João Nuno Fonseca é analista da empresa que detém vários clubes, entre os quais o poderoso Manchester City
Foto: José Clemente
Olhar clínico de um famalicense entre os milhões do City Group Filipe Jesus
Numa equipa de futebol, o papel principal é, por maioria de razões, atribuído a jogadores, treinadores e presidentes. É a eles que é atribuída a responsabilidade de dar alegrias ou desilusões à massa associativa. No entanto, a evolução do futebol gerou um superior apetrechamento da estrutura de um clube, na qual vão surgindo novas figuras. O trabalho nos bastidores é visto como um complemento àquilo que é feito no relvado e é neste atual enquadramento que está a emergir João Nuno Fonseca, que está ligado desde fevereiro ao poderoso Grupo City, que detém equipas de diferentes campeonatos, com particular destaque para o milionário Manchester City. Licenciado em Ciências do Desporto pela Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física (FCDEF), o famalicense aponta um responsável por despertar a paixão pelo futebol: André Villas-Boas. O testemunho do atual treinador dos chineses do Shanghai SIPG, nomeadamente o facto de se ter iniciado no futebol como analista, inspirou João Nuno Fonseca a entrar no mundo da bola. “Iniciei, juntamente com dois colegas, um projeto de análise de jogo. Enviámos uma carta a vários clubes da I e II Liga a manifestar o interesse em construir ou potenciar um gabinete de análise ao jogo”, recordou. A proposta agradou aos responsáveis da
Académica e Coimbra tornou-se o berço futebolístico do famalicense. Seguiu-se uma passagem de três anos pela Academia Aspire, num projeto direcionado para desenvolver o futebol no Qatar, tendo em vista o Mundial 2022, que se realiza precisamente neste país. Até que, em fevereiro, um convite endereçado pelo City Football Group lhe permitiu entrar num projeto de dimensão internacional. Detentor de uma rede de clubes de diversos pontos do globo (Inglaterra, Espanha, Estados Unidos, Austrália, Uruguai e Japão), em que o Manchester City é a principal bandeira, o grupo pretende criar uma identidade muito forte no futebol internacional. “O objetivo é criar uma visão, intitulada “beautiful football”, comum a todos os clubes do grupo”, explica João Nuno Fonseca, que desempenha o papel de analista: “pertenço ao grupo e não apenas a uma equipa. Estou ligado à parte da metodologia, mais concretamente à consultadoria, o que me permite ter contacto com toda a filosofia que baseia o projeto”. O Manchester City é, indiscutivelmente, a referência principal do projeto que poderá servir de inspiração a várias equipas. Contudo, este vai muito para além do colosso inglês. “É uma estrutura que tenta estar sempre atualizada. Por isso, também procura referências noutras equipas, num processo em que existe uma grande congregação de ideias”.
Ser treinador principal é o próximo passo Identificar princípios de jogo potencialmente sedutores para o City Football Group é, inegavelmente, um prazer para João Nuno Fonseca. Ainda assim, na mente do jovem, floresce o sonho de ser treinador principal. “É um objetivo bem definido no meu subconsciente. No entanto, sei que o processo tem de ser feito de forma sustentada, pois não posso querer ser treinador sem saber o que é o jogo”, ressalva, mostrando-se convicto de que “as experiências vividas são uma grande vantagem para ser treinador”. João Nuno Fonseca tem vindo a prepararse para isso e a aprendizagem com treinadores como Pedro Emanuel, Sérgio Conceição ou o espanhol Óscar Cano já o ajudaram a delinear o modelo de jogo a implementar na sua equipa. “Comungo da ideia de que só conseguimos ter o controlo do jogo se tivermos a posse de bola”, revela, consciente, porém, de que esta proposta de jogo “dependerá dos jogadores que tiver à disposição”. Treinar o Futebol Clube de Famalicão faz parte do imaginário – “seria algo especial” – mas, para já, o jovem aprimora conhecimentos. As redes sociais são o veículo utilizado para analisar modelos e sistemas de jogo de equipas da elite internacional. A avaliar pelas opiniões dos seguidores, bem poderá dizerse que este é um bom cartão de visita.
Pares da Gindança sagram-se campeões nacionais
A participação da Academia Gindança no Campeonato Nacional de Dança Desportiva, na modalidade de 10 Danças, cotou-se como muito profícua. Dois pares da equipa famalicense arrecadaram títulos, feitos a que se juntou ainda um segundo lugar. Ao lugar mais alto do pódio subiram Sérgio Costa e Rita Almeida (na foto), que venceram em Profissionais Standard, e ainda Filipe Gomes e Lara Batista, que se destacaram em Juniores 2 Open. Já no segundo lugar ficou o par Telmo Teixeira / Sara Teixeira. Na prova nacional marcaram ainda presença Martim Matos e Lara Sousa (3ºs em Juvenis 1); Afonso Marinho e Inês Ferreira (8ºs em Juvenis 1); Tomás Gomes e Gabriela Teixeira (4ºs em Juvenis 2) e Tiago Lemos e Juliana Pereira (5ºs em Juvenis 2). pub