Opinião Pública - 1522

Page 1

Ano 30 | Nº 1522| De 28 de julho a 24 de agosto de 2021| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt

pub

pub

Câmara e empreiteiros estão a fazer o ponto da situação e não avançam datas, para já

Prazo para o fim das obras no centro da cidade em avaliação p. 6

Estrutura custou 2 milhões de euros e foi financiada em 80% pelo Município

LOJA DO CIDADÃO ABRE FINALMENTE EM FAMALICÃO Abriu na passada segunda-feira a Loja do Cidadão de Famalicão, localizada no espaço da antiga superfície comercial Inô. Logo no primeiro dia, foram muitos os cidadãos que procuram os serviços estatais no novo espaço, que reúne um conjunto de servi-

Adruzilo Lopes domina Rali de Famalicão

ços públicos que estavam dispersos pela cidade. São os casos das conservatórias do Registo Civil e Registo Predial, Comercial e Automóvel, dos dois serviços de finanças e da delegação local da Segurança Social. Há ainda um Espaço do Cidadão. p. 7

Entrevista: Paulo Cunha faz balanço do mandato e fala do futuro

“Mudámos a perspetiva com que as pessoas olham a Câmara” p. 4 e 5

FC Famalicão vence Feirense e segue em frente na Taça da Liga AD Ninense e GRAL inauguram renovação dos complexos desportivos Cruz Projeto de reabilitação do Largo do Senhor dos Aflitos apresentado à populaçãop.13 O OPINIÃO PÚBLICA vai de férias nas próximas três semanas. Regressamos a 25 de agosto. Boas férias! pub


02

CIDADE

opiniãopública: 28 de julho de 2021

Homem detido após duas tentativas de roubo em Famalicão Um homem de 26 anos foi detido pela PSP, na quinta-feira da semana passada, na cidade de Famalicão, por suspeita duas tentativas de furto. Em comunicado, a Polícia de Segurança Pública conta que, pelas 20h15, teve conhecimento da ocorrência de uma tentativa de furto, não concretizado por ação da vítima, tendo o suspeito se colocado em fuga. Enquanto os meios policiais faziam diligências no sentido de localizar o referido suspeito, a PSP recebeu uma nova chamada, a comunicar a ocorrência de outra tentativa de roubo a uma mulher de 62 anos, também na cidade. De imediato, os policias deslocaram-se para o local, tendo o suspeito, um homem com 26 anos de idade, sido intercetado por populares e entregue à equipa policial. O homem acabou por ser detido, tendo a PSP apurado que tinha sido também o autor primeira tentativa de furto. O suspeito foi presente, no dia seguinte, ao Tribunal Judicial de Guimarães.

Restaurante Diogo volta às origens

Com algumas limitações por causa da pandemia

Piscinas Municipais exteriores abertas até 15 de setembro As piscinas exteriores do complexo desportivo de Famalicão estão abertas ao público até ao dia 15 de setembro, com uma capacidade máxima de 180 pessoas. Com dois períodos de utilização, as piscinas estão abertas das 9h30 às 13h15 e das 14h15 às 18h00, encerrando às segundas-feiras de manhã. A Câmara Municipal lembra que é obrigatória a identificação do utente na admissão, de forma a que os serviços possam controlar os acessos ao espaço ao longo do dia. A tarifa de acesso para um adulto ou jovem com idade igual, ou superior, a 13 anos é de 1,30 euros. Já as crianças até 3 anos de idade têm entrada gratuita e as com idade compreendida entre 4 e 12 anos pagam uma taxa no valor de 0,91 euros. Esta tarifa também se aplica a detentores do cartão jovem, cartão sénior e a pais de famílias numerosas. Os valores referidos abrangem um dos períodos de funcionamento (manhã ou tarde), não sendo possível permanecer no local o dia inteiro. De forma a garantir que um maior número de pessoas possa usufruir das instalações, o acesso no período da tarde, a utilizadores que frequentaram as piscinas na manhã desse mesmo dia, está condicionado à disponibilidade do espaço. Durante a primeira hora de funcionamento, será dada prioridade aos utentes que estejam a aceder às piscinas pela primeira vez nesse dia. Refira-se que os serviços de balneários, chuveiros e cacifos estão encerrados, assim como os bebedouros. A autarquia informa ainda que, ao longo do dia, há de-

sinfeção permanente das áreas comuns, havendo um reforço da limpeza, em particular no espaço das piscinas, no interregno da hora de almoço e ao final do dia. As regras do espaço estão em conformidade com as orientações da Direção Geral da Saúde (DGS), no que refere aos “Procedimentos de Prevenção e Controlo para Espaços de Lazer, Atividade Física e Desporto e Outras Instalações Desportivas”.

Votação decorre online até 9 de agosto

Movimento “Viver o Ave” nomeado para o prémio Guarda Rios 2021 Deste 1996 que o restaurante Diogo dá cartas no universo do snack-bar e prepara-se para abraçar um novo desafio. Depois de largos meses a enfrentar as consequências da pandemia de Covid-19 no negócio, o Restaurante Diogo anunciou recentemente que vai voltar ao centro da cidade de Famalicão. Nas palavras do proprietário, Diogo Costa, este é um “regresso às origens, onde tudo começou”. “Neste momento ainda não existe uma data prevista para a abertura porque queremos abrir portas com as melhores condições possíveis, semelhantes aos tempos pré-pandemia”, explicou o responsável, acrescentando que “o conceito e o serviço vai manter-se” no novo espaço, central e renovado. Diogo destaca que esta é “uma aposta na modernidade”, que vai permitir usufruir da visibilidade que o centro da cidade proporciona, bem como de clientes pedonais, não descurando o estacionamento adjacente, que continua a ser um dos objetivos.

FICHA TÉCNICA

CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt

DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-95) jfernandes@opiniaopublica.pt

CHEFE DE REDACÇÃO: Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt

REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).

DESPORTO: José Clemente (CNID 297) e Paulo Couto.

O Movimento “Viver o Ave” é um dos cinco nomeados para o prémio Guarda Rios 2021 promovido pela associação ambiental GEOTA. Este prémio é considerado um dos mais importantes prémios ambientais a nível nacional e visa premiar pessoas, grupos ou instituições que se tenham destacado na implementação de boas práticas, defesa e valorização dos rios, cursos de água e áreas ribeirinhas. O “Viver o Ave” é um movimento informal, criado na rede social Facebook, cuja missão é proteger, preservar a bacia hidrográfica do Rio Ave e dos seus afluentes, assim como incentivar a preservação do património histórico edificado ao longo das suas margens. O Movimento propõe-se realizar um amplo programa ações de sensibilização ambiental, de promoção e divulgação, de debates e palestras, de atividades desportivas e lúdico-pedagógicas, com vista à consciencialização para a proteção e preservação, não só do Rio Ave, mas de toda a sua bacia hidrográfica. Gualter Costa, porta-voz do Movi-

GRAFISMO: Carla Alexandra Soares

OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira.

GERÊNCIA: João Fernandes

CAPITAL SOCIAL: 175.000,00 Euros.

DETENTORES DE MAIS DE 5% DO CAPITAL

mento, sublinha que o Rio Ave e toda a sua bacia hidrográfica “são, neste momento, ainda dos rios mais poluídos e com as margens mais subvalorizadas e subaproveitadas do país”, apesar de estar “dotado de um invejável património histórico, industrial, hidroelétrico e até religioso nas suas margens”. Nesse sentido, entende que o Ave e as suas margens “têm todas as condições e potencial, para a sua valorização

António Jorge Pinto Couto João Fernado da Silva Fernandes Voz On, Lda.

TÉCNICOS DE VENDAS: comercial@opiniaopublica.pt Maria Fernanda Costa e Sónia Alexandra

PROPRIEDADE E EDITOR: EDITAVE Multimédia, Lda. NIPC 502 575 387

e aproveitamento turístico e ambiental”, considerando que este prémio, “dado o seu reconhecimento e prestígio a nível nacional poderá ser uma importante alavanca mediática para a promoção de toda a bacia do Ave, Vizela e Este”. O Movimento apela, assim, à votação no seu projeto através das páginas do GEOTA. As votações decorrem até ao dia 9 de agosto.

SEDE, REDACÇÃO E PUBLICIDADE: Rua 8 de Dezembro, 214 Antas S. Tiago - 4760-016 VN de Famalicão

IMPRESSÃO: Celta de Artes Gráficas, S.L. Gárcia Barbón, 87 Bajo - Vigo

INTERNET - www.opiniaopublica.pt

DISTRIBUIÇÃO: Editave Multimédia, Lda.

Serviços Administrativos: Tel.: 252 308146 / 252 308147 • Fax: 252 308149

NÚMERO DE REGISTO: 115673 DEPÓSITO LEGAL: 48925/91

CONTACTOS Redacção: Tel.: 252 308145 • Fax: 252 30814

TIRAGEM DESTE NÚMERO: 20.000 exemplares, nº 1522


opiniãopública: 28 de julho de 2021

1º lugar e menção honrosa na categoria reportagem escrita

Alunos da D. Sancho I premiados no Programa Jovens Repórteres para o Ambiente

A reportagem escrita “A tua Máscara Usada pode ser Valorizada” realizada por Cátia Araújo, José Pedro Araújo e Juliana Silva, alunos do 12.º ano da Escola Secundária D. Sancho I, conquistou o primeiro lugar, do segundo escalão (15 a 18 anos), no Concurso Nacional Jovens Repórteres para o Ambiente (JRA) 2021. Para além destes projetos, destaque também para a menção honrosa atribuída a Gonçalo

Oliveira, Inês Bernardino, João Pedro Granja, Luís Guimarães e Pedro Telmo Pires, pelo artigo “Horta Biológica da D. Sancho Vence Orçamento Participativo”, na mesma categoria e escalão. O artigo premiado, que foca o projeto de recolha e valorização de máscaras usadas desenvolvido pelo Centro para a Valorização de Resíduos da Universidade do Minho e a TO-BEGREEN, encontra-se agora na

competição internacional do referido programa. Também presente nesta competição está a reportagem “How Can Traditional Watering Systems Help The Environment?”, na categoria “Colaboração Internacional”, desenvolvido por alunos da referida escola em parceria com a Secondary Vocational School Spasoje Raspopovic (Montenegro), que aborda os esforços locais para a mitigação dos efeitos das alterações climáticas. Refira-se que o Jovens Repórteres para o Ambiente é um programa internacional da Foundation for Environmental Education (FEE), promovido em Portugal pela Associação Bandeira Azul da Europa, que pretende contribuir para o treino do exercício de uma cidadania ativa e participativa, enfatizando a vertente do jornalismo ambiental. O concurso visa reconhecer e divulgar as melhores reportagens efetuadas sobre sustentabilidade pelos jovens portugueses ao longo do ano.

CIDADE

03

Orquestra Sinfónica do Ave e ACAFADO no Anima-te

Os concertos da Orquestra Sinfónica do Ave e da ACAFADO são os destaques da programação do Anima-te para o próximo fim de semana, dando, assim, destaque às associações culturais do concelho. Na sexta-feira, 30 de julho, sobem ao palco os jovens músicos da Orquestra Sinfónica do Ave, dirigida pelo Maestro Eliseu Correia, e inserida na Associação Ribeirão Musical, pelas 19h00. Logo de seguida, entra em palco a ACAFADO – Associação Cultural e Artística Famalicão Fado, fundada em 2021 com o objetivo de valorizar e divulgar o fado na região. Recorde-se que os espetáculos inseridos no palco do Anima-te, instalado no Parque da Devesa, junto ao lago, têm entrada gratuita, com levantamento obrigatório de ingresso no local do evento no período das 2 horas que antecede o espetáculo. Cada pessoa poderá levantar até 6 ingressos. pub


04

CIDADE

opiniãopública: 28 de julho de 2021

Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão em entrevista

“Era incapaz de estar na Câmara a fazer planos para quem viesse a seguir” Cristina Azevedo

jovens ter mais dinheiro disponível, porque as despesas com a habitação não são só a renda. E há outra medida que ajuda: temos um loteamento em Rebordelo há cerca de 20 anos e está, finalmente, a ser comercializado. Sabe porquê? Porque fomos inovadores na forma como comercializamos, com lotes a preços que induzem no mercado um sinal para que haja uma redução dos preços da habitação. De resto, este problema não é só de Famalicão, é do país inteiro…

Paulo Cunha está a terminar o seu segundo e último mandato como presidente da Câmara de Famalicão. Depois de 12 anos na autarquia, quatro como vereador e oito como presidente, é altura de fazer um balanço e falar também do futuro. OPINIÃO PÚBLICA: Sempre disse que ser presidente da Câmara de Famalicão era das coias que mais gostava. Mas sai, quando poderia ainda completar mais um mandato… entende que o seu trabalho ficou concluído? Paulo Cunha: De facto, vou sair daquilo a que chamo a cadeira de sonho, porque não antevejo nada mais gratificante para mim do que ser presidente de Câmara. Mas entendo que esta função não existiu para dar prazer a quem a serve. Existiu para que quem a desempenha seja eficaz e tenha as ações mais acertadas. Tomei a decisão de não me recandidatar porque percebi que era melhor para Famalicão que houvesse uma mudança nesta altura. Há um ciclo novo que se abre: temos um quadro comunitário que está a terminar, temos um novo quadro comunitário que está a iniciar e temos o PRR. Ou seja, é uma conjugação de oportunidades do ponto de vista comunitário que nunca houve no país e que dificilmente se repetirá no futuro. E entendo que isto exige um planeamento a médio/longo prazo que vá muito além de quatro anos. Diz que é preciso iniciar um novo ciclo, mas o candidato da coligação já disse que vai encabeçar uma candidatura de continuidade… É possível e desejável que haja mudança na continuidade e é isso que o prof. Mário Passos tem dito, e bem. É continuidade no perfil, no alinhamento, no processo sóbrio de gestão autárquica, no cuidado com as pessoas, na preocupação com os mais necessitados, na capacitação do território, na aposta na educação, juventude, desporto, cultura e outras áreas. Só que isso pode-se fazer de muitas formas e o Mário Passos, se for eleito, como espero, há de ter a sua forma de desempenhar essas funções. Além disso, o próximo presidente de Câmara tem um horizonte legal de 12 anos, mas se o Paulo Cunha fosse recandidato e eleito, só poderia apresentar propostas para quatro anos, caso contrário seria pretensioso. Eu não sou pretensioso e, por isso, era incapaz de estar na Câmara Municipal a fazer planos para quem viesse a seguir, fosse ele quem fosse.

“Não tenho nenhuma ambição política. Mas se esta entrevista fosse feita há 15 anos, eu também lhe dizia que não tinha ambição de ser presidente de Câmara”. Insisto neste tema porque, como sabe, são muito os rumores que quer almejar voos mais altos, falase até numa candidatura à liderança do PSD nacional… Não tenho nenhuma ambição política. Mas se esta entrevista fosse feita há 15 anos, eu também lhe dizia que não tinha ambição de ser presidente de Câmara. Ou seja, eu não faço planeamento de médio prazo para a minha vida, a não ser a vida familiar. Na profissional e política, não faço. Tomei esta decisão, única e simplesmente, a pensar em Famalicão. Mas pretende continuar na vida política e partidária ativa? Claro que sim. Sou presidente da Concelhia e da Distrital de Braga do PSD e não vou cessar as minhas funções, eventualmente, até me irei recandidatar a um novo mandato na distrital. Além disso, a vida política não é exclusiva dos governantes. Para se fazer política não se tem que ser primeiro ministro, deputado, presidente de câmara ou presidente de junta. Não escondo que fazer política sem ser governante, no nível local em que sou hoje, vai ser um mundo novo para mim e que me vai dar prazer fazer política dessa forma. Partindo agora para um balanço ao mandato, que marca é que acha que a sua gestão vai deixar a Famalicão? A principal marca é a mudança da perspetiva com que as pessoas olhavam a Câmara Municipal, que

que já deveria ter sido trabalhada no passado a nível nacional. Uma das alíneas do Plano de Recuperação e Resiliência tem a ver com a habitação. Há um financiamento e a Câmara de Famalicão também tem o seu plano em curso, que deverá ficar fechado até ao final do ano. Mas nós já temos uma pequena medida em curso, de apoio à habitação nos jovens, em que estes vão pagar menos de água e Em que aspetos? saneamento. Isoladamente, pode Hoje conseguimos por empresas a parecer pouco, mas permite aos ajudar a fazer obras num hospital, como é o caso da Clínica da Mulher e da Criança do CHMA, ou a ajudar o tecido associativo muito mais do que conseguíamos antes. Isso não quer dizer que as empresas tenham ‘excesso’ de capacidade financeira, quer dizer que estão mais comprometidas com o território. E o que digo das empresas, digo das associações e dos cidadãos, da forma como colaboram e interagem com o Município. O Balcão Único é uma forma para que as pessoas se sintam bem na Câmara Municipal, o Made IN é para que as empresas, os potenciais empresários, os jovens empreendedores possam entrar porque a porta do Município está franqueada. São exemplos que me fazem concluir que o nosso trabalho autárquico está a ser bem conseguido. depois se materializa em projetos, em obras, em iniciativas. Mas o centro é: como é que as pessoas olhavam para a Câmara Municipal antes de eu iniciar as minhas funções e como é que olham hoje. A Câmara é mais útil ou menos útil? É mais ou menos respeitável? É mais ou menos credível? Há sinais que me permitem concluir que se evoluiu.

A questão da habitação tem dominado a pré-campanha. É uma área que não foi trabalhada? Tem de o ser no futuro? É uma área a trabalhar no futuro e

Mas somos, aqui à volta, o concelho com habitação mais cara? Porque há uma grande pressão de procura externa. Uma percentagem muito significativa de pessoas que compraram apartamentos em novos empreendimentos, não são pessoas de Famalicão. Por exemplo, em Nine está a ser construída muita habitação para pessoas que são de Viatodos e até do Porto. Mas isso é bom sinal, porque se Famalicão não tivesse qualidade de vida ninguém do Porto vinha cá comprar uma habitação. É uma consequência má, que resulta de uma coisa boa. Está em curso a renovação do centro urbano da cidade, mais do que uma obra é uma nova filosofia de vida citadina que quer deixar? Sim. Hoje, quando temos uma tarde soalheira, seja de inverno ou de verão, algumas pessoas vão para o Parque da Devesa, felizmente, mas muitas outras que saem de Famalicão porque não têm um local aprazível na cidade, onde se possa estar com a família em liberdade. Famalicão tem que »»»»»»»»»» (continua)

“Admito que haja perdas eleitorais, que haja perda de votos na coligação, mas eu fiz a obra quando ela tinha que ser feita”.


opiniãopública: 28 de julho de 2021 «««««««««« ter um espaço público que retenha os famalicenses. Em todas as freguesias temos centros cívicos, espaços muito agradáveis, mas perdemos a centralidade na cidade. Temos que a reganhar.

que a Câmara não tivesse meios financeiros para as executar. Foi porque a Câmara acha que fazêlas nesta altura, seriam caras demais. Teriam um preço muito além daquilo que é o razoável, quer o estádio quer a pista de atletismo. Além de que são obras que não têm fundos comunitários. Como isto tem ciclos, estou certo que no próximo ano teremos menos obras, haverá menos pressão sobre as empresas, porque não será ano de conclusão de fundos comunitários, e os preços vão baixar.

Acha que os famalicenses estão preparados para essa nova forma de ver e viver a cidade, sabendose que será dada primazia ao peão, aos meios suaves de transporte? Mas nós não vamos retirar os automóveis da cidade, só os dois topos da praça é que vão ficar com as vias encerradas ao trânsito. O que vamos é criar condições para que as pessoas percebam, incluindo os automobilistas, que esses locais não são os melhores para os automóveis. É uma filosofia diferente. Não é impor as coisas, é fazer com que as pessoas percebam que esse é o melhor caminho. Estou seguro de que o que está em curso – e é uma obra difícil, demorada, desagradável – vai compensar cada minuto de constrangimentos que estamos a viver A verdade é que as obras não estarão concluídas antes das eleições. Acha que isso terá repercussões nos resultados eleitorais? É uma boa questão, porque fui acusado de ser eleitoralista por fazer essa obra. Admito que haja perdas eleitorais, que haja perda de votos na coligação, mas eu fiz a obra quando ela tinha que ser

Há algo que gostaria de ter concretizado e não conseguiu? A área da saúde. A resistência nacional, dos governos (e estou a falar no plural) a uma verdadeira reforma na área da saúde é uma pedra no meu sapato. Já em novembro de 2015 reclamava do governo da altura, que era do PSD e liderado por Pedro Passos Coelho, mais competências municipais na área da saúde. Mas agora, que este Governo quis transferir algumas competências, não as aceitou? Chama-lhe competências? O que o Governo quer transferir para as câmaras municipais é a manutenção do edifício, a limpeza do edifício e o pagamento do salário ao pessoal não clínico. A Câmara não tem nenhum poder de decisão. Por exemplo, a unidade de FradeEntretanto, há obras que ficaram los está sem médico há demapor fazer… o Centro de atletismo, siado tempo e eu não consigo compreender como é que as entio novo estádio municipal? Propositadamente, e não foi por- dades de saúde recusam a que

“A Câmara é mais útil ou menos útil? É mais ou menos respeitável? É mais ou menos credível? Há sinais que me permitem concluir que se evoluiu”. feita. Isso só prova que é falso que o timing da obra tenha sido escolhido por causa do contexto eleitoral... é exatamente o contrário.

CIDADE

05

Fradelos seja um polo da USF de Ribeirão. O que é que é mais fácil: ir 2.000 pessoas de Fradelos para Ribeirão ou vir dois médicos de Ribeirão para Fradelos prestar consultas? E acha que a Câmara vai aceitar competências sem poder mexer nisto? Não vale a pena? Não. É que nem são competência, são tarefas. O meu colega do Porto chama-nos tarefeiros e com razão. Ao longo do mandato foi muito crítico deste Governo, o que o leva a dizer que tem prejudicado Famalicão? Uma nota prévia: sou muito crítico em relação aos governos que merecem a minha crítica. Fui crítico em relação ao Governo de Pedro Passos Coelho, no que à saúde diz respeito. Provavelmente, fui mais com este Governo porque é o que está mais tempo em funções desde que sou presidente de Câmara. E de facto, tem prejudicado Famalicão, a Loja do Cidadão é exemplo disso. Vai ficar nos anais da história como a loja com menos investimento estatal. Oitenta por cento é investimento do Município. E porque é que, neste caso, decidiu assumir essa competência, que não é municipal? Porque era tempo a mais para Famalicão fazer parte do terceiro mundo do ponto de vista dos serviços estatais prestados aos cidadãos. pub


06

CIDADE

opiniãopública: 28 de julho de 2021

Obra deveria estar concluída em outubro

Prazo das obras no centro da cidade está a ser avaliado pela Câmara e empreiteiros As obras de renovação do centro urbano que estão a decorrer na cidade de Famalicão deveriam estar concluídas no próximo mês de outubro, segundo o prazo de execução, mas neste momento não há garantias de que tal venha a suceder. Na passada quinta-feira, na reunião do executivo municipal, o presidente da Câmara, Paulo Cunha, depois de interpelado pelo vereador do PS, Nuno Sá, sobre o assunto, referiu que está a ser feito um ponto da situação. Depois, em declarações aos jornalistas, no final da reunião, o edil explicou que autarquia está a fazer “uma avaliação com o consórcio de empreiteiros para perceber em que fase do período de execução é que está a obra”. “Neste momento, não podemos dizer que a obra vai atrasar, mas também não podemos afiançar que os prazos serão cumpridos. Logo que tenhamos essa ava- tuação”, afirmou. é uma obra de grande envergadura e comliação feita, informaremos do ponto da siDe resto, Paulo Cunha lembra que esta plexa. “Não fechamos a cidade, tudo con-

Ruas de Santo António e Adriano Pinto Basto

tinua a funcionar, e isso torna a execução da obra muito mais difícil, porque é preciso acautelar muitas situações, que levam a que o cronograma da própria obra tenha que ser muitas vezes alterado”, adianta o presidente da Câmara. Por outro lado, o edil explica que os impactos da pandemia da Covid 19 também se fazem sentir no setor da construção, que luta com falta de mão de obra e com falta de materiais. Paulo Cunha diz perceber as críticas que estão a ser feitas porque “ninguém gosta de obras”, mas apela, mais uma vez, à compreensão dos famalicenses, convicto de que a obra será vantajosa para Famalicão. “Tínhamos uma cidade escura, sombria, sem pessoas. Com esta obra vamos dar mais vida à cidade, vamos trazer as pessoas, que poderão passear em família, frequentar os cafés e restaurantes, visitar o comércio”. C.A.

Paulo Cunha e empresários do concelho visitaram a infraestrutura que ajudaram a criar

Comerciantes preveem Clínica da Mulher e quebras com fecho da Criança trouxe benefícios das ruas do centro para utentes e profissionais Juliana Machado ao trânsito “ainda não tinha atendido um único cliente” quando, num O centro urbano de Famalicão está dia normal, por aquela hora “já teria em completa renovação e requalifi- atendido uma dúzia deles”, revelou cação. Despois de se iniciarem as ao OP José Eduardo, proprietário do obras, ainda não concluídas, no an- negócio, acrescentando que “o cotigo campo da feira, na Praça D. mércio já está a ser afetado há muito Maria II e na Praça Cupertino de Mi- tempo pelas obras circundantes”. randa, chegou agora a vez das ruas “Nota-se um decréscimo muito de Santo António e Adriano Pinto acentuado na afluência de clientes. Basto. Estas artérias centrais da ci- O encerramento destas ruas é mais dade estão fechadas ao trânsito, uma machadada no comércio. As desde a passada quinta-feira, pelo pessoas das freguesias vizinhas que período previsível de um mês, anun- se dirigem cá não têm onde estaciociou a autarquia. nar os carros. Se o prazo para as Segundo o que apurou o OPINIÃO obras se alargar pode ser catastróPÚBLICA, os comerciantes das ruas fico”, completou. em questão apenas foram avisados Pedro Silva, responsável pela tado encerramento cerca de uma se- bacaria Casa Voga, situada na mana antes deste acontecer. mesma rua, é outro dos comercianA autarquia esclareceu, na pas- tes que não tem dúvidas da repersada reunião de Câmara, que o trân- cussão que este encerramento vai sito automóvel será permitido, ao ter, negativamente, no seu negócio. longo dos 30 dias, aos moradores e “As obras têm que se fazer, mas veículos para cargas e descargas. já há o alarme, para quem vem de Porém, a interdição da passagem a fora, de que o centro da cidade está clientes e o facto de estarem a ser o caos. Se as obras se prolongarem suprimidos lugares de estaciona- mais do que o previsto será muito mento, está a provocar o desconten- mau para o negócio. Tenho conhecitamento geral entre os mento de clientes que deixaram de comerciantes. vir cá à loja pela falta de acessibiliSe por um lado a pandemia de dade, devido às obras circundanCovid-19 veio tirar vida aos negó- tes”, revela o proprietário, cios, os comerciantes defendem que acrescentando que prevê um “mês as obras que decorrem há meses na bastante parado”. cidade não têm ajudado no convite Por outro lado, Fátima Vasques a passeios e, sobretudo, à realiza- da Farmácia Valongo, explica que ção de compras no centro da cidade. “espera um mês difícil”, mas é um Um dos exemplos é a casa de fer- esforço necessário para que “Famaragens, localizada na rua Adriano licão fique melhor e possa usufruir Pinto Basto, e que, pelas 9h30 de daquilo que as obras vão proporcioquinta-feira, o primeiro dia de corte nar”.

A funcionar desde finais de setembro de 2020, a Clínica da Mulher e da Criança da unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) recebeu, na passada quinta-feira, a visita do presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, e de diversos empresários do concelho que, em conjunto com a autarquia, suportaram o investimento total da construção da estrutura no valor de 300 mil euros. A comitiva foi conduzida pelo presidente do Conselho de Administração do CHMA, António Barbosa, que agradeceu o apoio de todos, principalmente da Câmara Municipal que “garantiu 50% do financiamento, dando impulso ao projeto, e ajudou a mobilizar os empresários do concelho, salvaguardando os outros 50% do investimento”. A Clínica da Mulher e da Criança é uma infraestrutura única, que concentra os cuidados

Durante a visita foi inaugurada a Sala Dr. Gonçalves Oliveira

de saúde prestados nas áreas da pediatria, ginecologia e obstetrícia, permitindo que os utentes recebam tratamento sem entrarem na área hospitalar. Visivelmente satisfeito com as mudanças positivas que a infraestrutura trouxe ao hospital, António Barbosa salientou que “a clínica trouxe benefícios para os utentes e para os profissionais, permitindo aumentar a qualidade, a comodidade e a segurança dos utentes e dotar de melhores condições de trabalho

os seus profissionais”. “É perfeitamente evidente as melhorias do ponto de vista do serviço, da resposta, da qualidade e, acima de tudo, da relação com a comunidade”, acrescentou, por sua vez Paulo Cunha, sublinhando que “de nada serve termos boas escolas, bons parques, se não houverem boas condições para nascer em Famalicão”. Por isso, para o presidente da Câmara “é fundamental que o município mantenha esta relação institucio-

nal com o hospital, porque a saúde é uma área que diz respeito a toda a comunidade”. Durante a visita foi simbolicamente inaugurada a Sala Dr. Gonçalves Oliveira, um dos mais conceituados pediatras do país que foi durante muitos anos diretor do serviço de Pediatria do CHMA. Foi ainda assinado um protocolo para a doação ao CHMA de um ressuscitador neonatal, mais uma vez fruto do investimento municipal com o apoio do tecido empresarial.


opiniãopública: 28 de julho de 2021

CIDADE

07

Estrutura custou 2 milhões de euros e foi financiada em 80% pelo Município

Loja do Cidadão já abriu e é uma das maiores do país Cristina Azevedo* Abriu na passada segunda-feira a Loja do Cidadão de Famalicão, localizada no espaço da antiga superfície comercial Inô, junto aos Paços do Concelho. Logo no primeiro dia, foram muitos os cidadãos que procuram os serviços estatais no novo espaço, muitos sem marcação prévia, algo que é exigido, devido às regras impostas pela pandemia. Catarina Veiga, responsável pela Loja do Cidadão, reforçou em declarações ao OP, que as lojas do cidadão só atendem mediante marcação prévia, aconselhando os utentes a fazer essa marcação antes de se dirigirem aos serviços. De resto, a responsável não tem dúvidas de que os cidadãos terão a sua vida “muito mais simplificada”, já que a Loja do Cidadão reúne no mesmo espaço um conjunto de serviços públicos que estavam dispersos pela cidade, como as duas conservatórias (Registo Civil e Registo Predial, Comercial e Automóvel), os dois serviços de finanças do concelho, a delegação local da Segurança Social e um Espaço do Cidadão. A loja conta com cerca de uma centena de recursos humanos e funciona nos dias úteis, das 9h00 às 16h30. A estrutura, uma das maiores do país em termos de área – com cerca de 3000 m2 – foi uma das principais lutas do atual presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, e foi concretizada graças ao financiamento municipal. Neste âmbito, coube ao município a realização das obras necessárias à construção e instalação dos serviços, assumindo um investimento de dois milhões de euros, contando com uma comparticipação de cerca de 20% assegurados por fundos comunitários, através do Norte 2020. Paulo Cunha manifesta-se muito satisfeito com o desfecho deste processo, mas não deixa de lembrar que, “mais uma vez,

mesmo acontece com a renda do edifício, de cerca de três mil euros mensais, que será dividida por todas as entidades.

Na manhã de segunda-feira foram muitas as pessoas que se dirigiram à Loja do Cidadão

foi a Câmara Municipal de deu o passo”. “Não foi o Governo, não foi o Orçamento do Estado, apesar dos serviços lá prestados serem da Administração Central”, reforça. Para o edil, “quem paga esta obra são os famalicenses, ao contrário das outras lojas do cidadão que foram pagas ou por fundos comunitários ou pelo Orçamento do Estado”. E acrescenta: “Isso não é bom, mas foi a única forma que encontramos para estarmos na primeira divisão no acesso aos serviços estatais”. Para a instalação e gestão da Loja do Cidadão foi celebrado um protocolo de colaboração entre a Agência para a Modernização Administrativa (AMA), o Município de Famalicão, o Instituto dos Registos e Notariado IP, a Autoridade Tributária e Aduaneira e o Instituto da Segurança Social IP, onde está expresso que cabe à Câmara Municipal de Famalicão a gestão e coordenação da loja.

Feira de Artesanato e Gastronomia de Famalicão cancelada A edição de 2021 da Feira de Artesanato e Gastronomia Famalicão não irá ser realizada, pelo segundo ano consecutivo, em virtude da situação pandémica atual, anunciou a Câmara Municipal, na última semana. Alegando a salvaguarda da população, a autarquia optou pela não realização do evento, habitualmente realizado na primeira semana de setembro.

Oficina participa no concurso Apps For Good pela primeira vez Os alunos do Curso Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos da Oficina – Escola profissional do INA participaram no projeto “Apps for Good” promovido em Portugal pela Direção-Geral da Educação e pelo CDI Portugal. Com seis ideias a concurso, os alunos da Oficina puderam, pela primeira vez, participar neste programa educativo tecnológico, que desafia alunos e professores a desenvolverem aplicações para smartphones ou tablets, mostrando-lhes o potencial da tecnologia na transformação do mundo e das comunidades onde se inserem.

Neste âmbito, o município de Famalicão será responsável por garantir o funcionamento da loja contratando serviços de energia e água; limpeza; segurança e vigilância; comunicações, entre outros. Pelo fornecimento dos serviços comuns necessários, as entidades irão transferir mensalmente para o município, o reembolso das despesas suportadas por cada uma. O

Câmara diz que há estacionamento nas proximidades A localização da Loja do Cidadão em pleno centro da cidade não foi pacífica e, na altura, mereceu reparos, sobretudo do maior partido da oposição, o PS, que defendia outra localização, sendo uma das justificações a escassez de estacionamento. Contudo, a Câmara Municipal, em nota à imprensa, já veio dizer que novo espaço público “goza de grande acessibilidade, sendo servido por três parques de estacionamento bem próximos, com um total de perto de 500 lugares de estacionamento”. A autarquia aponta o Parque dos Bombeiros Voluntários Famalicenses, com 130 lugares disponíveis, que se encontra a cerca de 100 metros da Loja. A cerca de 390 metros está localizado o Parque Cónego Joaquim Fernandes, junto aos Paços do Concelho, com 239 lugares disponíveis. Para quem preferir estacionamento gratuito, existe o Parque da Casa das Artes, com 108 lugares, apesar de se encontrar um pouco mais distante, a cerca de 585 metros da Loja do Cidadão. *com Carla Alexandra Soares pub


08

CIDADE

opiniãopública: 28 de julho de 2021

Novo portal na Internet e nova aplicação móvel para os visitantes

Museu da Guerra Colonial dá “salto qualitativo” com recurso à tecnologia O Museu da Guerra Colonial, em Famalicão, tem um novo portal na internet e uma nova aplicação móvel que inclui uma ferramenta de realidade aumentada com recurso a códigos QR, distribuídos pelo espaço expositivo. O salto tecnológico que esta unidade museológica, que pertence à Rede de Museus de Famalicão, acaba de dar, foi lançado no âmbito das comemorações do 20º aniversário da Associação do Museu da Guerra Colonial, entidade gestora do espaço. “Um salto qualitativo” para o museu, referiu na apresentação Leonel Rocha, vereador da cultura do Município, numa cerimónia que decorreu no dia 9 de julho com a presença de Augusto Silva, presidente da direção da Associação do Museu da Guerra Colonial; Luís Ângelo, secretário da Assembleia Municipal; Adelino Oliveira, presidente da junta da freguesia de Ribeirão, e José Manuel Lages, diretor científico do museu. José Manuel Lages destacou que o

Museu da Guerra Colonial tem "a missão de divulgar não só a história, mas também os aspetos ocultos da guerra colonial". Nesta perspetiva, acredita que o acréscimo de um elemento audiovisual ao itinerário, através de realidade aumentada, permitirá tornar a experiência mais interessante para quem visita. "As imagens aumentadas, que foram criadas para o museu, têm associados documentos, filmes pessoais e depoimentos que podem completar a visita ao museu", referiu o diretor científico. A aplicação, desenvolvida pela empresa RM Pro, está disponível para Android e iOS, podendo ser descarregada logo à entrada do museu, através da leitura, com o telemóvel, de um código QR. Dentro desta, há informação sobre o Museu da Guerra Colonial, assim como uma opção denominada “Experiência RA” que possibilita o acesso a vídeos explicativos, sempre que o visitante apontar o telemóvel para cada código QR existente nas 10 placas temáticas espalhadas pelo museu.

Galardão literário foi patrocinado pela autarquia famalicense no valor de 7.500 euros

Bruno Vieira Amaral destaca importância do Prémio de Conto para a profissionalização dos escritores

Momento da entrega do prémio

Bruno Vieira Amaral, autor da obra vencedora do Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, recebeu o prémio esta segunda-feira. A cerimónia de entrega do galardão literário, que premeia anualmente uma obra em língua portuguesa, decorreu no Centro de Estudos Camilianos. Nas palavras do presidente do júri da Associação Portuguesa de Escritores, Cândido Martins, trata-se de “uma obra notável e digna do patrono que dá nome ao prémio” e que se distingue das demais, entre outras características, pelo volume apresentado de 30 contos. O autor de “Uma Ida ao Motel e Outras Histórias” refere que “é uma honra e uma responsabilidade receber um

prémio cujo patrono é Camilo Castelo Branco pela admiração de influência que a obra dele constitui” na sua escrita. Uma das causas defendidas pelo autor é a crescente profissionalização dos escritores, algo que o prémio de 7.500 euros patrocinado pela Câmara Municipal de Famalicão vem incentivar. O escritor lamenta o facto do mercado em Portugal “ser reduzido” e os “hábitos de leitura e compra de livros” serem bastante fracos, mas salienta que estas iniciativas são uma boa oportunidade para apoiar a literatura e os escritores. Por sua vez, Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Famalicão, reconhece que “este é um prémio muitíssimo importante para Famalicão e também para Portugal”.

O edil explica que o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco é “uma forma de proteger a língua portuguesa, de estimular a escrita em português e de apoiar próprios escritores”, mas também de “tornar atual a vida e a obra de Camilo Castelo Branco, um escritor com uma dimensão global e que é um dos maiores nomes da escrita em Portugal e em Português”. A Associação Portuguesa de Escritores, que elege as obras premiadas escolheu, este ano, como júris os professores e investigadores Annabela Rita, António Carlos e Cândido Martins. A entidade enaltece não só esta iniciativa do município famalicense, como também o Grande Prémio de Ensaio Eduardo Prado Coelho, no qual a autarquia confere igual patrocínio. “A Câmara Municipal de Famalicão tem tido um papel importante e pioneiro na promoção e divulgação da cultura portuguesa, através deste Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, que já vai entrar na sua trigésima edição e que muito nos honra”, destaca Isabel Cristina Mateus, enquanto representante da associação.

A tecnologia permite ao visitante ter acesso a novos conteúdos durante o itinerário

Recorde-se que o Museu da Guerra Colonial nasceu no ano de 1999, através de uma parceria entre o Município de Famalicão, a Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA) o Externato Infante D. Henrique, tendo por base um projeto pedagógico intitulado “Guerra Colonial, uma história por

contar”. Todo o acervo museológico foi cedido ou doado por antigos combatentes ou seus familiares, delegações da Associação dos Deficientes das Forças Armadas e pelos vários ramos das Forças Armadas Portuguesas. O museu encontra-se instalado no Lago Discount, na freguesia de Ribeirão.

Alerta é do deputado famalicense Jorge Paulo Oliveira

Antigos combatentes de Famalicão sem transportes públicos gratuitos

O deputado famalicense do PSD, Jorge Paulo Oliveira interpelou o ministro da defesa sobre o facto de os antigos combatentes de Famalicão estarem ainda sem transportes públicos gratuitos. Em nota á imprensa, o deputado à Assembleia da República explica que a Lei n.º 46/2020, de 20 de agosto, sistematizou uma série de direitos de natureza social e económica especificamente reconhecidos aos antigos combatentes, nomeadamente a gratuitidade dos transportes públicos nas áreas metropolitanas e comunidades intermunicipais para todos os antigos combatentes e para a viúva ou viúvo de antigo combatente detentores do respetivo cartão. Sucede, segundo Jorge Paulo Oliveira. que o Governo nunca articulou com os operadores privados de transporte rodoviário que operam o serviço publico na área de Famalicão, a compensação a receberem, de modo a assegurar a gratuitidade dos transportes públicos a todos os antigos combatentes. “Resultado, aos antigos combaten-

tes de Famalicão tem-lhe sido negada a possibilidade de usufruir deste beneficio que consta expressamente do Cartão de Antigo Combatente, emitido pelo Ministério da Defesa Nacional”, adianta o deputado Numa interpelação escrita dirigida ao ministro da Defesa, Jorge Paulo Oliveira relata que esta circunstância tem motivado “constrangimentos operacionais para as operadoras de transportes públicos local”. Diz ainda que que o Município de Famalicão, enquanto Autoridade de Transportes,” já teve a oportunidade de enviar um ofício ao Ministério da Defesa Nacional, dando nota de nunca ter sido contactado pelo Governo no sentido de articular a implementação deste direito e pedindo esclarecimentos sobre a sua aplicação”. O deputado social democrata reforça agora esse pedido, solicitando ao ministro João Gomes Cravinho que esclareça quando prevê o Governo que os antigos combatentes possam usufruir de um direito que lhe está legalmente atribuído e quais os as razões para os atrasos verificados.


opiniãopública: 28 de julho de 2021

CDU de Famalicão alerta: “há muitos famalicenses sem médico de família”

A CDU de Famalicão, representada por Miguel Lopes, candidato à Câmara Municipal, Tânia Silva, candidata à Assembleia Municipal e Elisabete Coelho, candidata à Junta de Freguesia de Oliveira S. Mateus, reuniu com o responsável pelo Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Famalicão. Tal como sublinha em nota enviada à imprensa, depois deste encontro, a CDU apurou que continuam a existir problemas relacionados com o acesso de muitos famalicenses ao médico de família. “A CDU considera que o acesso ao médico de família é um direito fundamental que deve ser concedido a qualquer cidadão, por isso mesmo é que defendemos um maior investimento na saúde”, lê-se no comunicado.

Ainda no encontro com Ivo Sá Machado, os comunistas ficaram a saber que cerca de 40% dos 124 mil utentes abrangidos pelo ACES já foram vacinados contra a Covid 19. “Defendemos a urgência do reforço dos recursos disponíveis para combater a pandemia, nomeadamente a compra de mais vacinas certificadas pela OMS para que o processo de vacinação se torne mais célere e eficaz”, refere a coligação de esquerda. No mesmo encontro, os candidatos ficaram a saber que o Índice de Desempenho Global (IDG) é positivo, mas que pode fazer-se melhor. “A CDU defende que se deve fazer melhor e isso passa pelo aumento do financiamento público e pelo reforço do SNS, seja recursos humanos, meios e equipamentos”.

CIDADE

09

Iniciativa Liberal apresentou candidatos a vereadores e deputados municipais O Núcleo de Famalicão da Iniciativa Liberal (IL) apresentou, no passado domingo, no auditório da Junta de Ribeirão, os seus candidatos a vereadores e a deputados municipais às eleições autárquicas deste ano. No que concerne à Câmara Municipal, José Bilhoto será acompanhado por Lurdes Mesquita, professora universitária; António Queiroz, empresário, para referenciar os três primeiros nomes da lista. Já para a Assembleia Municipal, depois de já ter anunciado Inês Brandão como cabeça de lista, a IL apresenta nos dois lugares imediatos os nomes de Paulo Lopes, consultor financeiro, e de Duarte Brito, diretor de produção. Carlos Figueiredo, mandatário da candidatura, realçou que se tratava de um dia histórico, não só por ser a apresentação das primeiras listas que a IL Famalicão leva a eleições, mas sobretudo por naquela sala estar presente “uma verdadeira alternativa para Famalicão, a única que coloca os contribuintes em primeiro plano e a única que pode garantir um travão aos gas-

tos supérfluos”. Reiterou ainda o orgulho que tem em ser mandatário de uma candidatura “de gente voluntária a trabalhar por um Famalicão melhor”. Já o candidato à Câmara, José Bilhoto, salientou a capacidade da sua equipa, “constituída por pessoas sérias com vidas profissionais estáveis, que não precisam da política para viver”. Aproveitou ainda para apresentar as quatro linhas mestras da sua candidatura: descida da carga fiscal, liberdade de escolha na saúde e educação, descentralização de competências e transparência nas ações do município.

Destaque ainda para a intervenção da cabeça de lista à Assembleia Municipal, para quem existem duas classes de munícipes dentro do concelho de Famalicão. “Enquanto o centro da cidade é alvo de investimentos públicos, maioritariamente através de obras públicas, o restante território encontra ainda dificuldades de mobilidade, acesso a internet e saneamento”, disse Inês Brandão. Afirmou também que é “inaceitável a eternização de indivíduos em altos cargos públicos, tal como acontece com o presidente da Assembleia Municipal de Famalicão”. pub


10

CIDADE

opiniãopública: 28 de julho de 2021

Reportagem OPINIÃO PÚBLICA sobre as respostas para os idosos famalicenses

A mão que cuida nos últimos anos de vida Carla Alexandra Soares Em Portugal, a terceira idade representa já 20% da população. Fala-se cada vez mais da importância de cuidar dos mais velhos, e de lhes garantir qualidade de vida. Mas que respostas existem em Famalicão que assegurem a dignidade aos mais velhos? Tal como no resto do país, em Famalicão existem atualmente diversas respostas sociais de apoio às pessoas idosas: o Apoio Domiciliário, Centros de Convívio, Centro de Dia, Estruturas Residenciais e Acolhimento Familiar, que prestam apoio a 2.523 pessoas idosas. Esta última resposta, a do acolhimento familiar, é a menos usual e a menos conhecida. Mas o concelho famalicense é pioneiro nesta matéria, porque foi aqui que nasceu a Associação das Famílias de Acolhimento, que representa já 16 famílias, na sua maioria famalicenses, mas também de concelhos vizinhos (Braga, Póvoa de Varzim, Apúlia, Esposende, Amares e Porto). Em suma, as famílias criam condições na sua habitação e podem acolher até três idosos, que vivem completamente integrados no seio familiar. “Surgimos com vista a evitar a institucionalização das pessoas idosas, ou com deficiência. Nesse

sentido, quando as pessoas não têm retaguarda, as nossas famílias criam-lhes um ambiente noutro local o mais parecido com a sua residência”.

As assistentes sociais Joana Coutinho e Ana Lúcia Araújo

A explicação é do vice-presidente da Associação Famílias de Acolhimento, que existe desde 2013 e que não está vinculada à Segurança Social. Nasce, sim, da necessidade das pessoas que acolhem idosos em casa se sentirem representadas. A falta de legislação na matéria acelerou o processo. Mas, tal como garante Luís Teixeira, desde o primeiro momento que as regras são apertadas e as famílias e as suas habitações têm que cumprir uma série de requisitos. “Para pertencer à nossa bolsa de famílias de acolhimento tem de ser iniciado um processo de averiguação das condições psíquicas, registo criminal, ao nível de instalações, higiene, formação…” Assim – assegura Luís – é feito um historial apertado com os mesmos requisitos impostos pela Segurança Social. Hoje com 94 anos, a enfermeira Sílvia, assim conhecida por todos,

foi parteira de milhares de famalicenses. Está numa família de acolhimento em Mouquim. Apesar da dificuldade na audição, está “fresca” e a primeira frase que disse à nossa reportagem foi “sinto-me muito bem, não quero ir embora”. “Tenho muito que contar. Ajudei a nascer tanta canalha que já tenho cabelos brancos”. Sem hesitar, a ex-parteira no hospital de Famalicão diz ter “muitas saudades” desse tempo e gostava de poder voltar a trabalhar. Gosta de ler, ver televisão e passear. Mas o Covid, “que aflige”, veio-lhe roubar os passeios fora de casa. “Amo o que faço” De Mouquim viajamos até à freguesia de Novais onde encontramos Alexandra Oliveira, que acolhe na sua casa idosos há quatro anos. Neste momento, tem consigo três senhoras, uma delas acamada. Ser família de acolhimento é para

Alexandra uma vocação, já que nasceu numa família em que cuidar dos mais velhos era natural. “A minha mãe cuidou dos pais, avós e de todos os senhorios por onde passamos e eu era pequenina e já dizia que queria tomar conta de idosos”. Alexandra apresenta-se, por isso, como uma mulher “realizada e feliz”, porque ama o que faz. Recusa-se falar em dificuldades e diz que a sua maior tristeza seria deixar de ter os idosos em casa, “até porque já são família”. Com uma equipa multidisciplinar, a Associação presta diversos apoios às famílias que dela fazem parte. Para além dos protocolos com diversas entidades privadas, que apoiam com redução na medicação, terapêuticas e diverso material, as assistentes sociais fazem um acompanhamento diário para avaliar o estado dos idosos e das famílias. »»»»»»»»»» (continua) pub


opiniãopública: 28 de julho de 2021 «««««««««« “O nosso objetivo é supervisionar os cuidados que são prestados aos idosos, mas também servir de suporte a estas famílias porque este é um trabalho desgastante fisicamente e psicologicamente”, explica Joana Coutinho, uma das assistentes sociais que assegura essa retaguarda. Apesar desse acompanhamento feito de perto, nem sempre tudo corre bem e os que acolhem não correspondem às expetativas. O processo é rápido para salvaguardar os acolhidos. “Quando verificamos que já não estão reunidas todas as condições aquela família de acolhimento deixa de pertencer à nossa Associação”, sublinha Ana Lúcia Araújo. A Associação, sem fins lucrativos, não tem, para já, qualquer apoio oficial e não tem sede própria. Esse é, aliás, um dos próximos passos. Idosos querem viver em casa A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) começou recentemente um ciclo de debates sobre o modelo dos lares do futuro, um modelo virado para uma vida autónoma e independente que retarde ao máximo a institucionalização dos idosos. E o querer viver em casa, até o mais tarde possível, está marcado nos discursos dos seniores. Isso mesmo é reiterado por Celeste Mota e o marido José Pinto Silva que acolhem idosos em casa há 14 anos. Neste momento não estão vinculados à Segurança Social, nem pertencem à Associação. Sem rodeios dizem que mais do que a morte, choca-os as famílias que “depositam” os idosos e não voltam mais. “Quando trabalhei pela Segurança Social aconteceu isso. Cheguei até a falar com as famílias para que não perdessem o contacto com os seus pais. Mas eles respondiam que a partir dali a família deles éramos nós”. Apesar de já contar 72 anos e o marido 78, o casal quer continuar com o que chamam de

Celeste Mota e o seu marido José Pinto Silva

Manuel Oliveira tem 76 anos e continua ativo

missão. Trata-se de cuidar como querem um dia serem cuidados. “Depois destes anos todos, não tinha coragem de largar os meus idosos. Para mim levantar-me para cuidar deles é um objetivo”. Envelhecimento ativo. É outra expressão que se ouve cada vez mais. A Organização Mundial da Saúde define Envelhecimento pub

Ativo como o processo de otimização das oportunidades para a saúde, participação e segurança, para melhorar a qualidade de vida das pessoas que envelhecem. Envelhecimento ativo é, portanto, sinónimo de Manuel Oliveira. Tem 76 anos, é de Esmeriz, e todos os dias levanta-se às seis da manhã para abrir o seu café, onde está até às

CIDADE

11

20h30. Pelo meio tem ainda tempo para as suas paixões. “Os meus filhos, o meu neto e os meus pombos”. Em 1969 montou um pombal em casa dos sogros. Hoje em dia tem 170 pombos, que visita três vezes ao dia “para ver se está tudo bem”. No ano de 2018 a Câmara Municipal criou a Comissão Municipal de Proteção de Pessoas Idosas. Trata-se de um grupo de trabalho multidisciplinar que em três anos já ajudou mais de 70 seniores que vivam numa situação de risco ou perigo. Para o presidente da Câmara, o saldo é francamente positivo. “Conseguimos não só desenvolver uma pedagogia preventiva e sinalizar juntos dos seniores que existe esta Comissão, bem como junto da comunidade em geral que também sabe a quem se dirigir”. Esta Comissão é composta por diversas entidades, nomeadamente da Segurança Social, Centros de Saúde, Policia, Bombeiros, IPSS’s, Ministério Pública e outras. Independentemente da ajuda que possa existir, insiste-se na presença da família no momento de cuidar dos mais velhos. Paulo Cunha, apesar de reconhecer uma melhoria nas respostas aos mais velhos, a ausência, cada vez mais notória, da célula famíliar preocupa-o. “A sociedade tem perdido músculo no que à família diz respeito e isso é difícil de substituir para não dizer impossível. O carinho dos filhos e dos netos não se substitui pela competência de quem trabalha num lar social”. Portugal é o quarto país da União Europeia (UE) com maior percentagem de população idosa, com mais de 65 anos, com o Alentejo a ser a região mais envelhecida, segundo dados divulgados pelo gabinete de estatística europeia, Eurostat. Olhando para o histórico dos últimos 10 anos, este indicador tem registado uma tendência crescente. Reportagem na íntegra em famatv.pt pub


12

PUBLICIDADE

opiniãopública: 28 de julho de 2021

Adelino Oliveira Granjo, no dia 24 de julho, com 86 anos, casado com Maria de Lurdes Oliveira da Costa, da Portela. Joaquim de Oliveira Teixeira, no dia 23 de julho, com 83 anos, casado com Maria Rosa Vieira, de Airão São João (Guimarães). Agência Funerária da Portela Portela – Tel.: 252 911 495

Armando Marques Azevedo, no dia 25 de julho, com 63 anos, casado com Maria de Lurdes Gonçalves Moreira Azevedo, de Antas. Agência Funerária do Calendário Calendário – Tel.: 252 377 207

Graça Maria Gonçalves de Azevedo, no dia 23 de julho, com 56 anos, de S. Martinho de Bougado (Trofa). Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727

Falecimentos Joaquina Pereira Mendes, no dia 15 de julho, com 97 anos, viúva de Manuel de Abreu Lemos, de Serzedelo (Guimarães).

Ana Mendes Barroso, no dia 20 de julho, com 79 anos, solteira, de Oliveira Santa Maria.

Maria das Dores da Silva Oliveira Cunha, no dia 15 de julho, com 86 anos, viúva de Júlio Cunha, de Oliveira S. Mateus.

Albina Rosa Ferreira Rodrigues, no dia 20 de julho, com 89 anos, viúva de José Rodrigues, de Pousada de Saramagos.

Domingos da Silva, no dia 16 de julho (faleceu em França), com 87 anos, viúvo de Maria Emília Alves Neto, de Guardizela (Guimarães).

Lucrécia Andrade Rodrigues, no dia 22 de julho, com 85 anos, viúva de Luis Gonzaga Correia de Sá, do Louro.

João Paulo Pópulo Saraiva, no dia 20 de julho, com 48 anos, casado com Ana Maria Oliveira Leite, de Delães. Rosa Moreira, no dia 9 de julho (faleceu na Alemanha), com 93 anos, viúva de António de Carvalho, de Oliveira Santa Maria. Maria Arminda Ferreira da Costa, no dia 20 de julho, com 83 anos, viúva de Adelino Ferreira Machado, de Vilarinho (Santo Tirso). Maria da Glória Pereira de Matos, no dia 22 de julho, com 87 anos, viúva de Domingos Pereira de Faria, de Moreira de Cónegos. José Carlos Araújo da Silva, no dia 22 de julho (faleceu em França), com 54 anos, casado, de Pedome. Lucinda Fernandes, no dia 25 de julho, com 89 anos, viúva de José Manuel de Abreu Lemos, de Serzedelo (Guimarães). Paulo Jorge da Silva Araújo, no dia 26 de julho, com 46 anos, solteiro, de Oliveira Santa Maria. Agência Funerária Carneiro & Gomes Oliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05

Maria José Gonçalves, no dia 15 de julho, com 92 anos, viúva de Luís Alves Correia de Paiva, de Oliveira S. Mateus. José Maria Martins Pedroso, no dia 15 de julho, com 71 anos, casado com Maria Teresa Martins de Carvalho, de Roriz (Santo Tirso). Amélia Maria Fernandes, no dia 23 de julho, com 70 anos, casada com António José Ribeiro, de Vila Nova do Campo (Santo Tirso). Maria Emília Moreira, no dia 24 de julho, com 89 anos, casada com Luís Alves Pinheiro, de Monte Córdova (Santo Tirso). Agência Funerária Riba D’Ave Riba D’Ave – 917 586 874

José Carlos da Silva Passos, no dia 23 de julho, com 60 anos, casado com Júlia de Fátima Leite Passos, de Vermoim. Rui Alcino Veiga da Costa Pereira Bastos, no dia 24 de julho, com 63 anos, casado com Maria Amélia Fernandes Ferreira, de Famalicão. Maria de Sá Fernandes, no dia 25 de julho, com 95 anos, viúva de Júlio Pereira, de Esmeriz. Neide Ribeiro Lopes, no dia 25 de julho, com 75 anos, casada com Agostinho Ribeiro Pereira Lopes, de Gavião. Jorge Machado de Campos, no dia 26 de julho, com 74 anos, casado com Maria Júlia Fernandes do Vale, de Burgães (Santo Tirso). António José dos Santos, no dia 26 de julho, com 92 anos, viúvo de Maria Amélia da Silva, de Antas. Abílio Faria Alves, no dia 27 de julho, com 69 anos, casado com Maria de Fátima Vilaça de Araújo Vaz, de Esmeriz. Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594

Felicidade Ribeiro dos Santos, no dia 21 de julho, com 65 anos, viúva de Olegário Ferreira Vieira, de Rebordões. Alzira Rodrigues Fontes, no dia 21 de julho, com 86 anos, casada com Américo da Cunha Martins, de Roriz (Santo Tirso). Américo Azevedo da Costa, no dia 24 de julho, com 80 anos, casado com Maria Leite de Carvalho, de Delães. Rui Miguel Machado Pereira, no dia 24 de julho, com 33 anos, solteiro, de Rebordões (Santo Tirso). Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325

Maria Celeste Gomes de Sousa, no dia 19 de julho, com 80 anos, casada com Manuel Morais Carvalho Marques, de Vale S. Cosme.

Manuel Gomes da Silva Queirós, no dia 22 de julho, com 95 anos, viúvo de Isaura Campos de Andrade Santos, de Nine.

Agência Funerária das Quintães Vale S. Cosme – Tel.: 252 911 290

Helena da Costa e Silva de Morais, no dia 24 de julho (faleceu em França), com 72 anos, casada com Joaquim Castro de Morais, de Nine.

João Ferreira da Costa, no dia 19 de julho, com 67 anos, solteiro, de Gavião.

Avelino Vilaça Martins, no dia 25 de julho, com 75 anos, viúvo de Maria Alzira Faria Vilaça, de Ruílhe (Braga).

Ana Paula Guimarães Marinho Moreira, no dia 21 de julho, com 58 anos, solteira, de Famalicão.

Vítor Manuel Pereira Lima, no dia 25 de julho, com 48 anos, de Castelo de Neiva (Viana do Castelo).

Carlos Manuel da Silva Rodrigues, no dia 24 de julho, com 56 anos, casado com Fernanda Maria Araújo Morais de Sousa, do Porto.

Agência Funerária Arnoso - José Daniel Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 91 724 67 03

Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176


opiniãopública: 28 de julho de 2021

FREGUESIAS

13

Projeto está disponível na sede da Junta de Freguesia para ser consultado pela população

Reabilitação do Largo do Senhor dos Aflitos quer criar unidade Carla Alexandra Soares ções para o seu usufruto. “Está retalhado. É um conCriar um espaço que sirva a todos junto de espaços que são dividie dar-lhe a dignidade que merce. dos por ruas e que acabam por Foi com este pressuposto que o não ter unidade”, sublinhou a arpresidente da Câmara Municipal quiteta Francisca Magalhães ao de Famalicão, Paulo Cunha, apre- OPINIÃO PÚBLICA (OP), que apresentou, no passado domingo, o sentou o projeto aos populares. “Queremos um centro articuprimeiro esboço do projeto de requalificação do Largo Senhor dos lado, com conforto para as famíAflitos, na freguesia de S. Tiago da lias e para as suas crianças, para os peões e para todos aqueles Cruz. No dia em que a freguesia ce- que ali queiram estar”, referiu a lebrava o seu padroeiro, S. Tiago, técnica. Assim, o projeto proposto pela foi apresentada a reabilitação do seu centro histórico, cujo projeto Câmara Municipal tem como objeestá ainda em aberto e que es- tivo principal criar uma unidade pera, agora, a participação das no largo, através da redefinição da circulação automóvel, melhopessoas. Localizado no centro de Cruz é rar o conforto nas deslocações peconsiderado um cartão de visita donais e nos períodos de estadia da freguesia e de todo o concelho. neste espaço. Para isso vai ser inO Largo do Senhor dos Aflitos é troduzido mobiliário apropriado, um parque verde situado na en- melhoradas as condições do esvolvente à capela de Nosso Se- paço de merendas, projetadas nhor dos Aflitos, com cerca de 12 novas instalações sanitárias premil metros quadrados, que con- paradas para pessoas de mobilifronta com a Estrada Nacional 14, dade reduzida, relocalizado o a meio caminho entre Famalicão e café, de forma a abrir a vista de Braga. Estas características fazem quem chega ao largo a partir da deste espaço um local de para- EN14. É intenção também criar um gem privilegiado para muitas falargo que dê resposta aos diferenmílias. Apesar destas caraterísticas, o tes eventos que lá se desenrolam espaço apresenta-se bastante de- e, por fim, propor um tratamento gradado, confuso e sem condi- paisagístico para toda a área.

Populares aproveitaram a apresentação e viram o primeiro esboço do projeto

Para o autarca local, a intervenção “peca por tardia”. “Andei 12 anos a lutar por esta obra. Consegui e vou embora descansado”, afirmou António Simões que sublinhou a sua localização junto à

EN14. “Era necessário e primordial a Câmara fazer uma aqui uma intervenção de fundo”. Paulo Cunha, no seu discurso, frisou a importância do contributo das pessoas, que possa melhorar

o projeto final. “Isto é só o começo. O meu desejo é que esta versão não seja a final e que as pessoas apareçam e digam o que pensam, de forma construtiva”, referiu o edil aos presentes. Os populares responderam à chamada e apresentaram as suas ideias quanto ao que não concordam para aquele espaço. Dos que falaram, a maioria mostrou preocupação quanto à nova localização para o café, outros do local das passadeiras e até das árvores, previstas para o espaço de merendas. Depois de ouvir estas opiniões, o edil referiu ao OP que “os decisores públicos têm uma grande dificuldade que é, ao mesmo tempo, tomar as boas decisões e ouvir as pessoas”. “A ambição de quem serve o interesse público é ser criativo, persuasivo, construtor de soluções que sejam o mais compatíveis possível com os múltiplos interesses”. E acrescentou: “Ouvimos as pessoas, vamos analisar as propostas das diferentes sensibilidades e incorporar no projeto o que é possível e que faz sentido”. O projeto para este espaço está agora na sede da Junta de Freguesia disponível para consulta.

pub

188Cars Studio já abriu em Vermoim

Abriu portas, este mês, o 188Cars Studio na freguesia de Vermoim. O novo stand automóvel dedica-se à compra e venda de automóveis usados e seminovos de média gama, com a missão de ajudar o cliente a realizar uma escolha segura e transparente, adequada às suas necessidades. Além disto, o 188Cars Studio distingue-se pelo serviço de consultadoria, que permite ao cliente encomendar exatamente o veículo que pretende de forma simples e rápida. Os apaixonados pelo mundo automóvel vão ainda encontrar diversos produtos de detail auto, bem como de peças relacionadas com personalização e performance auto. Poderá visitar os veículos disponíveis em www.188cars.pt ou na Avenida João XXI, em Vermoim, de segunda a sexta-feira, entre as 9h e as 19h30, ou ao sábado entre as 9h e as 13h.

Advogado de defesa diz que tem um vídeo que confirma a inocência dos acusados

Jovens suspeitos em caso de violação em Espanha são de Vale S. Cosme Alguns elementos do grupo de quatro jovens suspeitos num caso de violação, que teve lugar nas Astúrias, em Espanha. na madrugada do passado sábado, são naturais ou residentes em Vale S. Cosme, segundo apurou a Fama TV junto de quatro fontes próximas dos acusados. Desconhece-se até ao momento se todos os envolvidos partilham a mesma freguesia ou concelho de residência ou naturalidade. O Tribunal Superior de Justiça das Astúrias disse que o juiz emitiu duas ordens de “prisão provisória, comunicadas e sem fiança para dois dos detidos” que foram levados, na passada segunda-feira à justiça para interrogatório. Para os outros dois detidos, “foi emitida uma ordem de libertação provisória” com uma medida cautelar que restringe e

proíbe qualquer comunicação com as duas mulheres que apresentaram queixa. As duas jovens mulheres, uma delas de Gijón e uma outra da cidade de Bergara, apresentaram queixa na polícia no sábado, alegando terem sido agredidas sexualmente pelos portugueses nessa madrugada. Germán Ramón, advogado de defesa dos jovens famalicenses, revelou, na segunda-feira, aos jornalistas que as supostas vítimas não apresentam quaisquer sinais de violência física e que tem na sua posse uma prova em vídeo que confirma a inocência dos acusados. Depois de as duas jovens terem afirmado a existência de marcas vermelhas no corpo, que supostamente seriam sinal da violência resultante do encontro do último sábado, o advogado de defesa explicou aos jornalis-

tas que, após perícias efetuadas no corpo das mulheres, não foram encontrados quaisquer sinais de bofetadas ou cortes, como havia sido indicado pela acusação. O advogado da defesa condena ainda o presidente do principado das Astúrias de ter classificado o caso como “terrorismo machista” mesmo antes de ser conhecida a resolução do processo, apontando para a intenção de criar um caso político à volta da situação. No mesmo registo, o advogado chamou atenção para as declarações de uma delegada do governo espanhol que afirmou a sua “solidariedade” perante a “agressão sexual de que estas duas jovens foram alvo em Gijón”, considerando que este voto está a julgar os acusados mesmo antes de qualquer julgamento oficial.


14

FREGUESIAS

opiniãopública: 28 de julho de 2021

Candidato do PS à Câmara quer que serviço urbano de transporte seja repensado

Eduardo Oliveira defende alargamento do “Voltas” a outras zonas do concelho

Eduardo Oliveira entende que o “Voltas” não deve abranger apenas a cidade

O candidato do Partido Socialista à presidência da Câmara de Famalicão, Eduardo Oliveira, preconiza que o serviço urbano de transporte público rodoviário conhecido por “Voltas” seja “replicado noutras zonas do concelho”, porque é um “serviço útil para as pessoas de mais baixos rendimentos e não é justo que abranja apenas a cidade”. Eduardo Oliveira defendeu esta ideia, a semana passada, na apresentação de mais seis candidatos a presidentes de junta de freguesia do seu partido. O candidato do PS e sustenta que o serviço urbano de transporte rodoviário está suspenso e deve ser repensado antes de nova concessão estar fechada. “Este é o momento apropriado” para o executivo municipal alargar às freguesias mais populosas e com ligações ao comboio por perto a concessão deste serviço”, afirmou, entendendo que a Câmara tem aqui “a oportunidade de fazer um balanço da experiência e de olhar para outras realidades, como a zona poente do concelho”. A eletrificação da linha do Minho e a aquisição de novas automotoras elétricas para circular na linha de Guimarães, acrescentou o também líder da Concelhia do PS Fa-

malicão, “abrem novas oportunidades de mobilidade aos famalicenses de Fradelos, Ribeirão, Lousado, Esmeriz e Cabeçudos”. “E a Câmara, para facilitar a vida aos munícipes e em nome da sustentabilidade ambiental, deve criar condições para retirar os automóveis das estradas e incrementar o recurso aos transportes públicos”, referiu. Nesse sentido, o candidato defende que a autarquia deve privilegiar, no próximo contrato de concessão do “Voltas”, o operador que “incorporar maior percentagem de autocarros elétricos na sua frota”. Segundo Eduardo Oliveira, uma segunda linha do “Voltas” baseada em Lousado deveria ter horários combinados com os comboios para Famalicão e para o Porto, assim como os dos estabelecimentos de ensino secundário e superior da sede do concelho e de Braga e do Porto, por forma a “ter uma utilização economicamente sustentável” para o concessionário. Deverá também, disse ainda o candidato, servir as deslocações das populações que trabalham e vivem na zona, o acesso aos serviços da rede de cuidados de saúde primários e ao hospital de Famalicão.

Contagem decrescente para as Autárquicas 2021

PS apresentou mais seis candidatos a juntas do concelho O Partido Socialista apresentou, a semana passada, mais seis candidatos a outras tantas juntas de freguesia do concelho nas próximas eleições autárquicas, designadamente, em Landim, Pousada de Saramagos e Louro e nas uniões de freguesias de Carreira e Bente, de Gondifelos, Cavalões e Outiz e de Arnoso Santa Maria, Arnoso Santa Eulália e Sezures. As sessões contaram com a presença do candidato à Câmara Municipal e líder da Concelhia socialista, Eduardo Oliveira. Em Landim, o técnico administrativo Joel Oliveira, de 30 anos, volta a ser o candidato socialista a presidente da Junta, repetindo, assim, o que aconteceu em 2017. Agora, depois de dois mandatos na Assembleia de Freguesia e “com um conhecimento mais aprofundado das necessidades das pessoas e de todos os lugares de Landim”, o candidato propõe-se instituir a figura do orçamento participativo na freguesia e melhorar os caminhos públicos existentes junto ao rio, “de molde aproveitar o potencial turístico da zona, acrescentando valor à oferta proporcionada pelo Mosteiro”. Joel Oliveira propõe-se, igualmente, incrementar o apoio ao movimento associativo landinense, ter uma ação “norteada pela inclusão social” e adotar medidas de incentivo ao aumento da natalidade, com a consequente atração de casais jovens para a freguesia. Prometeu igualmente pugnar pela digitalização dos serviços da autarquia. Depois, Eduardo Oliveira esteve ao lado do candidato à Junta da União de Freguesias (UF) de Carreira e Bente, Carlos Ferreira, 42 anos e operário químico, que também se apresenta pela segunda vez. Este enunciou uma agenda eleitoral “inclusiva, progressista e ajustada à situação em que vivemos”. Carlos Ferreira prometeu ainda “bater-se para que Carreira e Bente disponham de melhores condições para os idosos, para que a autarquia proporcione mais apoio aos desempregados e às associações locais, acarinhe mais as crianças e assegure condições de ensino de excelência nas escolas das duas freguesias, de forma a garantir a sua continuidade”. Depois, em Gondifelos, foi apresentado como cabeça de lista à Junta da UF de Gondifelos, Cavalões e Outiz, o mesmo candidato de há quatro anos: Manuel Carvalho, 61 anos, histórico militante socialista que chegou a integrar a Junta de Outiz. Hoje, aposentado do Corpo da Guarda Prisional, diz estar disponível para trabalhar “como servidor público”, para minorar as necessidades sociais e resolver as carências de infraestruturas das três comunida-

Augusto Pinto, Arnoso e Sezures

Carlos Ferreira, Carreira e Bente

Cristina Oliveira, Pousada Saramagos

Joel Oliveira, Landim

Manuel C., Gondifelos, Cavalões e Outiz

Manuel Silva, Louro

des. Em Pousada de Saramagos, Eduardo Oliveira esteve ao lado da quinta mulher até agora apresentada pelo PS à presidência de uma junta de freguesia. Trata-se de Cristina Oliveira, 44 anos, operária fabril. Aos pousadenses propõe um projeto de “unidade para a mudança e desenvolvimento da freguesia”, para que se vençam “as carências e assimetrias sociais que persistem na comunidade”.

e a reparação dos equipamentos do parque escolar das três freguesias. A dinamização de atividades que fomentem a proteção ambiental e da Natureza, a promoção da cultura e do desporto, o apoio às associações e gestão criteriosa da Junta são outros dos seus objetivos. A fechar o périplo socialista pelas freguesias do concelho, deuse, no Louro, a confirmação da recandidatura do único presidente de junta do PS atualmente em Famalicão. Trata-se de Manuel Silva, 48 anos, engenheiro civil, que se submete a um terceiro e último sufrágio para “continuar a estratégia de progresso” que tem conseguido executar, “com resultados tangíveis na vida dos lourenses, como acontece com o Parque da Formiga e a ecovia da Formiga”, exemplificou. Nos próximos quatro anos, propõe-se continuar a trabalhar para fazer do Louro uma freguesia cada vez mais inclusiva, que proporcione “mais oportunidades aos jovens” e níveis de bem-estar e de qualidade de vida que “contribuam para a felicidade dos lourenses”.

Manuel Silva recandidata-se no Louro A semana passada foi também apresentado o candidato o PS à UF de Arnoso (Santa Maria e Santa Eulália) e Sezures, o engenheiro Augusto Pinto, 53 anos, que foi presidente da Assembleia de Freguesia no mandato 2013/2017. Para esta disputa eleitoral, rodeou-se “de uma equipa jovem, mas conhecedora da realidade das três freguesias”, e definiu como principais prioridades do seu programa a melhoria da prestação de cuidados de saúde à população, a adequação do serviço de transportes às necessidades dos fregueses


opiniãopública: 28 de julho de 2021

Mário Passos apoia candidatura independente em Mogege

Carlos Lima, presidente da Junta de Freguesia há dois mandatos pelo movimento cívico “Mais por Mogege” apresenta-se a um terceiro mandato e tem o apoio de Mário Passos e da Coligação Mais Ação Mais Famalicão. “Porque o nosso partido é Famalicão e, neste caso particular, é Mogege”, justificou o candidato à Câmara Municipal E acrescentou: “Somos leais com as pessoas, com cada famalicense, com cada associação, com cada instituição. É isto que nos move”. Carlos Lima aposta na mesma receita para o futuro e promete lutar pelas pessoas, por um parque de lazer para a comunidade, por uma zona industrial “que traga mais e melhor emprego” e por uma capela mortuária “onde os vivos se despeçam convenientemente de quem parte”. O candidato à Junta manifestou também “orgulho pelo trabalho desenvolvido e ambição e disponibilidade renovadas”. Mário Passos disse estar em sintonia e mostra-se apostado em continuar a qualificar o território através da infraestruturação das comunidades, mas “sobretudo através da qualificação das pessoas”. “Conto com os melhores para o fazer e Carlos Lima e a sua equipa são o melhor para Mogege”, acrescentou. De cabeça levantada, orgulho pelo trabalho desenvolvido, ambição e disponibilidade renovadas”.

Estela Veloso promete Parque lúdico, radical e desportivo para Famalicão e Calendário

FREGUESIAS

15

Manuel Carvalho apresenta recandidatura para “continuar a lutar por Vermoim” Manuel Carvalho apresentou a sua recandidatura pela Coligação Mais Ação Mais Famalicão a Vermoim porque, afirmou, se sente com "a obrigação e o dever de continuar a lutar e a enobrecer a nossa terra". No seu discurso, o candidato disse que o seu foco está no "bem-estar de cada vermoinense”, pelo que apresenta um projeto “de renovação” assente “no envolvimento e valorização de todos os membros da comunidade”. "Das crianças aos nossos seniores, tivemos e teremos mais" salienta Manuel Carvalho, que define as áreas da educação, cultura, desporto e ambiente, como pilares da sua recandidatura. O investimento em atividades culturais, a aposta na atribuição de benefícios a quem pratique reciclagem e separação de resíduos domésticos, e o aumento do número de espaços ajardinados e parques de lazer, de forma a fomentar "hábitos de vida saudável, interagindo com as áreas do desporto e da educação", são também pretensões do candidato para o próximo mandato. Manuel Carvalho não

deixou de referir a importância de manter a "contínua renovação da rede viária" e também destacou “os importantes os passos” que já foram dados para uma nova sede da Junta de Freguesia, “um espaço que permitirá prestar um maior apoio à comunidade”. Destacou ainda a aposta no orçamento participativo, que considera pioneira e bemsucedida. Manuel Carvalho disse contar com Mário Passos, o candidato da Coligação à Câmara, acreditando que será um "parceiro ativo na continuação da construção

de uma freguesia melhor, um município mais coeso, solidário e desenvolvido". Precisamente, Mário Passos referiu que Manuel Carvalho "tem dado muitas provas de que realmente foi uma boa escolha”. "Sabemos que ainda há um trabalho longo", referiu Passos, reforçando a necessidade de evidenciar as riquezas patrimoniais de Vermoim, no sentido de cativar visitantes e turistas, e potenciar a economia local, assim como a importância de requalificar o polidesportivo do Andebol Clube de Vermoim (ACV).

Manuel Oliveira recandidata-se para “fazer ainda mais” por Vale S. Martinho

A criação de um Parque lúdico, radical e desportivo com cerca de 20 mil metros quadrados, no lado sul da cidade, para complementar as valências do Parque da Devesa, dotado de um parque infantil mais radical, rapel, zona de merendas, minigolfe, entre outros equipamentos, é um dos projetos de Estela Veloso, para um próximo mandato à frente dos destinos da União de Freguesias de Famalicão e Calendário. A candidata da Coligação Mais Ação, Mais Famalicão, apresentou, na passada sexta-feira, no Parque da Juventude, a sua candidatura para os próximos quatro anos. Estela Veloso quer ainda avançar com “a valorização do Castro de S. Miguel, as obras de requalificação do Monte de Santa Catarina, melhorar a qualidade de vida aos moradores de Santo Adrião, melhorar ruas e acessibilidades”.

“Não ter medo de arriscar, ter coragem para avançar” são as palavras de ordem de Estela Veloso em Famalicão e Calendário, autarca há oito anos. “A Estela terá o meu voto porque o merece, porque está a fazer um excelente trabalho, pela sua dedicação à terra. É uma autarca polivalente e ambivalente, capaz de atender a todas as necessidades”, elogiou o atual edil famalicense, Paulo Cunha. Mário Passos, candidato à presidência da Câmara Municipal pela Coligação, destacou o projeto apresentado por Estela Veloso, sublinhando que será “um futuro de sonho para esta União de Freguesias”. Sobre as eleições que aí vêm, Mário Passos disse que o seu “conhecimento do concelho, das pessoas que o compõem, do movimento associativo, da sua juventude” dão-lhe “uma enorme tranquilidade”.

Na passada quintafeira a coligação Mais Ação Mais Famalicão lançou a recandidatura de Manuel Oliveira à Junta de Freguesia de Vale S. Martinho, que se diz sentir com “força e vitalidade para mais quatro anos”. Um Parque de lazer para a freguesia, oferta de serviços de enfermagem na sede da junta, aquisição de um espaço para a capela mortuária, apoio na aquisição de medicamentos, apoio gratuito de transporte para consultas a idosos e doentes carenciados e um serviço focado no apoio social a crianças e idosos, são algumas das ambições que o atual autarca tem para completar um ciclo autárquico de 12 anos. “É um presidente com selo de qualidade. O Manuel Oliveira deu continuidade ao processo de desenvolvimento iniciado pelo seu antecessor, José Luís, que é atualmente seu mandatário de candidatura, e tem sido exemplar no governo da freguesia”, referiu Mário Passos, o candidato da Coligação que une o PSD e o CDS-PP à Câmara Municipal. Mário Passos disse ainda que o candidato, no último mandato “conseguiu concretizar várias obras estruturantes na freguesia, como, a requalificação da Sede da Junta, do Adro da Igreja e da principal artéria da freguesia”. Disse ainda que o caminho é para continuar e garantiu que estará com Manuel Oliveira para que a freguesia “consiga mais um conjunto de serviços de grande qualidade e proximidade para a sua população”. Já o mandatário da candidatura, Paulo Cunha referiu que “o muito que foi feito em Vale S. Martinho nos últimos anos é tão só um sinal do muito que há para fazer nesta freguesia e neste concelho”, mas que, para isso, “é preciso que estes candidatos continuem à frente dos destinos de S. Martinho e de Famalicão”.


16

FREGUESIAS

opiniãopública: 28 de julho de 2021

IL: Sandra Costa apresentou candidatura a Antas e Abade Vermoim A candidata da Iniciativa Liberal (IL) à Junta de Antas e Abade Vermoim, Sandra Costa, apresentou publicamente a sua candidatura, no passado sábado, num almo onde participou o cabeça de lista à Câmara Municipal, José Bilhoto. No seu discurso, Sandra Costa enfatizou que, independentemente do resultado que se vier a obter, a sua candidatura “já pode ser considerada uma vitória só pelo facto de estar a acontecer”. Realçou o orgulho em ser portuguesa, famalicense e de viver em Antas. Embora Abade de Vermoim tenha apenas 400 habitantes, Sandra Costa assegurou que as suas intenções “como futura presidente de “somos todos pessoas, somos todos junta, serão de não diferenciar os munícipes, contribuímos todos para a seus habitantes”, sublinhando que mesma economia”.

A candidata considerou que, tanto Abade Vermoim como Antas, merecem mais e melhores passeios e apontou a necessidade de taxas de cobertura de água e saneamento a 100%, de melhorar a oferta de transportes público e os serviços prestador pela Junta. A candidata salientou ainda a inexistência de locais onde a União de Freguesias possa “realizar condignamente atividades desportivas e culturais”. Não obstante “todas as lacunas que precisam de ser colmatadas” Sandra Costa disse estar “num território de excelência” e recordou que “a democracia tem esta virtude: de promover a mudança, a diferença e a tolerância pela diversidade”.

Ana Loureiro é a candidata do BE à Assembleia de Freguesia de Joane

pub

Ana Loureiro é a candidata do Bloco de Esquerda à Assembleia de Freguesia de Joane. Com 22 anos é licenciada em Ciências dos Computadores pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto A candidata assume-se como feminista e ambientalista e crente de que as mudanças têm de começar pelo poder local, pelo que se candidata na freguesia que a viu crescer. Promete “lutar por uma vila solidária e inclusiva”. O programa dará prioridade aos apoios sociais, ao respeito pelos direitos laborais, à proteção da natureza e ao investimento na cultura e educação.

Engenho encerra ano escolar com festa dos finalistas

O ano escolar na Engenho – Associação de Desenvolvimento Local de Vale do Este terminou, na tarde da passada sexta, com a habitual festa das crianças finalistas do pré-escolar que, desde o berçário/creche, frequentaram esta Associação. A festa, condicionada pelo plano de contingência em vigor na instituição, decorreu no pequeno anfiteatro do espaço exterior do Centro de Apoio Comunitário, com a presença dos pais e dos membros da equipa educativa. “Cresceram na Engenho na fase mais delicada das suas vidas. Durante este tempo de crise fizemos tudo por eles. Também eles fize-

ram uma aprendizagem precoce e tornaram-se mais resilientes”, afirmou Manuel Augusto de Araújo, presidente da direção, expressando também o desejo para que “sejam sempre felizes junto da Família e dos Amigos e saibam apreciar e viver a Vida sem crises como esta”. O trabalho, a dedicação, o cuidado e profissionalismo das educadoras e auxiliares de ação educativa foi também enaltecido, “pelas boas práticas educativas, dinâmicas desenvolvidas, assim como estratégias e metodologias orientadas para as diferentes dimensões do crescimento e desenvolvimento integral da criança, sempre em estreita articulação com pais”.


opiniãopública: 28 de julho de 2021

DESPORTIVO

17

Recutex, Fiavit e Lurdes Sampaio

RFive – o projeto inovador chave na mão que é uma revolução na reciclagem têxtil Juliana Machado para posterior fornecimento à confeção”, explica Conceição Sampaio, Reduzir, reutilizar, reciclar, renovar e diretora da empresa. restaurar são os princípios do proO projeto já captava a atenção, jeto RFive que une três empresas fa- tempo e investimento de ambos os malicenses – Recutex, Fiavit e empresários há cerca de dois anos Lurdes SampaiO – pela reciclagem e meio. A sustentabilidade e reciclade fibras têxteis. gem têxtil sempre foi uma realidade Movidas pelo desafio de tornar para as três empresas que, no caso o velho em novo e de criar um pro- da Recutex com 50 anos de ativicesso baseado no conceito “zero dade, e da Fiavit e da Lurdes Samwaste (lixo zero)”, as empresas de- paio, com outros 30, mas senvolveram um projeto chave na recentemente o paradigma mudou. mão, que coloca no mercado, a pre“Investimos na nova tecnologia ços muito competitivos, um novo te- certa, que antigamente não existia. cido reciclado. Após dois anosde investimentos, Todo o processo tem início na pensamos, fizemos muitos testes e Recutex com “a recolha das maté- agora, já com encomendas e a trarias primas, que são os desperdícios balhar com grandes marcas, deciditêxteis, bem como a escolha por mos apresentar o projeto, que é cores, composições e trituração”, bastante diferenciador”, disse João seguindo-se a “produção de fibra Valério, admitindo que a tecnologia regenerada” na Fiavit, esclarece certa foi capaz de reduzir custos. João Valério, representante de “A tecnologia já existia, mas torambas as empresas. nava os produtos extremamente O projeto “chave na mão” conti- caros e para o consumidor não eram nua na empresa Lurdes Sampaio preços aceitáveis. Hoje, essa difecom “a recolha do fio e, de acordo rença de valor já não é tanta e o prócom as instruções de cada marca prio consumidor já fará questão de final, inicia-se a produção da malha aceitar essa diferença em prol do

Conceição Sampaio (Lurdes Sampaio SA) e João Valério (Recutex e Fiavit)

meio ambiente”, permitindo também às pequenas empresas aventurarem-se no mundo da reciclagem têxtil. Conceição Sampaio, cuja empresa é responsável pela produção do tecido reciclado, sem impacto ambiental, quer a nível de consumo de água como de emissão de CO2, admite que “o tema da sustentabilidade já é antigo para as grandes

Tectoave abre nova loja no centro da cidade Com sede na freguesia de Bairro, e depois de se expandir para várias cidades a norte do país, a Tectoave realizou um novo investimento. A abertura da nova loja no coração da cidade de Famalicão era, já há algum tempo, uma ambição dos proprietários, mas só agora, ao fim de três anos, foi encontrado o espaço ideal. É precisamente na rua Alves Roçadas, junto à Capela de Santo António, que está localizada a nova loja, inaugurada na passada sexta-feira. O espaço apresenta peças de decoração e mobiliário feito, na sua grande maioria, por medida para cada cliente. Rui e Sérgio Costa, irmãos e proprietários da empresa, explicam que a abertura da loja no centro da cidade se prende com “vários pedidos de clientes” que garantiram que esta “seria um sucesso”. Os responsáveis esperam “ser bem-vindos pelos famalicenses” e pretendem “fazer muitos clientes, muitos amigos e ajudar muitos casais a conseguirem a decoração dos seus sonhos”. A Tectoave é reconhecida como uma empresa de referência no ramo e essa distinção também se prende com o serviço de decoração total-

Sérgio e Rui Costa, proprietários da Tectoave

mente gratuito. O cliente escolhe as peças e as decoradoras e, no local, ajudam-no a criar o espaço perfeito. “Fazemos o projeto 3D para o cliente ter a noção de como a casa poderá ficar. A partir daí é orçamentado e depois ajustado às suas possibilidades, podendo o processo ser realizado em diferentes fases”, explicou a decoradora Maria de Sousa. A profissional destaca que a Tectoave procura estar “sempre na linha da frente” e, para isso, “comparece anualmente em feiras internacionais” de forma a acompanhar as tendências do mercado. Na loja, cada cliente poderá encontrar soluções à sua medida, nomeadamente para todas as divisões da sua casa, e de vários estilos, do mais tradicional ao mais moderno.

marcas. Porém, a sensibilidade não é linear a todos os países”. A responsável destaca que, principalmente a nível internacional, “este projeto tem tido uma aceitação enorme porque permite às marcas finais obter uma solução para os stocks que têm, bem como para os desperdícios das suas confeções, tornando assim a indústria da moda menos nociva ao meio ambiente”.

Apesar de várias marcas nacionais já terem estabelecido contacto, Conceição Sampaio explica que “como grande parte das marcas internacionais produzem cá, o retorno vem para Portugal” e destaca que o “Made In Portugal” tem cada vez mais valor. Uma das vantagens do RFive é que, tal como o nome indica, o projeto é trabalhado a cinco players – a Recutex, a Fiavit, a Lurdes Sampaio, a marca final e a confeção. A verdade é que não existe uma solução global porque cada cliente tem uma à sua medida. Desta forma, estes têm a possibilidade de fazer a gestão da qualidade e quantidade, bem como de quando é que pretendem ter o produto para entrar novamente na linha de produção, sem qualquer preocupação com as diferentes fases de transformação. Para o futuro, os empresários dizem esperar “que a economia circular esteja cada vez mais implementada nas nossas vidas e que possamos, desta forma, contribuir para um ambiente mais sustentável, sem nunca descurar a qualidade”.

Comfysocks começou a laborar em março, em Requião

Dinamarqueses escolhem Famalicão para instalar empresa de produção de meias desportivas A Comfysocks é uma empresa dinamarquesa, fundada em 1998 por dois fabricantes têxteis, Jørgen Mørup e Steen Aaes, que se dedica à produção de meias desportivas de alta performance. Chegou a Famalicão em março deste ano, no âmbito de um processo de deslocalização da unidade produtiva e já emprega cerca 115 pessoas. A empresa, que foi visitada, a semana passada, pelo presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, e pelo vereador para a Economia e Inovação, Augusto Lima, ocupa um complexo de 4 pavilhões industriais na Parque Empresarial de Pedra Leital, em Requião. interligados numa área de 4500m2.

A base de negócios da Comfysocks assenta em práticas e valores escandinavos e, ao longo dos anos, a qualidade e tecnologia de ponta têm sido alicerces fundamentais para a criação de um serviço de grande valor para as marcas líderes mundiais com as quais trabalham. “Tem sido um ano atípico em muitas dimensões, mas para nós repleto de grandes e interessantes mudanças, para corresponder a um vasto grupo de clientes em crescimento e líderes nos seus segmentos”, explica o diretor da unidade em Famalicão, Filipe Pereira, adiantando que a Comfysocks Portugal tem um projeto de investimento para o biénio 2021/2022 de 2,2

Paulo Cunha visitou a empresa na semana passada

milhões de euros e conta criar cerca de 150 postos de trabalho neste período. “É nosso objetivo estar no centro do desenvolvimento têxtil tecnológico, com recursos humanos de elevada competência, capaz de prestar um serviço de excelência e com práticas de negócio sustentáveis. Eleger o Norte de

Portugal e em particular Famalicão foi de certo modo uma escolha fácil quando o alinhamento de práticas, estratégias e sinergias têm tanto em comum”, explica o mesmo responsável, dizendo que estão “gratos pelo apoio municipal na instalação da empresa e entusiasmados com esta nova etapa da sua vida”.


Prova voltou com toda a força, apesar de fortes restrições

Adruzilo Lopes domina Rali de Famalicão Carla Alexandra Soares* Adruzilo Lopes foi o grande vencedor da edição 2021 do Rali de Famalicão. Após um “jejum” superior a um ano, devido à pandemia de Covid 19, a prova, organizada pelo Team Baia, decorreu no passado fim de semana - sábado e domingo – com quase nove dezenas de inscritos. Pela primeira vez na sua história integrou o Campeonato Norte de Ralis e contando ainda para o 4º Desafio Kumho Portugal. Quanto à sua estrutura competitiva, a edição 2021 do Rali de Famalicão 2021 fez os concorrentes integrantes da competição reservada ao Campeonato Norte de Ralis percorrer 6 especiais de classificação, com as equipas inscritas na Prova Extra a fazer menos uma, no caso, a 2ª PEC do programa do rali. Na jornada de sábado houve uma dupla passagem pela classificativa de Ribeirão/Vilarinho das Cambas/Outiz, com uma extensão de 5,9 kms. No domingo, o percurso foi igual para todos: quatro especiais, correspondentes a duas rondas por dois troços diferentes: Fradelos/Vilarinho das Cambas/Calendário (11,66 kms) e Arnoso Sta. Maria e Sta. Eulália/Nine/Lemenhe/Jesufrei, tendo este uma distância de 8,7 kms. Quanto às classificações, Adruzilo Lopes e Paulo Silva (Mitsubishi Lancer Evolution IX) dominaram o Rali de Famalicão, vencendo todas as especiais da prova, terminando com uma vantagem de 52.5s sobre Fernando Peres e José Pedro Silva (Mitsubishi Lancer Evo IX). “Nas corridas não há vencedores antecipados, mas o meu objetivo era a vitória e foi por isso que lutei”, referiu o piloto ao OPINIÃO SPORT. Tendo sindo a sua primeira

O piloto de Felgueiras venceu todas as especiais da prova

participação no Rali de Famalicão, o piloto de Felgueiras disse ter ficado agradado com as classificativas. “Foi bastante rápido, como gosto. Eu e o Paulo fizemos o nosso trabalho, sempre concentrados. Penso que é uma vitória sem discussão”. O terceiro lugar foi para os famalicenses Filipe Silva/Joana Silva (Mitsubishi Lancer Evolution VI) que chegaram a essa posição na quarta especial, depois do abandono de Armando Costa/Octávio Araújo com uma avaria no Mitsubishi Lancer Evo VI). O resultado acabou por surpreender o piloto e a sua filha, a jovem navegadora, que apenas contavam chegar aos dez primeiros lugares. “Correu muito melhor do que estava a pensar. Não houve

muitas falhas, houve algumas que é muito normal. Tive que acreditar no que a minha filha dizia. À medida que fomos acreditando, fomos fazendo tempos”, referiu Filipe Silva. “Foi incrível e correu muito bem”, disse a navegadora que também se mostrou surpreendida pelo resultado final. “O meu pai acreditou e o resultado está à vista”. O quarto posto para Tiago Silva/Ricardo Faria (Seat Ibiza Cupra D) e Mário Castro/Ricardo Cunha (Ford Fiesta 1.0 Ecoboost) foram quintos da geral. A fechar o top 10 ficaram Nelson Silva/José Janela (Mitsubishi Lancer Evolution V) no sexto lugar, na frente de Nuno Alves/Bruno Machado (Citroen C2 R2), Miguel Carvalho/António Reis (Peugeot 206

Gti 2), Rafael Cunha/Gonçalo Cunha (Peugeot 206 Gti) e Rafael Pereira/Alberto Silva (Peugeot 208 R2). Nelson Silva e o famalicense José Janela estavam à espera de ficar entre os cinco primeiros, mas falharam por uma unha negra. O navegador mostrou-se, mesmo assim, satisfeitos com o resultado. “Logo no primeiro dia, tivemos um problema na eletrónica, mas a competição automóvel é mesmo assim. O carro também é novo e houve uma adaptação. O Rali estava muito bem organizado, o público portou-se bem e todos demos o nosso máximo. Estamos todos de parabéns”, referiu Janela. E o surto pandémico continuou presente, fazendo com que a edição 2021 se disputasse sob fortes

medidas de contenção e segurança, incluindo um plano de contingência que restringiu fortemente os acessos às diversas zonas oficiais da prova. Todos os credenciados terão que realizar teste Covid ou apresentar o certificado digital de vacinação para poderem integrar a prova. Em jeito de balanço, Sérgio Aguiar, da Team Baia, estava satisfeito com os objetivos alcançados. “Com tanta coisa contra conseguimos levar o evento, em segurança, para a estrada e estou radiante pelos nossos apoios e por todas as equipas que estiveram presentes”. O membro responsável pela organização sublinha “que não estiveram mais porque não conseguíamos”. *com Paulo Couto pub


DESPORTO

opiniãopública: 28 de julho de 2021

Vitória sofrida frente ao Feirense

19

Protocolo foi assinado na passada terça-feira

Famalicão segue Futsal concelhio mais forte com a junção entre o em frente na Famalicão e Cabeçudense Taça da Liga

José Carlos Fernandes Famalicão a dispor de uma grande oportunidade. Foi apenas com um golo marcado Aos 49 minutos, penalty coaos 17 minutos, por intermédio metido sobre Bruno Rodrigues. O Ivo Rodrigues, que o Famalicão avançado brasileiro que se estrou garantiu um lugar na segunda e deixou ficar boas indicações, fase da Taça da Liga. encarregou-se da marcação, mas Ainda nenhuma equipa tem o permitiu a defesa de Igor. planteis fechados, quer de um A partir daqui tudo mudou, o lado quer do outro há ainda muito Famalicão acusou o lance, o Feitrabalho pela frente, e o onze ini- rense cresceu no jogo e a equipa cial apresentado pelos dois técni- de Santa Maria da Feira passou a cos pode estar longe daquilo que ser mais audaz. pode vir a ser no futuro, contudo Aos 57 minutos podia ter chepara este primeiro jogo oficial da gado à igualdade, num remate de época, assistimos a um futebol Latyr ao segundo poste, com a de grande qualidade. bola a sair por cima da baliza de Durante a primeira parte a Luiz Júnior. equipa de Ivo Vieira foi sempre O jogo passou a ser domimais acutilante e aos 17 minutos nado pelos locais, três minutos aproveitou um deslise da defen- depois, foi a vez de Vargas criar siva do Feirense para se colocar perigo, com o avançado do Feiem vantagem: Calvin Verdonk re- rense a rematar cruzado já dentro cuperou a bola perto da área, ser- da área, com Luiz Júnior a evitar o viu Ivo Rodrigues, no interior da golo da equipa de Rui Ferreira. mesma e este, de pé direito, desO Feirense tentava tudo por viou fora do alcance de Igor. tudo, balanceou-se por completo O Feirense tentou reagir ao no ataque e apesar das alteragolo, mas voltou a ser o Famali- ções efetuadas por Ivo Vieira, o cão a estar perto do segundo, Igor Famalicão não conseguia pegar conseguiu impor-se por duas no jogo. Do outro lado Rui Ferreira vezes a Ivan Jaime negando o quando mexeu a equipa ganhou golo ao espanhol, aos 21 e aos 33 ainda maior pendor ofensivo. minutos. Sempre na busca da igualO jogo era dominado pelos dade o empate esteve perto de Famalicenses e os jogadores que acontecer, Latyr uma vez mais isose estreavam na equipa de Ivo lado na área, rematou por cima da Vieira, demonstravam bons argu- barra da baliza de Luiz Júnior, esmentos. O Famalicão dominava tavam decorridos 77 minutos. por completo. Até ao final o Feirense manMuito próximo do intervalo, teve a pressão sobre o Famalicão, Igor voltou a brilhar, negando no- que apesar de não ter conseguido vamente o golo ao Famalicão, construir jogadas ofensivas na secom uma excelente defesa a re- gunda parte, soube defender a mate de Ivo Rodrigues. vantagem de forma concentrada, Ao intervalo a vitória assen- controlando as ações ofensivas tava plenamente à formação fa- da equipa de Rui Ferreira. malicense e pecava por escassa, A vitória acaba por se ajustar face ao melhor futebol jogado e principalmente pela boa primeira às inúmeras oportunidades de parte do Famalicão que dominou golo desperdiçadas. por completo e criou muitas oporNa segunda parte o Feirense tunidades de golo. O Feirense sai entrou bem: Logo no primeiro mi- da competição, mas pela senuto criou perigo na defensiva Fa- gunda parte realizada deixa boas malicense, mas voltou a ser o perspetivas para o campeonato.

José Clemente blemas nas camisolas, sendo que as cores dos equipamentos são as Foi dado, na passada segunda- do FC Famalicão. O orçamento feira, o último passo para a fusão para a época, para todos os escaentre o FC Famalicão e o SC Cabe- lões, é de 110 mil euros. çudense, na modalidade de futRicardo Costa, um dos mentosal. res do projeto, sublinhou a imporO FC Famalicão e o SC Cabeçu- tância desta união para dense assinaram, na passada se- desenvolvimento do futsal no congunda-feira, um protocolo que celho “que necessitava de um unirá as duas instituições visando projeto forte nesta modalidade”. criar uma “equipa de referência “Estando o FC Famalicão neste ao nível do futsal”. acordo tudo se torna mais fácil”, A nova equipa terá a designa- defende Ricardo que Costa, que ção “SC Cabeçudense/FC Famali- fala num acordo com linhas de cão” e jogará com as cores e orientação particulares, que deemblema do FC Famalicão, à exce- fende as camadas de formação. ção das equipas seniores que jo- “Acreditamos que com a marca garão com os dois emblemas (SC Famalicão iremos chamar mais Cabeçudense e FC Famalicão). crianças para poder fazer esta moOs dois clubes assinaram um dalidade”. Assim, o protocolo diz protocolo que vigorará durante que as escolas de formação Retrês anos, renováveis automatica- creio Desportivo e Academia mente e enquanto o FC Famalicão Sportfut associam-se a esta permanecer interessado na liga- união. ção. O presidente do FC Famalicão, O projeto vai arrancar já na por seu lado, considera que esta próxima época e vai envolver junção “poderá resultar num casacerca de 140 atletas, dos quatro mento perfeito” que levará o futanos aos seniores. Os juniores e sal concelhio a um patamar bem os seniores vão usar os dois em- mais elevado.

“É a ambição de muitos famalicenses e de muitos associados e acredito que vamos conseguir chegar a um patamar maior. Honestamente não estou preocupado se vai demorar dois, três, quatro, ou cinco anos”. Assim, para Jorge Silva “o que é importante é que cada passo dado seja firme e assertivo”. A mesma posição tem Paulo Costa, o presidente do clube de Cabeçudos que está convicto nos frutos que esta junção vai dar. “Isto não é um trabalho de dois anos, temos as escolinhas e isto foi cimentado desde o início. No futsal é muito importante a formação”. Recorde-se que, na época passada, a Associação Cultural e Desportiva Sporting Clube Cabeçudense conseguiu um feito histórico na história do futsal. A equipa famalicense, que disputava os Campeonatos Distritais da AF Braga, subiu para a Liga 3 com uma marca impressionante. Em sete jogos, conseguiu seis vitórias e um empate, marcou 49 golos e apenas sofreu dez.

Assinatura do protocolo aconteceu na passada segunda-feira

Dylan Batubinsika assina por quatro temporadas Dylan Batubinsika é o mais recente reforço do FC Famalicão. O defesa central, de 25 anos, atuou nos belgas do Antuérpia nas últimas quatro temporadas e rubricou um acordo com o clube famalicense para as próximas quatro épocas. Produto da formação do Paris Saint-Germain, Dylan Batubinsika representou as seleções jovens da França. Em

2017/2018 rumou à Bélgica para representar o Antuérpia, emblema pelo qual cumpriu mais de 70 jogos no campeonato e teve a oportunidade de competir na Liga Europa. “Estou muito feliz, pois penso ser um bom passo para a minha carreira”, começou por dizer o defesa central, deixando a garantia que irá “fazer tudo para ajudar o clube a melhorar”.


20

DESPORTO

opiniãopública: 28 de julho de 2021

Famalicão contrata Bruno Rodrigues O Famalicão reforçou a equipa principal com a contratação de Bruno Rodrigues, extremo de 24 anos que chega por empréstimo do Tombense, depois de uma época cedido ao São Paulo. Produto da formação do Atlético Paranaense, o jogador atuou pela equipa principal do emblema de Curitiba, tendo sido, depois, cedido a Joinville e Paraná. Pelo meio teve a primeira experiência no futebol europeu, nomeadamente nos cipriotas do Doxa. Já ligado ao Tombense, Bruno Rodrigues atuou por empréstimo no Ponte Preta e São Paulo, tendo neste último a oportunidade de alinhar no Brasileirão e na Taça Libertadores. Em declarações ao site do clube, o jogador revelou entusiasmo pelo passo dado na carreira. “Estou muito feliz e com boas expectativas para esta nova experiência na carreira. Espero dar o meu melhor e mostrar o meu futebol aos adeptos”, referiu o brasileiro, que garantiu que “não vai faltar raça e vontade para ajudar o clube a atingir os objetivos”.

Afonso Rodrigues assina contrato com o FC Famalicão O FC Famalicão anunciou a contratação de Afonso Rodrigues, que já jogava nos escalões inferiores do clube. O extremo, de 18 anos, chegou ao clube na temporada 2015/2016 e disputou o Campeonato Nacional nos escalões sub15, sub-17 e sub-19 ao longo das últimas épocas assinou agora um acordo válido para as três próximas temporadas e estrear-se a nível sénior, com a incorporação na equipa sub-23 do Futebol Clube de Famalicão. Nas palavras do jogador “esta é uma prova de confiança por parte do clube nas minhas capacidades. Vou continuar a trabalhar com empenho e dedicação para ajudar o clube e poder concretizar o objetivo de subir à equipa principal”, afirmou o jovem de 18 anos que categoriza como “um jogador com boa capacidade de explosão e que remata bem fora da área”.

Álvaro Shehda reforça a baliza do Riba d'Ave HC O Riba d'Ave Hóquei Clube (RAHC) anunciou, no passado sábado, que Álvaro Shehda, de 29 anos, é o mais recente reforço da equipa principal de hóquei em patins para a temporada 2021/22. O guarda-redes espanhol, natural da Galícia, chega proveniente da formação catalã do Club d'Esports Vendrell, equipa pela qual militou nas duas últimas temporadas, competindo na OK Liga Espanhola. No seu percurso, já como jogador sénior, conta ainda com passagens pelo Deportivo Liceo (2012 - 2017) e CP Alcobendas (2017 2019). “É com bastante satisfação que a direção do clube e toda a sua estrutura dão as boas-vindas ao Álvaro Shehda, desejandolhe as melhores felicidades e todo o sucesso para o futuro próximo”, refere o RAHC, em comunicado.

Clube inaugurou novo sintético e iluminação LED

AD Ninense com instalações renovadas para acolher os mais jovens

A Associação Desportiva (AD) Ninense inaugurou, no passado sábado, um novo campo de futebol de 7 com relvado sintético e a iluminação LED do seu campo de jogos. A obra contou com o financiamento municipal de 161.500 euros e foi inaugurada pelo presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, na presença de dirigentes e sócios do clube, do presi-

dente da Junta de Nine, do vereador do Desporto e do presidente da Associação de Futebol de Braga. Já o pároco de Nine benzeu os novos equipamentos. Amadeu Costa, presidente da AD Ninense, não escondeu a sua satisfação por ver concretizada uma obra esperada desde 2016. “Com este novo campo, vamos poder receber os novos

jovens com todas as condições e desenvolver o nosso departamento de formação”, afirmou. No período pré-pandemia, o clube chegou a ter 160 atletas a treinar nas camadas mais jovens, “em condições que não eram as melhores”. Por isso, Amadeu Costa espera que essas crianças e jovens regressem, e até aumentem, porque o Ninense tem, agora, “con-

dições excelentes para a prática do desporto”. Também o presidente da Câmara Municipal sublinhou a importância da obra para o fomento da atividade desportiva entre os mais novos. “É das maiores coletividades que temos no concelho e, como tal, também deve ter das melhores infraestruturas do concelho. E este novo campo aumenta muito a capacidade de trabalho do clube”, disse o edil, que evidenciou ainda o investimento feito na iluminação, que vai possibilitar ao clube poupar na fatura energética. Ao novo campo de futebol de 7 foi dado o nome José Araújo Barbosa, em homenagem ao ex-dirigente da AD Ninense, recentemente falecido. C.A.

Clube de Avidos e Lagoa concretiza “sonho de anos”

GRAL inaugurou complexo desportivo renovado O Grupo Recreativo de Avidos e Lagoa (GRAL) tem um complexo desportivo, único no concelho, que foi inaugurado no passado sábado. O terreno de jogo, que foi agora dotado de relvado sintético, tem marcações oficiais para futebol 11, futebol 9, futebol 7 e para a modalidade de rugby. Além do sintético, a remodelação das instalações contemplou ainda o alargamento do terreno de jogo em 14 metros, a colocação de torres de iluminação LED, o aumento da bancada e obras de beneficiação dos balneários. Um investimento que rondou os 231 mil euros, financiados pela Câmara Municipal. “Ao fim de 46 anos de existência, é um sonho concretizado, que vem dotar o clube de uma infraestrutura única, com condições excelentes para a formação e para servirmos as comunidades de Avidos e Lagoa e do concelho de Famalicão”, disse ao OPINIÃO PÚBLICA, o presidente do GRAL, Rui Carvalho. O dirigente sublinhou as condições que o clube oferece agora

para a prática do rugby, “que não tinha no concelho qualquer espaço com as medidas oficiais”. Presente na cerimónia, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, garantiu que a autarquia “está atenta a todas as modalidades desportivas” e que o objetivo “é criar condições para que todas as pessoas, jovens e não jovens, possam praticar desporto”. No caso do GRAL, o edil reconheceu que “esta zona do concelho não tinha uma infraestrutura

condigna”, dai o investimento realizado para permitir a prática desportiva “com conforto e qualidade, como as associações muito bem sabem fazer”. Além da apresentação à comunidade das novas instalações, o presidente do GRAL avançou ainda com duas novidades: um protocolo a celebrar com o FC de Famalicão para a área da formação e a constituição de uma equipa de futsal feminino para a próxima época. C.A.


opiniãopública: 28 de julho de 2021

Papa Léguas no 4º lugar no Campeonato Nacional Sub-18

Os atletas da Equipa Papa Léguas de Famalicão estiveram presentes, este fim de semana nos Campeonatos Nacionais Sub 18 de Pista ao Ar Livre, competição disputada na Pista de Atletismo do Complexo Desportivo de Lousada, onde conseguiram várias posições de destaque. Guilherme Enes sagrou-se Vice-Campeão Nacional no Lançamento do Disco com 40,01 m (novo recorde pessoal) e classificouse em 4⁰ Lugar no Lançamento do Peso com 13,62 m (Recorde Pessoal); Vinícius Santos alcançou o 7⁰ Lugar no Salto em Altura (1,80m) e 11⁰ no Lançamento do Dardo (41,79m). A equipa participou ainda nas Estafetas de 4x100m e Medley (100m + 200m + 300m +400m) compostas por: Guilherme Enes, Diogo Enes, Renato Ribeiro e Simão Matos, tendo conquistado o 5⁰ Lugar com 45 .96 (4x100m) e o 6⁰ Lugar com 2 .09 .78 (Medley). Coletivamente, a Equipa classificou-se com o 4⁰ Lugar Nacional (melhor equipa da Zona Norte) entre as 50 Equipas que obtiveram pontuação.

21

Atletas da EARO no Nacional de Juvenis A Escola de Atletismo Rosa Oliveira (EARO) esteve no passado fim de semana representeada no Campeonato Nacional de Juvenis em Lousada. A EARO participou com cinco atletas, alguns ainda do escalão de juvenil 1º ano. Ana Faria participou na prova de 1500m, onde terminou com um honroso 6º lugar que lhe deu direito a um novo recorde pessoal, 4:48:50. A atleta esteve ainda presente na prova de 800m que concluiu em 4º lugar, onde mais uma vez estabeleceu um novo recorde pessoal 2:18:22. Francisco Silva participou na prova de 1500m, e ainda, na prova de 800m onde concluiu em 4º lugar com o tempo de 1:56:40.

Na prova de 3000m participaram os atletas João Rodrigues, que obteve um honroso 6º lugar com a marca de 9:12:57, Leandro Gonçalves, que concluiu a prova em 8º lugar, o que lhe permitiu es-

tabelecer um novo recorde pessoal, 09:17:62 e ainda na mesma prova João Azevedo, que terminou em 10º lugar, tendo também estabelecido um novo recorde pessoal, 09:18:63.

Liberdade FC levou atletas ao Nacional de Juvenis O Liberdade FC esteve no passado fim de semana, representado no Campeonato Nacional de Juvenis (Sub-18), que decorreu em Lousada com três atletas, Eduardo Salazar, do escalão Juvenil e Ricardo Vieira e Inês Sousa, no escalão de Iniciados. Na primeira jornada, a participar na distância dos 1500 metros, Eduardo Salazar e Inês Sousa alcançaram a 23ª e 17ª posição da geral, respetivamente. Na segunda e última jornada destes campeonatos, a participar na distância dos 800 metros, Eduardo Salazar e Ricardo Vieira alcançaram a 28ª e 33ª posição da geral, respetivamente. Destaque para o novo recorde pessoal à distância do atleta Eduardo Salazar. Também na mesma distância, Inês Sousa termina a sua prestação na 27ª posição da geral. A preparar-se o período de férias, os dirigentes da associação de Calendário realçam “os resultados alcançados neste evento, mas fundamentalmente todo o trabalho desenvolvido por atletas, treinadores e familiares, numa época tão atípica, exigente e incerta como esta”.

Clube de Xadrez A2D desce à II Divisão Nacional Equipas A 1ª Divisão do Campeonato Nacional por Equipas 2020/2021 decorreu em Peniche entre os dias 19 a 25 de julho. Durante uma semana de xadrez de alto nível competitivo, as 10 equipas mais fortes de Portugal defrontaram-se a quatro tabuleiros, tendo sido adotado o “sistema de todos contra todos a uma volta” nas 9 sessões jogadas. Na nona ronda a A.XAT venceu a jovem equipa famalicense Clube de Xadrez A2D, por 3-1, que lutou até ao último instante pela permanência na elite do Xadrez nacional. O CX A2D ainda sonhou com a manutenção até à última sessão, depois de alcançar duas vitórias na 4ª e 8ª sessões, revelando uma excelente réplica em todos os jogos disputados. A equipa A do CX A2D que já conta com 5 presenças na elite nacional (2014, 2015, 2016, 2018 e 2021) classificou-se em 9º lugar e continuou a revelar o seu ADN ao apresentar uma formação constituída apenas por jogadores portugueses, fruto da aposta na formação de jovens valores do xadrez famalicense. Desta forma, na próxima época xadrezística, 2021/2022, disputará a 2ª Divisão Nacional. A equipa A do CX A2D foi formada por 6 atletas, 4 deles estreantes na 1ª Divisão Nacional por Equipas, à exceção dos dois primeiros tabuleiros: Luís Romano (Capitão), Mestre Nacional Ivo Dias, João Romano, José Santos, Bruno Ribeiro e WCM Mariana Silva. O grande momento do Xadrez nacional coletivo teve como grande vencedor A.XAT Montemor-o-Novo com uma performance 100% vitoriosa, um feito raro neste tipo de competições e muito valorizado pela forte concorrência.

DESPORTO

Famalicão volta a ser a Capital do Xadrez Famalicão recebe esta semana (26 a 31 de julho) o VIII Torneio Internacional Cidade de Famalicão no Pavilhão Municipal das Lameiras. Depois de um hiato provocado pela pandemia de covid-19 em 2020, este evento xadrezístico “reveste-se de particular importância na promoção e desenvolvimento de xadrez” e dará continuidade ao calendário federativo do Portugal Chess Tour 2021 (3ª de 6 provas). Este ano, o Torneio Internacional é ainda mais disputado, elevando a sua qualidade com a participação de 25 jogadores titulados provenientes de 11 países: Argentina, Brasil, Canadá, Cuba, Espanha, Estados Unidos da América, França, Paraguai, Portugal, Rússia e Ucrânia. Os grandes favoritos à conquista do VIII TICF são os Grandes Mestres Neuris Delgado (Paraguai), Alexandr Fier (Brasil) e Jean-Noel Riff (França), membros efetivos das Seleções Nacionais dos países que representam. Em relação à edição transata (2019) o prize-money aumentou

para 3300 euros, em que o 1º lugar arrecadará 1000 euros. O grande aliciante nesta edição consiste na realização de 9 sessões o que permitirá a obtenção de normas de Mestre Internacional de Xadrez e a respetiva subida hierárquica no ranking mundial da Federação Internacional de Xadrez. O Xadrez famalicense estará representado pelo Mestre Nacional Ivo Dias, vencedor do II Torneio Internacional Cidade Famalicão e TOP-30 Nacional. A jovens mestres pertencentes à Sele-

ção Sénior Feminino, Inês Silva e Mariana Silva, marcarão, também, presença neste evento internacional vestindo as cores do clube famalicense CX A2D. A prova que atingiu um recorde de participação contando com 130 atletas inscritos, é organizada pelo Clube de Xadrez A2D, contando com o apoio da FPX – Federação Portuguesa de Xadrez, AXDB - Associação de Xadrez do Distrito de Braga, Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e da Cooperativa de Ensino Didáxis.


22

DESPORTO

opiniãopública: 28 de julho de 2021 pub

Opinião Liberal Paulo Lopes

Mais Liberdade, Menos Marionetes! Como verdadeiras Marionetes, que são controladas por fios invisíveis, sem vontade própria e a seguir os desígnios poucos claros de um manobrador invisível. Esta tem sido a nossa vida nos últimos tempos e ao mesmo tempo que alguns falam na Libertação outros continuam a navegar na política de cancelamento de eventos. Ainda na semana passada, a CM Famalicão decidiu que a Feira de Artesanato e Gastronomia, planeada para setembro, não se irá realizar. E qual a justificação? A situação pandémica e as suas atuais “costas largas”. Estamos nós na mesma situação de há um ano atrás para tomar as mesmas medidas? Já não bastavam as obras que estão a confinar a nossa cidade, levando consumidores e comerciantes à exaustão, agora a nossa gestão camarária insiste em viver no passado, num mundo em que

não temos mais de 50% da população vacinada ou imunizada de forma natural (com os mais vulneráveis já protegidos), num mundo em que viver é considerado um crime. Não merecerem os famalicenses um esforço de planeamento? Ao fim deste tempo todo realizar eventos ainda é equiparado a ficção científica? Mas também muito não será de esperar de quem nem para si planeia bem e se deixou enrolar numa teia de obras, esquecendo-se de que não se pode fazer o plano da década em poucos meses. A vontade e ambição de sair de forma apoteótica, mais parecendo um colecionador de paquinhas de inauguração, não deveria ter falado mais alto… É tempo de seguir em frente, temos mais de um mês para planear o evento, adaptar à situação no momento, dar uma oportunidade de ter um pouco de rendi-

mento a quem está manietado há mais de um ano, deixar viver quem anda acorrentado. Por esta altura tudo é política, as autárquicas aproximam-se e há quem não tenha confiança na Marionete que escolheu! E como já não vai a tempo de outra produzir, precise de qualquer desculpa para não a por a atuar nas ruas. Será esta a verdadeira razão para confinar eventos que com os devidos cuidados têm todas as condições de ser realizados? O medo já será tanto que a aposta será em manobras de distração? Se esta corrida for um espetáculo, e os famalicenses tiverem noção do preço efetivo do seu bilhete, não se vão contentar com meras Marionetes… Cabe então aos restantes artistas encontrar palco para o seu espetáculo e acreditem que pelo preço que atualmente pagamos bem podemos escolher um ator principal.

Pelos quatro cantos da ca(u)sa

Admite-se

Domingos Peixoto

Já não tinha dúvidas pub

Desenhador(a) com conhecimentos em CorelDraw e Photoshop.

Local de trabalho : Esmeriz - V.N.Famalicão Contactar das 09h00 às 18h00 Telf: 252 501 640

Empresa de confeções de vestuário feminino situada em Vila Nova de Famalicão, está a recrutar:

pub

Costureiras e engomadeira (Passar a Ferro) - (M/F):

Principais funções:

Costurar os componentes; Identificar os componentes a serem unidos pelo ponto corrido; Pespontar componentes; Pregar fechos. Passar a Ferro Dobrar peças Etiquetar peças Etc.

Requisitos: Experiência comprovada no sector têxtil Contatos :252 501 300

Quando em 2001 “fiquei” do lado do PS, não tive muitas dúvidas que tomava a opção certa. Tinha aderido à militância partidária em 1993 e “fui ignorado” por quem decidia, nomeadamente no Louro, apesar de dois factos que, no meu entendimento, deveriam ter contribuído para uma atitude diferente: Por um lado, já tinha sido cabeça de lista do PS no Louro, obtendo o melhor resultado – com 3 eleitos na AFreguesia – até à eleição da Junta PS que nesse ano já exercia o poder; de outro modo, era presença habitual em todas as atividades socialistas, públicas ou para militantes em geral, concelhias e distritais. O “desastre fratricida” socialista a partir de 2000 foi traumatizante e não se pode ignorar que a maioria dos presidentes de junta do PS estava ao lado de Agostinho Fernandes. O PS teve uma derrota estrondosa para Armindo Costa e eu não fui exceção no Louro. Apesar disso, os resultados das “duas candidaturas socialistas” em divisão, mostram que a direita ganhou por “uma unha negra”. Lembremos os resultados: - PSD/CDS, 46,82% - 35.284 – 6 mandatos; - MAF, 28,45% - 21.440 – 3 mandatos; - PS, 18,37% - 13.841 – 2 mandatos; - Soma MAF/PS 46,82% - 35.281 – 5 mandatos. Concluindo: Mesma %, menos 3 votos e menos 1 vereador! As mesmas agruras sofri-as no Louro: - PSD/CDS, 45,69% - 742 – 5 mandatos; - MAF, 27,34% - 444 – 2 mandatos; - PS, 25,12% - 408 – 2 mandatos; - Soma MAF/PS 52,46% - 852 – 4 mandatos. Concluindo: A soma do MAF/PS dá maior %, mais votos, menos 1 eleito! Tudo isto vale o que “valeu”, mas expressei-o, apenas, para ir ao tema do título. Sempre pensei que o MAF só apareceu para derrotar o PS, servindo a direita. Porém, tanto como o PS, tudo fiz logo a seguir às eleições para recuperarmos a unidade do partido. Só que havia (forças) pessoas nada interessadas na pacificação e isso é, ainda hoje, um certo mistério para mim. Mas não tenho dúvidas: A instituição é muito mais importante que cada uma das partes e cada um dos elementos. Contribuindo para “desvendar”

Sempre pensei que o MAF só apareceu para derrotar o PS, servindo a direita. Porém, tanto como o PS, tudo fiz logo a seguir às eleições para recuperarmos a unidade do partido. o mistério, plasmo aqui um facto muito recente. Assistindo à apresentação de uma candidatura PS a uma freguesia, a assistência, em muito bom número, entre a qual se encontrava o candidato à câmara, durante o discurso no mínimo polémico do seu mandatário local, foi “presenteada com o seu exemplo” nas eleições de 2017: “P’rá câmara, o meu candidato era o da coligação, no qual votei e aqui votei no PS. Este ano voto PS na câmara e na freguesia…”! Está tudo dito, sobretudo da credibilidade partidária do mandatário. Foi um dos mais proeminentes membros do MAF e ali “confessou” – eu já não tinha dúvidas -, que o seu objetivo primeiro foi, desde a primeira hora, tentar derrotar o PS, apesar de desde as autárquicas de 2005, com Agostinho Fernandes a cabeça de lista à AM, se ter dado um passo de gigante para a pacificação interna. Nem de propósito, num recente artigo de opinião num jornal local, Tiago Durval, um dos “beneficiados” com a derrota dos socialistas, eleito vereador, titula: “O resgate do PS pelo MAF”. E fecha, concluindo “…em política a memória é curta, mas não deixa de ser insólito que a porta da sede concelhia se feche para quem nunca desistiu do Partido e lá dentro está quem tudo fez para que, em Famalicão, o PS nunca mais tivesse sucesso.”! De outra coisa estou certo: Não é presumível que alguém de direita “apoie a narrativa” que muita gente no atual poder socialista de Famalicão designa de “monizismo”, e, apesar de algumas divisões, também não me parece que queira a vitória do PS. No entanto, como bem escreve Tiago, a memória é curta; até na política…


opiniãopública: 28 de julho de 2021

PRAÇA PÚBLICA

23

Diário famalicense

Educação para a saúde

António Cândido Oliveira

Assuntos vários

João Mário Pinto*

Combate à Doença Cardiovascular: o primeiro passo? As Doenças Cardiovasculares são a principal causa de morte em Portugal. Para elas, contribuem os chamados Fatores de Risco Cardiovascular, tais como Hipertensão Arterial, Diabetes, Obesidade, entre outros. Na presença destes, para além de medicar o doente, o médico geralmente recomenda alterações no estilo de vida que são frequentemente ignoradas. É como se a medicação fosse uma espécie de escudo que permite ao doente manter todos os maus hábitos que contribuíram para o desenvolvimento da doença que acabou de lhe ser diagnosticada. Na verdade, a adoção de um estilo de vida saudável é a pedra basilar do tratamento destas doenças, contribuindo tanto para a sua prevenção, como potenciando o efeito de medicamentos que já estejam a ser tomados. A nível da dieta, há uma série de conselhos simples, mas que trazem grandes benefícios para a saúde: comer frequentemente e pouco de cada vez; nas refeições principais, começar sempre por uma sopa; preferir cozidos e grelhados; reservar metade do prato para legumes e verduras; não repetir o prato; evitar misturar batata, arroz e massa; consumir fruta regularmente; evitar adicionar sal e açúcar aos alimentos; evitar consumo de bolos, doces e refrigerantes; beber água em abundância. Relativamente ao exercício físico, a mudança de hábitos deve ser um processo gradual e individualizado: se é uma pessoa sedentária, comece por fazer pequenas caminhadas, aumentando lentamente o ritmo e distância percorrida; se tiver excesso de peso, pratique desportos com baixo impacto articular (natação, ciclismo…); se prefere fazer exercício com companhia, inscreva-se em aulas de grupo ou arranje um parceiro de treino. Escolha uma atividade que seja do seu agrado, sabendo que fazer alguma coisa é sempre melhor do que não fazer nada. O sucesso do tratamento das Doenças Cardiovasculares depende muito de uma atitude proactiva do doente. Dar o primeiro passo pode não ser fácil, mas é, certamente, um passo que vale a pena dar. *Médico na USF Joane

OP - 30 ANOS - O número comemorativo dos 30 anos do OP merece ser guardado. Ainda não tive tempo de o ler como desejo e tenho particular interesse e curiosidade em acompanhar a cronologia de acontecimentos dos últimos 30 anos do município nele relatada, ver o trabalho do Dr. Artur Sá da Costa sobre as desventuras do ensino público em Famalicão e analisar o texto da arquiteta Francisca sobre o urbanismo das últimas décadas. E tem ainda mais que ler este número especial. PRÉDIO INÚTIL – Na esquina da Rua Adriano Pinto Basto com a Rua Narciso Ferreira, antiga estrada nacional para Guimarães, estando lá colocada uma placa que tem valor patrimonial e indica “Guimarães – 22” (Km), existe um edifício inútil, desde que um incêndio há alguns anos lhe tirou a vida. Lá funcionava o restaurante Sete Velhos e outros estabelecimentos e, agora, apenas chama a atenção uma decoração que não esconde a inutilidade. Para quando dar vida àquele edifício? O que se passa com ele? Os jornais não servem também para dar notícia disto?

Começa a falar-se em restaurar a figura dos guarda-rios. Também os defendo. Famalicão vai levar a sério a defesa dos seus cursos de água? O ambiente assim o exige e, pelo que sei, é essa a intenção. PRÉDIO IMPONENTE – Bem junto do prédio inútil está o prédio do século XIX mais imponente e bonito da cidade. É o Museu Bernardino Machado na Rua Adriano. Pena é que continue ocupado uma parte dele por uma Seguradora que já deveria ter saído dali há muito tempo. Acresce o pouco cuidado e a má conservação que ele tem merecido com a recente queda de azulejos, sem uma intervenção reparadora à vista. PRÉDIO DA VERGONHA – O prédio onde esteve instalado o Hotel Garantia envergonha todos os famalicenses. Ainda por cima estão a fazer-se junto dele obras

de rua que não eram tão necessárias quanto a reabilitação daquele prédio. Dizem que vai entrar em obras. Mas nem sequer uma informação está lá exposta como manda a lei. OBRAS – Gostaria que a nossa imprensa nos informasse sobre quando vão estar prontas as obras do centro da cidade (e já agora da Rotunda 1º de Maio). E ao mesmo tempo se está a haver derrapagem no prazo e nos custos. E, se pudessem, colocassem umas imagens de como vão ficar os locais das obras. Essas imagens devem estar em algum lado. ÁRVORES – E quantas árvores vão ser plantadas na antiga Estrada Nacional nº 14 entre a Confeitaria Moderna e a Pichelaria Mouzinho? Uma mísera dezena? E raquíticas? Que bom será estar enganado! GUARDA-RIOS - Começa a falar-se em restaurar a figura dos guarda-rios. Também os defendo. Famalicão vai levar a sério a defesa dos seus cursos de água? O ambiente assim o exige e, pelo que sei, é essa a intenção. Mas não basta o nosso município. Este é um problema de âmbito mais vasto. É um claro problema supramunicipal.

pub

Chão Autárquico Vieira Pinto

Acautelando um novo cisma do ocidente!

PRECISA-SE

pub

Empresa do sector alimentar de ultra congelados, em V. N. de Famalicão, recruta

Op. Fabril para o 3º turno

Preferência por residentes no concelho de Famalicão

Inscrição por telefone: 252331750 PRECISA-SE

pub

FUNCIONÁRIO/A PARA TALHO COM OU SEM EXPERIÊNCIA

Contactos: 252 375 776/917 443 736

Nos anos 1378 a 1417, ocorreu o Grande Cisma do Ocidente. Com efeito consistiu este, numa crise divisionista no seio da Igreja Católica. Esta divisão consistia no facto de o Rei de França, em 1309 ter imposto á Igreja que a residência do Papa, então, Clemente V, passasse para Avinhão. A partir deste ano, até ao ano 1377, passaram efetivamente a ser em Avinhão e em Roma, a existência de Papas e antipapas. Assim, havia países, como Portugal que seguiam a orientações doutrinárias do Papa de Roma e, havia outros, que seguiam as orientações papais de Avinhão. Ora, a Igreja Católica teve vários cismas, no seu seio, com motivações diferentes. Porém, o Cisma do Ocidente, a que a história, também designa como “Cativeiro da Babilónia”, foi o mais significativo. De resto, vão acontecendo, de tempos a tempos focos de cismas, na igreja, tendo o último, acontecido nos fins da década de sessenta com o seu apogeu, em 1988, quando o conservador, Monsenhor Marcelo Lefevre, que se opunha a seguir os ritos da reforma em marcha do

Concilio Vaticano II, ordenou quatro bispos. Lembremos que, no rito antigo, a missa era celebrada em latim com o celebrante de costas para os cristãos. Esta forma de celebrar a missa, terminou, pois, com o Concilio Vaticano II. Hoje, praticamente em todos os continentes, vão-se manifestando, no seio da igreja mais conservadora, designadamente na América, algumas posições contrárias ás orientações do Papa Francisco e mesmo dos papas imediatamente anteriores, João Pulo II e Bento XVI. Na verdade, estes dois papas, autorizaram, com regras excecionais e, em casos muito específicos, a celebração de missas tridentinas. Estas, celebrações, tentavam ocorria, cada vez, em maior número, em regiões mais tradicionais do mundo católico. Assim, sempre atento, o Papa Francisco veio in Motu Proprio, limitar, no que respeita aos ministérios laicais, no dia 16/07/21, a celebração das Missas Tridentinas, estabelecidas no Concilio de Trento, com os procedimentos litúrgicos e doutrinários que decorreram até ao Concilio Vaticano II.

Assim, a partir de agora, apenas tal possibilidade será possível com a autorização específica do Bispo da diocese respetiva. Devemos referir que, na sua vinda a Fátima, o Papa Francisco, disse com muita clareza e tamanho doutrinário que a liturgia deverá ser celebrada ao ritmo do Vaticano II. Com efeito, naquela pregação de Fátima, manifestando-se assaz preocupado com os extremismos, dirigindo-se aos bispos disse que – “toda a liturgia seja celebrada com decoro e fidelidade aos livros litúrgicos promulgados após o Concilio Vaticano II”. De facto, o Papa Francisco continua a surpreender-nos com mais um momento de grande significado doutrinário, ideológico e prático no quotidiano da vida da igreja. Vai, pois, exercendo o seu múnus conciliar, sempre com a linear clareza e transparência. O Papa Francisco, pretende orientar a igreja dos cristãos, fora dos mofos da claustrofobia, junto das pessoas em marcha. Assim, vai acautelando pequenos, mas perturbadores Cismas, dentro da hierarquia da Igreja.


24

PUBLICIDADE

opiniãopública: 28 de julho de 2021


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.