Opinião Pública - 1546

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Ano 30 | Nº 1546| De 2 a 8 de fevereiro de 2022| Diretor: João Fernandes | Gratuito | www.opiniaopublica.pt

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Os dados mais recentes contabilizam 2.234 estrangeiros

Famalicão avança com plano para promover integração dos imigrantes

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Chega foi a terceira força política mais votada e a Iniciativa Liberal a quarta

FAMALICÃO TAMBÉM DÁ VITÓRIA EXPRESSIVA AO PS O concelho de Famalicão acompanhou a tendência de voto verificada a nível nacio- caíram. No rescaldo do ato eleitoral, o famalicense e eurodeputado do CDS, Nuno nal nas Eleições Legislativas do passado domingo, e deu a vitória ao Partido Socia- Melo, anunciou a a sua intenção de se candidatar à liderança do partido. Conheça lista. Chega e Iniciatva Liberal foram os partidos que mais subiram. O BE e o CDS-PP ainda os resultados freguesia a freguesia. pp. 4 e 5

Sem-abrigo em Famalicão: quem são, quem os apoia pp. 8 e 9

Santa Casa Trabalhadores do Lar S. João de Deus promoveram primeira greve na instituição p. 6 Riba d’Ave Programação do Teatro Narciso Ferreira arranca em março p. 13 Urbanismo Antiga fábrica Silma dá lugar a nova zona habitacional p. 7

FC Famalicão continua em zona de perigo após empate com Arouca Hóquei: Riba d’Ave HC isola-se ainda mais na liderança pub


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opiniãopública: 2 de fevereiro de 2022

Escola Camilo assinalou o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

O Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco assinalou na passada quinta-feira, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto – data da libertação do campo de concentração de Auschwitz, no ano de 1945. Subordinado, este ano, ao tema “Memória, Dignidade e Justiça”, este dia pretende fazer relembrar o genocídio em massa de seis milhões de judeus pelos nazis e respetivos colaboracionistas. “Para além de homenagearmos e lembrarmos as vítimas do nazismo durante a Segunda Guerra Mundial, também relembramos a necessidade de combater o antissemitismo, o racismo e quaisquer outras formas de intolerância que possam levar à violência”, refere o Agrupamento em nota à imprensa. Integrado no programa educativo e cultural do Município “De Famalicão para o Mundo”, a biblioteca escolar, em parceria com o subdepartamento de História, o Plano Nacional do Cinema, o projeto Erasmus+ e a Associação de Estudantes, promoveu, ao longo da semana, um conjunto de atividades, como debates, exposições; visionamento de filmes e apresentação de trabalhos relacionados com a temática.

Um a nível nacional e outro internacional

Mercado Municipal nomeado para dois prémios de arquitetura Depois de ter sido tema de um trabalho fotojornalístico na edição de janeiro da revista norte-americana “Architectural Record”, a Praça-Mercado Municipal de Famalicão está, neste momento, nomeada para dois prémios de arquitetura, um a nível nacional e outro internacional. A nível nacional, o equipamento é um dos projetos selecionados para finalista do prémio do imobiliário 2022, promovido pela revista Magazine Imobiliário. Este concurso, tradicionalmente conhecido por “Óscares” do Imobiliário, existe desde 1996. O êxito da iniciativa assenta na qualidade do seu Júri, formado por eminentes personalidades ligadas a este setor e também numa seleção muito rigorosa dos finalistas. Este concurso distingue os empreendimentos de excelência nas Categorias de Comércio, Escritórios, Habitação, Equipamentos Coletivos, Turismo e Reabilitação, a par do Melhor Empreendimento do Ano. A Praça insere-se na categoria Reabilitação. Entretanto, o projeto da Praça está também nomeado para edifí-

cio do ano 2022, pelo site “Archdaily”, um dos maiores e mais visitados sites de arquitetura mundial. Aqui o voto é do público e toda as pessoas podem participar. Para isso, basta aceder ao link https://bit.ly/3INb3GN e votar. Para o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, “o pro-

jeto de reabilitação da nossa Praça tem vindo a conquistar a atenção de especialistas em arquitetura nacionais e internacionais e, como consequência atraído muitos visitantes”. E acrescenta: “isso é excelente para Famalicão e para os famalicenses conseguir esta visibilidade”.

Associação de Moradores das Lameiras instala central fotovoltaica

“The Card Counter – O Jogador” em exibição na Casa das Artes Esta semana, a obra cinematográfica de Paul Schrader, “The Card Counter – O Jogador”, é a proposta do Cineclube de Joane. O filme é exibido ESTA quinta-feira, 3 de fevereiro, pelas 21h45, na Casa das Artes. O filme, selecionado para competir no Festival de Cinema de Veneza, tem como protagonista William Tell, um ex-militar com um grande talento para o jogo de cartas, a que se dedica quase obcessivamente de modo a manter o passado adormecido. Certo dia, é desafiado por uma enigmática investidora em jogos de azar, a competir no “World Series of Poker”, uma série de torneios de póquer realizada anualmente em Las Vegas. Mas tudo se complica quando Tell conhece Cirk, um jovem atormentado que lhe propõe um plano para se vingar de um homem que, por sinal, é também um velho inimigo seu. “The Card Counter – O Jogador” tem Martin Scorsese como produtor executivo e Paul Schrader ("American Gigolo", "Vingança ao Anoitecer" ou “No Coração da Escuridão”) como realizador e argumentista. Oscar Isaac, Tiffany Haddish, Tye Sheridan e Willem Dafoe compõem o elenco.

FICHA TÉCNICA

CONSELHO EDITORIAL: Alexandrino Cosme, António Cândido Oliveira, António Jorge Pinto Couto, Artur Sá da Costa, Cristina Azevedo, Feliz Manuel Pereira, João Fernandes, Manuel Afonso e Almeida Pinto. ESTATUTO EDITORIAL: disponível em www.opiniaopublica.pt

DIRETOR: João Fernandes (CIEJ TE-759) jfernandes@opiniaopublica.pt CHEFE DE REDACÇÃO:

Cristina Azevedo (CPJ 5611) cristina@opiniaopublica.pt

REDACÇÃO: informacao@opiniaopublica.pt Carla Alexandra Soares (CICR-248), Cristina Azevedo (CPJ 5611).

DESPORTO: José Clemente (CO 1139), José Carlos Fernandes e Paulo Couto. GRAFISMO: Carla Alexandra Soares

A Associação de Moradores das Lameiras (AML) finalizou, no passado dia 21 de janeiro, a instalação de uma central fotovoltaica numa parceria com a EDP, passando a ter assim uma unidade de produção de energia para autoconsumo.

OPINIÃO: Adelino Mota, Barbosa da Silva, Domingos Peixoto, Mário Teixeira, José Luís Araújo, Sílvio Sousa, Vítor Pereira.

GERÊNCIA: João Fernandes

CAPITAL SOCIAL: 175.000,00 Euros.

DETENTORES DE MAIS DE 5% DO CAPITAL António Jorge Pinto Couto João Fernado da Silva Fernandes Voz On, Lda.

Com este investimento Jorge Faria, presidente da direção da AML, espera “que a instituição continue a dar passos firmes na sua autossustentabilidade e, ao mesmo tempo, contribuir de forma significativa para o meio

TÉCNICOS DE VENDAS: comercial@opiniaopublica.pt Maria Fernanda Costa e Sónia Alexandra

PROPRIEDADE E EDITOR: EDITAVE Multimédia, Lda. NIPC 502 575 387

SEDE, REDACÇÃO E PUBLICIDADE: Rua 8 de Dezembro, 214 Antas S. Tiago - 4760-016 VN de Famalicão

ambiente e para o futuro do nosso planeta”. A par desta intervenção foi também criado no Centro Social das Lameiras um espaço reservado ao estacionamento de bicicletas para desta forma motivar e mobilizar os utilizadores dos

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seus serviços a utilizarem os meio suaves de transporte. Jorge Faria salienta que “a AML quer também ser inovadora e um exemplo para os seus utentes, e familiares, fomentando a redução do uso de carro no centro da cidade e, ao mesmo tempo, potenciar o bem-estar físico e psicológico que se reflete em quem anda de bicicleta ou a pé”. Reforçou ainda que “instituições como a AML devem ser um exemplo para a comunidade uma vez que os seus utilizadores vão desde os bebés aos idosos”. Refira-se que esta intervenção surge no seguimento do projeto socioeducativo na instituição, intitulado “Em Sintonia: Eu, o Outro e o Mundo”.

TIRAGEM DESTE NÚMERO: 20.000 exemplares, nº 1546

NÚMERO DE REGISTO: 115673 DEPÓSITO LEGAL: 48925/91


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Habitação e saúde são dos principais problemas a resolver

Famalicão aprova plano municipal para a integração de migrantes Cristina Azevedo Famalicão já tem um Plano Municipal de Integração de Migrantes (PMIM). O documento foi aprovado na reunião do executivo camarário da passada quinta-feira e pretende promover o acolhimento e a integração de pessoas de países terceiros que residam e/ou trabalhem no concelho. “A questão da migração é local, nacional, europeia e mundial, portanto, estava na altura de pegarmos neste assunto e termos uma rede de trabalho porque o nosso concelho tem muito imigrantes e é preciso trabalhar em prol da realização deles, do seu acolhimento e integração”, justifica a vereadora do recém-criado pelouro da Interculturalidade e Integração, Sofia Fernandes. O PMIM foi desenvolvido em parceria com várias entidades, como o Agrupamento de Centros de Saúde, o CHMA, PSP, GNR, Polícia Municipal, Proteção Civil, Instituto de Emprego e Segurança Social e tem como objetivo a definição uma visão estratégica comum para o fenómeno migratório no concelho, tendo como fim a integração plena dos migrantes. Nesse sentido estão também envolvidas escolas, as juntas de freguesia e o movimento associativo, como é o caso da Associação de Moradores das Lameiras. Este plano municipal partiu de um trabalho de diagnóstico realizado ao fenómeno migratório no concelho e adianta já seis áreas onde é necessário intervir: Acolhimento e Integração; Mercado de Trabalho; Língua, Educação e Formação; Saúde; Habitação; Cultura, Participação e Cidadania. Destes seis eixos, Sofia Fernandes salienta a questão da habitação como uma das mais prementes. “Sabemos que, muitas vezes, as condições em que estão os imigrantes não são as melhores”, reconhece a responsável, adiantando que o pri-

Em 2020 Famalicão tinha 2.234 estrangeiros com estatuto legal de residente

meiro passo para a resolução deste problema será “chamar as entidades empregadoras e as juntas de freguesia, com quem já fizemos uma primeira auscultação, para tentar perceber quais são as principais dificuldades”. Sofia Fernandes destaca ainda a Saúde como outra área pertinente, até porque “temos muito imigrantes que nos procuram por essa questão, sobretudo por falta de médico de família”, bem como a Edução, “não por falta de escolas, mas pelas dificuldades relacionadas com a Língua Portuguesa que dificulta a integração dos filhos dos imigrantes no sistema de ensino”. “É necessário intensificar o ensino do Português para os imigrantes e, por isso, também temos um conjunto de escolas parceiras”, acrescenta.

Obras da Estação Rodoviária sofrem novo atraso e ficam mais caras

As obras de reabilitação na Estação Rodoviária de Famalicão, vulgarmente conhecida como “central de camionagem” só deverão ficar concluídas dentro de quatro meses e vão ficar mais caras. Na passada quinta-feira, o executivo camarário aprovou a prorrogação do prazo de conclusão da empreitada por 120 dias e o pagamento de 460 mil

euros por trabalhos a mais. Recorde-se que obra arrancou em setembro de 2020 e deveria ficar concluída em outubro último. Sofre agora um novo atraso que o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, justifica com a atual situação que se vive não só em Famalicão, como no país. “Não há nenhuma obra que neste momento possa ser cum-

prida no prazo. Estamos com esta situação pandémica, com falta de materiais e com falta de mão de obra. Portanto, tudo se atrasa”. O edil explica também o aumento do custo da obra, que inicialmente estava estimado em 2,5 milhões de euros, com as particularidades que têm as empreitadas de reabilitação. “É muito difícil antecipar todos os trabalhos necessários porque muitos deles resultam de situações que não são suscetíveis de ser decifráveis no âmbito do projeto. Quando se começa a mexer na obra é que começam a aparecer os problemas”, justifica. Os vereadores do Partido Socialista votaram contra a proposta, acusando mais uma vez o executivo PSD/CDS-PP de falta de planeamento.

Brasileiros dominam, seguidos dos ucranianos e indianos O estudo realizado ao fenómeno migratório no concelho, que ficou concluído em dezembro último e que se reporta a dados de 2020, permitiu contabilizar a presença em Famalicão de 2.234 estrangeiros com

estatuto legal de residente. Este número corresponde a cerca1,7% do total da população residente no concelho, uma proporção bastante inferior à registada ao nível nacional (6%), mas uma das maiores do distrito. De facto, dos 14 concelhos do distrito, Famalicão é apenas ultrapassado por Esposende (2,4%) e, sobretudo, por Braga (6,4%) que, com perto de 12 mil estrangeiros residentes, se destaca muito claramente dos restantes. Sofia Fernandes alerta, contudo, que este número poderá ficar aquém da realidade, já que apenas contabiliza os imigrantes que estão em situação legal, um reparo que é também apontado no estudo. O diagnóstico refere que os estrangeiros a residir em Famalicão distribuem-se por 67 nacionalidades, sendo os brasileiros claramente predominantes (47%). Esta posição da comunidade oriunda do Brasil mantem-se desde 2013, ano em que o número de cidadãos brasileiros ultrapassou os da Ucrânia, que nos anos anteriores eram os mais representados Neste momento, a comunidade proveniente da Ucrânia é a segunda maior (11% dos estrageiros), seguida da Índia (8%), que aumentou 150% em apenas um ano (2020). Em quarto lugar coloca-se a China (4%). Referência ainda para cidadãos do Nepal, Paquistão e Bangladesh, que representam 1,7% dos estrangeiros no concelho. pub


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Chega foi a terceira força política mais votada e a Iniciativa Liberal a quarta

Famalicão também deu vitória expressiva ao PS

Cristina Azevedo O concelho de Famalicão acompanhou a tendência de voto verificada a nível nacional, nas Eleições Legislativas do passado domingo, e deu a vitória ao Partido Socialista (PS), com 43,62% dos votos, um resultado que supera largamente o obtido em 2019, que foi de 36,72%. No total do concelho, o partido obteve 34.153 votos, mais 6.851 do que em 2019. Os socialistas venceram ainda em 30 das 34 as freguesias do concelho. As únicas exceções foram a UF de Antas e Abade Vermoim, a UF de Esmeriz e Cabeçudos, a UF de Gondifelos, Cavalões e Outiz e a freguesia de Vilarinho das Cambas, onde venceu o PSD. Os social-democratas ficaram em segundo lugar, com 34,76% dos votos, uma ligeira descida face às Legislativas anteriores (35,10%).

No PSD votaram 27.212 eleitores, menos 1.117 que em 2019. O Chega passou de décima para terceira força política (lugar que em 2019 era ocupado pelo BE) e foi o partido que mais cresceu no concelho: de 0,56% em 2019 para 5,35% no passado domingo, com um total de 4.187 votos. Outra surpresa foi a Iniciativa Liberal que se assumiu como quarta força política no concelho, com 4,19% dos votos. Em 2019 o partido tinha sido sétimo, com 0,76%. Quanto aos restantes partidos a maior parte registou quedas, sendo a mais acentuada a do CDSPP que em Famalicão não foi além dos 1,64%, sendo mesmo ultrapassado pela CDU face a 2019. Assim, o BE passou para quinta força política, com 3,5% dos votos. Segue-se a CDU (2,1%), o CDS (1,64%) e o PAN (1,25%). O Livre, com 0,68% conseguiu manter a nona posição e aumentar li-

geiramente o número de votos. Famalicão com dois deputados no Parlamento Estas Eleições Legislativas confirmaram também a eleição de dois famalicenses, Eduardo Oliveira, do PS, e Jorge Paulo Oliveira, do PSD, para a Assembleia da República. O deputado socialista vai exercer o cargo pela primeira vez, enquanto o social-democrata é deputado desde 2011. Eduardo Oliveira, que é também presidente da Concelhia de Famalicão do PS, sublinhou “a grande vitória” do partido no concelho e garantiu que na Assembleia da República, representará o distrito de Braga, mas será, “acima de tudo, um deputado de todos os famalicenses, colocando as questões, os problemas de Famalicão” no centro da sua ação política. “A sede do Partido Socia-

Nuno Melo anuncia candidatura à liderança do CDS-PP O famalicense Nuno Melo anunciou, na terça-feira, que será candidato à liderança do CDS-PP, se conseguir garantir “condições institucionais” para “um caminho novo, unificador”, apontando que não abandona o partido “no momento mais difícil da sua história”. “Uma coisa quero garantir: no que de mim depender, o CDS não acaba aqui. Farei um conjunto de contactos para confirmar que há condições institucionais e práticas para que o CDS possa começar um caminho novo, unificador, mobilizador e respeitador”, escreveu o eurodeputado e presidente da Assembleia Municipal de Famalicão, na sua página de Facebook. “Apurando-se esse quadro de normalidade, serei candidato à presidência do CDS no próximo congresso”, anunciou o também líder da distrital de Braga do partido, que já tinha manifestado a intenção de disputar a liderança com o presidente demissionário, Francisco Rodrigues dos Santos, no congresso que esteve agendado para novembro, mas acabou por ser cancelado.

Eduardo Oliveira vai estrear-se como deputado

Jorge Paulo Oliveira vai continuar no Parlamento

lista de Famalicão será uma casa aberta a todos os famalicenses e eu serei um deputado presente e em contacto permanente com a sociedade civil do concelho”, afirmou. No distrito de Braga, o PS também conseguiu uma vitória superior à de 2019, ano que que venceu por uma curta margem o PSD. No domingo assim não aconteceu. Os socialistas obtiveram 42,02% dos votos e conseguiram eleger 9 deputados (mais um do que nas últimas Legislativas), enquanto os social-democratas ficaram-se pelos 34,78% e

mantiveram os oito deputados. De resto, no distrito, há várias alterações face a 2019, desde logo, com o Chega e o Iniciativa Liberal a eleger um deputado cada um. O BE a perdeu os dois deputados que tinha eleito em 2019, assim como o CDS que perdeu o deputado que tinha pelo distrito. Também aqui o Chega foi a terceira força mais votada, seguido da Iniciativa Liberal. O BE passou de terceira para quinta força política, seguido da CDU, que também não conseguiu recuperar o deputado que já tinha perdido em 2019.

Mário Passos espera “diálogo construtivo” com o próximo governo

Acessibilidades, transportes e saúde são prioridades O presidente da Câmara de Famalicão, já definiu quais os dossiês prioritários que apresentará ao futuro governo: acessibilidades, transportes, saúde e educação. Em declarações aos jornalistas, à margem da cerimónia de apresentação do patrulhamento móvel da Polícia Municipal, Mário Passos disse estar “muito disponível para dialogar com o próximo governo de Portugal”, por forma a que “consigamos ter os investimentos que já são reivindicados há muito tempo”. O edil destaca como prioridades, a

questão das acessibilidades, concretamente, a alternativa à EN 14 e o nó de acesso à A7 que quer ver concretizados. Na saúde, a descentralização de competências está para breve, mas Mário Passos, recorda que as unidades de saúde do concelho “estão num estado pouco recomendável e não cobrem as necessidades”, pelo que “espera que o governo faça os investimentos necessários antes de transitarem para a competência municipal”. O mesmo reivindica para a área da educação, destacando as obras de reabilitação da es-

cola Secundária Padre Benjamim Salgado, em Joane. Nos transportes, e numa altura em que o Município prepara a criação e uma nova rede de transporte público rodoviário, o autarca vai exigir que, “não só Famalicão, mas o resto do país, tenham as mesmas condições dos cidadãos que habitam nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto”. “Estou certo que da parte do Governo haverá compreensão, sensibilidade e recetividade por forma a que, em conjunto, possamos dar um contributo grande para

Portugal e para Famalicão”, concluiu. Quanto ao ato eleitoral do passado domingo, Mário Passos agradeceu a quem esteve nas mesas de voto. “Por intermédio deles, cumpriu-se o objetivo e tudo correu com normalidade e muita segurança.” Deu também os parabéns aos dois deputados famalicenses eleitos, manifestando-se disponível, enquanto presidente da Câmara, “para colaborar com eles, por forma a que possamos trazer benefícios para o território de Famalicão e para os famalicenses”.


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CIDADE

opiniãopública: 2 de fevereiro de 2022

Protesto decorreu na passada quinta e sexta-feira

Trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia em greve por melhores condições laborais Juliana Machado Na passada quinta e sexta-feira, dias 27 e 28 de janeiro, os trabalhadores do lar S. João de Deus da Santa Casa da Misericórdia de Famalicão, localizado em Gavião, fizeram-se ouvir. Tratou-se da primeira paralisação alguma vez feita na instituição e que teve como objetivo reivindicar melhores condições de trabalho e acabar com aquilo que classificam como perseguição laboral. Em causa estão, segundo os funcionários, os horários desregulados com uma folga semanal, o pagamento de trabalho suplementar, a falta de contratação de trabalhadores com postos de trabalho efetivo, bem como o assédio laboral aos trabalhadores sindicalizados, que são cerca de dez. A greve contou com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), que garantiu estar “pronto para proteger os trabalhadores” e confirmou algumas das acusações feitas, nomeadamente, a identificação prévia dos

participantes no protesto. Quanto às negociações com a direção da Santa Casa, Ana Rodrigues, coordenadora do CESP, garante que estas já decorrem há cerca de um ano. “Pedimos uma prevenção de conflitos para resolver pacificamente as questões das trabalhadores, que não resultou. Foi prometida uma reunião geral para o passado mês de dezembro, que nunca chegou a acontecer”, referiu a responsável. A coordenadora do sindicato disse ainda não ter dúvidas que os cuidados aos utentes ficam comprometidos, uma vez que “os relatos que chegam ao sindicato é que existem, em média, três trabalhadoras para cerca de 90 utentes”. Já Conceição Costa, delegada sindical da Santa Casa, garante que a situação já se vem a arrastar há bastante tempo, mas com o início da pandemia, tudo piorou. A falta de recursos humanos é aquilo que mais preocupa os trabalhadores, que têm consciência que o serviço prestado não é o melhor, mas dizem não ter mãos a medir. A porta-voz dos trabalhadores pub

dá, inclusive, exemplos específicos como o facto de existirem “idosos que ficam sem a medicação, que vão para a cama sem comer e que ficam horas nos corredores à espera de serem deitados”. “As funcionárias iniciam o levantamento dos utentes às cinco da manhã e, por vezes, às 13 horas ainda há utentes na cama sem a higiene feita”, acrescenta. Os “castigos, a pressão e as ameaças de processos disciplinares” foram os motivos que levaram os trabalhadores a recorrer ao Sindicato por forma a terem mais proteção, garantiu ainda a responsável. Apesar do mau funcionamento, com o qual diz não poder corroborar, Conceição Costa afirma ainda que este tipo de situações nem sempre são do conhecimento das famílias dos utentes. Rosário Marques é precisamente um exemplo contrário. A familiar de uma das utentes queixa-se dos tratamentos e pondera até retira-la da instituição. O motivo do seu descontentamento, e que a fez marcar presença na greve, prende-se, diz,

com um tratamento realizado pela fisioterapeuta da instituição, “com panos quentes, que conferiu queimaduras graves” na idosa de 95 anos e que lhe “retirou a mobilidade e independência”. A cidadã fez, inclusive, uma queixa-crime na polícia. Santa Casa diz que greve “tem motivações externas” Apesar da adesão à greve ser difícil de quantificar, uma vez que, de acordo com a delegada sindical, algumas das trabalhadoras estavam de baixa médica ou a assegurar os serviços mínimos, na manhã de sexta-feira foi possível contabilizar 25 pessoas presentes no protesto. Também a direção da Santa Casa da Misericórdia de Famalicão se pronunciou, em comunicado às redações, acerca dos protestos, referindo “que não existem fundamentos válidos para a convocação da greve, uma vez que a instituição sempre pautou a sua atuação pelo cumprimento da lei e pelo diálogo”. Esclarece ainda que não houve nenhuma alteração em termos de horários de trabalho, pelo que se

mostra espantada com um comportamento que classifica como “agressivo para com uma instituição secular que sempre se pautou pelo bom relacionamento com os trabalhadores”. A terminar, a Santa Casa acrescenta que, na sua interpretação, esta greve “tem motivações externas, alheias a questões laborais”. Ainda no primeiro dia de greve, a Misericórdia emitiu novamente um comunicado no qual elucidou “que eram 11 os funcionários presentes na manifestação divulgada pelos órgãos de comunicação social, sendo os restantes elementos figurantes”, acrescentando que “a Santa Casa da Misericórdia de Famalicão tem 178 ao seu serviço”. No entanto, ao que foi possível apurar, apenas os trabalhadores do lar S. João de Deus participaram na greve, que não se estendeu às restantes valências da instituição. O segundo dia de greve ficou marcado por um desfile com início na rotunda Bernardino Machado, que terminou com uma concentração na sede da Santa Casa da Misericórdia, na Rua Barão da Trovisqueira.

Câmara mantém isenção de taxas para esplanadas até 30 junho A Câmara de Famalicão vai manter, até 30 de junho de 2022, a suspensão do pagamento das taxas devidas pela ocupação do espaço público com esplanadas, publicidade ou outros, bem como da publicidade colocada nos estabelecimentos comerciais. A medida foi aprovada na reunião do executivo da passada quinta-feira e a autarquia justifica- a pela situação excecional vivida, provocada pela pandemia.


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Câmara aprova projeto de urbanização na zona poente da cidade

Antiga fábrica Silma dá lugar a nova zona habitacional Vai nascer a poente da cidade de Famalicão uma nova zona habitacional. O projeto é de iniciativa privada e será concretizado nos terrenos da antiga fábrica Silma, logo ao seguir ao chamado “viaduto da Reguladora” sob a linha férrea. A intervenção urbanística envolve uma área de 12.305 metros quadrados, entre a Rua José Carvalho e a chamada “Mata da Reguladora” e vai permitir recuperar uma zona degradada há vários anos. O projeto foi apresentado, na passada quinta-feira, em reunião de Câmara, que aprovou a delimitação desta Unidade de Execução, que vai agora para discussão pública por um período de 20 dias. Na proposta que foi aprovada pelo executivo é referido que a concretização desta Unidade de Execução permitirá “eliminar umas antigas instalações industriais, que se encontram devolutas e em elevado estado de degradação, e criar oferta de habitação, junto ao centro da cidade, numa área privilegiada do ponto de vista de oferta de transportes públicos”,

dada a proximidade da Estação Ferroviária. Para o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, “a cidade está a crescer a 360º e este é um bom exemplo”, acrescentado que “estamos a falar de uma área nobre da cidade, mas degradada”. Por isso, o edil mostra-se satisfeito por “haver interesses privados em investir, nomeadamente, em comércio e, sobretudo, habitação, já que mais de 90% daquela área destina-se a este fim”. “É uma boa notícia e estamos a aproveitar esse investimento privado para resolver aquela zona menos bonita da cidade”, completa. Mário Passos acredita também que este é mais um contributo para que se vá atenuando o défice de habitação que existe em Famalicão. “Com isto, também esperamos que os preços comecem a baixar um pouco e a estar mais acessíveis à população em geral, que sob o ponto de vista da aquisição, quer do arrendamento”. C.A.

Equipamento vai ter também horário de verão e de inverno

Mercado Municipal passa a estar aberto ao domingo

A Câmara de Famalicão aprovou um novo horário de funcionamento para a Praça-Mercado Municipal. Na prática, o equipamento vai ter um horário de verão e outro de inverno e passara estar aberto também ao domingo. Na proposta, aprovada na última reunião do executivo, a alteração é justificada com a necessidade de fomentar “a aproximação e defesa dos interesses dos operadores no Mercado e a procura do público”. Assim, no período de verão, que vigorará entre 15 de abril e 14 de outubro, o horário geral será das 7h00 às 24h00, de segunda a quinta-feira; das 8h00 à 24h00 aos domingos e feriados; e das 7h00 à 1h00 à sextafeira, sábado e vésperas de feriado. Há, contudo, variantes relativamente aos ramos de atividade. Para o Mercado Permanente, onde estão os vendedores de fruta, legumes,

flores e as peixarias e talhos, o horário de funcionamento é até ás 20 horas de terça-feira a sábado, com abertura facultativa á segunda-feira e ao domingo. O mercado ciclo mantém o horário das 7h00 às 13 horas, de segunda a sábado Já a restauração funcionará das 11h00 às 24 horas, com exceção de sexta, sábado e véspera de feriados onde pode funcionar até à 1 hora da manhã. No período de inverno, que vigorará entre 15 de outubro e 14 de abril, a principal alteração vai para a hora de encerramento, que passará a ser às 22 horas para a restauração, com exceção de sexta-feira, sábado e véspera de feriados em que poderá encerrar às 24 horas. Neste período a restauração estará encerrada à segunda-feira. Já o mercado permanente encerrará também mais cedo, às 18 horas.

A intervenção irá reabilitar uma zona degradada da cidade

Centenária não recorre a nenhuma medicação

Adelaide Esteves completou 100 anos, é perfeitamente autónoma e adora chocolate Na passada sexta-feira, Famalicão passou a contar com mais uma cidadã centenária. Adelaide Emília Dantas Esteves fez 100 anos. Adelaide nasceu em 28 de janeiro 1922 na freguesia de Candemil, Vila Nova de Cerveira e durante a sua vida esteve radicada em alguns pontos do país, fruto da atividade profissional do seu falecido marido, que era agente da PSP. Desde há muitos anos que mora em Famalicão, no centro da cidade. Com uma memória ímpar, autónoma no seu quotidiano, caminha e alimenta-se perfeitamente sozinha. Praticamente desde que nasceu o seu filho mais novo, já lá vão mais de 60 anos, que nunca teve necessidade de se deslocar a um médico ou a um hospital. Contam-se pelos dedos duma mão uns raros episódios de deslocações de médicos a casa, apenas quando surgia alguma gripe mais forte ou algo parecido, e sempre após grande insistência da família, pois para ela está sempre tudo bem. Não toma nenhuma medicação, ainda consegue ler e

escrever, vê televisão, está sempre a par de todas as notícias do dia-a-dia e o seu grande "vício" é… comer chocolate. Adelaide tem tês filhos, oito netos e cinco bisnetos, todos vivos. “Completar um século de vida é pertencer à história do

mundo de uma forma mais profunda, autêntica e rara. Hoje, a nossa querida familiar alcança essa grande meta e não poderíamos estar mais felizes. Parabéns por celebrar 100 anos querida mãe, sogra, avó, bisavó e amiga”, escreve a família em nota enviada ao OPINIÃO PÚBLICA.


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O OPINIÃO PÚBLICA foi conhecer a situação dos sem-abrigo em Famalicão

Da realidade dura da rua ao amparo de um teto Cristina Azevedo Não se sabe ao certo quantos existem no concelho, até porque o número vai variando, mas, neste momento, estão sinalizados pela Associação Dar as Mãos, em parceria com os serviços sociais do Município, cerca de 20 sem-abrigo em Famalicão. Nem todos vivem na rua. Perto de metade conseguiram um teto nas duas casas-abrigo, localizadas nos arredores da cidade, disponibilizadas pela Câmara Municipal e geridas pela Dar as Mãos. “Fundamentalmente, são pessoas com problemas de alcoolismo e droga, que são banidos pela família e que acabam por cair nesse sistema”, explica Bacelar Ferreira, vice-presidente da Dar as Mãos, acrescentando que, regra geral, são pessoas “relativamente novas, embora pareçam mais velhas”. Alguns estão na casa-abrigo há vários anos, “são praticamente residentes, fizeram a sua desintoxicação e tratamento e por cá ficaram”. Francisco, de 68 anos, está na casaabrigo há oito anos. O vício do álcool e a doença acabaram por o afastar da família e atirá-lo para a rua, já não sabe ao certo quando, apenas que foi “há muito tempo”. “Comecei por dormir junto às antigas urgências do Hospital de Famalicão, depois dormi dentro das camionetas da Santa Filomena, que existem quem vai para a Estação”, recorda este ex-operário da construção civil, que chegou também a pernoitar nas casas de banho que existiam no campo da feira e nos bancos de pedra junto ao edifício dos Paços do Concelho. De sem-abrigo a voluntário da Dar as Mãos Desse tempo, em que passou frio e fome, não gosta de falar… a voz fica embargada. Mas Francisco acabou por vencer o vício e até se tornou voluntário da Dar as Mãos. “Trabalhei lá muito ano… a ajudar”. Lembra-se do tempo em que tratava do quintal que existia na seda da associação, antes da construção da cantina social, na Avenida Marechal Humberto Delgado, e de ajudar a transportar móveis. “Era onde passava o tempo”, afirma.

Cerca de metade dos 20 sem-abrigo sinalizados vivem em casas cedidas pela Câmara e geridas pela associação

Hoje, a saúde frágil não lhe permite continuar a prestar essa ajuda. Passa os dias na casa, a fazer “sopas de letras” e a executar algumas tarefas domésticas. “Quando é a minha vez, vou limpando no meu vagar, a perna não ajuda…”, conta. Francisco tem família, filhos, mas os laços foram desfeitos. Emociona-se quando lhe perguntamos se gostaria de reatar o contato… e a voz volta a embargar-se. As histórias vão-se repetindo, de projetos de vida perdidos por circunstâncias que, muitas vezes, nem os próprios entendem ou sabem explicar. Teixeira, de 69 anos, é um dos residentes mais recentes da casa-abrigo. Foi resgatado há cerca de dois meses, quando dormia no carro, no parque da Biblioteca Municipal. Depois de um divórcio e de uma segunda relação que também não correu bem, acabou sem teto. “Fui expulso de casa, não tinha para onde ir, nem meios”. Acabou por ser abordado “pela polí-

A cantina social proporciona uma refeição diária aos sem-abrigo

cia e por outras pessoas”. E conta os diálogos estabelecidos: “Perguntavam-me o que estava ali a fazer e eu respondia: estou a dormir, porque não tenho para onde ir. E o senhor está bem? “Não, não estou, doem-me as pernas”. Foi então que o encaminharam para a Associação Dar as Mãos, a quem agradece o apoio. “Emagreci muito, mas desde que vim para cá já engordei bem”. “Sem água, sem luz… isto não é vida” Além de casa, a Dar as Mãos fornece também uma refeição diária, roupa e faz o encaminhamento para os centros de tratamento, em caso de dependências. Aceitar o tratamento é um dos requisitos para ser alojado e é também o principal motivo para que alguns dos sem-abrigo continuem a viver na rua. “Uns recusamse a fazer o tratamento, outros acabam por desistir e voltam à vida que tinham”, explica Bacelar Ferreira que reconhece que nem todos os casos são de sucesso.

Mas para esses, a Dar as Mãos também tem uma resposta: a cantina social que lhes fornece uma refeição diária, além de roupa e até, antes da pandemia, a possibilidade de um banho quente. “Infelizmente, com a Covid 19 tivemos que fechar o balneário”, lamenta Bacelar Ferreira, que quer retomar o serviço, logo que as condições o permitam. Ao final da tarde, Manuel, 48 anos, toxicodependente, vai buscar essa refeição. Durante o dia arruma carros, à procura da “moedinha”, e à noite abrigase numa casa abandonada, nos arredores da cidade, “sem água, sem luz… sem nada”. “Isto não é vida”, desabafa, acrescentando que no casebre estão mais dois toxicodependentes. Já fez tratamento e recaiu. Para já, o vício tem sido mais forte, mas Manuel não perde a esperança. “Já podia ser pai… já podia ter uma mulher… infelizmente, não tenho nada. O que me interessa é sair deste ambiente… quero sair desta vida o mais rápido possível”.

Manuel pernoita numa casa abandonada sem água e sem luz


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“Temos a capacidade de olhar olhos nos olhos” Ana Pedra e Cátia Pereira são as técnicas da Associação Dar as Mãos que acompanham estes casos. “Todas estas pessoas têm uma história de vida, a maior parte tem filhos, já tiveram relacionamentos e situações profissionais concretas”, começa por dizer Ana Pedra, que atribui às dependências, sobretudo do álcool, a principal razão para acabarem em situação de semabrigo. Quase todos os dias, Ana e Cátia visitam as casas-abrigo e é “esse bocadinho” em Cátia Pereira e Ana Pedra que estão com os residentes que faz a diferença. “Alguns até vêm à sede da associação, todos os dias, para conversar connosco. E é esta parte mais humana que faz falta”, diz Cátia Pereira. A missão destas duas técnicas vai, assim, muito além do encaminhamento destas pessoas para os centros de tratamento ou de os levar a uma consulta médica ou mesmo tratar-lhes dos documentos oficiais, como o cartão de cidadão. “No fundo, acho que temos a capacidade de os olhar olhos nos olhos, de eles sentirem que têm em nós pessoas que os podem apoiar e que os encaram como iguais, como seres humanos”, completa Ana Pedra.

Novo projeto

Dar as Mãos projeta residência com capacidade para acolher 30 pessoas

Bacelar Ferreira espera que a obra arranque dentro de um ano

Com mais de 25 anos de existência, a Associação Dar as Mãos tem na forja um novo projeto de apoio aos sem-abrigo, que passa pela construção de um edifício de raiz, com capacidade para acolher até 30 pessoas nessa situação e também com estruturas para receber famílias que necessitem de realojamento temporário urgente, como é o caso daquelas que ficam sem casa devido a um incêndio, por exemplo. A Câmara Municipal já se disponibilizou a ceder à associação um terreno no lugar de

Ribaínho, em Calendário, para esse efeito. Agora, está a ser preparada uma candidatura à Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário (BNAUT) por forma a aproveitar os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência. “Queremos que seja um espaço onde essas pessoas não só estejam alojadas, mas possam aí desenvolver atividades que depois lhes sejam úteis”, explica o vice-presidente da associação, Bacelar Ferreira, aditando que a ideia é criar oficinas de carpintaria, serralharia e de

outros ofícios. “Queremos também ter hortas que eles possam cultivar, porque é importante que ocupem o tempo e se sintam úteis”, acrescenta. O projeto ainda está em execução, mas Bacelar Ferreira adianta que a obra deverá rondar os 2,5 milhões de euros. Todo o processo está a ser preparado em parceria com o Município de Famalicão tendo sido já efetivada a “manifestação de interesse” junto da BNAUT. A expectativa do responsável é que a obra possa avançar no terreno dentro de um ano.

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Saneamento

Câmara baixa preço de limpeza de fossas para garantir serviço a 100% A partir do dia 1 de fevereiro a cobertura do serviço de recolha de águas residuais (saneamento) no concelho passa a ser de 100%, com a introdução do serviço de limpeza de fossas séticas, ao mesmo preço do serviço prestado pela rede, para os cidadãos que, em Famalicão, ainda não são servidos pela rede de saneamento básico. Na reunião de Câmara, na passada quinta-feira, o executivo municipal aprovou uma proposta de alteração da tarifa aplicável ao serviço de limpeza de fossas em locais não servidos pela rede de águas residuais. Na prática, e considerando uma cisterna com capacidade de recolha para 6 m³ de águas residuais, os famalicenses abrangidos vão pagar, neste caso, oito euros por cada vez que acionarem o serviço de limpeza das suas fossas séticas. Mário Passos, presidente da Câmara Municipal, que assumiu este compromisso com os famalicenses no decurso da sua campanha eleitoral, realça a importância da medida “por garantir o serviço público de saneamento a todos os aglomerados famalicenses, o que é da mais elementar justiça, e pela proteção ambiental que se consegue através da preservação dos lençóis freáticos e da dissuasão de descargas ilegais para o meio ambiente.” O serviço vai poder ser requerido pelos cidadãos através de formulário disponível em www.famalicao.pt ou via telefone, através do número 252377036. Para garantir o serviço, vão estar duas cisternas de recolha disponíveis, uma com capaci-

dade para 6 m³ e outra para 10 m³. Segundo a autarquia, após a conclusão das empreitadas que estão em curso, a taxa de cobertura da rede de saneamento no concelho será na ordem dos 90%. “Para os restantes 10% que não têm rede, é justo que tenham um custo idêntico àqueles que têm rede”, finaliza o edil.

Ciclo “Projeções e Conversas com Jovens Cineastas” percorre escolas

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YMotion leva cinema jovem premiado a alunos do Norte

A edição 2022 do Festival de Cinema Jovem de Famalicão, YMotion, já está a dar os primeiros passos. Na passada quinta-feira arrancou o ciclo “Projeções e Conversas com Jovens Cineastas” que decorre até 10 de março, percorrendo escolas secundárias e instituições de ensino superior de Famalicão, Porto e Santo Tirso. Estão previstas seis sessões que compreendem o visionamento de filmes premiados na 7ª edição do festival (2021), seguido de discussão com a presença dos realizadores e jovens estudantes nas áreas do cinema, audiovisual e multimédia. As sessões vão contar, de igual modo, com a presença de

convidados ligados ao cinema, como o jornalista e crítico de cinema, Rui Tendinha, a atriz Sónia Balacó, o realizador Pedro Peralta, a atriz Leonor Seixas, o jornalista de cinema Tiago Alves, entre outros. Para além de divulgar as obras cinematográficas premiadas no YMotion junto do público escolar, este ciclo de projeções e conversas visa explorar, em contexto de sala de aula, a importância estética e temática dos filmes, bem como estreitar laços com professores e alunos, no que refere à conceção/realização de futuros trabalhos cinematográficos, possíveis de ser submetidos em festivais de cinema nacionais e

internacionais. A iniciativa vai passar pela Escola Profissional do Instituto Nun’Alvres – Oficina (Santo Tirso), Escola Secundária Padre Benjamim Salgado (Famalicão), Escola Secundária Camilo Castelo Branco (Famalicão), Instituto Multimédia (Porto), Escola Superior Artística do Porto e Escola Artística Soares dos Reis (Porto). Recorde-se que o YMotion é um festival organizado pelo Município de Famalicão desde 2015, que se tem vindo a afirmar no circuito de mostras e festivais de cinema do país, servindo de alavanca para o trabalho de jovens cineastas dos 12 aos 35 anos de idade.


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Gerações renova tradição de cantar os reis

Pandemia obriga Orfeão Famalicense a interromper atividade

Face ao novo aumento de casos de Covid 19, o Orfeão Famalicense viu-se obrigado a interromper, novamente, os trabalhos. Neste mês de janeiro já foram canceladas três apresentações, mas a união dos orfeãos continua. “Graças à dedicação do maestro e professor Fernando Dantas Moreira e dos orfeonistas, vão-se mantendo os encontros através das redes sociais, nomeadamente através do WhatsApp, para manter vivo o fervor e o amor à música e ao Orfeão Famalicense”, explica a instituição cultural em comunicado.

CIDADE

Prestes a celebrar 106 anos de atividade, as festividades também foram canceladas devido à pandemia de Covid 19, mas não ficam esquecidas e através das redes sociais as vozes dos orfeonistas hão de fazer-se ouvir. De recordar que o último concerto em que o Orfeão Famalicense participou foi no dia 12 de dezembro, na Basília dos Congregados, na cidade de Braga. Também o concerto de ano novo, com a participação da Arteduca – Conservatório de Música de Famalicão, que se realizaria durante o mês de janeiro, foi cancelado. pub

Apesar da pandemia de Covid-19, a Associação Gerações não deixou cair a tradição popular de cantar os reis caraterística do mês de janeiro. Ao longo do mês, as crianças da instituição percorreram várias ruas da cidade, sempre acompanhadas pelas educadoras e pelo pessoal de apoio, detendo-se especialmente nas lojas de pais que têm filhos a frequentar a instituição. “As festas e tradições populares têm sempre um cantinho especial na Associação Gerações que consegue integrá-las no processo de desenvolvimento das crianças e no conhecimento do Mundo”, garantiu a instituição em comunicado às redações. Na mesma nota, a Associação Gerações referiu que a pandemia músicas, sendo esta “uma reali- não pode ser escondida das criantambém se refletiu nas letras das dade dos tempos modernos que ças”. pub


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FREGUESIAS

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Agrupamento de Escolas de Ribeirão cria sweatshirt para fácil identificação dos alunos

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A criação do novo “Clube dos Multimédia” e de sweatshirts institucionais foram as grandes novidades apresentadas na assembleia dos delegados e subdelegados dos 2º e 3º ciclos do Agrupamento de Escolas de Ribeirão, com a presença da diretora Elsa Carneiro. O novo “Clube dos Multimédia” tem como objetivo principal promover competências na área da produção e divulgação de conteúdos digitais em multimédia dos alunos. Já a sweatshirt do agrupamento, que coloca em destaque o seu logotipo, vai permitir a identificação dos alunos tanto nas atividades realizadas na es-

cola, como fora dela. Em comunicado, a direção do Agrupamento refere que “a pertinência desta iniciativa tem em conta que já foram retomadas as visitas de estudo, que terão maior expressão a partir de agora, no 2º e 3º períodos”. A sua aquisição pode ser feita junto dos serviços de reprografia ou no PBX. De referir que o encontro se realizou em duas sessões sucessivas, juntando, pelas 10h30, os representantes dos alunos do 2º ciclo e, às 11h30, os do 3º ciclo, por forma a identificar alguns dos temas mais relevantes da vida e atividade escolar, juntamente com um balaço do primeiro período letivo.

Didáxis recebe 1º prémio de concurso promovido pela Águas do Norte A Didáxis recebeu, a semana passada, o prémio do concurso de fotografia “Aproveitar + A Água e a Escola”, promovido pela empresa Aguas do Norte. A escola de Riba d’Ave venceu o concurso na vertente do Ensino Secundário com um trabalho das alunas do 12º ano de Geriatria. Na cerimónia de entrega do prémio estiveram presentes o vereador do Ambiente do Município de Famalicão, Hélder Pereira; o vereador da Educação, Augusto Lima; a administradora da Águas do Norte, Fernanda Lacerda; bem como a Direção da escola, alunos e professores. Todos elogiaram o trabalho da turma e reforçaram a importância da colaboração nestes projetos que, neste caso, “faz refletir acerca deste bem essencial – a água – e a qualidade da água que consumimos”, refere a Didáxis.

Confraria de Nossa Senhora dos Remédios e Almas inicia cobranças anuais A Mesa da Confraria de Nossa Senhora das Remédios e Almas de Calendário vai dar início à cobrança dos anuais, para o ano de 2022. A Confraria informa, em comunicado, que caso as pessoas não estejam em casa será deixado na caixa do correio uma cópia do recibo,

que poderá ser pago pelo multibanco, a partir deste ano. Também a sede estará aberta nos primeiros fins de semana dos meses de fevereiro, março, abril e maio, aos sábados, entre as 9h e as 12h30 e aos domingos entre as 9h e as 12h.


opiniãopública: 2 de fevereiro de 2022 FREGUESIAS 13 pub

Novo espaço cultural de Riba d’Ave terá oferta variada

Programação do Teatro Narciso Ferreira arranca em março

EDITAL

PROCEDIMENTO PARA LOCAÇÃO DO BAR DO PARQUE DE LAZER DE GONDIFELOS

Manuel Novais Oliveira, Presidente da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Gondifelos, Cavalões e Outiz TORNA PÚBLICO, que em conformidade com a deliberação tomada em reunião ordinária da Junta de Freguesia de 24 de janeiro de 2022, foi decidido proceder à abertura de procedimento pré-contratual que visa escolher um operador económico para a locação do Bar do Parque de Lazer de Gondifelos, sito na Rua do Sobreiro, Gondifelos, União das Freguesias de Gondifelos, Cavalões e Outiz, concelho de Vila Nova de Famalicão, de acordo com as seguintes condições: 1.Objeto do Procedimento O procedimento visa escolher um operador económico para a locação do Bar do Parque de Lazer de Gondifelos, sito na Rua do Sobreiro, Gondifelos, União das Freguesias das Gondifelos, Cavalões e Outiz, concelho de Vila Nova de Famalicão, destinado exclusivamente à instalação de um estabelecimento de café e snack-bar, por um período de 04 (quatro) anos, renovável por períodos sucessivos de 01 (um) ano, se nenhuma das partes de opuser à renovação no tempo e pela forma designada no artigo 1055.º do Código Civil. 2.Consulta das Peças do Processo a)As peças do procedimento, constituídas pelo programa de procedimento e caderno de encargos encontram-se patentes no edifício sede da Junta de Freguesia, onde podem ser examinadas, durante as horas de expediente, das 12:00 horas às 18:00 horas. b)As peças do procedimento encontram-se também disponíveis na página eletrónica da União de Freguesias http://www.ufgco.pt, onde poderão ser consultadas/examinadas. 3.Apresentação das Proposta As propostas terão de ser entregues em suporte de papel até às 18:00 horas do 15.º dia, após a publicação do anúncio, pelos concorrentes ou seus representantes, na sede da Junta de Freguesia sita na Rua da Igreja, n.º 28, 4760-503 Gondifelos, contra recibo, ou remetidas pelo correio sob registo e com aviso de receção. 4.Prazo de Manutenção das Propostas O prazo mínimo de manutenção das propostas é de 66 (sessenta e seis) dias e terá de constar expressamente da proposta. 5.Abertura das Propostas A abertura de propostas terá lugar no edifício sede da Junta de Freguesia da União das Freguesias de Gondifelos, Cavalões e Outiz, pelas 14:00 (catorze) horas do quinto dia útil subsequente à data limite para a apresentação de propostas. 6.Critério de Adjudicação O critério que presidirá à apreciação das propostas para adjudicação será o da proposta economicamente mais vantajosa. As propostas serão analisadas e valoradas (de 0 a 20), de acordo com a seguinte fórmula: PG = (25%.V) + (25%.R) + (25%.E) + (25%.C). A fórmula referida no ponto anterior será concretizada nos seguintes termos: a) PG representa a pontuação global da proposta (de 0 a 20); b) V representa a pontuação obtida no variável do valor de adjudicação – valor proposto a pagar pela adjudicação, que terá por valor base o montante de 750,00€:

O edifício beneficiou de obras de renovação no valor de 3.5 milhões de euros

O arranque da programação regular do Teatro Narciso Ferreira, em Riba d’Ave, vai acontecer no próximo mês de março, anunciou esta semana a Câmara Municipal de Famalicão. A sétima Arte será uma das apostas da nova casa de espetáculos ribadavense. A programação proposta pela Equipa Multidisciplinar da Casa das Artes de Famalicão, que assume a direção programática do espaço, prevê a realização de dois ciclos de cinema, para famílias e para as escolas, com periodicidade quinzenal e mensal, respetivamente. O Circo Contemporâneo, a música e a dança serão também expressões constantes na oferta cultural do espaço, que deverá arrancar com uma programação regular em março próximo. “Será uma programação plural e eclética com valorização dos agentes culturais do território, em particular da área de influência do equipamento”, refere o diretor da Casa das Artes, Álvaro Santos. “Esta abertura do espaço aos projetos culturais gerados na comunidade e disponibilização de

uma programação direcionada para a formação de públicos, através da promoção e desenvolvimento de linguagens artísticas, posicionará rapidamente o Teatro Narciso Ferreira como mais uma referência cultural de Famalicão, na região e no país”, afirma, por seu lado, Mário Passos, presidente da Câmara Municipal. A apresentação de propostas locais para residências artísticas será, assim, outra das áreas programáticas presentes no Teatro que se pretende como “farol irradiador de cultura e forno de criação artística local”. O Teatro Narciso Ferreira vai ser também um dos palcos das comemorações dos “400 anos do nascimento de Moliére” em Portugal. Em maio, o novo espaço vai acolher uma mostra de teatro sobre a vida e obra do dramaturgo, inserida no Festival de Teatro evocativo da data, promovido pelo Município, o Instituto Francês de Portugal/Embaixada de França em Portugal, a Alliance Française de GuimarãesBraga, o E.Leclerc Famalicão (Culturissimo France), a ACE Famalicão - Escola de Artes, a APPF

- Associação Portuguesa de Professores de Francês, o “Drameducation – dispositivo 10 sur 10”, o Agrupamento de Escolas D. Sancho I, o Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado e o Agrupamento de Escolas de Gondifelos. Recorde-se que o Teatro Narciso Ferreira, recebeu obras de renovação, 77 anos após a sua inauguração em maio de 1944. A reabilitação do emblemático edifício, que estava fechado há 20 anos, permitiu dotar o espaço de qualidade excelente, não só do ponto de vista da arquitetura, da autoria do arquiteto Noé Diniz, mas dos equipamentos, da funcionalidade, dos meios técnicos e da potencialidade. O projeto de recuperação contou com um investimento de 3,5 milhões de euros, resultante de verbas aprovadas no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), assinado entre a autarquia e o Programa Operacional NORTE 2020, com o município a garantir um cofinanciamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), no valor de 2,9 milhões de euros.

JSD vai promover recolha de eletrodomésticos A JSD de Antas e Abade de Vermoim, em parceria com os Vicentinos desta união de freguesias, vai promover uma recolha de eletrodomésticos, até ao dia 14 de fevereiro. Quer estejam estragados ou em bom estado, a população poderá entrega-los nos dois pontos de recolha disponíveis. São eles, na freguesia de Antas, a sala da ARCA, na antiga Escola da Boca, na rua de S. Cláudio. Já em Abade de Vermoim, a recolha decorre na antiga Escola Primária, localizada rua 25 de Abril.

c) R representa a pontuação obtida na variável renda mensal proposta – valor mensal proposto pagar, e que terá por valor base o montante de 170,00€ mensais:

d) E representa a pontuação obtida na variável qualidade do projeto de exploração – ideia/conceito de estabelecimento comercial a instalar no espaço, em especial a sua inserção e a sua adequabilidade no espaço existente e na envolvente, de acordo com os seguintes níveis qualitativos:

e) C representa a pontuação obtida na variável curriculum profissional – anos de experiência do concorrente no desenvolvimento da atividade a desenvolver no espaço objeto do presente procedimento:

7. Análise das Propostas As propostas admitidas serão analisadas pelo Júri, em sessão privada, após a abertura das mesmas. O Júri do procedimento elaborará um relatório preliminar fundamentado sobre o mérito das propostas, ordenando-as, para efeitos de adjudicação, de acordo com os critérios de adjudicação, fatores e eventuais subfactores de apreciação das propostas e respetiva ponderação.

8. Audiência Prévia Elaborado o relatório de apreciação das propostas, o Júri envia-o a todos os concorrentes admitidos ao procedimento, para que, no prazo de 5 (cinco) dias, se pronunciem por escrito, ao abrigo do direito de audiência prévia.

9. Inspeção ao Local Os interessados, caso entendam e até à data limite para a apresentação de propostas, podem proceder à visita do prédio a locar, devendo para o efeito solicitar, por escrito a marcação de dia e hora para a realização da visita ao local.

Gondifelos, 31 de janeiro de 2022

O Presidente da Junta de Freguesia (Manuel Novais Oliveira)


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FREGUESIAS

opiniãopública: 2 de fevereiro de 2022 pub

Obra deverá arrancar brevemente

Vai nascer uma biblioteca em Landim Juliana Machado

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É já este ano que os landinenses vão passar a contar com mais um espaço de lazer e cultura. Na zona central da freguesia, no local onde estava previsto uma pizzaria, vai nascer uma biblioteca, com computadores para aqueles que não tem internet em casa e ainda com um espaço de cafetaria e quiosque. Esta foi precisamente uma das novidades apresentadas pelo presidente da Junta de Freguesia, Avelino Silva, em entrevista ao programa “Famalicão de Lés-aLés” da Fama Rádio e Televisão. A cumprir o seu último mandato, o autarca diz ter projetos ambiciosos para a freguesia. Este era um deles, mas está agora mais perto que nunca de se concretizar, garantindo até que o projeto está praticamente pronto a avançar. Outra das obras de relevo destacadas durante a mesma entrevista é a construção da variante para a substituição do Caminho Municipal 1521 que liga a União das Freguesias de Ruivães e Novais a Landim, via onde passam cerca de 40 a 50 veículos pesados por dia. Avelino Silva diz não ter dúvidas que esta seria uma “obra que enchia o peito a todos os landinenses”, mas está pendente de um financiamento de cerca de três milhões e meio de euros. Outra das ambições do autarca é a construção de uma casa mortuária, que fique próxima do cemitério da freguesia, uma vez atualmente os velórios decorrem na Capela de S. Brás, que dista cerca de dois quilómetros do cemitério. No que toca à habitação, Avelino Silva garante que há muitas famílias a quererem mudar-se para a

freguesia e que há “muita carência de construção”. Para atender a todas a solicitações “seria necessário o triplo da oferta”. O autarca esclarece que está à espera que sejam aprovados alguns terrenos para construção para que cada vez se fixem mais pessoas em Landim. Avelino Silva acredita ainda que a construção de uma creche facilitaria também, não só o aumento da natalidade, como a fixação das famílias na freguesia. O autarca lança o repto a algumas entidades da freguesia para a concretização da obra, mas também mostra disponibilidade da Junta de Freguesia para a sua execução. “Quero acreditar que Landim não tem mais população por não haver uma creche. Os pais têm de levar os bebés para instituições mais distantes e pagar mais caro”, acrescentou. E com a construção de mais habitação, levanta-se também a

questão do saneamento. Landim tem, neste momento, cerca de 20% das ruas por concluir. De acordo com o autarca, tratam-se de locais com poucas habitações, mas com uma grande extensão de rua, o que eleva bastante os custos para a colocação da rede de saneamento. Por último, destaque ainda para a construção de um pavilhão coberto para as atividades desportivas da Escola Básica de Landim. Este é outro dos projetos que Avelino Silva pretende concretizar a curto prazo, assim que houver disponibilidade financeira. “Considero que esta é das melhores escolas do concelho de Famalicão. A única coisa que fica a faltar é apenas a construção de um pequeno pavilhão de 80 a 100 metros quadrados, encostado à cantina, que faz muita falta, principalmente no inverno”, finaliza o autarca.

Rumo Aventura volta às caminhadas e trilhos pedestres

No passado dia 22 de janeiro, e após quase dois anos de inatividade, o Rumo Aventura, de Lemenhe, voltou às caminhadas com um trilho pelos montes e passadiços de Valongo. “Um trilho com muito interesse para amantes de caminhadas, em que subimos até ao cimo do monte com o olhar sempre na capela de Santa Justa”, conta a associação. “Durante a caminhada desfrutamos da beleza cultural e paisagista de serras e vales de rios, salientando a singularidade geológica que nos leva a uma interessante caminhada pela Era Paleozóica”, acrescenta. Os vales dos rios Ferreira e Sousa convidaram ainda a um contacto com a natureza e a e aproveitar os grandes baloiços e os imponentes tronos romanos que existem por todo o trilho.


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Falecimentos

Albertina de Jesus Valente, no dia 24 de janeiro, com 90 anos, viúva de Fernando dos Santos Ferreira Gomes, de Viana do Castelo. Maria da Graça Gonçalves Fernandes, no dia 29 de janeiro, com 51 anos, casada com Tomás de Aquino Fernandes Vivas, de Bente. Maria Fernanda Carvalho da Costa, no dia 30 de janeiro, com 85 anos, de Vila Nova de Famalicão. Agência Funerária Rodrigo Silva, Lda - Vila Nova de Famalicão – Tel.: 252 323 176

Gravinda da Silva Ferreira, no dia 29 de janeiro, com 72 anos, viúva de José Fernando Moreira Alves, de Roriz (Santo Tirso).

António Armindo de Carvalho Neto, no dia 24 de janeiro, com 72 anos, casado com Joaquina Dias Ribeiro, de Novais.

Jerónimo de Abreu, no dia 27 de janeiro, com 87 anos, viúvo de Maria da Conceição Couto Azevedo, de Novais.

Sandra Maria da Silva Carvalho, no dia 25 de janeiro, com 36 anos, casada com Francisco da Silva Oliveira, de Esmeriz.

Maria da Costa Monteiro, no dia 24 de janeiro, com 80 anos, de Antas S. Tiago. Agência Funerária de Burgães Sede.: Burgães / Filial.: Delães Telf. 252 852 325

Elísio Manuel Ferreira Guimarães, no dia 25 de janeiro, com 87 anos, casado com Maria do Céu Almeida Pereira, de Oliveira S. Mateus. Jaime Ferreira Peixoto, no dia 26 de janeiro, com 84 anos, casado com Maria do Carmo de Oliveira e Sá, de Jesufrei.

Maria da Conceição Monteiro de Carvalho, no dia 25 de janeiro, com 79 anos, viúva Agostinho Abreu Dias, de Oliveira S. Mateus.

Maria Adelaide Martins Nunes, no dia 27 de janeiro, com 88 anos, viúva de Manuel Barbosa, de Bairro.

Ana Pereira da Silva, no dia 27 de janeiro, com 88 anos, viúva de Luís Marques, de Bairro.

Ana Monteiro Leal, no dia 28 de janeiro, com 81 anos, casada com José Correia Carneiro, da Carreira.

Rosa Dias Coelho, no dia 27 de janeiro, com 94 anos, viúva de António da Silva Campos, de Lordelo (Guimarães).

Francisco Marques Lagoa, no dia 28 de janeiro, com 78 anos, casado com Miquelina da Silva Andrade, de Bente.

Agência Funerária Carneiro & Gomes Oliveira S. Mateus – Telm. 91 755 32 05

Virgínio Augusto Martins da Silva, no dia 30 de janeiro, com 99 anos, casado com Olívia Silva Martins, de Vilar do Amargo (Figueira de Castelo Rodrigo).

Diamantino António Reis Soares, no dia 25 de janeiro, com 81 anos, casado com Belmira Cruz Vinhas, de Santiago de Bougado (Trofa).

Rosa Gonçalves de Faria Dinis, no dia 30 de janeiro, com 82 anos, casada com José Pereira Dinis, de Sequeirô (Santo Tirso).

Alfredo Dias da Costa, no dia 26 de janeiro, com 77 anos, de S. Martinho de Bougado (Trofa).

Agência Funerária da Lagoa Lagoa – Telf. 252 321 594

Victor Manuel Pereira Ribeiro, no dia 28 de janeiro, com 74 anos, casado com Maria de Fátima Azevedo Sousa Cruz, de S. Martinho de Bougado (Trofa). Rosa de Sousa Maia, no dia 29 de janeiro, com 68 anos, casada com Maurício Oliveira da Silva, de S. Martinho de Bougado (Trofa). Agência Funerária Trofense, Lda (S. Martinho de Bougado) Trofa – Tel.: 252 412 727

Carmen Celeste Martins de Azevedo, no dia 28 de janeiro, com 55 anos, casada com Paulo António Coelho Veiga de Oliveira, de Ruílhe (Braga). Plácido Rodrigues Faria Mendes, no dia 27 de janeiro, com 76 anos, casado com Maria de Fátima Araújo Reis Mendes, de S. Tiago da Cruz. Joaquim Sousa Gonçalves da Silva, no dia 29 de janeiro, com 73 anos, casado com Lucinda Fonseca e Silva, de Jesufrei.

Felisbina da Cunha Oliveira, no dia 25 de janeiro, com 90 anos, viúva do Manuel Azevedo Cruz, de Ribeirão. Cândido Freitas Ferreira, no dia 26 de janeiro, com 57 anos, casado com Eunice Maria Leite da Costa, de Ribeirão. Maria Moreira Campos, no dia 27 de janeiro, com 89 anos, viúva de José Azevedo Couto, de Ribeirão. Joaquim Rodrigues Santos, no dia 29 de janeiro, com 53 anos, casado com Maria de Fátima Ferreira de Oliveira Santos, de Ribeirão. Funerária Ribeirense Paiva & Irmão Lda Ribeirão – Telf. 252 491 433

João Meira, no dia 27 de janeiro, com 88 anos, viúvo Amélia Pereira de Oliveira, de Santiago da Cruz. Agência Funerária das Quintães Vale S. Cosme – Tel.: 252 911 290

Maria da Cunha, no dia 30 de janeiro, com 96 anos, viúva de Domingos Ferreira Pinto, de Ruílhe (Braga).

João Santos Azevedo, no dia 30 de janeiro, com 60 anos, de Fradelos.

Agência Funerária Arnoso - José Daniel Pereira Arnoso Santa Eulália - Telf. 91 724 67 03

Agência Funerária Palhares Balazar– Tel.: 252 951 147

Maria de Lurdes Alves da Silva, no dia 24 de janeiro, com 92 anos, casada com José Maria Lopes de Magalhães, do Louro.

Elsa da Conceição de Sousa Monteiro Rocha, no dia 30 de janeiro, com 72 anos, casada com Augusto da Silva Rocha, de Lousado.

Agência Funerária do Calendário Calendário – Tel.: 252 377 207

Agência Funerária Guimarães Sousa Lousado– Tel.: 911 124 387


opiniãopública: 2 de fevereiro de 2022 PRAÇA PÚBLICA 17

Pelos quatro cantos da ca(u)sa Domingos Peixoto

O continente rosa O que nos devemos questionar todos é: que tipo de sondagens, que objetivos dos comentadores, que políticas partidárias queriam “atirar o Povo Português” para uma governação que este demonstrou, inequivocamente, não desejar? Por que razão foram alvitrados os alarmismos do impedimento de votar de 1.2 milhões de cidadãos confinados? Parafraseando Mário Martins, já lá vão há volta de 8 anos, sobre o Parque da Devesa: “Impressiona a dimensão do manto verde…”, digo eu acerca do mapa resultante das legislativas de ontem: Impressiona o mapa continental pintado de rosa – não confundir, nunca com aqueloutro “Mapa Cor de Rosa” africano! As legislativas estão encerradas mas, em termos de votos - que já nada influenciam para além da dimensão dos resultados, falta distribuir as escolhas dos emigrantes relativas aos 4 mandatos que lhes cabem. A experiencia recente tem sido 2 eleitos PS e 2 eleitos PSD. Era para só fazer uma súmula das eleições na próxima semana mas as surpresas gerais foram tão extraordinárias que pouco mais haverá, de novo, que possa ultrapassar a longa noite eleitoral que há pouco acabou! Impõem-se desde já algumas conclusões: - As sondagens do decurso das várias campanhas partidárias estavam “todas” erradas no que dizia respeito à dimensão do resultado do vencedor; - Nunca houve qualquer “empate técnico” entre PS e PSD; - E quanto à Abs, nomeadamente por causa da pandemia, foi “tudo um mito”; - Há uma maioria absoluta; - A abstenção (Abs) foi 42,0%, 9,6% inferior a 2019; Sejamos mais claros e atentemos nas previsões divulgadas ao fecho das urnas resultantes, segundo afirmam os seus autores, de uma auscultação à “boca das ditas”: - Só a projeção da CNN acertou no intervalo da Abs; as outras 3 excediam-na, logo no seu valor mais baixo do intervalo que era superior ao mais elevado daquela; - As quatro projeções acertaram no intervalo do vencedor, que incluía a maioria absoluta; - Também acertaram no intervalo do resultado do segundo mais votado, à exceção da RTP3(!) que, por excesso ficou fora deste! A chamada do título justi-

fica-se, precisamente, porque todos os distritos do continente foram vencidos pelo PS, logo, rosa! Já sabem que “não sou adepto” da maioria absoluta mas não desdenho, de maneira alguma, embora preferisse que o PS governasse com necessidade de apoio parlamentar; mas atenção, Costa prometeu, emocionado, que auscultaria as demais forças parlamentares, naturalmente menos uma… O que nos devemos questionar todos é: que tipo de sondagens, que objetivos dos comentadores, que políticas partidárias queriam “atirar o Povo Português” para uma governação que este demonstrou, inequivocamente, não desejar? Por que razão foram alvitrados os alarmismos do impedimento de votar de 1.2 milhões de cidadãos confinados? Por que tentam vender-nos que o país está numa crise sanitária, social e económica? Por que tentam impingir aos famalicenses que as estruturas locais do SNS estão incapazes de responder às suas necessidades? Outra questão, mais objetiva, ainda esta madrugada colocada de forma obscura por Ferreira Leite: “Há necessidade de reformas mas onde é que está uma palavra sobre elas no Orçamento de Estado que Costa exibiu?”… Sim, digam lá, objetivamente, que reformas, em que áreas, com que objetivos é preciso implementar, que o Povo ainda não viu necessidade? Pois, está bem, querem menos direitos para os trabalhadores, mais rendimentos para os capitalistas, mais precariedade e dependência para os mais desfavorecidos, custo de vida agravado para pobres, pensionistas e classe média enquanto a riqueza e o luxo de uns poucos cresce desmesuradamente com as situações de crise! Por essas e outras que tais é que não lamento ter incentivado, há dias, na minha página do Facebook: “Força, PS… Com mais clarividência!” Cuidado, no entanto: Há uns pintos a passar a galos…

Diário famalicense António Cândido Oliveira

Política nacional e local PSD – É muito raro escrever sobre política nacional, mas hoje é exceção. Permitam-me que diga que é importante para a democracia que o PSD se mantenha como um grande partido a nível nacional, pois sou adepto de dois partidos fortes ao centro (um mais à esquerda outro mais à direita) sem prejuízo de representação minoritária de outras forças políticas. PS Local – Se o PS obteve o resultado que obteve a nível nacional e local (Famalicão), se o PS é um grande partido nacional, não se justifica que esteja largamente afastado do poder em Famalicão há mais de 20 anos. Isto revela uma debilidade que obriga a urgente reflexão. Repare-se que um dos argumentos utilizados para afastar o PS do governo no nosso concelho em 2001, foi o de que já estava no poder há mais de 19 anos consecutivos. O PSD vai a caminho de 24. PARTIDOS - Os partidos, desde logo os maiores, que não se iludam. Se não tiverem uma vida interna verdadeiramente democrática, se não cuidarem da formação política e não conseguirem acolher bons cidadãos e cidadãs como militantes e simpa-

Permitam-me que diga que é importante para a democracia que o PSD se mantenha como um grande partido a nível nacional, pois sou adepto de dois partidos fortes ao centro

tizantes em cada concelho a nossa democracia viverá tempos difíceis. BOLETIM MUNICIPAL - Saiu há muito pouco tempo um denominado “Boletim Municipal” de Famalicão. Merece severas críticas do ponto de vista democrático. Ele tem uma finalidade que não é a que este exibe. É preciso ler o artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 13 de setembro. Esperamos voltar a falar dele.

HISTÓRIA RECENTE - Estou a ler calmamente e com muito interesse o livro “Na Senda do Passado” (1954- 1958) da autoria da Drª Teresa Mesquita com base em textos do Jornal de Famalicão. Conseguimos informação sobre o nosso concelho que é muito útil, mesmo para o tempo de hoje. Foi já publicado um outro volume de “Senda do Passado” relativo a 1959-1963 e merecerá seguramente também leitura atenta. Pena que não tenhamos ainda informação de 1949-1954, pois foi um período importante e o Jornal de Famalicão surgiu em 1949. Ela surgirá, certamente. JORGE MOREIRA DA SILVA Vale a pena ler “Dire(i)to ao Futuro. Por um mundo mais justo, mais verde e mais seguro” (setembro de 2021) do famalicense Jorge Moreira da Silva. Abre horizontes e aprende-se muito. URGENTE- Faz muita falta a chuva! Dizia o Dr. Pinguinha (só uma), médico veterinário que serviu o nosso concelho durante muitos anos que “água é vida”, insurgindo-se contra aqueles que rapidamente se aborreciam com o tempo chuvoso. Temos tido um outono-inverno muito, muito seco.

Chão Autárquico Vieira Pinto

Do orçamento chumbado, ao urdido empate técnico No início da campanha eleitoral, no debate plural, com todos os partidos políticos, tivemos a oportunidade de ver que António Costa apresentou como seu trunfo eleitoral, o Orçamento Geral do Estado que tinha sido chumbado na Assembleia da Républica, em outubro de 2021. Chumbo orçamental, este, realizado pela direita, mas, sobretudo pelo Bloco de Esquerda e pelo Partido Comunista, antigos parceiros da coligação. Ora. Nesse debate televisivo, disse, então, Costa que queria ganhar as eleições, para executar aquele Orçamento de Estado, então, chumbado. Perante tal devoção por aquele orçamento, a grande parte dos cristãos novos, e não só, os jornalistas e as jornaleiras, os comentadores e as comentadeiras, muito vociferaram contra A. Costa, na comunicação social, dizendo que aquele candidato tinha uma devoção muito exagerada por aquele orçamento em que punha muita fé. Perante tal profissão de fé, todos o excomungaram, desde as gentes da Sic e do Expresso do Ricardo Costa e seus rapazes, como Bernardo Ferrão, o desacertado, Gomes Ferreira, João Vieira Pereira, etc. Mas, não só. Também outros comentadores de direita e de esquerda, como Paulo Baldaia e tantos outros, atiraram pedras ao pecador Costa, por ter confessado tal ousadia de fé na doutrina do seu alcorão orçamental. Esta devoção de Costa à sua doutrina orçamental para o ano de 2022, foi, mesmo objeto de chacota, nas televisões nos programas de humor, com a destruição de pontes, sobre o rio. Com efeito, assim se passou, designadamente na Sic, numa tentativa de tornar incredível e não fiável, aquele documento de fé e esperança, segundo o credo de António Costa.

Enfim, por tal confissão e devoção toda imprensa, todos os políticos e todos os comentadores ao serviço de interesses manifestos, sem esconderem a mão, atiraram-lhe com pedras, na praça pública. Porém, nunca qualquer pedra acertou em si, pois com uma raquete de ténis, Costa, manuseou-a de tal ordem, que, as pedras fizeram ricochete, tendo sido reenviadas á sua origem. Nesta esteira, novos capítulos irão surgir nas aras do arrependimento, dos agentes do tão apregoado empate técnico, em alguma comunicação social. Por fim, lamentamos sinceramente a falta de representação parlamentar do histórico partido político, CDS-Partido Popular Democrático, que bem esperamos ser um mero intervalo. Na verdade, o seu ideário baseado na doutrina social da igreja, o seu histórico, as muitas dezenas de bons quadros, etc. tornam este partido imprescindível à vida políticopartidária do nosso país, no âmbito da democracia plural.

Perante tal devoção por aquele orçamento, a grande parte dos cristãos novos, e não só, os jornalistas e as jornaleiras, os comentadores e as comentadeiras, muito vociferaram contra A. Costa, na comunicação social (...).


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PRAÇA PÚBLICA

opiniãopública: 2 de fevereiro de 2022 pub

Educação para a saúde

Um bom sono é fundamental

Maria Liberal*

O sono é um mecanismo biológico básico, como comer, beber e respirar, fundamental à sobrevivência. Durante o sono o organismo exerce as principais funções essenciais à recuperação física e psíquica. Nas crianças o sono contribui para o crescimento corporal. Ao nascer, os ciclos de sono não são influenciados pela alternância entre dia e noite, o bebé dorme em média 16 horas e gradualmente, o sono vai-se consolidando no período noturno. A duração diária do sono é variável e diminui progressivamente com a idade, sendo que os adultos necessitam em média 7 horas de sono. Esta variabilidade é influenciada por fatores genéticos, comportamentais, médicos e ambientais. O sono saudável exige duração adequada, boa qualidade, regularidade e ausência de perturbação do sono. O número de horas de sono ideal é aquele que faz com que não sinta sono no dia seguinte. A perturbação do sono tem consequências, tais como distúrbios do humor (irritabilidade), da função neuro-cognitiva (distração, diminuição da memória, raciocínio e produtividade), do comportamento (sonolência diurna, agressividade, impulsividade, hiperatividade), da motricidade (diminuição da destreza, aumento dos acidentes), psicológicas (ansiedade, depressão, cansaço), orgânicos (obesidade, hipertensão arterial, diabetes). A maioria das perturbações do sono resulta

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de má higiene do sono. Existem alguns bons hábitos de sono que podem ajudar a aumentar a qualidade do sono: -Manter um horário regular para ir dormir e levantar, garantindo as horas necessárias de descanso. -Deitar quando estiver com sono, se não adormecer em 20 minutos, levante-se, saia do quarto e faça uma atividade relaxante até ter sono. -Planear um período de relaxamento antes de deitar. -Evitar sestas durante o dia superiores a 30 minutos. -Evitar refeições pesadas e picantes, fumar, ingerir bebidas alcoólicas, café ou bebidas ricas em cafeína nas 4 horas antes de deitar. -Evitar atividades estimulantes perto do horário de dormir como exercício físico. -Criar um ambiente propício ao sono, ter uma cama confortável, o quarto escuro e silencioso, a temperatura amena e estável. -Evitar comer ou ver televisão no quarto. Quando a perturbação de sono se prolonga por dias, com consequências no dia-a-dia, apesar de já instituídas as medidas de higiene do sono, deve procurar ajuda médica. *Unidade de Saúde: USF FSão Miguel-O-Anjo, ACeS Ave/Famalicão

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Famalicão continua em zona de perigo

Jogo pobre e cinzento só podia dar em nulo tido em fora de jogo por 10 centímetros. Bruno Rodrigues estava em posição ilegal antes de Márin ter cabeceado e João Basso desviou para a própria baliza. O Famalicão até conseguia a recuperação de bola em zonas subidas, mas faltava definição no último terço do terreno para ferir o adversário. Banza e Bruno Rodrigues ainda tentaram, mas em nenhuma das vezes o remate saiu na direção da baliza. O Arouca teve mais preocupação em defender e em profundidade tentar surpreender. Foi assim, que também chegou a marcar, mas uma vez mais o lance foi invalidado pela equipa de arbitragem e confirmado pelo VAR: Arsénio que tinha oferecido o golo a Bukia estava 9 centímetros adiantado. Ao intervalo muito empenho, muita luta, mas o nulo ajustava-se ao futebol praticado. A primeira parte ainda teve alguma emoção, pois a segunda parte foi um autêntico pesadelo para os muitos adeptos presentes no Estádio Municipal. A preocupação em não perder superou a vontade de vencer. Lutou-se muito,

mas jogou-se pouco, parecia um futebol que não tinha balizas, pois nem uma nem outra equipa conseguia rematar. Exceção aqui para uma perda de bola de Adrán Marin na sua grande área que deixou Arsénio em boa posição para marcar, valeu uma grande defesa de Luíz Júnior a evitar o pior. De facto, seria muito injusto se alguém tivesse chegado ao golo. Pese embora as alterações efetuadas o futebol continuava pobre, sem chama e sem ninguém conseguir oportunidades de golo. O Famalicão nos últimos 5 minutos cresceu um pouco, Oday que tinha entrado lesionou-se, não pôde continuar em jogo, o Arouca não podia fazer mais alterações e ficou reduzido a dez. Mesmo assim, com mais bola e mais aproximações ao reduto do Arouca, não conseguiu rematar nem criar perigo. O nulo acaba por espelhar o que de facto se passou, a distribuição de pontos acabou por agradar mais ao Arouca que assim continua com mais um ponto que o Famalicão, contudo as equipas continuam em situação complicada na tabela classificativa.

Foto: Público

zona aflita da tabela, foi provavelmente a causa maior para que este confronto fosse de qualidade meEstádio Municipal de Famalicão díocre, pese embora a vontade e Árbitro: Fábio Veríssimo Assistentes: Pedro Martins e Hugo empenho postos em jogo. Ribeiro VAR: Vítor Ferreira AVAR: Luciano Maia O Famalicão, voltou a apresentar um 3x4x3, depois da derrota no FC Famalicão FC Arouca Dragão, aliás a única desde que Rui Pedro Silva assumiu o coLuiz Júnior Victor Braga Alexandre Penetra Tiago Esgaio mando, e em condições muito adRiccieli (T. Oleques 82′) versas, onde apenas teve 4 Alex Nascimento Abdoulaye suplentes. O técnico fez quatro alIvo Rodrigues João Basso terações para este desafio. Del La Gustavo Assunção Quaresma Fuente, Marcos Paulo, Pedro Mar(Ofori 80′) Eboue Kouassi ques e Pêpê Rodrigues, este castiCharles Pickel David Simão gado, o que levou Gustavo Adrián Marín Pedro Moreira Assunção a chegar e a ser titular, Bruno Rodrigues (L. Silva 69′) (Pedro Brazão 85′) Bukia (Antony 76) bem como, as entradas de AlexanSimon Banza André Silva dre Penetra, Adrián Marin e Banza. Iván Jaime (Dabbagh 82′) Por sua vez, Armando Evange(Pedro Marques 70′) Arsénio lista, trocou apenas Thales por Tiago Esgaio em relação ao jogo Treinadores anterior no Estoril, onde venceram por 1-2. Rui Pedro Silva Quim Machado Entrou melhor o Famalicão na Cartões Amarelos: Bukia (53′); Tiago Esgaio (59′); partida e foram os primeiros a criar João Basso (83′) e Adrián Marín (90+5′). uma situação de perigo. O Arouca sentia algumas dificuldades, mas José Carlos Fernandes a verdade é que o Famalicão também não conseguia criar muito peA necessidade de pontos, com as rigo. Mesmo assim conseguiu duas equipas posicionadas em marcar, lance que veio a ser rever-

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DESPORTO

opiniãopública: 2 de fevereiro de 2022

Jogadoras do Famalicão convocadas para as seleções nacionais

Sete jogadoras do FC Famalicão de vários escalões foram chamadas para treinos das seleções nacionais de futebol feminino. O destaque destas convocações vai para as atletas de Sub-19 Ana Luís Cruz e Maria Miller, chamadas por José Paisana para a próxima concentração da Seleção Feminina sub-19. A equipa regressa à atividade no mês de fevereiro, para realizar um estágio na Cidade do Futebol, entre os dias 8 e 10. Com 24 jogadoras convocadas, o treinador nacional, José Paisana, vai orientar um jogo-treino e preparar a equipa para a Ronda de Elite de acesso ao Europeu da categoria. Portugal, recorde-se, vai lutar

pela presença no próximo Campeonato da Europa, inserido no Grupo 6, onde estão as seleções de Espanha, Países Baixos e Roménia. Os jogos da Ronda de Elite estão marcados para o mês de abril e a fase final decorrerá na República Checa, entre 27 de junho e 9 de julho. Os vencedores de cada grupo (e o melhor segundo classificado se a República Checa ficar em 1.º do seu agrupamento) passam à fase final do Euro. As equipas que ficarem em 4.º lugar são relegadas à Liga B. Já nas Sub-17 foram convocadas três atletas, Ana Rita Cunha, Catarina Fernandes e Mariana Lima. Para as Sub-16 foi chamada Matilde Faria e para as Sub-15 Vitória Leite.

Ana Marinho vice-campeã Nacional Universitária nos 3000 metros

A atleta joanense Ana Marinho sagrou-se, no último sábado, vice-campeã nacional universitária nos 3000 metros, com direito a recorde pessoal, nos Campeonatos Nacionais Universitários, realizados na pista coberta, em Braga. Ana Marinho, atleta da Escola de Atletismo Rosa Oliveira (EARO), correu pela Universidade do Minho, onde estuda Engenharia de Polímeros. No domingo, dia 30 de janeiro, a EARO participou também no Torneio Juvenil do Norte Pista Coberta, competição na qual Leandro Gonçalves se sagrou Campeão Juvenil do Norte nos 1500 metros, prova onde participou também João Azevedo que cortou a meta em 8.º lugar. Ainda nos 1500 metros, mas no setor feminino, Maria Machado foi 4.ª classificada, com recorde pessoal. Ana Neto participou nos 60 metros, prova onde estabeleceu um recorde pessoal.

Seleção da AF Braga qualificada para a Fase Final da Taça das Regiões

A Seleção da Associação de Futebol de Braga qualificou-se, este domingo, para a Fase Final da Taça das Regiões após vencer a congénere da Associação de Futebol de Viseu por 4-1. A AF Braga disputou a fase zonal na Série A organizada pela AF Viana do Castelo vencendo o primeiro jogo frente à AF Porto, por 1-0, com golo de Erick, avançado do Brito SC. No segundo jogo, a AF Braga não conseguiu ir além do empate a zero com a AF Viana do Castelo, deixando a decisão da eliminatória para o terceiro jogo frente à AF Viseu. No jogo deste domingo, Pepe, extremo do Vieira SC, apontou o primeiro golo no primeiro minuto do jogo deixando antever uma partida “fácil”. Aos oito minutos, Miguel Ribeiro, avançado do Clube Caçadores das Taipas, voltou a marcar. Aos 17 minutos, Barbosa, médio do Brito SC, apontou o 3-0. No último minuto da

primeira parte, Vitó, médio da AD Ninense, apontou o 4-0. A AF Viseu ainda marcou um golo aos 12 minutos da segunda parte, mas a vitória da seleção distrital estava assegurada. A Taça das Regiões é uma competição nacional da FPF, em colaboração com as Associações Distritais e Regionais de futebol, para escolher o representante português na UEFA REGIONS CUP. A Taça das Regiões é disputada em duas fases - zonal e nacional. A fase zonal decorreu entre os dias 28 e 30 de janeiro, estando dividida em cinco séries, cada uma organizada por uma associação distrital. A fase final, que apurará a melhor equipa para a Regions Cup da UEFA, terá lugar no distrito de Santarém entre os dias 22 e 25 de Abril, com a participação das melhores equipas da fase zonal.

Campeonatos da AFSA suspensos por mais uma semana A direção da AFSA decidiu prolongar por mais uma semana a suspensão as provas concelhias de futsal. Após a paragem durante todo o mês de janeiro, estava previsto o retomar dos campeonatos concelhios no próximo fim de semana, dias 4 e 5 de fevereiro. Contudo, atendendo ainda ao elevado número de casos Covid-19 que se verificam no concelho de Famalicão, a direção da AFSA, em reunião extraordinária, “deliberou adiar o arranque da competição por mais uma semana, procurando salvaguardar o bem-estar e saúde de atletas, árbitros, dirigentes, adeptos e demais familiares”, informa a associação, em comunicado. As provas concelhias serão assim retomadas nos dias 11 e 12 de fevereiro, respetivamente para o escalão de veteranos e seniores. Assim sendo, no dia 11 de fevereiro, sexta-feira, entram em campo as equipas de veteranos para disputar a 4.ª jornada do Torneio de Abertura. Já no dia 12 de fevereiro, sábado, são retomados o Campeonato Concelhio da 1.ª divisão (8.ª jornada) e o Torneio de Abertura da 2.ª divisão (9.ª jornada).

Entretanto, ficaram também definidas as regras para o adiamento de jogos de equipas afetadas por surtos de Covid-19. Só será aceite o adiamento de uma partida se uma das equipas envolvidas não poder contar com a presença de um total de 8 jogadores, sendo um deles guardaredes (o cinco inicial e três suplentes). A par disso, as coletividades terão de fazer prova da indisponibilidade dos seus atletas, seja através da apresentação do teste Covid positivo, seja pela apresentação da respetiva declaração de isolamento profilático. Em caso de adiamento indevido, a equipa infratora será penalizada em três pontos. Os jogos adiados terão que ser disputados em dias da semana, conforme está estipulado no Regulamento das Competições, Artigo 13.º Alíneas c), d), e) e f). Em virtude da paragem da competição, a direção da AFSA decidiu ainda estender até ao final do mês de fevereiro o período de inscrição de novos atletas, cujo prazo terminava no final do presente mês de janeiro.

Sub-15 do RAHC vitoriosos Nos escalões jovens de Hóquei em Patins do Riba d’Ave Hóquei Clube (RAHC), os jogos de fim de semana iniciaram-se na sexta-feira em Viana do Castelo, com os Sub-15 a vencerem a ED Viana por 0-5. No dia seguinte foi a vez dos Sub-17 visitarem o Pavilhão Municipal Zé Natário, tendo saído derrotados por 5-4 diante a ED Viana. Na manhã de Domingo, os Sub-13 receberam a visita do OC Barcelos, tendo os barcelenses vencido o encontro. Já os Sub-11 efetuaram um jogo convívio com o OC Barcelos no qual venceram o encontro. Os Sub-19 também jogaram nessa manhã no Marco de Canaveses, vencendo categoricamente o HC Marco por 3-12. À tarde os Sub-15 disputaram o segundo jogo do fim de semana e voltaram a vencer, por 6-1, na receção ao Valença HC.


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O Riba d’Ave HC/Sifamir deslocou-se sábado, a Paços de Ferreira, para defrontar o Juventude Pacense/Divercol, numa partida da 14.ª jornada que pôs frente a frente 1.º e 2.º classificados do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão Zona Norte. Ambas as formações fizeram jus às expetativas num encontro que não defraudou o muito público presente e que terminou com a vitória da formação ribadavense por 1- 4. O RAHC entrou melhor no jogo e logo aos 5’, beneficiava de um livre direto, após cartão azul a João Campos “TT”. Chamado à conversão Hugo Barata abria o ativo e batia Alexandre Costa, recém-entrado para defender a bola parada. Os pacenses podiam ter igualado dois minutos depois, mas Álvaro Shedha, com uma boa intervenção, defendia a grande penalidade marcada por João Paulo Marques. Já os ribadavenses capitalizavam com total eficácia as bolas paradas. Aos 9’, Daniel Pinheiro, de penálti, elevava a vantagem para 0-2. Motivados e secundados por um entusiasta apoio o RAHC chegava mesmo ao 0-3 por Gustavo Pato

Sandra Alves

Riba d’Ave HC vence em Paços de Ferreira e isola-se ainda mais na liderança

(14), numa “definição de autor” ao segundo poste, após assistência cheia de intenção de Pedro Silva. Os ribadavenses fariam pouco depois, o 0-4, por Renato Castanheira, mas o tento era anu-

Pedro Matos sagra-se Vice-campeão Nacional Universitário O atleta famalicense, Pedro Matos sagrou-se vice-campeão nacional, nos 60 metros barreiras, nos Campeonatos Nacionais Universitários, com o tempo de 8,19 segundos, marca que passa a constituir um novo recorde pessoal. Estes campeonatos realizaram-se no dia 29 de janeiro, no Altice Fórum em Braga, tendo participado atletas universitários de todo o país. Pedro Matos é atleta do Sporting Clube de Portugal e treina, normalmente em Famalicão, integrado no grupo de treino do Clube de Cultura e Desporto de Ribeirão. Nas próximas semanas o atleta famalicense participará nos Campeonatos Nacionais de Clubes, Campeonatos de Portugal e Campeonatos Nacionais de Esperanças, competições onde procurará melhorar o seu registo e chegar aos lugares do pódio.

lado, num lance que deixou dúvidas aos presentes no pavilhão. A turma da casa acabaria por reduzir justamente por Vítor Hugo, a aproveitar uma sobra na área visitante aos 22’. A formação da Ca-

pital Móvel poderia ter ido mesmo para intervalo em desvantagem pela margem mínima, mas o guardião espanhol do Riba d’Ave HC/Sifamir negava o golo ao vianense Gonçalo Neto no livre

direto da 10.ª falta ribadavense. Na etapa complementar assistiu-se a uma entrada forte dos pacenses, com o Riba d’Ave HC/Sifamir a sofrer e a sentir dificuldades no transição defesa-ataque, mas a verdade é que os comandados de Raúl Meca mostraram uma grande humildade, solidariedade e capacidade de sacrifício nesse período. Aos poucos o forcing local ia sendo rebatido pelos ribadavenses para um equilíbrio de forças que se estendeu até aos derradeiros minutos da partida. Antes, aos 11’, Gustavo Pato desperdiçava oportunidade para o segundo da conta pessoal ao rematar ao lado da baliza de Alexandre Costa, no livre direto da 10.ª falta local. A dois minutos do final, o RAHC dava o xeque-mate no encontro, num lance “espetacular e de excelente recorte técnico” do capitão Nuno Pereira “Miccoli” que definia o 14 final. Na próxima jornada o Riba d’Ave HC/Sifamir recebe a Associação Académica de Espinho. Esta partida está agendada para 5 de fevereiro, às 18h30, no Parque das Tílias, em Riba de Ave.

FamaBasket foi a jogo “sob protesto” A Federação Portuguesa de Basquetebol não aceitou o pedido de adiamento solicitado pelo FamaBasket para o escalão Sub-14. Face ao surto de Covid que atinge atletas, treinadores e dirigentes, o clube famalicense solicitou o adimento dos jogos do escalão Sub-14 masculinos agendados para o fim de semana, mas o pedido foi recusado pela Federação. Os Sub-14 masculinos, que estavam a disputar a fase de qualificação para os campeonatos nacionais, e tinham jornada dupla, com duas deslocações, no sábado à Póvoa de Lanhoso e no domingo a Vila Real, pediu o adiamento dos encontros, mas tal não foi permitido pela Federação Portuguesa de Basquetebol, a entidade competente pela organização desta fase. Esta decisão foi tomada com base em regulamentos, “ignorando a situação que o clube atravessava”, nomeadamente a dificuldade do clube em apresentar um mínimo de 10 atletas, como era exigido para impedir a derrota administrativa Em função da tomada de posição pela Federação, embora o FamaBasket tenha manifestado total desagrado, viu-se obrigado a comparecer aos jogos, para evitar que fossem averbadas faltas de comparência (0 pontos) e multas de 150 euros por jogo. Neste contexto o clube compareceu apenas com 5 atletas, 2 deles regressados de períodos de isolamento, ainda com debilidades físicas, que tiveram de “fazer o sacrifício” e assim garantir a presença nos jogos e

evitar as derrotas administrativas por 20-0, mas que ainda permitiram assegurar o 3.º lugar. Desta forma, o FamaBasket viu-se impedido de disputar desportivamente um dos dois primeiros lugares, que daria acesso aos campeonatos nacionais, uma vez que nunca conseguiu apresentar a equipa na sua máxima força em qualquer dos jogos desta fase de qualificação. Resta ainda uma última oportunidade, o 3.º lugar dará direito a uma eliminatória a duas mãos com o 4.º classificado da AB Porto, que tudo indica que será o FC Porto, por isso a equipa “continua forte, unida e a sonhar enquanto for possível”. Esta eliminatória está agendada já para o próximo fim de semana, contudo é previsível que a

equipa ainda não esteja completa, com alguns atletas ainda a cumprir isolamento e outros a sair diretamente do isolamento para os jogos, depois de uma semana de paragem sem treinar. Face às circunstâncias, o clube vai mais uma vez pedir à Federação o adiamento da eliminatória uma semana, tentando recuperar ao máximo a equipa. Quanto aos restantes escalões, merece referência o facto de, face à situação pandémica, todos os clubes adversários aceitarem o pedido do FamaBasket e dos jogos dos escalões Sub-14 e Sub16 femininos, a contar para o Torneio Complementar da AB Braga, terem sido adiados com o consentimento da entidade organizadora, a AB Braga.


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Atletismo: Rafael Pereira e Beatriz Silva da AD Pedome no pódio em Vila Real

Basquetebol: FAC com dupla vitória assegura primeiro lugar

Os atletas da AD Pedome Rafael Pereira e Beatriz Silva estiveram, no passado sábado, em destaque na XV Corrida S. Silvestre de Vila Real. Rafael Pereira conquistou o 1.º lugar na categoria de sénior (7.º na geral) com o tempo 33:24 e em femininos, Beatriz Silva conquistou o 3.º lugar na categoria de sénior. “Um excelente resultado que motiva os atletas a continuar a trabalhar para obter bons resultados em provas futuras”, referem os dirigentes da secção de atletismo da AD Pedome.

A equipa sénior de basquetebol do Famalicense Atlético Clube (FAC) teve no passado fim de semana uma jornada dupla no Campeonato Nacional da 2.ª Divisão de onde saiu líder do seu grupo. No sábado, em Vila do Conde, o FAC defrontou a equipa do CD José Régio e, num jogo equilibrado, conseguiu a superioridade nos três primeiros quartos que lhe garantiu a vitória por 61-70, com os parciais 19-24, 15-18, 15-19, 129. No domingo, a equipa deslocou-se ao terreno do Maia Basket Sub-23 e com uma “entrada forte nos dois primeiros períodos”, conseguiu uma diferença que lhe permitiu “fazer uma rotação alar-

Patrício Castro (Atlético Vale S. Martinho) 3.º classificado em Vila Real O atleta Patrício Castro do Atlético Clube de Vale S. Martinho, esteve em grande destaque, este sábado, na XV S. Silvestre de Vila Real ao classificar-se em terceiro lugar do escalão M45. Patrício Castro concluiu os 10km de prova em 24.º lugar da geral individual com um tempo de 36m21s.

Inês Sousa do Liberdade FC confirma mínimos para os nacionais A atleta do Liberdade FC Inês Sousa, confirmou no passado dia 26 de janeiro, os mínimos exigidos para participar nos Campeonatos Nacionais de Juvenis, em Pista Coberta. Com a sua prestação na I Noite Atlética em Pista Coberta, que decorreu na Pista do Altice Fórum de Braga, a atleta conseguiu os mínimos nas distâncias dos 800 metros, 1500 metros e 3000 metros. A competição está já agendada para o próximo fim de semana, dia 5 e 6 de fevereiro, também em Braga. Na prova do passado dia 26, estiveram ainda em destaque, nos 800 metros, os atletas da associação de Calendário Beatriz Faria, atleta do escalão de Juvenis, que obteve um novo Recorde Pessoal à distância, Tânia Silva, atleta sénior, que venceu a série com a sua melhor marca da época e Eduardo Salazar, atleta Júnior, com um 6.º lugar.

gada, dando a oportunidade a todos os jogadores de produzirem para o jogo”. A vitória por 57-93 é elucidativa. Em ambos os jogos estiveram presentes quatro atletas Sub-18. Com estes resultados o FAC garantiu matematicamente o 1.º lugar do grupo norte B. No próximo sábado, no último jogo desta primeira fase, a equipa famalicense recebe no Pavilhão Municipal a formação do Juvemaia Sub-23 em partida marcada para as 21h00. Formação do FAC em grande Os escalões de formação de basquetebol do Famalicense Atlético Clube (FAC) tiveram um fim de

semana pleno de atividade. Os Sub-16 fizeram jornada dupla, depois de algumas semanas parados devido a vários casos de covid. No sábado deslocaramse ao terreno do Ribeirão FC, onde conseguiram uma vitória por 3561. No domingo, na receção ao FC Vizela, conquistaram nova vitória, desta vez por 66-38. Com estes resultados, o FAC subiu ao primeiro lugar do Torneio Complementar Série A. No dia 12 de fevereiro, a equipa desloca-se ao terreno do ATC, num jogo que decide o vencedor deste Torneio. Já os Sub-14 terminaram sábado a sua “brilhante prestação” no Torneio Complementar Série B, com nova vitória frente ao GDAS B por 31-60. A equipa “demonstrou mais uma vez a fantástica evolução que têm tido”, vencendo desta forma a Série B do torneio. No domingo, foi a vez das meninas e meninos dos Sub-12 voltarem à competição, vencendo pela segunda vez no Torneio Mário Costa. Frente a “uma valorosa equipa” do SC Maria da Fonte, os jovens atletas famalicenses voltaram a mostrar “sinais de evolução”. Resultado Final 76-48. O próximo jogo está agendado para dia 13 de fevereiro, às 11h00, em casa do SC Braga.

Badminton: FAC na 1.ª Fase da Liga de Clubes O Famalicense Atlético Clube (FAC) este presente na primeira fase da Liga de Clubes, que se iniciou no sábado, em Óbidos. A equipa famalicense, uma das oito formações da primeira divisão, presentes nesta fase da competição alinhou com os atletas Tiago Araújo, Diogo Barbosa, Paulo Silva, Simão Ferreira, Ruben Vieira, Adriana Gonçalves, Beatriz Campos, Sónia Gonçalves, Catarina Martins e Inês Silva. O FAC realizou dois encontros, respetivamente, contra o Clube Desportivo e Recreativo dos Prazeres (CDRP) e a Associação Académica de Espinho (AAE), onde acumulou dois pontos, encontrandose, atualmente, em sétimo na tabela de classificação.

A Fase Regular da Liga de Clubes, disputa-se num formato em que todos os clubes jogam entre si, com os quatro primeiros classificados a apurarem-se para a Final 4 e os dois últimos a ficarem sob o espetro da despromoção à segunda divisão. Na Final 4, os qualificados disputam as meias-finais e final, no fim das quais será coroado o Campeão Nacional de Equipas Mistas e que, conjuntamente com a Equipa Vice-campeã Nacional, se apura para a Taça dos Campeões Europeus. A próxima fase realiza-se em Coimbra, no dia 26 de fevereiro, e o FAC terá como oponentes a Associação Académica de Coimbra (AAC), o Clube Sports Madeira (CSMA) e a Associação Cultural e Desportiva da CHE Lagoense (CHEL).

Voleibol: FAC apura-se para a fase nacional A equipa de voleibol sénior do Famalicense Atlético Clube (FAC) alcançou domingo o objetivo do apuramento para fase nacional ao vencer em Pataias (Alcobaça), o CD Pataiense por 3-1, com os parciais de 13-25, 25-23, 24-26 e 22-25. Com este resultado, a equipa famalicense conseguiu, matematicamente, o apuramento para a fase nacional. No próximo dia 5 de fevereiro, pelas 18h00, o FAC recebe a Associação Académica de Coimbra, terminando assim a fase de apuramento. A equipa de juvenis deslocou-se a Santo Tirso, e venceu por 3-1, com os parciais de 25-22, 22-25, 20-25 e 15-25. Após 15 dias de dificuldades para treinar devido aos inúmeros casos de covid, que obrigou ao adiamento do jogo, a equipa reencontrou-se para esta partida onde se destacou o atleta, Lucas Ortiga, que esteve “muito bem nas vertentes do serviço, ataque e defesa”. A equipa volta a jogar no próximo dia 6 de fevereiro, pelas 18h00, no Pavilhão Municipal com a receção ao Gueifães.


Presente na vida de todos, todos os dias É incontornável. O setor da Metalurgia e da Metalomecânica tem, cada vez mais, um papel crucial na economia portuguesa. São mais de 15 mil empresas e de 200 mil trabalhadores, num setor marcado pela elevada taxa de exportação. Para além de se caracterizar por ser a indústria mais exportadora da economia portuguesa, a sua alta qualidade e a diversidade dos produtos deste setor são cada vez mais reconhecidos internacionalmente. Devido ao elevado reconhecimento internacional e à forte capacidade exportadora, os produtos portugueses desta indústria estão presentes em diferentes mercados externos, nomeadamente em Espanha, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Angola e Estados Unidos da América Sabe o que produz e vende a indústria metalúrgica? Todo o tipo de máquinas; tachos, panelas e talheres; ferragens e caixilharias de alumínio; tubos e moldes; componentes e peças para automóveis e para aeronáutica; mobiliário de alumínio; materiais de construção… “O nosso setor produz desde gruas a agulhas e representa um terço da nossa indústria transformadora”, explica Rafael Campos Pereira, vice-presidente da AIMMAP. “Reconheço que não é um setor tão ‘sexy’ como outros”, ironiza o vicepresidente. No entanto, todos os dias usamos os seus produtos. Nós e os alemães, os espanhóis, os franceses e os ingleses – 70% das exportações do nosso metal destinam-se a países da União Europeia. A Alemanha, o “país das máquinas”, compra-nos máquinas-ferramenta (como guilhotinas, por exemplo) e peças para a indústria automóvel (caixas de velocidade, pistões, peças para radiadores, etc.). A Espanha gasta da nossa loiça metálica e compra ainda materiais de construção. A França prefere as peças para a indústria ferroviária e química. Angola, o quinto país no ranking das exportações do metal, é grande consumidora de máquinas e materiais de construção, bem como de loiça e ferragens. O Magrebe, o Médio Oriente (sobretudo os países do Golfo) e os Estados Unidos são outros grandes compradores de um setor que está agora a crescer também nas vendas à América Latina.

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Exportações batem recorde em Portugal Ainda falta apurar o mês de dezembro, mas a metalurgia nacional já conseguiu, desde que a pandemia começou, 8 dos 10 melhores registos mensais de sempre Novembro foi o melhor mês de sempre para as exportações da indústria metalúrgica portuguesa, com um registo de 1,964 mil milhões de euros. “É um mês histórico para o sector”, diz a associação sectorial AIMMAP, destacando que o desempenho da fileira se traduz em crescimentos de 9,7% face ao mesmo mês de 2020 e de 0,8% na comparação com 2019. Em comunicado divulgado a semana passada, a AIMMAP sublinha ainda que novembro bateu março e permite ao sector dizer que conseguiu ter 8 das 10 melhores marcas de sempre em período pandémico, prevendo um resultado recorde no final do ano. “É de salientar que este crescimento face ao ano recorde de 2019 acontece num contexto em que a crise energética e dos combustíveis continua a afetar a ação das empresas do setor, bem como a subida galopante dos preços das matérias-primas, da escassez das mesmas e do aumento considerável do custo do transporte”, diz a AIMMAP. Para este desempenho, contribuiu a tendência de crescimento contínuo entre janeiro e novembro de 2021, com um salto de 42% face ao mesmo período de 2019 nos mercados extracomunitários, como o Japão, China,

Austrália, Marrocos, Turquia ou Austrália. “Esta diversificação de mercados que continuam a ganhar preponderância é acompanhada pelos mercados tradicionais, como Espanha, França, Itália, Reino Unido e Alemanha, que mantêm a maior quota de exportações do Metal Portugal [o setor metalúrgico], com 79,4%”, refere a associação, que viu o sector exportar 16,7 mil milhões de euros nos primeiros 11 meses de 2021. Num comentário ao percurso do sector até novembro, Rafael Campos Pereira, vice-presidente da AIMMAP, afirma: “Temos cada vez mais a certeza de que o ano 2021 irá ser o ano recorde, superando o ano 2019. Este é um registo que nos orgulha muito por conseguirmos denotar que as empresas superaram um conjunto de desafios nunca enfrentados em simultâneo, desde a crise pandémica aos aumentos de custos das matérias-primas, transportes, energia e combustíveis, bem como a dificuldade premente na contratação de mãode-obra, fator essencial para corresponder à procura dos mercados externos”. “A performance impressionante do Metal Portugal revela uma grande resiliência das suas empresas, que souberam reinventar-se neste período conturbado”, conclui Rafael Campos Pereira. Até agora, o melhor mês de sempre do sector tinha sido março, com um saldo exportador de 1,926 mil milhões de euros. pub


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Famalicão dá passos para a criação de Centro Tecnológico para o setor no concelho Em finais de maio passado, o vice-presidente da AIMMAP - Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins defendia que Vila Nova de Famalicão tem todas as condições para a criação de um Centro Tecnológico para o setor metalúrgico e metalomecânico. Rafael Campos Pereira esteve presente na cerimónia de assinatura do Memorando de Cooperação entre o município de Famalicão e o Consórcio de Entidades Locais, Regionais e Nacionais para a Implementação do Plano de Ação 2021-2023 para o Setor, que decorreu no CIIES, em Vale S. Cosme. Agora, em declarações ao OPINIÃO PÚBLICA, o vereador da Economia e Empreendedorismo na Câmara Municipal sublinha que este setor, à semelhança de outros, “colhe o olhar atento das políticas municipais de apoio à economia”. Assim, Augusto Lima sublinha que a autarquia famalicense está a acompanhar a possibilidade de criação de um Centro Tecnológico Especializado, “que apenas poderá ser desenvolvido em entidades formadoras do concelho, seguindo as orientações do Plano de Recuperação e Resiliência”. Em Vila Nova de Famalicão, a tendência de crescimento do setor é evidente e reflete-se por exemplo no número de empresas que passou de 274 em 2012 para 293 em 2018, o número de empregos que

passou de 1442 para 3298 ou ainda no volume de negócios que subiu de 215 milhões de euros para 283 milhões de euros, no mesmo período. E tendo em conta estes números, o município reuniu treze entidades locais, regionais e nacionais do setor tendo em vista a implementação do plano de ação a colocar no terreno até 2023, desenhando medidas estratégicas de apoio e definindo compromissos comuns. Deste plano de ação, Augusto Lima destaca um conjunto de ações já levadas a cabo, entretanto, nomeadamente o mapeamento do setor metalúrgico e metalomecânico, caracterizador das empresas e estruturas de formação em atividade no concelho, incluindo os equipamentos existentes. Ao mesmo tempo, foi realizado um inquérito “que nos permitiu recolher informação substantiva quanto às principais necessidades de formação das empresas e respetivos perfis profissionais”, explica Augusto Lima. A par de tudo isto, a autarquia avançou com a constituição de grupos de trabalho que desencadearão a preparação e execução das ações previstas para 2022, com prioridade para o problema da falta de mão-de-obra. Para fazer face à dificuldade em encontrar trabalhadores para a indústria, a Câmara Municipal está a trabalhar com os parceiros da Rede Local de Educação e Forma-

ção, incluindo o IEFP, num programa que resultará em iniciativas concretas de qualificação e reconversão profissional, no contexto de proximidade das Comissões Sociais Inter-freguesias, para além de outras ações, por exemplo nas próprias empresas, destinadas a alunos. Nessa mesma cerimónia o município celebrou um protocolo com o CENFIM – Centro de Formação da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica, para trazer para Famalicão formação no setor. Assim, a aposta na qualificação profissional, em particular na área da metalurgia e metalomecânica, “é um dos desígnios do Município de Famalicão, atendendo à necessidade urgente e estratégica de formar quadros intermédios e avançados de recursos humanos”. Nesse sentido, o vereador diz que a Câmara Municipal, em estreita articulação com todos os agentes da educação e formação, assim como com os agentes estratégicos do território (empresas, juntas de freguesia, demais organizações), encontra-se a implementar um plano de comunicação, sensibilização e promoção desta oferta formativa. “Prevemos que em setembro de 2022, no arranque do próximo ano letivo, estejam reunidas todas as condições (formandos inscritos) para avançarmos com ações nas instalações do CIIES”. pub


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O que é a Metal Portugal? A marca Metal Portugal é uma marca da Associação dos Industriais Metalúrgicos Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) e representa o setor metalúrgico e metalomecânico, “um setor forte e robusto” Criada recentemente, a Metal Portugal propõe-se contribuir para projetar o setor metalúrgico e metalomecânico a um patamar superior, “de perceção qualitativa e de visão de futuro”. “Uma marca nacional e internacional que reflete o significado do metal português e o seu posicionamento, uma marca que ajuda a comunicar, uma marca que é a síntese do setor”, lêse na página oficial da marca. “O setor representado pela AIMMAP está presente em praticamente todos os momentos do nosso dia a dia. Do café que tomamos pela manhã ao transporte que apanhamos para chegar a casa ou a outro lado do Mundo. Se juntamos esta omnipresença ao papel determinante que o setor tem na nossa economia, na criação de milhares de empresas e centenas de milhares de postos de trabalho, e na sua enorme importância para o equilíbrio da nossa balança comercial, podemos dizer com toda a propriedade que: damos forma ao futuro”, lê-se no site da marca.

Indústria do metal quer voltar às grandes feiras internacionais

Quase dois anos depois, a pandemia continua a obrigar ao cancelamento e adiamento de feiras em todo o mundo. Sendo palcos essenciais para dar a conhecer o que de melhor se faz em Portugal, potenciando as exportações, as empresas estão a aceitar bem os adiamentos, até porque "o fundamental" é assegurar que os eventos se realizam presencialmente "e na máxima força". Esta é a convicção de Rafael Campos Pereira, vicepresidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, a propósito do adiamento da francesa Global Industrie, para maio, e da Hannover Messe, na Alemanha, para os dias 30 de maio a 2 de junho. Trata-se da maior feira da indústria em todo o mundo e, este ano, tem uma importância acrescida, já que Portugal é o país parceiro na feira,

que recebe mais de 200 mil visitantes de cerca de uma centena de países. Rafael Campos Pereira acredita que "todos os holofotes dos grandes players mundiais, industriais e tecnológicos, dos mais sofisticados clusters mundiais, estarão voltados para as empresas nacionais e para aquilo que de melhor se faz em Portugal". E, por isso, o adiamento para o período da primavera/verão, quando se espera que a crise pandémica esteja mais controlada, é bem recebido, já que "garante as condições necessárias para que estes grandes certames decorram com total normalidade". O vice-presidente da AIMMAP diz-se convicto de que as empresas do Metal Portugal "irão aderir em grande número" e, mais importante ainda, poderão, com adiamento, maximizar os benefícios da sua participação". pub


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Campeão das exportações sobe salários e garante progressão na carreira Em Portugal são mais de 200 mil trabalhadores que a indústria de metalurgia e metalomecânica emprega, em mais de 15 mil empresas. Tradicionalmente visto como um setor que, no passado, pagava “mal”, hoje as coisas são bem diferentes. E desde há dois anos que as coisas têm vindo a melhorar depois de um acordo entre a AIMMAP e o Sindicato Nacional da Indústria e Energia (SINDEL), afeto à UGT. Segundo dados deste sindicato, a maioria dos trabalhadores está incluída nos oito graus profissionais mais elevados existentes nesta indústria, num total de 11. Para os restantes, que estão nas três categorias mais baixas, a progressão no ordenado tem sido gradual para garantir que o salário mínimo no sector fica cinco euros acima do valor fixado a nível nacional. Em declarações ao Negócios, o porta-voz da AIMMAP, sublinhou que "as empresas, por norma, pagam acima dos valores acertados". Até porque esta indústria, tal como outras, sofre com a falta de mão-de-obra especializada, contabilizando um défice elevado de trabalhadores. Rafael Campos Pereira considera, assim, que é imperioso "ajudar a tornar o sector mais atrativo" em termos de empregabilidade.

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opiniãopública: 2 de fevereiro de 2022

Cenfim acompanha evolução do setor da Metalurgia e Metalomecânica

O setor metalúrgico e metalomecânico tem um papel muito importante na economia portuguesa. São mais de 15 mil empresas e de 200 mil trabalhadores num setor com uma elevada taxa de exportação, atingindo em 2020 o valor de 17.000 milhões de euros. Sendo que em 2021, embora ainda não haja dados atualizados, prevê-se que tenha atingido perto do 20.000 milhões de euros. Ao longo dos anos o setor metalúrgico tem vindo a sofrer transformações em Portugal, sendo que o fecho de algumas siderurgias fez com que o país perdesse competitividade, dado ser um setor de atividade primária o que torna vital para a economia de qualquer país. Desta forma, passamos a depender do mercado externo para alimentação com matéria prima do setor metalomecânico (indústria transformadora), setor este, que na sua base, realiza a transformação dos metais em outros produtos por diferentes processos, sejam esse por arranque de apara ou por adição de metal como o caso da soldadura.

O setor da metalomecânica ao longos dos últimos anos tem vindo a crescer em Portugal nomeadamente em exportações. Só não tem crescido mais nos últimos dois anos devido à situação pandémica da Covid 19 que tem dificultado o acesso a matéria primas vinda do exterior seja por prazos de entrega, disponibilidade no mercado ou aumentos de preço. Este é um dos setores que mais se robotizou/automatizou nos últimos anos, e mesmo sendo o setor mais exportador em Portugal, a reconhecida carência de mão-de-obra qualificada é o principal elemento que poderá afetar o seu contínuo crescimento no futuro. Mas tem sido um paradigma, encontrar pessoas com as qualificações necessárias para este setor de atividade, primeiro porque os níveis de desemprego estão baixos, mas também pelo facto de durante muitos anos a metalomecânica ter sido “rotulada” como um trabalho pesado, sujo e perigoso. Esta não é a realidade. Este setor de atividade tem vindo a evoluir muito tecnologicamente nos últimos anos. As condições de trabalho melhoraram, as empresas automatizaram-se e investiram em máquinas pelo que nos dias de hoje é um setor de atividade com muita tecnologia, inovação e onde há lugar a muita criatividade, oportunidades de emprego e desafios. É um setor de atividade altamente tecnológico e em muitos casos com elevado nível de automatização, e que apesar da automatização/robotização os números de postos de trabalho têm vindo a aumentar, mas com a necessidades de pessoas qualificadas. A metalomecânica apesar de ser composta, maioritariamente, por industria transformadora, as empresas têm vindo a acrescentar valor ao seu produto. Na ultima década, as empresas em vez de se limitarem a produzir peças “soltas” que seriam assembladas no seu cliente final como a industria aeronáutica, automóvel, etc, as empresas de metalomecânica nos dias de hoje oferecem soluções que vão muito além da maquinação de peças, começando a

realizar a sua montagem e integração em sistemas pneumáticos, óleo-hidráulicos, sistemas automatizados e até mesmo apresentarem soluções de construção de máquinas completas prontas a entregar aos seus clientes. Estas mais valias têm vindo a aumentar a competitividade das empresas nacionais, sendo que as empresas de metalomecânica são cada vez mais empresas de eletromecânica.

Número de Trabalhadores Segundo os Níveis de Qualificação no setor de metalurgia e metalomecânica Conforme o gráfico, podemos perceber que para o futuro das empresas o fa¬tor chave da mudança não está apenas centra¬do nos equipamentos ou nos espaços, mas no elemento diferenciador que é a mão-de-obra qualificada. Desta forma torna-se imprescindível a aposta na formação profissional, requalificação profissional e formação continua. Adelino Santos Diretor do núcleo do CENFIM da Trofa pub


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Cior quer reforçar ligação ao setor da metalomecânica através de empresas âncora

Amadeu Dinis, presidente da direção da Cior

A programação e planeamento da oferta formativa da Escola Profissional Cior, para além de processos de concertação envolvendo as estruturas do Ministério da Educação, nomeadamente a Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional, vai sempre ao encontro das necessidades do mundo do trabalho, das caraterísticas do tecido empresarial e dos interesses dos empresários cada vez mais necessitados e exigentes em técnicos especializados. Esta é a garantia do presidente da direção da Cior, que sublinha que o funcionamento do curso Técnico de Programação e Maquinação em CNC Comando Numérico Computorizado – na escola justifica-se, acima de tudo, pelo facto de na região, muito particularmente em Famalicão, a indústria metalomecânica e afins se consolidar e afirmar cada vez mais, com grandes empresas de referência nacional e internacional. “Empresas inovadoras, tecnologicamente avançadas, dinâmicas, competitivas e fortemente ex-

portadoras, factos evidenciados em número de empresas e de trabalhadores, volume de negócios e valor acrescentado bruto”, explica Amadeu Dinis. Neste contexto, pretende-se que o técnico de Programação e Maquinação formado na Cior seja um profissional qualificado, apto a orientar e desenvolver, de forma autónoma, atividades relacionadas com a produção metalomecânica, nomeadamente o planeamento e o controlo do processo produtivo, a programação e a operação de máquinas ferramentas com (CNC), bem como a operação de máquinas e ferramentas convencionais. Por outro lado, desenvolverá competências no domínio das construções mecânicas e poderá trabalhar na indústria metalomecânica, para programar, apoiado em processos CAD/CAM, a maquinação de peças ou conjuntos mecânicos, assegurar o controlo dimensional das formas e estados de superfície, operar máquinas/ferramentas com comando computorizado (CNC), efetuar o planeamento do fabrico, assegurando a sua operacionalização. Poderá ainda destacar-se como técnico empreendedor em empresas da área da metalurgia e metalomecânica. “É de referir que a Cior, a par de formadores altamente competentes e especializados, está dotada com modernas oficinas e equipamentos num ambiente proporcionador de boas práticas e metodologias de aprendizagem, onde se valoriza o trabalho de projeto e a capacidade empreendedora dos formandos”, frisa Amadeu Dinis, que não esquece a forte relação de parceria da Cior com as empresas do setor, tanto na região como em países europeus, no âmbito da formação em contexto de trabalho/estágios, numa dinâmica em curso de “empresas-âncora” no sentido de estreitar e reforçar a relação Escola/Empresa e ajustar o perfil profissional dos formandos aos interesses dos empresários. “Consideramos de extrema importância, dada a falta de técnicos neste importante setor industrial e a sua grande procura por parte das empresas, que se desenvolva uma atrativa operação de marketing promocional, associada à desconstrução de preconceitos que ainda existem em termos do tipo de trabalho e da profissão”, conclui o responsável. pub


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Forave acompanha desenvolvimento da indústria metalomecânica “Quando o mercado dá sinais de crescimento e desenvolvimento numa determinada área, a formação tem que acompanhar e proporcionar o desenvolvimento dos perfis profissionais que as empresas precisam”. Esta é, de resto, a postura da Forave, que tem sabido antecipar as necessidades e formação das empresas e, desde 1998. “Forma jovens técnicos para o setor da Metalurgia e Metalomecânica, dando resposta a um dos maiores clusters económicos de Famalicão, que gera uma elevadíssima taxa de empregabilidade e grandes desafios em termos de capitalização dos recursos humanos, aptos para acompanharem a modernização e as exigências tecnológicas das empresas”, explica Manuela Guimarães, diretora executiva da Escola Profissional Forave. O crescimento do setor, a vantagem tecnológica e a competitividade mundial da indústria famalicense tornaram a área da metalomecânica mais apelativa aos jovens e uma das mais procuradas na Forave. “Apesar de todos os anos lançarmos no mercado cerca de 20 técnicos de Manutenção Industrial, o número é insuficiente para uma procura que ultrapassa largamente os 100%”, sublinha Manuel Guimarães, que revela que estes técnicos são “apreciados pelas competências técnicas e estão aptos para diagnosticar, planear, desenvolver e monitorizar atividades na área da manutenção preventiva, sistemática e/ou corretiva em equipamentos eletromecânicos e instalações industriais, estando ainda aptos para desenvolver desenho de construções mecânicas”. Com o objetivo de potenciar a

resposta às necessidades do setor e formar pessoas com as competências necessárias do profissional do século XXI, que consegue lidar com ambientes digitais complexos e sistemas operacionais integrados, a Forave incluiu na sua oferta formativa, a partir deste ano letivo, o Curso de Mecatrónica, que apresenta uma vertente muito forte em programação, operação de máquinas CNC e sistemas robotizados. A qualidade da formação tecnológica é assegurada pelas condições técnicas dos laboratórios e pelo investimento que tem sido feito, com o apoio das empresas associadas, em equipamentos e software da última geração: Robot, Frezadora CNC, bancadas MPS-Modular Production Systems e Sistema Didático de Servo Posi-

O crescimento do setor, a vantagem tecnológica e a competitividade mundial da indústria famalicense tornaram a área da metalomecânica mais apelativa aos jovens e uma das mais procuradas na Forave.

cionamento para mecânica de precisão e movimentos elétricos de precisão. “A relação que a Forave mantém com as empresas, permite que os alunos tenham um contacto regular com o chão de fábrica e que realizem os estágios em contexto real de trabalho”, diz a diretora da Escola Profissional. A colaboração das empresas, passa ainda, pela participação em sessões de formação e no acompanhamento de projeto técnico, muitas vezes desenvolvido para criar respostas a problemas identificados na empresa, ou para melhorar processos e sistemas mecânicos e elétricos. “Muitos dos diplomados da Forave desenvolvem carreiras de sucesso e ocupam cargos com relevância nas empresas da região.

Uma boa percentagem destes profissionais opta por aumentar as suas qualificações e continuar os estudos realizando formação especializada ou engenharias na área da sua formação técnica inicial”, acrescenta. Também no segmento da formação para ativos, a Forave tem dado um grande contributo às empresas, no processo de re/upskilling dos seus colaboradores e na promoção da reinserção no mercado de ativos desempregados. Recentemente, a Forave assinou o Memorando de cooperação entre o Município de Famalicão e o consórcio de entidades locais, regionais e nacionais para a implementação do Plano de Ação 2021-2023, que visa a promoção e a valorização do Setor Metalúrgico e Metalomecânico no concelho. pub


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