FC Famalicão promove torneio para jovens atletas Equipa famalicense alcançou número recorde de medalhas nesta temporada
Ano de sonho para a escola Jing-She Filipe Jesus A temporada 2015 foi bastante produtiva para a Jing-She, escola de Wushu Kung Fu. A equipa de Famalicão registou resultados de excelência ao longo do ano que está prestes a terminar, o que lhe permitiu superar os êxitos das épocas anteriores. A medalha de ouro e as duas medalhas de prata alcançadas por Ana Rita Rego no Campeonato do Mundo de Qigong conferiram o maior feito da temporada da escola. A prestação da atleta, que desempenha ainda as funções de treinadora, foi inclusivamente reconhecida pela Confederação do Desporto de Portugal, dado ter sido homenageada com a entrega do prémio de Campeões do Mundo. A esta proeza de Ana Rita Rego somaram-se resultados de nível alto no Campeonato da Europa de Wush Kung Fu Tradicional. Na prova realizada na Bulgária, Bernardo Vieira e José Carlos Amorim arrecadaram o 19 de prata e 10 de bronze, treinador Alexandre Oliveira retítulo individual, salientando- constituindo-se como a escola conheceu que “o balanço foi se igualmente as medalhas de mais medalhada de Wushu em muito positivo”, elogiando a qualidade e dedicação dos atletas. pratas garantidas por Tomás Portugal. O conjunto de resultados al- As medalhas amealhadas nas Marques e pelo mesmo Bertamente positivos colecionado competições nacionais não consnardo Vieira. tituíram surO supresa para o téccesso da nico, visto estar A coletividade famalicense suplantou Jing-She esconsciente “do tendeu-se as marcas anteriores e terminou a valor dos seus ainda aos atletas e dos retemporada com 33 medalhas de ouro, Campeonatos Nacio- 19 de prata e 10 de bronze, constituindo-se p r e s e n t a n t e s das outras equinais de como a escola mais medalhada pas”. Nesse Wush Kung sentido, a Fu Tradicioem Wushu em Portugal. proeza atingida nal e de nas provas realiWushu e Taiji Modernos. A coletividade fa- pela Jing-She foi assim um mo- zadas além-fronteiras adquiriu malicense suplantou as marcas tivo de regozijo para os respon- maior impacto dado “ter sido a anteriores e terminou a tempo- sáveis da escola. Em declara- primeira vez que os atletas partirada com 33 medalhas de ouro, ções ao OPINIÃO PÚBLICA, o ciparam numa competição inter-
nacional de nível elevado”. A evolução demonstrada pelos atletas da Jing-She permite, deste modo, delinear objetivos ambiciosos para a temporada que se avizinha. Alexandre Oliveira aponta a participação no Campeonato da Europa de Kung Fu Moderno, que se irá realizar em Moscovo, e no Campeonato do Mundo, que se irá disputar na Polónia, como as metas a atingir. O treinador adianta que a convocatória dos atletas da Jing-She para estas provas seria mais um sinal de reconhecimento do potencial da escola. Qualidade em detrimento da quantidade A palavra qualidade foi utilizada com frequência por Ale-
xandre Oliveira. Na conversa que manteve com o nosso jornal, o responsável enalteceu que o principal foco da Jing-She reside na garantia de qualidade do processo de aprendizagem dos atletas. “O nosso objetivo é a qualidade, não há tanta preocupação com a quantidade”, ressalva o treinador. Um eventual crescimento excessivo do número de atletas iria, segundo Alexandre Oliveira, contribuir para o retrocesso da evolução dos praticantes. A Jing-She conta atualmente com 10 jovens, com idades compreendidas entre os 8 e os 13 anos, que se encontram em modo de competição, sendo ainda representada por dois seniores. Considerando que o aumento incontrolado do número de atletas é pouco proveitoso, Alexandre Oliveira prevê, por isso, a integração de apenas três ou quatro elementos na próxima temporada. O treinador julga “ser mais fácil ensinar crianças a adquirir qualidades físicas e psicológicas para a competição por comparação com um adulto”. Nessa perspetiva, a Jing-She pode ser frequentada por crianças com três ou quatro anos de idade, dado que “quanto mais cedo começarem, mais cedo adquirem competências”, reitera Alexandre Oliveira. A real possibilidade de a modalidade ganhar um cariz olímpico em 2024 reforça o seu evidente crescimento nos últimos anos. O técnico exalta “o trabalho de promoção realizado pela Federação Internacional”, bem como “a colaboração do governo chinês, sobretudo ao nível do marketing” para que o Wushu Kung Fu adquira maior projeção a nível nacional e internacional. pub