II Gala Desporto: Famalicão premeia atletas de excelência 1-2
FC Famalicão repete receita de Guimarães e opera nova reviravolta, com o avançado a mostrar estar de pé quente
Estádio Cidade de Barcelos Árbitro: Gonçalo Martins (AF Vila Real) Auxiliares: Bruno Trindade e Ângelo Carneiro
Gil Vicente FC Famalicão Gabriel Joel Zé Pedro João Faria Jorge Miguel Vítor Lima Deni Hocko Mendes Feliz (Denner 89’) Willian (Fred 70’) Rui Costa (M. Thuíque 84’)
Filipe Jesus
Treinadores Jorge Casquilha
Dito
Go los: 1-0 James (45’ g.p.); 1-1 Rui Costa (56’); 1-2 Rui Costa (66’). Cartões Amarelos: Zé Pedro (9’); Willian (44’); Vítor Lima (51’) e Jonathan (69’). Cartões Verme lhos: Não houve.
CLASSIFICAÇÃO
1. Ac. Viseu 2. Porto B 3. Santa Clara 4. Leixões 5. Académica 6. FC FAMALICÃO 7. Nacional 8. Penafiel 9. Arouca 10. Sporting B 11. Gil Vicente 12. Braga B 13. Sp. Covilhã 14. Benfica B 15. Cova Piedade 16. U. Madeira 17. Varzim 18. UD Oliveirense 19. Real Massamá 20. Vitória B
RESULTADOS
II LIGA
J
13 13 13 12 13 12 13 12 13 13 12 13 13 13 12 13 13 13 13 12
V
8 8 8 6 6 5 5 5 5 5 5 4 4 4 4 3 3 3 3 2
Gil Vicente, 1; FC FAMALICÃO, 2 Santa Clara, 1; Leixões, 1 Sporting B, 2; UD Oliveirense, 0 U. Madeira, 1; Porto B, 2 Varzim, 0; Sp. Covilhã, 0 Cova da Piedade, 0; Braga B, 2 Benfica B, 3; Penafiel, 4 Real Massamá, 0; Ac. Viseu, 1 Vitória B, 1; Arouca, 2 Académica, 1; Nacional, 0
E
3 1 1 3 2 5 4 4 4 3 2 5 5 3 1 4 4 4 2 2
D
2 4 4 3 5 2 4 3 4 5 5 4 4 6 7 6 6 6 8 8
F
18 23 23 15 19 14 19 17 10 20 16 17 13 17 12 13 12 10 19 10
C
7 16 16 15 16 11 17 17 13 23 12 17 13 22 13 14 14 16 23 22
PRÓXIMA
P
27 25 25 21 20 20 19 19 19 18 17 17 17 15 13 13 13 13 11 8
Porto B - Académica Leixões - Benfica B Penafiel - Vitória B Ac. Viseu - Varzim UD Oliveirense - Cova Piedade Nacional - U. Madeira Braga B - Gil Vicente Sp. Covilhã - Real Massamá FC FAMALICÃO - Sporting B Arouca - Santa Clara
Os desafios colocados a uma equipa de futebol são constantes. À luz dos números, tinham sido detetadas dificuldades ao Futebol Clube (FC) de Famalicão para vencer fora de casa. No entanto, no espaço de uma semana, a equipa de Dito parece ter encontrado o antídoto para resolver esse problema, com a receita a ter condimentos em comum entre o jogo de Guimarães e o de Barcelos. Para além de se tratarem de duelos minhotos, as duas partidas tiveram ainda mais dados em comum: a equipa famalicense operou reviravoltas nas segundas partes, graças a dois bis do artilheiro Rui Costa, com as cambalhotas a serem consumadas num curto espaço de tempo em ambos os jogos. Uma fórmula de sucesso e que ajudou a afastar eventuais fantasmas. Elogiados por privilegiaram um futebol apoiado, assente na qualidade técnica dos jogadores do setor ofensivo, Gil Vicente e FC Famalicão proporcionaram um jogo de nível alto. O ritmo imposto pelas duas equipas, especialmente na primeira parte, bem como a qualidade de jogo tornou este jogo uma boa propaganda para a II Liga. A entrada afirmativa e pressionante dos gilistas augurava, desde logo, um jogo interessante. Os forasteiros conseguiram sair do colete de forças em que estiveram envolvidos durante os dez minutos iniciais e equilibraram a partida. A primeira real oportunidade de perigo pertenceu mesmo a Rui Costa, mas a mira do avançado ainda não estava bem calibrada. O jogo estava bastante mexido e pressentia-se que os golos poderiam aparecer a qualquer mo-
FC Famalicão
Rui Sacramento Ricardinho Vítor Tormena Rui Faria (Valdeir 81’) Henrique Reko (André Fontes 62’) Miguel Abreu Jonathan (João Pedro 73’) Camara Fall James
Rui Costa volta a cantar bem alto
mento. E o primeiro tento chegaria mesmo na pior altura (pensariam os adeptos) para o FC Famalicão: James inaugurou o marcador mesmo em cima do intervalo numa grande penalidade a castigar derrube de João Faria a Jonathan. As equipas não iriam para os balneários sem Feliz testar a atenção de Rui Sacramento, num lance que pode ser visto como importante catalisador para a reação dos
famalicenses na segunda metade. O arranque do segundo tempo foi, de resto, notável. Nada abalados com o golo sofrido perto do descanso, os pupilos de Dito entraram com a clara vontade de reverter um resultado que sabia a injustiça. A bitola da primeira metade manteve-se, havendo, porém, uma diferença fundamental: a tomada de decisão em zonas ofensivas foi bem mais acertada.
MELHOR Famalicão:
Rui Costa Está mesmo de pé quente. Com os níveis de confiança nos píncaros, comprovou o instinto assassino que lhe é reconhecido por Dito. Mas a sua qualidade vai muito para além dos golos: é um batalhador nato e a primeira barreira defensiva dos famalicenses.
Os dois golos foram, de resto, um autêntico hino ao bom futebol. O FC Famalicão deu a cambalhota no marcador em duas jogadas de admirável envolvimento coletivo e em que Feliz e Rui Costa foram peças fundamentais: o primeiro a construir e o segundo a finalizar. Dois momentos do jogo que bem poderiam fazer parte dos compêndios da arte de jogar futebol, tal a qualidade em termos de movimentação e passe. Depois do duplo golpe, o Gil Vicente bem tentou chegar ao empate. O tradicional chuveirinho criou algum frisson junto da baliza de Gabriel, mas a linha defensiva, com particular destaque para o guarda-redes brasileiro, soube responder com categoria ao forcing do adversário e confirmar que o pijama já não entra na bagagem para os jogos do FC Famalicão fora de casa. pub