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Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias
unindo esforços governo estadual
O governo do estado de Mato Grosso do Sul vem diversificando, nos últimos anos, sua base econômica, integrando o complexo carne e grãos, incentivando o polo canavieiro, expandindo a extração do minério de ferro e agregando valor a esse produto, trazendo mais oportunidades ao setor turístico e promovendo o setor de florestas plantadas, com ampliação e melhoria do emprego e distribuição de renda a sua população. Um fator de destaque é a formação de núcleos de produção e consumo da madeira, promovendo o desenvolvimento local e regional. O Mato Grosso do Sul criou, em passado recente, instrumentos de gestão das cadeias produtivas, sendo um deles a Câmara Setorial de Florestas Plantadas, que, em ação conjunta com o governo do estado, o Sebrae/MS e a Associação Sul-matogrossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/ MS), elaboraram o Plano Estadual de Florestas, documento em que foram consolidadas as informações e evidenciado o potencial para utilização dos recursos naturais relacionados ao setor florestal. Esse plano – que prioriza investimentos numa área de aproximadamente 7 milhões de hectares, compreendida entre as BR-262 e 267 – contempla três eixos básicos de atuação, quais sejam: desenvolvimento tecnológico, fomento à produção e à industrialização, e o sistema de informação e acompanhamento relacionados aos avanços dessa atividade. Com o Plano Estadual de Florestas, é possível verificar as vantagens comparativas do estado nos aspectos de topografia, solos, clima, situação fundiária e preços de terras; incentivos fiscais instituídos por Lei Específica (MS Empreendedor) e financiamentos de longo prazo por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), fatos estes que colaboraram para que Mato Grosso do Sul assumisse posição de destaque no cenário nacional.
Soma-se a esse empreendimento um novo projeto de dimensões similares para produção de celulose na região leste do estado, polarizado por Três Lagoas. Outras empresas estão investindo em terras e na produção florestal, havendo negociações avançadas para implantação de novas indústrias nos segmentos mencionados. Essas ações se apoiam na excelência do ambiente institucional, promovendo o setor com o aumento de área plantada e implantação de indústrias de transformação da madeira, caminhando, assim, para viabilizar também um polo de madeira serrada, em condições de atrair indústrias de chapas, MDF e moveleira.
O governo estadual celebrou um acordo de cooperação com a Embrapa Florestas para dar suporte às necessidades de novos materiais genéticos, mais produtivos e resistentes a pragas e doenças, para atender aos diversos segmentos da produção florestal, compreendendo a celulose, o papel, o carvão vegetal e a madeira serrada. Com aproximadamente 420 mil hectares de florestas plantadas, o Mato Grosso do Sul liderou em escala nacional o processo de expansão no setor em 2010. O número é expressivo. O estado aumentou 30% de sua área plantada em relação à do ano anterior. A grande disponibilidade de terras estrategicamente localizadas e os incentivos concedidos pelo governo foram fundamentais para o alcance desses resultados.
O Mato Grosso do Sul, quando da elaboração do Plano Estadual de Florestas, em 2008, possuía uma área plantada de eucalipto de 265 mil hectares e de 18,8 mil hectares de pinus. Com perspectiva de suprir, de forma ecologicamente correta, os diversos segmentos das cadeias produtivas da celulose, papel, móveis, painéis, siderurgia e energia, a meta é atingir, em 2030, uma área plantada de 1 milhão de hectares de florestas.
Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias Secretária de Desenvolvimento Agrário, Indústria e Comércio do Estado do Mato Grosso do Sul
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O estado vem melhorando e potencializando a logística existente, com atenção especial para o transporte e energia, facilitando a melhoria da competitividade e atraindo mais indústrias de transformação e implantando indústrias de papel e celulose e siderúrgicas. A entrada em operação da maior planta industrial em uma única linha de operação – gerando e transformando celulose em papel em uma mesma unidade industrial – materializa a confiança dos investidores no potencial e nas políticas públicas desenvolvidas pelo governo sul-matogrossense.
Essas ações constituem as principais estratégias de implementação do Plano Estadual de Florestas para que Mato Grosso do Sul se consolide como novo polo de florestas plantadas no País. O governo de Mato Grosso do Sul continua empenhado em atrair novos investidores para o setor florestal, mantendo-se na expectativa de superar dificuldades, inclusive de ordem legal – compreendendo a aquisição de terras por estrangeiros e outras situações – , potencializando, assim, os recursos dos Fundos de Investimento no Estado, na consolidação do desenvolvimento local.