para adultos e crianças, tendo como principal objetivo a manutenção do serviço de empréstimo domiciliário. Neste mesmo espaço, mantém-se a funcionar a secção de periódicos, onde continuam a ser disponibilizados para consulta os jornais e as revistas, assim como dois postos públicos para acesso à internet. Este novo espaço está disponível para atendimento ao público de segunda a sexta feira, entre as 10h00 e as 19h30. Por outro lado, no edifício do Arquivo Municipal Alberto Sampaio vai ser possível manter a funcionar ao público a secção do Fundo Local, uma secção es-

Vários serviços da biblioteca foram transferidos para o Centro Cívico

pecializada onde se reúnem diversos tipos de documentação e publicações referentes à história e à memória do concelho, cujo principal objetivo é continuar a disponibilizar e a apoiar a consulta, pesquisa a investigação sobre diversos temas da história local. Esta secção está disponível para atendimento ao público de segunda a quinta feira, das 9h30 às 13h00 e das 14h00 às 17h30, e à sexta feira entre as 9h30 e as 11h30. Refira-se que a obra adjudicada à empresa Costeira – Engenharia e Construção SA por 1,6 milhões de euros tem um prazo de execução de um ano. Com esta empreitada, a

Biblioteca Municipal vai ganhar novos espaços, com a criação de uma sala para Audiovisuais, uma sala de leitura informal para estudo de grupos, uma nova área para albergar o espólio de Eduardo Prado Coelho e a ampliação da sala de leitura e outros serviços. Para isso, será construído um prolongamento do edifício, em direção à Casa das Artes, com ligações para circulação em vidro tratado do ponto de vista acústico e térmico. Para além da ampliação, todo o edifício, que conta quase com 30 anos de existência, será remodelado, modernizado e adaptado às novas exigências tecnológicas.


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Instrumento dá resposta a uma necessidade do hospital

Câmara oferece ressuscitador neonatal ao CHMA com apoio de empresários O Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) vai adquirir um ressuscitador neonatal que será totalmente comparticipado pela Câmara Municipal de Famalicão e pelos empresários do concelho. O instrumento, que vem dar resposta a uma necessidade do hospital de Famalicão, serve de auxílio à respiração cardiopulmonar a recém-nascidos, fornecendo um suporte de oxigénio aos bebés. O aparelho tem um custo de 15 mil euros, sendo comparticipado pelo município em 7.500 euros e o restante valor custeado por empresários do concelho. A proposta para o acordo de cooperação entre o município e o hospital esteve em discussão na última reunião do executivo municipal, sendo considerado “o inequívoco e relevante interesse público deste instrumento”. No final, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha explicou aos jornalistas que “o apoio resulta de uma postura de interação permanente entre a

autarquia e os cuidados de saúde no concelho”. Salientou ainda que foi através da Câmara Municipal “direta ou indiretamente que foi possível angariar 100% do investimento do equipamento”. E esclareceu: “O município, por razões legais, não pode suportar o encargo superior a 50%, mas conseguiu junto do meio empresarial o restante apoio, mobilizando os empresários para a necessidade desta resposta hospitalar”.

“É bom notar que uma vez mais os empresários famalicenses responderam afirmativamente a esta necessidade”, realçou Paulo Cunha, deixando, no entanto, a nota que “esta é uma tendência que se está a consolidar: a necessidade de apoios municipais para infraestruturas que são estatais”. E lembra que foi assim com a Clínica da Mulher e Criança, com a nova urgência covid-19 e com o funcionamento do Centro de Vacinação.

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Campo Escola da PASEC chega a mais de 320 jovens Formação, capacitação e “coworking”, foram os principais objetivos do Campo Escola de Educação Não Formal “Tempos de Aventura 2021” promovido pela PASEC. A iniciativa, desenvolvida em parceria com o município de Famalicão, com os agrupamentos de escolas do concelho e com vários parceiros internacionais, albergou 322 jovens com idades compreendidas entre os 7 e os 23 anos. Os “Tempos de Aventura 2021” tiveram lugar entre 1 e 17 de julho e, devido às condições impostas pela Covid-19, os participantes formam divididos por equipas de trabalho e polos de intervenção. Em comunicado às redações, a PASEC explica que através de abordagens de trabalho cooperativo, os vários grupos de trabalho juvenis foram levados a desenhar projetos de intervenção comunitária alicerçados em quatro pilares. Em primeiro lugar, tinham por objetivo identificar as fontes e raízes dos grandes problemas das suas comunidades, nomeadamente aqueles que os afetavam diretamente. Posteriormente, os jovens fundiram os diagnósticos que formularam, os poderes que identificaram em si próprios e desenharam pequenos planos de ação, que culminaram na apresentação das ações que idealizaram. Os temas deste ano direcionaram-se ao desenvolvimento sustentável, à resposta pós-pandemia e à cidadania global e houve tempo para atividades de natureza, desportos radicais e dinâmicas de interação com a comunidade. Os jovens participantes tiveram ainda a oportunidade “de experimentar momentos de artes performativas, explorar paisagens desconhecidas no Parque Nacional da Peneda Gerês, conhecer diversas associações culturais e experimentar momentos de meditação e simbologia grupal”, refere a mesma nota. pub


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José Bilhoto, candidato da Iniciativa Liberal à Câmara de Famalicão

“Não temos uma máquina partidária a trabalhar, nem lugares para oferecer” Cristina Azevedo

mento é uma questão de escolhas.

José Bilhoto, médico de profissão, aceitou o desafio de encabeçar a lista da Iniciativa Liberal à Câmara Municipal de Famalicão, naquela que é sua primeira experiência política. Elege a redução dos impostos como grande bandeira eleitoral e a liberdade de escolha como princípio básico do que defende para o concelho.

E, em seu entender, não têm sido as melhores? Acho que no centro da cidade, com o mesmo dinheiro, se poderia ter feito muito melhor, como um parque subterrâneo da zona da Praça D. Maria II. Por outro lado, bastava fazer um melhor planeamento das obras e teríamos tido benefícios para os comerciantes. Mas não, as obras estão a ser feitas todas ao mesmo tempo, quando a legislatura é de quatro anos.

OPINIAO PÚBLICA: O que o levou a aceitar esta candidatura pela Iniciativa Liberal, um partido que concorre pela primeira vez às autárquicas no concelho? José Bilhoto: Uma das minhas motivações foi o facto de existir uma certa estagnação na cidade. No início do século XXI, com o arquiteto Armindo Costa, notou-se que a cidade começou a desenvolverse, houve um período muito interessante e de mobilização das pessoas. Mas, agora, nota-se uma certa estagnação. Acho que houve uma perpetuação das pessoas nos lugares. Sabemos que os mandatos dos presidentes de Câmara estão limitados a três, mas o que vemos é que muda o presidente da Câmara, mas a estrutura fica na mesma. Não há uma mudança e o trabalho é mais centrado nas pessoas que estão dentro da Câmara do que nos cidadãos. O que é que a Iniciativa Liberal tem para propor aos famalicenses? As propostas mais imediatas têm a ver com fiscalidade. Depois, temos outras propostas que têm a ver com a liberdade de escolha. O governo está a delegar algumas competências para as autarquias e nós somos favoráveis a essa delegação de competências, tanto na área da educação como na área da saúde. No fundo, o que pretendemos é que as pessoas tenham liberdade de escolha: se querem ser seguidas num serviço público, num serviço social ou num serviço privado. E com isso, entendemos que se pode criar alguma concorrência que obrigue a que os serviços sejam cada vez melhores, tanto na área da saúde como na da educação, onde defendemos que as pessoas devem poder escolher a escola que querem que os seus filhos frequentem.

dos contratos de associação… Isso foi uma tragédia que aconteceu a Famalicão, porque era um dos concelhos do país em que mais alunos frequentavam escolas tinha com contratos de associação. E a Câmara poderia fazer mais, se as diretrizes vêm do Ministério da Educação? Se calhar podia… Podia ter tido um voz mais ativa, chamando a atenção para as necessidades que havia no nosso concelho. Acho que essa voz foi um bocado baixa. De qualquer forma, entendemos que a delegação de competências que está prevista poderá dar mais margem de manobra e latitude de ação à Câmara para poder intervir nessas áreas.

A redução dos impostos municipais é uma das suas bandeiras eleitorais. Porquê esta prioridade? Nós temos dos impostos mais altos das autarquias no país. A taxa de participação no IRS é de 4,5% e nós propomos reduzir para 0%. Isso é uma medida que andará à volta dos 4 milhões de euros. Depois, temos o IMI que também está muito próximo da taxa máxima e que propomos reduzir para os 0,3%, a taxa mínima, que já é praticada por Mas isso continua a depender da muitos municípios. Quanto à DerAdministração Central. Tivemos rama, estamos com valores elevaum exemplo recente com o fim dos e temos isenção para

empresas que têm um volume de negócios não superior a 250 mil euros. Nós propomos reduzir essa derrama, embora de forma mais paulatina.

Temos também os fundos comunitários, com um novo quatro comunitário de apoio e com o Plano de Recuperação e Resiliência. Em seu entender o que é importante ter em conta? Eu tenho muito receio da forma como esse dinheiro vai ser gasto. Dois terços está previsto ser gasto pelo Estado e apenas um terço pelas empresas. Acho que isso não é bom para o crescimento económico e para o futuro do país. Se repararmos, naqueles países que mais se desenvolvem, o investimento que é feito é pelas empresas e pelas pessoas, e não pelo Estado.

E qual o objetivo? O objetivo é que as pessoas fiquem com mais dinheiro no seu bolso. Por um lado, para atrair mais pessoas produtivas para o nosso concelho e, por outro, para premiar os famalicenses, porque Famalicão é o terceiro concelho mais exportador do país e isso deve-se às nossas empresas, que são empresas de pessoas de Famalicão. Por outro lado, também pretendemos trazer mais empresas para o concelho e atrair inves- A minha pergunta ia no sentido mais local. O que deve Famalicão timento. fazer para capitalizar esses funMas essa redução de impostos dos e se no passado foram bem tem o outro reverso da medalha, utilizados? que é menos dinheiro para a au- Essa é uma questão muito pertitarquia investir… nente. E dou como exemplo as O investir é uma palavra que obras no centro da cidade, onde se temos de ponderar muito bem. Em está a substituir um piso em cal2015, a Câmara trabalhava com çada à portuguesa, na Praça D. um orçamento de 67 milhões de Maria II, por umas lajes de granito, euros, em 2021 o que está orça- que em meu entender não são as mentado são 133 milhões. A des- mais bonitas, embora reconheça pesa da Câmara praticamente que isso são gostos pessoais. Mas duplicou, é um aumento brutal. E esse dinheiro que é gasto no graa pergunta que faço é: o que é que nito e numas obras que, se calhar, esta duplicação da despesa se até nem vão acrescentar grande traduziu em benefício para os fa- coisa àquela zona, poderia ser malicenses? Os famalicenses sen- gasto, por exemplo, em passeios tem que cidade e o concelho nas nossas freguesias ou até na estão a gastar o dobro? Penso que própria cidade, onde muitos estão não. degradados. Portanto, o investi-

Quais são os objetivos eleitorais? Um lugar na vereação? A minha expetativa é ganhar a Câmara. É esse o nosso objetivo, é aquilo a que nos propomos. Agora, os famalicenses é que sabem aquilo que é melhor para eles. Estamos cá porque achamos que podemos fazer mais e melhor. A lista está praticamente fechada, temos gente muito competente, pessoas da sociedade civil, que não estão ligadas à política e que estão neste projeto somente porque acham que podem fazer melhor pela sua cidade e pelo seu concelho, até porque não temos lugares para oferecer… somos um partido que se apresenta pela primeira vez a eleições. Ao nível das freguesias, quantas candidaturas vão apresentar? Não vamos apresentar em todas, porque não temos uma máquina partidária a trabalhar, nem, como disse, lugares para oferecer. Infelizmente, sabemos que é assim que as coisas funcionam, basta ver que há candidatos que há quatro anos se apresentaram por um partido e agora vão por outros. De qualquer forma, temos candidaturas já preparadas em Antas e Abade Vermoim, em Famalicão e Calendário e vamos apoiar uma candidatura independente em Ribeirão. Está-se a referir à candidatura de Paula Cristina Santos? Sim. É uma candidatura com a qual partilhamos muitas das nossas ideias e dos nossos projetos. O que vão privilegiar na campanha eleitoral para tentar convencer os eleitores? Aquilo que gostava de assinalar é que as pessoas nos acompanhassem, nos seguissem, vissem as nossas ideias para formarem uma opinião e fazerem o seu próprio julgamento.


opiniãopública: 21 de julho de 2021

Líder parlamentar do partido apresentou os candidatos à Câmara e Assembleia Municipal

BE propõe-se ajudar a resolver “injustiças evitáveis” em Famalicão

A sessão com Pedro Filipe Soares decorreu no Parque de Sinçães

O deputado e líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), Pedro Filipe Soares, veio a Famalicão, na passada sextafeira, participar na apresentação pública da candidatura do Bloco à Câmara e Assembleia Municipal nas eleições autárquicas do próximo dia 26 de setembro. Numa sessão que decorreu no Parque de Sinçães, Pedro Filipe Soares reiterou a importância da candidatura do partido em Famalicão, pois “há injustiças evitáveis em Famalicão que o Bloco de Esquerda pode ajudar a resolver, em

especial, o direito das mulheres”, afirmou. O deputado bloquista defendeu que as autarquias têm que investir nos parques de habitação pública, a preços acessíveis para as populações, criticando "o poder autárquico muitas vezes em conluio com os interesses imobiliários quando as revisões no Plano Diretor Municipal são feitas ao serviço dos interesses imobiliários". O candidato à Câmara Municipal, Paulo Costa, elencou propostas que a

candidatura tem para o concelho, como “construir uma rede de creches e infantários para que todas as crianças possam crescer saudável e equilibradamente”. Defendeu também que a escola seja “um espaço de tolerância e inclusão, devidamente equipadas de meios e pessoas, com equipas multidisciplinares, que permitam dar atenção a crianças com necessidades especiais e atentem a situações de perigo e negligência”. Paulo Costa referiu ainda que “uma autarquia tem de desenvolver políticas ativas de apoio na assistência aos mais idosos, sejam de saúde, apoio domiciliário, ocupação de tempos livres, valorização da sua autonomia", e defendeu uma política de habitação pública “não só na edificação, como no apoio a rendas, principalmente junto dos jovens adultos, que se veem arredados de vidas autónomas nos centros urbanos". Já a candidata à Assembleia Municipal, Catarina Ferraz, focou os problemas que os jovens enfrentam, como a precariedade laboral, a habitação, a mobilidade e a emergência climática. A candidata defendeu “um concelho seguro para as classes racializadas, um concelho que acolhe toda a comunidade LGBTI+, sendo um espaço seguro e onde se sentem livres para ser quem são, sem medos ou opressões”.

CIDADE

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Ex-inspetor da PJ é o mandatário da candidatura da CDU

João Malheiro, de 73 anos, ex-inspetor da PJ, residente em Vale S. Cosme, é o mandatário da candidatura da CDU (coligação PCP/PEV) às próximas eleições autárquicas em Famalicão. “João Malheiro apresenta-se como mandatário da candidatura da CDU, assumindo os valores do trabalho, honestidade e competência, valores marcantes do projeto autárquico da CDU, assente na luta pela construção de uma alternativa política em Famalicão”, informa a coligação de esquerda em nota à imprensa. No comunicado a CDU afiança também que “está e estará sempre presente junto das populações, para defender os seus direitos e avançar no caminho por uma sociedade mais justa e progressista”. pub


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CIDADE

opiniãopública: 21 de julho de 2021

Sessão de apresentação decorreu no passado domingo

Sandra Pimenta candidata-se à Câmara por uma revolução sustentável Juliana Machado Mudar a forma como se faz política em Famalicão e implementar uma revolução sustentável no concelho são alguns dos objetivos da Concelhia do PAN, que apresentou formalmente, no passado domingo, a candidatura de Sandra Pimenta à Câmara Municipal de Famalicão. Emanuel Figueiredo é o cabeça de lista à Assembleia Municipal. A sessão de apresentação decorreu, na sede da Junta de Freguesia de Famalicão, com apenas alguns apoiantes do partido, devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19. Em declarações ao OPINIÃO PÚBLICA, Sandra Pimenta disse considerar que “nos últimos tempos tem acontecido muito a política do betão, do cimento e do tijolo”. “Precisamos, necessariamente, de outro tipo de abordagem na forma como fazemos política, assente numa base sustentável”, acrescentou. A praticamente dois meses das eleições autárquicas, a candidata explica que as pessoas que apoiam o partido “reforçaram o seu apoio nesta altura” e garante que “a candidatura foi uma decisão pensada, ponderada e discutida internamente”. “Consideramos que este era um caminho natural

Sandra Pimenta ,candidata do PAN à Câmara Municipal

que a Concelhia tinha de fazer para dar voz aqueles que não a têm”, adianta. Apesar do partido só estar presente há dois anos em Famalicão, a candidata aproveitou o momento para evidenciar a boa recetividade que o PAN tem comprovado entre os munícipes e destaca a ligação de proximidade. Sandra Pimenta refere que

esta candidatura é o culminar de dois anos de trabalho e que “todos os dias recebe contactos por parte dos munícipes, que apresentam a sua posição para o concelho e também realizam muitas denúncias, sendo que o Rio Pelhe está no topo”. Sandra Pimenta refere que este rio está no centro das prioridades do PAN de diz

Famalicense indicado pelo Grupo Parlamentar do PS

Nuno Sá preside ao grupo de especialidade sobre o teletrabalho

Nuno Sá numa das reuniões do Grupo de Trabalho

A Assembleia da República constituiu um Grupo de Trabalho que está a elaborar o novo quadro legal para o regime do teletrabalho e o famalicense Nuno Sá foi o deputado indicado pelo Grupo Parlamentar do PS para presidir ao Grupo de Trabalho deste processo na especialidade. Ao todo são dez os projetos de lei apresentados e que serão objeto dos trabalhos parlamentares do Grupo de Trabalho do Teletrabalho. Foram iniciativas legislativas apresentadas por PS, BE, PSD, PCP, CDS-PP, PAN, PEV e a deputada não inscrita Cristina Rodrigues. Em comunicado, Nuno Sá diz

sentir “uma enorme honra e responsabilidade” por presidir aos trabalhos de um grupo “cujo objeto é tão relevante”, e que pretende, no exercício das suas funções, contribuir para promover “um avanço sustentável” na regulação do teletrabalho. O deputado socialista considera “ser importante regulamentar de forma mais concreta este regime, para evitar que se consolidem más práticas e para garantir equilíbrio das relações laborais.” O famalicense entende que o teletrabalho “proporciona uma oportunidade para os trabalhadores, para os empregadores e para a sociedade, pela flexibilidade

que pode permitir, pelo descongestionamento das cidades, pelo menor uso de tempo de deslocações entre o domicílio e os locais de trabalho, implicando menor poluição, pelo reforço das ligações às comunidades locais e pela maior facilidade de acesso global ao mercado de trabalho, independentemente da localização do trabalhador e do empregador”. Contudo, também não deixa de olhar para os riscos, “como a possibilidade de atomização e isolamento social do teletrabalhador, a passagem para o trabalhador do ónus da garantia das condições e meios para executar as tarefas a seu cargo, a maior separação entre os trabalhadores com diferentes níveis de autonomia, a possibilidade da diluição das fronteiras entre as diferentes esferas da vida, podendo pôr também em risco o direito a desligar, bem como o risco de este regime acentuar as desigualdades no mercado de trabalho, quer sociais, quer de género.” Para estas novas funções, o deputado famalicense conta com a sua experiência na Comissão Parlamentar de Trabalho e Segurança Social, da qual é membro há várias legislaturas.

não compreender como é que “um rio que nasce em Famalicão, e é inteiramente famalicense, desagua como um esgoto”. “Já perdemos as contas às denúncias que fizemos junto das autoridades competentes, até porque são quase diárias as denúncias que nos alertam para descargas poluentes em vários pontos do rio. Este é um problema que tem que ser resolvido”, reitera. Presente na sessão de apresentação esteve também Bebiana Cunha, líder parlamentar do PAN, que enalteceu as soluções apresentadas até ao momento para os problemas de Famalicão. A deputada considera que a voz da Concelhia tem feito a diferença nas políticas de âmbito local e repudia a forma como “o ambiente é apenas um levantar de uma bandeira”, destacando a necessidade de existirem consequências para as decisões políticas, bem como calendários para serem postas em prática. A líder parlamentar reitera que “a poluição dos meios hídricos, dos rios e das ribeiras, em Famalicão, precisa de uma resposta séria e comprometida” e destaca a “repercussão na saúde pública e na impossibilidade da população usufruir destes recursos, bem como de manter os ecossistemas vivos”.

Mário Passos lança portal para recolher ideias e sugestões dos famalicenses

A Coligação Mais Ação Mais Famalicão tem disponível para os famalicenses o portal oficial da candidatura de Mário Passos em www.maisfamalicao.pt, anunciou hoje aquela força partidária que engloba o PSD e o CDS/PP. Nessa plataforma digital é possível conhecer os candidatos aos órgãos autárquicos do concelho, acompanhar a agenda de campanha da candidatura, enviar sugestões e contribuir com ideias e reflexões para a elaboração do programa eleitoral que será oportunamente apresentado aos famalicenses. “É um espaço aberto, um espaço ao serviço da comunidade. Queremos que os famalicenses estejam informados sobre as nossas ideias e projetos para o concelho e que nos ajudem a melhorá-los com as suas reflexões”, refere Mário Passos. “O meu primeiro compromisso para com os famalicenses foi o de prosseguir este caminho de juntar pessoas, de as ouvir, de as envolver e este portal vem dar um contributo para isso”, acrescenta. O candidato à Câmara Municipal de Famalicão socorre-se ainda das redes sociais para chegar aos famalicenses e para que estes lhe façam chegar a sua mensagem, que seja no Facebook ou no Instagram Para além do universo digital, Mário Passos refere ainda que quer ouvir “o maior número de pessoas possível de viva voz”, afirmandose “um adepto intransigente e apaixonado da política de proximidade, da democracia participativa e do diálogo estruturado”. E conclui: “quero construir o nosso futuro coletivo para todos e com todos”.


Neste especial em que assinalamos três décadas de existência, fazemos uma revisão de factos que marcaram a atualidade do concelho ao longo destes anos. Publicamos o testemunho de quem nos tem acompanhado, numa abordagem diversificada. Em ocasião de aniversário, partilhamos as mensagens de parabéns de instituições e parceiros que bem nos conhecem.E abordamos um “virar de página” que queremos e prevemos promissor!


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ESPECIAL

opiniãopública: 21 de julho de 2021 pub

A singularidade de um Projeto Jornalístico Editorial

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1. A gentileza e a generosidade do João Fernandes, excelso e competentíssimo diretor do Opinião Pública, repartiram comigo – sim, ele é imprescindível – de forma honorífica, a função nobre e exigente de dirigir, ainda que por uma vez, o nosso jornal, que há 30 anos nos habituamos a ler, e do qual não abdicamos. Até porque queremos andar informados. Num tempo em que o descontrolo tomou conta das redes sociais, e se instalou por aí a barbárie, adquire cada vez mais importância a função, pautada por regras éticas e deontológicas irrepreensíveis, de um órgão de comunicação social. Não temos outra forma de viver numa sociedade democrática, aberta e plural. Ficolhe grato por este gesto magnânimo, mas louvo-lhe a perseverança em manter o O.P. dentro de um padrão informativo rigoroso, plural e independente. Regressei, por breves instantes, onde sempre gostei de estar. A respirar o ambiente humano e febril das redações, pressentindo o palpitar da notícia de última hora, e a pressão do fecho, e da escolha do título de capa. Queria estender este agradecimento a todo o corpo redatorial, que luta todos os dias para realizar o “milagre” de pôr o jornal nos quiosques e online todas as semanas. Na fita do tempo da memória lembro todos os anteriores diretores, bem como, os jornalistas, e foram muitos, que aqui trabalharam, e hoje ocupam lugares de relevo, na comunicação social, e em outros setores. Sinal de que o O.P. é uma Escola, de vida e de jornalismo. Naturalmente, este reconhecimento envolve todos os trabalhadores, peças essenciais de um trabalho coletivo. 2. O aparecimento do Opinião Pública, no início dos anos 90, provocou um abalo sísmico na sociedade famalicense. Ter a ousadia de defender uma gestão empresarial para um jornal local, era ao tempo, um ato revolucionário, questionando tudo o que se fazia à volta. Tanto mais, que o modelo organizativo assentava numa base plural, em que os sócios fundadores eram oriundos das mais diversificadas áreas e correntes ideológicas. Além do mais, à gestão empresarial, necessariamente voltada para o mercado, adicionou-se-lhe um corpo redatorial composto por jornalísticas profissionais, garantindo a independência e a imparcialidade da informação. Estamos, sem dúvida, perante um projeto diferente e inovador, que ainda mais se evidencia ao potenciar uma empresa multimédia, juntando um jornal a uma rádio, ambas abrigadas na empresa Editave. Gerir dois órgãos de comunicação social de forma integrada – posteriormente ampliada à TV – até as regras do bom senso o aconselhavam. Juntar duas redações, à época cheirava a blasfémia. Mas, foi o que aconteceu, pese embora as dificuldades e controvérsias, e os cânones das escolas de comunicação social. Tivemos razão antes do tempo! Esta era uma época de grandes mudanças e contradições, com Portugal e,

Artur Sá da Costa, diretor convidado em particular, o Vale do Ave a sofrer o choque da entrada na Comunidade Europeia, que se abatia sobre a indústria têxtil, provocando desemprego e pobreza. O O.P. nasce no meio deste turbilhão de movimentos e interesses contraditórios, que foram noticiados, sem deixar de perder a esperança. Fezse o que nos dias de hoje se apelida “história do presente”, uma fonte imprescindível para a historiografia. Existe ainda outro plano que evidencia o papel transformador do O.P. Podemos orgulhar-nos de fazer parte de um movimento libertador do centralismo informativo nacional. Somos parceiros da revolução provocada pelas Rádios Locais, ao dar voz às localidades e às regiões, pondo fim aos monopólios das rádios e jornais nacionais. Libertamos a informação local da tutela centralista, seja Lisboeta ou Portuense. Ganhamos autonomia informativa e passamos a pertencer à “Aldeia Global”, dando identidade às comunidades locais. 3. Para o fim, sinal de que não me esqueci, lembro os companheiros iniciais desta aventura, sonhadores e construtores, que ombrearam este projeto. O que mais admirei em todos foi a crença de que haveria sempre uma forma de ultrapassar as dificuldades, sentindo-as como conjunturais. E depois de vencer a última crise – aqui não resisto a lembrar o Feliz Pereira - pensar no futuro. Mas, o que prevalece e retenho na memória do tempo é a Amizade!


O passado é já ali… e o futuro também

Primeira edição do OPINIÃO PÚBLICA Com as fotos da redação nas mãos de há 20 ou mais anos, tentamos identificar-nos por entre aquelas pessoas com quem envelhecemos. Numa expressão romanceada, vemos o tempo fugir-nos como que areia por entre os dedos. Rimos de nós próprios, temos saudades dos colegas que já não estão e dos momentos em que éramos outras pessoas. Basta olhar as fotos com atenção e vemos, de facto, outras pessoas. E com isto não há qualquer tipo de lamentação pelos cabelos brancos que, entretanto, cresceram, as rugas que surgiram, o peso extra, as preocupações com os filhos… Não há lamentação porque tudo isto significa uma evolução. Sim, evolução. Aliás este texto é sobre evolução. A vários níveis. Há pouco mais de 20 anos tudo era muito diferente e sinto, cada vez mais, orgulho de ter vivido essa diferença. Todo o sistema informático era muito mais lento, os computadores funcionavam dia sim, dia não, gastávamos um rolo de fotografias (se está a ler este texto e não sabe o que é um rolo de fotografias pergunte ao membro da família com mais de 30 anos) e só se aproveitava uma, na melhor das hipóteses duas fotos. Ah e tínhamos que mandar revelar as fotos, para as escolher, depois digitalizar e só depois publicar. Para a nova geração esta é a melhor parte: os telemóveis eram gigantes, tinham teclas gigantes e serviam apenas para telefonar e, na melhor das hipóteses, escrever mensagens. Fotos? Filmes? Ligação à internet? Nada disso. A paginação era muito mais lenta, preocupante, causava ansiedade. O fecho dos jornais era, semana sim, semana sim, muito

tardio. As páginas eram revistas e impressas num papel próprio (fotolito) e levadas à gráfica. Nos dias de hoje o processo é feito, quase todo, à distância e a rapidez da internet terminou com as deliciosas viagens (descritas pelo próprio) do José Clemente a Vigo. Como se trata de um exercício de memória, relembro um tempo, a esse nível, muito mais complicado. Mas relembro também que, apesar de todas as dificuldades, o também meu jornal OPINIÃO PÚBLICA, nunca falhou uma edição. É algo muito emocional e só quem faz com que este jornal seja publicado todas as semanas, sem falta, é que o sente desta forma, e lembro-me imediatamente da Cristina Azevedo, que sei partilhar comigo esta emoção. Por isso, estes 30 anos, para além da história de um projeto inovador, fresco, arrojado, também representam a história de um grupo de pessoas que cresceram/envelheceram juntas, são jornalistas, adoram o que fazem, que sentem o jornal como seu. Volto à evolução. Passados mais de 20 anos, houve uma evolução tremenda e, apesar dos nossos cabelos brancos, tivemos e temos a capacidade de nos adaptar às novas tecnologias, às novas realidades que a geração digital impõe. Mais do que aquela que nos rodeia e que é física, hoje sublinho a evolução das pessoas. De todos aqueles que, mesmo trabalhando aqui há 30 anos, ajustaram-se, desafiaram-se e representam a verdadeira evolução. A mais importante. A das pessoas.

Carla Alexandra Soares, jornalista

opiniãopública: 21 de julho de 2021

ESPECIAL

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ESPECIAL

A revolução do Vale do Ave

opiniãopública: 21 de julho de 2021

As grandes manchetes de há 30 anos

Emilia Monteiro, jornalista Nos últimos trinta anos, houve de tudo: novas empresas e falências há muito anunciadas; autarcas emergentes e divergências políticas inesperadas; demolições, construções e obras adiadas; mais poluição e mais despoluição; casamentos e divórcios, nascimentos e mortes e um sem fim de acontecimentos que, escritos em letra pequena, podiam decorar uma obra de arte semelhante à que homenageia o Poder Local e que está patente nos jardins dos Paços do Concelho. Vila Nova de Famalicão, para o bem e para o assim-assim, nunca seria o que é atualmente sem a irmandade dos concelhos do Vale do Ave. A ideia de que ‘juntos somos mais fortes e podemos ir buscar mais dinheiro à união europeia’ que norteou os autarcas que criaram a Associação de Municípios do Vale do Ave (AMAVE) mudou, para sempre, os destinos dos territórios pobres, poucos instruídos e economicamente dependentes da

indústria têxtil. Em Famalicão, o presidente Agostinho Fernandes, (autarca entre 1982 e 2001), conhecido como sendo um homem de e com cultura, foi o primeiro, literalmente, a enterrar dinheiro. A água e o saneamento a par com a despoluição do Rio Ave e dos seus afluentes e a limpeza do leito e das margens, transformaram-se no Alfa e no Omega do investimento. E, dezenas de anos depois, a verdade é que são muito poucas as casas que não têm água canalizada e que não tratam os esgotos. Com a construção de parques industriais que tiraram as fá-

bricas das margens dos rios, a drenagem do leito e das margens, os caudais voltaram a ter vida e até já se pesca no Ave. A Revolução do Ambiente não estaria completa sem a recolha de lixo doméstico e sem a rede de separação de resíduos. ETRSU - nem fábrica de lixo, nem fábrica de perfumes Foi por causa do lixo que Famalicão viveu um dos momentos mais agitados. A construção da Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (ETRSU) entre

Riba de Ave e Lordelo, mostrou que Riba de Ave ainda sabia como se lutava e que o facto de ter sido o berço da indústria têxtil e das lutas sindicais, bem como um ‘feudo’ do Partido Comunista Português, estava no sangue da população. O incansável Miguel Lopes, presidente da junta local, agregou pessoas, partidos e organizações contra a “fábrica de lixo” mas Parcídio Summavielle, presidente da AMAVE (e autarca socialista de Fafe) tinha do seu lado o apoio institucional e os milhões europeus. »»»»»»»»»»»» (continua) pub


opiniãopública: 14 de julho de 2021

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ESPECIAL

opiniãopública: 21 de julho de 2021 pub

«««««««««« A ETRSU foi construída entre muitos protestos, nunca foi uma “fábrica de perfume” como alguém anunciou na altura e, ao longo de décadas, tem tido grandes obras de melhoramento para evitar danos na população que vive lada a lado com a estação de tratamento de lixo. E foi no contexto do avança-não-avança da ETRSU que Miguel Lopes me ensinou algo muito importante. Estávamos próximos do dia um de abril, o dia das mentiras e telefonei ao presidente da Junta de Riba de Ave pedindo-lhe para colaborar na “mentirinha”. A ideia era fazer uma notícia para a Rádio Vila Nova e para o Jornal Opinião Pública dizendo que as obras da ETRSU estavam “paradas”. Miguel Lopes não só não concordou com a ideia como, furioso, explicou aos jovens jornalistas que “com as lutas do povo” não se brincava. pub

Morte e ressurreição têxtil Não há quem não se lembre da fábrica Carides, em Pousada de Saramagos. Foi, talvez, a primeira grande empresa de Famalicão a agoniar durante anos, com várias administrações, processos de insolvência e afins. Em 1992 ainda havia cerca de 500 trabalhadores, sobretudo mulheres, com salários em atraso. Hoje, em 2021, já com os processos todos encerrados, há ex-trabalhadores que nunca receberam todos os créditos a que tinham direito. A têxtil tradicional, envelhecida, sem qualificações e com salários miseráveis atravessou uma crise profunda. O trabalho infantil traçou o destino de muitas crianças e de outras tantas famílias. E quem, na casa dos 40 anos, não tem uma amiga de infância que começou antes dos 15 anos a

trabalhar numa confeção ou um amigo que, com a mesma idade, foi trabalhar para as obras? Também nesta área a Europa investiu na requalificação técnica das fábricas, na formação profissional de milhares de pessoas e na clarificação de outras áreas de negócio para além da fiação e da confeção. Em Famalicão, nasceu o Citeve, o Centro Tecnológico para a Indústria Têxtil, a que alguns chamaram um “elefante branco”, mas que foi fazendo caminho junto das empresas. Em 2020, o Citeve tornou-se garante da qualidade das máscaras usadas durante a pandemia. De um modo geral, as famosas “confeções de garagem” fecharam, os “patrões” transformaram-se em “empresários” e a aposta deixou de ser apenas nos preços baixos e passou a assentar na qualidade da matéria-prima, no requinte final e, nos últimos tempos, os têxteis têm também de ser amigos do ambiente e ecológicos. Aos têxteis lar, juntaram-se os têxteis técnicos e, com a ajuda competente do Citeve, os produtos “made in Famalicão” agora conhecidos e comprados em todo o mundo. Quanto aos salários, vá lá, continuam baixinhos, baixinhos! #SomosTodosSantaFilomena# As páginas do Opinião Pública não ficaram indiferentes à demolição da Capela de Santa Filomena, em Mouquim. Em 1992 a capela veio mesmo abaixo porque, alegadamente, e ao contrário da crença popular, “Santa Filomena não era santa”. Independentemente da religião, o derrube da capela para que fosse possível murar uma quinta é o exemplo, com ligeiros ajustes, »»»»»»»»»» (continua)


opiniãopública: 21 de julho de 2021 «««««««««« de algumas obras que se vão fazendo aqui e ali. A preservação do património (histórico, industrial ou religioso) continua a ser muito frágil e a moda de deixar de pé as fachadas dos prédios antigos já fez correr muita tinta. Voltando à religião, Famalicão sempre esteve representado ao mais alto nível na hierarquia católica. Desde o Cardeal Cerejeira, natural de Lousado, amigo fiel de António Oliveira Salazar, até a D. Jorge Ortiga que, nascido em Brufe, é Arcebispo Primaz de Braga ou a Monsenhor Mário Rui Oliveira, natural de Joane, ministro do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, são muitos os padres que na igreja, na cultura e na solidariedade social escreveram e escrevem a história famalicense. Autarquias e autarcas Centenas de presidentes de junta, deputados municipais, deputados na Assembleia de República e no Parlamento Europeu foram notícia, pelas mais variadas razões nos últimos trinta anos. Alguns como Nuno Melo, Jorge Moreira da Silva, Nuno Sá e Jorge Paulo Oliveira começaram a ser notícia nas juventudes partidárias e continuam a ser notícia. Uns, mais que outros, não esquecem a Terra-Natal mas, em consciência, todos afirma ter “Famalicão no Coração”. Em termos camarários, a autarquia famalicense deixou de ser um feudo socialista para passar a ser um feudo social-democrata, com a leve participação do CDS. Desde o 25 de Abril de 1974, pelos Paços do Concelho passaram Pinheiro Braga (1974/1976), José Carlos Marinho (1976/1979), Antero Martins (1980/1982), Agostinho Fernandes (1983/2001), Armindo Costa (2002/2013) e Paulo Cunha, eleito em 2013 e, para já, invencível nas urnas. Os últimos três autarcas foram os mais escortinados. A imprensa local, com o Opinião Pública de charneira, fez caminho, ganhou assinantes e leitores em todas as freguesias e a população estava cada vez mais atenta. Agostinho Fernandes, numa análise feita agora, com uns anos de

distância, terá sido o primeiro autarca que interagiu, lado a lado, com a população. A Câmara deliberava, mas a população conhecia os seus eleitos e fazia-se ouvir. Mas o poder desgasta e as guerras, mais ou menos publicas dentro do PS, juntamente com a novidade da candidatura de Armindo Costa, um independente, empresário de sucesso e aparentemente com capacidade financeira para fazer uma grande campanha eleitoral, conquistou a maioria dos votos. O PSD começou a percorrer um caminho de glória e o PS começou a percorrer uma via-sacra que ninguém arrisca dizer quando terminará. Em 2013, o advogado Paulo Cunha sucedeu a Armindo Costa e, embora ainda pudesse ser eleito para mais um mandato, cedeu o lugar a Mário Passos, até agora vereador, estendeu-lhe a passadeira vermelha, abriu alas e comprou os foguetes para que Passos seja eleito (sem grande esforço) presidente da câmara. De uma forma geral e em jeito de balanço, poder-se-á dizer que com Agostinho Fernandes (com a AMAVE e o dinheiro da Europa), fizeramse as grandes obras de infraestruturas embora a paixão do autarca socialista fosse a Cultura. Armindo Costa consolidou as obras estruturais e, tal como gostava de afirmar, trabalhou para a economia da região. Paulo Cunha teve liberdade para dar urbanidade a Famalicão mesmo que, para tornar mais urbana a Praça D. Maria II, tivesse que cortar as mais belas árvores da cidade. Claro que, todos sabemos, serão plantadas outras árvores, mas, daqui a quantos anos teremos a mesma sombra? Depois de suprimidas as necessidades básicas, é preciso trabalhar para a qualidade de vida da população. Os últimos anos também têm sido de fartura para o Famalicão. O Fama voltou às vitórias e ao estádio cheio. A pandemia fechou os estádios e a equipa vacilou durante uns tempos. Mas não há nada que os adeptos não mereçam. E o FC Famalicão voltou a encontrar o caminho.

ESPECIAL

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Mensagens “Celebrar um aniversário é agradecer o tempo vivido e ao mesmo tempo ter a coragem da humildade perante o futuro. Que o jornalismo de proximidade, de contacto direto com as pessoas e com as realidades mais difíceis ou esquecidas da sociedade, possa ter acolhimento nas expectativas daqueles que constituem todos os sectores sociais, culturais, políticos e religiosos. Nenhuma notícia será demais se estiver encarnada pela coragem da humildade”. P.e Francisco Carreira, Acipreste de Famalicão “Opinião Pública, eis um nome que faz jus ao serviço público. Num tempo marcado pelo disseminar da desinformação, ou antes, como é extensamente conhecido por todos nós, das Fake News, a confiança num jornalismo de referência e qualidade, como é o caso do Opinião Pública, faz-nos acreditar que é possível continuar a acreditar numa imprensa que cumpra, efetivamente, o seu papel na sociedade.Na comemoração do trigésimo aniversário, é com muito gosto que escrevo este breve depoimento para felicitar o Opinião Pública, pois não terá existido, nos últimos anos, tempo mais importante para o jornalismo, de qualidade, claro, que o tempo que hoje vivemos, em que a informação de qualidade é não só essencial como também urgente. Que contemos trinta mais! Bem-haja”. Bruno Alves, comandante dos BV Famalicenses pub


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Uma história trágico-cómica com meio século

ESPECIAL

opiniãopública: 21 de julho de 2021

Por que é que não há Ensino Superior Público em Famalicão?

Artur Sá da Costa,

historiador

O Ensino Superior Público - universitário e politécnico – nunca interessou os autarcas e os dirigentes políticos, muito menos, às elites locais famalicenses, quer do Estado Novo, quer do Regime Democrático. Se não o temos no nosso território devemos perguntar-lhes. Em 1973, deixamos fugir por deserção a instalação de um Pólo da Universidade do Minho, repetindo o erro, por incompetência e sectarismo, em 2001 e 2002. O desprezo pelo Politécnico Público assemelha-se ao que votamos ao universitário. Recusamos receber o IPCA em 2005, vergando-nos à chantagem dos privados, que já cá estavam. Anuncia-se por estes tempos recentes que tudo vai mudar. Vamos esperar? Ou escolhemos a luta? Universidade do Minho ou de Braga e Guimarães? Em 17 de Fevereiro de 1974, o ministro da Educação Veiga Simão deslocou-se à cidade de Braga para dar posse à Comissão Instaladora e ao Reitor da Universidade do Minho, criada meses atrás pelo decreto-lei nº 402/73 de 11 de Agosto. Quis o ministro de uma forma simbólica selar a fundação da Universidade, que adotou o nome da Região do Minho, à qual V. N. Famalicão pertence. A visita ministerial durou dois dias, repartindo-se entre as cidades de Braga e

De acordo com o relato da Estrela do Minho, de 20 de Fevereiro de 1974, o presidente da câmara Dinis

d’Orey encabeçava o corpo das entidades políticas, escolares, culturais e empresariais concelhias. Guimarães. O programa foi meticulosamente preparado, englobando o município de Famalicão – Terra de Passagem – deixando subentendido que estava firmado um “compromisso político”, com contornos desconhecidos, que partilhava a Universidade pelas duas cidades. Nada estava adquirido em definitivo, ficando em aberto a

localização do Campus Universitário. Foi isso que Veiga Simão disse no seu discurso, esclarecendo que até lá as cidades de Braga e Guimarães iniciavam a reforma do ensino com novos cursos de bacharelato. Será uma longa batalha política, regional e nacional, agora iniciada, que só findará no Regime Democrático, fundado

pela Revolução de 25 de Abril 1974, no governo constitucional presidido por Mário Soares, através da Resolução de Setembro de 1976, que determina: “A criação de uma universidade de tipo bipolar para o Minho, com um Pólo em Braga e outro em Guimarães” (História da Universidade do Minho – 1973/1974, coord. Fátima Moura Ferreira, 2014). Por mais estranho e incompreensível que nos pareça o município de Famalicão não participou nesta contenda. Até aplaudiu o ministro! Nesta fase, agora iniciada com a posse da Comissão Instaladora, e na fase antecedente, quando se discutiu nos bastidores e no espaço público a natureza da universidade. A questão era equacionada desta forma: uma nova universidade, sem dependência das já existentes, ou a criação de cursos (mestrados, licenciaturas) dispersos por Instituições Educativas já em funcionamento. Não existem sinais de qualquer tomada de posição política, tanto a nível municipal, como pela ANP (Ação Nacional Popular). O plano de Veiga Simão apontava para a criação de três novas universidades fora das grandes urbes. A Região do Minho surgiu desde o início como uma das mais carenciadas, a qual reunia as melhores condições para receber uma daquelas unidades. Estava em marcha a Reforma da Educação, em fase de desaceleração, da ‘Primavera Marcelista’, ditada por razões de ordem económica e social, e não sustentada em princípios e valores democráticos. Como é possível entender que as autoridades locais, em particular o presidente da câmara em exercício Dinis d’Orey, e as instituições políticas, económicas, sociais e culturais, e as elites locais, se tenham alheado desta discussão pública verdadeiramente vital para o progresso e desenvolvimento do município, e em particular para os mais jovens, negando-lhes o acesso a uma formação académica de grau superior.

O princípio da Rendição Em boa verdade, o município de Famalicão não andava assim tão distante do cerimonial da vinda do ministro Veiga Simão ao Distrito de Braga. Aliás, o primeiro ponto do programa oficial envolvia as autoridad »»»»»»»»»» (continua) pub


opiniãopública: 21 de julho de 2021

ESPECIAL

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«««««««««« -es locais. Primeiro na receção da comitiva ministerial nos ‘limites do distrito’, junto à ponte do Rio Ave, em Ribeirão. O programa começa mesmo aí, com a presença das autoridades locais e distritais, entre os quais o Governador Civil, o famalicense Ascenção Azevedo. Os ribeirenses cumpriram a preceito, lançando foguetes e engalanando a ponte com dísticos de saudação, e desfraldando bandeiras com as cores do Clube Desportivo de Ribeirão, presenteando Veiga Simão com um ramo de cravos, e uma placa em prata! Se em Ribeirão o entusiasmo foi transbordante, em Famalicão o ministro foi “delirantemente aclamado em frente dos Paços do Concelho” (Notícias de Famalicão, 20 de Fev. 1974). A viagem decorria ao meio da tarde de um domingo, tendo o ministro à sua espera em Braga, na Sé Catedral, D. Francisco Maria da Silva, Arcebispo Primaz de Braga, para presidir a um Te Deum, antes de dar posse, no Salão Medieval da Biblioteca Pública, ao Reitor Carlos Lloyd Braga e à Comissão Instaladora da Universidade. A paragem em frente à câmara municipal de Famalicão não está explicitamente mencionada no programa, sendo uma de “várias paragens da comitiva para cumprimentar as autoridades, cortejos de populares, junto das estradas, reunindo gentes de todas as condições”. De acordo com o relato da Estrela do Minho, de 20 de Fev. de 1974, o presidente da câmara Dinis d’Orey encabeçava o corpo das entidades políticas, escolares, culturais e empresariais concelhias. Destacavam-se os diretores das escolas públicas (Liceu, Escola Técnica, Ciclo Preparatório) e dos dois Colégios (Externato Camilo Castelo Branco e Delfim Ferreira), bem como os grandes empresários, entre os quais, José da Costa Oliveira, António Nascimento de Carvalho, Francisco Dias Oliveira, além do banqueiro Cupertino de Miranda. O lugar da frente era ocupado pelo pessoal político, com realce para o presidente da ANP, Artur Melo, Luiz Folhadela de Oliveira (ex. depu-

tado) e Camilo de Freitas, deputado na Assembleia Nacional. As elites concelhias (todas) prostram-se à berma da estrada para saudar o ministro da educação, depois de o reverenciar à entrada do concelho, que vai a caminho de Braga plantar as raízes da Universidade do Minho, da qual somos banidos, e nem sequer perguntados. Viva o ministro Veiga Simão! 10 000 Mil contos por um canudo! Tanto entusiasmo porquê? O mistério desfez-se na manhã do dia seguinte. Veiga Simão reuniu-se, antes de se deslocar a Guimarães, com os presidentes de câmara do Distrito. Era a estratégia de sedução previamente definida. Segundo o relato do Notícias de Famalicão, Dinis d’Orey apresentou o trabalho de casa, pondo em evidência as carências crónicas do concelho em equipamentos escolares, sobretudo no Liceu e no Ciclo Preparatório. Aquele semanário, dirigido pelo Padre Guimarães, denunciava regularmente esta situação. No último balanço, de 18 de Maio de 1973, afirmava:” A lotação esgotada da Escola Industrial (1800 alunos, por ali funcionar a Escola Preparatória Júlio Brandão), o Liceu com carência de instalações, o pavilhão Gimnodesportivo que não passa das intenções”. Porém, o caderno de encargos do presidente da câmara voou baixinho, ignorando escandalosamente o ensino superior, a razão primeira, senão exclusiva da visita do ministro ao Minho. Obteve o que queria: “um tanque de aprendizagem de natação, e de uma Escola Primária Desportiva Piloto”, além dos subsídios para o Ciclo Preparatório Júlio Brandão (5 000 contos), 2 000 contos para o Ciclo Preparatório de Joane, 1 000 contos para obras no Liceu e outro tanto para um Pavilhão Gimnodesportivo. Diz o articulista do citado jornal: “Foram avultados, sem dúvida os subsídios concedidos a Famalicão”, sublinhando: “mais que a qualquer Terra do Distrito” (Notícias de Famalicão, 22 de Fevº de 1973). Sem dúvida que o município de Famalicão tinha um défice endémico de »»»»»»»»»» (continua)


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“A nova geração de líderes políticos viviam afogueados pela propaganda política, e andavam absorvidos na conquista de espaço partidário e de militantes...” «««««««««« (continua) equipamentos escolares, sobretudo a nível do secundário. Esta era a batalha de educação do nosso concelho conduzida, com décadas de atraso, pelo vereador e deputado Camilo de Freitas. Em qualquer caso, esta situação de indigência, não nos incapacitava, muito menos serve de desculpa para a falta de comparência no debate nacional sobre o ensino superior. Até porque, além do dever cívico-político, tínhamos a nosso favor fortes argumentos a esgrimir nesta importante e crucial batalha. O Notícias de Famalicão, de 28 de Dezº de 1973, em nota não assinada, não tem dúvidas em afirmar: “é aqui no nosso concelho que estão reunidas as condições para ser implantada a Universidade”. Foi a única voz,

apesar de lacónica, a quebrar este imenso e intrigante silêncio. Quem escutou esta lúcida e avisada análise? A classe política dirigente, as elites empresariais e culturais sem dúvida que a ignoraram. Por isso, as vimos aplaudir e abençoar à beira da estrada o ministro. Com esta atitude irresponsável: roubaram o futuro às jovens gerações. Por trinta dinheiros e promessas vãs, que o ministro nunca cumpriu! O combate que Famalicão perdeu por deserção O debate da reforma do sistema educativo protagonizada pelo ministro Veiga Simão faz parte do espírito reformista, da ‘evolução na continuidade’, do governo de Marcelo Caetano, sucessor de Salazar em 1968, que

atraiu uma nova geração de políticos, de tecnocratas e universitários, onde está Veiga Simão. Nesta fase, já muitos tinham abandonado o barco, nomeadamente Sá Carneiro. Este propósito reformista tomou conta das localidades e regiões do país, que ergueram vozes a expressar a sua importância para o desenvolvimento económico e sociocultural dos seus territórios e populações. Era inevitável. Começaram as pressões políticas junto do poder central, emergindo também as disputas e rivalidades regionais e intermunicipais. Neste particular Guimarães agitou-se precocemente, tendo como líder Duarte Amaral, uma figura destacada do regime, amigo de Salazar e de Marcelo »»»»»»»»»» (continua)

“Parabenizar o vosso trabalho ao longo destes 30 anos seria um lugar comum, por isso deixo o meu agradecimento pela dedicação com que todos os dias nos fazem chegar a informação e por nunca descurarem o associativismo, nomeadamente o escutismo. Faço votos de que continuem a desempenhar da melhor forma a vossa missão no contexto jornalístico e informativo.” Carlos Filipe Pereira, Chefe de Núcleo CNE Famalicão “A Fagricoop deseja ao Opinião Publica as maiores felicitações por estes 30 anos de existência. Parceiros desde sempre, recordamos com prazer, as inúmeras iniciativas conjuntas ao longo destes anos, destacando os habituais ‘Especiais Fagricoop’ publicados anualmente, por volta do dia da agricultura. Desejamos as maiores felicidades para o futuro e que esta parceria e amizade institucional se prolongue por muitos e longos anos”. Manuel Loureiro, Presidente Fagricoop pub


opiniãopública: 21 de julho de 2021 «««««««««« Caetano, e do próprio Veiga Simão, com raízes em Guimarães. A este ascendente Vimaranense, Braga contrapôs o Salazarista ‘ a tempo inteiro’ Santos da Cunha, presidente da câmara e Governador Civil, com via aberta nos corredores do poder, e figura prestigiada nos círculos do regime ditatorial. E Famalicão? Quem o defendia? Ninguém! Nunes de Oliveira, cabeça de lista dos deputados por Braga era um homem do Porto e não concordava com o projeto de Veiga Simão; Luís Folhadela de Oliveira, o rosto de Famalicão, com carreira de deputado na Assembleia Nacional, não herdou as capacidades de liderança do pai José de Oliveira. Enfim, entregamos a discussão deste crucial tema àquelas duas cidades do distrito. Entretanto, começaram a aparecer os estudos técnicos para sustentar os fundamentos das opções a tomar. E muitos foram, e, por estranho que pareça, alguns davam fortes argumentos a Famalicão. Surpreendente é o apagão total da opinião pública em território Famalicense. Todos se calaram e fingiram que não era com eles! Quando a questão central, a localização da própria universidade, estava por decidir. Aliás, o problema vai arrastar-se, sendo atravessado pela Revolução de 25 de Abril de 1974, que naturalmente introduziu na discussão novos cambiantes. Mas, paradoxalmente, não alterou o comportamento e a dinâmica da política local. A nova geração de líderes políticos viviam afogueados pela propaganda política, e andavam absorvidos na conquista de espaço partidário e de militantes. O ensino superior, e em particular a questão da Universidade do Minho escaparam às suas preocupações. E existiam condições favoráveis para trazer o debate para o espaço público. Lino Lima e Armando Bacelar eram figuras prestigiadas a nível nacional, e amigos de deputados e governantes. O Partido Socialista era maioritário, e alguns dos seus dirigentes pertenciam à Comissão Política Nacional, estando em condições privilegiadas para suscitar a discussão do problema. Mas nada foi feito, infelizmente. Não tenho memória de alguma vez se debater este caso nas assembleias semanais no MDP, nos meses iniciais após a Revolução do 25 de Abril. Segundo Rebelo Mesquita, como vimos, a câmara de Pinheiro Braga ignorou a questão. Também não existem registos de que José Carlos Marinho, o presidente da segunda Comissão Administrativa da câmara municipal, que lhe sucedeu, não desencadeou qualquer iniciativa. Ironicamente acabou por ser decidido num Conselho de Ministros ao qual Armando Bacelar pertencia. Fico com a impressão de que se dava o assunto por arrumado.

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“Mais grave que a falta de discussão pública, em contraste com o que acontecia em Guimarães e Braga, o mais chocante é a inércia do poder político e a apatia das Instituições socioculturais e económicas.” Na verdade, enquanto as aulas dos poucos cursos em funcionamento prosseguiam, a questão da localização da Universidade e, em particular a opção por um pólo ou dois vai ocupar os vários Governos Provisórios, com o debate a agudizar-se nos jornais de Guimarães e Braga. Entre nós, com a exceção do já referido artigo do Notícias de Famalicão, que todos ignoraram, só foram publicados outros dois, ambos no Jornal de Famalicão, um (indecoroso) de Jerónimo de Castro, em 20 de Março de 1976, que é contabilizado a favor de Guimarães, e outro, em 27 de Setembro de 1975 “A Universidade do Minho e os interesses de Famalicão”. Este aparece já na fase final do debate, ficando no ar a questão de saber porque é que Rebelo Mesquita não abriu as páginas do seu semanário

mais cedo. Não é difícil perceber que a motivação principal do artigo tenha como alvo o presidente da câmara Pinheiro Braga. A contra revolução fazia o seu caminho, e há muito que as forças de direita lutavam pelo seu afastamento. De qualquer modo, equaciona bem o problema, deslocando a discussão para o campo das capacidades e potencialidades económicas, em detrimento dos pergaminhos históricos, e desta forma retira a preponderância às duas cidades nossas rivais (Braga e Guimarães), as quais segundo diz o articulista “só terem jogado os trunfos dos faustos históricos e do turismo”, e nunca falando “no valor industrial, nem na potencialidade de qualquer uma dessas cidades, em confronto, por exemplo, com Famalicão”. O semanário de Rebelo Mesquita

identifica os trunfos do nosso município: “o quinto concelho do país em contribuição industrial, etc…”. Os mesmos argumentos que hoje usamos. Mas o Jornal de Famalicão não se fica por aqui. Põe o dedo na ferida - o erro em que caímos sempre - “Cabe à câmara municipal, mas muito principalmente, a todos nós quando a câmara volta as costas aos problemas mais capitais para o desenvolvimento concelhio, de se impor exigindo que a nossa terra e o seu concelho tenha de compartilhar no ‘rateio’ da Universidade. Enquanto é tempo lutemos por aquilo que merecemos sem favor”. Sinto que estamos aqui. Ficamos parados! Mais grave que a falta de discussão pública, em contraste com o que acontecia em Guimarães e Braga, o mais chocante é »»»»»»»»»» (continua) pub


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«««««««««« a inércia do poder político e a apatia das Instituições socioculturais e económicas. Não há registo de qualquer discussão pública sobre o tema, muito menos de tomadas de posição por parte dos agentes políticos, empresariais e culturais. Já vimos que nos faltou uma figura pública, com prestígio e influência, junto do poder central capaz de veicular os nossos legítimos interesses, suficientemente preparada para demonstrar as potencialidades instaladas no nosso território, que de resto estavam identificadas em alguns estudos técnicos (op. cit…). Esta inércia e indiferença estão datadas, confundindo-se com a mentalidade estadonovista. A questão pertinente é saber o que fizeram as gerações que assumiram o poder político após a Revolução de Abril.

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Meio Século de Cativeiro A avaliar pelas declarações do Reitor da Universidade do Minho Rui Vieira de Castro, está em marcha, vai para dois anos, a implantação de um pólo da Universidade do Minho no município de V. N. Famalicão, transformando a sua bicefalia numa “universidade multipolar”. Será que o tempo que vivemos é propício, e corre de feição a que a governação universitária e municipal tenha repensado o modo de ver o mundo e a sociedade? Ainda recentemente o ministro da Ciência e do Ensino Superior Heitor Rui, em visita ao Centro de Investigação e Inovação do Ensino Superior, instalado pela câmara municipal em Vale de S. Cosme, declarou que o Centro de Investigação e Formação, que a Universidade do Minho tem aí a funcionar, encontrou “um chão fértil” para a investigação, vincando ser “um caso feliz da relação entre a Universidade do Minho, a Autarquia e as Empresas da Região”. Nessa altura, o Reitor daquela Universidade proclamou: “ o objetivo é criar um verdadeiro Pólo universitário”. Já no ano anterior, noutra deslocação a Famalicão Rui Vieira de Castro declarara

que estamos a “construir a ideia de uma Universidade multipolar”, com uma presença mais forte em Famalicão. Tudo isto é novo, dir-se-ia, verdadeiramente revolucionário, quando comparado com as declarações e comportamentos dos representantes universitários e governamentais de 48 anos atrás. Chocante é o contraste assumido pelos autarcas da região nossos rivais, os quais jamais aceitariam dividir ‘ o bolo’ com terceiros. Já foi um psicodrama cortá-lo a meio. Agora, satisfeitos, calam-se! O volte-face ocorre também no edil famalicense Paulo Cunha. A prova está no protococo celebrado pelo município com a Universidade do Minho, em 9 de Julho de 2019, o qual abre as portas à implantação daquela Instituição em terras de Famalicão. É uma rotação de 180º. De facto, as novidades multiplicam-se. A Universidade reconhece a Câmara como “parceiro” para a “formação avançada”, a “investigação, o reforço e transferência do conhecimento”. As ideias estão concretizadas em cursos e laboratórios a funcionar em Vale de S. Cosme, no edifício da antiga Didáxis, entretanto desaparecida. O Reitor simbolizou esta mudança entregando a bandeira da Universidade ao Presidente Paulo Cunha. Todavia, a experiência avisa-nos que devemos ser prudentes. Uma coisa são as declarações do Reitor, outra é o que está vertido no protocolo. A verdade é que naquele acordo nunca se faz menção explícita à criação de um Pólo em território famalicense. Pelo que, faz todo o sentido perguntar. Querem ou não criar um Pólo Universitário, em áreas curriculares a definir, no município de Famalicão? Desenganemnos! Oportunidade Perdida Foi longo o cativeiro neste reino cadaveroso. Nem os mais pessimistas admitiriam que a exclusão em 1973, por ocasião da sua fundação, duraria tanto tempo. O mais penoso é saber que poderia ter acaba»»»»»»»»»» (continua)

“É sabido que as eleições autárquicas no final de 2001 conduziram à mudança político-partidária na governação do município (...). A passagem de testemunho impunha que fossem apresentados aos novos autarcas todos os assuntos pendentes. ”


opiniãopública: 21 de julho de 2021 «««««««««« -do mais cedo – duas décadas antes! Doloroso é ter que admitir, que só não foi assim por culpa própria. É uma pequena história que contada causa calafrios. Fez há dias 20 anos que um telefonema do Prof. Norberto Cunha, ao tempo ainda a exercer funções docentes na Universidade do Minho, deu-me conta de que o Instituto de Letras e Ciências Humanas, uma das Escolas daquela Instituição, aprovara a criação de cursos de mestrado e /ou de pósgraduações em Famalicão. Tudo estava avalisado pela Reitoria, e transmitido à câmara municipal. Fui a correr, julgo que ao Departamento do Urbanismo, informar o Presidente Agostinho Fernandes desta proposta. Não lhe mereceu mais do que um bocejo, que se traduziu numa notícia sem ênfase nos jornais locais poucos dias depois (Opinião Pública, 17 de Agosto de 2001). Para o autarca, desavindo com o PS e enfarinhado com a campanha eleitoral do seu movimento, a proposta da Universidade do Minho era mais uma, que se juntava à Universidade Lusíada e à CESPU (Escola Superior de Saúde do Vale do Ave). Quando muito seria um trunfo eleitoral! “Fica em stand bye” É sabido que as eleições autárquicas no final de 2001 conduziram à mudança político-partidária na governação do município, saldando-se o escrutínio eleitoral por uma maioria de representantes do PSD em detrimento do PS, no poder há duas décadas. A passagem de testemunho impunha que fossem apresentados aos novos autarcas todos os assuntos pendentes. É dentro deste enquadramento que endereço, em 30 de Janeiro de 2002 ao presidente da câmara, através da vereadora da cultura, uma informação descritiva da mencionada proposta da Universidade do Minho, a mesma que entregara meses atrás a Agostinho Fernandes, referente à criação do curso de mestrado e/ou de especialização na cidade de V.N. Famalicão, solicitando-lhe uma decisão. Existia a preocupação em não se perder mais tempo, para salvar o ano académico, e dar uma resposta à Universidade. No final da exposição vincava.” A adesão que estas iniciativas têm suscitado e as condições logísticas existentes permitem-nos com grande facilidade trazer esta mais-valia para a nossa cidade, for-

“Porém, subsistirá sempre a questão política decisiva: está previsto no acordo a criação em Famalicão de uma Escola Superior Técnica Profissional? O protocolo ignora o problema. Os propósitos são modestos.” necendo uma excelente oportunidade aos jovens e aos professores do concelho para se valorizarem pessoal e profissionalmente”. Aproveitei para desanuviar o ambiente: “não faremos concorrência a outras instituições, particularmente à Universidade Lusíada. As áreas dos mestrados e dos cursos de especialização em perspetiva voltar-se-ão para as Letras e Ciências Humanas”. O despacho, lacónico e não fundamentado, veio já iam passados dois meses: “para já fica em stand bye” (Informação, 30 de Janeiro 2002, Diretor do Departamento de Educação e Cultura”). Nada mais posso acrescentar. Estava impedido de contatar o presidente, e tanto quanto sei a Universidade ainda está a aguardar uma resposta! A Hora do Politécnico A história do ensino politécnico em Famalicão assemelha-se à do universitário. É de igual modo o primeiro a instalar-se. Em 1997 entra em funcionamento a Escola Superior de Saúde do Vale do Ave, propriedade da CESPU – Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, iniciando atividades escolares em instalações provisórias na cidade de Famalicão. Em 2004 inaugura um edifício novo, prosseguindo a sua missão no ensino das ciências e tecnologias de saúde. Quis o acaso da vida colocar o Prof. Norberto Cunha a presidir ao IPCA

(Instituto Politécnico do Cávado e do Ave), sediado em Barcelos desde 1994. Uma vez mais fui seu mensageiro, junto da câmara de Armindo Costa, transmitindo-lhe a disponibilidade do IPCA em lecionar pós-graduações em Famalicão. O caminho é impulsionado por um protocolo de cooperação celebrado em 2005 com a câmara municipal de Famalicão, pelo qual se comprometem em colaborar para criar nesse ano dois cursos de pós-graduação: informática para a saúde e redes de segurança informática, e a estudar a abertura de outras ações de formação e qualificação. As dificuldades e obstáculos em operacionalizar este acordo, que se limitava a disponibilizar duas pós-graduações, surgem de imediato e forçam a sua neutralização. É uma história triste, que serve de aviso a todos aqueles que se enganam nos amigos. É que a placagem, bem-sucedida, foi feita por gente que metemos dentro de casa: a Universidade Lusíada e a CESPU. A Lusíada foi a primeira a chegar a Famalicão em 1989, com as palavras tonitruantes do Prof. Martins da Cruz: “vamos criar uma grande Universidade Tecnológica Europeia”, e a CESPU em 1997, beneficiando ambas de amplos apoios por parte da câmara municipal. Quando tudo carrilava, para o ano letivo abrir, nas antigas instalações da CESPU, eis que ribombam os tambores dos privados, alegando

que as pós-graduações que o IPCA pretendia criar já as lecionavam. As pressões sobre a câmara obrigam Armindo Costa a convocar uma reunião com todos os interessados. O presidente cedeu o gabinete e acreditou que o bom senso e a diplomacia resolvessem o imbróglio. Armindo Costa estava presente, mas endossou a responsabilidade ao vereador Leonel Rocha. Mas logo se viu que o clima roçava a luta fratricida. A representante do IPCA esclareceu: “temos em alternativa outras ofertas”. A resposta foi mortífera e pôs fim à reunião, acabando com as veleidades diplomáticas: “estas, não possuímos, mas estamos a pensar em dá-las no próximo ano”, disseram a uma só voz os representantes das duas Instituições privadas. Estava arrumado o início das atividades do IPCA nesse ano. Em todo o caso, o boicote não impediu que no ano seguinte se principiasse a lecionar as duas pós-graduações, mantendo a da informática em saúde e substituindo a outra, pelos sistemas integrados de gestão (qualidade, ambiente e segurança). Por entre obstáculos e ciladas o ensino superior público dá os seus primeiros passos em Famalicão. Tem acuidade esclarecer que este impulso de trazer o IPCA para Famalicão sintoniza com o debate nacional em torno das transformações porque passava o ensino superior. A prova é que os ‘Encontros de

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Outono’ desse ano (2005) foram justamente consagrados à ‘Pedagogia e Educação em Portugal nos séculos XX e XXI’. Assistiu-se então a um vivo debate do papel das universidades e dos politécnicos ainda diferenciados no plano legal, mas a assumir na prática funções equivalentes no ensino e na atribuição de graus académicos. Este é um momento vibrante no qual a Universidade se movimenta e sai do casulo onde se deixou enredar, e onde os Politécnicos se aproximam das necessidades formativas dos quadros empresariais sem deixar de cuidar da investigação. Armindo Costa, empolgado afirma em conferência de imprensa: “Famalicão é um caso sério em matéria de ensino superior” (Diário do Minho, 16 Set. 2005). Uma Década depois O que mudou? Em 2018, foi anunciado publicamente que o IPCA ia para S. Cosme do Vale, ao abrigo de um protocolo celebrado com a câmara municipal, tendo em vista lecionar vários cursos Técnicos Superiores Profissionais, nas áreas de Gestão, do Design, da Tecnologia e da Hotelaria e Turismo. Este acordo de 20 de Dezembro de 2018 olha para o futuro e propõe-se estender a novas áreas, em 2020, em cursos e outras formações, como pós-graduações e seminários. Tudo isto assenta numa base assumida em que as duas partes pretendem aprofundar as relações entre si. Até onde? O acordo permite expandi-las até ao limite das formações exigidas pelas empresas. Porém, subsistirá sempre a questão política decisiva: está previsto no acordo a criação em Famalicão de uma Escola Superior Técnica Profissional? O protocolo ignora o problema. Os propósitos são modestos. Limitam-se a estender ao nosso município as capacidades das três Escolas instaladas em Barcelos. Nunca é mencionada a criação de uma Escola Superior Técnica em Famalicão. Há dias tudo ficou cristalino, quando a Presidente do IPCA, Maria José Fernandes declarou à Antena Minho, que em Setembro próximo abrirão duas novas escolas, a saber, a Escola Superior de Ensino Profissional, em Braga, e a Escola Superior de Hotelaria e Turismo, em Guimarães e acrescentou ou: “não queremos invadir, só oferecemos o que não existe” (Correio do Minho, 14 de Junho de 2011). »»»»»»»»»» (continua) pub


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«««««««««« Há aqui uma ressonância traumática antiga, que nos remete para as tentativas anteriores do IPCA em instalar-se em Famalicão. Se o recente protocolo celebrado com a câmara desanuviou a situação, deixa no ar interrogações e preocupações. Desde logo esta, até que ponto a sombra dos privados ainda ameaça a criação de um Pólo do IPCA em Famalicão. E porque é que fomos ultrapassados, uma vez mais, por Guimarães e Braga? Temos que ser claros. Não queremos uma extensão ou delegação do IPCA, mas a sede de uma Escola Superior Técnica, criada de forma institucional. É uma legítima reivindicação e um direito que nos assiste, e escapa há muito. Não esquecemos que o IPCA era para ser instalado no Vale do Ave, que só vicissitudes políticas invalidaram, tendo na altura os municípios do Vale do Ave contestado a decisão governamental, exigindo a criação de Pólos noutros concelhos (Público, 20 Set. 2004). Uma conclusão óbvia! O dia 17 de Fevereiro de 1974, de há quase meio século, festejado na estrada 14, junto da ponte do Ave, à entrada no nosso Concelho/Distrito de Braga, é uma das datas mais negras e trágico-cómica, com consequências catastróficas no progresso e desenvolvimento na história centenária de Vila Nova de Famalicão. Recuamos aos tempos arcaicos da era medieval, reverenciando quem não escolhemos para nos representar, e que nos tratou com um estatuto de menoridade. E tivemos a desfaçatez, o que nos deve envergonhar, de vender o futuro das novas gerações, amputando-lhes o sonho de ter acesso a uma Escola Superior Pública, hipotecando o progresso e o devir da comunidade a que pertencemos. Por 10 000 contos! Sem perdão! Com esta atitude demissionista, agravamos o declínio do nosso desenvolvimento sociocultural, científico e económico, aceitando simultaneamente, um estatuto de desigualdade, anacrónico e sem sentido a nível regional. Sem desculpa! Não aprendemos com os erros. Pelo contrário, persistimos em repeti-los, umas vezes de forma dramática, outras a tender para o cómico. Tal como esta geração do final da ditadura Salazarista, que perdeu a batalha da Universidade, já a geração de Álvaro Marques, do final da Grande Guerra viu fugir-lhe por entre os dedos das mãos a Escola Técnica. Famalicão foi dos últimos concelhos à nossa volta a tê-la. Cometemos sempre o mesmo erro estratégico, ora por falta de visão, ou por incompetência, quando não por subserviência de que a vassalagem

a Veiga Simão bem ilustra. Exibimos uma superioridade moral, esgrimindo sempre os mesmos trunfos económicos, territoriais e populacionais, sem dúvida necessários, mas não decisivos, como a história demonstra. Esquecemos que os outros também têm os seus argumentos. E, sem darmos conta, falhamos sempre na questão central, a falta de liderança e de influência política, menosprezando a capacidade de mobilização da sociedade, através de uma opinião pública informada e esclarecida. Em todos estes processos existe um denominador comum que nos deve preocupar, e com o qual devemos aprender. Não me refiro à argumentação apresentada, sempre repetida, com as naturais adaptações ao contexto económico, social e empresarial, que agora reza: um tecido empresarial moderno em expansão e tecnologicamente avançado, carente de mão-deobra qualificada, ou não fosse o concelho o maior exportador do Norte de Portugal e o terceiro a nível Nacional. Voltamos sempre ao mesmo, rodopiando sobre nós próprios. Fica sempre para trás a ausência de visão estratégica e de liderança política, evidenciando uma carência gritante de confiança em nós próprios, nas nossas capacidades e direitos. Vivemos por antecipação a angústia e o medo de não sermos tratados com equidade e justiça. Acima de tudo falta-nos memória histórica, sobretudo dos genes fundacionais da autonomia municipal conquistada em 1835, enraizada numa persistente e longa luta política, suportada em movimentações populares, agregando todas as freguesias do concelho. Por essa altura, já nos queixávamos que pagávamos impostos a mais a Barcelos. Por isso recusamos fazê-lo. E fomos escutados. Como aconteceu na I ª República, quando a vereação de 1919 reivindicou e pôs em funcionamento na Vila uma Escola Primária Superior (afinal tivemos uma Escola Superior, não nos faltavam pergaminhos históricos). E, pouco depois, perante a sua extinção por parte do governo, não se resigna, protesta, e mantem em atividade a expensas suas a Escola. A Escola Primária Superior reabriu, com uma Secção Técnica e uma Secção Comercial. Morreu às mãos do ditador Salazar. Sobreviveu a combatividade, e a expressão do idealismo da geração republicana na crença do poder transformador da educação. Estes exemplos integrantes do nosso percurso histórico servem de ensinamento e de inspiração. Sempre que a liderança política e a mobilização social não desertaram os nossos desígnios e objetivos coletivos foram alcançados.

Mensagens “Os 30 anos passados mostram que tudo valeu a pena, não só pela história construída, mas também por todas as notícias escritas em cada edição semanal. Por ser importante informar, despertar a curiosidade e promover a leitura do mundo que nos rodeia. Nunca foi tão fácil ter acesso à informação, mas a experiência dos anos traz credibilidade. Importa projetar um futuro onde exista sempre lugar para o rigor informativo, para uma reputação presente no trabalho desenvolvido por jornalistas e colaboradores. Uma capacidade para fazer a diferença, investigando e procurando os factos. O jornal Opinião Pública deve procurar honrar o seu já significativo passado, recorrendo à sua capacidade de inovar e se adaptar aos novos tempos. Em nome da Direção a que presido e dos restantes Órgãos Sociais da ACIF - Associação Comercial e Industrial de Famalicão, quero felicitar diretores, funcionários e colaboradores do jornal Opinião Pública pela comemoração do 30.º aniversário, renovando os votos para que prossigam o trabalho positivo no tratamento e divulgação noticiosa do concelho e da região”. Fernando Xavier Ferreira, presidente da Direção da ACIF

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30 anos a marcar Famalicão! opiniãopública: 21 de julho de 2021

Mensagens “Em nome do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco, deixo uma palavra de apreço a toda a equipa do Jornal Opinião Pública que, semana a após semana, de forma empenhada e profissional, com enorme dedicação à região onde está inserida, nos transmite informação de qualidade. Parabéns a todos seus profissionais e leitores, com um forte de desejo de continuidade ao serviço da comunidade. Sei que podemos contar com o Jornal Opinião Pública para, em parceria, continuarmos a formar e informar os cidadãos Famalicenses como atores ativos na senda do progresso e da afirmação do concelho de Vila Nova de Famalicão, na vertente empresarial, cultural, artística e desportiva”. Carlos Teixeira, Diretor do AECCB "São 30 Anos de boa comunicação. Caminhada que o Jornal Opinião Pública percorreu ao lado da Escola Profissional FORAVE. Partilhamos e privilegiamos os mesmos valores: responsabilidade, transparência, honestidade e qualidade. Queremos prestar o nosso sincero agradecimento ao Jornal Opinião Pública pela colaboração prestada, na divulgação e promoção da marca FORAVE e desejar a toda a equipa um futuro com muito sucesso." Manuela Guimarães, diretora executiva FORAVE “A vida faz sentido se colocarmos ao serviço dos outros tudo o que de mais essencial eles precisam, sendo que a informação transparente, aberta e verdadeira, não pode deixar de se enquadrar numa necessidade básica do povo. A missão e os valores a que nos propomos atingir e a praticar, sem desvios, leva a que possamos perdurar no tempo, disso é prova os longos 30 anos que o Jornal Opinião Pública vai refletindo nos leitores, não só deste Concelho como em todos os outros aonde a sua informação chega. Muitos parabéns à Instituição, aos seus Dirigentes e aos seus funcionários.” Salazar Coimbra, Presidente da Direção Executiva e Diretor Clínico da SCM Riba D´Ave

Em 1991, ainda não havia Internet em Portugal; começavam a surgir os primeiros telemóveis e as redes sociais não faziam sequer parte da imaginação dos mais criativos. Não foi assim há tanto tempo! Foi há 30 anos, mas o mundo como o conhecíamos deixou de existir. A sociedade vivia uma época de transição para o global e a televisão era considerada por muitos como uma das principais formas de entretenimento. Aos jornais cabia o papel de proporcionar a informação, o conhecimento, a reflexão, o debate de ideias. Foi a 17 de julho de 1991 que nasceu o jornal Opinião Pública, em Vila Nova de Famalicão, um projeto inovador na altura na imprensa local. Na passagem do 30.º aniversário do jornal Opinião Pública, fui desafiado a escrever um artigo, abordando o período em que estive à frente dos destinos da Câmara Municipal de Famalicão, isto é, os últimos oito anos. É conhecida e reconhecida a importância que os jornais locais têm na divulgação dos acontecimentos da terra pela proximidade aos territórios e aos cidadãos. Mas, mais do que isso, os jornais locais são criadores de massa crítica, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento da comunidade local, tornando-a mais informada e vinculada às suas raízes. Durante estes últimos anos, Vila Nova de Famalicão registou um enorme desenvolvimento a nível social, económico, cultural, desportivo e ambiental. Tudo isso está inscrito nas páginas do Jornal Opinião Pública, que semanalmente dá eco do que se passa no concelho. Com a criação do Programa Famalicão Made IN exponenciamos a performance económica do concelho, valorizando o estatuto de terceiro município mais exportador de Portugal. Promovemos a genética empreendedora, captamos novos investimentos e ajudamos os empresários e empreendedores no desenvolvimento dos seus projetos empresariais. Vimos, por diversas vezes, o nosso esforço reconhecido com a atribuição de distinções nacionais e internacionais como por exemplo o prémio de Município do Ano, Autarquia Familiarmente Responsável; Município Amigo do Desporto; Amigo do Ambiente, entre outros. Inaugurámos obras importantes para a qualidade de vida dos famalicenses e iniciamos muitas outras. Apostámos na juventude, permeamos o talento e dedicação dos famalicenses no desporto, na educação, na cultura e em tantas outras áreas. Projetamos Famalicão a nível nacional e internacional.

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Paulo Cunha,

Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão E, enfrentamos uma pandemia, com todas as dificuldades que isso nos trouxe. Adaptamo-nos, alteramos as prioridades e encaramos os problemas colocando sempre em primeiro lugar Famalicão e os Famalicenses. Hoje, Vila Nova de Famalicão é um território coeso, solidário, resiliente, otimista, orgulhoso da sua história e das suas gentes. E para isso, muito tem contribuído o trabalho diário da equipa do Jornal Opinião Pública! Porque o trabalho de um jornal local também é este: unir a comunidade em torno da sua identidade e da memória coletiva! Parabéns Opinião Pública! pub


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Uma força do bem para a comunidade

Uma história com grande impacto na nossa vida 30 anos do Setor Social mudaram Famalicão

Manuel Araújo, Presidente IPSS Há trinta anos, as ruas enchiamse de crianças, a várias horas do dia, no caminho da escola. Não havia felizmente a escola a tempo inteiro. Ambos os pais trabalhavam, mas as avós faziam a sua vida mais por casa. Nesse tempo, muitos dos mais pequenos tinham começado a experimentar as primeiras creches e jardins de infância. A família era um lugar onde se criavam laços e memórias que ligavam as pessoas. Há três décadas, os avós viviam perto dos netos e da família, contavam com ela na velhice, e não precisavam de tantos cuidados do sistema formal como agora. Falava-se e conversava-se muito mais, cara a cara. A saúde mental das crianças e dos adultos era bem melhor do que é hoje, num mundo onde as pessoas vivem afetivamente mais distantes, apesar da expansão fulminante das tecnologias da comunicação.

“Há trinta anos, as ruas enchiam-se de crianças, a várias horas do dia, no caminho da escola. Não havia felizmente a escola a tempo inteiro. Ambos os pais trabalhavam , mas as avós faziam a sua vida mais por casa. (...). A família era um lugar onde se criavam laços e memórias que ligavam as pessoas”. Hoje, relacionamo-nos menos com os outros Parece contradição, mas hoje relacionamo-nos menos com os outros. No mundo, cresceram os urbanitas que conhecem mal ou não confiam no vizinho e não experimentaram a forma como os avós enfrentavam uma aflição ou um tempo de aperto. Como, numa aldeia ou num bairro, se dava a mão, como se entreajudavam, como ali sobressaiam os sentimentos... Neste período de três décadas, mudou o número, a relação e a forma de vida das crianças e das pessoas idosas nas famílias e na sociedade. E também mudou o foco e as prioridades das instituições sociais em Famalicão que refletem essas mes-

mas mudanças. O Estado agigantou-se funcionando como seguro social, mas tornou-se pesado e nunca resolverá tudo. Comecemos no ponto de partida. Durante a década de 80, alguns famalicenses associaram-se e criaram as primeiras instituições nascidas da comunidade, projetos cuja motivação era o bem comum – foi a época dos primeiros centros sociais. De 1990 a 2005, no concelho de Famalicão, a ação principal desenvolve-se à volta dos equipamentos para a infância: os ATLs, as Creches e os Jardins de Infância, num movimento inicial que incluiu as associações de pais que criaram os primeiros serviços para as crianças com deficiência.

O Setor Social foi a base da Rede Nacional do Pré-escolar As instituições sociais começaram, nos primeiros quinze anos deste período de três décadas, por construir modernos centros de educação para a infância. Não fosse o terceiro setor onde se integram as IPSS, o país não teria sido capaz, com um custo de investimento reduzido para o Estado, de ter criado, em pouco tempo, uma rede de educação pré-escolar. A qualidade do pré-escolar do setor social é reconhecida pelo Governo de António Guterres e, em 1997, foi a base da Rede Nacional do Pré-Escolar (no país, os jardins de infância públicos eram poucos e de má qualidade construtiva). A Lei

aprovada garantia que o valor a pagar pelos pais pelo serviço de apoio à família (almoço e prolongamento de horário) seria o mesmo, quer o jardim de infância fosse social ou público, assegurando assim o Estado às famílias o princípio da igualdade de oportunidades (art. 7º do Dec. Lei nº 147/97). O Município de Famalicão, por essa altura, decidiu intervir no setor do Pré-Escolar, através da gestão direta de serviços de jardim de infância. Num primeiro momento, usou espaços que raramente cumpriam as normas nacionais, instalados em cantinas ou em anexos de sedes de Juntas. O dinheiro abundante da árvore europeia levou, »»»»»»»»»» (continua) pub


opiniãopública: 21 de julho de 2021 «««««««««« entretanto, à sua melhoria, mas também à construção de jardins de infância municipais, em locais onde não eram necessários, pois, à época, já não havia crianças que os justificassem devido à diminuição da natalidade. Devido inicialmente à má qualidade dos seus equipamentos, o Município decidiu não cobrar o valor previsto na Portaria 300/97 para a componente de apoio à família, não assegurando assim o Princípio da Igualdade de Oportunidades. Ao não cobrar esse valor (idêntico ao que a legislação mandava o setor social aplicar), a Câmara passa a descriminar mais de mil e quinhentas famílias que frequentavam os jardins de infância das instituições sociais e que faziam parte da mesma Rede Nacional do Pré-Escolar que o Governo tinha garantido por Lei que deviam ter tratamento idêntico. O mal está feito, não há nada a fazer? Ao rever-se a história dos trinta anos do setor social, esta falha, com consequências, não deve passar sem realce. Na época, nem foi preciso esperar muito. Já em 2010, a taxa de natalidade no concelho diminuíra mais de 10%. Qual foi o seu efeito? Em Famalicão, os estabelecimentos do pré-escolar público, nesse período, tiveram uma queda de 14% na frequência, enquanto os jardins de infância do setor social ficaram-se apenas por uma diminuição de 4,5% de crianças. Grande paradoxo! Se os pais pagavam menos na rede pública porque é que foi aí que diminuiu mais o número de crianças? Deveria ser o contrário! O que acontece é que as famílias quando escolhem um jardim de infância não olham apenas ao custo, mas também ao tipo de serviço, incluindo os horários de abertura e de fun-

cionamento durante todo o ano. As famílias de mais baixos rendimentos preferiam as IPSS porque era mais conveniente e aí pagam o que é justo – a mensalidade é proporcional ao rendimento das famílias de acordo com a Lei –, mas com a vantagem de terem um serviço mais completo. O resultado da decisão camarária de não cobrar o mesmo valor foi uma transferência, sem causa meritória, ao longo de 15 anos, de mais de 7 milhões de euros para as famílias com rendimentos mais elevados do concelho. Este caso, na área da infância, demonstra a resiliência, apesar das dificuldades causadas ao setor social em Famalicão pela concorrência desajeitada do Município. Contudo, a importância das instituições sociais continua a ser grande na educação das crianças mais novas e não apenas no pré-escolar. Neste período, as IPSS construíram creches com

capacidade de cobertura que já ultrapassa os 50% relativamente ao número de crianças dessa idade, quando o Governo tinha inicialmente definido como objetivo básico para o país uma taxa de 33% de cobertura. Em Famalicão, em 2021, já se caminha para se atingir o dobro. No Pré-Escolar, há vários anos, atingiu-se o topo da oferta. No Município de Famalicão já há uma cobertura superior a 100%, isto é, a capacidade da rede pública e social que existe é superior ao número total das crianças dos três aos cinco anos do concelho. Famalicão vive em risco de regressão com nascimentos dos mais baixos do país Não é de esperar, por isso, mais investimentos na área de equipamentos para a infância. Famalicão vive, aliás, um risco de regressão devido à natalidade com uma taxa de nascimentos das mais baixas

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do país e de apenas 1,2 filhos por mulher, praticamente metade do necessário (2,1 crianças por mulher) para se manter o nível de população. A diminuição de nascimentos trará consequências económicas e sociais significativas. De facto, nos últimos dez anos, Famalicão perdeu mais 11% de nascimentos e vai perder mais 13% nos próximos dez anos. Com um começo na infância, numa lógica de proximidade, a ação das IPSS alargou-se a várias áreas com impacto no bem-estar das famílias, seguindo as suas novas necessidades. Na verdade, as instituições sociais em Famalicão, nos últimos trinta anos, criaram uma grande variedade de serviços educativos e sociais que hoje empregam mais de 1.500 trabalhadores. O setor social causou um notável impacto na qualidade de vida da comunidade, apesar de ser quase invisível nos media nacionais por ser muito tranquilo, ao contrário de outros setores que vivem em modo de contestação quase permanente. O setor social é como o ar que se respira, quase não se vê, mas faz falta. De facto, embora as instituições atravessem um momento difícil devido aos elevados custos de funcionamento, em particular em resultado da pandemia e da subida de salários, com receitas fixas limitadas por Lei, continua a ser um setor fiável, em quem os cidadãos confiam. O Setor Social é uma mina para o Estado Ao longo de três décadas, os serviços das instituições sociais do concelho funcionaram todos os dias. Não houve paragens devido a reivindicações, nem um único problema criado ao Estado ou às famílias. A eficiência do setor social funciona como uma mina de boas notícias »»»»»»»»»» (continua) pub


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«««««««««« para o Estado. Ao contrário dos setores da Saúde e da Educação, onde há défices e aumento de custos descontrolados, o Governo não paga ao setor Social nem mais um cêntimo do que fica estabelecido no Orçamento do Estado. Se correr mal o ano, o risco e o prejuízo é apenas da instituição social. Pode o leitor não saber, mas uma IPSS não recebe subsídios genéricos. De facto, só recebe um apoio fixo pelo serviço que presta a cada utente. No caso de um Lar de Idosos, por exemplo, é de apenas 13 euros por dia. No fim de cada mês, é enviada uma lista para a Segurança Social com os utentes e, desta forma, o apoio atribuído a uma IPSS é limitado à frequência real. Por exemplo, se uma sala de jardim de infância de 25 crianças passar a ter 24, a IPSS passa a receber do Estado por menos uma criança, mesmo sendo a maior parte dos custos fixa. Na Educação, o Estado pagava sem lógica de duas formas diferentes para o mesmo serviço de pré-escolar. O Município recebia apoios pela capacidade da sala, enquanto uma IPSS recebia apenas de acordo com a frequência. Num exemplo em que ambos os jardins de infância têm uma sala, por exemplo, com frequência de 15 crianças, o Estado paga a uma instituição social apenas pelas 15 crianças reais, mas ao Município pagava pelo total da capacidade de 25 crianças da sala. Assim, no país, nos últimos 15 anos, foram transferidas centenas de milhões de euros pelo Estado para as Câmaras para apoio a crianças que não existiam. Não há dúvida de que se obtém melhores resultados com custos de investimento e de funcionamento mais baixos para o Estado, quando os serviços são prestados pelo setor social, com a vantagem para as famílias de poderem escolher os que são da sua preferência. Os indicadores de envelhecimento e da dependência da população subiram Ao longo de três décadas, se o investimento realizado pelo setor social, em Famalicão, se orientou, nos primeiros anos, para a criação de centros integrados de educa-

anos, há um apelo a fazer ao Município de Famalicão. Na política, é fácil cair na tentação de passar da grandeza do estímulo e apoio à comunidade e às suas forças vivas, para uma lógica de controlo em que se transforma a ação municipal numa espécie de filial do Estado central, transferindo os tiques da sua burocracia para a geografia local. Precisamos que o Município continue a não querer assumir o protagonismo para si, mas saiba fazer e promover a inovação. Precisamos que o Município continue pouco preocupado com o lugar que ocupa no palco e mais com o que “Na Europa e no país, de uma forma geral, não existem equipamentos pode fazer pelo bem comum. Precisamos de um Município inteligente públicos para pessoas idosas (Lares, Centros de Dia, SAD e outros) que continue a definir mais as regras e as condições de desenvolviporque custariam muito mais ao Estado, em termos de investimento mento do que a intervir diretamente na gestão das coisas e de gastos de funcionamento.” do dia a dia que podem ser melhor realizadas pelo setor social ou pelo ção da infância, nos últimos outros recursos, quer sejam pró- uma comunidade onde é necessá- setor privado que se completam na quinze anos, o esforço financeiro prios, de financiamento bancário ou rio proteger, criar e manter relações economia local. das IPSS virou-se, na sua grande apoios captados na comunidade. e laços fortes com os residentes e maioria, para a construção de uma suas famílias todos os dias. O Setor Social é uma força Lares-Residência para idosos rede de equipamentos e serviços Nestes últimos trinta anos, ao do bem para a comunidade numa escala humana para as pessoas idosas. contrário de um deslumbramento A economia e o desenvolviÉ fácil assim concluir que o equívoco, na Educação, com a ges- mento são o resultado do papel Isto foi possível pela capacidade de inovação social e de empreendo- atual modelo de cooperação entre tão direta do pré-escolar público, dos setores privado, social e púrismo de dezenas de instituições so- o setor social e o Estado é vanta- quase esquecendo a necessidade blico. A história das últimas décaciais do Município. Sem o joso para as famílias, pois permite de uma política municipal de edu- das acalenta a esperança que cada envolvimento da sociedade civil não construir no concelho e no país cação abrangente para todas as fa- um dos setores, complementarteria sido possível responder às ne- mais do dobro dos Lares de Idosos mílias, no setor das Pessoas mente, consiga empreender e ter cessidades das famílias e das pes- que o país conseguiria se imagi- Idosas, a relação estabelecida pelo impacto positivo na vida dos famasoas mais velhas, em resposta à nássemos que tudo seria feito pelo Município com as instituições tem licenses. subida dos indicadores do envelhe- Estado. Se, hoje, ainda não há sido francamente mais incentivaO setor privado é o que cria ricimento e da dependência da popu- oferta suficiente para as pessoas dora e positiva. queza. Precisamos, por isso, no lação. Em Famalicão, atualmente, a idosas mais frágeis, se a iniciativa concelho de mais empresas bemPercorrer um caminho taxa de cobertura de Lares de Idosos da construção e gestão de Lares essucedidas, lucrativas e com gosto semelhante no setor social (para a população com mais de 75 tivesse só nas mãos do Estado e pelo risco. Isto, porque sem mais riO Município de Famalicão tem queza não se pode dar o que não se anos) é superior a 7% e a taxa de co- dependente apenas do seu esforço bertura do serviço de apoio ao do- financeiro, a situação seria de desempenhado com eficácia o tem. Pode parecer que há, mas não quase catástrofe, com muitos mais papel de promotor da inovação, no há dinheiro público, todo ele foi dimicílio é de 6%. âmbito dos programas de em- nheiro privado primeiro recolhido Na Europa e no país, de uma lares ilegais. Mas há um benefício maior em preendorismo, como o MADE IN, dos impostos pagos por todos nós. forma geral, não existem equipamentos públicos para pessoas ido- resultado da gestão dos Lares de orientados especialmente, como E sem mais riqueza, não podesas (Lares, Centros de Dia, SAD e Idosos ser da responsabilidade de teria de ser, para o setor privado. remos subir na escala do bemoutros) porque custariam muito instituições sociais locais. Qual- Há necessidade de se percorrer um estar. Nem o setor social pode, em mais ao Estado, em termos de inves- quer organização pública, que de- caminho semelhante no setor da pleno, ser a força do bem que pretimento e de gastos de funciona- penda de uma máquina interna economia social com as institui- cisa de ser para a comunidade flomento. A consequência principal pesada, privilegia o funcionalismo. ções que oferecem serviços educa- rescer. O nosso futuro depende seria a construção de muito menos Neste tipo de serviços de cuidados, tivos e sociais à comunidade. Já assim de um Estado menos omniLares de Idosos no país, uma vez o foco deve ser centrado na pessoa existe uma história bem-sucedida presente e mais incentivador. E deque o Estado teria de investir a e na sua família. Um modelo de de colaboração entre o Município e pende sobretudo de uma 100%, caso o projeto fosse da sua gestão estatal, a história prova-o, as IPSS, no âmbito do desenvolvi- sociedade civil mais forte que depropriedade, quando uma IPSS ao não tem a mesma capacidade de mento da rede de equipamentos fenda e faça prosperar um amconstruir um projeto idêntico, em criar serviços flexíveis e amigáveis, para as pessoas mais velhas que biente social onde há liberdade de média, recebe apoios do Estado de a uma escala humana, que possam poderá ser mais aprofundada, mas pensar e de escolher, condição necerca de 50% do custo total do in- assumir, na prática, o papel de pai que vem no caminho e no sentido cessária para uma comunidade vestimento, cabendo à instituição a ou de mãe, de filho ou de filha, que certos. mais rica, mais coesa e mais huOlhando para os últimos 30 mana. responsabilidade de encontrar os é essencial quando se faz parte de pub


OP: um jornal ao serviço de Famalicão em liberdade! opiniãopública: 21 de julho de 2021

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António Candido Oliveira, Professor de Direito

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Não é possível falar do Opinião Pública (OP) sem falar de Feliz Pereira. A ele se deve não só a criação deste jornal como a preocupação de que ele constituísse um projecto empresarial e não um projecto político ou baseado em apoios externos politicamente interessados. Para afastar tais tentações, Feliz Pereira teve o cuidado de convidar para a sociedade Editave pessoas de diferentes correntes políticas e outras sem quaisquer ligações dessa natureza. Para a direcção do jornal foi buscar gente muito nova também sem conotação política conhecida. Assim se fundou um jornal que ainda hoje perdura e que se quer manter fiel aos princípios que o geraram. Para perceber a novidade que constituiu o “Opinião Pública” em 1991, importa fazer uma brevíssima história da nossa imprensa. Ao chegar a Revolução de Abril de 1974 publicavam-se em Famalicão três semanários: o Jornal de Famalicão (o jornal do Rebelo, como era conhecido e que tinha como director Francisco Rebelo Mesquita); a Estrela da Manhã, antiga Estrela do Minho, conhecido por jornal do Casimiro (era director José Casimiro da Silva); e o Notícias de Famalicão, o jornal da Igreja, conhecido por jornal dos padres e de que era director o P.e António Guimarães. Era uma imprensa limitada na liberdade de informação e opinião. Destes só perdura, honra lhe seja feita, o Jornal de Famalicão. O primeiro jornal a exprimir as ideias do novo regime surgiu em 1976, fundado pelo ilustre advogado Joaquim da Silva Loureiro, seu proprietário e director. Embora com sede em Famalicão procurava ter uma dimensão regional. Durou poucos anos. Em 1982, surgiu, ligado a uma associação cultural, o quinzenário Vila Nova já mais centrado no concelho e que foi gerado também no velho escritório do Dr. Joaquim Loureiro (bem próximo do actual). Pese a declaração formal de independência, foi considerado um jornal próximo do Partido Socialista. Durou quase duas décadas. Em 1985, surgiu “A Voz de Famalicão” situado ainda mais à esquerda, para alguns próximo do Partido Comunista Português de que foi director o advogado Dr. Gouveia Ferreira, de quem os famalicenses guardam boa memória, e que mais tarde passou a colaborar regularmente no Opinião Pública. Durou

alguns anos. Em 1986, surge o semanário “Cidade Hoje” dirigido inicialmente por Maria de Lurdes Dinis, considerado ligado ao Partido Social Democrata e ao Centro Democrático Social e que ainda hoje perdura. Em 1991, surge o Opinião Pública a que dedicaremos ainda particular atenção por razões do 30.º aniversário. Em 1999, surge finalmente o “Povo Famalicense”, o primeiro jornal local de informação gratuito, surgido no país, fruto da iniciativa individual de Joaquim Ribeiro e Filomena Lamego, que ainda se publica. Tive a boa ideia de guardar a colecção dos primeiros anos do OP devidamente encadernada e ela é preciosa para conhecer a vida do jornal e o nosso concelho na década de noventa do século passado. Bem gostaria, se tempo e espaço tivesse, de escrever sobre a sessão de apresentação do jornal “Nascido a 17 de Julho” no Hotel dos Moutados documentada por largas dezenas de fotografias e sobre a riqueza de opinião dos primeiros tempos da sua publicação dirigida por Luís Paulo Rodrigues e Alexandrino Cosme. Espero ter a possibilidade de dizer algo sobre isso, porque bem merece. Nos dias de hoje o OP, que faz parte de um grupo empresarial na área da comunicação social que abrange também a rádio e a televisão, tem muito a ganhar se folhear essas páginas fundadoras para continuar a ser, como é, um jornal que tem, no âmbito local e regional, um lugar de primeiro plano. E importa não esquecer que a imprensa profissional, livre e independente é essencial para a consolidação da democracia local e para o enriquecimento do nosso concelho PS – É da maior importância para conhecer a imprensa famalicense consultar a obra de Emília Nóvoa Faria, editada em 2014, com o título “A Imprensa Periódica Famalicense nos Séculos XIX e XX”. Esta publicação com quase 500 páginas e muito exaustiva, contendo largas dezenas de títulos, merece que a partir dela se edite, em breve, uma outra, contendo apenas os jornais periódicos de informação e opinião dos séculos XIX a XXI, com duração regular superior a um ano. Reduziria muito o seu número, mas daria uma ainda melhor compreensão da nossa imprensa ao longo do tempo.


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Foi há 30 anos…

opiniãopública: 21 de julho de 2021

Mensagens

Aqui na Mundos de Vida todas as semanas aguardamos ansiosos a chegada do Jornal Opinião Pública. Os residentes autónomos lêem-no de uma ponta à outra e estão sempre à espera de encontrar notícias da sua freguesia. É uma forma excelente de manterem a ligação à terra onde moraram antes de virem para cá. Também utilizamos o Opinião Pública para trabalhar a memória e a orientação para a realidade daqueles residentes que têm alguma dificuldade. Acaba por ser, assim, um instrumento de trabalho muito útil para os nossos técnicos. Depois, no fim de semana que se segue, são as famílias que nos visitam que acabam por folhear o Jornal. Sem dúvida que é muito importante para nós tudo o que nos chega através do Opinião Pública. Da parte dos nossos residentes, muitos parabéns pelos 30 anos de vida e que continuemos a ler as vossas notícias “alto e bom som”! Sandra Faria, Diretora Técnica do Lar Residência da Mundos de Vida

Há 30 anos começava a dar os primeiros passos no jornalismo. Integrava a redação na então Rádio Vila Nova (hoje Fama Rádio), projeto jornalístico radiofónico que esteve também na génese do surgimento do OPINIÃO PÚBLICA. Recordo-me que a redação fervilhava com o nascimento do novo projeto e, para mim, o dia em que saiu o primeiro número do OP foi um momento marcante. Apesar dos meus “verdes” 20 anos, fui a “escolhida” para fazer a reportagem do lançamento do jornal. Emoção e responsabilidade, foi o que senti. Por isso, escolhi uma fotografia desse momento para ilustrar este breve depoimento: de gravador de cassetes na mão, a recolher os depoimentos dos muitos famalicenses que foram convidados a assistir, no Hotel Moutados, à apresentação de um projeto que viria a mudar o panorama jornalístico em Famalicão (neste caso do então presidente da Câmara, Agostinho Fernandes). Hoje, olhando para trás, percebo que cresci nesta casa, pessoal e profissionalmente, e não posso esquecer todos aqueles que me ajudaram nesse crescimento, em particular à Luísa Monteiro e a Feliz Pereira que me ensinaram grande parte do que hoje sei sobre jorpub

Cristina Azevedo, Chefe de Redação

nalismo. Ter contribuído para estes 30 anos de afirmação do OPINIÃO PÚBLICA como um jornal de referência na comunidade famalicense é um orgulho, que partilho com as dezenas de pessoas que ao longo destes 30 anos passaram pelo jornal. E também com as que continuam cá, todos os dias, a dar o seu melhor para que o OP continue a ser “um jornal com todas as letras”, para recuperar um slogan antigo, mas que continua a fazer todo o sentido. É verdade que, hoje, o OP apresenta-se ao leitor em vários formatos e plataformas, como

tão bem escreve a minha colega Carla Alexandra Soares na página 23 deste especial de aniversário. Há 30 anos não imaginava que o OP pudesse estar, em qualquer parte do mundo, “à distância de um clique” (recuperando outro slogan), mas está. E é maravilhoso! Mas, seja em formato digital ou impresso, seja através das notícias diárias do seu site ou até da presença nas redes sociais, há um princípio basilar no OP que se mantém: o dever de informar… com responsabilidade, profissionalismo, rigor e verdade. E que venha o Futuro! pub


Como cresceu Famalicão em 30 anos? opiniãopública: 21 de julho de 2021

Francisca Magalhães, Diretora do Departamento de Ordenamento e Gestão Urbanística

O início do planeamento em Famalicão Nem sempre foi assim, a autonomia municipal no que diz respeito à aprovação dos seus planos municipais é relativamente recente. O primeiro PDM de Vila Nova de Famalicão entrou em vigor em setembro de 1994, após mais de uma década de trabalhos preparatórios. Mas engane-se quem pense que o nosso concelho estava atrasado em relação ao resto do país…. De facto, foi na década de 1990 que a generalidade dos planos diretores municipais entrou em vigor. O PDM foi o primeiro instrumento de planeamento a abranger todo o território municipal. Apesar das câmaras municipais passarem a ser obrigadas a planear as suas sedes do concelho, através dos Planos Gerais de Urbanização, desde os 1934, o resto do território nunca foi planeado até à entrada em vigor do PDM. Até esta data, o controlo do estado central sobre a ação municipal era excessivo. Quer ao nível da sua aprovação dos planos municipais, quer na interferência direta nos licenciamentos de obras particulares. Existia, assim, um controle total do es-

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O Plano Diretor Municipal, PDM, de Famalicão foi o tema escolhido como manchete da edição nº 0 do Jornal Opinião Pública, a 17 de Julho de 1991. Na sua capa, o OP mostrava uma fotografia do então Presidente da República, Mário Soares, junto a um mapa do documento. Num artigo de duas páginas, contávamos que ao fim de sete anos de avanços e recuos, o PDM estava finalmente concluído. Passados trinta anos, convidamos a diretora do Departamento de Ordenação e Gestão Urbanística da Câmara Municipal, Francisca Magalhães, a partilhar uma reflexão sobre a evolução do PDM no concelho ao longo dos anos. tado nos processos de expansão dos principais centros urbanos, dificultando a operacionalidade do planeamento e ignorando os fenómenos ocorridos nos aglomerados de menor dimensão. No que diz respeito à urbanização do território por iniciativa privada, só foi possível a partir da publicação da lei dos loteamentos urbanos, em 1965. Até esta data as áreas de expansão dos principais centros urbanos eram obrigatoriamente promovidas pela administração pública e precedidas de Planos de Urbanização ou de Pormenor, levando à expropriação dos terrenos para esse fim. Assim, apenas era possível a construção privada após a compra em hasta pública dos terrenos anteriormente urbanizados, segundo prazos determinados pela administração ou em parcelas já constituídas. Em simultâneo com estes processos planeados de crescimento da cidade tradicional, assistia-se a uma densificação informal do restante território e dos pequenos aglomerados apoiados nos caminhos rurais e principais vias de comunicação, construídas no período do Fontismo e reforçadas pelo Estado Novo. Com a mudança para o regime democrá-

tico, a partir de 1974, o crescimento urbano acentuou-se significativamente. A descolonização e as necessidades urgentes de habitação, o crescimento económico, a abertura da urbanização ao investimento privado e a adesão à Comunidade Europeia, em 1986, foram fatores impulsionadores do aumento da dinâmica urbana concelhia. No entanto, todos estes fenómenos levaram a uma pressão urbanística tremenda numa fase de transição do planeamento, em que os instrumentos legais em vigor à data não estavam preparados para orientar o ordenamento efetivo do território e não davam à administração pública local o poder efetivo de regulação. A 1ªgeração de PDM Quando em 1994 o PDM de Vila Nova de Famalicão entrou em vigor, grande parte da transformação urbanística do concelho já tinha ocorrido de uma forma desordenada, após décadas de franco crescimento populacional. Desde 1984, data da deliberação da Assembleia Municipal a mandar dar início aos estudos para elaboração do PDM, coube à equipa do Plano fazer pela primeira vez um

diagnóstico exaustivo de todo o território, nas suas diferentes vertentes: humana e física. A proposta teve por base um pré-zonamento e normas provisórias elaborados pelo Gabinete de Planeamento e Gestão Urbanística da Câmara Municipal com a assessoria do CEAP, nomeadamente do Arq. Manuel Fernandes de Sá e Arq. Nuno Portas. Também integrou a Reserva Agrícola Nacional delimitada em 1989. Este plano classificou as aglomerações habitacionais e empresariais existentes no concelho, previu a infraestruturação destas áreas e delimitou Planos de Urbanização a executar. Na sua planta de condicionantes também ficaram geograficamente definidas servidões e restrições de utilidade pública como a Reserva Agrícola Nacional, a Reserva Ecológica Nacional, o Domínio Público Hídrico, as Estradas Classificadas, etc. Esta versão do plano tinha uma função estritamente reguladora orientada essencialmente para o controlo da iniciativa privada, apoiada num zonamento funcional dissociado na matriz cadastral dos terrenos e não prevendo mecanismos de compensação. »»»»»»»»»» (continua) pub


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«««««««««« A 2ªgeração de PDM Logo após a publicação do Plano Diretor Municipal (PDM) de Vila Nova de Famalicão, em 1994, no seguimento da contestação às restrições impostas por este, o executivo municipal de então comprometeu-se a iniciar a sua revisão. No entanto, apenas no ano 2000 foi deliberado dar início à revisão do PDM, já com o novo Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) em vigor, publicado pelo Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de setembro. Este novo enquadramento jurídico, veio introduzir algumas simplificações nos procedimentos de aprovação e ratificação dos planos. Também introduziu a componente estratégica nos planos, a obrigatoriedade de definição da estrutura ecológica e a definição de sistemas de execução através da introdução da perequação, entre outros aspetos. Estas disposições tinham como principal objetivo obrigar a uma maior operacionalização dos planos e à integração dos espaços “rurais” e sistemas ambientais na programação do plano. No entanto, no essencial, manteve-se o mesmo sistema de planeamento físico do território. A necessidade prévia de obter cartografia vetorial atualizada, de constituir uma equipa especializada e de constituir a Comissão Técnica de Acompanhamento (CTA), levou a que apenas em 2004 se tenha iniciado os trabalhos de elaboração da revisão do plano. Foi um processo longo, devido à constante alteração legal, à complexidade processual e ao envolvimento de inúmeras entidades locais e nacionais representadas na Comissão Técnica de Acompanhamento. Em 2007 foi publicado o Decreto-Lei n.º232/2007, de 15 de junho, que veio obrigar a acompanhar a elaboração dos Instrumentos de Gestão Territorial de um processo de Avaliação Ambiental Estratégica. Assim, foi concluído o relatório da Definição do Âmbito da Avaliação Ambiental Estratégica em abril de 2009. Após ter decorrido todo este tempo, foi necessário proceder à atualização da cartografia, tendo sido concluída e homologada em fevereiro de 2013. O processo de revisão da Reserva Ecológica Nacional (REN), acompanhou a elaboração da restante proposta do plano, também com alterações do seu regime legal em 2009, tendo sido aprovada pela Comissão Nacional da Reserva Ecológica, em setembro de 2011. O processo de revisão da Reserva Agrícola Nacional (RAN) também foi simultâneo com o restante processo, tendo em agosto de 2012 sido aprovada pela Enti-

dade Regional da RAN a proposta da RAN Bruta. Finalmente, a revisão do PDM foi aprovada pela Assembleia Municipal e publicada em diário da republica em setembro de 2015, passados 21 anos. E assim passa o tempo …com constantes reformulações do mesmo trabalho, por inconstância do quadro legal e ainda uma enorme dependência dos organismos do estado central, que normalmente se traduzem em ajustes com pouco impacto na esfera dos objetivos de um PDM, isto é, da sua estratégia, que identifica o essencial e estruturante para o concelho, plasmada obviamente na planta de ordenamento e no regulamento. Com esta inconstância no quadro legal do planeamento territorial (direto ou indireto) e com a sobrecarga de conteúdos que são constantemente carregados no PDM (tal qual se tratasse do único repositório do município e nacional), esperando uma concertação de interesses setoriais por vezes incompatíveis, é francamente impossível rever um plano em tempo útil. Apesar de todos os constrangimentos acima descritos, o PDM de 2015 assume pela primeira vez a estratégia de desenvolvimento municipal e estabelece o respetivo modelo territorial. O modelo proposto assenta nas qualidades intrínsecas do território famalicense, aposta na valorização dos principais eixos estruturantes (estradas, percursos, rios, etc.) associados aos principais centros urbanos, como nós de uma ampla rede assente em relações de complementaridade funcional equilibradas e abrangentes. Privilegia-se, neste documento, uma ação caracterizada pela revalorização, requalificação, colmatação e consolidação das estruturas existentes – edificado, redes infraestruturais, áreas verdes - dando também uma especial atenção às áreas não edificadas, nomeadamente às ocupações agroflorestais e à sua relação com as restantes componentes do sistema urbano. Destacam-se, assim, os seguintes objetivos estratégicos: •Proteção e valorização ambiental e paisagística, onde se inserem as seguintes ações relacionadas com: a conclusão da execução das redes de drenagem de águas residuais e de abastecimento de água; o incentivo à utilização de energias renováveis; a execução de redes de ciclovias e percursos pedonais; a valorização da Estrutura Ecológica Municipal; e a definição de normas para a instalação de agropecuárias e atividades poluentes; •Preservação e valorização dos recursos endógenos, onde se destacam: as ações de valorização e coletivização das »»»»»»»»»» (continua)


opiniãopública: 21 de julho de 2021 «««««««««« margens dos cursos de água; a regulamentação dos usos compatíveis com áreas naturais, florestais e agrícolas; a regulação da utilização agrícola dos terrenos no sentido de salvaguarda dos recursos hídricos; o reordenamento florestal; e a definição de critérios para a contenção da edificabilidade no espaço rural; •Salvaguarda e valorização do património edificado, paisagístico e arqueológico, que consiste: na implementação da rede de percursos pedonais e ecopistas na Estrutura Ecológica Municipal; na regeneração e revitalização do património urbano e rural; na reabilitação dos espaços públicos e do património edificado; na elaboração de projetos que contribuam para o incremento da circulação pedonal no meio urbano; no inventário do património municipal em SIG e disponibilização online; •Organização do território, da seguinte forma: compatibilizando as políticas de ordenamento com os concelhos vizinhos; dimensionando os perímetros urbanos de forma a reforçar e consolidar os polos de centralidade existentes e emergentes; regulamentando as ocupações em zonas sensíveis (por questões de topografia ou permeabilidade do solo); requalificando as vias radiais no perímetro urbano da cidade; elaborando planos de transportes e de mobilidade sustentável. •Reforço da competitividade, do seguinte modo: intensificando o ensino técnico-profissional e a requalificação do parque escolar; racionalizando os equipamentos através do funcionamento em rede; promovendo a dinamização e a cooperação industrial como forma a superar os novos desafios; definindo e executando programas de requalificação, infraestruturação, reestruturação e promoção das zonas industriais, para se tornarem atrativas à instalação empresarial e industrial de qualidade; modernizando e conferindo acessibilidade às estruturas polarizadoras ções realizadas destacam-se as novas regras de classificação e qualificação dos existentes; solos, com a eliminação da categoria operativa de solo urbanizável. A 3ªgeração de PDM Neste contexto, a Câmara Municipal de – nova revisão em curso Vila Nova de Famalicão deliberou, na reuCom a entrada em vigor de várias alterações legislativas no âmbito do ordena- nião ordinária de 6 de junho de 2019, promento do território, nos últimos sete anos, ceder à 2.ª revisão do PDM, no que diz nomeadamente da nova Lei de Bases Ge- respeito aos seguintes aspetos: •Atualização e adaptação do PDM, norais da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo meadamente: o seu modelo de organização (LBGPPSOTU - Lei n.º 31/2014, de 30 de territorial; a introdução dos critérios de clasmaio), do novo Regime Jurídico dos Instru- sificação e reclassificação do solo; bem mentos de Gestão Territorial (RJIGT - De- como, os critérios de qualificação das difecreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio) e da rentes categorias de solo rústico e de solo urentrada em vigor do Decreto Regulamentar bano. •Atualização das Servidões Administran.º 15/2015, de 19 de agosto, foram introduzidas alterações significativas aos con- tivas e Restrições de Utilidade Pública. •Ajustamento do modelo de organização teúdos dos planos territoriais, designadamente dos PDM. Entre as altera- territorial prosseguindo os objetivos de de-

senvolvimento sustentável do PDM em vigor, aferindo como prioridades de ação: a reabilitação urbana e a colmatação do tecido urbano; a organização e diversificação dos sistemas de mobilidade e acessibilidade e os modos suaves; a salvaguarda e valorização dos valores culturais, patrimoniais, naturais e paisagísticos; o ordenamento e a valorização das áreas de acolhimento de atividades empresariais; a defesa do meio ambiente e a integração do tema das alterações climáticas e da eficiência energética nas decisões de planeamento, gestão e investimento. Para além da adequação à legislação vigente, a proposta de plano também integrará a devida articulação com os programas ou planos de hierarquia superior, como é o caso do Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território (PNPOT); Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região

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Norte (PROT-N: em elaboração); o Plano da Bacia Hidrográfica do Rio Ave (PBH-Ave); o Programa Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Minho (PROF-BM); e o Plano Rodoviário Nacional (PRN); e a Estratégia do Turismo 2027, entre outro programas nacionais. A articulação com Instrumentos de Gestão Territorial de Âmbito Local, também é fundamental, como é o caso: do Plano Estratégico Famalicão Visão’25 2014-2025; da Agenda 21 Local de Vila Nova de Famalicão; do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU); da Estratégia local de Habitação; do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI); do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil (PMEPC); a Carta Educativa Municipal; os Planos Estratégicos de Reabilitação Urbana (PERU), entre outros. Também está inerente aos trabalhos em curso a necessidade de adaptar o nosso Plano Diretor Municipal (PDM) a uma nova realidade, que já não tem como primado a mera regulação das intervenções na salvaguarda da forma, da paisagem, da compatibilidade entre atividades, mas que exige programas integrados e participados, que visem o desenvolvimento económico e social, que sejam facilitadores dos investimentos e que tenham capacidade de gerar benefícios para o território e para as pessoas, de modo a serem capazes de multiplicar os seus efeitos. Por outro lado, torna-se fundamental conhecer o cadastro municipal, trabalho que será desenvolvido nos próximos dois anos com o objetivo de georreferenciar as cerca de 26000 matrizes prediais rústicas do concelho e constituir um fundo municipal de sustentabilidade ambiental e urbanística, ao qual serão afetas receitas resultantes da redistribuição de mais-valias, com vista a incentivar a reabilitação urbana, a sustentabilidade dos ecossistemas e a prestação de serviços ambientais, sem prejuízo do município poder afetar outras receitas urbanísticas a este fundo, com vista a promover a criação, manutenção e reforço de infraestruturas, equipamentos ou áreas de uso público. Motivos pelos quais o PDM ainda vale a pena Vejamos os benefícios dos PDM para os processos de planeamento local. Apesar da complexidade dos processos, as suas revisões têm vindo a possibilitar a existência de um sistema de planeamento contínuo que obriga a um melhor conhecimento do território, ao mesmo tempo que permite auscultar a população, os agentes locais e os representantes da administração central nas Comissões de Acompanhamento. Nesta perspetiva, a elaboração de um PDM é, sem dúvida, um excelente mo »»»»»»»»»» (continua) pub


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Mensagens “Em apenas três décadas, Famalicão, o país e o mundo mudaram. Ao longo dos últimos trinta anos, o Jornal Opinião Pública contounos sempre o essencial, com rigor e isenção, num verdadeiro serviço público. É por isso justo, que ao fim de três décadas, possamos reconhecer o papel vital de um órgão livre e independente, que por mérito dos seus colaboradores se transformou numa referência na área da informação. Com o jornal Opinião Pública, sabemos mais, crescemos mais. Famalicão é hoje uma cidade mais completa e atenta a tudo o que se passa à sua volta, por essa razão, aos profissionais que diariamente ajudam a fazer o Opinião Pública, à sua administração e a todos os patrocinadores, o meu grato reconhecimento pelo trabalho em prol de uma sociedade mais justa, livre, informada e preparada para enfrentar os desafios do futuro. Muitos Parabéns a todos vocês”. Sérgio Gomes, Comandante dos Bombeiros Voluntários de Famalicão “O Riba d’Ave Hóquei Clube felicita o Jornal Opinião Pública e todos os seus profissionais pelo seu 30º aniversário, e faz votos de longa vida a um semanário de referência na vida de todos os famalicenses interessados pela sua terra e respectivas instituições. Agradecemos, em particular, todo o trabalho de divulgação relacionado ao nosso clube, ao desporto concelhio e às modalidades que neste momento temos: Hóquei em Patins, Patinagem Artística e Futsal. Parabéns OP! Venham mais 30!”

Ângelo Lopes , Presidente do Riba d’Ave Hóquei Clube

«««««««««« -mento de concertação de políticas e de vontades. Por outro lado, o PDM permite integrar conteúdos programáticos e estabelecer um diálogo entre os diversos técnicos e departamentos da autarquia e dos municípios vizinhos numa óptica de articulação temática e intermunicipal (apesar de ainda prevalecer a escala municipal, fora do contexto metropolitano ou regional). Finalmente, o PDM permite introduzir maior transparência no processo de planeamento, sem perda de eficácia, pois envolve a sociedade e os principais agentes na definição da estratégia a seguir a médio e longo-prazo, sujeitando ao escrutínio público as opções a levar a cabo pela administração, permitindo inclusive o ajuste na priorização dessas mesmas opções. Neste sentido, o PDM é fundamental na implementação de um sistema de planeamento que produza as principais orientações municipais em permanente adaptação ao contexto “local e global” e em coordenação com todos os atores envolvidos. Esta estratégia deverá alimentar as opções do PDM e as grandes opções do plano de atividades e orçamento municipal. O planeamento no futuro Defendo, assim, um planeamento mais estratégico e aberto, alicerçado na vontade da população, que permita vislumbrar um território mais inteligível, equitativo e dinâmico, energeticamente mais eficiente e ambientalmente mais sustentável. Assim, outros instrumentos de planeamento têm surgido e mostrado a sua eficácia na implementação das políticas municipais, como é caso do Plano Estratégico Visão 25. O envolvimento dos cidadãos no planeamento municipal é uma oportunidade para o exercício da cidadania, através da participação e envolvimento no alcance do “bem coletivo”, tornando-se cada cidadão corresponsável na tomada de decisões e no estabelecimento de prioridades de intervenção, contribuindo de uma forma decisiva para a construção de uma visão partilhada de futuro. Por outro lado, temos que evoluir para um planeamento da vida urbana em alternativa ao clássico planeamento do território, meramente físico. A implementação da Estratégica Local de Habitação – Habitar Famalicão e do Planos de Mobilidade Ativa Sustentável, são dois exemplos de instrumentos de planeamento que têm esse propósito. O primeiro trata do tema do acesso à habitação, com o objetivo de pugnar por uma habitação condigna a preço justo para os cidadãos, através, essencialmente, da reabilitação de prédios degradados ou devolutos e da promoção do mercado de arrendamento, com apoios para os mais necessitados. O segundo tem como objetivo criar condições para o uso e promoção de meios de transporte mais sustentáveis e saudáveis, criando alternativas às deslocações que hoje assentam essencialmente no uso do automóvel individual. Todas estas estratégias têm por base, na sua conceção, a necessidade de combate às alterações climáticas e o reforço da resiliência local. É necessário perceber as ineficiências do sistema e o que ainda não permite a acessibilidade universal das pessoas às nossas cidades e territórios, tal como garantir a inclusão social de todos dos cidadãos. Do meu ponto de vista, criar as condições para a democratização do território, no sentido de proporcionar o exercício da liberdade individual e coletiva das pessoas, deverá ser a prioridade do planeamento local nos próximos anos. pub


Um projeto jornalístico inovador opiniãopública: 21 de julho de 2021

O jornalismo exercido com profissionalismo e em liberdade é fundamental para a vitalidade da democracia. Podemos afirmar que sem um jornalismo livre, plural e independente a democracia fica fortemente ameaçada. O papel do jornalismo é fulcral para escrutinar as decisões dos políticos, oferecendo aos leitores as diversas faces de um acontecimento ou de uma medida política com impacto na vida das pessoas e na sociedade. Apesar da Internet – que criou a possibilidade de todos poderem comunicar com todos –, a verdade é que a imprensa regional continua a desempenhar um papel muito importante no sistema mediático famalicense. Porém, os meios de comunicação locais, de Famalicão e de todo o país, enfrentam enormes limitações, nomeadamente aquelas que resultam do escasso investimento publicitário. Assim, muitas vezes, é a publicidade da Câmara Municipal ou de outras instituições públicas que permite a continuidade de jornais que, de outro modo, teriam muitas dificuldades para sobreviver. Há 30 anos, tive o prazer de estar presente na sessão de apresentação do jornal OPINIÃO PÚBLICA, no Hotel Moutados, que, na altura, era um dos poucos espaços que havia na cidade para um evento do género. Foi um projeto jornalístico inovador e irreverente na imprensa famalicense, em grande parte como resultado do entu-

Armindo Costa,

Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão entre 2002 e 2013 siasmo e da visão do meu amigo Feliz Pereira – um bombarralense de boa cepa, que tinha escolhido Famalicão para realizar o seu projeto de vida –, que soube administrar uma rádio e um jornal com independência editorial. Desde o primeiro número do OPINIÃO PÚBLICA guardo a memória de um jornal aberto à pluralidade de opiniões, ofere-

cendo aos leitores os pontos de vista dos vários quadrantes políticos e sociais, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da sociedade famalicense. Foi essa marca identitária do OPINIÃO PÚBLICA que conheci mais de perto quando fui presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, entre 2002 e 2013 – pois tinha que estar

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atento ao que era noticiado sobre a atividade municipal. Como presidente da Câmara, sempre respeitei e valorizei o papel dos jornalistas e dos comentadores que cumpriam a sua função de uma forma séria, livre e construtiva. O facto de o OPINIÃO PÚBLICA celebrar agora 30 anos é sinal de que continua a cumprir o seu papel como meio de informação útil para os famalicenses. Como antigo autarca e como cidadão famalicense, estou grato a todos aqueles que contribuíram e contribuem para que o OPINIÃO PÚBLICA seja publicado todas as semanas, a começar pela equipa de jornalistas, que diariamente produz um órgão de comunicação que é uma referência no concelho de Vila Nova de Famalicão. Que o OPINIÃO PÚBLICA nunca perca o trilho do profissionalismo, do rigor e da independência, pois essa é a única via que pode proporcionar aos famalicenses as ferramentas necessárias para uma sociedade local mais livre, mais exigente e mais consciente dos seus direitos e dos seus deveres – desiderato fundamental para o desenvolvimento coletivo constante de Vila Nova de Famalicão. Na celebração do 30º aniversário, endereço os meus parabéns a todos os fundadores do OPINIÃO PÚBLICA, à administração, aos jornalistas, aos leitores e anunciantes, fazendo votos para que o jornal continue a trilhar os caminhos do jornalismo plural, sério e responsável. pub


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Uma escola de comunicação social

O OP e o seu percurso

Mensagens Lembro-me como o primeiro número do Opinião Pública trouxe novidade a Famalicão: o design do jornal, a clareza, as cores e, sobretudo, a diversidade e independência da informação, trouxeram um ar de modernidade à imprensa local que marcou aquela época. Os fundadores, ainda hoje, devem sentir orgulho no projeto que realizaram e os continuadores a satisfação de, 30 anos depois, o OP continuar a ser reconhecido como uma referência da comunicação social famalicense e da região. Parabéns aos fundadores e a todos os que trouxeram o jornal até esta data, sempre a par com a evolução da imprensa. E votos de longa vida! António Barbosa, Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Ave, EPE

Luis Menezes, ex-diretor do OP E já lá vão 30 anos. O jornal Opinião Pública está de parabéns, assim como todos os que durante estas três décadas transformaram este projeto num grupo editorial de referência a nível local e regional. Também já passaram vinte anos desde que tive a honra de fazer parte deste meio de comunicação, primeiro como jornalista e mais tarde como diretor, mas a ligação manteve-se ao longo do tempo, acompanhando todas as mudanças e evoluções que o mesmo sofreu, fruto da evolução tecnológica e caminhando em direção à expectativa dos leitores. Tive também o privilégio de fazer parte de uma pequena, mas determinada redação que todas as semanas cumpria o seu objetivo primordial: informar de forma isenta. O Opinião Pública era uma referência, uma escola de comunicação social, e por lá passaram vários colegas que seguiram a área da comunicação, partindo depois para outros desafios a nível nacional. A azáfama semanal até ao fecho do jornal, procurando levar a

melhor informação local e regional a todos os leitores e assinantes, era motivo de satisfação para a redação quando chegava depois impresso e ainda com cheiro a tinta, pronto a ser distribuído a tempo e horas. Era assim todas as semanas com distribuição à quinta-feira, dia em que logo se começava a preparar a agenda da próxima edição. Era assim e continua, todas as 52 semanas do ano, sem intervalos, sem interrupções, porque afinal a informação não faz pausas, nem tem férias. Na comemoração destes 30 anos uma palavra especial também para os leitores que desde o primeiro número viram no Opinião Pública um jornal diferente, independente e isento, capaz de gerar opiniões, comentários, ou seja, enriquecendo o conhecimento de cada um e a capacidade de ter uma visão mais abrangente do nosso concelho e dos seus principais dinamizadores. Mas com a internet o mundo mudou. Jornais impressos, revistas e outros meios tradicionais de comunicação, apesar de volta e meia

terem seu fim decretado, insistiram em continuar não apenas existindo como sendo extremamente relevantes. A chegada da internet provocou grandes mudanças no jornalismo, mas este não apenas sobreviveu como encontrou espaço para novas oportunidades. Transmitir informação de qualidade continua a ser uma necessidade. O Opinião Pública manteve-se na vanguarda, utilizando todos os meios disponíveis para chegar aos seus leitores, seja através do jornal em verão digital, seja através das redes sociais, num mundo onde a informação não tem hora e tem de estar constantemente atualizada. Seja qual for o formato de atuação, a seriedade e autenticidade são princípios de um valor fundamental, que é informar. O jornalismo é o melhor antídoto contra o que se convencionou chamar de fatos alternativos, as famigeradas fake news. Divulgar a verdade é dar às pessoas a mais preciosa ferramenta de proteção e liberdade de escolha. Afinal, como diz um velho ditado: informação é poder.

“Em cada dia que construímos a nossa comunidade, percebemos que ela é um intricado puzzle de pesos inconstantes e de inconstantes dimensões. Hoje a informação constrói-se sobre uma dimensão especulativa, desprovida de dimensão critica, cujo os objetivos são resultados mediáticos, criando uma ilusão, percecionada pela generalizada da população, como eficaz e a mais importante. Como na vida humana, o saber fazer e ser advém do conhecimento que o tempo percorrido dá a cada um de nós, assim acontece com as entidade e Instituições, que ao longo dos anos de trabalho e escrutínio publico se tornam alvo de atenção, sendo mesmo considerados com uma referência num pequeno grupo de pessoas, comunidade, de uma região, ou mesmo de um País. O Jornal Opinião Publica integra em si e desde há muito tempo, os valores de credibilidade, proximidade e modernidade, mantendo-se fiel ao seu papel, de mediador de informação com os seu leitores e comunidade, catalisador de dinâmicas positivas e esclarecidas, com independência e sentido de serviço plural. Parabéns Jornal Opinião Pública, e toda a sua equipa, pelo vosso trigésimo aniversário. Um abraço”. Álvaro Santos, Diretor Casa das Artes Famalicão pub


O futuro do concelho coloca novas exigências opiniãopública: 21 de julho de 2021

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João Cerejeira, economista Há três décadas, o concelho de Vila Nova de Famalicão apresentava um tecido económico e social muito vulnerável. O ciclo de forte crescimento das indústrias tradicionais, nomeadamente de produtos têxteis e de vestuário, que tinha beneficiado das fortes desvalorizações do escudo nas décadas anteriores, estava a chegar ao fim, quando representava praticamente metade do emprego. A aquisição por parte da Continental da maior fábrica de pneus do país, na altura denominada ainda de Mabor, foi concretizada no início da década de 90, pairando ainda muita incerteza quanto ao seu futuro. O ensino superior no concelho estava ainda a dar os primeiros passos (o polo da Universidade Lusíada foi fundado em 1989), e a generalização do ensino do ensino secundário a todos os jovens era uma meta longe de acontecer, num concelho onde o trabalho infantil era frequente. É de referir que em 1981 a taxa de analfabetismo no concelho era de 15%, valor que desceu 8,2% em 1991. O Recenseamento de Geral da População de 1991 mostra

ainda que apenas 2,8% da sua população ativa tinha como nível de habilitações um curso superior e/ou pós-graduação, 1,5% um curso médio e só 6,6% o atual ensino secundário. Ou seja, há trinta anos, apenas 11% da população ativa tinha um nível escolaridade acima da escolaridade obrigatória atual. Num documento de análise do posicionamento dos concelhos objeto da Operação Integrada de Desenvolvimento do Vale do Ave, lançada em 1991, reportava o seguinte:

“(…) dados regionais da indústria transformadora para 1989 revelam que o Ave é uma das sub-regiões do Norte que apresenta a mais baixa produtividade do trabalho industrial a par de uma das intensidades capitalísticas mais reduzidas. Nestes dois indicadores o Ave encontra-se somente à frente das sub-regiões do Tâ-

mega e do Douro. Nas circunstâncias anteriores, torna-se lícito concluir que o grande peso que o emprego industrial tem no espaço da OID do Ave se concentra em sectores industriais que, sendo trabalho intensivos, são também os que pior remuneram o trabalho. A este facto não serão alheios os fracos requisitos de qualificação da mão de obra utilizada.” Silva, Ana Paula Africano (1993), “UMA ANÁLISE SOCIOECONÓMICA DO AVE “. INE. A especialização industrial, baseada em setores de baixo conteúdo tecnológico e com cuja competitividade se baseava nos baixos salários, sofreu com a interrupção da desvalorização cambial “competitiva”, à medida que o país caminhava para a moeda única, e com a abertura dos mercados europeus a novos concorrentes, do Leste Europeu e Asiáticos, com custos de produção mais baixos e que foram ocu-

pando os mercados de destino das exportações portuguesas. Em simultâneo, os baixos níveis de escolaridade da população ativa e dificuldade em incorporar inovação pelo tecido industrial colocava em dúvida se o concelho, ou a sub-região do Vale do Ave, seria capaz de se reconverter ou se os obstáculos existentes limitariam o crescimento futuro. As três décadas seguintes mostraram muitas vezes que o que parece impossível, por vezes acontece. Em 1994 o Relatório Porter, encomendado pelo Ministro da Indústria do governo de então, Eng.º Mira Amaral, chegou a conclusões que surpreenderam muitos, já que a resposta foi uma aposta clara nos setores tradicionais que muitos vaticinavam como condenados. Passados 25 anos, é notório que a aplicação do projeto Porter permitiu melhorias evidentes nos setores tradicionais como o calçado, têxtil, vestuário e confeções, nos vinhos e no mobiliário, curiosamente os setores que representam em grande medida »»»»»»»»»» (continua) pub


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opiniãopública: 21 de julho de 2021

«««««««««« a estrutura empresarial de V. N. de Famalicão. Podemos dizer que o concelho, e em particular as suas empresas e entidades públicas, foram “bons alunos”. Através de uma cooperação próxima entre atores locais, foi possível atrair para o concelho centros tecnológicos, como o CITEVE e o CeNTI, novas escolas profissionais, que permitiram diversificar a oferta formativa para jovens e adultos, e a instalação e desenvolvimento dos polos universitários da Universidade Lusíada e CESPU, a par do apoio aos jovens do concelho para prosseguirem estudos. Passadas três décadas, podemos afirmar que esta estratégia, baseada no conhecimento e na inovação, e apoiada numa concertação de três pilares principais (empresas, famílias e autarquia), deu frutos, visíveis no dinamismo económico e na qualidade de vida que os famalicenses que se recordam de Famalicão dos anos 80 facilmente reconhecem. O quadro que pode ver abaixo mostra a posição relativa do concelho em termos de ranking nacional, em três indicadores compósitos relativos ao “Rendimento”, “Conforto” e “Poder de Compra”, criados pela empresa Marktest. Em todos os indicadores é visível uma melhoria do posicionamento no concelho nos últimos quinze anos, situando-se atualmente entre os 20 concelhos do país com maior poder de compra. No entanto, se relativizarmos este dado com a população do concelho, o poder de compra per capita do concelho, medido pelo INE, representava, em 2018, uma subida de 5 pontos percentuais face a 2011, situando-se agora a 89% da média do país.

Mensagens “Parabéns pela visibilidade e pela informação para todos, sempre atuante e presente perante a comunidade. Como Provedor da Santa Casa da Misericórdia, quero deixar aqui um agradecimento pelo trabalho de excelência desenvolvido por este jornal, no que diz respeito à comunicação ao nível do setor social, nomeadamente no que diz respeito à Santa Casa da Misericórdia”. Rui Maia, Provedor da Santa Casa da Misericórdia

A evolução recente do recente mostra uma convergência para a média do país em vários outros indicadores, ou até acima da média, quando consideramos as exportações, por exemplo. No entanto, o futuro, tal como há trinta anos, coloca novas exigências. O papel do conhecimento, da inovação e da incorporação tecnológica nos processos produtivos e das organizações continua a ser prioritário. A ligação entre a produção e o uso sustentável dos recursos locais de forma inteligente e criativa é ainda mais relevante que no passado. O concelho tem condições para isso. Importa que a concertação entre os vários atores, empresariais, associativos e entidades públicas, seja realizada num quadro de uma visão partilhada e participada por todos. Famalicão tem todos os ingredientes, em termos de “software humano” e “hardware infraestrutural e empresarial”, para encarar o século XXI com otimismo. Fica da nossa responsabilidade cuidarmos também do “orgware”, a capacidade de organizarmos os recursos e os atores no processo de adaptação contínua aos novos desafios.

“Ao longo de toda a sua existência o "Opinião Pública" sempre dedicou uma atenção muito especial ao desporto. No que à natação diz respeito, esteve sempre muito próximo do Grupo Desportivo de Natação de Vila Nova de Famalicão desde a sua fundação, há 28 anos, reportando as suas atividades e feitos mais relevantes, dando-lhe voz, e sendo muitas vezes o grande arauto dos seus sucessos e preocupações. Por isso, no momento em que comemora o seu 30º aniversário, queremos agradecer ao "Opinião Pública" e todo o seu Grupo Editorial a atenção dispensada, augurando-lhe um futuro auspicioso, na senda dos êxitos que tem conhecido até aqui. Muitos parabéns”. José Fernandes, Presidente do GDNVNF pub


IPCA a inovar da região para o país opiniãopública: 21 de julho de 2021

Atualmente com 5 700 estudantes repartidos pelos diversos pólos, o IPCA, Instituto Politécnico do Cávado e Ave é já uma referência no ensino superior público a nível nacional. O IPCA está presente em toda a região do Cávado e Ave, com o seu Campus em Barcelos e polos em Braga, Guimarães e Famalicão, além de uma extensão em Esposende, que começará a funcionar no próximo ano letivo. O crescimento do IPCA tem abrangido diversas vertentes, desde o aumento da oferta educativa e do número de escolas superiores, que são já cinco, até às infraestruturas e, mais recentemente, o reforço da internacionalização do ensino e investigação através da integração no projeto Universidade Europeia – RUN-EU. Desde o início, o IPCA sempre pautou a sua atuação por uma ligação estreita à comunidade onde está inserido, nomeadamente às empresas. Daí que, paralelamente ao crescimento do número de estudantes, o IPCA tem também apostado numa estratégia de investimento na investigação aplicada, tornando-se numa instituição de referência a nível nacional e, nalgumas áreas, até internacional. Esta é uma instituição que, desde a sua criação, “sempre se desafiou a si própria, com uma estratégia bem definida”. Uma instituição pública de ensino superior “permanentemente disposta a aproveitar as oportunidades, a incorporar novo conhecimento e novos métodos de trabalho, para se tornar cada vez mais eficiente e eficaz na sua missão de formar novas gerações, oferecendo cursos de qualidade e adaptados às necessidades da região”, refere Maria José Fernandes, Presidente do IPCA.

Maria José Fernandes, presidente do IPCA Cursos Técnicos Superiores Profissionais são uma aposta ganha O IPCA é reconhecido a nível nacional por ser uma das primeiras instituições a lecionarem Cursos Técnicos Superiores Profissionais, abrangendo Guimarães e Braga. Estes cursos são uma formação de nível superior de dois anos, não conferente de grau, destinada a preparar jovens profissionais com uma formação técnica que os deixe aptos para entrarem, de imediato, no mercado de trabalho. Estes cursos abrangem as áreas de atuação das empresas da região. Estes cursos, designados de CTeSP dão, por um lado, resposta ao desejo dos jovens de entrarem no mercado de trabalho e, por outro, ao perfil dos profissionais que as empresas da região procuram. Neste contexto, numa parceria com o Município de Guimarães, o IPCA vai concretizar um dos seus objetivos para o Vale do Ave através da criação de uma Escola-Hotel. Trata-se de um projeto totalmente inovador que irá proporcionar formação superior

em contexto aplicado e simulado. No caso de Braga, a sede da Escola Técnica Superior Profissional, teve uma grande intervenção que visou a requalificação de todo o edifício. Relativamente a Famalicão, o IPCA vai continuar no Polo que tem neste concelho, criado no âmbito da aproximação ao território e da presença no chamado Quadrilátero Urbano. Presença positiva e reforçada em Famalicão O balanço da presença do IPCA no concelho de Famalicão “é muito positivo”, de acordo com aquela responsável. A oferta de CTeSP “resulta sempre de um trabalho prévio no terreno, para verificarmos quais são as necessidades das empresas da nossa área de influência, procurando ajustar a oferta educativa a essa realidade”. E a recetividade por parte do tecido empresarial tem sido positiva. Aliás, a instituição entrou já na fase de cursos promovidos em parceria com empresas, onde decorre a componente prática, tal como acontece com o CTeSP em Soldadura Avançada,

cujas aulas práticas são lecionadas na Bysteel do Dstgroup. Numa altura em que se prepara o próximo ano lectivo, o IPCA vai contar com 11 novos Cursos Técnicos Superiores Profissionais. No total, disponibilizará 1.462 vagas para 35 CTeSP. Em 2021/22 será ainda reforçada a oferta educativa em regime póslaboral para dar a possibilidade de formação a pessoas ativas, quer sejam jovens trabalhadoresestudantes, quer profissionais experientes que pretendam melhorar as suas competências técnicas específicas e reciclar conhecimentos. Em Famalicão, entrarão em funcionamento três novos CTeSP nas áreas do Marketing Digital e Social Media, da Gestão Industrial da Produção e da Segurança e Proteção de Dados para Sistemas de Informação. Aliás, será em Famalicão onde haverá a maior oferta de CTeSP em regime pós-laboral. Ao nível das infraestruturas, estão a ser realizadas obras de beneficiação que vão melhorar o conforto das salas de aula e o apoio social aos estudantes.

ESPECIAL

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Futuro promissor O futuro próximo tem quatro objetivos claramente identificados para o IPCA. O primeiro diz respeito ao aumento da oferta formativa em estreita articulação com a evolução da sociedade e as necessidades do tecido empresarial. Neste caso, “destaco a construção da Escola-Hotel em Guimarães e o alargamento das atividades de ensino ao município de Esposende através do LISA – Laboratório de Inovação e Sustentabilidade Alimentar”. O segundo desafio diz respeito à intensificação da atividade de I&D, destacando-se o objetivo de construção, nos próximos dois anos, do Collaborative Research and Innovation Center (CRIC). O terceiro objetivo é a transferência da Escola Superior de Design para o centro da cidade de Barcelos, onde ocupará um edifício histórico. Por fim, outro objetivo para o futuro, diz respeito à internacionalização através da intensificação da presença do IPCA além-fronteiras, seja através do ensino e formação, seja através dos projetos de I&D. “São muitos e grandes desafios”, conclui Maria José Fernandes. Num contexto ainda de pandemia em que a instituição teve também que se reinventar, Maria José Fernandes refere que o IPCA “é uma instituição plenamente consciente do papel que pode ter no processo de recuperação económica de Portugal, contribuindo para o aumento do conhecimento e da inovação e para a implementação de um programa de transição digital assente nos pilares do desenvolvimento sustentável. Por isso, o IPCA é uma instituição perfeitamente alinhada com as estratégias de Portugal alavancadas no Plano de Recuperação e Resiliência”.


Uma aventura jornalística

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ESPECIAL

opiniãopública: 21 de julho de 2021

(antes do 25 de Abril)

política marroquina de D. João III”. De imediato me apercebo do tema: depois do nosso Rei D. Afonso V (o “Africano”), que desenvolveu toda a sua acção na expansão e conquista no norte de África, veio o Rei D. João III. E que começou a fazer as contas, que era de manter uma guerra permanente no norte de África. Chegou-se a um ponto tal que estava a colocar em risco o orçamento do Estado, ao ponto de ter convocado um “Conselho Nacional” para decidir o que se deveria fazer: sendo tomada a decisão de abandonar a maior parte das “praças” do norte de África. Era evidente o paralelismo que se poderia levantar com a guerra colonial, pelo que mandei para o semanário do Senhor José Casimiro. Passados dias, o Senhor José Casimiro chama-me comunicando-me que o Censor lhe tinha devolvido o meu artigo: “Senhor José Casimiro, o artigo “A política marroquina de D. João III”, pelo seu conteúdo, ou melhor, pelo veneno que contém, não pode de maneira nenhuma ser publicado e por isso lho devolvo.” Perguntei ao Director: “Senhor José Casimiro, o senhor faz isso com todos os artigos que lhe enviam?” - “Não. Tenho um acordo com o Censor de só lhe mandar artigos quando tenho dúvidas.” - “Oh Senhor José Casimiro, mas assim o senhor está a ser o primeiro censor.” membro fundador do - “Mas, se eu não fizer assim, o conselho editorial do OP Censor f*** o jornal.” Mandei o artigo para um jornal madeirense (Comércio do Funchal), que Folheando a História de Portugal (edi- não tinha feito qualquer acordo com o ção de Barcelos), encontrei um capí- Censor e, mais tarde, foi jornalista britulo com um título sugestivo: “A lhante: Vicente Jorge Silva.

Joaquim Loureiro,

Opinião Pública?

O decurso de um período de 30 anos vem demonstrar, sem mais, que o jornal veio preencher um espaço, ou melhor, veio satisfazer necessidades: enfim, não se tratou de um capricho dos seus fundadores! Vivi o período do tempo de “antes do 25 de Abril”, com todas as suas misérias e caprichos. Já em DEMOCRACIA, fundei a “DEMOCRACIA DO NORTE”: não se trata de repetir um “capricho” por parte de alguém que viveu intensamente a prática de advocacia. Os prazeres conferidos com a “Democracia do Norte” não significam que esse projecto seja repetível: nem “ontem”, nem “hoje”! Aos 85 anos, já “reformado” da advocacia, em plena crise social e política, seria parvoíce da minha parte estar a apresentar sugestões de governação. Mas sei que o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, pela sua jurisprudência constante, costuma evidenciar que os jornalistas são os “cães de guarda da democracia”: aliás, em tal sentido figurado, para “ladrarem” e “morderem” nos “ladrões/falsificadores da democracia”. Estando-se num dos campos mais sensíveis da democracia, recordo os seus momentos fundamentais (Constituição): - art. 37.º - liberdade de expressão e informação; - art. 38.º - liberdade de imprensa e meios de comunicação social; - art. 39.º - regulação da comunicação social; - art. 40.º - direitos de antena, de resposta e de réplica política. Estamos perante um quadro legislativo que, em condições “normais”, não se irá alterar: posso garantir que, neste momento, temos a perfeição legislativa. Se alguém pretender mudar esta lei constitucional, deverá desconfiar-se: além do seu valor nacional, recordo que têm como equivalentes o art. 19.º da D.U.D. Homem, art.ºs 19.º e 20.º do P.I.D.C.P., art. 10.º da C.E.D.H. e o art.º 11.º da C.D.F.U.E. Enfim, estamos perante leis que não necessitam de ser regulamentadas, pois são de aplicação directa.

A Confeitaria do nosso coração!

Bom Gosto

É quase um voltar à casa dos avós. Os famalicenses, com mais ou menos frequência, voltam sempre à Confeitaria Bom Gosto. Todo o ambiente no seu interior traz-nos à memória os pequenos almoços e os lanches de domingo à tarde, sem pressas e com boas conversas à mistura. A Confeitaria Bom Gosto é ainda hoje uma referência no concelho de Famalicão, na produção de doces tradicionais e de salgados de um sabor inconfundível. Com dois espaços abertos ao público – Rua Vasconcelos e Castro e Praça D. Maria II - o seu interior pouco ou nada mudou ao longo dos tempos, e isso acaba por ser bom, pois é assim que os famalicenses conhecem e gostam do Bom Gosto. Também o cuidado num atendimento personalizado passou de pai para filhos e são eles que hoje gerem a Confeitaria com o desejo de manter a “casa” que o pai tão bem construiu. A Confeitaria Bom Gosto nasceu em 1959 e o sucesso foi quase imediato com clientes vindos de todo o concelho a mostrarem o seu agrado pela atenção do atendimento e pela qualidade de tudo o que lá dentro era e é produzido. Ainda hoje há quem se desloque de fora da cidade e do concelho só para comprar os panados, os rissóis ou os doces tradicionais que o Bom Gosto tem. Hoje, como passado, a aposta continua a ser nos doces, nos salgados e nas refeições rápidas. Também a estratégia é a mesma dando preferência aos produtos mais puros e naturais. Ali, evita-se ao máximo a utilização de matérias primas químicas na confeção dos produtos, nomeadamente do pão, que ainda se faz com farinha não processada e dos bolos que são feitos de ovos frescos. É assim que “não defraudamos a expectativas dos nossos fiéis clientes”, referem os irmãos que gerem o Bom Gosto.


Empresa famalicense inova em defesa do ambiente Fiofibra

Fundada há 38 anos em Cabeçudos, concelho de Famalicão, a Fiofibra é hoje uma empresa moderna que se dedica à transformação de fios sintéticos e prestando serviços de torcedura, bobinagem e tinturaria. Fundada por Armindo da Silva Fernandes, a Fiofibra começou por ser uma pequena unidade industrial, com instalações no mesmo local onde atualmente se situa, com apenas dez colaboradores e um pequeno parque de máquinas adquiridas em estado de uso. Desde então, a empresa famalicense foi sempre crescendo de forma sustentada com presença consolidada no mercado interno em diferentes setores como o têxtil (produção de peúgas,malhas, passamanarias, linhas e etiquetas) e o automóvel. Este crescimento verificou-se quer na exploração de novas áreas de negócio quer na contínua adaptação das linhas de produção e gama de produtos às solicitações desse mesmo mercado, designadamente produzindo fios mistos de poliamidas/elastanos e polyester/elastanos. Tratando-se de uma indústria intermédia na criação do produto final, “todo o esforço desenvolvido nesta área de negócio tem sido no sentido do permanente ajustamento dos processos de fabrico de forma a satisfazer com eficiência e eficácia as necessidades dos clientes”, referem os seus responsáveis. Empresa amiga do ambiente Uma particularidade da Fiofibra tem a ver com as preocupações ambientais dos seus responsáveis. São preocupações que produzem efeitos. Já este ano, a empresa procedeu à substituição dos geradores de vapor a nafta por um gerador de vapor a gás natural e tem em estudo a instalação

de painéis solares fotovoltaicos. Com o objectivo bem presente de reduzir “a pegada ambiental”, a Fiofibra procura, com medidas como esta, melhorar também as condições de trabalho dos seus colaboradores. Nesta matéria ambiental, é também de referir que a Fiofibra tem atualmente em estudo o aproveitamento das águas pluviais e a reciclagem das águas provenientes da tinturaria para reutilização. Também a constante substituição de equipamentos mais antigos por outros mais eficientes em termos de consumo energético tem sido uma aposta. A economia circular e respetivas diretivas europeias, em especial no que respeita ao setor têxtil, constitui assim, matéria a que a empresa está atenta. Relativamente às expectativas para o futuro, o setor têxtil, em geral, onde se insere a Fiofibra, sofre uma forte concorrência dos gigantes asiáticos, e se antes essa concorrência era, fundamentalmente a nível dos produtos acabados, agora, por força da desindustrialização da europa, também se verifica ao nível das matérias primas e de outros componentes. Por isso, os responsáveis da Fiofibra vêm o futuro com expectativas moderadas aguardando com esperança as medidas que a Comissão Europeia venha a adotar no sentido da proteção dos interesses dos respetivos estados membros, “medidas essas baseadas no respeito pelas regras da livre concorrência em toda a sua extensão. Por exemplo, a tolerância ao dumping social, aos apoios estatais à exportação, à contratação de mão-de-obra sem regras, a regimes de produção que não respeitem o ambiente, etc”, são situações incompatíveis com uma concorrência sadia à escala mundial, referem os responsáveis da empresa famalicense.

Vieira DOCE de Castro opiniãopública: 21 de julho de 2021

ESPECIAL

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Empresa foi fundada em 1943

Em 1943 Vila Nova de Famalicão ganhava um novo sabor. Com a abertura da confeitaria “A Vieira de Castro” numa das principais e mais movimentadas ruas da cidade, os famalicenses habituaram-se a bolachas, amêndoas e rebuçados de muita qualidade. Habituaram-se de tal modo que, com o dinamismo e visão audaz do seu fundador, rapidamente o negócio expandiria também para uma fábrica. Surge, assim, a Vieira de Castro & Filhos Lda. que se torna numa referência nacional na produção de bolachas, amêndoas e rebuçados, com criações icónicas como a Bolacha de Água e Sal, as irresistíveis Amêndoas Cláudias e os originais Rebuçados Flocos de Neve, que ainda hoje fazem parte do imaginário coletivo dos portugueses e continuam a preservar o sabor e qualidade que os distinguem e os tornam inconfundíveis. Agora espalhada pelos quatro cantos do mundo, a Vieira faz parte do quotidiano das famílias e está presente nos diferentes momentos do dia-a-dia dos consumidores. Para cada momento há um produto Vieira e em cada produto “transportamos para além dos melhores ingredientes, textura e sabor, a experiência, dedicação e conhecimento de muitas gerações e equipas”, refere a Vieira de Castro. Na Vieira de Castro, “procuramos contribuir para o desenvolvimento de todos os stakeholders, impactando positivamente, de forma consciente e responsável, desde a origem dos ingredientes até aos consumidores da nossa marca”. Foi com essa consciência, sempre presente no ADN da Vieira, que a empresa se tornou num especialista na produção de bolachas, amêndoas e rebuçados, respondendo às necessidades dos consumidores, aos modos de vida atuais, cada vez mais exigentes e dinâmicos, “ continuando a proporcionar momentos de verdadeiro prazer e bem-estar individual e coletivo”. Em Março deste ano, a empresa famalicense lançou a sua loja online https://vieiradecastro.pt/ - visando, “que seja uma experiência boa para os consumidores, não só pela qualidade dos produtos, mas também por “constituírem um contributo positivo para todo um ecossistema e representarem os nossos valores fundamentais: respeito, responsabilidade e integridade”. Quanto ao futuro, a “inquietude permanente na busca de mais conhecimento, inovação e sustentabilidade, ao longo de toda a cadeia de valor, continuará a mover a Vieira”. Os alicerces do futuro são a construção do presente”, referem.


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Desporto em Famalicão: 30 anos de bons resultados opiniãopública: 21 de julho de 2021

ESPECIAL

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Uma viagem no tempo pelos principais registos do concelho na área desportiva

Bruno Marques, jornalista Famalicão é um concelho dinâmico e o desporto é apenas mais um dos exemplos desse dinamismo. A prova está nos resultados desportivos alcançados ao longo dos últimos 30 anos, em que equipas e atletas famalicenses se destacaram e levaram longe o nome do concelho. Pode até falar-se numa mudança de paradigma naquilo que são as práticas desportivas dos famalicenses. O surgimento do Parque da Devesa, as boas infraestruturas desportivas espalhadas um pouco por todo o concelho, bem como a grande variedade de atividades disponíveis, fazem de Famalicão um exemplo a seguir por outros municípios. Desde a corrida matinal ou ao final do dia, passando pelas bicicletas, pelo ténis ou uma modalidade coletiva, os famalicenses têm um estilo de vida

ativo e saudável. No momento atual, a prática desportiva está bem mais enraizada nos hábitos dos famalicenses do que aquilo que estava há 30 anos atrás. Um sinal dos tempos, mas também uma prova inequívoca de que as apostas certas, na área do desporto, fazem toda a diferença naquela que é a mentalidade dos cidadãos. E consequentemente as suas práticas. Numa retrospetiva de 30 anos de desporto concelhio, certamente que todas as palavras serão poucas para evidenciar os feitos de atletas e clubes famalicenses. Podendo não ser justo com todos os que se destacaram e contribuíram para o crescimento desportivo de Famalicão, ficam as referências histórias, mais e menos recentes, de um concelho que tem muito êxito na

prática desportiva. Futebol: o FC Famalicão de regresso à ribalta Foram 25 anos de ausência do futebol de primeira. Anos difíceis para o clube mais representativo do concelho que chegou a atuar nos campeonatos distritais, cumprindo depois uma recuperação que o fez voltar aos principais palcos nacionais. A viabilidade e o futuro do FC Famalicão chegaram a estar em causa, mas o calvário valeu a pena porque o clube vive agora um momento estável, reestruturado, projetado para o futuro e ambicioso. As metas a atingir são próprias de um clube histórico, de uma massa adepta fervorosa e com raça. E o melhor exemplo disso mesmo é a época protagonizada pela equipa famalicense em 2019/2020. No regresso à I Liga,

o Famalicão ficou às portas da Europa – acabou no 6.º lugar – e alcançou as meias-finais da Taça de Portugal, caindo às mãos do Benfica. Um regresso em grande nível que será certamente uma amostra do que os famalicenses poderão fazer naquelas que serão as próximas temporadas no principal escalão. O objetivo é solidificar a equipa na ribalta do futebol em Portugal. O futebol é a modalidade que centra mais atenções, mas não é a única do concelho. Importante é também a formação e são muitos os clubes concelhios que apostam nas suas equipas mais jovens. Uma prática que indica um caminho saudável para os jovens, deixando-os fora de outros caminhos e sendo uma garantia de vitalidade desportiva futura. Ao longo dos últimos 30 anos, muitos foram os clubes de futebol

em Famalicão que cresceram e viram as suas condições melhoradas, sendo que nos dias de hoje os campos pelados são em número reduzido. Os relvados sintéticos são uma realidade concelhia e esse facto é uma das grandes diferenças registadas no panorama da prática futebolística. Desporto no feminino Se algo mudou nestes 30 anos, sem dúvida que foi a mentalidade e o caminho protagonizado pelas mulheres. Sobretudo nas modalidades desportivas coletivas, como o futebol, mas não só. Se o campeonato nacional de futebol feminino tem crescido, com o FC Famalicão a surgir neste momento com grande protagonismo, a verdade é que o lado feminino já é uma realidade noutras modalidades. »»»»»»»»»» (continua) pub


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««««««««««« Concretamente no voleibol. Fundado em 10 de setembro de 1998, o Atlético Voleibol Clube de Famalicão (AVC Famalicão) é um clube desportivo de voleibol exclusivamente feminino, com equipas em competição em todos os escalões da modalidade. A equipa sénior é aquela que mais longe leva o nome do clube e da cidade, tendo inclusive marcado presença nas competições europeias de voleibol. Entre os títulos nacionais de maior relevo, o AVC Famalicão conta com duas Taças de Portugal, um campeonato da Divisão de Elite e uma Supertaça, destacando-se a conquista do triplete – os três títulos de uma época desportiva – somado ao palmarés na época 2015/2016. Outra modalidade é o futsal. Aqui assume protagonismo o FC Vermoim. Com nove títulos nacionais – oito taças nacionais de futsal e um campeonato nacional –

a equipa famalicense dominou a modalidade durante algumas épocas. Entre as atletas que promoveu na prática do futsal, destaca-se a também famalicense Ana Azevedo, considerada uma das melhores jogadoras mundiais da modalidade. É também uma das representantes da Seleção nacional de futsal, contando com 83 internacionalizações. Foi considerada a jogadora de futsal do ano de 2016 quando venceu o prémio Quina de Ouro, atribuído pela Federação Portuguesa de Futebol. Há ainda um longo caminho a percorrer para a prática no feminino, mas aos poucos, com o passar dos anos, como que o desporto acorda para a realidade das mulheres na sociedade. E o desporto é apenas mais um desses exemplos. A profissionalização é já uma realidade e não apenas na modalidade mais mediática, o »»»»»»»»»» (continua)


opiniãopública: 21 de julho de 2021

«««««««««« futebol. A entrada dos maiores clubes desportivos, e a crescente visibilidade dos campeonatos, fazem do feminino um ponto em crescimento no desporto. Modalidades e formação dos mais jovens O hóquei em patins é uma das modalidades com maior preponderância concelhia. Aqui se destacam o Riba d’Ave Hóquei Clube (RAHC) e o Famalicense Atlético Clube (FAC). Em Riba d’Ave mora uma Vila completamente ao lado da sua equipa, acérrima defensora do clube que é, na Associação de Patinagem do Minho, aquele que tem o maior número de atletas inscritos e em competição. Um clube de formação, cada vez maior e sólido no hóquei em patins nacional. Doze presenças na 1ª divisão e três vezes finalista na Final Four da Taça de Portugal. Respira-se hóquei em Riba d’Ave, de uma forma constante nestes 30 anos passados. Também de regresso ao principal escalão do hóquei esteve, esta época, o FAC. Um regresso há muito desejado e que finalmente se tornou realidade, marcando ainda mais a preponderância da modalidade no concelho. O FAC, fundado em 1937, que se pauta pelo ecletismo e por ser uma referência em Famalicão. São dez modalidades em atividade, 350 atletas e 580 participantes, números que impressionam. São também centenas de títulos regionais e

nacionais, conquistados individualmente ou por equipas. A sua formação de jovens atletas em badminton, o fulgor do voleibol masculino ou as modalidades de bilhar e basquetebol, terão sempre uma grande importância no clube. Com altos e baixos ao longo dos tempos, mas sempre a dignificar o nome do FAC e a sua história ao longos dos anos. Sem esquecer a formação dos mais jovens e num concelho sempre com novos projetos, como é o recente Fama Basket, de basquetebol, clube puramente formador de talentos na modalidade. Nas restantes modalidades, nos últimos anos têm sido notícia,

no golfe, as prestações do famalicense Tiago Rodrigues. A competir no Portugal Pro Golf Tour, um circuito satélite europeu, e no Pro Golf Tour, uma das terceiras divisões disputadas por terras germânicas, mas também em diversos outros torneios espalhados pelo mundo, o golfista famalicense tem conseguido exibir-se a bom nível nos últimos anos. A nível interno, tem sido um dos protagonistas do PGA Portugal Tour, um circuito profissional português, onde, por exemplo, foi 3.º (-10) no Optilink PGA Open, em 2018. O golfe é por isso uma modalidade que surgiu em Famalicão num passado recente. Referência ainda para as artes

marciais, concretamente o estilo Alex Ryu Jitsu que surgiu em Portugal pelas mãos do mestre Alexandre Carvalho, também presidente da Academia de Artes Marciais de Vila Nova de Famalicão. A Academia foi fundada em 1973 e desde essa data que tem crescido, já que tem atualmente 26 polos, aumentando o número de praticantes no concelho e garantindo diversos títulos nesta arte que tem origem em sete disciplinas diferentes. No atletismo, Famalicão começa a ter tradição na modalidade, com inúmeras provas histórias, e outras mais recentes, que se realizam no concelho. A evolução ao longo dos anos tem sido positiva, e

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a prova Famalicão-Joane, que cumpriu 20 edições em 2019, já não está sozinha em termos de eventos, uma vez que para além das várias S. Silvestre que se realizam no concelho, há ainda a prova Corre Famalicão e a Meia Maratona de Famalicão, uma referência do calendário nacional. De referir também o Duatlo de Famalicão, que este ano cumprirá a sua 10.ª edição, organizado pela Associação Amigos do Pedal e o apoio da Federação de Triatlo de Portugal, que junta o atletismo e o ciclismo BTT. Ainda no BTT existem as míticas 24 Horas BTT de Famalicão, da Associação Amigos do Pedal, que constituem já um ex-libris da cidade em termos desportivos e que são um excelente exemplo da grande e crescente dinâmica do concelho ao longo dos últimos 30 anos, no que ao atletismo e BTT dizem respeito. Famalicão é ainda uma cidade de tradição nos desportos motorizados. Uma tradição que se manteve nos últimos 30 anos, com vários pilotos famalicenses em competição e também com um cartaz principal na cidade, o Rali de Famalicão, organizado pela Associação Team Baia, com o apoio do Município. Das motas, com o conhecido Paulo Marques, até aos automóveis, com o piloto Miguel Campos e mais recentemente Pedro Almeida, o desporto motorizado mantém-se dinâmico e é talvez aquele que apresenta uma longevidade mais ativa em termos concelhios. pub


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Gala de Desporto de Famalicão para premiar quem se destaca Se o desporto assume uma relevância reconhecida no concelho, nada melhor que no final de cada ano homenagear os que se sagraram campeões ou obtiveram resultados dignos de realce na prática de uma modalidade. Para esse efeito, o Município de Famalicão criou em 2016 a Gala do Desporto de Famalicão, uma cerimónia que visa homenagear os diferentes agentes desportivos (dirigentes, treinadores, atletas e árbitros), associações e clubes do concelho de Vila Nova de Famalicão, pelos resultados de mérito nacional ou internacional, alcançados nas diferenciadas competições. Esta iniciativa pretende reconhecer e valorizar publicamente, todos aqueles que, desportivamente, elevam o nome do concelho, constituindo-se, assim, como um importante fator de orgulho para os famalicenses.

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Grupo Desportivo de Natação de Famalicão: uma escola de campeões Nas águas das piscinas municipais, o Grupo Desportivo de Natação de Vila Nova de Famalicão (GDNF) está há 28 anos a agitar as águas da natação nacional. Com mais de 150 títulos conquistados em toda a sua história, o clube famalicense é um autêntico viveiro de campeões e já deu ao país alguns dos melhores atletas de sempre da modalidade. O clube e escola têm formado muitos nadadores que somam títulos atrás de títulos. Se há clube que leva longe o nome de Vila Nova de Famalicão, o GDNF está na linha da frente, tendo sido o primeiro clube famalicense a dar um atleta Olímpico ao concelho. No caso, João Araújo que esteve em 2004 nos Jogos Olímpicos de Atenas. O GDNF que está desde 2004 na 1.ª Divisão Nacional de Natação e conta atualmente com cerca de 150 atletas federados.

Futsal perdeu referência no principal escalão Depois de épocas de fulgor no principal escalão de futsal, com a passagem de bons jogadores e treinadores pelo clube, o Famalicense Atlético Clube (FAC) suspendeu a sua secção da modalidade no final da época 2005/2006. Foi o final de uma era dourada da modalidade em Famalicão, que contou também com uma equipa de futsal da Associação Recreativa e Cultural de Antas (ARCA) bastante competitiva e a conseguir grandes resultados. Famalicão perdeu assim as suas referências nos principais escalões de uma modalidade que cresceu bastante em Portugal. O futsal tem representantes ao nível distrital, merecendo ainda referência a Associação de Futebol de Salão Amador (AFSA), criada em 1991, e que nos últimos 30 anos tem promovido a prática do futebol de salão, organizando provas entre equipas das freguesias do concelho de Famalicão. Os primeiros campeonatos realizaram-se nas categorias de seniores e juvenis masculinos, envolvendo um total de 17 equipas. O sucesso foi grande e um mês depois do final do campeonato inaugural arrancava o segundo e foi criada uma nova prova: a Taça Concelhia. Atualmente, a AFSA organiza a Taça, o Campeonato e a Supertaça nos escalões de seniores (1ª e 2ª divisões) e veteranos, estando na perspetiva a entrada de novas associações e a consequente inscrição de novas equipas, ampliando o quadro competitivo, promovendo o desporto, a atividade física e mantendo em atividade as associações, promotoras do desporto e da identidade coletiva dos territórios. Nestas 30 épocas desportivas, foram organizados mais de 12500 jogos, que contaram com a presença de mais de 20 mil pessoas, desde atletas, dirigentes, treinadores e árbitros.


Três anos empolgantes

opiniãopública: 21 de julho de 2021

Em 1991, Portugal viviam-se tempos de esperança e excitação. A Europa de Leste democratizavase, na sequência da queda do muro de Berlim, em 1989. E Portugal procurava alinhar-se com os países mais desenvolvidos da Europa e trabalhava para entrar no clube da moeda única. Em Famalicão, Agostinho Fernandes e o PS governavam a Câmara Municipal com uma maioria absolutíssima: 7 vereadores do PS contra apenas 2 do PSD. O concelho esperava pelo parque da cidade, por mais autoestradas (a única que havia na região ligava o Porto a Santiago da Cruz), pelo abastecimento de água em boas condições, pelo saneamento básico, por uma nova biblioteca, por um centro cultural e por outras coisas básicas próprias de uma cidade em crescimento e transformação. Foi neste contexto de uma sociedade efervescente, própria das economias em desenvolvimento, que nasceu o OPINIÃO PÚBLICA. Eu tinha 25 anos, trabalhava no Porto, na redação de “O Comércio do Porto”, e respondi com entusiasmo ao convite do senhor Feliz Pereira, que tinha investido em instalações próprias para a então “Rádio Vila Nova”. Apesar da juventude, já tinha uma experiência considerável como jornalista: antes de chegar à

redação do diário “O Comércio do Porto”, tinha passado pelo “Jornal de Famalicão”, pela “Rádio Famalicão” (que grande rádio pirata!) e tinha sido cofundador e jornalista do “Cidade Hoje”. Neste último jornal, lembrome de ter feito uma notícia sobre uma derrocada da estrutura das obras de construção da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, e julgo que Feliz Pereira, cuja empresa de construção era responsável pela empreitada municipal, deve ter ficado com boa impressão do jornalista… Fui diretor do OPINIÃO PÚBLICA durante três anos, entre 1991 e 1993. Foram três anos muito empolgantes, felizes e irrepetíveis, que ficaram para a vida. Três anos em que a liberdade e a independência do OPINIÃO PÚBLICA ficaram como marcas identitárias deste projeto editorial. Depois de três anos de dedicação intensa ao jornal, estava com vontade de ir para o terreno mais vezes como jornalista e mudei-me para o “Público”, então o melhor e mais completo jornal diário português. O OPINIÃO PÚBLICA nasceu num berço de ouro: tinha instalações fantásticas, criadas para o funcionamento de uma rádio, de um jornal e já com espaço para um estúdio de televisão, acolhendo agora a Fama TV. E havia

Luis Paulo Rodrigues,

Cofundador e primeiro diretor do OPINIÃO PÚBLICA entre 1991 e 1993 bons recursos humanos – uma equipa de jornalistas sem igual, na época, em Famalicão. Foi um privilégio ter feito parte de um projeto de tamanha envergadura.

Por isso, o OPINIÃO PÚBLICA foi uma lufada de ar fresco na imprensa famalicense. E também de cor, na primeira e na última páginas, uma novidade numa época

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em que não havia Internet e os telemóveis eram malas pesadíssimas que os jornalistas da “Rádio Vila Nova” (que depois foi “Digital e agora é “Fama”…) transportavam a tiracolo. No OPINIÃO PÚBLICA que dirigi as opiniões eram livres e os factos eram sagrados. O jornal marcou uma diferença no jornalismo que se praticava na época. Deixamos de lado o jornalismo sentado dos almoços e jantares e privilegiamos os factos e as notícias onde elas estivessem. Há 30 anos, o OPINIÃO PÚBLICA também antecipou um cenário que hoje é corrente nos grupos de comunicação, em que os jornalistas trabalham na mesma redação para diferentes meios de comunicação: o jornal, a rádio e a televisão. Para mim, como primeiro diretor do OPINIÃO PÚBLICA, celebrar os 30 anos de lançamento do jornal significa que já passaram três décadas e que estou a ficar antigo. Ficam as boas memórias de ter ajudado a construir um jornal livre de amarras e acima dos conflitos entre as partes, como vincava o seu estatuto editorial. Um jornal que só dependia de quem o escrevia, com independência e liberdade, e um jornal genuinamente interessado no desenvolvimento de Vila Nova de Famalicão. pub


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O Que Nunca Disse!

opiniãopública: 21 de julho de 2021

Artur Sá da Costa,

gestor cultural

Sempre que surge uma oportunidade para escrever sobre as políticas culturais desenvolvidas nas últimas décadas, sobretudo nas duas que fazem ponte entre o milénio, a tendência natural, digamos, é para valorizar os aspetos positivos, perspetivandoos, não direi, como históricos, mas relevantes na fita do tempo da nossa história coletiva. Foi o que fiz na celebração do 25º aniversário do Opinião Pública, num artigo que então assinei. Neste exercício, ignoramos as opções que ficaram pelo caminho, esquecendo-nos de equacionar a importância e a qualidade dos projetos, dando por adquirido que não existiam outras alternativas. A verdade, é que por detrás desta visão lunar que nos acompanha, sempre que lançamos uma retrospetiva panorâmica das atividades em que estivemos envolvidos, e nas quais acreditávamos, existe sempre um lugar sombrio que fica em recato. Dificilmente escapam à subjetividade do nosso olhar, e por regra são refratários à imparcialidade. Deixo a promessa de procurar o rigor e a independência. O que hoje me proponho falar é da outra face do balanço, afinal parte do mesmo, dando nota das vicissitudes e contingências das políticas culturais municipais, elas próprias as primeiras vítimas dessa instabilidade. É forçoso reconhecer que vai uma longa distância entre a conceção e aprovação do projeto e a sua concretização. Acontecem naturalmente ajustamentos e adaptações impostas pelas circunstâncias e decisões dos políticos.

“A verdade, é que por detrás desta visão lunar que nos acompanha, sempre que lançamos uma retrospetiva panorâmica das atividades em que estivemos envolvidos, e nas quais acreditávamos, existe sempre um lugar sombrio que fica em recato”. Será um breve balanço, face à economia do espaço disponível. Inicio este percurso pelos museus, e pelo primeiro que nasceu, ainda folheávamos o calendário dos anos 80. A semente foi lançada pela deliberação do Executivo Municipal de Março de 1988, ao autorizar a realização de um inventário do património industrial têxtil do concelho e, organi-

zar uma exposição, com vista a sensibilizar a população para o seu valor patrimonial e museológico. A primeira interrogação que poderá surgir é perscrutar porquê museu “têxtil” e não “industrial”? Nunca passou pela cabeça dos que estavam envolvidos no projeto preservar e valorizar, pela via museológica, senão a indústria têxtil, a marca identitária do concelho e da região.

Foram poucas as vozes dissonantes, e nunca provocaram mossa. A questão mais importante é saber por que é que o MIT (Museu da Indústria Têxtil do Vale do Ave) não foi instalado em Riba d’Ave. Os documentos existentes, as propostas apresentadas evidenciam que não foi outro pensamento dos autarcas e de todos os »»»»»»»»»» (continua) pub


opiniãopública: 21 de julho de 2021

«««««««««« que estavam a trabalhar na criação desta unidade museológica. Todas as diligências desencadeadas, nomeadamente, a identificação de um imóvel, de preferência uma fábrica, foram efetuadas na zona de Riba d’Ave. Estabeleceram-se contactos com a junta de freguesia, que indicou a Quinta da Casa Nova. A dinâmica do processo acelerou-se e os vários atores de Riba d’Ave, (Junta de freguesia, Fundação Narciso Ferreira) foram muito passivos. A emergência obrigou a pôr, provisoriamente, os dois primeiros teares, doados ao município na cave

da junta de freguesia. Ainda na área dos museus, as interrogações mais pertinentes sobre o Museu Bernardino Machado referem-se à questão magna de saber por que é que não foi instalado na Casa dos Machados, onde o Barão de Joane e o filho Bernardino Machado viveram! A resposta só pode ser dada pelo ex-presidente da câmara Agostinho Fernandes. Certo dia, ao entrar no seu gabinete disseme “não vamos comprar a Casa dos Machados”. O assunto ficou por ali, e nunca mais a ele regressamos. Mas, se este caso está enterrado, outros têm plena

atualidade. Um exemplo. Por que é que a inquilina da Companhia de Seguros não abandonou uma das salas do museu? Armindo Costa celebrou com ela um contrato (leonino), pelo qual lhe doou o R/C do edifício municipal localizado em frente em troca desta libertação. Na altura, o acesso ao museu passou a ser efetuado pela porta da frente, tendo sido saudado como um benefício para a funcionalidade e a imagem do museu. Porém, isto aconteceu há duas décadas! A nível da Rede de Bibliotecas pairou sempre a interrogação sobre a tipologia (BM2) da Biblio-

teca Camilo Castelo Branco, que nos foi atribuída. Tínhamos direito pelo número de habitantes a uma área superior. Nunca este assunto foi devidamente explicado, e muito menos escrutinado pela opinião pública. Houve uma precipitação na candidatura. Queríamos ir na frente e erramos o alvo. Andamos agora a corrigir. A lista é longa, sendo de todo impossível elencar todos os sectores. Existe sempre uma longa distância entre o planeado e o que se concretiza. É por isso que se torna imprescindível a existência de um plano estratégico. Caso contrário,

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perde-se o rumo, e baralham-se as prioridades. O meu receio é que isso possa ter ocorrido. Em face desta contingência vou destacar dois casos que assumem relevância pela atualidade e, pela importância que têm nas políticas públicas municipais, e na sua internacionalização. Começo pelo património ferroviário, onde Famalicão ocupa um lugar de destaque a nível nacional. Somos o único concelho que possui dois núcleos ferroviários – Lousado e Nine – criados por uma Lei da Assembleia da República, posteriormente reforçados por um »»»»»»»»»» (continua) pub


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«««««««««« diploma governamental. Dentro deste enquadramento, o município de Famalicão participou, conjuntamente com o Museu Nacional Ferroviário, e os dez Núcleos que integram o Museu Nacional, numa candidatura: “Património Ferroviário Nacional: O Turismo Cientifico e Cultural como produto estratégico”, que foi aprovado em 2010, pela Comissão Diretiva do Programa Operacional Regional do Centro, com uma comparticipação comunitária de 5. 000 milhões de euros. O investimento para os núcleos de Lousado e Nine ronda um milhão de euros. Com este projeto conseguimos musealizar o núcleo de Nine, e estabelecer a ligação com o de Lousado, e a todos os núcleos existentes em Portugal, e ainda restaurar a locomotiva 014 de 1890, que fez a última viagem a vapor entre Porto e Braga, um dos tesouros que temos no município. Teremos viagens históricas. Definitivamente, entramos no segmento do Turismo Internacional, com um produto atrativo e diferenciador. Entretanto, passaram-se dez anos. Houve com toda a certeza um descarrilamento. Não é caso para encerar a linha! Até porque vem aí uma enxurrada de fundos comunitários. Por fim, a Arqueologia, o primeiro setor, corria o ano de 1982, a avançar na investigação, e a alcançar sonoros êxitos (Pedra Formosa), mas a tropeçar demasiadas vezes, defraudando as espectativas dos famalicenses. A cartografia arqueológica concelhia está concluída, algumas Estações recebem visitantes. Porém, a grande maioria dorme o sono dos justos. E falta o Museu de Arqueologia, que a câmara aprovou há décadas, e já teve vários locais para ser instalado, o último dos quais na Casa do Território. Porém, ‘a joia da coroa’, que pode salvar tudo isto chama-se ‘Alto das Eiras’, considerada “a mais representativa das Estações Proto-Históricas do concelho”, segundo a Drª. Felisbela Oliveira, coordenadora do Gabinete de Arqueologia. Há anos, que se trabalha na candidatura desta Estação a Património Europeu/Mundial, através de uma candidatura dos Castros mais importantes do Noroeste Peninsular, onde se inclui o das Eiras. O processo anda no terreno, mas o Castro das Eiras está excluído. Porquê? Necessita previamente de realizar obras de consolidação, e criar condições de acesso aos visitantes. Definitivamente, temos medo do futuro! pub


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Mensagem de aniversário

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Que poderei eu escrever hoje, envolto nos farrapos desta pandemia sinistra, que nos limita e assola, aqui e agora, para o Jornal Opinião pública que me indaga para esse desafio, a propósito dos seus 30 anos de existência? Trata-se mesmo de um desafio para mim e que eu poderia facilmente declinar ou, fazendo-o, não ir além dos salamaleques e libações habituais na circunstância. Mas hoje resolvi não declinar e muito menos fazer de conta pois que a minha experiência de vida e conhecimento dos homens permitem-me falar com alguma objetividade e pragmatismo, variáveis que ao lado da verdade devem estar sempre no bom jornalismo. O Jornal Opinião pública tem um bom título e altamente sedutor… fronteira entre um jornal livre e um jornal musculado ou dirigido…nada de mais excelso em democracia que uma elevada e participada opinião pública porque ativa e crítica. Atente-se ao que se passa nos países escandinavos ou mesmo em Londres ou Sidney ou Nova Iorque. Claro que a Rússia ou China nada acrescentam e nada bole…que aí está Tiananmen/Praça da Paz Celestial para lembrança de muitos ou Hong Kong para aviso. O jornal Opinião Pública tem um belo estatuto editorial…para inglês ver como em todos os outros… e que não recomenda apesar dos subtítulos de independente, democrata e pluralista, regionalista e ao serviço de…acusa como todos a falta de tudo isso e que vem desde o jornal Estrela do Minho, passou pelo Democracia do Norte e Vila Nova, transitou para o implume Cidade hoje e chegou, contra ventos e marés também ao

Agostinho Fernandes,

Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão entre 1983 e 2001 Opinião pública que, creio, tudo terá feito inicialmente para manter a puridade possível pelos nomes que corporizaram o projeto mas, bem depressa, começaram a nidificar alguns morcegos nos labirintos sinuosos de Antas e que gradualmente se afastaram dos velhos ideais de Norberto Lopes e Augusto de Castro. O jornalismo como a sociedade estão ciclicamente em crises e dificuldades e poucas terão sido essas vicissitudes comparadas com a hora atual em que pandemia e novas tecnologias se conjugam e são raros os projetos sérios e os Belmiros de Azevedo e os muitos jornalistas profissionais que trazem a ética para a ribalta e assim os projetos

ainda resistentes trinam em campanha eleitoral, rezam no Natal e Páscoa, chilream no Verão e matam mesmo em tempo de caça proibida por lei…desde que o amigo ou oficial de tribunal ou mesmo o assessor do ministro sopre aquela palavra mágica do tlim/tlão…com que o nosso mavioso poeta algarvio João de Deus verbera e enfatiza aquelas práticas correntes no seu Campo de flores….”O dinheiro é tão bonito, Tão bonito o maganão!...Tem tanta graça o maldito. Tem tanto chiste o ladrão” …e chega a ponto de abrir a porta a um cacique endinheirado para o colocar a seu serviço, como recentemente aconteceu por aí, esperando que isto nada tenha a ver com o Opinião Pública.

A informação é péssima e sistematicamente “his master voice” e de índole laudatória e propagandística, salvo raras exceções porque não produzida nos jornais por autores, mas sim por um “big brother” conforme previsto há muito por Orwell que dispara para todos e que os jornais e jornalistas preguiçosos agradem sentidamente e se afastam por entre curvaturas vertebrais. Os famalicenses riem-se e dizem que é tudo igual e que lido um…está tudo lido. Custame ler o grande Eduardo Lourenço quando escreve que, em gera, os portugueses preferem o churrasco e os folguedos a muitas outras nobres atividades que têm a ver com um mais exigente conhecimento de si próprios e da condição humana. E Pessoa remata neste campo que pensar é como andar à chuva…chateia um pouco. Desejaria nestes 30 anos da maioridade cívica ao jornal Opinião pública a renovação possível, como um balanço que se faz à vida ou às atividades em que damos o nosso melhor, alterando o fundo e a forma, alongasse o seu estatuto editorial, reunisse os colaboradores da logística e proporcionasse estágios aos jovens jornalistas, um estágio que desperte os valores da verdade e liberdade, sem medo nem serventilismo, alteração de práticas e sem sujeição a falsos mecenas, pela afirmação de um projeto de autonomia local, independente e livre em verdade e ao serviço dos únicos interesses da sociedade famalicense. Fácil?!.... Talvez não, mas…sempre que um homem sonha o Mundo pula e avança como bola colorida…lá disse o grande Gedeão. pub


30 anos a escrever e a crescer juntos

Aqui não há rotina. Também não temos daqueles dias maçadores em que estamos sempre a fazer as mesmas coisas. Todos os dias são diferentes. Nalguns, nem tempo temos para “respirar” entre saídas para reportagens, entrevistas, fotografias ou simplesmente sentados no computador a escrever. Afinal, são as palavras que escrevemos que chegam aos nossos leitores transformadas em notícias que procuram, de forma clara e isenta, informar Famalicão e não só. Foi sempre assim ao longo destes 30 anos. Procuramos ser um jornal em que os leitores confiam e os clientes acreditam. Acreditamos nós também que fomos uma escola para muitos dos nossos colegas que por aqui passaram e seguiram outros voos. Aprendemos e crescemos juntos ao longo destas três décadas. Sim, porque na nossa redação temos colegas que escrevem notícias desde a edição nº 0. A Cristina Azevedo e o José Clemente são essas pessoas. Depois, temos a Carla Soares que um dia, há muitos anos, chegou e nunca mais nos deixou. O Jorge Humberto já soma à volta de duas dezenas de anos e o Paulo Couto também. Já lá vai muito tempo, mas é tão bom vêlos ainda motivados! E agora têm

uma nova colega, a Sílvia Costa que viu nascer o nosso jornal e voltou a esta casa. Muito importante tem sido também a colaboração, mais pontual mas indispensável, do Abílio Moreira, do Hugo Silva, da Juliana Machado e dos especialistas em desporto José Carlos Fernandes e

José Aristides. Não podemos esquecer os estagiários que por estas mesas de trabalho vão passando e que deixam saudades. Que esta equipa continue assim, unida, motivada e com muita vontade de dar sempre o seu melhor para informar bem os leitores que merecem todo o nosso respeito e gratidão.

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Mensagens “Em momento de aniversário saúdo todos os que ao longo destes 30 anos contribuíram para implementar, desenvolver e consolidar um projeto jornalístico de qualidade. Um projeto que se tem afirmado com abertura e pluralismo, relevando a sua forte capacidade de se ajustar e adaptar às realidades e circunstâncias ditadas pela passagem do tempo, mas sabendo preservar sempre a sua identidade. Numa sociedade fortemente influenciada pelas redes sociais e em processo de digitalização, abrir e ler o Opinião Pública todas as semanas na mesa do café é um momento/ritual que permite reencontrarme com Famalicão, a minha Terra e a minha Gente, no tempo e no espaço e numa relação de proximidade. Prestando um verdadeiro serviço público à comunidade e seus territórios, nas suas diferentes áreas e dimensões, apraz-me registar o seu contributo na divulgação e partilha de projetos, práticas e dinâmicas educativas, não fosse um jornal também uma pequena escola de papel, que cada um aconchega debaixo do braço”. Amadeu Dinis, Diretor da Escola Profissional CIOR

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Celta de Artes Gráficas há mais de 20 anos com o OP

Há relações que duram uma vida inteira. Ao longo de 30 anos o OPINIÃO PÚBLICA tem mantido as melhores, que garantem um trabalho de qualidade e de contínua aprendizagem. Já há mais de 25 anos que, semanalmente, o OP confia a sua impressão à Celta de Artes Gráficas, numa relação que, para além de profissional, é já de amizade. Ao longo destes anos, mesmos com alguns percalços, a caminhada foi sempre de aprendizagem e os técnicos da Gráfica espanhola ajudaram, ensinando diversas técnicas, a fazer um trabalho com excelência. A Celta de Artes Gráficas é uma das mais modernas gráficas da Galiza, Espanha. O seu trabalho está focado, principalmente, na produção de linhas de impressão. A sua localização nas proximidades de Vigo, a poucos metros da Auto-Estrada AP9, o centro nevrálgico das comunicações da

Galiza, confere-lhe uma posição privilegiada para localizar rapidamente a sua obra em qualquer ponto da Comunidade Autónoma ou do Norte de Portugal. A Celta de Artes Gráficas Pertence ao grupo editorial Prensa Ibérica, que integra 10 revistas e 22 jornais diários, entre eles o jornal Faro de Vigo, reitor da imprensa espanhola e fundado em 1853. A origem da gráfica remonta a décadas, quando a gráfica fazia parte da Faro de Vigo. Posteriormente, a Celta de Artes Gráficas foi criada como uma empresa independente dentro do grupo Prensa Ibérica, para continuar a imprimir o Faro de Vigo e, por sua vez, prestar serviços de impressão para outros clientes da Espanha e Portugal, incluindo o jornal OPINIÃO PÚBLICA. A Celta de Artes Gráficas, certificada pela ISO 14001, orgulha-se também de ser uma empresa comprometida com o meio ambiente.

Mensagens “Na sua trajetória, o Jornal OPINIÃO PÚBLICA consolidou-se como um dos mais importantes e respeitados veículos de comunicação de Vila Nova de Famalicão, com credibilidade alcançada através do trabalho qualificado de seus profissionais e da visão de seus fundadores, que orientam o OPINIÃO PUBLICA como um valioso instrumento de utilidade pública, informando a sociedade com absoluta transparência. Agradeço a participação ativa do jornal nos diferentes eventos desportivos, culturais e sociais realizados no município e todo o apoio dispensado ao Famalicense Atlético Clube, com especial realce para a inovação das transmissões diretas de todos os jogos do FAC no Campeonato Nacional da primeira divisão de Hóquei em Patins. Parabenizo o diretor, João Fernandes, extensivo a todos os colaboradores, pelo esforço de cada um na construção deste primoroso jornal, que tanto contribui para o acesso às informações do município.” Sofia Machado Ruivo, Presidente Direcção FAC


Opinião Pública reforça presença na internet

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Procurando acompanhar a evolução dos tempos em que o uso da internet continua a crescer globalmente, o Jornal Opinião Pública (OP) melhorou e reforçou a sua presença online. Sem nunca ter deixado de ser impresso e distribuído gratuitamente no concelho de Famalicão, o Opinião Pública, atento às exigências de um público cada vez mais internauta, melhorou significativamente a sua presença online apresentando atualmente um site moderno, atrativo e responsivo. O site do OP apresenta as secções de sociedade, cultura, economia, desporto e opinião sendo possível a consulta, a qualquer altura, de edições anteriores. Com um banco de cerca de 8 mil subscritores que, semanalmente à quarta-feira, recebem o jornal no seu email, pretende-se, desta forma, fidelizar um público leitor que prefere o online ao papel. Atualmente, o OP leva a informação gratuita a mais lares, a mais empresas e a mais lugares do concelho de Famalicão para que a atualidade chegue a todos os famalicenses e agora também a todo o mundo, através da sua edição online. Como resultado de

um trabalho de vários anos, o Opinião Pública é o semanário mais lido do concelho de Famalicão e o segundo mais lido do distrito de Braga, segundo um estudo re-

cente da Marktest. Quando os jornais digitais começaram a aparecer eram uma mera reprodução do impresso, mas com o tempo, foi ganhando

funcionalidades permitindo aos leitores uma participação mais ativa, inclusivamente na produção jornalística. Uma interação que ocorre por meio de comentá-

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rios, reações, partilhas e assinatura de newsletters. De facto, num ambiente virtual, a interação com o conteúdo é naturalmente maior através dos diversos formatos: imagem, texto, vídeos e som, tornando a experiência da leitura atraente e dinâmica. Além disso, quem lê notícias online consegue, no momento, aceder a informações complementares, o que lhe permite conhecer abordagens diferentes sobre o mesmo assunto. Por outro lado, a presença online possibilita que o conteúdo seja atualizado a qualquer altura, sem ter que se esperar pela semana seguinte. Deste modo, os leitores têm acesso às notícias diariamente, seja por meio de notificações no telemóvel, por meio do e-mail ou das redes sociais. Toda uma flexibilidade que o material online oferece, e que traz à redação uma maior liberdade de trabalho e de gestão das notícias. Trata-se, pois, de uma estratégia que aumenta a possibilidade de conquistar novos projetos, mais público e uma comunicação mais abrangente. A subscrição online é possível fazer-se no site www.opinaopublica.pt. pub


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Mensagens “Assinalar um aniversário é sempre motivo de regozijo. Fazê-lo quando se trata de um órgão de comunicação social é também um ato de reconhecimento púb l i c o . Acresce que trinta anos de um título de imprensa regional é, por si só, merecedor de cumprimento. Mais do que um conjunto de conteúdos informativos, sempre vimos na imprensa mais uma das vertentes de afirmação de uma região ou de um concelho, das suas gentes e organizações. O Opinião Pública reflete isso mesmo: um espaço de informação e opinião, independente, que ajuda a escrever a história de Vila Nova de Famalicão através da atualidade. Em tempos tão difíceis para a imprensa escrita, manter este título ativo e relevante é uma tarefa desafiante, mas, com certeza, compensadora. Direção, jornalistas e colaboradores do Opinião Pública estão de parabéns.” Braz Costa, Diretor-geral do CITEVE

Um casamento feliz e duradouro

Departamento Comercial e Empresas

Neste especial sobre o trigésimo aniversário do Jornal Opinião Pública orgulhamo-nos de publicar anúncios publicitários de empresas famalicenses que nos acompanham desde a edição nº 0. É de salientar a fidelidade e confiança criada entre o tecido empresarial concelhio e o nosso departamento comercial. Assumidamente parceira das empresas da região, a nossa equipa comercial possui uma carteira de clientes bastante interessante. E este é um trunfo importante da Fernanda Costa e da Sónia Azevedo. Não temos dúvidas de que uma equipa dinâmica e eficiente, como a nossa, rapidamente se torna num parceiro importante de uma empresa que quer prosperar. O exemplo e a determinação do nosso diretor, João Fernandes, tem sido, desde sempre, determinante no nosso sucesso. E agora, com a experiência e criatividade do Arcindo Guimarães, os desafios são mais que muitos. Por outro lado, a totalidade dos meios multimédia de que é detentora a Editave consegue, em pouco tempo, colocar uma marca ou produto ao alcance de todos os famalicenses e não só. A Editave é detentora do Jornal

Opinião Pública e da Fama Rádio e Televisão de Famalicão. Os três meios disponibilizam sites e redes sociais autónomos, sendo que, só nas redes sociais, somamos mais de 130 mil seguidores, que representam mais do que a totalidade dos utilizadores de redes sociais do concelho. É também por isso que qualquer mensagem precisa de muito pouco tempo para chegar à população onde nos inserimos. Por outro lado, recentemente a Editave acolheu o nascimento de uma agência de marketing, a WeTURN.ON, em que, através dela, conseguimos oferecer serviços a 360 graus no off

line e no digital, ou seja, desde a conceção de uma marca, à criação do logótipo até à distribuição por todos os meios disponíveis. Os clientes podem também contar connosco na conceção da publicidade em si. Sabendo que as empresas comunicam muito através do vídeo, neste momento, estamos em condições de oferecer serviços de áudio visual de grande qualidade ao nível da captação e edição de imagens, nomeadamente aéreas, resultando num produto que agrada aqueles de quem precisamos para prosseguir esta nossa missão de informar. pub


OPINIÃO SPORT: o espaço do desporto famalicense

O OPINIÃO PÚBLICA é o único jornal do concelho que integra, há mais de 20 anos, um suplemento desportivo: o OPINIÃO SPORT. Desde muito cedo, que a direção do jornal percebeu que o desporto, os atletas e as associações do concelhio mereciam outro destaque. Este é, aliás, um espaço onde cabem todas as modalidades. Para além do futebol, que, como desporto de massas que é, merece grande destaque no OPINIÃO SPORT, este suplemento dá também visibilidade a muitas outras modalidades que são praticadas pelas equipas e associações do concelho. E são muitas, desde o ciclismo e o atletismo, passando pela natação, hóquei em patins, andebol, basquetebol, badminton, artes marciais, boccia e desporto motorizado… entre muitas, muitas outras. Desde sempre que procuramos divulgar todas as modalidades onde estão presentes equipas ou atletas famalicenses. Damos também visibilidade às atividades promovidas pelos muitos clubes e associações do concelho. Não desvalorizamos ninguém, para nós todos são importantes. Desde o atleta mais conhecido e mais medalhado, ao atleta que está a começar a sua carreira. Desde a associação mais pequena, ao clube que tem mais visibilidade. O OPINIÃO SPORT é plural, aberto e rigoroso. A nossa equipa não é ilimitada, pelo que não podemos estar em todo o lado. Mas estamos sempre recetivos a divulgar as informações que nos fazem chegar. É assim que, semanalmente, fazemos a nossa “maratona” pelo concelho, em estreita colaboração com as coletividades. A todas, o nosso sentido agradecimento.

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Mensagens Ao completar estes 30 anos do Jornal Opinião Pública não posso deixar de agradecer e louvar o trabalho que tem sido feito em prol da comunidade e do concelho de Vila Nova de Famalicão. A marca Opinião Publica é, hoje em dia, uma marca importante do nosso concelho. Enquanto presidente do Futebol Clube de Famalicão, agradeço também a dedicação ao desporto concelhio em todas as suas modalidades, especificamente ao Futebol Clube Famalicão. Ao longo destes 30 anos o Jornal Opinião Publica foi um importante elo de aproximação entre o clube e os Famalicenses, levando-lhes sempre informação em primeira mão, partilhando dos momentos felizes do clube e também os menos felizes, quando assim foi necessário. Desejamos as maiores felicitações a todos quantos fazem este semanário acontecer e fazemos votos que continuem com o excelente trabalho a informar Famalicão por muitos mais anos. Parabéns Opinião Pública! Jorge Silva, Presidente do FC Famalicão pub


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O Opinião Pública esteve lá! opiniãopública: 21 de julho de 2021

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30 anos de acontecimentos marcantes em Famalicão

Ao festejarmos três décadas de edições regulares e ininterruptas a informar Famalicão, fomos folhear o Jornal Opinião Pública, desde a sua edição nº 0, de 17 de julho de 1991, até ao último jornal de 2020. Foram centenas de milhar de notícias, boas e más, milhares de saídas em reportagem de dia ou à noite, sete dias por semana, muitos e bons artigos de opinião e os anúncios daqueles que acreditam que, com a nossa ajuda, conseguem ir mais longe. Com a missão de informar com isenção e rigor, o Jornal Opinião Pública celebra este aniversário com a convicção de que conseguiu ser um Jornal de referência no concelho de Vila Nova de Famalicão e, ao mesmo tempo, com o mesmo entusiasmo e motivação dos primeiros dias. Deste folhear, destacamos, de forma muito sucinta, alguns temas que o Opinião Pública trouxe às primeiras páginas ao longo destes 30 anos. Com a ajuda de famalicenses que se destacaram e destacam numa ou noutra área em particular, publicamos também neste “Caderno Especial 30 Anos” artigos que merecem atenção pela sua pertinência e atualidade.

1991

primários, uma das principais iniciativas resultantes da lidas na imprensa regional. Manifestações de rua, greves cooperação entre o Município e a Administração Central do de fome, corte de estradas ou desvio de matérias primas Estado foi a construção do Centro de Saúde da cidade, estavam nas manchetes do OP. inaugurado em 1991. Uma infraestrutura moderna que perA polémica ETRSU de Riba d´Ave mitiu uma melhoria muito significativa dos cuidados de saúde prestados aos famalicenses. A construção de uma Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos na Quinta do Mato colocou a popuOs primeiros passos das escolas profissionais lação de Riba de Ave em alvoroço. Temendo os impactos Nos finais dos anos 80 e princípios dos anos 90 come- ambientais provocados pela laboração da central, a popuçaram a surgir as primeiras escolas profissionais em Fama- lação veio para a rua manifestar-se através de greves de fome, imposição de cartazes e encerramento de ruas com licão. Depois da Artave surgem a Forave e a Cior com a missão barricadas. Foi uma luta dura, mas a ETRSU acabaria por de preparar profissionais especializados nas diversas áreas ser construída. profissionais, capazes de responder às exigências do mercado de trabalho. Ao longo destes anos, o ensino profissional tem dado cartas na preparação de jovens mais qualificados em diversos setores de atividade.

Capela de Santa Filomena veio abaixo A venda dos terrenos e ruínas da capela de Santa Filomena, em Mouquim, fez correr muita tinta no início da década e até chegou à Assembleia da República. Inconformados com a venda, os paroquianos prometiam não desistir de lutar pela manutenção do local de culto, Vale do Ave: A crise nunca acaba mesmo contra uma decisão já tomada pela Igreja. A crise têxtil do Vale do Ave andou na boca do povo duApesar de tudo, a Capela foi demolida em março de rante muitos anos e era frequentemente tema de abertura 1992. O OP escreveu que foi “O Fim da Guerra Santa”. dos telejornais nacionais. Empresas com dificuldades económicas, com processos judiciais, salários em atraso ou Centro de Saúde muda-se para novas instalações No domínio da modernização dos cuidados de saúde despedimentos coletivos eram palavras muito ouvidas e

1992

Camilo Castelo Branco dá nome à biblioteca de Famalicão A afirmação da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, como espaço cultural por excelência para a promoção da cultura e do conhecimento, passou pela construção de um edifício de raiz, inserido na Rede Nacional de Leitura Pública e inaugurado em 1992, no Parque de Sinçães. Um edifício moderno à altura de um concelho jovem e em crescimento e que, agora, passados 30 anos, se encontra em obras de modernização.

Arquivo Municipal, que ficou localizado no edifício municipal da Casa da Cultura, na Rua Direita. Em 1992, foi reinstalado nos Paços do Concelho, passando a ter a denominação do Arquivo Municipal Alberto Sampaio.

1993

Japoneses na mira do Vale do Ave Apesar da crise, o Vale do Ave continuava a atrair investimentos para o setor têxtil. Uma empresa japonesa, a Têxteis Tsuzuki, de Vila do Conde, anunciava investir 20 milhões de contos na fiação de algodão, num projeto Arquivo Municipal muda-se com resultados a longo prazo. Com isto, os para os Paços do Concelho japoneses pretendiam fazer concorrência diEm 1988, tinha sido aberto ao público o reta aos fios importados.

Famalicenses vão à missa na Matriz Nova A inauguração da Igreja Matriz Nova, em terrenos cedidos pelo Município à Igreja Católica, marcou a criação de uma nova centralidade na cidade. O complexo engloba também o Centro Pastoral e Cívico, a Residência Paroquial, as instalações da Creche Mãe e o Museu de Arte Sacra. Apesar da abertura do novo espaço de culto na cidade, a antiga Matriz continuou a receber celebrações religiosas, embora sob o desejo de obras de recuperação, que viriam a concretizar-se em 2013.

de 20 anos, serviria toda a região dando emprego, na Câmara Municipal. altura, a 150 trabalhadores. A par do Citeve, foi um dos Famalicão ganha piscinas cobertas grandes investimentos co-financiados pela ComuniAs piscinas municipais eram uma aspiração antiga dade Europeia. da comunidade famalicense na área do desporto. Mega Operação Malha Branca Assim, embora já estivessem concluídos os campos de julgou narcotráfego ténis e as piscinas descobertas, em 1993, foram inauA Polícia Judiciária desmantelou uma rede de nar- guradas as piscinas municipais cobertas, um amplo cotráfego que atuava no Vale do Ave e que era, à altura, equipamento desportivo equipado com duas piscinas, uma das maiores redes de droga em Portugal. A desig- um ginásio, sauna, enfermaria e gabinetes técnicos. nada Malha Branca conduziu à cadeia 29 pessoas, entre os quais doze mulheres e dois guardas da GNR. A Rede de narcotraficantes atuava a partir de Landim e era liderada por uma mulher que ficou conhecida como “Espalha Brasas”. Foi tal o número de envolvidos, que o caso teve que ser jugado no Quartel dos Bombeiros Voluntários de Famalicão. A referida mulher voltaria à barra do tribunal em 2010 acusada de crimes semelhantes.

PS vence autárquicas mas perde vereador Tal como no resto do país, o eleitorado famalicense fintou todas as previsões relativas à autárquicas de Matadouro Central de Entre Douro e Minho 1993. O PS perdeu um vereador, um deputado municiEm Lousado, no ano de 1993, nascia o Matadouro pal e três juntas de freguesia. Quem aproveitou foi o Central de Entre Douro e Minho. Num investimento de PSD que ganhou um vereador e quatro juntas de fre3 milhões de contos o equipamento, esperado há mais guesia. Agostinho Fernandes era reeleito presidente da


ESPECIAL

1994

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Ratificação do Plano Diretor Municipal A ratificação do Plano Diretor Municipal (PDM) deu início a uma nova fase para o ordenamento do território de Famalicão. Pela primeira vez foi aprovado um instrumento de planeamento territorial que abrangia todo o território concelhio. O PDM estabelecia uma estrutura espacial para o território, com a classificação dos solos e os índices urbanísticos, tendo em conta os objetivos de desenvolvimento, a distribuição racional das atividades económicas, as necessidades habitacionais, os equipamentos, as redes de transportes e de comunicações e as infraestruturas.

cípio. Desde a sua criação, em 1989, o CITEVE tem-se afirmado como uma instituição de referência, no panorama nacional e internacional, em matéria de promoção da inovação e desenvolvimento da indústria têxtil e do vestuário.

Vale do Ave avança Via Intermunicipal Joane-Vizela No início da década de 1990, uma das principais necessidades viárias, a nível regional, era uma ligação rodoviária para os aglomerados urbanos de Joane, Riba d’Ave e Vizela, percorrendo uma das zonas mais densamente industrializadas e urbanizadas do Vale do Ave. A Associação de Municípios do Vale do Ave, CITEVE nasce para virar a página dos têxteis em articulação com os Municípios de Famalicão, GuiEm 1994 teve lugar a inauguração das atuais ins- marães e Santo Tirso, decidiu promover esta importalações do CITEVE, situadas na Avenida do Brasil, tante infraestrutura rodoviária, que teve início em num terreno disponibilizado para o efeito pelo Muni- 1991 e ficou concluída em 1994.

1995

se manteve sempre contra a estrutura e, mesmo depois de pronta, ameaçava “chegar-lhe fogo”. O que é certo é que pouco tempo depois de começar a laborar, confirmar-se-iam os maus cheiros.

1995, o Parque de Sinçães conta, para além de uma ampla área verde, com dois dos principais equipamentos culturais públicos da cidade: a Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco e a Casa das Artes. O Parque de Sinçães oferece, também, condições para o lazer e o exercício físico, destacando-se a existência de um parque radical, indicado para a prática de skate. Câmaras públicas, serviços privados As empresas privadas estão, de assalto às câmaras municipais. A corrida à concessão de serviços públicos, como abastecimento de água e tratamento de lixo, começou em 1995. O capital privado começava também a ser aliciado para investir em conjunto com as autarquias em sociedades mistas.

1996

ETRSU já labora Logo no início do ano entra em funcionamento a contestada Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos de Riba de Ave. A estação começara por tratar Inauguração do Parque de Sinçães diariamente 240 toneladas de lixo oriundo dos conceA primeira referência à implantação de um espaço lhos de Fafe, Famalicão, Guimarães e Santo Tirso. Come- verde na zona de Sinçães surge no Plano Parcial de Urçou por dar emprego a 12 pessoas. A população é que banização da Zona Oriental, de 1971. Inaugurado em

Estratégia de Intervenção Urbana Em 1996, o Município apresentou a Estratégia de Intervenção Urbana, um documento estratégico que continha propostas nas vertentes da salvaguarda e revitalização da área central da cidade, da estrutura verde urbana, da estrutura da rede viária e da organização dos serviços municipais.

1997

Centro Cultural e da Juventude abre em Joane O Centro Cultural e da Juventude de Joane foi promovido pela Associação Teatro Construção e contou com o apoio do Município. Inaugurado pelo Presidente da República de então, Jorge Sampaio, este equipamento dispõe de um auditório vocacionado

TUF aproximam a cidade das freguesias A ideia de implementar uma rede de transportes urbanos surgiu pela primeira vez em 1973. Na década de oitenta, com a elevação de Famalicão à categoria de cidade, a ideia de dotar o centro urbano e a periferia com um sistema de transportes urbanos voltou a ganhar forma. Após diversas vicissitudes, o projeto da rede ficou concluído em 1996 e, em 1997, foram formalmente inaugurados os Transportes Urbanos de Famalicão (TUF), contribuindo para o reforço da mobilidade no território.

O adeus a Manuel Simões No início do ano falecia o sacerdote jesuíta, compositor, poeta e professor que Famalicão tanto estimava. Manuel Simões foi diretor da Casa-Museu de Camilo e responsável pela Fundação Cupertino de Miranda tendo sido um dos mais ilustres investigadores da obra de Camilo Castelo Branco.

Implementação do SIDVA (Sistema Integrado de Despoluição do Vale do Ave) A gestão integrada e a valorização da bacia hidrográfica do Ave foi uma das razões que determinou a formação da Associação dos Municípios do Vale do Ave (AMAVE), de que Famalicão foi um dos fundadores. Uma das principais prioridades estratégicas da AMAVE foi a despoluição do rio Ave e dos seus afluentes. A implementação do SIDVA - Sistema Integrado de Despoluição do Vale do Ave, tem como objetivo o saneamento, depuração e destino final das águas repara a dinamização de atividades culturais e acolheu, siduais, contribuindo para a harmonização entre a até 2013, o Pólo de Joane da Biblioteca Municipal. qualidade ambiental e o crescimento económico.

de Saúde do Vale do Ave (ESSVA), em grande parte devido ao empenho do Município. O edifício atual da ESSVA foi inaugurado em 2004, constituindo-se como uma escola modelar para o ensino das ciências e tecnologias da saúde.

1998

Agostinho resiste Em ano de eleições autárquicas, Agostinho Fernandes é reeleito presidente da Câmara de Famalicão pelo Partido Socialista. Apesar de ter perdido mais de quatro mil votos em relação a 1993, a vitória nestas eleições autárquicas acabaria por ser mais creditada a Implantação da CESPU Agostinho Fernandes do que ao PS. Logo aí Agostinho Em 1997, a CESPU - Cooperativa de Ensino Superior, Fernandes já anunciava que haveria de se recandidatar Politécnico e Universitário, criou em a Escola Superior em 2001.

Regulamento Municipal de Salvaguarda e Revitalização da Área Central da Cidade Este regulamento tinha como finalidade promover o desenvolvimento harmonioso do conjunto urbano que constitui a área central da cidade e assegurar a sua articulação com os espaços confinantes de construção mais recente. Visava, igualmente, a salvaguarda dos valores arquitetónicos e culturais que caracterizam a memória coletiva e constituem os elementos estruturantes da fisionomia urbana.

Indústria Têxtil ganha Museu O projeto do Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave foi aprovado pela Câmara Municipal em 1988 e, em 1992, foi instalado no edifício do antigo quartel dos Bombeiros Voluntários de Famalicão. Em 1998, o museu foi transferido para as atuais instalações, na antiga fábrica Lanifícia do Outeiro, em Calendário. O novo edifício permitiu a apresentação da exposição permanente e a instalação de outros serviços do museu, contribuindo para a preservação e

a valorização do património industrial concelhio e regional. Lançamento da Rede Social Em 1998 foram dados os primeiros passos para a implementação e dinamização, a nível local, de uma verdadeira Rede Social. Em 1999, foi criado o Conselho Local de Ação Social, que é um fórum de parceria estratégica para a coordenação do desenvolvimento social do concelho.


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ESPECIAL

opiniãopública: 21 de julho de 2021 Parque da Juventude próximo das escolas Este parque está ligado ao desenvolvimento urbanístico de uma grande área no centro da cidade: o Cadafal. O parque caracteriza-se pela predominância de zonas desportivas e de espaços relvados e de lazer. A sua configuração complementa as atividades que o rodeiam, designadamente os principais equipamentos escolares e desportivos da cidade.

1999

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o Instituto de Emprego e Formação Profissional. Abandonando umas instalações exíguas e sem condições, o novo Centro de Emprego de Famalicão beneficiou de uma melhoria qualitativa dos serviços públicos de emprego e formação profissional a nível local.

Complexo Desportivo de Joane O Complexo Desportivo Municipal de Joane, que é um relevante polo desportivo da zona nordeste do concelho, dispõe de uma piscina coberta, um tanque de aprendizagem e de um pavilhão gimnodesportivo. A partir de 2013, as suas instalações passaram a albergar também o Pólo de Joane da Biblioteca Municipal. espetáculos de Famalicão à época, mas viria a fechar em dezembro de 1989. A sua manutenção ou não deu muitas voltas, mas viria mesmo a ser demolido para dar lugar a um edifício para habitação e comércio.

2001

2000

Pavilhão Municipal das Lameiras O final da década é marcante para os moradores do complexo habitacional das Lameiras que assistem à abertura do seu novo Pavilhão Gimnodesportivo MuFamalicense é nomeado Arcebispo Primaz nicipal. Um recinto desportivo e uma bancada com 450 O sacerdote famalicense Jorge Ortiga foi nomeado lugares fazem parte do complexo. arcebispo primaz de Braga em julho de 1999 sucedendo a D. Eurico Dias Nogueira. D. Jorge Ortiga, natuAbertura do Centro de Emprego ral de Brufe, tinha 55 anos quando assumiu o cargo no O atual edifício do Centro de Emprego foi consqual ainda se mantém aos dias de hoje. truído pelo Município, resultado de uma parceria com

Casa das Artes abre portas à cultura A Casa das Artes foi concebida com o objetivo de dotar o concelho de um equipamento de referência que o impulsionasse como um polo dinamizador da atividade cultural a nível regional e nacional. Situada no Parque de Sinçães, a Casa das Artes contribui para a valorização e animação do parque, beneficiando, por seu lado, das características de uma ampla zona verde. Entre outros espaços, a Casa das Artes dispõe de um grande auditório com 500 lugares, um pequeno auditório com 124 lugares e um café-concerto de 120 lugares. O adeus ao Cine-Teatro Augusto Correia Em fevereiro de 2001 o Cine-Teatro Augusto Correia foi demolido. Inaugurado em 1962, era a mais importante casa de

Inauguração do Museu Bernardino Machado Em 1988, o Município adquiriu o palacete do Barão da Trovisqueira, datado do século XIX, tendo definido como prioridade a sua reabilitação. Em 1995, após a doação do acervo de Bernardino Machado ao Município, foi decidido aí instalar o Museu Bernardino Machado, dignificando assim a memória do ilustre estadista, famalicense de coração. A inauguração aconteceria em 2001.

Manuais escolares gratuitos O Município de Famalicão promove a atribuição de manuais escolares gratuitos a todas as crianças que frequentam as escolas do 1º ciclo do concelho. A medida foi inédita e inovadora a nível nacional e viria, nos anos subsequentes, a ser alargada a outros graus de ensino.

2002

Armindo Costa substitui Agostinho Fernandes Após 19 anos à frente do município de Famalicão, Agostinho Fernandes viria a ser substituído, em dezembro de 2001, por Armindo Costa nas eleições autárquicas realizadas naquele mês. O candidato pela Coligação PSD/PP conquistou maioria absoluta com 47% dos votos. Nessas eleições, a coligação de direita venceu em 28 freguesias, passando a deter a maioria das juntas.

Mais de 500 Camionistas invadem Famalicão Em junho de 2001 o estado caótico do trânsito em

Famalicão acolhe imigrantes de Leste Tal como no resto do país, por volta de 2002, Famalicão via crescer exponencialmente o número de imigrantes, na sua maioria oriundos de países de Leste, sobretudo da Ucrânia. Imigrantes provenientes

2003

Famalicão foi motivo de notícia nacional. Tudo porque mais de 500 camiões escolheram a cidade para se concentrarem, numa organização do Núcleo de Camionistas do Minho. Com ruas vedadas ao trânsito os camionistas festejavam mais do que protestavam numa tarde de sábado em que o barulho das buzinas foi ensurdecedor.

da Rússia, e da Moldávia também escolheram Famalicão para trabalhar. A construção civil foi o setor que acolheu mais imigrantes. Diziam, na altura os especialistas, que Portugal estava num nível de imigração muito próximo do dos anos 60. Habitação social chega a Fradelos Este ano marcou o início, há muito esperado, do novo complexo habitacional de Valdossos, em Fradelos. As cerca de duas dezenas de famílias, que até então viviam em barracas, haveriam de vir a ser realojadas em 45 novas habitações sociais que custaram 2,4 milhões de euros.

União histórica no Minho A iniciativa reuniu a Universidade e a Associação Industrial do Minho e as Câmaras de Famalicão, Braga, Guimarães e Barcelos. Um protocolo de Desenvolvimento Regional foi assinado com o objetivo comum de “reivindicar investimentos para o Minho de forma concertada e planeada”.

Famalicão avança na defesa dos animais são apenas dois dos famosos e importantes comboios Neste ano começou a funcionar o Canil Municipal, expostos no Museu famalicense. uma estrutura localizada em Esmeriz e com uma capacidade inicial para 30 animais. Na mesma altura, a autarquia lançou pela primeira vez uma campanha de esterilização e começava-se a ouvir com frequência o termo “adote um animal”.

Matadouro fechado por falta de condições A unidade de abate de Lousado esteve encerrada durante cinco dias no início de 2003 devido a problemas higieno-sanitários detetados durante uma inspeção da Direção Regional da Agricultura. Após cinco dias a estrutura voltava a abrir após a resolução dos problemas detetados.

Museu de Lousado abre com relíquias Após obras de fundo de renovação, o novo Museu Ferroviário de Lousado abriu na primavera de 2003 com um acervo ferroviário “riquíssimo”. A mais antiga máquina a vapor de via estreita existente em Portugal ou um salão de luxo italiano que transportou os Presidentes da República Óscar Carmona e Craveiro Lopes


2004

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Adultos voltam à escola No início do ano letivo 2004/2005 o OP dava conta de que estava a aumentar exponencialmente o número de adultos interessados em voltar a estudar. O ensino recorrente e extra-curricular registava, assim, grandes níveis de adesão com aulas a decorrer em várias freguesias do concelho. Eram sobretudo adultos desempregados e com baixos níveis de escolaridade. Nascia, assim, o programa Novas Oportunidades. Inauguração da variante nascente A variante nascente à cidade dispõe de ligações às Modernização auto-estradas A3 e A7 e às estradas nacionais de acesso da linha do Minho ao Porto, Santo Tirso, Guimarães e Braga. Com uma conÉ inaugurada pelo primeiro-Ministro, Durão Barroso, figuração de meio anel, tem permitido que, uma parte do enorme tráfego que diariamente atravessa Famali- a modernização da Linha do Minho, entre Lousado e Nine, englobando a eletrificação e a duplicação da via cão, deixe de circular pelo centro da cidade.

2005

ESPECIAL

Conclusão da Autoestrada A7 Neste ano foi concluída a autoestrada A7, entre Famalicão e a Póvoa de Varzim/Vila do Conde. Para além de reforçar a mobilidade regional, a concretização desta via reforçou a posição geoestratégica de Famalicão como local de charneira entre o Minho e a Área Metropolitana do Porto. Inauguração do Centro de Estudos Camilianos A 1 de junho era inaugurado, em Seide, o Centro de Estudos Camilianos, da autoria do arquiteto Siza Maria II e dos 20 anos da elevação a cidade. As comeVieira. Trata-se um equipamento cultural que tem tido morações ficaram marcadas pela inauguração de um como finalidade a promoção da vida e da obra de Ca- polémico mural nos jardins dos Paços do Concelho. milo Castelo Branco, o escritor cuja casa-museu se loAulas de manhã e à tarde geraram protestos caliza nas proximidades. A implementação do chamado horário normal nas Comemorações dos 800 anos da atribuição do Foral escolas do primeiro ciclo não foi pacífica, em setembro Tendo como finalidade honrar a identidade secular de 2005, em Famalicão. Vários foram os estabelecida comunidade famalicense, o Município, com o en- mentos de ensino que encerraram, como forma de provolvimento da sociedade civil, promoveu as comemo- testo, nomeadamente escolas sem cantina que, com o rações dos 800 anos da atribuição do Foral de D. horário das aulas a ser de manhã e de tarde, não tiSancho I, dos 170 anos da criação do concelho por D. nham solução para o serviço de refeições.

2006

Aprovada a Carta Educativa Os órgãos representativos do Município aprovaram a Carta Educativa Municipal, que foi homologada pelo Governo no ano seguinte. A Carta Educativa é o documento estratégico municipal de ordenamento da rede de ofertas de educação e formação.

e a reabilitação das estações de Famalicão, Lousado e Nine e, também, dos seus apeadeiros. No mesmo ano, foi inaugurada a modernização da linha de Guimarães, que englobou a construção da nova estação de Caniços, em Bairro. Coligação PSD/PP com maioria absoluta Em outubro de 2005 os portugueses foram votar para os órgãos autárquicos e em Famalicão Armindo Costa candidato da Coligação PSD/PP conquistou uma maioria absoluta “confortável” elegendo sete vereadores. Neste referendo a coligação conseguiu também reforçar o número de deputados na Assembleia Municipal. O PS foi o grande derrotado enquanto a CDU manteve a Junta de Arnoso Santa Eulália e o BE conseguiu eleger um deputado para a Assembleia.

existiam, na altura, mais famílias de acolhimento e as práticas da IPSS famalicense inspiraram a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que atualmente já dispõe de um serviço semelhante.

Hospital faz triagem de doentes A Triagem de Manchester no serviço de urgência do Hospital de Famalicão começou a funcionar no último dia de julho de 2006. A partir dessa data, e até hoje, os doentes são atendidos de acordo com a gravidade do seu estado de saúde. Cuidados Continuados chegam a Riba d´Ave Famalicão com mais crianças Em setembro de 2006 o Hospital Narciso Ferreira, em acolhimento familiar de Riba d´Ave, dava início a uma experiência piloto de Através da Mundos de Vida, instituição social de cuidados continuados de saúde. A chamada unidade de média e longa duração começou por disponibilizar Lousado, o acolhimento familiar de crianças e jovens em risco sai da gaveta. Famalicão era o concelho onde 30 camas.

2007

nior Feliz já havia sido aprovado dois anos antes, mas não iria avante. Mário Mesquita é substituído na Santa Casa da Misericórdia Depois de 15 anos como Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Famalicão, Mário Mesquita despediu-se do cargo, em dezembro de 2007, para passar o testemunho a José Nogueira que acompanhou a proliferação das respostas sociais nas áreas da infância e terceira idade que foi bem evidente no concelho de Famalicão. Já a primeira mulher Provedora, Maria Helena Lacerda, haveria de tomar posse em 2011.

Inauguração do Palácio da Justiça É inaugurado o novo edifício do Palácio da Justiça de Famalicão. Para além de ser um dos edifícios judiciais mais modernos a nível nacional, o novo Palácio da Justiça apresenta condições para potenciar uma nova centralidade na zona norte da cidade, dada a sua localização e a proximidade com a EN 14 e o Parque de Sinçães.

Passe Sénior Feliz para maiores de 65 Neste ano nasce o passe Sénior Feliz, resultante de uma medida social da autarquia, que injetou na altura, 175 mil euros nos Transportes Urbanos de Famalicão. A verba traduziu-se no pagamento de metade do valor do passe social. A contrapartida seria a obrigatoriedade de ter a frota de autocarros totalmente renovada no espaço de um ano. O passe Sé-

Fim de semana com problemas ambientais Em Calendário, sangue e vísceras de animais correram pela EN 14, junto à rotunda da variante provocando o caos no trânsito. A situação terá sido originada por uma descarga ilegal. Já em S. Cosme, vários moradores de uma rua tiveram problemas respiratórios e náuseas causados por um cheiro intenso de uma das estufas agrícolas das redondezas. Tiveram mesmo que pernoitar fora de casa. Na origem do problema terá estado a inalação de um gás libertado durante uma operação de desinfestação do solo.


ESPECIAL

opiniãopública: 21 de julho de 2021 GNR de Joane em casa nova Neste ano foram inauguradas as novas instalações no novo Quartel da GNR de Joane. O edifício custou 700 mil euros e foi classificado pelo Ministro da Administração Interna como um “posto do século XXI”.

2008

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Complexo Desportivo de Ribeirão põe a população a mexer De modo a servir as populações da zona sul do concelho, o Complexo Desportivo Municipal de Ribeirão está equipado com piscinas para aprendizagem infantil, para competição e manutenção e para idosos e pessoas com deficiência. O complexo engloba igualmente um ginásio para educação física e outras atividades de academia.

Oliveira Ferreira fechou as portas A quase centenária Fiação e Tecidos Oliveira Ferreira de Riba d´Ave encerrou as portas e deixou no desemprego 210 trabalhadores. Já há muito tempo que eram conhecidos os problemas desta empresa que chegou a ser líder nacional na exportação de flanela. Pavilhão “Terras de Vermoim” serve a nascente É inaugurado o Pavilhão Gimnodesportivo Municipal “Terras de Vermoim”, que visa servir a zona nascente do concelho. O equipamento é constituído por um recinto para a prática de diversas modalidades, uma bancada com capacidade para cerca de 400 lugares, ginásio e gabinetes técnicos.

Tesco veio para Ribeirão Representando um investimento de 10 milhões de euros, a multinacional japonesa Tesco instalou-se em Ribeirão. A fábrica de componentes para automóveis criou 50 novos postos de trabalho e abriu com a ambição de ser a empresa número um da Europa, no seu segmento.

2009

mento desde janeiro. Parque do Vinhal O Plano de Urbanização de 1948 apontava que o vale do Vinhal fosse um espaço não construído, criando condições para a instalação nesse espaço de um parque verde urbana. Para além da valorização do ribeiro e das suas margens, o parque foi requalificado em 2009, passando a dispor de um conjunto de equipamentos lúdicos, nomeadamente um parque infantil, um parque de lazer com percursos pedestres e um parque de merendas. Rede Local de Educação e Formação Pioneira a nível nacional, a Rede Local de Educação e Formação de Famalicão contribui para uma melhor articulação entre entidades de formação profissional e entidades do sistema educativo. O Município, em parceria com diversas entidades públicas e privadas não lucrativas do sistema de educação e formação, desenvolve e dinamiza esta Rede desde 2004, tendo sido formalizada em 2009.

Armindo Costa reconduzido Em outubro de 2009 a Coligação PSD/CDS alcançou uma vitória histórica no concelho. Armindo Costa foi reconduzido no cargo de presidente da Câmara, e a coligação ficou com mais freguesias. Foi assim, reforçada a maioria absoluta conseguida em 2005. Armindo Costa foi assim o quarto presidente de Câmara eleito pelo PSD mais votado no país e o sexto em termos gerais.

2011

2010

Novas urgências de qualidade O Hospital de Famalicão ganhou novas urgências que entraram em funcionamento no início do ano. Ocupando uma área de 1600 metros quadrados, o novo serviço dispõe de equipamento de topo e representou um investimento de quatro milhões de euros. As novas urgências do Hospital de Famalicão foram inauguradas em abril 2009 pelo então Primeiro Ministro José Sócrates, mas já se encontravam em funciona-

Manoel Oliveira veio a Famalicão O filme do realizador português “O Dia do Desespero” trouxe Manoel de Oliveira a Seide S. Miguel. Quem assistiu à apresentação do filme, que fala sobre Camilo Castelo Branco, foi brindado com o bom humor do cineasta, numa noite inesquecível e que ficou para a história.

APPACDM com casa nova A Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental mudou-se para um novo e moderno edifício, deixando assim os pré-fabricados que ocupou durante anos. As novas instalações custaram mais de um milhão de euros e dispõem de dois centros ocupacionais, ensino especial e serviços de apoio.

Rede desmantelada em Famalicão Numa mega operação da GNR, em Fevereiro de 2010, foram detidas 36 pessoas na sequencia do desmantelamento de uma rede de tráfico de droga que atuava a partir de Famalicão. Foram feitas 49 buscas domiciliárias nos concelhos de Famalicão, Guimarães, Santo Tirso, Porto e Póvoa de Varzim.

40 milhões para renovar escolas Foi este o valor que o município recebeu para renovar o Parque Escolar de Famalicão, entre investimentos da Câmara e do Governo. A autarquia construiu pré-primárias e o Governo requalificou as escolas secundárias Camilo Castelo Branco e D. Sancho I.

O concelho mais exportador do Norte Dados do INE revelam que Famalicão é o concelho mais exportador do Norte sendo a segunda maior economia do Minho, a seguir a Braga. Em 2011, as exportações em Famalicão atingiram perto de 1,44 mil milhões de euros, o valor mais alto entre os 86 concelhos do Norte, superando Porto e Gaia. Nova empresa gere água e saneamento Neste ano, Famalicão, juntamente com mais 13 concelhos da região Norte, entregou a gestão das redes de água e saneamento a uma empresa intermunicipal. A nova empresa, constituída em 51% pela

Águas de Portugal e 49% pelos municípios, ficou com sede nas instalações do Departamento de Ambiente da autarquia famalicense e ganhou o nome de Águas da Região do Noroeste SA. Famalicão ganha mais 6 mil habitantes 2011 foi ano de Censos. De acordo com os resultados, Famalicão era à data, o segundo concelho do distrito com maior aumento do número de habitantes. Em relação a 2001, o concelho ficou com mais 6.237 habitantes, totalizando 133.804 habitantes. Maior crescimento na mesma década, em termos de habitantes, teve o concelho de Braga.

Casas novas para famílias ciganas Os ciganos da estação mudaram-se para novas casas, na Urbanização das bétulas, em dezembro de 2010, tendo este sido considerado um dia histórico pois pôs fim a um bairro de barracas que existia junto à estação há 36 anos. Foram as obras da Refer que deram um empurrão para que a Câmara começasse a estudar a requalificação da zona da estação. OP é o mais lido do distrito Neste ano, o Jornal Opinião Pública, de acordo com um estudo da Marktest, foi o jornal mais lido do concelho de Famalicão e o segundo do distrito de Braga. Entre os jornais semanários gratuitos, o OP ocupava o primeiro lugar.


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ESPECIAL

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2012

opiniãopública: 21 de julho de 2021 Finalmente o Parque da Devesa integra as vertentes ambiental, cultural, lúdica e peA criação do Parque da Devesa era uma aspiração dagógica. Destaca-se a originalidade de um anfiteatro antiga dos famalicenses. A oportunidade de criação ao ar livre. de um parque verde na área da Devesa foi identificada pela primeira vez, em 1971, no Plano Parcial de Urbanização da Zona Oriental. Localizado em terrenos das antigas quintas agrícolas, envolventes à cidade, o Parque da Devesa foi inaugurado em 2012 e é ainda hoje um espaço natural, atravessado pelo rio Pelhe, que

ESPECIAL

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qualificação do Tribunal. Em julho, noticiava-se que o Tribunal perdera as Instâncias centrais de Crime e Cível, mantendo-se a do Trabalho. Em contrapartida voltava a Instância Central de Execução e de Comércio. A comarca ganhava quatro juízes, um Procurador do Ministério Público e 42 Oficiais de Justiça. Famalicão empreende A inauguração de um monumento ao empreendedorismo, na Avenida do Brasil, assinala um ano em que a palavra “empreendedorismo” começa a ser tema muito falado no concelho. Naquele ano, nas cerimónias do Dia da Cidade, foram homenageados vários empresários do concelho.

Novos Centros Escolares A Câmara Municipal implementa a modernização do Tudo a postos para receber carros elétricos parque escolar concelhio. Os Centros Escolares de RiO primeiro posto de abastecimento elétrico do beirão, de Joane e Luís de Camões na cidade são inaugurados em 2012, e os Centros Escolares de Antas e de concelho de Famalicão, da Immochan, foi inaugurado Louro, Mouquim e Lemenhe são inaugurados em 2013. em julho de 2012 no Parque de Estacionamento da galeria comercial do então Jumbo. Na altura a Câmara O ganha e perde do Tribunal prometeu apoiar a colocação de estruturas semelhanNeste ano, em Famalicão muito se falou da des- tes noutros locais.

2013

Novo Arquivo Municipal Alberto Sampaio O novo edifício do Arquivo Municipal Aberto Sampaio, situado na Rua Adriano Pinto Basto, criou condições para a sua afirmação como verdadeiro espaço de preservação e difusão da História da comunidade famalicense, potenciando a salvaguarda, a investigação e a divulgação da memória coletiva local.

Para a Câmara, a Coligação conseguiu 58,55% dos votos, tendo superado os resultados conseguidos em 2009 por Armindo Costa. O Partido Socialista obteve 31,78%. Mais à esquerda, CDU e BE ficaram penalizados com 3,7% e 1,62% dos votos, respetivamente.

2014

Reorganização administrativa das freguesias Em 2013, a Assembleia da República aprovou a reorCasa da Juventude dá vida a edifício antigo ganização administrativa do território das freguesias, que São inauguradas as novas instalações da Casa da Ju- reduziu de 4.259 para 3.092 o número de freguesias a ventude, no antigo edifício do Colégio Camilo Castelo nível nacional. No caso do concelho de Famalicão, o núBranco. Está equipada com um conjunto diversificado mero de freguesias passou de 49 para 34. de valências, onde se destacam uma incubadora de emPaulo Cunha é eleito novo presidente de Câmara presas, gabinete médico, espaço de estudo e de internet, auditório, bar/concerto e salas de Paulo Cunha foi eleito presidente da Câmara de Famagravação/multimédia, fotografia e ensaios. licão em outubro de 2013 pela Coligação PSD/CDS-PP. Plano Estratégico “Famalicão Visão’25” O Município promove a participação da comunidade famalicense na formulação do Plano Estratégico “Famalicão Visão´25”, que estabelece a estratégia de desenvolvimento do concelho para o período 20142025. O documento viria a ser aprovado pela Câmara Assembleia Municipal em 2015. O Plano Estratégico “Famalicão Visão’25” estabelece como visão estratégica para o futuro coletivo da comunidade famalicense “ser uma comunidade verde tecno-industrial global, num território verde multifuncional”.

mento económico do concelho. Baseada na promoção de um contexto municipal facilitador da iniciativa empresarial, procura valorizar e promover a identidade empreendedora do concelho, captar novos investimentos e auxiliar os empresários famalicenses a promoverem e desenvolverem os seus projetos empresariais. Comboio para Vigo com paragem em Nine O comboio que liga Porto a Vigo começou, neste ano, a parar em Nine. As alterações neste serviço internacional da CP, que também incluíam paragens em Valença e Viana, eram uma reivindicação de longa data.

2016

2015

Famalicão Made IN O Programa Famalicão Made IN é uma aposta estratégica do Município para promover o desenvolviPlano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Em 2015, o Município priorizou um conjunto de projetos que promovem o desenvolvimento urbano sustentável do concelho, enquadrados no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Famalicão. Este plano engloba o Plano de Ação de Mobilidade de Urbana Sustentável, Plano de Ação para a Regeneração Urbana e Plano de Ação Integrado para as Comunidades Desfavorecidas.

atendimento ao público e surge no âmbito do processo de modernização administrativa desenvolvido pelo Município. Para além do atendimento presencial, o Balcão Único tem uma vertente de atendimento telefónico e um acesso através da internet para atendimento web.

Convento em Tribunal Envolto num grande aparato mediático, o caso de um sacerdote e três irmãs religiosas da Fraternidade Missionária Cristo Jovem, de Requião, chegou ao Tribunal. Neste ano, começaram as inquirições e o Ministério Famalicenses passam Público manteve o crime de escravidão, mas deixou cair a ter Balcão Único de Atendimento o de maus tratos. Na origem deste processo, estiveram O Balcão Único de Atendimento, localizado no edi- queixas de duas noviças relacionadas com castigos que fício dos Paços do Concelho permite a centralização do terão sido perpetrados naquela instituição. A revolta das escolas O fim dos contratos de associação com as escolas privadas e cooperativas, no início de abril não foi pacífico em Famalicão. O Despacho da polémica motivou protestos de pais e professores e a Câmara de Famalicão foi uma das autarquias que publicamente se demonstrou contra a decisão do Governo e chegou mesmo a interceder junto do Ministério da Educação. Com isto, o Governo pretendeu reduzir os custos aproveitando recursos existentes nas escolas públicas que, entre-

tanto, foram alvo de modernização.

nal (1,8%)

Famalicão lidera nas exportações Em 2016 Famalicão voltava a ser dado como terceiro concelho mais exportador do Norte de Portugal reforçando o seu posicionamento como terceiro mais exportador do país. Os dados foram revelados pelo Instituto Nacional de Estatística e mostraram que as empresas de Famalicão exportaram durante o ano de 2014, mais 5,4% do que no ano anterior, registando um aumento de exportações superior à média nacio-

Plano Municipal para a Igualdade A Câmara Municipal aprova Plano Municipal para a Igualdade, um documento estratégico que tem como objetivo o enquadramento das políticas públicas locais com vista à promoção da igualdade de género, da igualdade das pessoas com deficiência ou incapacidade, da igualdade intergeracional e da igualdade e inclusão das minorias étnicas e migrantes.


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ESPECIAL

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Nova estratégia para o desenvolvimento Em 2017, foi feita a apresentação do Plano 20 - Estratégia Concelhia de Desenvolvimento Integrado. Uma das principais linhas orientadoras é a reforma da governação do território, mediante a atribuição de novas responsabilidades às Comissões Sociais Inter-Freguesias, as CSIF´s.

TMG cresce com o setor automóvel Depois de tempos difíceis que a industria têxtil da região atravessou, uma das empresas mais carismáticas do concelho, a Têxtil Manuel Gonçalves, anuncia, neste ano, a sua abertura para uma nova área de produção: os têxteis para a indústria automóvel. Representa mais 160 novos postos de trabalho.

Alternativa à EN14 A necessidade de construção de uma nova travessia sobre o Rio Ave há muito que é reclamada pelos utilizadores e autarquias. Em 2017, numa visita à empresa Continental, o então ministro do Planeamento e das Infraestruturas deixava a garantia de que a EN14 iria mesmo ter uma variante, entre Famalicão e Maia.

Obras na Ponte da Lagoncinha No mesmo ano em que foi aprovada a candidatura da adesão da Ponte da Lagoncinha, de Lousado, à Rota do Românico do Ave, integrando o roteiro turístico de património arquitetónico da região, aquela via sofre também obras de conservação e valorização. A intervenção implicou um investimento de 128 mil euros pelo Pro-

2019

Encerramento dos CTT de Riba D´Ave Nos primeiros dias do ano, o encerramento da loja dos CTT de Riba D´Ave caiu como um balde de água fria junto dos habitantes da vila famalicense que foram para a rua manifestar-se tentando evitar o encerramento. A autarquia local mostrou publicamente o seu apoio à indignação dos moradores e a Câmara Municipal não deixou de responsabilizar o Governo. Depois de reuniões com a administração da empresa, os serviços seriam transferidos para a sede da Junta

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grama Operacional Regional do Norte – Norte 2020, através do Fundo Europeu e Desenvolvimento Regional. A ponte esteve encerrada 5 meses, o tempo necessário para a conclusão dos trabalhos. Coligação de direita vence autárquicas A Coligação PSD/CDS-PP reforçou maioria absoluta nas Eleições Autárquicas de 2017, que levaram à recondução de Paulo Cunha na presidência da autarquia. Naquelas eleições, a coligação de direita manteve a maioria das freguesias, 23 no total. É de assinalar também o aumento das juntas de freguesia lideradas por movimentos independentes enquanto que o PS registou pesada derrota vendo reduzido o número de freguesias para três.

Estrada Nacional 14 em obras Com um prazo de execução de cerca de um ano, arrancariam em maio de 2018 as obras de beneficiação da Estrada Nacional 14. A melhoria da mobilidade da via e das acessibilidades rodoviárias á zona industrial de Lousado e Ribeirão era uma necessidade há muito reclamada pelos utilizadores. A duplicação da via entre a rotunda sul da variante nascente a Famalicão e o lugar de Vitória foi uma das alterações verificadas. A empreitada teve um custo de 3,3 milhões de euros.

Famalicão rejeita transferência de competências No início do ano, a Câmara de Famalicão anunciava que iria recusar assumir, em 2019, a transferência das competências para as autarquias locais veiculadas pelos 11 diplomas setoriais publicados, sobretudo porque “não havia garantias de financiamento”. A Assembleia Municipal esteve ao lado de Paulo Cunha e também rejeitou a proposta do Governo.

11 milhões para tornar o centro mais atrativo As obras no centro da cidade, a que agora assistimos, foram dadas a conhecer na Primavera de 2019. A autarquia apresentava um projeto de renovação urbana que prometia mudar o rosto do centro da cidade. Uma reabilitação orçamentada em 11 milhões de euros que prometia obras profundas para tornar o centro mais atrativo.

Onda de assaltos em Famalicão A onda de assaltos que assolou Famalicão no início deste ano mereceu destaque nas páginas do Opinião Pública. Várias lojas comerciais foram assaltadas em noites consecutivas o que levou a autarquia e a Associação dos Comerciantes a mostrarem publicamente a sua preocupação e a exigirem reforço de policiamento. Na verdade, após estes acontecimentos, foi notícia a detenção de nove pessoas no âmbito de uma megaoperação levada a cabo pela PSP.

2020

ESPECIAL

Surrealismo ganha casa em Famalicão de Freguesia, tal como aconteceu noutras localidades Neste ano, Famalicão abriu portas ao Centro Porfamalicenses, onde atualmente estes serviços divituguês de Surrealismo (CPS), localizado na Fundação dem instalações com as Juntas de Freguesia. Cupertino de Miranda. São mais de três mil obras liO encerramento da Ricon gadas ao Surrealismo português que integram a coleSem investidores interessados, o Tribunal de Fa- ção da Fundação Cupertino de Miranda. malicão decretava o fim do Grupo Ricon, tal como Composto por uma sala de exposições com cerca apontava o relatório do administrador de insolvência. de 400 metros quadrados e um espaço para a apreApesar de algum interesse demonstrado por poten- sentação de exposições nacionais e internacionais, a ciais investidores portugueses e estrangeiros, as ne- nova estrutura cultural foi inaugurada pelo Presidente gociações falharam levando ao encerramento da República, Marcelo Rebelo de Sousa. definitivo da empresa. 800 pessoas ficaram sem o seu emprego.

2018

2017

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Obras na Central de Camionagem No início de 2020, era anunciada uma reabilitação profunda da Central de Camionagem, o que está a acontecer atualmente. O executivo aprovava, em janeiro, o lançamento do concurso público para a execução dessas obras que tinham um custo base de 2,8 milhões de euros. A colocação de uma nova cobertura no cais e frente sul da estrutura, novo mobiliário, sinalética e reorganização das bilheteiras são as principais alterações desta estrutura que tem quase 30 anos. O Opinião Pública não confinou Com quase trinta anos de publicações regulares e ininterruptas, também o Jornal Opinião Pública teve que se adaptar à situação pandémica vivida desde 2020. Apesar do confinamento, o OP nunca deixou de chegar aos seus leitores. Foram, e são, tempos diferentes para todos e também a nossa redação e departamento comercial tiveram que se adaptar a novos desafios para poder continuar a levar até junto dos seus leitores uma informação credível, isenta e completa do concelho de Famalicão.

Famalicão deu-se a conhecer ao mundo Pelo outono chegaram a Famalicão delegações de 15 países no âmbito do “International Week 2019” uma ação de promoção do concelho no exterior. Foram assinados protocolos com as universidades de Lille e Liverpool e o município ganhou 25 novos embaixadores no mundo, entre instituições, personalidades e empresas famalicenses que assinaram o Manifesto VNF Alliance.

Covid – o drama dos lares de idosos Os casos de infeção por Covid 19 detetados nos lares de Idosos do concelho foram marcando a atualidade, a partir do outono de 2020. Quando a vacina ainda era apenas uma esperança, os mais velhos acabariam por ser os primeiros a sofrer com as consequências desta Pandemia. Notícias de lares à beira da rutura, com recursos humanos esgotados e idosos longe das suas famílias não deixarem ninguém indiferente. Famalicão ganha Clínica da mulher e da criança Cuidados de saúde de qualidade prestados à mulher, à criança e ao adolescente numa unidade inovadora começaram a funcionar em outubro deste ano no Centro Hospitalar do Médio Ave, em Famalicão. A nova estrutura custou 300 mil euros e resultou de uma parceria entre a administração do hospital, a Câmara Municipal e sociedade civil. Fama Rádio chegou e liderou Nem a pandemia conseguiu travar o aparecimento de um novo projeto de comunicação que, a partir de Famalicão, viria a destacar-se no panorama radiofó-

nico da região. A antiga Digital FM, do Grupo Editave, deu lugar à Fama Rádio que, após quatro meses de emissões, já liderava o FM em Famalicão e Guimarães e era a segunda mais ouvida no online no distrito de Braga. A Fama Rádio é uma estação com um posicionamento de clássicos Pop/Rock anos 80, 90 e 2000, alternativa às atuais ofertas deste segmento.


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ESPECIAL

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Muito Obrigado a todos os que nos ajudaram ao longo da caminhada que nos permite festejar esta data. O nosso agradecimento, de forma muito especial, a todos os colaboradores, clientes e leitores.


opiniãopública: 21 de julho de 2021

CIDADE

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Ana Mendes Godinho participou em colóquio promovido pelo PS de Famalicão

Ministra da Solidariedade elogia projeto da Misericórdia de Riba d’Ave As instituições do setor social têm no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) uma “extraordinária oportunidade para continuar a reinventar as suas respostas”. Foi desta forma que Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social reagiu à intenção da Santa Casa da Misericórdia de Riba de Ave de se candidatar a financiamento da chamada “bazuca” europeia para criar na vila um centro de formação em saúde. O projeto da instituição ribadavense foi esboçado à governante pelo respetivo administrador-delegado, Salazar Coimbra, durante o colóquio que a Concelhia do PS Famalicão levou a cabo, na noite de quarta-feira da semana passada, para debater o contributo do Terceiro Setor para a recuperação e a sustentabilidade social do país. Tratou-se da primeira sessão de um ciclo de cinco colóquios designado genericamente por “Famalicão 2030 – Cinco aceleradores de desenvolvimento”, que decorreu no espaço exterior da Casa do Território. Nas próximas semanas, por Famalicão vão passar outras figuras nacionais do PS para debater com cidadãos famalicenses quatro sectores ou temas que Eduardo Oliveira, líder da Concelhia do PS, consi-

Ana Medes Godinho disse que o PRR também de destina ao setor social

dera serem “aceleradores da recuperação socioeconómica e do desenvolvimento do país e do concelho”. A participar na iniciativa como membro do Secretariado Nacional do seu partido, Ana Mendes Godinho elogiou o projeto da Misericórdia de Riba d’Ave. “A intenção é interessantíssima. Permite requalificar e capacitar quem trabalha nas vossas instituições e formar para novas funções, para que não voltemos a ser surpreendidos, como quando tivemos o primeiro surto de Covid num lar,

aqui em Famalicão. Agora, há que acelerar a execução. Acelerar é a palavra, porque me parece que o projeto se encaixa perfeitamente no programa Valorizar Social”, afirmou a dirigente. Centro dedicado às demências quase pronto Por seu lado, Salazar Coimbra, que falava no período de debate, destacou que o projeto tem características únicas em Portugal e pode contribuir para a formação de novos profissionais de saúde em áreas ainda não cobertas pela

oferta formativa atual, nomeadamente, na área hospitalar e nos cuidados continuados, passando pela atualização das competências de pessoas ligadas à ação médica e de enfermagem, auxiliares, cozinha, limpeza e logística. “Estamos a pensar também nos cuidadores informais, dada a expressão cada vez maior que esta realidade atinge na sociedade portuguesa e as suas necessidades de informação e capacitação”, acrescentou o médico, diretor clínico do Hospital Narciso Ferreira.

Salazar Coimbra informou, ainda, que deverão terminar, no final de agosto, as obras de construção do Centro de Investigação, Diagnóstico, Formação e Acompanhamento das Demências em Riba d’Ave. Apesar disso, ainda não foi vencida toda a tramitação administrativa e de licenciamentos para a sua entrada em funcionamento, tendo apelado à intervenção da ministra Ana Mendes Godinho. A governante respondeu que uma das suas “tarefas prioritárias” é “fechar o nosso Simplex Social”, para “simplificar os processos de licenciamento e não atrasar as boas ideias sem necessidade”. Na sua intervenção, Ana Mendes Godinho referiu-se também aos impactos das perdas demográficas em Portugal e na Europa. Neste campo, realçou a importância das alterações que o Governo tem introduzido, nos últimos anos, em matéria de salário mínimo nacional e de política de rendimentos e o papel que cada vez mais autarquias chamam a si no apoio à natalidade e à atração de jovens casais para o seu território. A terminar, a ministra desejou os “maiores sucessos” e “boa energia” a Eduardo Oliveira nas eleições autárquicas de 26 de setembro.

Mostra está patente até 19 de dezembro

Nova exposição na Casa do Território mostra vítimas famalicenses do Nazismo Foi inaugurada, este sábado, a exposição “Trabalhadores Forçados Portugueses no III Reich e Os Famalicenses no Sistema Concentracionário Nazi”. A mostra pode ser vista na Casa do Território do Parque da Devesa de Famalicão. Os materiais expostos resultam da investigação realizada por uma equipa liderada por Fernando Rosas que, desde 2014, procura estudar as vítimas portuguesas do Nazismo. Para além de abordar o tema dos portugueses que foram sujeitos a trabalhos forçados no âmbito do sistema concentracionário do III Reich, durante a II Guerra Mundial, inclui ainda um núcleo dedicado a famalicenses que a investigação revelou terem passado pelo sistema nazi durante este período. Foram pelo menos 11, os cidadãos famalicenses obrigados pelos alemães a fazerem trabalhos forçados e à escravatura em campos de concentração da Alemanha e da Áustria durante a II Guerra Mundial. Fernando Rosas sublinhou que, na época, havia muitos portugueses emigrados em França devido às precárias condições de vida em Portugal e aos efeitos da crise económica de 1929. Muitos deles ligados à resistência francesa clandestina, tendo sido levados para os campos de concentração.

Só em França, foram levados 500 portugueses para campos de concentração nazis. Um dos núcleos da exposição tem uma componente local dedicada a alguns famalicenses que a investigação revelou terem sido vítimas diretas do nazismo. Entre os trabalhadores portugueses identificados no decurso da pesquisa, um número assinalável é oriundo do concelho de Famalicão e de outros concelhos do norte do país, o que orientou, num segundo momento, uma equipa de investigadores locais que trabalhou, em estreita colaboração com a equipa de investigação referida, para clarificar o contexto social e económico do território famalicense, as razões e rotas de emigração para França e compreender o envolvimento de famalicenses nas malhas do sistema concentracionário nazi. O objetivo da exposição é mostrar aos mais novos o que se passou entre 1939 e 1945 para que não volte a acontecer, particularmente numa altura em que mais se fazem sentir movimentos racistas e xenófobos. Pretende-se ainda que as escolas se envolvam com esta temática e que contribuam de forma ativa, para que não se repita este tipo de situação. “Os nossos alunos podemse envolver a ponto de poderem participar

ativamente numa visita a um campo de concentração, para que sejam cidadãos que não permitam que isto volte a acontecer”, desafiou Leonel Rocha, vereador da Cultura da Câmara de Famalicão, que marcou presença na inauguração. A exposição, originalmente criada pelo

Instituto de História Contemporânea (IHC) para o Centro Cultural de Belém, em 2017, está patente até 19 de dezembro, na Casa do Território, no Parque da Devesa, de segunda a quinta-feira das 9h30 às 13h00 e 14h00 às 17h30, assim como aos domingos das 14h30 às 18h30.


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FREGUESIAS

opiniãopública: 21 de julho de 2021

Acidente no acesso à A7 provoca uma vítima mortal

Falecimentos Manuel Paulo Mendes de Araújo, no dia 26 de julho, com 57 anos, casado com Angélica Carneiro Serra de Araújo, de Famalicão. Manuel Dias Fontão, no dia 7 de julho, com 73 anos, casado com Camila Rodrigues de Carvalho, de Famalicão. Ivo de Oliveira Figueiredo, no dia 7 de julho, com 80 anos, casado com Maria Alexandrina Rebelo da Costa, de Requião.

Uma vítima mortal e seis feridos foi o resultado de um acidente, no passado domingo, no acesso à A7, na freguesia de Vermoim. O acidente tratou-se de uma colisão frontal entre dois automóveis ligeiros, que provocou morte imediata à condutora de um dos veículos, de 55 anos, residente na freguesia de Joane. A vítima seguia na viatura com um homem de 60 anos, um dos feridos ligeiros. A outra viatura envolvida caiu a um

campo adjacente à via e transportava uma família com três crianças. Os cinco ocupantes também foram transportados por precaução para o Hospital de Famalicão. O alerta foi dado aos Bombeiros Voluntários de Famalicão, pelas 12h30. Tal como o OPINIÃO PÚBLICA presenciou, o trânsito na via esteve condicionado por várias horas. O acidente reuniu dezenas de populares, que se juntaram para observar o teatro de operações e teceram duras críticas ao estado da via. pub

Joaquim Manuel da Cunha Oliveira, no dia 13 de julho, com 54 anos, viúvo de Rosa Maria Barbosa da Silva Oliveira, de Areias (Santo Tirso). Manuel Marques Pereira Carneiro de Sousa, no dia 14 de julho, com 90 anos, casado com Maria Alice Oliveira Rodrigues, de Requião.

José Duarte Barreiros Lopes de Freitas, no dia 8 de julho, com 48 anos, casado com Rita Isabel Robalo Espinho Pimenta Ribeiro, de Famalicão.

António Luís Araújo Barros, no dia 17 de julho, com 57 anos, solteiro, de Famalicão.

Corina da Fonseca Pinto, no dia 16 de julho, co, 62 anos, viúva de Arnaldo Pereira da Fonseca, de Famalicão.

Hermínia Barbosa da Costa, no dia 17 de julho, com 96 anos, viúva de Adriano Tinoco, de Palmeira (Santo Tirso).

Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176

Carolina Paiva da Silva, no dia 18 de julho, com 92 anos, viúva de Cipriano Fernandes Gomes Quintas, de Sequeirô (Santo Tirso).

Albertina Ferreira da Silva, no dia 16 de julho, com 85 anos, viúva de Basílio Faria Lopes, de S. Martinho de Bougado (Trofa).

Maria Arminda Carvalho Marques de Azevedo, no dia 20 de julho, com 81 anos, casada com Horácio de Sá Azevedo, de Antas.

Teresa Maria da Silva Barreira, no dia 16 de julho, com 53 anos, casada com Rui Alberto da Silva Lagoa, de S. Mamede do Coronado (Trofa).

Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594

Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727

César Sousa Vieira, no dia 15 de julho, com 86 anos, viúvo de Belmira Martins de Andrade, de Burgães (Santo Tirso).

Robertina Seara Campos, no dia 14 de julho, com 88 anos, de Cavalões. Joaquim da Costa Santos, no dia 17 de julho, com 94 anos, viúvo de Maria da Silva Ferreira, de Outiz. Adriano Pereira da Cruz, no dia 17 de julho, com 87 anos, viúvo de Maria José Lopes da Costa, de Fradelos.

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Paulo José Vieira Antunes, no dia 12 de julho, com 82 anos, casado com Rosa Conceição Gomes Pereira, da Carreira.

Maria de Jesus Alves Ferreira, no dia 18 de julho, com 84 anos, viúva de António Castro Martins, de Bairro. Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325

Maria da Conceição Pereira de Azevedo, no dia 15 de julho, com 90 anos, de Ribeirão.

Joaquim Fernandes Fontes, no dia 19 de julho, com 89 anos, viúvo de Luzia da Costa Machado, de Vilarinho das Cambas.

Idalina Ferreira de Almeida, no dia 17 de julho, com 89 anos, casada com Alfredo Moreira da Costa, de Ribeirão.

Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147

Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433 pub

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opiniãopública: 21 de julho de 2021

FREGUESIAS

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Projeto “Fora da Caixa” recebeu o primeiro prémio

Alunas da Secundária de Joane vencem concurso nacional com projeto de ajuda à AFPAD Quatro alunas do 8º ano, turma G, da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, de Joane, venceram a terceira edição do “Orienta-te”, um concurso de âmbito nacional que tem como propósito a literacia financeira e criar hábitos de poupança entre os jovens do ensino básico. Orientados pela professora Sandra Dias, as alunas Beatriz Martins, Daniela Silva, Mafalda Mesquita e Margarida Ferreira convenceram o júri do concurso, promovido pela Fundação AGEAS, em parceria com o programa Mentes Empreendedoras, levando a melhor sobre uma centena de projetos de escolas de norte a sul do país, incluindo das ilhas. O projeto das alunas famalicenses, denominado “Fora das Caixa”, teve como propósito a aquisição de uma grua elevatória para a Associação Famalicense de Prevenção e Apoio à Deficiência (AFPAD), cuja necessidade tinha sido identificada após a troca de impressões com os seus responsáveis. Avaliado em cerca de 900 euros, as alunas decidiram lançar mão de um conjunto de iniciativas onde pudessem angariar a verba necessária. A primeira estratégia passou pela venda de rifas para o sorteio de um cabaz e, posteriormente, pela recolha de alimentos, ampliando o mais possível a ajuda àquela IPSS. A venda das rifas, cuja conceção teve o apoio da Sopegral, ultrapassou as expetativas, tendo sido angariado o valor necessário para a aquisição do equipamento. Entretanto, “a empresa fornecedora – a Ortoneves – decidiu as-

Vencedoras do concurso Beatriz Martins, Daniela Silva, Mafalda Mesquita e Margarida Ferreira

sociar-se à iniciativa com um desconto extraordinário”, permitindo que o apoio à AFPAD fosse bem maior do que aquele que inicialmente tinham projetado, contam as alunas. Conseguiram ainda adquirir um jogo de Boccia para os utentes da instituição. Depois, as alunas promoveram a recolha de bens alimentares no Auchan de Famalicão e reforçaram o conjunto de bens com 83 caixas de bolachas oferecidas pela empresa Vieira de Castro. “Ainda não satisfeitas, quisemos fazer mais. Contactamos a Continental para pedir dois jogos de pneus para as carrinhas da associação e o pedido foi bem acolhido”, contam, manifestando um enorme orgulho pelo sucesso que o projeto alcançou, mas sobretudo por terem tido a oportunidade de ajudar uma associação dedicada a crianças e jovens com deficiência.

Este empenho não passou despercebido do júri do concurso e, no passado dia 8 de julho, na avaliação dos 10 melhores projetos decidiram quase por unanimidade declarar vencedor o trabalho feito pelas alunas da Secundária de Joane. “o projeto da escola de Joane tocou-nos muito. Foi um projeto brutal. Adoramos tudo: o objetivo, o projeto, o apoio a uma associação meritória. Conseguiram reunir tudo aquilo que pretendemos com este concurso. Estão de parabéns as alunas e também a professora que as orientou” afirmou Nélson Machado, presidente do júri do concurso na grande final do passado dia 8 de julho, realizada online. Com esta vitória, as alunas receberam um computador portátil, enquanto a Escola foi premiada com 500 euros em material escolar.

Carlos Torrinha é o candidato da CDU à Junta de Joane A CDU – Coligação PCP/PEV anunciou esta quintafeira o seu candidato à Junta de Freguesia de Joane nas eleições autárquicas no próximo dia 26 de setembro. Carlos Torrinha, natural de Joane, tem 24 anos e é designer têxtil. Apresenta-se como candidato com o mote "A Mudança tem Futuro" e com uma “perspetiva jovem e inovadora, orientada para o desenvolvimento sustentável de Joane a curto, médio e longo-prazo” Carlos Torrinha diz que pretende protagonizar uma mudança “progressista” no poder local joanenses e fala em falta de investimento em setores como o desporto e o ambiente, nomeadamente no que diz respeito à acessibilidade a zonas verdes. "A vila está em forte crescimento populacional, porém, o desenvolvimento necessário para colmatar as necessidades deste crescimento ou está estagnado ou está mal direcionado. É preciso desenvolver no âmbito desportivo, cultural e social e os joanenses podem contar com esta candidatura para garantir a defesa intransigente dos seus interesses", afirma o candidato da CDU.

Na lista seguem-se ainda José Carlos Ferreira, natural de Joane, 64 anos, dirigente sindical no setor têxtil, e Beatriz Torrinha, 18 anos, que terminou recentemente o Ensino Secundário na Escola Padre Benjamim Salgado de Joane.

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FREGUESIAS

opiniãopública: 21 de julho de 2021

Candidata da Iniciativa Liberal a Antas e Abade Vermoim na AML Na passada sexta-feira, Sandra Costa, candidata da Iniciativa Liberal (IL) à União de Freguesias Antas e Abade de Vermoim, visitou a Associação de Moradores das Lameiras (AML). Segundo a candidata, a visita teve por objetivo “conhecer de perto os aspetos da gestão de sucesso desta associação”, que integra um complexo habitacional “que há cerca de 40 anos proporciona condições de vida condignas a munícipes com dificuldades de ordens social e económica”. Para Sandra Costa, este complexo habitacional “é um exemplo, senão

único, pelo menos um de poucos, onde coabitam pessoas de nacionalidades e etnias diversas, em perfeita harmonia e integração”. A candidata, acompanhada por Annalisa Quintão e Rui Gomes, também da IL, foi recebida por Jorge Faria, presidente da AML, que deu a conhecer a história e o percurso da instituição. No final, Sandra Costa entendeu como obrigatória, uma visita a esta associação a quem é de Famalicão e a todos aqueles que se interessam “por projetos de sucesso em áreas tão desafiantes como a da solidariedade social”. pub

CDS e JP têm novos dirigentes em Ribeirão

Os núcleos de Ribeirão do CDS-PP e da Juventude Popular (JP) elegeram, no passado dia 13 de julho, os seus órgãos sociais. A lista do CDS-PP liderada por Bruno Correia e a lista da JP liderada por André Santos foram eleitas por unanimidade. Bruno Correia não escondeu a satisfação de ao fim de 20 anos de ação política, “essencialmente ao serviço do município, poder agora trabalhar diretamente para os ribeirenses”. O novo presidente reiterou ainda a necessidade de “devolver à comunidade uma direita forte, apoiada nos valores humanos”, salientando que este trabalho deve

começar nas bases, junto das pessoas. Por sua vez, André Santos expressou a vontade de voltar a trazer o espírito de comunidade à vila de Ribeirão, “unindo os jovens em causas sociais, políticas, culturais e de lazer, servindo assim de suporte ao desenvolvimento da comunidade”. O ato eleitoral contou com a presença do vice-presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP, Hélder Pereira, e com o presidente da JP de Famalicão, José Miguel Silva, que desejaram aos eleitos “os maiores sucessos na defesa dos interesses da comunidade ribeirense”.

Homem morre colhido por comboio em Mouquim Um homem, entre os 40 e os 45 anos, faleceu, na passada segunda-feira de manhã, depois de ter sido colhido por um comboio na freguesia de Mouquim. Tudo terá acontecido na zona do apeadeiro, tendo o óbito sido declarado no local do acidente. O alerta foi dado cerca das 5h30 e no local estiveram cinco veículos e 13 elementos das forças de socorro e segurança. A circulação ferroviária no troço Famalicão – Nine, da Linha do Minho, esteve interrompida “no sentido ascendente”, tendo sido retomada pelas 9h15.


opiniãopública: 21 de julho de 2021

ACIP concretiza sonhos com vale do Auchan Famalicão

A Associação de Intervenção Psicossocial – ACIP, sediada em Joane, recebeu no passado sábado, dia 17 de julho, um vale de 200 euros por parte do Auchan de Famalicão. O donativo teve por base uma iniciativa levada a cabo pelo Auchan Retail Portugal, em parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa. A ação, na qual a loja de Famalicão participou, intitulou-se de “Corrida: encha o seu carrinho em 3 minutos”. O passatempo teve início no passado dia 1 de julho e, para participarem, os clientes tiveram que adquirir um vale de compras de bens alimentares e redigir uma frase criativa contendo as palavras “Dar as mãos” e “Solidário” ou “Solidariedade”. Os dois vencedores puderam encher um carrinho de compras, com o valor máximo de 100 euros, em apenas 3 minutos. Como o objetivo foi alcançado, a associação beneficiou da totalidade do valor para a concreti-

zação dos seus projetos, entre eles os sonhos de várias crianças provenientes de famílias com dificuldades e que estejam a ser acompanhadas pelo serviço de atendimento e apoio social da associação. Durante o ano de 2021 a ACIP está a braços com o projeto “Banco de Sonhos”, no qual cada criança enumera três sonhos que gostaria de ver realizados. Através de patrocínios e donativos, a ACIP faz todos os esforços para os cumprir, mas nem sempre é fácil. “Neste primeiro semestre do ano decorreu o levantamento dos sonhos. Vamos começar agora a concretizá-los e estou certa de que este valor que recebemos será uma grade ajuda”, referiu Letícia Campelo, psicóloga da associação, aquando da entrega do vale. Esta foi apenas mais uma iniciava solidária do Auchan Famalicão, que tem apoiado diversas instituições do concelho através de donativos monetários ou materiais.

FREGUESIAS

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Manuel Novais, presidente da Junta da UF de Gondifelos, Cavalões e Outiz

“Tudo aquilo que prometemos estamos a cumprir” OPINIÃO PÚBLICA: Como classifica o mandato à frente da Junta de Freguesia? Manuel Novais: Foi um mandato ousado, tendo em conta as expetativas que fomos criando aquando da apresentação do nosso projeto político para estes quatro anos. As coisas correram com a naturalidade que é importante para quem está a gerir a União de Freguesias. Houve coisas que gostaríamos de andar com mais velocidades, mas os timings são o que são e nós temos que estar preparados para gerir este processo com a transparência e com a tranquilidade necessárias. Quais as principais intervenções e ações da Junta realizadas na União de Freguesias? Foram várias. Quando iniciamos o mandato, começamos logo por fazer uma excelente intervenção na Junta de Freguesia de Outiz, que estava bastante degradada. demos-lhe dignidade, para que as pessoas sentissem que é a casa do povo, onde podem tratar dos seus assuntos. De seguida, começamos por construir um pavilhão para que pudéssemos ter um local para guardar as ferramentas, tratores e tudo o que é necessário para o trabalho da Junta. Admitimos um funcionário para dar cobertura às situações mais prementes que vão surgindo. Fizemos intervenções no parque de lazer de Gondifelos e criamos aí um palco. Esta União de Freguesia tinha ainda uma carência muito forte, sobretudo em Gondifelos, que eram muitos caminhos em terra e cheios de buracos. Metemos mãos à obra e, em conjunto com o Município, fomos conseguindo pavimentar várias ruas. Intervencionamos também vários passeios na zona do Miradouro, que é lindíssima. Potenciamos ainda o parque da Senhora da Guia em Gemunde e fizemos alargamentos junto ao cemitério de Outiz e em Cavalões intervencionamos duas grandes ruas.

Fizemos o alargamento do cemitério de Gondifelos e, neste momento, estamos a trabalhar no alargamento do cemitério de Cavalões.

mundo, pedimos coisas básicas, que eram necessárias. E no que era fundamental, o Município esteve sempre ao nosso lado e nunca nos disse não.

O que ficou por fazer e quais os grandes projetos que defende para o futuro? Em termos gerais, tudo aquilo que prometemos estamos a cumprir. Prometemos cuidar muito da rede viária, porque era o cancro desta União de Freguesias. No futuro, temos que continuar a trabalhar a questão social e precisamos que a nossa IPSS “Mais Vida” se transforme para que possamos ter um centro de dia de apoio aos mais idosos. É uma aposta nossa, fortíssima.

De que forma tem a pandemia interferido no trabalho da Junta? Logo no início tivemos um problema no Lar Pratinha e começamos logo a trabalhar na desinfeção das ruas, dos abrigos, dos multibancos. Depois tivemos sempre ao lado do centro de saúde de Famalicão. E apoiamos as pessoas, através das carrinhas da IPSS Mais Vida, em deslocações à farmácia, às vacinas e outras.

Como tem sido a articulação com a Câmara Municipal? Muito boa. Foi uma relação de muita seriedade, muita assertiva, porque temos de estar na política para servir e o Município, através do senhor presidente e do vereador Mário Passos, soube ouvir-nos e estar connosco nos momentos certos. Também não pedimos nada que fosse do outro

Vai recandidatar-se? Porquê? Vou recandidatar-me por uma razão muito simples: o trabalho não terminou. O povo da União Freguesias merece que eu esteja mais uma vez com ele. Há coisas que não foram feitas e que eu e os meus colegas do executivo temos que fazer. Vamos trabalhar ainda mais, com mais afinco, porque é uma marca que gostaríamos de deixar em prol da comunidade.

Eternize os melhores momentos com a Histórias de Açúcar A loja Histórias de Açúcar abriu no presente mês, na rua António Ferreira Magalhães, virada para o campo de treinos do FC Famalicão, na cidade de Famalicão, às mãos de Telma Fernandes. O projeto nasceu da vontade de contar uma história através de um bolo, de um presente ou apenas de uma mesa bonita, porque são esses momentos que contam histórias que se guardam para toda a vida. A loja foi pensada, sonhada e criada por uma jovem autodidacta que dedicava todos os tempos livres a ler e a estudar receitas, técnicas e afins, de modo a apaziguar o gosto pela pastelaria e por presentes, e que, apesar de trabalhar no ramo, ainda não tinha conseguido conjugar as duas coisas. Baseada

num conceito diferenciador, na loja pode encontrar uma variedade de chás gourmet e de biscoitos caseiros, que conjugam lindamente com as compotas, que são ricas em sabor e em edições limitadas. Ambas numa caixa de oferta, que pode ser personalizada consoante a ocasião e a pedido do cliente, mas não só. Na Histórias de Açúcar também são confecionados bolos personalizados, que se distinguem das demais casas de pastelaria. Lá também pode encontrar presentes e artigos para decorar as suas festas e convívios, ou a sua mesa, tornando-os memoráveis e para a história, uma história cheia de açúcar. Nas redes sociais desta loja famalicense poderá encontrar alguns dos trabalhos realizados, bem como produtos disponíveis.


Nuno Neves eleito presidente da Direção do FAC O Famalicense Atlético Clube (FAC) tem um novo presidente. Nuno Neves foi eleito, no passado dia 13 de julho, presidente da Direção do clube, substituindo no cargo Sofia Ruivo. O ato eleitoral decorreu durante uma Assembleia Geral Ordinária, sendo que a lista apresentada e liderada por Nuno Neves, para os órgãos sociais, foi eleita por unanimidade. Na sessão, o novo líder do FAC explanou o Plano de Atividades para a próxima temporada que mereceu o voto favorável de todos os sócios presentes, que aprovaram ainda as contas relativas à temporada 2020/2021. Também aprovados por unanimidade foram dois votos de pesar pelo falecimento de Paulo Araújo (antigo atleta) e de "Zé Camilo" (antigo membro da di-

reção), assim como dois votos de louvor a Sofia Ruivo e José Manuel Silva, respetivamente presidente e vice-presidente da Direção, que agora cessam funções. A nova direção do FAC integra ainda Carlos Filipe Vieira de Castro e Carlos Albano Barbosa, como vicepresidentes; Miguel Correia, vogal; José Carlos Veloso, tesoureiro; e os vogais Rui Gomes, Paula Cristina Moreira, José Manuel da Silva Falcão Afonso e Maria da Conceição Silva Rodrigues. Na presidência da Assembleia Geral está Sofia Ruivo que tem como vice-presidente José Manuel Silva e como secretários Carla Sofia Sousa Miranda e Rui Pedro Camposinhos. Albertino Araújo preside ao Conselho Fiscal e tem como relatores António Inácio Nobre Alves e Carlos Alberto Carvalho Costa.

Tiago Pereira (CCDR) sagra-se vice-campeão nacional

Tiago Pereira e Joana Marques, atletas do Clube de Cultura e Desporto de Ribeirão, do escalão de juvenis, foram selecionados para representar a Associação Atletismo de Braga na fase nacional do torneio Olímpico Jovem, realizado em Lousada. Na competição que decorreu no passado sábado, dia 17 Julho, destaque para Tiago Pereira, que se tornou vice-campeão nacional de salto em comprimento com novo recorde pessoal de 6.83m. o atleta participou ainda nos 110m barreiras, com 15.62s (recorde pessoal) alcançando o 6° lugar nacional. A atleta Joana Marques a destacou-se também com um recorde pessoal no salto em altura com a marca de 1.46m, conquistando o 6°lugar a nível nacional. Estes resultados dos atletas CCDR contribuíram para o 5° lugar nacional alcançado pela Associação de Atletismo de Braga.

Famalicão conquista 12 medalhas de ouro e 5 recordes nacionais Famalicão acolheu, entre os dias 9 e 11 de julho, os Campeonatos Nacionais de Masters que reuniram cerca de cerca de 450 atletas masculinos, em representação de 60 Clubes nacionais. O Grupo Desportivo de Natação de Famalicão, entidade organizadora, participou com sete atletas, nomeadamente o António Ferreira, o António Costa, Adriano Niz, Luís Vaz, Jorge Maia, Nuno Macedo e Hélio Machado que estiveram em destaque, ao conquistar seis títulos de campeão nacional, cinco recordes nacionais, dois títulos de vice-campeão nacional e um conjunto de 12 medalhas, assim como inúmeros recordes pessoais. Adriano Niz sagrouse pentacampeão nacional nas provas de 200m Bruços, 200 Costas, 200 Estilos, 400 Estilos e 200 Mariposa; Luís Vaz sagrou-se campeão nacional na prova de 400 Livres; Jorge Maia vice-

campeão nacional nos 50 Mariposa; Nuno Macedo vice-campeão nacional aos 50 Bruços; António Costa medalha de bronze nas provas de 200, 100 e 50m Bruços; e Hélio Machado que conquistou a medalha de bronze aos 800 Livres. Destaque para Adriano Niz que obteve cinco recordes nacionais da categoria, em todas as provas que disputou. Segundo o treinador

Pedro Faia, “uma vez mais ficou demonstrado que em Famalicão há qualidade na organização de competições nacionais, com uma colaboração competente e articulada da Câmara Municipal de Famalicão, do Grupo Desportivo de Natação e da Federação Portuguesa de Natação. Em termos desportivos foi um sucesso absoluto, com particular destaque para os atletas de Fama-

licão que obtiveram 12 medalhas de ouro e 5 recordes nacionais da categoria. Estes sucessos contribuem da melhor forma para cimentar a grandeza de um clube que vive 24 horas a natação e que projeta a marca Famalicão a nível nacional e internacional ao mais alto nível. Estou muito orgulhoso dos títulos que estes atletas conquistaram para Famalicão”.


opiniãopública: 21 de julho de 2021

Francisco Silva sagra-se Campeão Nacional no Olímpico Jovem

Francisco Silva, atleta da Escola de Atletismo Rosa Oliveira (EARO), sagrou-se campeão nacional no torneio Olímpico Jovem Nacional, que decorreu em Lousada. O atleta da equipa de Joane impôs-se na prova de 800 metros de Juvenis, obtendo a melhor marca nacional do ano: 1.54.56. Por sua vez, Ana Faria conquistou a medalha de bronze na prova de 1500 metros, onde arrecadou um novo recorde pessoal 4.56.74. Em termos coletivos, a Associação de Atletismo de Braga classificou-se em quinto lugar entre as vinte seleções presentes.

AVC Famalicão garante subida de divisão O AVC Famalicão garantiu, sábado, a subida ao Campeonato Nacional de Juniores B (sub-21) femininos de Voleibol. A equipa treinada por João Carlos Carvalho recebeu e bateu o CN Ginástica por 3-0, pelos parciais de 25-12, 25-17 e 25-13. A formação famalicense, que já tinha vencido o primeiro jogo deste playoff garantiu assim a subida ao escalão principal de Sub-21 femininos e assegurou ainda a presença na “final four” de apuramento de Campeão Nacional de Juniores B, que se vai disputar no próximo fim de semana no pavilhão de Vermoim, numa organização AVB/FPV, com o apoio da Câmara Municipal de Famalicão.

João Moreira assume comando técnico da equipa Sub-21 do Operário FC Foi no passado dia 8 de julho que o Operário FC deu a conhecer o novo treinador do clube, através da rede social facebook. João Moreira assumiu o comando técnico da equipa Sub-21 para a época 2021-2022 e, juntamente com sua equipa técnica, já começou a preparar aquele que será o plantel para este novo projeto da Associação de Futebol de Braga. Esta é mais uma aposta em treinadores da casa,

que na época passada orientaram o escalão de juvenis. Pelo mesmo meio, o clube comunicou que está a proceder à renovação do relvado sintético e convoca ainda os sócios para uma assembleia geral no dia 23 de julho às 21 horas, na qual serão discutidas as contas do ano 2020/21. Será também efetuada uma votação para eleger os órgãos sociais para o biénio 2021/2023.

DESPORTIVO

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Rodrigo Pereira estabelece recorde nacional nos 50 mariposa Rodrigo Pereira, nadador do Grupo Desportivo de Natação de Famalicão, estabeleceu o novo recorde nacional, na 1ª edição do Trial Meeting, que decorreu no dia passado dia 17 de julho, nas piscinas municipais de Felgueiras. O nadador alcançou nos 50m estilo mariposa a marca 25,91, passando a ser o mais rápido de sempre nesta distância. Para o treinador Pedro Faia, “Rodrigo Pereira conquistou algo histórico para a sua promissora carreira desportiva e para Famalicão. É o atleta portu-

guês mais rápido de sempre aos 50 mariposa, o que demonstra bem a dimensão de tal conquista. Acreditamos muito no seu talento e na sua vontade em trabalhar mais e melhor para alcançar patamares de desenvolvimento superiores”. O técnico acrescenta que “este momento não é uma meta, mas sim uma etapa que irá permitir passar às seguintes, de forma a construir uma carreira desportiva sustentada com vista ao alto rendimento desportivo. O Rodrigo e Famalicão, são uma referência da natação nacional”.

Liberdade FC: Ricardo Vieira é Campeão Nacional Olímpico Jovem e Inês Sousa 4ª nacional No último sábado, dia 17 de julho, realizou-se o Olímpico Jovem Nacional, um evento disputado apenas numa jornada, com um programa diferente do habitual e com as seleções distritais repartidas por três pistas de atletismo (Lousada, Coimbra e Setúbal). Selecionados para representar a Associação de Atletismo de Braga no Olímpico Jovem Nacional, a dupla do escalão de Iniciados do Liberdade FC, Ricardo Vieira e Inês Sousa voltaram a justificar inteiramente esta convocatória por parte da Associação de Atletismo do distrito.

Ricardo Vieira, do escalão de Iniciados, sagrou-se Campeão Nacional do Olímpico Jovem, na distância dos 800 metros. Estabelecendo um novo recorde pessoal. Inês Sousa, também do escalão de Iniciados, foi a 4ª melhor nacional, na distância dos 1500 metros. Trata-se de mais uma conquista destes jovens atletas famalicenses, que à semelhança do desempenho no último Quilómetro Jovem Nacional voltaram a evidenciar-se noutra das competições nacionais mais importantes para os escalões jovens.

Atletas da Equipa Papa Léguas de Famalicão em destaque no Olímpico Jovem Nacional Os atletas da equipa Papa Léguas de Famalicão (PLF) tiveram uma prestação de destaque no torneio Olímpico Jovem Nacional. Com a presença de nove atletas, o PLF foi a equipa mais representativa da Seleção da Associação de Atletismo de Braga na competição disputada no passado dia 17 de julho, no Complexo Desportivo de Lousada. Diogo Enes (Sub 16) foi um dos grandes destaques ao conquistar o titulo de Campeão Nacional nos 100 metros barreiras com um novo Recorde Regional de 14.15 segundos e o 4º lugar no salto em comprimento (5,73 m); Vinícius Santos (Sub 18) sagrou-se Vice-campeão Nacional no salto em altura (1,88 m – Recorde Pessoal); Leonor Barros (Sub 16) conquistou o 3º Lugar no lançamento do peso (9,76 m) e o 8º no lançamento do martelo; Guilherme Enes (Sub 18) alcançou o 4º Lugar no lançamento do peso (13,50 m – Recorde Pessoal). Para o quinto lugar coletivo da Seleção da AA

Braga, tiveram ainda um contributo importante os atletas: Simão Matos (200 m), Joana Costa (100 metros barreiras e 200 metros), Gonçalo Ribeiro (lançamento do disco), Daniel Pereira (lançamento do peso e dardo) e Afonso Dias (salto em altura).


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DESPORTO

opiniãopública: 21 de julho de 2021 pub

Riba d’Ave HC é Campeão Regional do Minho em Sub-13 O Riba d’Ave Hóquei Clube (RAHC) venceu no passado Domingo, 18 de julho 2021, em Ponte de Lima o OC Barcelos na Final do Campeonato Regional do Minho de Hóquei em Patins no escalão de Sub-13. Uma vitória “espetacular” dos jovens do RAHC que se viram perante duas desvantagens no marcador, a primeira por 3-0 e a segunda por 4-3. Num derradeiro esforço os hoquistas ribadavenses marcaram o golo do empate a 4 golos, que encaminhou a decisão para prolongamento, onde levaram a melhor vencendo a contenda por 4-5 e arrecadando mais um troféu regional do Minho. Riba d’Ave HC Sub-23 termina o Campeonato Nacional no 7º lugar A jovem equipa Sub-23 do Riba d’Ave Hóquei Clube disputou no passado fim de semana a fase final de apuramento de campeão que decorreu no Pavilhão Municipal de Paços de Ferreira. Três jogos em três dias, onde o conjunto famalicense se cotou como uma das melhores defesas da prova. Na partida dos quartos de final, jogada na passada sexta-feira, os pupilos de Nuno Pereira cederam, mas apenas na decisão por grandes penalidades diante a AD Oeiras (3-2), quando se registava um empate (1-1) no final do período regulamentar e no prolongamento.

No Sábado jogaram o jogo de apuramento do 5º ao 8º lugar com o HC Mealhada, menos de 24 horas do jogo anterior, e não conseguiram explanar as suas qualidades perdendo a partida por 2-1. Este resultado ditou que os ribadavenses apenas pudessem disputar o apuramento do 7º/8º lugar diante o Clube Académico da Feira, tendo o RAHC triunfado por 3-2. A Associação Desportiva de Valongo sagrou-se Campeã Nacional, vencendo na final o Sporting Clube de Tomar por 5-1.

Xadrez: João Pedro Afonso é vicecampeão nacional Sub-14 Empresa de confeções de vestuário feminino situada em Vila Nova de Famalicão, está a recrutar:

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Costureiras e engomadeira (Passar a Ferro) - (M/F):

Principais funções:

Costurar os componentes; Identificar os componentes a serem unidos pelo ponto corrido; Pespontar componentes; Pregar fechos. Passar a Ferro Dobrar peças Etiquetar peças Etc.

Requisitos: Experiência comprovada no sector têxtil Contatos :252 501 300

Decorreu entre os dias 9 e 12 de julho, em Peniche, o Campeonato Nacional de Jovens, Sub-08, Sub-10, Sub-12, Sub-14, Sub-16 (CNJ), organizado pela Federação Portuguesa de Xadrez (FPX). A delegação do Clube de Xadrez Associação Académica da Didáxis (CX A2D) fez-se representar por cinco atletas, num total de 160 participantes e teve em destaque João Pedro Afonso, no escalão Sub-14, que se sagrou Vice-Campeão Nacional entrando, deste modo, na elite do xadrez jovem a nível nacional. O jovem atleta do CX A2D alcançou 5,5 pontos em 7 possíveis e constituiu uma “agradável surpresa”, pois na segunda época como federado, foi apenas derrotado pelo Campeão Nacional Sub-14, Artur Guia (GD Fer-

das várias categorias, que decorreram na Marinha Grande e onde estiveram presentes 120 atletas e 24 equipas representantes dos clubes mais fortes nos escalões de formação. Este evento xadrezístico foi organizado pela Federação Portuguesa de Xadrez. A CX A2D fez-se representar por quatro atletas. A nível coletivo, O CX A2D voltou a destacar-se a nível nacional ao alcançar na prova Sub14/Sub-20 o 7º lugar ex aequo obtendo duas vitórias, três empates e duas derrotas. A jovem equipa famalicense voltou a apresentar “uma CX A2D no Top-10 do Nacional equipa de futuro” constituída por de Jovens Rápidas de Xadrez dois jovens atletas Sub-14 (João O xadrez jovem voltou aos tabu- Pedro Afonso e Duarte Abreu), um leiros no dia 18 de julho, desta vez atleta Sub-18 (José Santos) e um em ritmo mais rápido nos Nacionais atleta Sub-20 (Simão Barroso).

roviários do Barreiro), ficando a escasso meio ponto do líder. José João Pinto, no escalão Sub12, também esteve a bom nível ao posicionar-se em 11º lugar e Rafael Guimarães alcançou o 24º lugar. O Campeão Nacional foi Gustavo Filipe (EX Porto). Finalmente, no escalão Sub-16, Henrique Guimarães quedou-se no 24º lugar e Filipa Pipiras (GD Dias Ferreira) juntou os títulos absoluto e feminino nesta categoria. Ainda no escalão Sub-14, Duarte Abreu classificou-se em 31º lugar.

Placard.pt é o novo “main sponsor” do FC Famalicão O FC Famalicão tem um novo “main sponsor” (patrocinador principal) para a época 2021/2022. O clube estabeleceu uma parceria com a Placard.pt, que será válida por três temporadas e que contempla a presença desta marca na frente das camisolas da equipa principal bem como a nomeação da bancada nascente do Estádio Municipal, que passará a designar-se Bancada Placard.pt. A Placard.pt é uma marca comercial de atividade de apostas desportivas online em Portugal que relaciona a obtenção de resultados com a ver-

tente de responsabilidade social. “É um dia importante para o nosso clube porque temos a honra de nos tornar parceiros de uma marca tão prestigiada como a Placard.pt. Comprometemo-nos a manter o nível que o Futebol Clube de Famalicão tem apresentado nas últimas épocas, nas quais temos tido relações win-win com os nossos parceiros”, referiu o presidente da SAD do Famalicão, Miguel Ribeiro, que se mostra entusiasmado por iniciar mais uma ligação com “uma marca de reconhecido valor no plano nacional”.

Jovem piloto famalicense Ballas Júnior consegue duplo pódio A Vila de Fontes, no concelho de Santa Marta de Penaguião, marcou o início do Campeonato Português de Trial 2021, sob égide da Federação de Motociclismo de Portugal e Ballas Júnior fez a sua estreia na classe TRI/Elite com um duplo pódio. Com apenas 16 anos, o jovem piloto famalicense conseguiu, nesta ronda dupla repetir o segundo lugar no pódio nas provas disputadas sábado e domingo, demonstrando potencial para competir pelos lugares de topo na categoria rainha do trial em Portugal. “Estou muito feliz com a minha prestação, pois é o primeiro ano que estou a competir na classe TR1, foram dois dias intensos de competição, ao lado dos melhores do Trial em Portugal. O foco agora é manter a minha prestação e manter todo o trabalho que tenho realizado, pois foi possível ver que o trabalho compensa", referiu o piloto famalicense.


opiniãopública: 21 de julho de 2021

Diário famalicense

Bússola José Miguel Silva

Henrique Gouveia e Melo Nos últimos meses, a opinião geral dos portugueses é que o processo de vacinação está finalmente a correr bem, sendo que este processo é fundamental para que cada cidadão possa fazer a sua parte para combater esta pandemia que parece não ter fim. Esta melhoria tem um nome e um rosto, o Vice-Almirante Henrique Gouveia e Melo. Numa altura em que, como alguém estes dias disse, e bem, destruir pessoas é fácil, respeitar é difícil e ter princípios é quase um acto de heroísmo, a actuação do Vice-Almirante Gouveia e Melo tem sido heróica e do mais sublime interesse nacional. E tem sido, a começar porque tem sido dirigida por um militar ao invés de um qualquer boy de um partido político a precisar de emprego, tal qual o CDS sempre defendeu. O próprio define-se como: “Veterano do mar, obsessivo, sedutor e sem tolerância para malandros.” Nesta corrida contra o tempo, este senhor organizou o processo, estabeleceu metas, coisa que qualquer gestor decente faria, mas mais importante ainda, quando percebeu que as metas estabelecidas eram difíceis de cumprir, estabeleceu novas metas sem atirar a culpa para cima de ninguém. Esta é uma lição para muitos políticos ou até aspirantes a políticos que passam a vida a “sacudir” a culpa para cima de outros. Homenagear Gouveia e Melo é acima de tudo agradecer ás cerca de 4700 pessoas da Task-Force que todos os dias estão na primeira linha de combate á pandemia. Obrigado. Henrique Gouveia e Melo é já uma das figuras do Séc. XXI em Portugal, e certamente um dos fortes candidatos ás próximas eleições Presidenciais, Portugal não poderá desperdiçar tal oportunidade de pôr o país na ordem.

Opinião Liberal Sandra Costa

A importância da diferença Como é hábito dizer-se, a beleza está na diversidade. Se todos fossemos iguais, de gostos iguais, penteados iguais, desconheceríamos a beleza da arte, da criação, ou seja, não seríamos humanos, estando apenas limitados a corresponder irracionalmente a instintos. Por isso, cada uma das Freguesias do nosso Concelho tem o seu encanto. Por isso, importa manter a nossa identidade, afirmando as nossas tradições com orgulho e por elas lutar se necessário for. Esta é a minha forma de estar na vida. Discordando quando acho que devo, dizendo o que entendo no momento que entendo acertado. O que acabo de dizer relativamente à diferença tem aplicação em tudo. Senão veja-se a importância de se ter uma Junta de Freguesia com uma cor distinta da Câmara Municipal: a Câmara intervém em determinado local de uma Freguesia e, está sempre tudo bem se a cor partidária das duas for a mesma (ou se “oposição” for apenas uma palavra). A título de exemplo atente-se ao Mercado Municipal, recentemente rebatizado de “Praça”. Se consultarmos a página eletrónica, é aí referido que, “em casos de mobilidade reduzida, deve utilizar a entrada principal, pela Avenida Marechal Hum-

berto Delgado”. Aposto que pensam que as pessoas não leem. Ainda que se trate de uma página cheia de informação (por oposição à da União de Freguesias de Antas/Abade de Vermoim, que nada tem), começo a duvidar se as correspondências serão exatas. A entrada da Praça pela Avenida Marechal Humberto Delgado tem uma aparência mais próxima de um cenário de guerra, no entanto é a tal indicada para pessoas com mobilidade reduzida. Fruto desta euforia pré-eleitoral autárquica o mundo eletrónico e virtual é distante do real, onde não há passeios, onde se circula sem segurança, ora a respirar pó, ora a pisar lama, consoante a meteorologia. A Famalicão virtual é fantástica, brilhante e cheia de negócios florescentes. A real é plena de buracos na rua, à espera que se substituam pedras por pedras, postes por postes, e outros que tais, à custa dos IMIs, IRSs, etc. Voltando ao ponto em que iniciei – a beleza e importância da diferença – onde está a oposição? As palavras e atitudes firmes? Não as encontramos nas mesmas cores ou naqueles para quem “oposição” é uma palavra. Portanto, não se espere que dos mesmos se tenham coisas diferentes.

António Cândido Oliveira

Estão a decorrer há largos meses (quantos?) importantes obras no centro da cidade, removendo e substituindo pavimentos de praças, ruas e passeios e as pessoas conversam e perguntam: como vai ficar isto? As pessoas veem, desde há algumas semanas, pouca gente a trabalhar nessas obras e perguntam: o que se passa? No dia 16 de julho de 2021 os famalicenses souberam, pela informação digital diária da comunicação social local, que toda a rua de Santo António e parte da Rua Adriano Pinto Basto vão ser fechadas ao trânsito “previsivelmente” por 30 dias por causa das obras do centro da cidade e perguntam: o

Domingos Peixoto

Assistimos, há cerca de uma semana à tragédia na Alemanha, que afetou mais alguns países. Olhando para aquelas imagens, se não tivessem dito que era na Europa Central, “só” podíamos pensar tratar-se de mais uma desgraça algures no terceiro mundo. Casos de pobres do tipo do terramoto no Haiti, aquelas imagens terríveis de há dez anos, do tsunami do Indico, da destruição da 2ª guerra mundial, das guerras do Médio Oriente ou outras! O “desenvolvimento” – pai e mãe de todas as soluções para a humanidade -, numa visão desenfreada e materialista para o mundo, é a grande e principal razão para a destruição da natureza e de todas as alterações ambientais e climáticas. E se afeta mais e mais rapidamente os países pobres e os seus famintos e desprotegidos povos, a verdade é que, como no caso presente - no dizer de Angel Merkel uma visão surreal que não se esperava num país rico – os maiores “contribuintes” para estes dramas são os países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento. Podemos falar de exemplos desse contributo em casos mais comezinhos. Apesar de ainda haver alguma agricultura do tipo da de há 50 anos, em que por estas terras agrícolas e laboriosas, onde todos os lavradores (e caseiros) cultivavam milho, trigo, centeio, vinho, erva, batatas, etc. uma grande parte do trabalho era braçal e animal, onde se limpavam as bouças para aproveitar a vegetação para lastrar as cortes e manter o gado e os eirados “limpos” e secos, onde alguns adubos já proliferavam sendo “mexidos” em casa como se de uma argamassa se tratasse, as regas eram feitas a partir de poços privados para quem tinha motor a petróleo, com a água das minas e outras nascentes acumuladas em poças e tanques, muitas vezes conduzidas em compridos regos, regando o milho às tornas com pés descalços e calças arregaçadas. Já havia quem tivesse acesso à água do rio, captada pelo motor e conduzida em tubos de chapa que se mudavam e “emendavam” em lanços por entre os carreiros

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Cidadãos Menores

que motiva esse encerramento em concreto? E será mesmo por 30 dias? As perguntas são muitas e as pessoas põem-se a adivinhar, tentando obter respostas para as perguntas que fazem, esquecendo-se ou ignorando que têm direito a ser devidamente informados pela Câmara. Numa democracia local sólida as obras que estão a decorrer no centro urbano seriam acompanhadas de informação detalhada. Haveria junto delas painéis com desenhos e textos explicativos que permitiriam ver facilmente o resultado das obras e o seu custo. Também seria explicado o menor ritmo delas nas últimas semanas.

Pelos quatro cantos da ca(u)sa

PRAÇA PÚBLICA

E o fecho das ruas seria igualmente objeto de explicação, dizendo-se porque é necessário fechá-las e porquê o prazo de 30 dias. Para estas e outras informações haveria também um número de telefone ou telemóvel de atendimento direto e rápido, largamente divulgado. Tal não sucede, porque os famalicenses aceitam ser tratados como cidadãos menores e assim continuarão a ser tratados se tivermos em conta o silêncio, nomeadamente da oposição ou oposições. A debilidade da nossa democracia local está assim bem à vista!

Falando em clima de milho; este sistema tinha custos com a licença, que o Guarda Rios fiscalizava atenciosamente e era muito respeitado, e bem assim com o aluguer da tubagem. Hoje tudo se transformou com a agricultura intensiva, por estas bandas à base de milhos e ervas para alimentar a produção de gado para leite ou carne. Ainda há uma ou duas semanas, falando só do Louro, os nossos rio, ribeiros e arroios conduziam bastante água. Crescendo os milhos, sempre com muitos fertilizantes, com nauseabundos detritos quase pastosos dos animais e herbicidas “para todos os gostos”. Começaram as intensas regras por aspersão, conduzidas por potentes motores e tubagem a longas distâncias - um pouco por todo o lado se podem ver os “arcos” de água em autênticos “chuveirinhos” de 360º, horas e dias a fio. Neste domingo, passando pelo Parque da Formiga – uma importante obra da Junta do Louro e da Câmara de Famalicão para fruição de lazer e da natureza, quer a levada quer o ribeiro já só transportam pequenos fios de água, pescada intensamente a montante! Pois é, faz muita falta aos milhos; mas também contribui para as alterações climáticas que, de vez em quando, sempre de uma forma crescente, vão arrasando aldeias e cidades causando imensos prejuízos e sofrimento humano com muitas perdas de vidas que nunca mais recuperamos. O mundo, hoje, está em alerta, “conduzido” por ativistas, pela ONU e por governos já sensibilizados. Porém há outros, ativistas e governantes, sobretudo muitos capitalistas, negacionistas e defensores da continuação da exploração das riquezas da natureza, dos lucros fáceis e rápidos e isso não contribui nada para o desenvolvimento sustentado da humanidade. E se, muito por força de Organizações Internacionais e de Estados com mais preocupações sociais a fome no mundo tem vindo a reduzir lentamente, na verdade se os povos fossem deixados apenas aos cuidados dos mercados a “coisa” seria uma tragédia permanente.

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opiniãopública: 21 de julho de 2021


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