Ana Azevedo eleita quinta melhor futsalista do mundo Direção do clube famalicense confere oportunidade a luso-francês, que era adjunto de Ricardo Chéu
Tony inicia carreira de treinador principal na AD Oliveirense A vasta experiência arrecadada enquanto futebolista poderá ser o maior aliado de Tony nesta nova aventura. O luso-francês, que será coadjuvado pelos jovens Steven Sanchez e Célio Cunha, pretende transmitir os conhecimentos adquiridos ao longo da carreira aos jogadores, numa sintonia que lhe poderá valer “maior bagagem para o futuro”.
Filipe Jesus* A direção da Associação Desportiva (AD) Oliveirense escolheu Tony para orientar a equipa na reta final da presente temporada. Depois de um período de alguma turbulência, motivada pela saída de Alexandre Ribeiro e do consequente abandono dos investidores, o clube famalicense encontrou uma solução para suprir o vazio no comando técnico, tendo a estreia de Tony ocorrido no passado domingo, em casa, frente ao Merelinense (derrota por 1-3). Anthony da Silva, eternizado no mundo do futebol apenas por Tony, irá viver a primeira experiência enquanto treinador principal. Após colaborar com Ricardo Chéu no Académico de Viseu e Freamunde, o luso-francês decidiu abraçar um novo desafio no futebol, acedendo ao convite da AD Oliveirense para ser o timoneiro até ao final da época. O treinador entrou no clube numa fase adiantada da temporada e, acima de tudo, num período muito conturbado. Tony reconheceu esta realidade, garantindo, em conversa exclusiva com o OPINIÃO SPORT, entrar com um espírito de missão. “O clube esteve 15 dias à deriva. Pediram-me uma ajuda para poder acabar a época com dignidade e valorizar o clube nesta reta final”, assegurou, lembrando que a AD Oliveirense assinou um feito histórico esta temporada, ao conseguir apurar-se para a fase de subida.
Ciente do contexto que levou a direção do clube a convidá-lo para ser treinador, Tony desvendou o ambiente que encontrou em Oliveira Santa Maria. “Sabia das dificuldades que iria encontrar, pois existe pouca ambição nesta parte final, excetuando a valorização pessoal dos
jogadores. Senti um balneário abatido, fruto de terem estado um longo período sem treinador e no qual sofreram duas derrotas muito pesadas e deixaram uma imagem negativa a nível de prestação de jogo. Agora, resta-nos acabar a época em grande e valorizar o clube”, vincou.
Sem certezas quanto ao futuro Após a partida frente ao Merelinense, restam apenas dois encontros na agenda da AD Oliveirense. A comissão de serviço de Tony no clube ainda não tem prazo definido: “pediram-me apenas para orientar a equipa nestes três jogos. Se a direção achar por bem convidar para orientar a equipa na próxima época, tudo bem”. Apesar desta incerteza relativamente ao futuro, o técnico garante estar já a analisar alguns juniores que podem, eventualmente, integrar o plantel sénior na próxima temporada. Quer fique ou não na AD Oliveirense, certo é que Tony tem já bem definido o modelo de jogo que pretende implementar nas suas equipas: “sou um treinador que privilegia a posse de bola e que gosta que os jogadores sintam prazer naquilo que fazem”, numa imagem que se assemelha aos princípios idealizados por Paulo Fonseca, técnico do Shakthar Donetsk, que serve de referência ao luso-francês. *com José Clemente
Roménia foi o ponto alto da carreira de futebolista Como futebolista profissional, Tony deu-se a conhecer em vários clubes do campeonato nacional. O antigo lateral direito defendeu as cores de vários emblemas portugueses, com particular destaque para Estrela da Amadora, Vit. Guimarães e Paços de Ferreira. No entanto, os maiores êxitos da carreira foram alcançados na Roménia, ao serviço do Cluj, onde venceu dois campeonatos, três taças e duas supertaças. Tony viveu, inclusivamente, o período mais dourado da história do clube da Transilvânia, no qual constam duas participações na fase de grupos da Liga dos Campeões. O luso-francês pendurou as chuteiras no final da temporada 2014/2015, ao serviço do Penafiel, seguindo-se novas funções no desportorei, ao aceitar ser o braço direito de Ricardo Chéu no Académico de Viseu na época seguinte. pub