Opinião Pública - 1543

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Ano 30 | Nº 1543| De 12 a 18 de janeiro de 2022| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt

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Associação não desiste

Famalicão em Transição avança com ação no tribunal contra obra do Citeve p. 4

MORADORES DA ZONA NORTE PREOCUPADOS COM PROJETO DE INTERVENÇÃO URBANÍSTICA

p.3

Transportes Transdev já opera no concelho com os mesmos percursos, horários e tarifas p. 4

FC Famalicão: erro em cima do minuto 90 dita empate Hóquei: Riba d’Ave leva a melhor Covid 19 no dérbi concelhio AFSA suspende jornadas de janeiro Casos disparam em Famalicão para os 2.275 devido à pandemia por 100 mil habitantes p.5 pub

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CIDADE

opiniãopública: 12 de janeiro de 2022

Cabana do Pai Natal recolheu centenas de produtos para as famílias carenciadas

Cerca de um milhar de bens alimentares e produtos de higiene, meio milhar de brinquedos e livros e uma centena de peças de roupa e calçado. É este o resultado da campanha solidária da Cabana do Pai Natal, que esteve instalada na Praça 9 de Abril, entre 12 e 24 de dezembro, anunciou a Câmara Municipal. Acompanhado dos seus duendes e outras personagens natalícias o Pai Natal tem o costume de receber os contributos solidários dos famalicenses que depois são distribuídos pelas famílias mais necessitadas do concelho, através da Loja Social de Famalicão. “Os famalicenses destacam-se pela sua solidariedade e generosidade”, afirmou, a propósito, o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, acrescentando que “os produtos e bens entregues irão chegar às famílias mais necessitadas do concelho, porque o Natal faz-se todos os dias”. As escolas e as instituições tiveram um papel fundamental nesta iniciativa.

Ourivesaria Augustos Antiquários vence concurso Montras de Natal da ACIF

A Ourivesaria Augusto Antiquários arrecadou o primeiro prémio da terceira edição do Concurso de Montras de Natal promovido pela Associação Comercial e Industrial de Famalicão (ACIF), anunciou a instituição. A fotografia da montra daquela ourivesaria obteve um total de 328 votos, obtendo o 1º prémio, dois Meses Grátis com Acesso Total à FamaFitness. Em segundo lugar ficou a montra da loja Paulo Gomes Moda, cuja fotografia obteve um total de 190 votos. O 2º prémio é uma Semana Grátis de Acesso ao Ginásio Famafitness. O terceiro prémio foi para a montra da loja Piedino, cuja fotografia obteve um total de 96 votos. Este prémio é também oferecido pela Famafitness e considere em duas sessões de Personal Training de 60 minutos. O local e a data de entrega dos prémios serão anunciados em breve.

FICHA TÉCNICA

CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt

DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-759) jfernandes@opiniaopublica.pt CHEFE DE REDACÇÃO:

Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt

REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).

DESPORTO: José Clemente (CO 1139), José Carlos Fernandes e Paulo Couto. GRAFISMO: Carla Alexandra Soares

Nova exposição vai estar patente entre 21 de janeiro e 28 de agosto

Casa do Território vai mostrar como evoluiu a paisagem em Famalicão nos últimos 6.000 anos Como seria a paisagem de Famalicão há 6.000 anos atrás, quando surgiram os primeiros povoados? Este foi o mote para a nova exposição organizada pela Casa do Território, do Parque da Devesa, intitulada “Naturalmente Famalicão – Cronologia de uma Paisagem” e que vai ficar patente a partir de 21 de janeiro até 28 de agosto. Partindo de um conjunto de diagramas e desenhos que procuram retratar o panorama famalicense de há 6.000 anos, a exposição propõe uma jornada pela história da paisagem com início no momento em que surgiam os primeiros povoados até aos dias de hoje, num convite a uma reflexão sobre o que se pretende para o território no futuro. Composta também por várias fotografias panorâmicas de 360 graus que mostram a evolução do território, a exposição irá oferecer ainda um conjunto de experiências sensoriais. “Para melhor perspetivar um futuro para o território que nos sustenta é importante conhecer o seu passado. O percurso que nos trouxe ao ordenamento que conhecemos hoje, que acompanhou o avanço da tecnologia, teve a influência de povos distantes, do clima e até de pandemias. Mas é, sobretudo, às sucessivas gerações de habitantes locais e às suas vontades e anseios que devemos esta construção assente num terri-

CAPITAL SOCIAL: 175.000,00 Euros.

DETENTORES DE MAIS DE 5% DO CAPITAL António Jorge Pinto Couto João Fernado da Silva Fernandes Voz On, Lda.

tema da paisagem. Irão decorrer ainda visitas ao território com passeios comentados, nomeadamente pelas obras de encanamento do rio Este, através de um percurso pedestre, e visita ao Moinho de S. Marçal, ao Castro das Eiras e ao Castelo de Vermoim, para além de outras atividades dirigidas às escolas. Está ainda prevista a realização de uma conferência intitulada “Mudam-se os tempos, mudam-se as paisagens”, agendada para o dia 22 de abril, data em que se assinala Dia Mundial da Terra, com vários convidados.

Queda de terceiro andar provoca morte a septuagenário Um homem de 71 anos morreu depois de cair do terceiro andar do prédio em que vivia, na cidade de Famalicão, na passada sexta-feira. O caso aconteceu na Avenida Marechal Humberto Delgado e o alerta foi dado pouco depois das sete da manhã. A vítima ainda foi transportada para o hos-

OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira.

GERÊNCIA: João Fernandes

tório outrora natural”, explica o coordenador da exposição, o ecólogo Vasco Flores Cruz. No fundo, a questão que se coloca é “o que pensaria um habitante do Castro das Eiras se ao sair do balneário, sob a abertura da Pedra Formosa encontrasse a paisagem que construímos? E nós, que paisagem gostaríamos de deixar para os vindouros?” Para além da mostra propriamente dita, a exposição conta ainda com uma programação de atividades paralelas como oficinas, visitas orientadas para famílias com crianças e realização de trabalhos criativos à volta do

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pital em manobras de reanimação, mas não resistiu aos ferimentos, acabando por falecer. No socorro estiveram os Bombeiros Voluntários Famalicenses. A PSP tomou conta da ocorrência e está a investigar as circunstâncias da queda. A hipótese de crime estará, á partida, descartada.

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CIDADE

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Apresentação da requalificação da área envolvente ao Palácio da Justiça com elevada participação

Moradores da zona norte da cidade preocupados com projeto de intervenção urbanística Carla Alexandra Soares Os moradores da zona norte da cidade de Famalicão estão preocupados e apreensivos com a proposta de intervenção urbanística para a zona envolvente ao Tribunal. Foi o que deixou claro a sessão pública de apresentação da proposta de delimitação da Unidade de Execução da área envolvente ao Palácio da Justiça, na saída norte da cidade. A sessão foi muito participada e apesar de ter decorrido em formato online, via Zoom, chegou a ter, em simultâneo, 70 participantes. Foram colocadas diversas questões sobre a intervenção que prevê para o local a construção de diversas áreas comerciais, nomeadamente uma destinada à cadeia LIDL, que terá 2.300 metros quadrados de área coberta. Nos terrenos, localizados ao lado do tribunal, e que foram comprados por uma empresa de engenharia e construção (DSTi), serão ainda construídas habitações e lojas de venda a retalho. Na sequência da proposta, que prevê um prazo de execução de cinco anos para as suas duas fases, a Avenida Engenheiro Pinheiro Braga (EN 14) será duplicada com duas faixas de rodagem para cada lado, e será construída uma ciclovia, também de cada lado da rua, passeios para peões e arborização. Está prevista ainda a criação de duas novas rotundas entre a rotunda de Santo António e a rotunda de acesso à Variante Nascente, em Gavião. Junto ao Palácio da Justiça vai nascer um novo arruamento de ligação entre a Av. Eng. Pinheiro Braga e a Rua 20 de Junho, de acesso à Escola Básica D. Maria II, e será construído um novo arruamento entre a Rua Gavião Real e a Rua de S. Vicente. Será renaturalizada a linha de água que atravessa a zona e que desagua no Ribeiro de Talvai, com reabilitação das margens ribeirinhas e criação de percursos pedestres. Ao todo, o principal promotor privado, que detém mais de 81 mil metros quadrados de terrenos no local, vai ceder para zona verde e arruamentos perto de 50 % dessa área, para além de ficar obrigado à execução das infraestruturas, como a requalificação da referida avenida. Famalicenses participativos A sessão pública, que contou com a participação de diversos líderes políticos, empresários da construção, arquitetos e autarcas locais, foi dirigida por Francisca Magalhães, diretora de Departamento de Ordenamento e Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Famalicão, que falou num prolongamento da cidade para norte, bem como na proteção dos espaços verdes. O projeto, assegurou, vai de encontro “a um desenvolvimento urbano harmonioso, uma articulação funcional, assegurar a justa repartição de benefícios e encargos pelos proprietários, bem como a integração das áreas afetas a espaços públicos e equipamentos”. Helena Andrade, arquiteta da empresa que adquiriu parte dos terrenos junto ao Palácio de Justiça, apresentou o projeto que contempla serviços, habitação, comér-

Sessão decorreu via Zoom, com elevada participação dos famalicenses

cio, mas também “a salvaguarda de área lisado. verde a ser salvaguardada no local vai de verde”. Por outro lado, referiram que a área encontro ao Plano Diretor Municipal. Foram muitos os famalicenses que acapub baram por intervir, nomeadamente António Cândido Oliveira, que se mostrou preocupado com a área comercial prevista para ali, o que admitiu “ver com muito maus olhos”. “Não me parece que esta zona enriqueça com uma superfície comercial. Não é por ser uma superfície comercial, nem por ser mais uma, mas é porque aquela zona tem todas as condições por ser excelente para habitação com qualidade”. Mas outros cidadãos participaram, mesmo por mensagens, e deixaram diversas preocupações em relação ao resultado final da intervenção. José Carvalho, morador na zona norte da cidade, foi um dos que interveio e deixou claro que está descontente com o projeto. “Fico preocupado com o facto de uma zona ser rotulada como corredor ecológico e quando somo as parcelas percebo que só 20% daquele espaço é que será dedicado a zona verde”. Para o morador o atravessamento da avenida “é um desporto radical” e com a carga adicional de comércio previsto para o local “vai tornar-se ainda mais desafiante”. “Vejo aqui uma solução vocacionada para o automóvel e do final do século XX”. Preocupações partilhadas por Sandra Pimenta, líder do PAN em Famalicão, que participou e descreveu “um aperto no peito por ver mais um espaço verde que é roubado à cidade com esta construção”. Para a líder do partido Pessoas, Animais e Natureza trata-se de dar prioridade, “mais uma vez”, a construção de grandes dimensões. Sobre estas e outras questões, tanto Francisca Magalhães como Helena Pereira garantiram que o projeto ainda vai ser reajustado, sendo que está prevista, por exemplo, a substituição de comércio por habitações, algo que está ainda a ser ana-


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opiniãopública: 12 de janeiro de 2022

Associação não desiste e quer o regresso das Hortas Urbanas ao Parque da Devesa

Famalicão em Transição avança com ação no tribunal contra obra do Citeve Cristina Azevedo Associação Famalicão em Transição (AFT) entrou com uma ação em tribunal contra a construção do novo edifício do Citeve nos antigos terrenos das hortas urbanas, no parque da Devesa. A AFT não desiste deste processo e, depois de ver rejeitada pelo tribunal a providência cautelar que interpôs contra o avanço da obra, avançou, no passado dia 16 de dezembro com uma ação principal no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Braga. A informação foi avançada, esta quinta-feira, ao final da tarde, em conferência de imprensa pela Famalicão em Transição, que entende que “o mal ambiental e ecológico que foi feito ainda pode ser corrigido”. Gil Pereira, um dos porta-voz da associação, referiu que é esta ação principal que vai “determinar a legalidade, ou não, da obra e a sua demolição”, considerando que a recusa por parte do tribunal da providência cautelar “não foi uma derrota, mas um entrave”. A ação popular que agora deu entrada no TAF assenta em sete considerandos, desde logo “interesses ambientais e ecológicos postos em causa pela

O novo edifício que vai albergar o CeNTI já está em fase avançada de construção

construção do edifício nas hortas urbanas”. A ação alega ainda a “violação da área verde classificada no Plano de Urbanização (PU) da Devesa” e a ausência de qualquer processo de revisão desse PU com o necessário processo de discussão pública. A AFT sustenta também que o

processo de pedido de licenciamento da obra decorreu “sem apresentação do necessário comprovativo de titularidade do terreno” e que o Citeve só apresentou a certidão do Registo Predial “já em cima do alvará de construção, o que é uma ilegalidade”. Por fim, a AFT contesta o ar-

gumento utilizado pela Câmara Municipal de que é possível licenciar uma ampliação de um edifício pré-existente ao PU. Ora, para a associação não se trata de uma ampliação, mas da construção de um edifício de raiz, e, por outro lado, alega que esse licenciamento “só seria possível caso não existisse um agrava-

Para pessoas com mobilidade reduzida

Já está disponível o acesso ao Centro de Saúde de Famalicão Esta semana ficou operacional o acesso à porta das instalações do Centro de Saúde de Famalicão, por parte dos familiares de utentes com mobilidade reduzida e dos utentes portadores de deficiência. A Câmara de Famalicão, em articulação com o Agrupamento de Centros de Saúde de Famalicão (ACES)l, cedeu espaço de estacionamento para os profissionais da infraestrutura, nas suas instalações situadas na proximidade da unidade, libertando assim a área existente para a circulação de viaturas, quer junto à entrada da Unidade de Famalicão I, quer junto à entrada da Unidade de Saúde Familiar Nova Estação, Alto da Vila, UCC D. Maria II (Unidade de Cuidados Continuados) e URAP – Unidade de Recursos Assistências Partilhados, todas

a funcionar no edifício situado na Avenida 25 de Abril. Na sexta-feira, dia 7 de janeiro, o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, e o diretor do ACES, Ivo Sá Machado, fizeram uma visita de trabalho ao local e mostraram-se satisfeitos pela forma como foram ultrapassadas as condicionantes que impediam o acesso dos utentes de mobilidade reduzida à entrada das instalações. “Foi feito o que tinha que ser feito e resolveu-se um problema”, disse o diretor do ACES, enaltecendo o empenho e disponibilidade da autarquia no processo. Já o presidente da Câmara lembrou que este “é um exemplo de uma pequena ação de enorme importância para as pessoas”.

mento da inserção urbanística, paisagística e ambiental, o que veio a acontecer com o desaparecimento das hortas”. A Famalicão em Transição reconhece que o processo judicial pode “levar algum tempo”, mas diz-se disposta a ir até ao fim. “O nosso entendimento é que o edifício deve ser demolido”, afirma Gil Pereira. No encontro com os jornalistas, que decorreu online, participou também a porta-voz do PAN de Famalicão, que se mostrou solidária com a causa da Associação. Sandra Pimenta lembrou que o seu partido sempre se manifestou contra a construção do edifício do CeNTI naquele local, defendendo que se encontrassem espaços alternativos. Por isso, manifestou “toda a disponibilidade” do PAN para colaborar com a associação neste processo. Recorde-se que o edifício, que já está em fase avançada de construção, vai albergar novas as instalações do Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CeNTI), que está abraços com falta de espaço para desenvolver os seus projetos, nas instalações que atualmente ocupa no Citeve.


opiniãopública: 12 de janeiro de 2022

Percursos, horários e tarifas dos transportes mantêm-se iguais

Transdev já opera no concelho

Boa parte dos veículos usados continuarão, por enquanto, com o aspeto visual da Arriva.

O serviço de transporte público rodoviário de passageiros em Famalicão mantém-se com os mesmos percursos, horários, tarifas e passes existentes, garantiu a Câmara de Famalicão. Depois de se ter verificado a cessação de serviços pela Arriva Portugal, o transporte de passageiros passou a ser assegurado pela Transdev, nos moldes habituais, na sequência do procedimento de contratação pública realizado pelo Município, enquanto Autoridade de Transportes, que permitiu garantir a continuidade do transporte público rodoviá-

rio de passageiros em Famalicão. Apesar da mudança do operador, uma boa parte dos veículos usados continuarão, por enquanto, até à colocação da nova imagem, com o aspeto visual da Arriva. O Passe Sénior e Passe Estudante continuam a funcionar nos moldes habituais. Já a linha urbana “Voltas” regressou no dia 3 de janeiro, ininterruptamente, entre as 7h30 e as 19h00 em dias úteis, com os mesmos percursos que tinha, ligando os vários serviços públicos de Famalicão através de uma rota circular

urbana. Os horário das carreiras operadas pela Transdev em Famalicão, estão disponíveis para consulta no portal do município em www.famalicao.pt, no separador “Residentes”, opção “Mobilidade”. “Sabemos o grau de importância deste serviço no quotidiano dos famalicenses e estamos sensíveis às suas preocupações” realça o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos. Em declarações ao OPINIÃO PÚBLICA, a administração da Transdev disse não ter muito a partilhar, mas garante que a transição correu genericamente bem, não havendo grandes novidades em termos operacionais ou que possam ter impacto para o utilizador. Outra das novidades apresentadas pela operadora é a campanha de recrutamento que está atualmente a desenvolver, focada na condução no feminino. Numa empresa em que 90% dos colaboradores são do sexo masculino, o objetivo é dar maior representatividade às mulheres num setor habitualmente associado aos homens. Entretanto, este ano marcará o arranque do projeto “Mobi.Ave”, onde Famalicão prevê investir 54 milhões de euros nos próximos oitos anos para garantir um eficiente serviço público de transportes rodoviários de passageiros no concelho, através de uma nova rede intermunicipal desenhada entre os municípios de Famalicão, Trofa e Santo Tirso.

FREGUESIAS

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Covid 19: Famalicão com 2.275 casos por 100 mil habitantes

A taxa de infeção por Covid 19 disparou no concelho de Famalicão, que registava, na última sexta-feira, uma taxa de incidência de 2.275 casos por 100 mil habitantes, segundo o boletim epidemiológico da Direção Geral da Saúde, que naquele dia atualizou os dados por concelho. Com o mapa do país pintado a vermelho escuro, Famalicão está no nível de risco extremo, à semelhança de quase todos os concelhos portugueses. Comparando com concelhos vizinhos, Famalicão nem é dos que tem mais infeções. Braga regista 3.737 casos por 100 mil habitantes, Barcelos tem 3.207, Guimarães aparece com 2.907 e trofa com 2.631. Santo Tirso regista 2.059 infeções. pub

Partido critica palno apresentado pela Câmara

PAN apresenta medidas de alteração ao projeto da área envolvente ao Tribunal A Comissão Política Concelhia do PAN Famalicão entregou um conjunto de medidas relativas ao projeto de urbanziação da área envolvente do Palácio da Justiça, apresentado na semana passada, projeto esse que o partido considera ser mais uma má decisão do executivo PSD/CDS. “Desde logo cumprenos lembrar que foram lançadas cinco consultas públicas com diferença de dias, com prazos reduzidos e especialmente num mês onde as pessoas naturalmente estão mais ausentes por força de período de férias ou prolongamento de feriados. É de lamentar que este executivo mantenha a tónica do anterior e dispense a opinião dos famalicenses em matérias tão pertinen-

tes como as que foram apresentadas.” refere Sandra Pimenta, porta-voz da concelhia e candidata do PAN à Assembleia da República pelo distrito de Braga. Sobre o projeto, o PAN critica. sobretudo, aquilo que diz ser a priorização da “construção e impermeabilização de solo verde, ao invés de investir na manutenção de espaços verdes ecológicos”. “Os espaços verdes estão a ser reduzidos drasticamente em toda a área envolvente da cidade”, afirma Sandra Pimenta, que discorda ainda da implementação de uma superfície comercial naquele local. “Iremos, inevitavelmente, assistir a um estrangular do pequeno comércio local, já de si fustigado pelo contexto sani-

tário dos últimos dois anos”, afirma. Para o PAN, o projeto tem um só objetivo que é a construção de infraestruturas com uma visão exclusivamente assente no fator económico, por isso, apresentou “um conjunto de medidas que considera fundamentais assumiremse com vista à salvaguarda, no máximo possível, de zonas ecologicamente equilibradas”, afirma a dirigente. O PAN lamenta ainda que o Município esteja a perder uma oportunidade “de se assumir como agente ativo na construção de habitação e posterior arrendamento a preços acessíveis, aumentando assim a oferta imobiliária aos jovens, famílias monoparentais e economicamente mais desfavorecidas”.


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CIDADE

opiniãopública: 12 de janeiro de 2022

Antigo líder do partido, Manuel Monteiro, é o mandatário

Três famalicenses na lista do CDS por Braga que é encabeçada por Areia de Carvalho O CDS-PP apresentou publicamente, na passada sexta-feira, a lista pelo Circulo Eleitoral de Braga às próximas eleições legislativas, que é encabeçada pelo advogado Areia de Carvalho, do concelho de Esposende, e que integra três famalicenses. São eles: Ana Raquel Carvalho, natural da freguesia de Criz, a terceira na lista; José Manuel Lopes, que ocupa o 7º lugar, e Filipa Freitas em 16º. A sessão decorreu no auditório do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, em Braga e contou com a presença do antigo líder do CDSPP, Manuel Monteiro, que desta forma quis dar o seu apoio público à candidatura do partido pelo círculo de Braga. Regressado à condição de militante do CDS-PP na liderança de Francisco Rodrigues dos Santos, Manuel Monteiro referiu que “o A apresentação pública da lista aconteceu na passada sexta-feira com a presença de Manuel Monteiro único voto útil é no CDS-PP”. E acrescentou: “O que está em República que impeça o país de mandatário político da candida- integridade. Sei do seu amor pacausa é saber se no dia 30 conse- continuar numa rota descendente. tura, partilhou rasgados elogios triótico. Tenho muito gosto e guimos ter o número de deputa- Essa é a grande questão”. ao cabeça de lista pelo distrito muita honra em dar um modesto dos suficientes na Assembleia da Manuel Monteiro, que é o Areia de Carvalho. “Conheço a sua contributo e uma modesta pala-

Visita ao Hospital de Famalicão

José Luís Carneiro apresentou prioridades para a saúde

Os candidatos socialistas reuniram com a administração do CHMA

O cabeça de lista do PS pelo círculo eleitoral de Braga, José Luís Carneiro, acompanhado pelos também candidatos Joaquim Barreto e Eduardo Oliveira, visitaram, esta quarta-feira, o Hospital Famalicão, que pertence ao Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA), no qual também se insere a Unidade de Santo Tirso. Na reunião com a Administração, os candidatos socialistas apresentaram algumas das prioridades para os próximos quatro anos para o setor da Saúde que constam das linhas gerais do Programa Eleitoral do PS. “Uma das nossas prioridades é uma boa governação e para consegui-la, no setor da Saúde, temos um conjunto de medidas que acreditamos que a tornarão possível. Criaremos a Direção Executiva do SNS com o papel de dirigir o SNS a nível central, coordenando a resposta assistencial das suas unidades de saúde, assegurando o seu funcionamento em rede e monitorizando o seu desempenho

e resposta” adiantou José Luís Carneiro. O candidato disse ainda que, caso vença as eleições, o PS vai “prosseguir o trabalho de revisão e generalização do modelo das unidades de saúde familiar, garantindo que elas cobrem 80% da população na próxima legislatura”. “Estamos certos de que esta cobertura evitará muitas idas às urgências hospitalares”, concluiu. Eduardo Oliveira, candidato famalicense a deputado e enfermeiro especialista em Saúde Materna e Obstétrica naquela Unidade, adiantou uma das medidas previstas para valorizar as carreiras dos enfermeiros: “vamos repor os pontos perdidos aquando da entrada na nova carreira de enfermagem.” Os candidatos visitaram ainda o Centro de Saúde de Famalicão, a Unidade Saúde Familiar S. Miguel-o-Anjo e a Unidade de Saúde Familiar de Ribeirão num roteiro dedicado à Saúde do concelho de Famalicão.

vra, mas forte, de apoio e de incentivo à candidatura do CDS-PP às próximas eleições legislativas de 30 de janeiro, a partir do distrito de Braga.” Desde as eleições legislativas de 2005 que o cabeça-de-lista do CDS por Braga não era originário do distrito. Um facto que levou Areia de Carvalho a reforçar o compromisso de ser “a voz do Minho no Parlamento”. “Queremos ser a voz que agrega, que une e que coloca os interesses do distrito de Braga à frente dos interesses particulares de qualquer partido”, adiantou Areia de Carvalho, confiante no seu regresso à Assembleia da República. E prometeu: “Vamos desempenhar um mandato de proximidade com os autarcas, com os empresários, com as associações, com as instituições de ensino superior e as mais diversas organizações da nossa sociedade. Queremos ser a voz do Minho no Parlamento, a voz que puxa pelos galões do nosso distrito.”

Museu da Indústria Têxtil

BE defende instalações “mais dignas” "O Museu da Indústria Têxtil necessita de instalações dignas, modernas e de um programa expositivo que faça justiça ao seu valioso património, que testemunha a história, porventura, da mais importante atividade económica do concelho de Famalicão e de toda a Bacia do Ave", afirmou o deputado do Bloco de esquerda (BE), José Maria Cardoso, cabeça de lista pelo distrito de Braga ás próximas eleições legislativas. Durante uma visita ao único museu têxtil do norte do país, localizado em Famalicão, a comitiva do BE, foi acompanhada pelo seu diretor, o professor e historiador José Manuel Cordeiro, que lamentou os condicionalismos que o atual edifício impõe ao desenvolvimento do trabalho do museu. Os candidatos do Bloco tiveram oportunidade de conhecer a riqueza deste museu, que guarda a história do trabalho, de dezenas de milhares de pessoas da sub-região do Ave e que, como referiu José Maria

Momento da visita ao Museu da Indústria Têxtil

Cardoso, "marcou os modos de vida, a atividade económica, a organização do território e a paisagem, mas também as lutas por melhores salários e condições", frisando que a indústria têxtil “foi responsável pelo crescimento urbano de várias cidades e vilas, nomeadamente de Famalicão". "E é porque o têxtil conta a história de mais de 150 anos desta subregião, que neste museu

não pode chover e que o seu espólio tem de ser mostrado em condições que possam orgulhar estas gentes e contribuir para afirmar a sua identidade, a identidade não só de Famalicão como de toda esta região", concluiu do cabeça de lista do BE. Além de José Maria Cardoso, a comitiva foi constituída por Alexandra Vieira e pela a candidata de Famalicão Raquel Azevedo.


opiniãopública: 12 de janeiro de 2022

CIDADE

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Deputado do PSD à Assembleia da República “presta contas” aos eleitores famalicenses

Jorge Paulo Oliveira satisfeito com trabalho realizado na AR Carla Alexandra Soares Jorge Paulo Oliveira está satisfeito com o trabalho desenvolvido como deputado na Assembleia da República (AR) nos últimos dois anos. Esta segunda-feira, dia 20 de janeiro, o deputado famalicense, que volta a fazer parte da lista do PSD pelo círculo eleitoral de Braga às legislativas de 30 de janeiro, chamou os jornalistas e fez um balanço do seu trabalho a que chamou “prestação de contas”. O deputado, que concorre em 5º lugar, apontou os diversos temas que trouxe à discussão na AR e, apesar da legislatura ter ficado a meio, fez um balanço positivo do trabalho desempenhado, que significa centenas de iniciativas parlamentares, entre 40 intervenções em plenário, projetos de Lei, Projetos de Resolução, apreciações, inquéritos, perguntas e requerimentos, nomeações como Relator, audiências e audições, votos de congratulação e sessões do Parlamento Jovem. “Prestar contas daquilo que foi o meu trabalho é a manifestação de respeito e consideração

Jorge Paulo Oliveira fez o balanço no Mercado Municipal

devida a todos quantos me confiaram um mandato de representação”, sublinhou Jorge Paulo Oliveira, que deu, assim, o pontapé de saída da campanha eleitoral em Famalicão. Consciente da importância de

um papel interventivo da parte dos deputados, o famalicense está convicto que a “denúncia, reclamação, interpelação e persistência” junto do Governo tenha surtido efeito em algumas matérias. “Nós podemos, de

Oito alunos da Artis apurados para festival em Berlim Oito alunos da ARTIS - Academia de Bailado de Famalicão foram apurados para as finais do Tanzolym, em Berlim, um dos mais prestigiados concursos de dança a nível mundial. Os alunos Ana Roberta Fonseca, Lara Vilaça, Sabrina Mora, Sara Rodrigues, Sofia Azevedo, Inês Morais, Duarte Mellot e João Silva, com idades entre 10 e 20 anos, vão competir já no próximo mês de fevereiro naquela cidade alemã, nas categorias de Ballet Clássico e Dança Contemporânea.

facto, contribuir para que alguns problemas sejam resolvidos. Pelo menos aquela questão está sinalizada, pelo menos despertamos a atenção do Governo para a necessidade de se encontrar uma solução”. A propósito, refere pastas como a da beneficiação da Estrada Nacional 14, que, na sua opinião, não teriam tido os avanços dos últimos anos “se não a tivéssemos mantido na ordem do dia”. Mas destacou também o que, apesar de ser abordado por si, nunca se chegou a resolver. Jorge Paulo Oliveira refere que “o que este Governo fez foi pouco, muito pouco”. O deputado destaca, por exemplo, as más condições do posto da GNR de Famalicão, a não construção de um novo quartel da GNR de Riba d’Ave, bem como a não criação de instâncias cível e criminal no Tribunal de Famalicão, a não inclusão de Famalicão na

lista de territórios de implementação de projetos-piloto previstos no estatuto do cuidador informal. “Foi pouco, muito pouco, o que a Administração Central fez em Vila Nova de Famalicão dentro daquilo que são as responsabilidades do Estado”, referiu Jorge Paulo Oliveira, enunciando as obras que só avançaram pela disponibilidade da Câmara Municipal, desde logo, a beneficiação da Estrada Nacional 14, onde o município assumiu parte do investimento, ou a Loja do Cidadão, onde assumiu 80% dos custos globais”. “Verdadeiramente feito por este Governo temos a Avenida 9 de Julho, a rotunda na Estrada Nacional 206 e uma pequena parte da Estrada Nacional 14”. No que diz respeito ao futuro, o deputado famalicense quer continuar a insistir nas acessibilidades e irá trazer à discussão a necessidade de uma alternativa à Ponte da Lagoncinha. Por outro lado, garante que vai insistir nas questões que não foram tratadas e que considera ser “muito importantes para o concelho”. O deputado compromete-se a continuar a trabalhar com os dois pés em Famalicão e estar próximo dos seus concidadãos. Por outro lado, garante que, se for eleito a 30 de janeiro, vai continuar a dar voz aos anseios dos famalicenses, e trabalhar sempre em articulação com as instituições, agentes, autarcas empreendedores e empresários. De resto, numa altura em que se recandidata a deputado, Jorge Paulo Oliveira interpreta a escolha do partido como um “reconhecimento do trabalho desenvolvido nos últimos dois anos”. Sendo eleito, garante que irá desempenhar o cargo “com o mesmo espírito de disponibilidade, alegria e honra”. pub


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opiniãopública: 12 de janeiro de 2022

Escritora Elzira Sá Queiroga visita Associação de Moradores das Lameiras

No passado dia 5 de janeiro, a Associação de Moradores das Lameiras (AML) recebeu a visita da escritora famalicense Elzira Sá Queiroga, autora do livro “À Mesa com Camilo”. Como a própria fez questão de referir na sua dedicatória é sempre bom regressar ao local onde “cresci, aprendi, partilhei, vivi”, e onde iniciou o seu caminho. Para o presidente da direção da AML, Jorge Faria, “a Elzira é um elemento da família Lameiras, pois nasceu e cresceu no edifício, mantendo ainda as suas raízes familiares cá”. Salientou, também, que “é um orgulho enorme para todos os moradores do edifício ver outros moradores terem sucesso nas mais variadas áreas”, no caso como escritora. Jorge Faria aproveitou o momento para agradecer o livro redigido pela escritora, que transporta os leitores às tertúlias e experiências de Camilo Castelo Branco, na sua época, onde se dissertava sobre gastronomia, vinhos a as mais variadas experiências gustativas.

Cinema regressa à Casa das Artes com “Benedetta”

Com a participação especial do Coro da Arteduca

Rodrigo Leão apresenta “A Estranha Beleza da Vida” na Casa das Artes

Rodrigo Leão e a sua bandam atuam este sábado

O músico e compositor português Rodrigo Leão vem este sábado, 15 de janeiro, à Casa das Artes de Famalicão apresentar o espetáculo “A Estranha Beleza da Vida”. Este espetáculo, em que Rodrigo Leão se apresenta como Rodrigo Leão cinema project, reúne repertório dos três discos editados em 2020 e 2021 (O Método, Avis 2020 e A Estranha Beleza da Vida), assim como uma seleção de temas clássicos do compositor. É, por isso, bastante eclético, com uma grande abrangência de estilos musicais que vão do neoclássico à valsa. Em palco, Rodrigo Leão (sintetizador e piano e coros) é acompanhado pela sua banda habitual: Ângela Silva (voz, sintetizador e metalofone), Viviena Tupikova (Voz, violino e piano), Carlos Tony

das Artes de Famalicão, numa coprodução com a ACAFADO - Associação Cultural & Artística Famalicão Fado. Deste modo, todos os meses haverá uma noite de Fado, em que além de receber fadistas consagrados, será dada a oportunidade a novos intérpretes, músicos e até compositores. Neste mês de janeiro, a iniciativa está marcada para esta quinta-feira, dia 13, às 21h30, com as fadistas Matilde Cardona e Luísa Vilas Boas, acompanhadas por João Martins na guitarra portuguesa, João Araújo na viola de fado e Filipe Fernandes na viola baixo. A entrada custa três euros, reNoite de fado no Café-concerto duzindo para metade para estuO Fado também está de re- dantes e portadores do Cartão gresso ao Café-concerto da Casa Quadrilátero Cultural. Gomes (violoncelo) e João Eleutério (guitarra, baixo, sintetizador, percussão, harmónio indiano e coros). Juntar-se-á à banda o Coro da Arteduca interpretando, entre outros, as partes corais gravadas no álbum “O Método”. São ainda de realçar as imagens projetadas em vídeo no palco da autoria de Gonçalo Santos que integram desenhos da autoria do próprio Rodrigo Leão. O espetáculo está marcado para as 21h30, no Grade Auditório, e a entrada custa 20 euros, sendo que seniores, estudante se portadores do cartão Quadrilátero Cultural pagam 10 euros.

Candidaturas abertas para o Prémio de História Alberto Sampaio

O cinema está de regresso à Casa das Artes de Famalicão esta quinta-feira. O Cineclube de Joane exibe, pelas 21h45, o filme “Benedetta”, de Paul Verhoeven. A ação passa-se em Itália, no final do século XVII. “Benedetta” traça o retrato de uma freira católica que tem visões eróticas e religiosas perturbadoras, a irmã Benedetta Carlini. Desde muito nova, Benedetta possui o dom de fazer milagres, e quando se muda para um convento em Pescia (Toscana), isso tem um enorme impacto na comunidade. Entretanto, acolhe Bartolomea, uma jovem que lhe implora abrigo e proteção, e as duas tornam-se muito próximas, crescendo entre elas um romance ardente… Este novo filme de Paul Verhoeven teve a sua estreia mundial na secção competitiva da 74ª edição do Festival de Cannes. refira-se que para assistir ao filme é necessário a apresentação de certificado de vacinação ou de teste negativo, no âmbito das regras de prevenção à Covid19.

Sampaio, destinado a homenagear e a manter viva a pessoa e a obra do historiador, promovendo o desenvolvimento dos estudos científicos e investigação nas áreas ligadas ao seu legado, em especial nas disciplinas da História Social e Económica. Os trabalhos concorrentes deverão ser enviados para a Academia das Ciências de Lisboa até 31 de maio de 2022, e podem resultar ou ter por base trabalhos académicos, nomeadamente dissertações de mestrado ou teses de doutoramento, desde que respeitem o Regulamento, que pode ser pode ser consultado no site da Academia de Ciências. O prémio, no valor monetário de 6 mil euros, é atribuído anualmente, por um júri, constituído por académicos de universidades portuguesas designados pela Academia das Ciências de Lisboa Refira-se que o Prémio História Alberto Sampaio é uma instituição conjunta dos Municípios de Braga, Guimarães e Famalicão e da Sociedade Martins Sarmento, competindo à Academia das Já está a decorrer o período de candidaturas a Ciências de Lisboa a organização e a direção mais uma edição do Prémio de História Alberto científica do prémio.


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CIDADE

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O Chef executivo da equipa A do FC Porto sucede a Lígia

Álvaro Costa é o novo Chef residente da Cozinha Experimental da Praça Álvaro Costa, famalicense nascido na freguesia de Pousada de Saramagos e atualmente Chef executivo da equipa A do FC Porto, é o próximo Chef residente da Cozinha experimental da Praça – Mercado Municipal de Famalicão, sucedendo a Lígia Santos. A apresentação do novo Chef acontece no próximo sábado, 15 de janeiro, pelas 15h00, com Álvaro Costa a preparar um “showcooking” de Coelho na Abóbora. A iniciativa será transmitida em direto através das redes sociais do Facebook da Praça e do Município de Famalicão. A acompanhar Álvaro Costa estarão os chefs Lígia Santos e Renato Cunha. Refira-se que o espaço de Cozinha Experimental pretende ser um lugar de experimentação e aprendizagem, que valorize a missão do Mercado Municipal, não só como um espaço de negócios, mas também como um local de sociabilização. Assim, foi criado o pro-

grama “Chef Residente” que consiste numa colaboração ao longo de um ano com um Chef da região, que fará o acompanhamento e consultoria na programação anual do Mercado. Ele e será o principal rosto do programa de animação e o curador do Mercado Municipal. Depois da Chef Lígia Santos ter sido a primeira profissional reponsável pela dinamização da cozinha experimental, segue-se agora o Chef Álvaro Costa em 2022 e em 20233 o Chef Renato Cunha. Assumindo-se como cozinheiro, enófilo e gastrónomo, Álvaro Costa é também apreciador de música, viagens e da gastronomia Nacional Portuguesa, e é apaixonado pela comunicação. Desenvolveu funções em hotéis e restaurantes como cozinheiro nos Le Méridien Porto, Sheraton Porto, Cala Rossa (Córsega), Le Kilina Hotel & Relais Villas (Córsega), e mais tarde como

Chef Executivo na República da Cerveja e Café Bogani (Gaia), Pestana Porto, Pestana Porto Santo, Palácio do Freixo, Hotéis do Boim Jesus, Hotel NH Colection Porto e Porto Palácio Hotel. Como docente, lecionou história da gastronomia na Escola de Turismo e Telecomunicações de Seia, história da gastronomia no ISLA e Universidade Lusófona, e Cozinha na Universidade Portucalense. Neste momento, leciona como formador externo na Escola de Hotelaria e Turismo de Viana do Castelo, Enogastronomia, Tecnologia de matéria-prima, entre outros módulos técnicos. Foi orador, em inúmeros eventos, participou como cozinheiro de demonstração convidado no Fórum de Girona 2008, em várias edições do Porto Wine Fest, Vinho Verde Wine Fest, 12 em Rede das Aldeias Históricas de Portugal, Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas, Jerusalém Portuguese Week.

A apresentação decorre no próximo sábado pub

Câmara lança primeiro Boletim Municipal do mandato

A Câmara de Famalicão que acaba de dar à estampa uma nova edição do Boletim Municipal, a primeira de 2022 e a primeira do mandato do presidente da autarquia, Mário Passos. A constituição do novo executivo municipal, que tomou posse no passado mês de outubro, é o grande destaque da revista, que dá a conhecer ao longo de seis páginas a nova vereação e os membros da Assembleia Municipal. O Boletim apresenta ainda as prioridades deste executivo, nomeadamente nas áreas do ambiente e da sustentabilidade, na defesa dos animais e no apoio às famílias. A concretização de uma Smart City, o desporto e o desenvolvimento das freguesias são outras das áreas em destaque.

No editorial, Mário Passos refere que “o concelho de Vila Nova de Famalicão é uma obra em permanente construção, em que é importante manter o rumo estabelecido sem abalar a estrutura dos alicerces. Continuar e concluir os projetos iniciados, sem deixar ninguém pelo caminho. Lançar novas ideias, aproveitando os frutos colhidos.” “É isso que procuramos fazer diariamente com o nosso trabalho, lançando as sementes do futuro”, conclui o autarca. Com uma tiragem de 25 mil exemplares, o Boletim Municipal começou a ser distribuído a semana passada por todo o concelho. A sua consulta também pode ser efetuada através do portal oficial do município em www.famalicao.pt.


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CIDADE / FREGUESIAS

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Programa municipal de apoio a projetos culturais vai na 7ª edição

“Programar em Rede” já tem candidaturas abertas

O Belita Supermercados está em processo de recrutamento para:

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ou envie currículo para belita.supermercados@gmail.com comerciante do ramo de cafetaria, de 57 anos, procura: SENHORA ENTRE OS 45 E OS 55 ANOS

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Arrancou o período de candidaturas ao “Programar em Rede”, programa promovido pela Câmara de Famalicão, que visa apoiar a execução de um projeto cultural que seja promovido em conjunto por duas ou mais associações e instituições do concelho. O apoio municipal pode ir até aos 10 mil euros e as propostas para esta 7ª edição de iniciativa podem ser submetidas até dia 31 de julho. Este programa destina-se a entidades com atividade no domínio cultural que tenham sede no concelho famalicense ou que promovam atividades de interesse municipal e que sejam pessoas coletivas legalmente constituídas, sem fins lucrativos.

A candidatura pode ser feita através do preenchimento da ficha de inscrição que se encontra disponível no site do Município, devendo esta ser remetida para o endereço eletrónico cultura@famalicao.pt. Os projetos recebidos serão apresentados e votados na reunião do Conselho Municipal de Cultura, que decorre no último trimestre do ano, pelos parceiros culturais que integram este órgão. Nesta sessão será selecionado um projeto vencedor, que será executado entre 1 de janeiro e 30 de julho de 2023. O Programa em Rede foi lançado pela autarquia famalicense em 2016, através do Conselho Municipal de Cultura, e tem como

objetivo envolver vários agentes culturais do concelho na concretização de um evento que se diferencie pela inovação e criatividade, pela capacidade de articulação de meios, pela mobilização e atração de público e pela descentralização da atividade cultural. Refira-se que a proposta vencedora, da última edição, 2021/2022, foi “Obras Sobrepostas”, sob a alçada do Instituto Nacional de Artes do Circo (INAC), um projeto que será implementado este ano, desenvolvido em parceria com a Fundação Cupertino de Miranda e a APPACDM – Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão de Famalicão.

ACIP promove curso de doçaria tradicional portuguesa pub

A Associação de Intervenção Psicossocial (ACIP), com sede em Joane, tem abertas inscrições para um curso de Doçaria Tradicional Portuguesa, destinado a empregados e desempregados, com o 9º ano de escolaridade mínima.

O curso tem início no próximo mês de fevereiro, no Centro de Formação de Bufe, e os interessados podem inscrever-se na ACIP, através do telefone 252313892 ou do email formacao@acip.com.pt.

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Café Águia volta a abrir portas com espaço renovado

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Renovado, acolhedor, moderno e descontraído, assim é o novo Café Águia. O espaço, localizado na Rua da Liberdade, freguesia de Mogege, voltou a abrir portas na passada semana, a 6 de janeiro. Agora com uma nova gerência, o Café Águia oferece aos clientes refeições rápidas de qualidade. Lá poderá provar vários pratos típicos de snack-bar como é o caso das francesinhas e cachorros. As grandes novidades apresentadas este ano são as noites temáticas aos fins de semana. A gerência promete noites de confraternização, descontração e, sobretudo, muita diversão. Para saber mais basta seguir a página Facebook do Café Águia onde encontrará mais informação sobre a programação.


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Falecimentos António Fernando Pinto, no dia 3 de janeiro, com 83 anos, casado com maria Albertina Jesus Ferreira, de Vila das Aves (Santo Tirso). Henrique Fernando Adães Almeida, no dia 5 de janeiro, com 68 anos, casado com Maria da Silva Azevedo Almeida, de Burgães (Santo Tirso). Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325

José Ferreira Barbosa, no dia 3 de janeiro, com 87 anos, casado com Maria de Lurdes da Rocha Correia, de Santo Tirso. Camila Pinheiro Alves da Silva, no dia 3 de janeiro, com 82 anos, casada com Manuel Simões Ferreira, de Avidos. Avelino Mendes Fernandes, no dia 5 de janeiro, com 97 anos, viúvo de Maria Rocha da Silva, de Requião. Manuel Marques Carvalho, no dia 7 de janeiro, com 71 anos, viúva de Maria de Lurdes Ferreira Moreira, de Esmeriz.

Almerinda Ferreira Barbosa, no dia 1 de janeiro, com 98 anos, de Arnoso Santa Eulália. Guilherme Carvalho Pereira, no dia 1 de janeiro, com 76 anos, solteiro, de Gavião. Lino Cunha Araújo Campos, no dia 8 de janeiro, com 88 anos, viúvo, do Louro.

JOSÉ PEDRO COSTA SEARA

Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594

Agência Funerária Arnoso - José Daniel Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 91 724 67 03

Abel da Silva Cascão, no dia 6 de janeiro, com 73 anos, casado com Maria Alice da Silva Fonseca, de S. Martinho de Bougado (Trofa).

José da Cunha e Costa, no dia 6 de janeiro, com 74 anos, casado com Maria Olívia Oliveira da Silva, de S. Martinho de Bougado (Trofa).

Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727

A família vem por este meio comunicar às pessoas de suas relações e amizade, que a missa do 10º aniversário de falecimento será celebrada sábado, dia 15 de Janeiro pelas 16:30 Horas no Mosteiro Francisco Assis, Cruz de Pêlo de Vale S. Martinho. Igualmente aqui deixam o seu agradecimento a todos aqueles que participarem neste piedoso ato, pelo seu eterno descanso.

Vale S. Martinho, 12 de Janeiro de 2022 Desde já, antecipadamente agradece A Família

Joaquim Pereira Machado, no dia 9 de janeiro, com 85 anos, casado com Maria Alice Carneiro Araújo, de Delães.

Teresa Martins Faria, no dia 9 de janeiro, com 82 anos, casado com José Maria Ferreira da Costa, de Sezures.

Maria de Lurdes da Costa Gomes, no dia 7 de janeiro, com 85 anos, casada com Adélio de Sousa Lima, de S. Martinho de Bougado (Trofa).

Missa de 10º Aniversário de Falecimento

Fernando Tinoco Machado da Silva, no dia 7 de janeiro, com 77 anos, casado com Rosa Maria de Jesus Ribeiro, de Antas.

Gracinda da Cruz Araújo, no dia 30 de dezembro, com 77 anos, casada com Joaquim da Silva Ribeiro, de Santiago da Cruz. Manuel Vieira de Carvalho, no dia 5 de janeiro, com 71 anos, viúvo de Deolinda da Silva Ferreira Carvalho, de Vermoim. Agência Funerária das Quintães Vale S. Cosme – Tel.: 252 911 290

António de Azevedo e Silva, no dia 6 de janeiro, com 92 anos, viúvo de Ana Alice Santos Mariz, de Lousado. Domingo Silva Pinto, no dia 7 de janeiro, com 78 anos, casado com Maria Isabel Azevedo Silva Reis, de Ribeirão. Joaquim Dias da Costa Campos, no dia 7 de janeiro, com 83 anos, casado com Alexandrina da Costa Campos, de Bougado Santiago (Trofa). Maria Aldina de Jesus Soares, no dia 9 de janeiro, com 79 anos, viúva de Armando Veiga Barroso, de Ribeirão. Cândido Augusto Ferrer Oliveira Dias, no dia 9 de janeiro, com 89 anos, viúvo de Maria de Lurdes Oliveira e Sá Dias, de Ribeirão. Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433


opiniãopública: 12 de janeiro de 2022

Bairro

IL diz que Estatuto da Oposição não está a ser cumprido em Antas e Abade de Vermoim

Albina da Silva Guimarães

Missa do 20º Aniversário de Falecimento

A gerência vem, por este meio, comunicar a missa do 20º aniversário de falecimento da mãe do Sócio-gerente, Sr. Carlos Maia, que será realizada domingo, dia 16 de Janeiro, pelas 11h30, na Igreja Paroquial de Bairro. Desde já seu profundo reconhecimento a quantos se dignarem assistir a este acto religioso. A Gerência

Bairro

Albina da Silva Guimarães

(Esposa do Sr. Joaquim Maia)

Missa do 20º Aniversário de Falecimento A Família vem, por este meio, comunicar a missa do 20º aniversário de falecimento da sua ente querida, que será realizada domingo, dia 16 de Janeiro, pelas 11h30, na Igreja Paroquial de Bairro. Desde já seu profundo reconhecimento a quantos se dignarem assistir a este acto religioso. Bairro, 12 de Janeiro de 2022

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A propósito da elaboração do Plano e Orçamento para 2002

Peúgas Carlos Maia (CM Socks)

Bairro, 12 de Janeiro de 2022

FREGUESIAS

A Família

A Iniciativa Liberal (IL) veio, esta quinta-feira, em comunicado, acusar os órgãos autárquico da União de Freguesias de Antas e Abade Vermoim de não cumprirem o Estatuto do Direito da Oposição. Em causa está a elaboração do Plano e Orçamento da Junta daquela união de freguesias para 2022. A IL diz que a lei em questão, a norma nº24/98 de 26 de maio, assegura o direito das minorias e dos partidos de oposição a serem ouvidos e consultados antes da apresentação de um Orçamento (artigo 5º), “o que não aconteceu”. Sandra Costa, eleita da Iniciativa Liberal na Assembleia de Freguesia (AF), afirma que nunca foi consultada para esse efeito e, nesse sentido, formalizou o seu protesto, na sessão da AF, realizada no passado dia 29 de dezembro, ficando este anexado em ata da reunião da discussão do Orçamento. Pela mesma razão a IL votou contra o Orçamento, “uma vez que nem foi permitido ao partido, recentemente eleito, apresentar as suas propostas para o próximo ano, o que constitui em si uma ofensa aos princípios mais basilares da Democracia, e da própria Lei”, afirma a eleita.

O Plano e Orçamento da Junta foi votado pela Assembleia de Freguesia a 29 de dezembro

o presidente da Junta da UF de Antas e Abade Vermoim, Manuel Alves, reconhece que não pediu contributos à oposição, quer ao PS, quer à IL, mas também salienta que nenhuma destas forças políticas lhe apresentou qualquer proposta. “Não fizeram chegar à Junta qualquer proposta ou ideia para o Orçamento”, afirma. De qualquer forma, Manuel Alves adianta que incluiu no documento algumas obras que faziam parte do programa eleitoral da IL. Junta rejeita acusações Contatado pelo OPINIÃO PÚBLICA, “Penso que a eleita da IL não tem

razão de queixa porque conseguimos encaixar algumas daquelas que eram suas promessas eleitorais”, diz Manuel Alves que, por esse motivo, estranha o voto contra. “No fundo, acabaram por votar contra aquilo que prometeram aos eleitores”, acrescenta. O autarca dá como exemplo a obra de melhoramentos no parque de jogos do Pinheiral, que fazia parte do programa eleitoral dos liberais e que a Junta incluiu no Orçamento para 2002. C.A.

Didáxis vence concurso de fotografia da Águas do Norte A Didáxis de Riba d’Ave é uma das escolas vencedoras do Concurso de Fotografia “Aproveitar +”, promovido pela empresa Águas do Norte e cujos resultados foram divulgados na passada quintafeira. A fotografia submetida pelo 12º ano do Curso Técnico de Geriatria da Didáxis foi a vencedora na categoria de ensino secundário. No total, foram submetidas ao “Aproveitar +” 221 fotografias de escolas localizadas na maioria dos municípios que integram os sistemas de abastecimento de água da Águas do Norte, desde o ensino pré-escolar até ao secundário. A Didáxis foi a única escola do concelho de Famalicão premiada. Os prémios serão entregues em sessões presen- las premiadas e com a presença de cada uma das ciais, que deverão ocorrer oportunamente nas esco- turmas vencedoras.

Paróquia de Brufe promove ação de formação sobre o Sínodo A paróquia de Brufe vai promover, no próximo dia 18 de janeiro, na cripta da igreja paroquial, uma ação de formação sobre do Sínodo e como o mesmo se vai desenvolver na paróquia. O encontro terá lugar pelas

21h15 e vem na sequência do desfio feito aos fiéis pelo Papa Francisco de participar no Sínodo e dar contributos no discernimento do caminho da Igreja. Em comunicado, o pároco de

Brufe, padre Francisco Carreira, recorda que “há muito que se fala em renovação paroquial” e que esta é “mais uma oportunidade para o fazer”, apelando à participação e contributos de todos os paroquianos.


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PRAÇA PÚBLICA opiniãopública: 12 de janeiro de 2022

Chão Autárquico Vieira Pinto

Uma vitória do racional O Vasco, caminhava, num dia chuvoso e frio, com o seu guarda-chuva, debaixo do qual abrigava Carolina, sua amiga de caminhada. Então dizia, ele para a Carolina: Sabes? – O Reino do Céus é semelhante a este guardachuva aberto, para nos defendermos da intempérie que traz a chuva, o frio e o vento, neste inverno agreste e tempestuoso. - Ao que Carolina respondeu: - Pois, como também sabes? - a chuva é poder de vida. É o sangue essencial para que a terra, árida e sequiosa, possa manter as correntes profundas que vão circulando no seu interior, gerando o freático da terra produtiva, para alimentar todo o homem. De resto, assim é, porquanto, o sabemos e expe-

rimentamos, quando movidos pela sede, nos sentamos agradecidos, consolados e confortados, como o veado que caminhando no deserto, anseia e encontra as águas vivas para se saciar e descansar. -E, em tom monocórdico, dizia o Vasco; - Na verdade, sem a chuva, a terra tornava-se árida, inóspita, sem vida e sem esperança. Porém, não é apenas a chuva rigorosa e fria e, o vento que desmancha o barracão, onde dorme o homem pobre que, impede este, de viver e de lutar por uma vida melhor, quando tem como ancora a esperança. Carolina, diz também: - Olha, o Reino dos Céus é ainda semelhante ao fogo que o trabalhador ascende para se aquecer e refugiar-se do frio, quando o vento norte sopra pub

gélido e forte, com a terra a levantar dentes de velha, com o rigor do gelo. E, com toda esta intempérie, o trabalhador é obrigado a prosseguir as suas tarefas agrícolas. Mas, quando pode, logo se refugia na lareira do seu abrigo, aquecendo o corpo, encantando seus olhos e regalando seus ouvidos, com as chamas cambiantes de variadas cores. Ele sabe e sente o vento que sopra lá fora, e, lhe desmancha o frágil barracão, perante a força da natureza. Por fim, diz, ainda, o Vasco: - Olha, o Reino dos Céus, será ainda semelhante àquele homem que transportando um carro de lenha, encontra um vizinho com uma masseira de pão, bem cozido, com uma côdea que ri, com pequenas fissuras. O homem da lenha, olhou para o pão e desejou comer. E, o homem do pão, olhou para a lenha e sonhou comer o pão aquecido pela lenha. Ambos se olharam, mas as suas bocas não brotaram uma palavra, nem um gesto de partilha. Desalentados, seguiram seu caminho. Naquela noite, o homem do pão morre de frio e, o homem da lenha morre de fome. Ora, perante isto, pergunta, alguém, a Rabi Samuel: Explica-nos as parábolas do guarda – chuva, do fogo e do pão sem lenha, e da lenha sem pão. – É simples, diz: - O homem não tem poder para mudar as forças da natureza. Isso, é com o Criador! Não pode mexer nas fontes das chuvas nem dos rios. Pode, isso, sim minorar os efeitos mais penosos da natureza. O guarda-chuva e o frio, são disso, acabado exemplo. O certo é que o homem da lenha e o homem do pão fragilizaram no espírito da partilha, tal como no compromisso de solidariedade, como fizeram o Vasco e a Carolina, partilhando ambos o mesmo guarda-chuva, no seu caminhar.

PRECISA-SE

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opiniãopública: 12 de janeiro de 2022 PRAÇA PÚBLICA

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Diário famalicense António Cândido Oliveira

Cuidemos da cidade! A participação dos cidadãos em matéria de urbanismo não se justifica pelos conhecimentos que estes têm sobre esta matéria tão complexa, mas porque o urbanismo e as operações urbanísticas não se fazem para os particulares que as promovem mas para os cidadãos que as vão usufruir. Daí a exigência constitucional e legal da participação dos cidadãos na discussão destes assuntos. O problema é que não se leva a sério estas discussões públicas o que é de lamentar. Tomemos em consideração um exemplo concreto. Se fosse levada a sério a discussão pública da urbanização da Quinta da Família Machado Guimarães

(zona envolvente do Tribunal) seria um importante acontecimento noticioso pela sua extensão e excelente localização. Vejam-se as questões que poderiam e deveriam ser devidamente debatidas inclusive na imprensa local: 1) Será que, naquela zona o que mais falta faz é mais uma superfície comercial (ainda por cima com as características que elas tem que mais não são que um armazém com quatro paredes, tecto e estacionamento ao ar livre ocupando terreno que bem merecia mais respeito, pois deu pão a muita gente durante muitos séculos)? 2) Será que são o comércio e serviços que devem ter priori-

dade e não a habitação que tanta falta faz para o desenvolvimento da cidade? 3) E vamos perder a oportunidade há muito tempo prometida de ter um parque verde, prolongando o Parque de Sinçães? Não haverá arrojo político para fazer ali o Parque Norte? 4) E a circulação de peões e ciclistas será devidamente acautelada, aumentando a segurança de todos os que ali andam? 5) Está devidamente acaute-

O problema é que não se leva a sério estas discussões públicas o que é de lamentar.

Pelos quatro cantos da ca(u)sa

soais. O interesse destas foi evidente na sessão organizada via zoom no dia 5 de janeiro de 2022 pelo Departamento de Urbanismo da Câmara Municipal com a participação de cerca de 70 pessoas. O que seria necessário era envolver ainda mais pessoas, haver um período mais largo para debate (com uma sessão presencial e visita ao local) e divulgar bem na imprensa local e na página do município informação não técnica que permitisse ver bem o que está em causa naquele local. Vamos ficar, porém, com pouca discussão pública, com aquilo que se pode chamar um mero cumprimento de formalidades legais. Assim não!

Opinião Liberal

Domingos Peixoto

Paulo Lopes

Novo ano, novo rumo Passou-se uma semana que incluiu a passagem de ano e muita coisa aconteceu, pelo que, por isso, há “pano para mangas” nas novidades… E, não sendo novo, acontece já no dia 5 uma espécie de debate sobre a intervenção urbanística preparada para a zona sul adjacente ao Palácio da Justiça. Tal realização “impede-me de ir às novidades”, pelo menos de forma alargada já que, como disse na crónica anterior, tinha outro “pensamento” para abordar que, de algum modo, se prendia com aquele. E por que já abordei aqueloutro tema a poente do Bairro de S. Vicente, não posso deixar passar a oportunidade de me reafirmar atento aos problemas da terra sem, no entanto, neles intervir diretamente. Ora, a minha perspetiva é a seguinte, aliás já explanada em anterior discernimento, mas quero precisar: prendese com os acessos à Escola D. Maria II em Gavião. O trânsito que dá ao portão principal da escola, se não inverter a marcha, o que é sempre complicado, encaminha-se por uma acentuada rampa que dá para um terreno que, depois de se passar por muita gravilha, terra solta, rochas à superfície, possas de água tudo com muita irregularidade, ou volta para a rua da Devesa do Picoto ou acede à estreita rua 28 de Setembro que, por sua vez conduz à rua do Picoto de onde se deriva, com alguma dificuldade, para além de outras também à av. do Brasil! É precisamente aqui que está o “busílis” da questão. Ali, a nascente de uma grande superfície comercial, existem e estão a nascer outras urbanizações de luxo; as primeiras em moradias individuais, as segundas em propriedade horizontal, tipo condomínios de luxo. Aliás, neste último caso, os acessos públicos estiveram vedados até há dias. Porém, quem ali aceder tem de voltar pelo mesmo caminho. Então, se calcorrear à face da D. Maria II, a partir da citada rampa até ficar a norte dos 2 blocos luxuosos verifica que está ali a cerca de 100m ou menos! Tudo muito simples, pouco honorável

lada em termos contratuais a realização das infraestruturas, das edificações e do parque verde de modo que não se possa dizer, como se ouve dizer, que tudo isto está feito para implantar o LIDL e o resto será sem prazo? Se assim for, é melhor deixar estar como está. A discussão pública devidamente organizada permitiria tratar estas e outras questões, com envolvimento de muitas pes-

para os cofres municipais se, e só se, no ato das propostas se olhasse para os interesses coletivos públicos, nomeadamente os das comunidades escolares que “tão ufanamente dizemos querer acautelar e desenvolver”… Uma rua que desinclinasse a rampa, cruzasse a Francisco Azevedo da Costa e seguisse através da João Nepomuceno. Bem sei que são mais importantes os condomínios fechados e de luxo, se não, até se acederia à rua da Ribeira e à trav. de Vilar! Mais concretamente por que se prende com o focado a semana passada? Pois, contornando o Parque da Cidade, onde já estão propagandeadas construções de luxo, com os “investimentos públicos por ali disponíveis”, teríamos propostas municipais para “impor” acessos a condizer a partir da av. Brasil, rua Fernando Mesquita até à pequena rotunda junto à Igreja de Antas, seguindo dali para a Variante Nascente ou para a av. dos Descobrimentos retirando trânsito ao saturado centro da cidade. Outros projetos e outros interesses que em nada me dizem respeito… PS: Fosse eu uma personalidade e tudo tentaria para estar na lista dos “visionários independentes” signatários da “Petição por uma nova coligação de esquerda” para o novo governo a sair das eleições de 30 de janeiro. Assim, dada a irrelevância cívica e partidária, fico-me pela minha moral, cristandade e julgo que bom senso, de não ser tão “cristão” quanto muito diz ser Ventura no seu primeiro debate para as legislativas, respondendo a uma invetiva de estar a ser contra as propostas de Francisco para acabar com a pobreza e a indignidade dos pobres em geral e dos refugiados em particular. Querer acabar com o RSI de 83€ que é quanto recebe a maioria das mulheres pobres açorianas com uma prole enorme à sua responsabilidade, também é uma violência contra as mulheres que o nosso Papa, no seu cristianismo, verbera severamente. Há muitas formas de ser “muito cristão”… Infelizmente

Ali, a nascente de uma grande superfície comercial, existem e estão a nascer outras urbanizações de luxo (...)

Revisitar 2021 Aproximei-me da atividade política em 2020, após mais uma tentativa dos partidos da extrema-esquerda de taxar tudo o que mexe. Contudo estava longe de imaginar a tarefa hercúlea que me esperava, a mim e a outros bravos companheiros que ousaram fazer nascer uma representação Liberal no nosso concelho. 2021, foi o ano da consolidação desse projeto, sendo ainda marcado pela elevada intensidade política. Começando com a corrida p r e si d e n ci a l , em que o desconhecido Mayan enfrentou o candidato dos “donos disto tudo” e vincou bem o que separa os Liberais dos Iliberais de esquerda e direita. De seguida, as trabalhosas eleições autárquicas! Um verdadeiro teste à capacidade organizativa de um pequeno núcleo partidário local. Burocracia, comunicação social adormecida e o medo de afrontar quem tem poder de condicionar as nossas vidas foram os grandes obstáculos, mas nada disto nos fez desistir. O nosso grande mérito passou por conseguir colocar os elevados Impostos e Despesa no centro do debate, embora fique o sabor amargo ao perceber que o futuro dos “filhos da coligação” reinante (e até da tão “pobre” Igreja) é mais importante que o futuro da nossa comunidade. E quando tudo faria indicar

que nos esperavam umas merecidas férias políticas, que no caso de voluntários com vida profissional bem preenchida seria o sinónimo de por as nossas vidas de novo na ordem, a “geringonça” caiu de podre e lá vamos nós outra vez para a rua. O adversário já não se parece como uma marionete, é alguém bem mais capaz de ludibriar e hipnotizar o seu povo. Mas os nossos princípios serão firmes que nem um(a) Rocha. No que depender dos Liberais, o esforço de cada um será respeitado, terás liberdade para escolher o teu futuro e não seremos iludidos por um Carneiro forasteiro, que nos vem pragar no Natal, mas já não nos conhecerá na Páscoa. Esta foi a minha grande descoberta do ano – existe sempre uma próxima batalha. Por muito que precisemos de descanso, por muito que não seja o momento ideal, a realidade está um passo à nossa frente. E cada uma destas batalhas implica a escolha individual de participar ou não, sabendo que nem sempre a motivação está em alta, mas para mudar o rumo do país todos fazemos falta. Porem, e enquanto a cada novo evento surgir um punhado de caras novas para ajudar, portuguesas e não só, que apenas querem fazer do nosso país um lugar melhor, a missão irá ganhando à razão!

E quando tudo faria indicar que nos esperavam umas merecidas férias políticas (...), a “geringonça” caiu de podre e lá vamos nós outra vez para a rua.


Empatou em casa do SC Braga

Famalicão esteve com os 3 pontos no bolso, mas deixou-os escapar 2-2 Estádio Municipal de Braga Árbitro: Fábio Melo Assistentes: Sérgio Jesus e André Dias. VAR: Rui Oliveira AVAR: Jorge Fernandes

SC Braga FC Famalicão Matheus Yan Couto Paulo Oliveira Bruno Rodrigue Diogo Leite Francisco Moura Al Musrati (André Horta 79 ) Lucas Mineiro Iuri Medeiros (Roger 79 ) Miguel Falé (Galeno 45 ) Ricardo Horta (Mário Gonzalez 80 )

Luiz Júnior Alexandre Penetra Riccieli Dylan Batubinsika Rúben Lima (Adrián Marín 73 ) Charles Pickel (Ofori 73 ) Pêpê Iván Jaime (M. Paulo 81 ) Ivo Rodrigues Simon Banza (P, Marques 85 ) Bruno Rodrigues (De La Fuente 74 ) Treinadores )

Carlos Carvalhal

Rui Pedro Silva

Golos: Ricardo Horta (13 ); Rúben Lima (31 ); Ivo Rodrigues (81 ) e Mário Gonzalez (90 ). Cartões Amarelos: Al Musrati (9 ); Charles Pickel (48 ); Simon Banza (68 ); Paulo Oliveira (68 ); Pedro Brazão (88 ). Cartão Vermelho: Bruno Rodrigues (24 ).

José Carlos Fernandes Jogo intenso na Pedreira, empate a dois em mais um derby minhoto, onde o resultado final foi sempre uma incógnita até ao apito do árbitro. O Famalicão esteve perto de conseguir a primeira vitória no terreno do Braga em jogos do principal escalão do futebol português, mas um erro dos centrais Riccieli e Batubinsika deu a Mario González a oportunidade de resgatar um ponto para os bracarenses. Diga-se que foi também um prémio para a luta dos pupilos de Carlos Carvalhal que jogaram mais de uma hora em inferioridade numérica, com a expulsão do jovem central, Bruno Rodrigues, mas ao mesmo tempo um pesadelo para os Famalicenses que tiveram o jogo no bolso e de mão beijada deixaram fugir 2 pontos que tanta falta fazem na luta pela manutenção. Rui Pedro Silva que fez a estreia no comando técnico do Famalicão, na liga, e Ivo Rodrigues que foi o “Homem do Jogo”, mereciam muito mais que o empate. Entrou bem o Braga no jogo, aproveitando o embalo da goleada que tinha imposto no último jogo em Arouca (0-6), queria dar sequência aos bons resultados. Muita juventude em campo de um lado e do outro, os guerreiros demonstraram uma

superioridade evidente e aos 13 minutos o miúdo Falé, apenas 17 anos, serviu Ricardo Horta, com a defesa do Famalicão aos papéis, atirou para o primeiro golo do desafio. O Famalicão encontrava dificuldades para chegar à baliza contrária, até que aos 23 minutos surge a expulsão de Bruno Rodrigues, falta sobre o francês Banza ainda no meio campo ofensivo do Sp. Braga, o árbitro Fábio Melo, a não ter contemplações, deixando o Famalicão em superioridade numérica quando havia ainda mais de uma hora de jogo pela frente. Aproveitou bem o conjunto famalicense, cresceu no jogo e passados sete minutos chega à igualdade. Ivo Rodrigues com bom trabalho do lado direito, fez o cruzamento perfeito para excelente golo de Rubén Lima, que encheu o pé e desferiu uma bomba para a baliza de Matheus. Os últimos quinze minutos da primeira parte, foram muito movimentados, jogadas de pe-

rigo de um lado e do outro, contudo ninguém conseguiu marcar. Para a segunda parte Carlos Carvalhal mesmo reduzido a dez, não entregou o jogo, tirou Falé para a entrada de Galeno, um jogador experiente e rápido na tentativa de surpreender o Famalicão. As equipas queriam mais, mas foram os famalicenses a tomar conta do desafio, o Braga também não desarmava. Para o Famalicão o ponto até nem seria mau, mas dadas todas as condicionantes do jogo, o mesmo foi tendo importância para os bracarenses. Registavam-se movimentações nas duas balizas, mas sempre com o Famalicão mais acutilante. Dos bancos surgiam as alterações com o evoluir do tempo, mas certamente ninguém estava à espera de uma parte final tão emocionante e com o desfecho final. Faltavam dez minutos para o fim, o Famalicão deu a reviravolta no marcador, Ivo Rodrigues na cara de Matheus, driblou o guarda-redes e atirou para o

fundo da baliza. Imensa alegria nas hostes famalicenses. O Braga respondeu, mas o Famalicão tinha o jogo controlado, o esforço dos arsenalistas acabou por ser bafejado pela sorte, em cima do minuto noventa, grande asneirada entre Riccieli e Batubinsika, foi lá Mário González que aproveitou o imenso erro para fazer a igualdade. Um autêntico balde de gelo na equipa comandada por Rui Pedro Silva, que no período de compensação ainda cometeu mais alguns erros que poderiam até ter dado a vitória aos guerreiros. O Famalicão também podia ter marcado, mas o apito final surgiu com um ponto para cada lado com sabor agridoce para as duas equipas. Antes do desafio podíamos considerar o empate bom resultado para o Famalicão, mas olhando à forma como o Braga chegou ao empate podemos dizer que o Famalicão teve os 3 pontos no bolso e ingloriamente deixou-os escapar, conseguindo apenas um.


opiniãopública: 12 de janeiro de 2022

Hóquei em Patins

DESPORTO

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Nadadores famalicenses em destaque na Seleção Nacional

Riba d’Ave leva a melhor no dérbi concelhio

Lúcia Leal

Os atletas Daniela Lopes, Mafalda Mesquita, Rodrigo Pereira e Rui Santos, do Grupo Desportivo de Natação de Famalicão, conquistaram pódios e venceram provas ao serviço da Seleção Nacional. Em representação da Federação Portuguesa de Natação, os famalicenses participaram no Dual Meet Portugal-Andaluzia, realizado no complexo olímpicos de Málaga, nos dias 7 a 9 de janeiro de 2022, dando o seu contributo na defesa das cores nacionais com a Daniela Lopes a vencer os 800 metros Livres e a classificar-se no terceiro lugar nos 400m Livres e 400m Estilos. Rodrigo Pereira venceu as provas de 50m Mariposa, 100m Mariposa e 200m Mariposa, 50m Livres e 100m Livres. Mafalda Mesquita venceu os 400 Livres. Rui Santos obteve o 4.º lugar aos 1500 Lives e 800 Livres. Para o seu treinador, Pedro Faia, “estas duas convocatórias para a Seleção Nacional, caracteriza, essencialmente, a qualidade e o talento que estes atletas demonstraram e todo o compromisso com a modalidade. É o garante de nadadores promissores, com enorme potencial, que num futuro próximo mais alegrias irão dar a Famalicão, a exemplo de muitos outros seus colegas do Clube”. Ter um leque tão alargado de nadadores selecionados “é para Famalicão uma crescente responsabilidade e um enorme motivo de orgulho”, refere ainda o responsável técnico.

azul. No livre direto o espanhol Juan López repunha igualdade a dois golos. O FAC mostrava-se mais perigoso, mas não foi capaz de passar para a dianteira do marcador em dois lances de parada logo depois. Primeiro, Juan López rematava por cima da barra no livre direto da 10.ª falta ribadavense aos 4’, dois minutos depois Hugo Barata recebia, de forma escusada, cartão azul. O mesmo Juan López chamado à conversão não conseguiu desfeitear o seu conterrâneo Álvaro Shehda, também ele muito atento e importante no desfecho final da partida. A 12’ do final Hugo Barata não conseguia ultrapassar a oposição de Ricardo Silva no livre direto da 10.ª falta visitante. Quem encontrava o caminho das redes era Gustavo Pato, que mesmo no limite do tempo de ataque em lance trabalhado por trás da baliza encontrava uma nesga de espaço para o 3-2. Este foi um golo que deu um ânimo importante ao RAHC perante o natural desgaste físico de uma rotação curta no banco, restrita a apenas dois jogadores. Apesar disso, o RAHC mostrou-se sempre uma equipa estável e personalizada e ciente do que queria do jogo. A 4’ do final Anderson “Nery” definia na perfeição um “dois para um” diante Ricardo Silva e elevava o marcador para 4-2. Até final, o Riba d’Ave susteve o ímpeto final do FAC e podia ter colorido ainda mais o marcador, mas Hugo Barata não se mostrou capaz de superar Ricardo Silva em dois livres diretos por cartão azul aos repetentes “Gabi” Silva (23’38’’) e Hugo Costa (23’40’’).

AFSA suspende jornadas de janeiro

Lúcia Leal

Após um mês e meio, o Riba d’Ave HC/Sifamir voltou a jogar diante os seus adeptos, e logo com um sempre apetecível derby concelhio diante o Famalicense Atlético Clube (FAC) referente à 12.ª jornada do Campeonato Nacional da 2ª Divisão Zona Norte. Privado de Edgar Alves e de Renato Castanheira por motivos de saúde, e com um Parque das Tílias bem composto de público a 1.ª parte decorreu num ritmo baixo, com muitas interrupções nos lances de bola parada e picardias que não beneficiaram o espetáculo. Aos 8’, Pedro Silva faturava, de livre direto, diante a sua antiga equipa, após cartão azul a “Gabi” Silva. A resposta do FAC surgia também de bola parada, pelo experiente Hugo Costa de penálti aos 12’. No espaço de dois minutos Ricardo Silva (o melhor do FAC) brilhava em dois lances praticamente sucessivos de bola parada, marcados por Pedro Silva de livre direto (16’) e penálti (18’). A 6’ do intervalo, “Miccoli” na execução de novo livre direto rematava à barra da baliza visitante. Com os nervos em franja, Hugo Costa excedia-se e era admoestado com cartão azul. Mas os ribadavenses mostravam-se também muito perdulários, apesar do mérito de Ricardo Silva a negar novamente golo local, desta feita ao angolano Anderson “Nery”. No power-play que se seguiu “Miccoli” definia uma jogada bem trabalhada para o 2-1 que se verificava em tempo de intervalo. A 2.ª parte foi melhor jogada, mas novo marcada por muitos lances de bola parada. Logo aos 2’, “Nery” era castigado com cartão

A direção da Associação de Futebol de Salão Amador (AFSA) de Famalicão decidiu suspender as provas concelhias seniores e de veteranos durante o mês de janeiro em virtude do aumento do número de casos de Covid-19. Apesar de tal medida não ter sido imposta pelas autoridades nacionais ou locais, a AFSA entende que “a saúde de atletas, árbitros e dirigentes e seus familiares deve estar acima do interesse competitivo/desportivo”, por isso decidiu interromper as competições durante todo o mês de janeiro, tido como o período mais crítico desta nova vaga pandémica. Recorde-se que a AFSA já tinha suspenso a jornada do dia 7 e 8 de janeiro que correspondia à semana de contenção imposta pelo Governo. A AFSA informa ainda que esta decisão foi ratificada pelas coletividades que militam nos diferentes escalões da competição. Assim sendo, os campeonatos da 1.ª divisão e os torneios de abertura da 2.ª divisão e de veteranos serão retomados no primeiro fim de semana de fevereiro (dias 4 e 5), salvo decisão em contrário. Até lá a direção da AFSA vai redefinir os calendários das diferentes competições, sendo que as provas serão retomadas na jornada em que as mesmas foram interrompidas. Ao mesmo tempo, serão definidos os critérios para o adiamento de jogos devido a casos de Covid-19 nas equipas em prova.


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DESPORTO

opiniãopública: 12 de janeiro de 2022

Ana Faria da EARO sagra-se vice-campeã da Zona Norte

Liberdade FC soma três títulos distritais em pista coberta

Os atletas da Escola de Atletismo Rosa Oliveira (EARO) conquistaram bons resultados no Campeonato da Zona Norte de Pista Coberta, que se realizou no passado fim de semana, no Altice Fórum, em Braga. Em destaque pela equipa joanense estive Ana Faria que se sagrou-se vice campeã da Zona Norte e campeã regional nos 800m na 1ª jornada. Ainda com bons resultados participaram Leandro Gonçalves nos 3000m e 1500m, Francisco Silva nos 1500m, Rui Oliveira nos 1500m, e ainda Cátia Silva e Diana Silva nos 1500m.

Hóquei: Sub-19 do Riba d’Ave empatam frente ao FC Porto Nos escalões jovens de hóquei em patins os jogos ficaram circunscritos apenas aos Sub-13 e aos Sub-19, com os primeiros a receberem, na manhã do passado domingo, a ED Viana em jogo do Campeonato Regional do Minho, tendo os vianenses triunfando por resultado tangencial. À tarde, os Sub-19 jogaram mais uma jornada do Campeonato Distrital do Porto recebendo o FC Porto, tendo se registado uma igualdade a dois golos. Com o regresso dos jogos da formação no novo ano, estiveram em ação os Sub13 "B" e os Escolares frente ao Valença HC. Os Escolares realizaram uma excelente partida, num encontro/convívio muito animado. Os Sub-13 "B" estiveram também em bom plano, denotando uma clara evolução, tendo perdido um jogo (7-9) com muitas alternâncias no marcador e onde podiam ter alcançado um melhor resultado.

Voleibol: FAC inicia segunda fase do campeonato com uma vitória

A associação Liberdade FC marcou presença no Campeonato Absoluto do Norte de Pista Coberta, na Pista de Atletismo do Altice Fórum de Braga. Um evento disputado em duas jornadas, dia 8 e 9 de janeiro, e que decidiria os Campeões Regionais da Zona Norte e os Campeões Distritais. Em termos gerais, a coletividade de Calendário conquistou três títulos distritais e quatro recordes pessoais. Na primeira jornada, na distância dos 800 metros, destaque para a atleta Tânia Silva que, com a sua melhor marca da época, sagrou-se vice-campeã Distrital. Inês Sousa, atleta do escalão Juvenil, alcançou a 7ª posição na sua série e Beatriz Faria obteve um novo Recorde Pessoal

(RP). Na distância dos 3000 metros, destaque para Joana Ferreira, atleta do escalão de Júnior, que alcançou o título sub vicecampeã Distrital, também com um novo RP. Na segunda jornada, na distância dos 1500 metros, destaque para a atleta Tânia Silva que alcançou o título de sub vicecampeã Distrital, com a sua melhor marca da época. Com o mesmo destaque, a atleta Inês Sousa que cortou a meta imediatamente a seguir à sua colega de equipa, alcançando também a sua melhor marca da época. Na mesma distância, de realçar os novos RP para as atletas Joana Ferreira e Beatriz Faria.

Atlético Vale S. Martinho com dois vice-campeões regionais de Pista Coberta O Atlético de Vale S. Martinho participou no Campeonato do Norte de Pista Coberta, competição disputada no passado fim de semana, no Altice Fórum, em Braga. Coletivamente, a associação famalicense classificou-se no 5º lugar regional e os maiores destaques individuais vão para os segundos lugares regionais de Carlos Alves, no Salto em Altura, e de Rui Araújo, nos 800m. Participaram ainda os seguintes atletas: Nuno Miguel Ribeiro, 60m; Carlos Alves, Lançamento do Peso (4º lugar regional e recorde do clube).

A equipa sénior masculina de voleibol do Famalicense Atlético Clube (FAC) entrou na segunda fase do Campeonato Nacional da III Divisão com uma vitória. Na primeira jornada e na deslocação ao Pavilhão Municipal do Peso da Régua onde defrontou a formação local, o FAC venceu por 3-1, com os parciais de 13-25, 15-25, 25-20 e 21-25. Com esta vitória a equipa famalicense deu o primeiro passo na disputa de um lugar de apuramento para a participação no Campeonato Nacional, um objetivo que o FAC vai “continuar a perseguir”. No próximo, pelas 21h00, o FAC recebe, no Pavilhão Municipal, a equipa do Amares Vólei.


Bom dia. Um café por favor! O café, a seguir à água, é a bebida mais consumida em todo o mundo e as razões são óbvias. Cientificamente comprovados, os benefícios do café não deixam ninguém indiferente. Antes de mais tem um efeito estimulante. O principal componente do café é a cafeína. Esta substância, quando consumida em doses baixas a moderadas, tem uma ação estimulante. Assim, o sono diminui e a energia aumenta. Melhora, também, o desempenho na atividade física. Devido à ação estimulante da cafeína, o café proporciona mais energia para praticar exercício físico. A bebida estimula a ação dos músculos durante atividades prolongadas, que passam a utilizar a gordura como fonte de energia, em vez de açúcares encontrados nos carboidratos. A ingestão de cafeína reduz a sensação de fadiga, assim como o aumento da força muscular, possibilitando um maior grau de carga e repetições de cada exercício. Mas há outros benefícios. Melhora a concentração. Devido ao efeito estimulante da cafeína, o café irá proporcionar uma maior concentração e, consequentemente, uma maior capacidade de aprendizagem. Protege o sistema respiratório. Diversos estudos apontam que o café tem um efeito broncodilatador e reduz a fadiga dos músculos respiratórios. Diversas pesquisas demonstraram uma associação inversa entre o consumo de café e o risco de suicídio. É conhecido que doses moderadas de cafeína interferem positivamente no humor. Além disso, o ácido acético presente no café apresenta efeitos antidepressivos. Um estudo feito com mais de 400 mil homens e mulheres americanos, publicado na revista científica “New England Journal of Medicine”, concluiu que o consumo moderado de café pode estar inversamente relacionado à mortalidade total. Os consumidores de café apresentaram menor mortalidade por causas cardíacas, doenças respiratórias, acidente vascular cerebral, causas externas, diabetes e doenças infeciosas. Existem outros estudos que associam o café ao combate de mais doenças. Mas o café tem, sobretudo, a capacidade de fazer socializar, partilhar uma conversa, marcar encontros… Em Portugal é hábito enraizado. O dia, para começar bem, tem um café aos primeiros raios de sol.

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ESPECIAL

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A origem e história do café Há diversos capítulos da história do café para serem contados, afinal, ele deixou registos importantes por todo o mundo todo. Não é à toa que o café se constituiu como um hábito cultural. Não existem registos oficiais sobre a origem do café. Sabe-se, entretanto, que se trata de uma planta nativa das regiões altas da Etiópia (Cafa e Enária). Segundo uma das lendas, foi um pastor etíope, denominado Kaldi, quem percebeu que havia algo diferente nas plantas da região. Ele havia alimentado suas cabras com arbustos e folhagens que tinham um fruto amarelo-avermelhado e notou que os animais ficaram mais animados e com energia. Intrigado com o comportamento de suas cabras, ele levou uma amostra da planta para um monge. O religioso, inicialmente, não aprovou e a denominou como “o trabalho do diabo”. Mas tudo mudou quando as plantas foram deitadas na fogueira e os monges sentiram o aroma dos grãos torrados. Já uma outra versão, conta que quando Kaldi levou as sementes ao Monge, o religioso demonstrou curiosidade e decidiu preparar uma infusão com as plantas e frutos. Assim que consumiu a bebida comprovou que as plantas causavam uma certa agitação. Considerando os efeitos positivos, o monge passou a consumir o preparo dos frutos avermelhados nas noites de reza. Alguns registos afirmam que o consumo

de café começou por volta de 575 d.c.. Embora a planta tenha origem africana, foi no Iêmen, região oeste da Arábia, que ela começou a ser cultivada. A história do café, aliás, começa pela criação do nome, que tem origem árabe. Lá a planta era conhecida como Kaweh e a bebida foi denominada como Kahwah ou Cahue, que significa Força. Por volta do séc. XVII, conforme florescia o Iluminismo e se planejava a Revolução Francesa, as cafeterias começaram a surgir, juntamente com os ideais que transformariam o período. Assim, a história do café começava a ganhar forma. O aumento do consumo da bebida fez nascer a necessidade de processos mais ágeis para a produção de uma boa xícara de café. Enquanto a Europa vivia o início da Revolução Industrial (XIX), os cientistas começaram a estudar possibilidades de produzir café em máquinas a vapor. Foi Angelo Moriondo, em Turim ( Itália – 1884), quem criou um dos primeiros protótipos que dariam origem a máquina de café. Seu engenho havia sido planejado para reduzir o tempo de produção de cervejas, mas aparentemente, o processo era semelhante. Quando a máquina era acionada, uma caldeira de água era aquecida e o líquido quente era levado até um duto com borras de café, e então, essa solução era levada até uma outra caldeira e o café estava pronto.


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ESPECIAL

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Pandemia reforça importância do café O café faz parte de nós. Uma amizade, um negócio e até mesmo um casamento podem começar por um café. E a pandemia de Covid 19, que nos assola há quase dois anos, veio deixar ainda mais clara a importância desse ato. Os portugueses bebem café por gosto e prazer, mas também é uma desculpa para encontrar amigos e socializar. Há muitos que até dizem que não conseguem começar a trabalhar sem um cafezinho! Duas em cada três pessoas bebem café, sendo que mais de 2,5 mil milhões são servidos num único dia em todo o mundo. No caso de Portugal, o nosso país é conhecido por ser um dos países onde o café é

mais apreciado. De acordo com a Associação Industrial e Comercial do Café (AICC), cada português consome, anualmente, mais de cinco quilos de café. Apesar de muitas famílias terem máquinas de café em casa, os portugueses geralmente preferem beber café expresso, principalmente fora de casa. Será verdade afirmar que Portugal tem estado na vanguarda da indústria de café há muito tempo e está entre os países que melhor conhece os processos de transformação do café, devido ao seu passado histórico com o Brasil, Timor, São Tomé e Príncipe e Angola, ex-colónias e todos países produtores de café.

Foi, aliás, Portugal que introduziu o café no Brasil. No nosso país, o café foi introduzido inicialmente como uma mercadoria importante no século XVIII. O Rei João V foi o primeiro a introduzir o café na antiga colónia portuguesa do Brasil, fazendo do Brasil o maior produtor de café arábica do mundo na época. Em torno de 1800, o café arábica foi levado do Brasil para as colónias portuguesas de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Já em Angola o café foi introduzido pelos missionários portugueses e até hoje o café Robusta é dominante. Distintamente de outros países que insistem em café com grãos 100% arábica, o café expresso português é geralmente obtido a

partir de uma mistura de grãos de café arábica e café robusta, torrados lentamente. Este método particular de torrefação é menos intenso em comparação com os processos utilizados noutros países e ajuda a preservar a essência do café português, dando-lhe menos acidez, aroma mais forte e mais corpo e doçura. O resultado é um creme cor de avelã, denso e equilibrado que perdura na boca e cria no consumidor uma experiência memorável. Em geral, o perfil de torra do café português é menos intenso comparativamente ao perfil de torra italiano, preservando a essência do café português, que se traduz por uma acidez fraca a média, um aroma forte e uma bebida encorpada. pub


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ESPECIAL

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Vamos desmistificar? O consumo de café, tal como de todas as restantes bebidas deve ser feito com moderação. No entanto, e como esta é uma bebida que já faz parte da cultura portuguesa, muitos foram os mitos sobre o café que surgiram ao longo dos anos. Confira alguns deles e esclareça as suas dúvidas.

dar a reduzir este tipo de patologia.

- Grávidas podem beber café. A recomendação é que as mulheres grávidas limitem a dose diária de cafeína para 200 a 300mg/dia, o que não significa eliminar o consumo. Desta forma, não há qualquer inconveniente em ingerir até duas cháve- Beber café não faz mal à saúde. nas, que correspondem a cerca de 80-100 Beber café regularmente, entre 3 a 4 chá- mg diárias de café. venas diárias, deve fazer parte de uma dieta saudável e equilibrada. Não causa - O consumo de café pode viciar ligeiefeitos adversos para a maioria dos adul- ramente. A remoção de cafeína da dieta tos saudáveis e traz benefícios terapêuti- normal pode levar a sintomas temporários cos. de abstinência em algumas pessoas, como dores de cabeça, que podem ser - Beber café não aumenta o risco de evitados por uma redução gradual da indoença cardiovascular. O consumo mode- gestão de cafeína. rado de café não está associado a um maior risco de problemas cardiovasculares - Descafeinado não é mais nem menos tais como doenças e ataques cardíacos, saudável do que café. O descafeinado é, arritmia ou hipertensão. Pelo contrário, vá- na verdade, tão rico em anti-oxidantes rios estudos sugerem que o café pode aju- quanto o café.

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Um café para o mundo, por favor! Não existiria uma história tão vasta do café, se não existissem as cafeterias. Assim, a Turquia marca grande importância nessa trajetória. Pode-se dizer que o país foi responsável pela difusão da bebida no mundo, uma vez que criou em 1475 a primeira cafeteria: o Kiva Han. Com a inauguração do espaço, o café ganhou também um caráter social. Esse conceito popularizou-se em 1574, quando as cafeterias de Cairo e Meca viraram referência para artistas e poetas. A excentricidade e o apelo exótico dos produtos do Oriente, já eram alvo de interesse dos comerciantes do Ocidente. Desde então, a expansão da “bebida preta”, tão apreciada pelos árabes, despertava também o interesse de cientistas. Conforme ela se apresentava para o mundo, aumentaram os estudos sobre as propriedades da planta. Uma das primeiras publicações foi feita pelo botânico veneziano, Prospero Alpino (1553-1616), professor da Universidade de Pádua. Nos livros, ele reuniu relatos científicos sobre o café. Foi no ocidente que a história do café ganhou o seu charme, pois a sua chegada na Europa foi marcada por embates políti-

cos e romantizada numa das composições de Bach. A bebida chegou em 1615, a Veneza, um dos pontos responsáveis pela propagação das técnicas de torra e moagem do café. Tratada como especiaria e artigo de luxo, a semente negra teve muitos entraves até a sua popularização no lado europeu. Associada à música e a encontros sociais, a nova droga do oriente desagradou os religiosos. Por ser uma bebida de país muçulmano, o café era considerado herege. Para tentar amenizar os embates, o Papa Clemente VIII (1536-1605) até propôs que a bebida fosse batizada com o intuito de torná-la cristã. Os questionamentos controversos, sobre a planta serviram de inspiração para Johann Sebastian Bach. Como resultado, pela admiração ao café, o músico compôs, em 1732, a Cantata do Café. Alegre e fora dos padrões religiosos, a composição apresenta uma história de amor, que exalta as qualidades da bebida. O aumento do consumo do café teve também restrições mercantis, afinal, os comerciantes de vinho e queijo, acreditavam que a bebida era uma concorrente que atrapalharia suas negociações.


opiniãopública: 12 de janeiro de 2022

ESPECIAL

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Portugal igual a café… de diversas formas Beber café em Portugal é uma tradição. Paralelamente, surgiu um vasto número vasto de expressões que se aplicam a esta arte de saborear o café, que ganha diferentes nomes e expressões em cada região do país. De seguida, encontrará algumas delas. - Chávena Escaldada. O café pode ser feito utilizando a "chávena escaldada", que nada mais é do que ser servido na chávena muito quente. Para que o café seja servido dessa forma, é preciso pedir. Se nada disser, o café será servido numa chávena um pouco menos quente. - Café expresso. O café expresso é aquele que normalmente é servido por predefinição, sendo que a chávena é enchida até metade. - Café curto ou Italiana. O café curto, também chamado de italiana, é aquele café que vem só o fundo da chávena coberto. Neste caso, enchese a mesma até menos que a metade. Esse café é pedido, normalmente, pelos apreciadores de cafés com sabor mais intenso, tendo em vista que é mais concentrado. - Café cheio. Ao contrário do café curto ou italiana, o café cheio é aquele que enche a chávena de café praticamente por completo. É, portanto, consumido por aqueles que

gostam do café com um sabor menos forte. - Café duplo. O café duplo é, como o nome evidencia, o dobro do café, mais precisamente é o café concentrado como o expresso servido numa chávena maior. - Meia de Leite. A meia de leite é o café com leite servido numa chávena maior. Confere uma textura suave e sedosa ao café. - Galão O galão é o café com leite servido no copo alto com uma dose de café expresso e o restante completado com leite. - Garoto ou Pingo. É uma chávena de café com bastante leite e pouco café. Por outras palavras, é o café curto ou italiana com leite. A expressão Pingo utiliza-se maioritariamente no Porto e o Garoto em Lisboa. - Bica ou Cimbalino. Na região de Lisboa, também se utiliza o termo Bica para pedir o simples café expresso. O termo "bica" significa “beba isso com açúcar”. Já no Porto o cimbalino, remete para o café tirado da diretamente da máquina importada de Itália, "La Cimbali". - Pingado. O café pingado é o café com umas gotas de leite frio. - Café com cheirinho. Este tipo café caracteriza-se por ter um toque de aguardente tipicamente portuguesa. pub


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