Dança: Tomás Gomes e Gabriela Teixeira arrecadam título nacional A Academia Gindança alcançou bons resultados no último circuito nacional de dança desportiva. A performance do par composto por Tomás Gomes e Gabriela Teixeira foi a mais eloquente, ao sagrar-se campeão nacional em Juvenis 1 na modalidade Standard. Para além deste resultados, há ainda a salientar os segundos lugares obtidos por Martim Matos e Lara Matos (Juvenis 1), Gonçalo Conde e Bruna Matos (Juniores 2 Iniciados), Filipe Gomes e Lara Batista (Juniores 1 Open), Sérgio Costa e Rita Almeida (Adultos Open). Nesta modalidade competiram ainda Telmo Teixeira e Sara Teixeira (6º em Juventude Iniciados). Já em latinas, Filipe Gomes e Lara Batista foram vice-campeões de Juniores 1 open, ao passo que Tomás Gomes e Gabriela Teixeira foram 3ºs classificados em Juvenis 1, um lugar igualmente ocupado por Gonçalo Conde e Bruna Matos em Juniores 2 Iniciados. Na 4ª posição da competição de Juvenis 1 terminou Martim Matos e Lara Sousa. Na prova marcaram ainda presença Tiago Lemos e Juliana Pereira, bem como Telmo Teixeira e Sara Teixeira, que rubricaram boas exibições no seu primeiro ano de competição.
GD Joane é líder invicto do Pró-Nacional Após ter sido campeão europeu, famalicense sobe ao lugar mais alto do pódio no Mundial de Veteranos
Davide Figueiredo rima com ouro Filipe Jesus Ser campeão da Europa é, já de si, um feito memorável. Juntar a isso um título mundial é, indubitavelmente, uma marca digna de entrar no livro dos sonhos de qualquer desportista. No entanto, acumular os dois estatutos foi mesmo uma realidade para Davide Figueiredo, depois do famalicense ter arrecadado o ouro na meia-maratona do Campeonato do Mundo de Veteranos, na vertente M45, que teve lugar na Austrália. O atleta da equipa Figueiredo’s Runner & Friends foi o mais forte na sua categoria, em que constavam vários atletas do Quénia, uma das principais potências do atletismo. Apesar dos africanos cumprirem a estreia em provas destinadas a atletas veteranos, foram, sem dúvida, a principal concorrência de Davide Figueiredo. Pese a reputação e potencial dos quenianos, foi a força famalicense que imperou na Austrália. “Este resultado não me surpreende. Sempre acreditei que era possível, apesar da forte concorrência. Sabia que os outros atletas estavam atentos pelo facto de ter sido campeão europeu, mas consegui superá-los”, rejubilou. Para além da meia-maratona, Davide Figueiredo participou ainda no crosse e na prova de 10.000 metros. No entanto, o
foco estava totalmente direcionado na primeira competição: “a meia-maratona sempre foi o objetivo número um. Nas outras duas provas lutei pelos melhores resultados, mas considero ter estado a 75 a 80%. Já na meia-maratona julgo ter tido nota máxima”. O famalicense sentiu que a vitória em M45 não iria fugir à entrada do último quilómetro, numa fase em que passou a dar pouca importância à classificação. Após cortar a meta, foi de coração cheio que ouviu a Portuguesa. “Só quem passa por isso sabe o que significa. O sol que brilhou na altura em que estava no pódio era o brilho que estava em mim. Senti que podemos estar sozinhos, mas somos, ainda assim, capazes de conquistar algo de positivo. Temos forças interiores que, por vezes, nem sabemos”, relatou. Um título que não atenua difícil fase de preparação A vitória no palco mundial não apaga da memória os dias que antecederam a prova. Reunir os apoios financeiros para participar foi uma tarefa exigente e inclusivamente inacabada. “Consegui apenas 40% dos apoios necessários para estar numa competição de 15 dias. Isso influenciou-me em termos motivacionais, já que estava muito em baixo
nos dias antes da meia-maratona”. No entanto, foi altura de levantar a cabeça e enfrentar o desafio: “se estivesse em Portugal talvez não participasse. Tive que ir buscar forças para tornar possível esta vitória”. A dificuldade em reunir os apoios e a indefinição em torno da participação no Campeonato do Mundo influenciou o período preparatório. Davide Figueiredo admitiu que “a preparação não foi a ideal, pois apenas tive a certeza de que iria à Austrália pouco dias antes de viajar”. A esta condicionante acresceu ainda o facto de a competição ter sido realizada num lugar muito distante de Portugal e que o obrigou a adaptar-se às diferenças horárias e climatéricas. Salientando que “o título mundial tem um valor muito maior do que o europeu”, o famalicense não sabe se irá dar continuidade a esta espiral positiva de resultados. “Ainda não sei o futuro. Poderei pendurar as sapatilhas, estando ainda a ponderar uma possível participação numa competição semelhante aos Jogos Olímpicos, mas para atletas veteranos. No entanto, se terminar a minha passagem pelo atletismo é sinal de que algo está mal, pois sinto que ainda tenho potencial e capacidade física”, lamentando-se pela escassez de recursos financeiros para os atletas em Portugal. pub