Quem casa, quer festa! E a indústria do casamento quer mais. Páginas 4 e 5
Jornal Laboratório do Curso de Comunicação Social Ano 11
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Número 78
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13 de maio de 2010
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Belo Horizonte / MG
Distribuição gratuita
“Vamos a la playa” “Vamos a la playa”
Desde o começo do ano, a Praça da Estação se transformou em um “point” para banhistas da capital, motivados por decreto da prefeitura que proibiu eventos de quaisquer natureza no espaço público Páginas 6 e 7
Cidades Um bairro de Histórias
Comunicação/Fumec Sintonizada com as demandas do mercado
Personagens e locais do bairro Luxemburgo, muitas vezes ignorados pelos moradores, guardam histórias originais.
Sucesso de ex-alunos do Curso de Comunicação no mercado atesta proposta pedagógica arrojada, que concilia as necessidades de formação teórica e prática dos profissionais. Para isso, mantém excelente infra-estrutura e professores experientes e qualificados.
Página 10 e 11
Cultura Ao vivo na Savassi Banda In Verso promove ensaio em praça pública e surpreende quem passa pela região.
Páginas 8 e 9
Página 15
Esportes Polêmica da camisa rosa Novo uniforme de treino atleticano divide opiniões entre a torcida alvinegra. Página 3
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Fute Futebol americano B em Belo Horizonte Pioneiro na capital, o Pioneir Minas Locomotiva vem colecionando sucessos. colec Páginas 12 e 13
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02 • Opinião
Editor e diagramador da página: Equipe O Ponto
Belo Horizonte, 13 de maio de 2010
O Ponto
Os “trapalhões” que querem o planalto IGOR MOREIRA 3º PERÍODO A eleição presidencial está chegando e aqueles que postulam o cargo mais importante do país já estão nas capas de todos os noticiários. Mas o que vem preocupando a todos é que nenhum dos candidatos desperta interesse no povo brasileiro, ou seja, vamos ter a eleição mais “pobre” de todos os tempos. O tucano José Serra, atual líder nas pesquisas de opinião, apesar de dominar o maior colégio eleitoral do país não passa de uma figurinha apagada. Se eleito, será por falta de opção, pois não é nem de longe o que o Brasil precisa. Sua artificialidade é notória e sua falta de carisma chega a ser imoral. Já com relação à candidata do PT , Dilma Roussef, o presidente Lula não poderia ter tido pior escolha, com nomes como Eduardo Suplicy e Aloísio Mercadante no partido, a escolha por Dilma é no mínimo incoerente e mesmo com o crescimento de Dilma nas pesquisas, o PT pode ver naufragar a chance de continuar no poder apesar do carisma e popularidade do presidente Lula. Ainda somado ao fator que grande parte da rejeição ao nome de Dilma é devido a sua arrogância, seu passado no mínimo duvidoso, e sua pose de “Maria Tenente”. Já Marina Silva tem toda uma história de militância
em defesa do meio ambiente, mas pesa contra ela o fato da grande maioria achar que Marina não tem o perfil para comandar um país, já que possui fala mansa, e cara de “coitada”. E um líder, por mais bonita que seja sua história, não pode ser tão “bonzinho”. E por isso a candidata do PV deve ver seu sonho de chegar ao planalto adiado. Ciro Gomes, talvez seja o nome mais preparado dos possíveis candidatos a assumir o Planalto, mas acabou sendo afoito querendo forçar a todo custo sua candidatura, e com isso sua imagem acabou arranhada, o que levou o PSB, partido do cearense a optar pelo não lançamento de um candidato próprio. Como sempre, entrarão em cena algumas figuras “grotescas” que sempre se candidatam como José Maria Eymael, Levy Fidélix, e seu mirabolante projeto do aerotrem, além da Drª Havanir Nimtz, que ficou famosa por ser a versão feminina do famoso Enéas Carneiro, e que quer retomar sua carreira política, tendo aparecido até em uma emissora de TV procurando um namorado. Mas figuras como essas são imperceptíveis aos olhos dos eleitores, e juntando os votos de todos dificilmente chegarão a 1%. Mas o fato é que para um país que já teve vários grandes candidatos à presidencia, desde que as eleições diretas foram implantadas, será lamentável ver um desses nome ocupando o cargo mais importante do Brasil.
Imagem creditos
o ponto Coordenação Editorial Prof. Aurélio José (Jornalismo Impresso) Professores orientadores Profª. Dunya Azevedo (Planejamento Gráfico) Profª. Beatriz de Resende Dantas (Fotografia) Prof. Reinaldo Maximiano Pereira (Produção e revisão de texto) Monitores de Jornalismo Impresso Franco Serrano e Igor Moreira Monitores da Redação Modelo Ana Clara Maciel e Ana Paula Marum Projeto Gráfico Dunya Azevedo · Professora Orientadora Pedro Rocha · Aluno voluntário Roberta Andrade · Aluna voluntária Logotipo Giovanni Batista Corrêa Ilustração: Abel Costa
Universidade Fumec Rua Cobre, 200 · Cruzeiro Belo Horizonte · Minas Gerais Tel: 3228-3127 · e-mail: oponto@fch.fumec.br Presidente do Conselho Curador Prof. Air Rabello Filho Reitor da Universidade Fumec Prof. Antônio Tomé Loures
Prêmio Totem tem Comunicação Social lança Comenda de Honra ao Mérito como tema a Copa O PONTO O PONTO DA REDAÇÃO
A coordenação do Curso de Comunicação Social da Fumec/ FCH cria, a partir deste ano de 2010, no âmbito dos cursos de Jornalismo e publicidade e Propaganda, a Comenda de Honra ao Mérito da Comunicação Social. A premiação será outorgada aos estudantes egressos dos cursos que se destacaram profissionalmente e conquistaram espaço e respeito no meio profissional. A comenda será concedida em forma de medalha, acompanhada de um certificado e de um brinde. A honraria será outorgada uma vez por ano, durante a programação da Semana da Comunicação da Faculdade de
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Ciências Humanas. Anualmente serão concedidas até 06 (seis) comendas, que serão entregues em solenidade realizada exclusivamente para esse fim. Os indicados para receber a comenda serão apontados através de análise da trajetória no mercado de trabalho feita por professores do curso, embasando sua justificativa um currículo dos agraciados. Segundo o coordenador do curso, Sérgio Arreguy, a intenção é homenagear os egressos da Comunicação que, em suas trajetórias profissionais, vêm se destacando, trazê-los à Fumec e compartilhar com a comunicação social as perspectivas de parâmetros profissionais para os alunos do curso.
DA REDAÇÃO
O Prêmio Totem é um evento de incentivo aos alunos de Jornalismo e Publicidade e que oferece oportunidades profissionais dentro das duas áreas . Os interessados podem se inscrever nas categorias determinadas sendo 5 delas para alunos de Jornalismo: charge, matéria impressa, matéria eletrônica, fotografia e reportagem . E outras 5 categorias direcionadas aos alunos de Publicidade: peça gráfica, spot, vt, fotografia publicitária e mídias externas. O tema para os trabalhos deste ano será Copa do mundo - África do Sul 2010 De acordo com o professor Admir Borges o prêmio estimula a criatividade dos universitários e a integração entre os alunos do curso de comunicação social. A entrega do prêmio será realizada durante uma cerimônia na semana da comunicação. As inscrições vão até o dia 25 de Maio e podem ser realizadas na agência modelo.
Diretora Geral Profª. Thaïs Estevanato Diretor de Ensino Prof. João Batista de Mendonça Filho Diretor Administrativo e Financeiro Prof. Antônio Marcos Nohmi Coordenador do Curso de Comunicação Social Prof. Sérgio Arreguy Monitores de Produção Gráfica Raoni de Faria Jardim e Danielle Cristine Vaz Monitores do Laboratório de Publicidade e Propaganda Lorena Emídio de Mendonça e Marina Magalhães Barbosa Colaboradores voluntários Amanda Lelis e Pedro Gontijo. Tiragem desta edição: 3000 exemplares Jornal Laboratório do curso de Comunicação Social da Faculdade de Ciências Humanas · Fumec
Os artigos publicados nesta página não expressam necessariamente a opinião do jornal e visam refletir as diversas tendências do pensamento
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Comportamento • 03
Editor e diagramador da página: Bruna Natal, 6º periodo e Diagramação
O Ponto
Belo Horizonte, 13 de maio de 2010
Polêmica camisa rosa Novo uniforme de treino do Atlético Mineiro, apesar de ser sucesso de vendas, ainda divide a torcida alvinegra, alguns aprovam, outros temem as gozações dos rivais Arte: Raoni Jardim - 7ºG, sobre foto/divulgação
LUCAS RODRIGUES 5° PERÍODO No dia 16 de março, no Automóvel Clube, em Belo Horizonte, o Clube Atlético Mineiro apresentou sua camisa de treino, junto com as outras peças da coleção para 2010, em um desfile de gala. Até então, nenhuma novidade, já que isso faz parte da rotina de um clube. A novidade ainda estava por vir no fim do desfile, quando os últimos lançamentos, assinados pela marca Topper, foram apresentados ao público. Os modelos vestiam a tão esperada camisa de treino. E tal foi a surpresa, quando eles entraram vestindo... cor-de-rosa. Desde então, surgiram as polêmicas. Os atleticanos divergiam em suas opiniões sobre a camisa. Na principal comunidade do clube, no Orkut, alguns torcedores pareciam não acreditar no que viam. As críticas não eram essencialmente direcionadas para a quebra da tradição do clube, que sempre vestiu, em seus 102 anos de história, o seu uniforme das cores preta e branca, salvo em raras ocasiões, quando camisas de treino das cores dourada e laranja também desagradaram alguns torcedores alvinegros. Mas, sim, para a tradicional associação da cor rosa ao universo feminino, o que daria “munição” para os rivais fazerem chacota. Sobrou, então, para o responsável pela escolha das novas camisas: o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, alvo de protestos por parte da torcida. Esses críticos eram a maioria. No entanto, surpreendentemente, os estoques da nova camisa foram esgotados na loja oficial do clube. Os vendedores das lojas especulam que ela chegava de manhã e no dia seguinte, o lote já havia esgotado. Enquanto isso, os cruzeirenses e torcedores
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de outros times não perderam a oportunidade de também fazer suas críticas. E como era esperado começaram a surgir piadas de mau gosto, ligando a torcida do Atlético a tendências femininas. A simples apresentação das novas camisas do time se tornou um grande evento. E se o mandatário atleticano foi citado, ele, então, resolveu se pronunciar. Kalil, que vestia um terno preto combinado com uma gravata rosa no dia da apresentação, antecipou e rebateu as possíveis brincadeiras que viriam dos torcedores rivais. “Isso é para quem pode usar. Eu vou usar e quem tem dúvida se vai usar, nem compre. Em Minas, só o Atlético pode fazer camisa rosa. Eu escolhi a camisa, assim como as outras e achei todas muito bonitas”, afirmou o mandatário alvinegro em entrevista concedida ao Portal Uai. E ainda reforçou: “A camisa do Atlético é preta e branca. É um manto sagrado. Mas se você quer saber, gostei das novas camisas porque elas foram escolhidas dentro da minha sala.” O presidente estava tranquilo com a escolha, o conselheiro eleito do Atlético, Hissa Elias Moysés, também se mostrou favorável à nova camisa, abordando a questão das vendas e desconsiderando as polêmicas. “O torcedor precisa entender que tudo que é inovador vem pra somar, inclusive essa polêmica em torno da cor. Porque ela é positiva para o marketing da camisa. Se a ideia era essa, fazer marketing, gerar receita para o clube, o objetivo foi alcançado. Ela vende porque é diferente a cada ano, e isso faz parte da renda de qualquer clube. Se você olhar as vendas da nova camisa nos últimos dias, vai constatar o tanto que a ideia foi bem sucedida. Se a cor é rosa, se é salmon, isso não importa. Na minha opinião, não existe
quebra da tradição. Simplesmente porque a camisa é de treino. E camisa de treino é assim mesmo, um ano ela é dourada, no outro é rosa. Como já disse, ela faz parte do dinheiro que o clube precisa para se manter. A camisa de jogo, que é preta e branca, continua preservada em todos os seus modelos.” Indo em direção oposta, o comentarista esportivo da Jovem Pan, Luís Carlos Quartarollo, fez suas considerações sobre a camisa em seu blog da UOL. “Sou conservador nesse negócio de cor de uniforme. Entendo que os tempos são outros e que às vezes há a obrigação contratual e é um meio para se ganhar mais dinheiro, mas tudo tem limite. Acho que mudar a cor de camisa descaracteriza o time. É a minha opinião, mas muita gente mais moderna que eu, não concorda. Em Belo Horizonte, a camisa rosa de treino é um sucesso de público, mas não consigo imaginar o Atlético sem aquela camisa branca e preta com listras verticais. No máximo com a camisa branca ou toda preta, mas rosa não dá. Não seria o Atlético. A torcida cruzeirense aproveita para alfinetar os atleticanos. Depois não reclamem. Estão dando motivo.” Apesar das gozações rivais, jogadores e membros da camissão técnica aprovaram o modelo. Em jogo recente do time pelo Campeonato Mineiro, contra o Villa Nova, o técnico Vanderlei Luxemburgo trocou seu tradicional terno preto pelo novo uniforme rosa. O ídolo alvinegro Diego Tardelli e o volante Corrêa elogiaram a nova camisa, em nome do restante do grupo. Jogada de marketing genial para uns, quebra da tradição do clube para outros, o fato é que apesar de continuar ostentando o tradicional preto e branco nos jogos, a camisa rosa continuará gerando polêmica, inclusive entre os próprios torcedores atleticanos.
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04 • Comportamento
Editor e diagramador da página: João Paulo Borges
Belo Horizonte, 13 de maio de 2010
Casar está na moda
O Ponto
O que para muitos representa uma instituição falida, para os profissionais de casamento, não. Este mercado está crescendo e se aprimorando cada vez mais, exigindo profissionais qualificados e atendimento vip ELISA HERINGER 5º PERÍODO
O mercado de casamentos tem crescido e cada vez mais empresas tem se especificado no atendimento a este público. Os serviços oferecidos são os mais diversificados, fotógrafos, cabeleireiros, maquiadores, estilistas, decoradores, cerimoniais e outros. Esta variedade de profissionais atua no que especialistas tem chamado de “indústria do casamento”, e essa “indústria” tem crescido e muito. Só no Brasil estima-se que o mercado de casamentos movimenta cerca de 8 bilhões de reais por ano. E não é a toa que o setor de empregos formais e informais da área está em grande ascensão. Muitas são as explicações para este “boom” no mercado de casamentos no Brasil. Em primeiro lugar devido à estabilidade da moeda brasileira nos últimos anos. Para se casar aqui no país, segundo dados do jornal Gazeta Mercantil, o casal investe no mínimo o valor de R$ 35 mil, ou seja, um carro popular. Uma segunda explicação está no fato de que as pessoas têm enfrentado o altar sem medo de ser feliz. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam o aumento de casamentos em todo território nacional. De 2005 para 2006 houve um aumento de 6,5%, cerca de 900.000 casamentos. O interessante da pesquisa é que deste total 30% são mulheres de 20 a 24 anos, e o maior percentual de homens está na faixa dos 25 a 29 anos. E terceira e última explicação é o simples fato de que casar está na moda. E esta tendência veio mais cara e ousada do que nunca.
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Comportamento • 05
Editor e diagramador da página: João Paulo Borges
O Ponto
O sonho do casamento
Há alguns anos casar era relativamente simples. Famílias com menos condições optavam por uma cerimônia simples, sem festa e pra não ficar chato davam um bombonzinho na porta da igreja. Os que tinham mais condições faziam a cerimônia em uma igreja tradicional e recebiam os convidados na própria casa. A despesa era dividida. Os pais da noiva arcavam com o enxoval, vestido, cabeleireiro, decoração, na maioria das vezes. Já a família do noivo corria atrás das alianças, da roupa do noivo, e do futuro lar. A noiva “relaxava” hora antes do casamento, sendo arrumada por algum cabeleireiro conhecido da família, ou então, uma tia que se oferecia pra dar um trato na cabeleira. Quem a vestia era a madrinha que estivesse por perto. Quando não alugavam carro, dava-se um jeito, afinal sempre tinha um parente mais rico e com um carro mais arrumadinho. E quando o fotógrafo não aparecia, alguém se oferecia para registrar aquele momento inesquecível.
Belo Horizonte, 13 de maio de 2010
se tornaram mais exigentes. Antigamente, os casamentos eram sempre iguais e acabavam se tornando algo cansativo. Atualmente, as cerimônias são mais curtas, surpreendentes e extremamente organizadas. Já que existem empresas especializadas para cuidar do casamento. São os chamados “wedding planners”, que prestam uma consultoria completa. Eles trabalham para que o tão sonhado dia não vire pesadelo. São vistos como uma espécie de babá dos noivos, pois acompanham tudo. Desde a noiva ao banheiro, dando aquela ajudinha com o vestido, até entreter as daminhas fora da igreja e quando o noivo
Novas exigências Mas as coisas mudaram bastante. Não só profissionais específicos da área foram surgindo, como também as próprias noivas
começa a exagerar na bebida, eles também entram em ação. O que mais as noivas escutam quando vão fazer o orçamento é o tão “prometido serviço especializado”. Isso é o que o fotógrafo Leonardo Neves promete para suas noivas. “O grande segredo do meu trabalho é o atendimento. A noiva, quando nos procura para registrar o seu casamento, procura qualidade sim, mas o principal é uma foto com a cara dela. Cada casal que eu atendo tem um estilo, uma personalidade, e o fotógrafo tem que ser sensível o bastante pra saber distinguir isso. Esse é o nosso diferencial, não são só fotos bonitas, mas são fotos que falam sobre eles e deles. O álbum vai ter a cara dos noivos e isso será um documento, um registro do momento mais importante de suas vidas”, afirma o fotógrafo. Neves é fotógrafo de noivas há seis anos. Ele trabalhava como engenheiro, até o dia que percebeu que era apaixonado por fotografia e que iria trabalhar somente com isso. Montou uma empresa com um amigo e desde então trabalha a semana toda atendendo noivas. Os finais de semana e os dias dos casamentos, ele passa por conta de cobrir os “making-offs” das noivas, e nas igrejas cobrindo as cerimônias e festas. Duas noivas para dois irmãos
Fotos: Leo Neves e Oswaldo Marra
E por falar nas festas... Nesta onda de casamentos o que as noivas mais têm investido é na tão sonhada festa. E para que isso ocorra todos os esforços são necessários. Além do grande investimento, há bastante ousadia. Hoje não existe uma festa “chique” que não tenha uma bateria de escola de samba pra agitar os convidados. É a moda do momento. A noiva Mônica Mourthé, 30, teve uma grande surpresa na festa de casamento. Seu pai contratou uma escola de samba. “Foi uma sensação incrível! O melhor sentimento foi quando escutei as batidas da escola, parecia que meu coração estava batendo no mesmo ritmo. Eu adoro Carnaval, e conseqüentemente, escolas de samba, mas meu marido não é muito fã. Até cogitamos contratar um grupo para tocar em nosso casamento, mas como o Rafael não queria muito e estávamos apertados com o
orçamento, optamos pela contratação só do DJ. Meu pai contratou a escola de samba de surpresa, e por incrível que pareça, meu marido foi o que mais vibrou”, afirma Mourthé. Já as noivas Lislie Stófel, 24, e Quésia Stófel, 25, que se casaram em dezembro de 2007 optaram por uma festa mais tradicional. O que diferencia essas irmãs é o fato delas terem se casado no mesmo dia e, com dois irmãos, Jônatas Eduardo Alves de Paula, 26, e, Felipe Alves de Paula, 28. Os jovens casais escolheram um salão de festas da região Norte de Belo Horizonte. Não ousaram na festa, fizeram uma cerimônia simples, mas com bom gosto. “Foi muito difícil definir como seria a festa. Somos quatro pessoas casando no mesmo dia. Para chegar à decisão final, passamos por muitas conversas. Queríamos ter uma festa
bonita, que atendesse aos nossos desejos, e, ao mesmo tempo não podíamos gastar muito. Pra nós o mais importante era o momento da união, isto aconteceu e pra nós foi maravilhoso”, diz Lislie. As possibilidades para um casamento hoje no Brasil são diversas. Os profissionais deste mercado têm pela frente muitos desafios. O de agradar as noivas, com serviços de qualidade e preço compatível, e o de ser criativo na preparação da cerimônia sem perder elementos importantes do evento. O sonho está ai, pra quem quiser embarcar nela. Escolas de samba, álbuns diferentes, “Buffet” exóticos etc. Mas, o que nunca pode sair da moda é o verdadeiro sentido do casamento: a união de duas pessoas que se amam e que querem viver juntas.
Criatividade nos arranjos e a beleza dos doces são atrativos da recepção
O casamento de Mônica e Rafael “deu samba”
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06 • Cidade
Editor : Equipe O Ponto e Diagramador: Pedro Gontijo
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O Ponto
Praia da Estação
TAISSA RENDA 7º PERÍODO
M
anhã ensolarada de sábado, o estudante Rafael Barros retira da geladeira uma cerveja e a guarda na bolsa térmica. Vestido de bermudão e calçando chinelos de dedo, Rafael segue rumo à praia. No caminho, ele encontra um grupo de “banhistas” com os corpos besuntados de protetor solar, carregando bóias e cadeiras. Alguns seguem de bicicletas em direção à praia mais famosa de Belo Horizonte. Sim, na Praça da Estação, bem no centrão da cidade, os mineiros têm, aos sábados, o seu encontro com o “mar”. A “Praia da Estação” é, na verdade, um protesto de estudantes e artistas contra o Decreto 13.798, assinado pelo prefeito Márcio Lacerda, em 9 de dezembro de 2009, que proíbe a “realização de eventos de qualquer natureza na Praça da Estação”, sob a justificativa de proteger o patrimônio histórico das depredações. “O tempo passa, mas na raça eu chego lá” As reações contrárias ao decreto começaram ainda em 2009 e, em janeiro de 2010, a praça foi ocupada por homens e mulheres em traje de banho que transformaram o lugar num clube veranista, ou melhor, bem ao gosto dos mineiros, numa praia. “Na época, surgiu um blog contra o decreto convocando a galera para um protesto, no dia sete de janeiro, na Praça da Estação. Não se sabe, ao certo, quem criou o blog, mas houve divulgação ampla na internet via e-mails”, relembra Rafael Barros. A primeira manifestação não reuniu muitos adeptos. “Cerca de 20 ou 30 pessoas”, estima, “mas deste grupo surgiu uma lista de e-mails coletiva para divulgar e discutir na internet as providências que seriam tomadas. O grupo abraçou a causa”, explica. “A praça Castro Alves é do povo” Após uma troca intensa de e-mails, surgiu a idéia da “Praia da Estação”, que foi marcada para sábado, 16 de janeiro. Cerca de 300 “banhistas” aderiram à
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idéia. O que se viu, nesse dia, foi um desfile animado de corpos adornados de biquínis, maiôs e sungas pela Praça. “Mas como tudo foi divulgado pela internet, os “superiores” - diz acenando com os dedos as aspas para se referir à Prefeitura - “tomaram conhecimento do protesto e cortaram a água que alimenta a fonte”, explica Rafael. Assim, o protesto perderia a força. Não perdeu. No dia, a solução foi improvisar: “Resolvemos fazer uma “vaquinha” para contratar um caminhão pipa. A iniciativa se repetiu em todos os encontros, pois a Prefeitura continuou desligando a fonte aos sábados”, ressalta. O objetivo dos manifestantes é modificar o decreto, debater com a Prefeitura e chegar a um consenso que agrade a todos. Enquanto isso, o povo, na Praça, prossegue o protesto sob os olhos atentos dos soldados da Guarda Municipal. “Ei, polícia, a praia é uma delícia!” - gritam. “Todo mundo na praça” Desde a assinatura e publicação do decreto, os vendedores da região garantem que os prejuízos já se fizeram sentir. Os eventos atraiam potenciais consumidores e, conseqüentemente, crescia o lucro dos estabelecimentos que rodeiam a praça. “Era ótimo poder contar com os visitantes em dia de festa. Aqui, na minha loja, recebia até estrangeiros que compravam lembranças de Belo Horizonte para levar para fora do Brasil”, declara Sérgio, dono de uma pequena loja de lembrancinhas que fica ao lado da praça. Os eventos que aconteciam, principalmente, nos finais de semana, enchiam a Praça da Estação. Cássia Malena, dona do restaurante Pavilhão da Pizza, garante que sempre se preocupou com a organização dessas festas e não só com o seu lucro. “A Prefeitura precisava reformular a realização dos eventos e não acabar com eles”, opina, “a grande reforma da Praça da Estação foi, justamente, para poder receber um público maior e com mais freqüência em manifestações religiosas e culturais”, explica. A comerciante defende a reestruturação dos eventos. “O espaço aqui tem que ser aproveitado e deve ser exigido empenho dos organizadores e dos patrocinadores para cuidar
do local. O papel da Prefeitura é o de criar regras mais rigorosas e fiscalizar o espaço público”, sugere. Entre os comerciantes circula a versão de que o decreto surgiu após o último evento que ocorreu debaixo de chuva. As pessoas teriam procurado abrigo na varanda do Museu de Artes e Ofícios, sujando a fachada. Segundo funcionários do Museu, a aglomeração de pessoas estava prejudicando a fachada, atrapalhando a visitação dos finais de semana e abafando grandes exposições temporárias que o museu recebe. “Mete o cotovelo e vai abrindo caminho” De acordo com a Prefeitura, o ideal é que os eventos sejam transferidos para outro lugar, que não tenham patrimônio público tombado correndo risco de danos. Sobre essa polêmica acesse http://pracalivrebh.wordpress.com. Além disso, a alegação é de que os eventos também causavam transtornos no trânsito e o excesso de barulho incomodava os moradores da região. No dia 4 de maio de 2010, a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte publicou no DOM o Decreto 13.961 que altera o anterior e fixa valores para a utilização da Praça da Estação que variam de acordo com o número de dias. O valor mais baixo para a “reserva” da Praça para eventos é R$ 9.600, para até dois dias, e o mais caro é R$ 19.200, para até seis dias de evento. O blog Queijo Elétrico (blogqueijoeletrico.wodpress.com), um dos veículos que engrossam o protesto, rotula o decreto como uma espécie de “aluguel” da Praça. Por esse motivo, o blog convidou os leitores a participarem do 2º Eventão, no dia 8 de maio, com as apresentações da Oficina de Capoeira Angola, da Escola de Samba Cidade Jardim e Carlos Afro & Cia, além de um espetáculo de Dança Afrobrasileira. No domingo, dia 9, foi a vez das bandas independentes Tempo Plástico, Maitê, Dibigode e Grupo Porco & Retrigger. A Praia da Estação, agora, é patrimônio de BH.
*Colaboradores: Mariana Campos, Carolina Costa, Daniela Souza, Ana Paula Marum e Michelle Cristina
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Editor: Equipe O Ponto e Diagramador: Pedro Gontijo
O Ponto
Cidade • 07 Belo Horizonte, 13 de maio de 2010
Fotos:Tamas Bodolay
“Ei, Policia, a praia é uma delicia!”
“Há gente que trabalha, com praia em BH? No verão ou no outono, a praça vira mar”
Novo Hit do Verão
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Belo Horizonte, 13 de maio de 2010
O Po onto
Comunicação Social em s Com uma grade curricular atualizada e uma equipe de professores capacitada, a Comunicação da F EQUIPE O PONTO DA REDAÇÃO Além da qualidade do ensino, qual seriam os requisitos básicos para que um curso de formação universitária facilite o ingresso de profissionais recém-formados no mercado de trabalho? Com essa indagação, a equipe de O Ponto saiu em busca de respostas no Curso de Comunicação Social da FCH/Fumec. Na opinião do coordenador do curso, Sérgio Arreguy, o diferencial está na proposta de um curso arrojado, bem dosado no que tange à necessidade de formação teórica e prática alicerçada por uma excelente infraestrutura, um corpo docente experiente e qualificado. “Tudo isso em uma Universidade onde a perspectiva do aluno transcende o ensino através das possibilidades de participação em programas de pesquisa e de extensão, além das diversas possibilidades de experimentações laboratoriais propiciadas pelas habilitações de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda”, avalia. Com uma grade curricular recentemente reformulada, as últimas mudanças acompanham, segundo a coordenação, movimentações mercadológicas, sociais e políticas, entre outras. O curso passou por essa mudança em 2009, após um ano de pesquisa sobre o que estaria acontecendo de mais atual na área da Comunicação Social no Brasil e no mundo, foram analisadas e discutidas as posições de todos os núcleos que compõem o curso (de disciplinas teóricas, fundamentais e específicas de Jornalismo e de publicidade), com a participação de representante discente e
dos funcionários de nível técnico que atuam no curso. “O resultado desse esforço coletivo foi uma matriz curricular moderna, bem equilibrada, um projeto pedagógico arejado e que não perdeu de vista as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Educação. Acredito que o curso de comunicação social da Fumec servirá de modelo e se consolidará como um dos melhores do país”, enfatiza Arreguy. O curso de Comunicação dispõe atualmente de dez laboratórios dotados dos mais atualizados equipamentos exigidos para a prática de aprendizagem fixada pelo Projeto Pedagógico da graduação. Cada laboratório possui espaço próprio e é coordenado por um professor de uma das disciplinas a que serve. São eles: Redação Modelo, Jornalismo Impresso, Fotografia, Produção Gráfica, Publicidade e Propaganda, Agência Modelo, Laboratório de Pesquisa, Laboratório de Rádio, Televisão e de Jornalismo Digital (veja quadro). “Nós temos laboratórios devidamente equipados, com coordenadores responsáveis, o que é uma grande vantagem em comparação a outras principais escolas do Brasil. Por causa da qualidade da nossa infraestrutura, diariamente recebemos demandas de empresas solicitando a mão-de-obra dos nossos alunos para as mais diversas vagas de estágio. Essas empresas confiam na credibilidade e no ensino que o graduando da Fumec recebe”, garante Arreguy. Criada há dez anos, a Agência Modelo Totem, sob coordenação do professor Admir Borges, tem como objetivo formar alunos para o mercado publicitário em um laboratório que atende demandas internas e externas à
Laboratório de Publicidade
Fotografia Voltado para os alunos de ambos os cursos, nesse laboratório, os universitários aprendem técnicas profissionais além de estudar o sistema de revelação de fotos com equipamentos de qualidade. Contando com 23 câmeras, 34 objetivas e 4 flashes eletrônicos portáteis, os estudantes têm a oportunidade de divulgar no jornal O Ponto suas produções. A coordenação é da professora Beatriz Dantas.
Rádio O trabalho desse laboratório consiste em atender a demanda dos alunos do curso de Comunicação Social em trabalhos acadêmicos, como a produção, gravação e edição. Os alunos exercitam a locução, gravam jingles, podcasts, vinhetas entre outros. Os equipamentos encontrados na rádio e no laboratório de rádio são de ponta, como nas rádios CBN e Itatiaia. A coordenação é do professor Antônio Marcelo Melo.
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O laboratório, coordenado pela professora Lourimar de Souza, recebe os alunos a partir do 5º período, atende as disciplinas práticas do curso de publicidade e propaganda, principalmente a matéria Mídia. No local, os universitários exercitam a análise de mercado, aprendem a trabalhar e anunciar nos mais diversos tipos de mídia, promovem palestras e ainda atendem às demandas internas da FCH.
Produção Gráfica O objetivo do laboratório é a criação gráfica-visual de produtos dos cursos: como jornais, revistas, imagens publicitárias etc. Para isso, conta com 26 computadores Apple, impressora e scanner de última geração. Além de câmera de documentos e 2 mesas de luz para auxiliar as aulas. A coordenação é da professora Dunya Azevedo.
Laboratório de Televisão O laboratório, sob a coordenação do professor Alexandre Salum, permite a produção de telejornais, comerciais, VTs, entrevistas dentro e fora do estúdio. Para isso, a instituição conta com 9 câmeras, 3 ilhas de edição e todos os materiais necessários para a criação de diversos produtos televisivos.
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O Po onto
Belo Horizonte, 13 de maio de 2010
sintonia com o mercado da Fumec forma cada vez mais profissionais de sucesso para o mercado de trabalho faculdade. “Na Totem, os estudantes aprendem a realizar trabalhos de arte e criação de acordo com as exigências do cliente. Os alunos que passaram por aqui, foram inseridos com sucesso em grandes agências.” conclui Admir. Um dos exemplos de sucesso é Carolina Miyuki, graduada em publicidade pela Fumec no primeiro semestre de 2009, que no projeto de conclusão do curso montou uma agência experimental. “Quando saí da Fumec eu já estava empregada”, destaca a ex-aluna, que também foi monitora da Agência Totem e hoje cuida do departamento de marketing do Restaurante Internacional Feliz. “Durante o curso aproveitei para fazer muitos contatos no mercado, isso foi fundamental.” aconselha. Outro caso de sucesso é o de Larissa Grau, que se formou em jornalismo na Fumec no final do ano de 2007. Larissa durante a sua graduação, foi monitora do jornal “O Ponto” e ressalta que para sua boa formação foi indispensável o aproveitamento, ao máximo, do que a Fumec oferece. “Enquanto estudante, busquei beber, sorver e apreender o que a universidade poderia me oferecer; dediquei-me intensamente à minha formação profissional”, explica. “Fui monitora de O Ponto e até hoje tenho um profundo orgulho das primeiras páginas que fiz como editora e das matéria que escrevi como jornalista para o jornal.” Hoje Larissa está bem encaminhada, ela leciona em um curso de pós-graduação em Produção em Mídias Digitais, na capital. Já o ex-aluno Pedro Henrique Vieira, comentarista esportivo do programa Aqui Esportes, do grupo Diários Associados, e correspondente em Minas do portal paulista gazetaesportiva.net, destaca também a importância
dos professores no seu crescimento profissional: “Durante o meu tempo de Fumec, fui um verdadeiro “piolho” de laboratório. Aproveitei ao máximo, escrevi matérias para O Ponto e fui monitor voluntário do jornal, e também fui freqüentador assíduo dos laboratórios de produção gráfica, rádio e TV. Aprendi muito com vários professores, dois deles em especial, Aurélio José e Alexandre Salum.” Este é também, segundo o coordenador Sérgio Arreguy, um dos diferenciais para o sucesso da graduação em Jornalismo da Universidade: o corpo docente. “O MEC exige que um terço dos professores que lecionam em universidades sejam mestres ou doutores, no curso de Jornalismo da Fumec esse percentual ultrapassa os 90%.”, ressaltaArreguy. O curso conta ainda com o Diretório Acadêmico de Comunicação Social, que busca aproximar os alunos da instituição. Durante o semestre são realizadas palestras, tardes de discussões, visitas técnicas para jornais e empresas, excursões e festa para calouros. Os produtos jornalísticos realizados nos laboratórios visam aproximar o universitário do mercado de trabalho. O premiado jornal mensal O Ponto, a revista Ponto & Vírgula, o Ponto eletrônico, a revista Mediação, o Prêmio Totem, entre outros, aproximam a teoria da prática. Além disso a Fumec ainda mantém no calendário a Semana de Comunicação, período em que quando a instituição programa palestras com grandes nomes do meio, a fim de debater vários temas atuais e aprofundar o conhecimento dos universitários. (Ana Clara Maciel, Ana Paula Marum, Franco Serrano e Igor Moreira)
Redação Modelo Agência Experimental
A Totem é uma agência de publicidade experimental, coordenada pelo professor Admir Borges. Auxilia os alunos na prestação de servicos internos e externos à universidade. Com isso, os universitários adquirem experiência na área de atuação e um portfólio de trabalhos acadêmicos.
A Redação Modelo possui 25 computadores Infoway que atendem perfeitamente a demanda do curso e permite aos professores ministrar suas aulas com tranquilidade. Além disso, tem como produto a revista Ponto & Vírgula, que é semestral. O laboratório é coordenado pelo professor Rogério Bastos, que ainda é responsável pelo projeto Fumec & Mídia, cujo objetivo é colocar os estudantes em contato direto com profissionais do mercado durante palestras e debates.
Jornalismo Impresso
Jornalismo Digital No laboratório de Jornalismo Digital, os alunos do 7º período produzem conteúdo para o Ponto Eletrônico. Eles aprendem também a utilizar as mídias digitais e seus benefícios, mantendo uma linha direta com os demais laboratórios da universidade. A coordenação é do professor Dalton Leal.
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Coordenado pelo professor Aurélio José, o laboratório de Jornalismo Impresso simula uma redação jornalística. Através de seu principal produto, o jornal O Ponto são feitas reuniões de pauta, apurações das matérias, edição dos textos, diagramação, edição final e tudo que diz respeito ao jornalismo impresso. Alunos de todos os períodos podem ser repórteres e a edição geralmente é feita pelos alunos do 6° período e monitores do jornal. Possui 3 PCs Apple e 1 PC Infoway que são utilizados para o fechamanto de O Ponto.
Laboratório de Pesquisas Comandado pelo coordenador do curso de comunicação social, Sérgio Arreguy, o laboratório de projetos experimentais é o local de encontro dos professores e alunos para orientação de trabalhos de conclusão de cursos (TCC).
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10 • Cidades
Editor e diagramador da página: Gabriela Oliveira - 6º período
Belo Horizonte, 13 de maio de 2010
O Ponto
Histórias do Luxemburgo Muitos casos que compõem o cotidiano do bairro nem sempre são vistos pelos olhares apressados Fotos: Pedro Cunha - 5º Período
PEDRO CUNHA 5º PERÍODO
E
squina. Rua Guaicuí com a Avenida Prudente de Moraes. Bairro Luxemburgo. À frente o posto Ipiranga, ao lado o fastfood Mc Donald´s, às suas costas o Outlet La Perla e o boliche Cosmic Bowling. Entre ele e o chão, um fino papelão. Este é o espaço onde Benjamin encontrou sua irônica privacidade. O atual morador de rua trabalhava na carpintaria de um senhor; senhor que o havia adotado ainda garoto. Benjamin tecia palha para as cadeiras, até o dia em que, por complicações da idade, o carpinteiro morreu e sua carpintaria faliu. Foi nesse momento que, tomado por uma depressão, Benjamin começou a se envolver com drogas e pela carência financeira e emocional, acabou se tornando um dependente químico.
Maria, mãe deles e filha de Deus Maria das Graças Lopes Silvério Teixeira da Fonseca, também conhecida como “Maria da Sapataria”, tem um coração maior que o nome que lhe foi dado. Mulher de muita força, mãe biológica de três filhos e mãe de caridade de outros vinte, aos 60 anos ainda encontra energia de sobra para gerenciar sua sapataria e preparar a marmita para um batalhão. Maria é uma das mais antigas e, com certeza, a mais popular moradora do bairro Luxemburgo. Nascida e criada no bairro, ainda criança começou a ajudar seu pai, leiteiro da região, assumindo o negócio da sapataria logo que seu pai decidiu trabalhar em uma multinacional. Situada na Rua Conde de Linhares, a sapataria é sua fonte de renda desde a adolescência, fonte que, além de sustentar a família, ajudou muitos moradores de rua da região. Benjamin foi um deles. Maria conta, com braveza, o episódio em que teve que chamar o SAMU - Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência - para salvar Benjamin de uma cólica renal. Ela disse que se não tivesse insistido, a ambulância não teria vindo e ele, possivelmente, teria morrido. “O pobre coitado não agüentava de dor no chão, e os covardes ainda diziam para eu não me preocupar com o mendigo. Como pode existir pessoa assim?”indigna-se. Toda noite, Maria prepara um prato e envia, através de um de seus filhos, a Benjamin. João Cláudio, filho de Maria, por sua vez, não se contenta em só entregar a comida e fica por lá um tempo conversando. “Todos precisam de uma conversa, de um amigo”, acredita João. O quarto filho de Maria das Graças Legal, Tuiu, Roberto Carlos ou Valdo da Silva. Esses são os nomes do quarto “filho” de Maria. Uma forte relação que se criou há mais de 20 anos, o carinho entre “Legal” - como é conhecido no bairro Luxemburgo e Maria é uma relação, declarada, de mãe e filho. O Portador de deficiência mental e ex- alcoólatra de 59 anos
encontrou sua felicidade “quando encontrou mamãe”, como ele mesmo afirma. Maria relembra a chegada de Legal no bairro: “Ele era muito descontrolado, fumava e bebia demais. Aos poucos fui endireitando a criança. Com amor tudo dá certo. Não basta dar comida, o amor tem que vir junto”, ensina. Legal passa o dia sentado nos banquinhos da Praça José Cavallini. Com uma Bíblia na mão, ele fica olhando as páginas e o tempo passa. Legal cumprimenta, sempre com um sorriso no rosto, todo mundo que passa. Os moradores, assim como Maria, adotaram-no. “É Legal, tá bacana tirando foto ai, hein!”, brinca um homem que passa. Conversando com ele pude, facilmente, perceber o seu carisma e a sua inocência infantil de sorrir até para os que não querem um sorriso. Fiz algumas perguntas sobre Maria e ele diz com um brilho nos olhos: “Ah, a mamãe. A mamãe é uma pessoa muito boa, ela vai consertar o meu violão”. Maria relata o incidente que envolveu o registro de Legal: “Cheguei lá e não queriam registrar. Vazei os seguranças e entrei pra conversar com a juíza. Como é que pode uma pessoa não poder ser registrada? Se não fosse minha insistência, não teriam registrado o Legal”. Seu Antônio, uma outra história Seu Antônio José - conhecido pelo seu carrinho de supermercado e sua estridente buzina - um senhor de 60 anos, nasceu em Rio Acima e mudou-se para Belo Horizonte com apenas 2 anos. De lá pra cá, Seu Antônio criou uma ótima relação com os moradores do bairro Luxemburgo e, hoje, é figurinha carimbada. Acorda, às seis da manhã, e, às seis e meia, pega o seu carrinho e vai entregar frutas, verduras e legumes pelo bairro até as sete e meia da noite. O tradicional Sacolão Guaicui é o local que mantém o carrinho de Seu Antônio cheio e abastece muitas casas da região. A “nossa” Maria, cliente fiel do sacolão, conta de sua boa relação com o entregador: “Seu Antônio é um bom homem, mineiro forte, desce e sobe ladeira, sem reclamar e com um bom-humor estampado no rosto”, define. E é assim que Seu Antônio passa os dias, distribuindo sorrisos, frutas, verduras e legumes.
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O Ponto
Belo Horizonte, 13 de Maio de 2010 Fotos: Pedro Cunha
Casa resiste à modernidade Construção do início do século passado foi erguida por um italiano quando a capital ainda era um projeto PEDRO CUNHA 5º PERÍODO
“Ô de casa!” Abordei o silêncio como é de costume no interior. Um senhor baixotinho, de mais idade e pouco cabelo, foi logo me acolhendo amigavelmente. Sem muita cerimônia sentei, nos apresentamos e descobri que seu nome. Era Luiz, Luiz Lopes, mecânico, passava o dia em sua oficina com seu companheiro Roberto. “A! Esse ai. Esse ai é o Roberto. É um quebra galho que eu tenho.” Dizia Luiz a respeito de seu braço direito, amigo de oficina. E assim os dois passavam seus dias, dividindo o tempo entre trabalho e prosa. A casa Caminhando pela Rua Luiz Soares da Rocha, adentrando o bairro Luxemburgo, região sul de Belo Horizonte, não é difícil perceber os três mil e quinhentos metros quadrados de mata, envolvidos por um arame farpado e um rústico portão de madeira, número 181. Abusando da curiosidade e ultrapassando o velho portão iremos ao encontro da humilde casinha que, segundo Luiz Lopes, completa, no ano de 2010, nada menos do que cem anos. Em contraste bem nítido percebemos o grande número de arranha-céus que rodeiam o tímido casebre. Seu Luiz, que hoje já alcança seus 72 anos, trabalha ali há mais de vinte - na oficina que construiu ao lado da casa -, e contou que a morada já foi o aconchego de muita gente. No início do século passado, quando a capital mineira
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ainda era um projeto, um imigrante italiano que atendia pelo nome de João Raimundo recebeu do governo de Minas um pedaço de terra no espaço que, posteriormente, viria a fazer parte do bairro Luxemburgo. Não demorou muito e o italiano construiu uma pequena casa, que apesar do tamanho, provou ser muito forte. Os anos foram se passando e João Raimundo pela lei natural da vida, faleceu, deixando para seu filho Luiz – que não é o mesmo da oficina, nem o do nome da rua – o
Luiz Lopes em sua casa, que completa cem anos
terreno, e de quebra, já um pouco deteriorada, a não tão velha casa. Luiz não aproveitou muito bem o espaço e descuidou da herança que seu pai lhe deixou. A responsabilidade ficou para seus filhos. Marco Aurélio, Betinho, Luizinho e a caçula Maria Luisa eram os novos donos. O bairro Luxemburgo não estava nem perto de ser o que é, ainda se via muitas árvores, elas prevaleciam, as novas construções que dividiam a vizinhança eram bem rústicas e inofensivas visualmente, o horizonte era belo.
Apesar dos vários olhares que a casa recebia naquele momento, não era o bastante, aquela vivenda ainda merecia um olhar mais atencioso. Foi quando o mecânico entrou em cena, no final dos anos 80. Seu Luiz veio e ficou. Ele contou que quando chegou ao terreno, estava um matagal só, era difícil ver a já velha casinha. Com ajuda de alguns jovens do aglomerado que se formava próximo ao terreno, Seu Luiz capinou e limpou toda a região envolvida pelo arame farpado. Construiu um anexo ao lado, onde seria a sua atual fonte de renda, a oficina. Utilizando parte do ambiente interno do casebre como depósito de ferramentas. E todo dia ele ia e voltava de sua família/casa para seu trabalho/casa – como ele mesmo declarou. Mais recentemente, Teles, natural de Teófilo Otoni, veio a capital em busca de emprego, e encontrou na velha casa seu aconchego e seu sustento. Hoje é ele quem cuida do espaço quando Seu Luiz, no fim do dia, vai embora. Uma espécie de caseiro da “fazenda” belorizontina. Os dois se entristeceram ao falar sobre um pedido de tombamento que havia sido feito. Os filhos de Luiz e netos de João Raimundo ainda possuíam o direito sobre o terreno e Seu Luiz sabia desta condição quando, há vinte anos, havia se empenhado em cuidar do local. Agora, o espaço foi vendido para uma construtora e, hoje, quem possui os direitos sobre ele é o empresário Paulo Tarso Cravo, que já sustenta planos de construir um condomínio. A casa, que está prestes a completar cem anos, se encontra só, em meio a tantos prédios, construções e comércio. Dentro de pouco tempo perderemos a sensação de estar na fazenda do Vovô no interior, estando, na verdade, em plena Belo Horizonte. Despedi-me de Seu Luiz e de Teles, mas prometi voltar para registrar, com a câmera, a simpática casinha - que em pouco tempo será apenas uma fotografia.
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12 • Esporte
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Belo Horizonte, 13 de maio de 2010
O Ponto
Futebol americano... GABRIELA OLIVEIRA 6º PERÍODO O Minas Locomotiva é o primeiro time de futebol americano de Belo Horizonte. Surgido em 2004, mas apenas registrado na Associação de Futebol Americano do Brasil (Afab) em 2008. Apesar da prática na capital, o esporte enfrenta sérias dificuldades. O esporte praticamente não é divulgado. E em decorrência disso surge o problema de falta de patrocíonio. "Quanto a isso, estamos correndo atrás. A comissão de patrocínio está marcando algumas reuniões e etamos com boas espectativas para um futuro patrocinador", afirma o presidente do Minas Loco-
motiva, Raphael Lúcio Reis dos Santos. Para ajudar nos custos do time, é cobrada uma mensalidade dos jogadores de R$ 20. O grupo conta com o apoio das redes sociais (eles têm um site, blog, Twitter, e comunidade no orkut), além de organizar rifas, e blitzen. "E os próprios jogadores ajudam divulgando o time", diz Santos. O Minas Locomotiva já disputou o Pantanal Bowl, em Cuiabá ficando com o vice-campeonato, a Copa Vienne, em Vila Velha (Espírito Santo) onde conquistaram o terceiro lugar, e o vencedor Minas Bowl. Entre os meses de julho e setembro, a equipe disputará o Campeonato Nacional."Para o Nacional, não queremos ser mais um time na liga, queremos jogar com
todos de igual para igual e pleitear uma vaga nos playoffs", diz o Coordenador de Comunicação do Minas Locomotiva, Guto Michel. Os treinos da equipe são realizados às tercas-feiras, aos sábados e aos domingos e é dividido em três etapas: o alogamento/aquecimento, os exercícios específicos (que dependem do posicionamento de cada jogador), e o coletivo. Às terças, os treinos realizados na Praça da Estação são apenas físicos, deixando os táticos, técnicos e coletivos para os finais de semana, na 4ª Cia. No dia 1º de maio, entrou em vigor o TIME B, composto por novatos. Os treinos para o time B ocorrem às terças e aos domingos.
Fotos: Gabriela Oliveira - 6º G
Durante os treinos, os jogadores também discutem o esquema tático
Jogadores do Minas Locomotiva durante o treino coletivo, realizados nos finais de semana na 4ª Cia
“Gostaria de ver o esporte profissionalizado” RENATO MESQUITA 2º PERÍODO O estudante de engenharia mecânica, Leonardo Bahmed Rocha, 22, divide seu tempo com o trabalho, os estudos, a namorada e o futebol americano. Em 2008, Rocha fez um intercâmbio nos EUA onde começou a acompanhar o esporte de perto. Ao voltar ao Brasil, tornou-se membro da Associação Social Minas Locomotiva, Rocha é jogador e um dos coordenadores da defesa da equipe. Renato Mesquita - Muitas pessoas acreditam que o futebol americano é um esporte violento e, por isso, temem o jogo. Alguém já o reprimiu sabendo da sua decisão de praticar este esporte? Leonardo Bahmed - Realmente, este é o primeiro pensamento que vem à cabeça das pessoas. Cansei de ouvir isto. Quando contei à minha família sobre a decisão de jogar futebol americano, ninguém me apoiou. Demorei um pouco para conquistar a confiança dos meus parentes, principalmente, dos avós. Eles insistiam que era um esporte violento e que eu não deveria praticá-lo. Mas, com o tempo, entenderam minha paixão pelo esporte e, hoje, me apóiam totalmente. Inclusive, já foram me assistir jogar. Ao longo destes dois anos, você testemunhou a evolução do time. Quais as suas impressões? Eu fico muito espantado! Quem vê nossa organização de dois
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anos atrás e a atual fica impressionado. Por mais que eu quisesse que o time crescesse como um todo, tanto em número de jogadores, quanto em relação ao comprometimento dos integrantes, eu não imaginava que fossemos chegar a este nível. Por mais que eu sonhasse, não imaginava disputar um campeonato de futebol americano em nível nacional. Este ano isto vai acontecer! Neste contexto, qual é o seu papel, hoje, na equipe? Atualmente, eu me dedico diariamente ao Minas Locomotiva, seja treinando individualmente, elaborando táticas de jogo ou ajudando a associação fora de campo. Em meio ao trabalho, à faculdade, à namorada e à família, o esporte está sempre presente no meu dia a dia. Como coordenador e jogador meu comprometimento tem que ser ainda maior. Isso envolve estar sempre estudando sobre futebol americano, elaborando táticas, desenvolvendo treinamentos para os jogadores e me dedicando a academia. Em 2009, o Minas Locomotiva realizou diversos amistosos e foi campeão do primeiro campeonato mineiro de futebol americano. O que isso representa para a equipe? O campeonato mineiro, com certeza, foi fundamental para o crescimento do time, pois nos proporcionou uma exposição na mídia. Os jogadores adquiriam experiência em competição e, além disso, tivemos que realizar
toda a organização da fase disputada em Belo Horizonte. Todo este processo ajudou a associação a ganhar experiência dentro e fora de campo. A falta de interesse dos patrocinadores pode atrasar o calendario dos times? A questão dos patrocínios ainda é muito delicada. Acredito que investir no time pode ser um excelente negócio a médio prazo. Conseguir patrocinador não é uma tarefa facil, mas não acredito que isso atrapalhe o calendário do Minas Locomotiva. Nosso planejamento esta muito bem articulado. Você acredita que o time se destacará no cenário nacional? A competição este ano vai ser muito dura. O salto de uma competição regional para uma nacional é muito grande, e este é o primeiro ano em que o Minas Locomotiva disputará um campeonato full pads (termo usado para mostrar quando os times utilizam todas as proteções exigidas, como a armadura e capacete nas partidas). Sempre pensamos em vencer e este é o primeiro passo: acreditar. Sendo um apaixonado pelo futebol americano, como gostaria de ver o esporte daqui a 10 anos? Gostaria de ver o futebol americano profissionalizado, com transmissões pelas redes de televisão de todo o pais. Sei que é difícil de acontecer em tão pouco tempo, mas de qualquer forma sei que o futebol americano só tem a crescer no nosso país.
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Esporte • 13
Editor e diagramador da página: Gabriela Oliveira - 6º Periodo
O Ponto
Belo Horizonte, 13 de maio de 2010
com sotaque mineiro O que é Futebol Americano?
Dez Jardas
Cinco Jardas
Uma Jarda
Linha Lateral
O Futebol Americano é um jogo de oposição e resitência. Um esporte que tem, em suas jogadas, muita ação e estratégia. O objetivo do jogo é avançar com a bola até o fim do campo (end zone) do adversário e somar pontos. A equipe que está no ataque, tem quatro tentativas para avançar no mínimo dez jardas, via aérea ou via terrestre, cabe ao técnico e/ou ao quarterback (jogador que faz os passes e capitão do time) decidir que tipo de jogada será feita. Assim, de duas uma: - caso não consiga, a posse de bola passa para o outro time. - se conseguir, continua avançando até chegar à end zone. Feito isto, a equipe ganha 6 pontos, o touchdown, além do direito de tentar o extra point que pode valer um ou dois pontos, dependendo da jogada escolhida pelo time do ataque. O time, também, pode optar pelo field goal. Jogada que consiste em um chute de bola parada, normalmente a menos de 40 jardas da “trave”. Neste caso, o gol valerá três pontos. O campo de jogo possui 100 jardas de comprimento por 53 metros de largura. A partida é dividida em 4 quarters, de 15 minutos cada.
Gabr ieela l Oli iveiirra
Goal Line
End Line
Pylon
Pontuação Touchdown = 6 pontos Extra Point = 1 ou 2 pontos Drop Kick = 3 pontos Field Goal = 3 pontos Safety = 2 pontos (para o time adversário)
Fotos
www.top-10-list.org
Goal Posts
Quarterback Vocabulário Touchdown: é a jogada principal. O jogador encosta a bola sob seu domínio na endzone ou pisa nela (portando a bola). Endzone: é a área delimitada pela linha lateral. É na endzone que se marca o touchdown, e outras formas de pontuação. Ela é limitada por uma linha branca com os pylons (estacas que delimitam a largura da end zone) laranjas em cada um dos quatro cantos para ajudar a visualização. Jardas: O campo de jogo possui 100 jardas de comprimento e 53 metros de largura. A equipe que está no ataque, tem quatro tentativas para avançar (no mínimo) 10 jardas, via aérea ou via terrestre.
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É o cérebro do time, responsável pela organização das jogadas ofensivas, é ele quem faz os passes. No começo da jogada, ele é posicionado atrás do Center (meio do campo) para receber a bola. Durante a jogada, ele pode passar a bola a um Running Back, lançar a bola, ou carregá-la.
Wide Receiver São jogadores rápidos que se deslocam em rotas curtas e longas para receber passes. Eles se movimentam muito para receber passes do Quarterback.
Running Back Na maioria das vezes se posicionam atrás do Quarterback ou ao lado, no início de cada jogada. Existem dois tipos principais de corredores: o “Halfback” e o “Fullback”. Os Halfbacks carregam a bola na maioria das jogadas; eles têm que ter uma combinação de velocidade, atletismo e força. Já os Fullbacks não têm de ser tão velozes, mas devem ter força pois são os principais responsáveis nos bloqueios. Nas jogadas de lance, os Running Backs podem bloquear protegendo o Quarterback, ou se deslocarem para receber passes.
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14 • Cultura
Editor : Lucas Rage 3º período - Diagramadores: Gabriela Oliveira 6º período e Lucas Rage 3º período
Belo Horizonte, 13 de maio de 2010
O Ponto
Filmes com o DNA dos diretores Quinta Maratona Cinematográfica deste ano aborda o trabalho de 5 importantes nomes da Sétima Arte GABRIELA OLIVEIRA 6º PERÍODO Dentre as diversas personalidades que compõem à Sétima Arte, nada causa mais curiosidade ao espectador do que a figura do diretor de cinema. Cada qual com seu estilo próprio é ele o responsável por imprimir à película sua assinatura, transformando, de maneira autoral, o filme em obra de arte. E foi exatamente com o foco nesses profissionais que se realizou a Maratona Cinematográfica, uma parceria entre o Espaço Letras E Ponto e a Escola Livre de Cinema. Com o tema “Diretores de Cinema”, o evento teve a sua quinta edição nos meses de abril e maio e abordou cinco conhecidos diretores cinematográficos. Organizada por Rafael Ciccarini (professor, crítico de cinema e orientador da maratona), Cláudio Costa Val (diretor da Escola de Cinema) e Dagmar de Oliveira Braga (dona do Espaco Letras E Ponto - local cedido para o encontro), a maratona
tem como objetivo mostrar as especificidades de cada diretor, as filmografias e os pontos que os tornaram tão míticos. Dividida em cinco módulos e realizada aos sábados, a maratona teve como objetivo, segundo Ciccarini, “passear entre o Rafael Ciccarini momento historico de cada um e a estética usada Foto: em seus filmes”. Para esta edição, foram abordados Stanley Kubrick, Alfred Hitchcock, Ingmar Bergman, Martin Scorsese e, David Lynch. De acordo com Ciccarini, dois motivos influenciaram a escolha dos diretores. Com três anos de espaço Crítico de cinema e organizador entre a quarta e a da Maratona, Rafael Ciccarini quinta maratona, o objetivo era retoSão acontecimentos culturais mar o evento com nomes muito deste tipo que possibilitam ao requisitados. A escolha dos dire- público belorizontino interestores colaborou com uma maior sado na sétima arte, a oportuniadesão do público e divulgação dade de se aprofundar mais no do evento. tema. Em suma: sair do discurso
“Belo Horizonte é uma cidade que tem certa tradição dentro da crítica de cinema. Este projeto quer retomar um pouco disso.” -
pronto. “Belo Horizonte é uma cidade que tem certa tradição dentro da crítica de cinema. Este projeto quer retomar um pouco disso. Retomar, também, a idéia dos Cineclubes (pessoas que se juntam para discutir cinema um filme, um gênero, um diretor)”, disse Rafael. “Este é um projeto que perGabriela Oliveira mite às pessoas terem uma visão pessoal sobre o cinema e cada diretor apresentado”, completa. Segundo o diretor da Escola de Cinema, Cláudio Costa Val, a aceitação desta maratona pelo público tem sido muito boa. “Os participantes já tem real interesse na área. Então, o feedback é muito positivo”, diz. O próprio nome do evento tem seu motivo de ser, com aulas que se iniciavam às nove da manhã e só tinham seu
encerramento às seis da tarde. Após um dia inteiro discutindo um diretor, cabia aos alunos escolher em conjunto uma obra junto a Ciccarini. A obra escolhida era passada por completo e depois discutida entre os alunos do curso. Verdadeiramente uma maratona de conhecimento, onde o único objetivo era destrinchar não só o estilo, mas o modo de pensar de diretores tão criativos e interessantes. Para aqueles que querem se aprofundar mais, não só neste, mas em outros temas relacionados à sétima arte, a Escola Livre de Cinema oferece módulos semestrais, com a possibilidade de se produzir um curta-metragem na conclusão de curso. Outra opção é aguardar, ansiosamente, a sexta edição da Maratona Cinematográfica. Para obter maiores informações sobre os eventos promovidos pela Escola Livre de Cinema, é só acessar escolalivredecinema. com ou ligar para o telefone (31) 3466-4721.
Ilustrações: Júlia Cascaes
Os diretores em destaque no evento de 2010
David Lynch Cineasta estaduniense, nascido em 1946. Voltados para o “bizarro”, seus trabalhos têm grande influência do Surrealismo. Lynch, que sempre está envolvido em algum projeto, produz curtas e filmes em animação. E é possível conferir parte destes trabalhos em seu site pessoal. (www.davidlynch. com) Cinco filmes: O Homem Elefante (1980), Veludo Azul (1986), A História Real (1999), Cidade dos Sonhos (2001), A Estrada Perdida (1997).
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Martin Scorsese: Cineasta estaduniense, nascido em 1942. Conhecido pelo filme Taxi Driver, tem em seus trabalhos uma evidente influencia de Alfred Hitchcock. Antes de entrar para o cinema, Scorsese queria ser padre e, por isso, leva para muitas de suas obras sua devoção religiosa. Cinco filmes: O Touro Indomável (1980), Taxi Driver (1976), Os Bons Companheiros (1990), Depois de Horas (1985), A Última Valsa (1978).
Ingmar Bergman: Cineasta sueco, nascido em 1918. Seus trabalhos tratavam, geralmente, de questões como fé, solidão, morte – sempre com um lado muito filosófico. Muito do seu trabalho é ispirado em movimentos artisticos como realismo, e expressionismo. Morreu em 2007, aos 89 anos. Cinco filmes: Fanny & Alexander (1982), Morangos Silvestres (1957), O Sétimo Selo (1957), Persona (1966), Gritos e Sussurros (1972).
Stanley Kubrick: Grande cineasta estaduniense, nasceu em 1928 e morreu em 1999. Um dos cineastas mais importantes e influentes do século passado. Com um estilo próprio e interesses temáticos bem definidos o diretor criou sua maneira de fazer cinema. Segundo ele, “O cinema opera a um nível muito mais próximo do que a música, a pintura ou a palavra impressa. “ Cinco filmes: 2001 (1968), Dr. Fantástico (1964), Laranja Mecânica (1971), Glória Feita de Sangue (1957), O Iluminado (1980).
Alfred Hitchcock Cineasta anglo-americano é considerado mestre do suspense. Nascido em 1899, é um dos diretores mais conhecidos de todos os tempos. Em seus filmes existem influências do Expressionismo Alemão e do Film Noir. O diretor faleceu nos EUA em 1980. Cinco filmes: Um Corpo Que Cai (1958), Psicose (1960), Janela Indiscreta (1954), Festim Diabólico (1948), Disque M para Matar (1954).
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Cultura • 15
Editor e diagramador da página: Roberta Andrade - 8º período
O Ponto
Belo Horizonte, 13 de maio de 2010
Tem uma banda no meio da Savassi FELIPE IZAR 8º PERÍODO
Malabaristas equilibram bolas e pedaços de pau no meio do cruzamento da Avenida Getúlio Vargas com Cristóvão Colombo, às 7h da noite, dia 19 de março. Os pedintes abordam os motoristas cansados do trabalho, e estressados com o transito árduo de toda sexta-feira. Muitas pessoas, entre estudantes, trabalhadores, vendedores de algodão doce e mendigos atravessam a intersecção, muitas vezes quando o sinal ainda está aberto apenas para os automóveis. Num dos quatro cantos do cruzamento, situa-se a “Praça Diogo de Vasconcelos”, popularmente conhecida como “Praça da Savassi”. Se naquele momento formigas caminhassem em cima das ruas de pedrinhas da praça, em direção ao centro, logo se dariam conta de um cabo vermelho com pisca-pisca, delimitando uma estrutura de som, ou palco improvisado. De lá, o barulho distorcido de uma guitarra, o groove acolhedor de um baixo, a batida metálica de uma bateria e uma voz com palavras de “passagem de som” se confundem com estes outros ruídos: - Oh, Eles vão tocar hoje! Quem são estes caras?! Vamos comprar uma bebida?! Vamos ver o que vai rolar aqui! Tem show da banda mineira In Verso, como anuncia o banner pregado no orelhão ao lado do palco, ou “Ensaio Aberto” segundo os integrantes do grupo de Rock com sensibilidade Pop. Marcos Rosa, 29, canta e toca guitarra; Fred Oliveira, 28, toca guitarra e trabalha com finanças; Leandro Leroy, 23, toca baixo e é psicólogo; e Felipe Carvalho, 21, toca bateria e tem
uma escola de música. Juntos, eles gastaram por volta de R$ 130 para organizar um ensaio em um lugar público de Belo Horizonte, após conseguir alvará com a Prefeitura de BH, alugar o som, pedir ligação elétrica provisória à Cemig, enviar documento sobre o evento para a Polícia Militar (PM) e para a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e assumir compromissos de limpeza. “O ‘Ensaio Aberto’ é o projeto de divulgação que considero mais importante, desde que a banda surgiu, há um ano e pouco. O espaço em BH para bandas independentes que tocam músicas próprias é muito pequeno. O jeito é tocar no meio da rua. E aqui na Savassi é lugar de formação de público e de opinião pública”, explica o vocalista Marcos Rosa. Mesmo com dificuldades, em um ano o In Verso produziu um CD que lhe custou 10 mil reais; divulgou material na internet pelo Myspace, Twitter, Orkut, Site e Fotolog; apresentou por volta de 50 shows, incluindo São Paulo e o interior de Minas Gerais; gravou um Clip que passou no Faustão; divulgou um vídeo na internet para o Luciano Huck (não foi publicado no programa) com cenas filmadas no estúdio improvisado na casa de Rosa; e emplacou três músicas na rádio. Tudo isso com dinheiro do próprio bolso - ou o pouco que a banda fatura dos shows - e a ajuda de amigos. “Ser banda independente é andar com as próprias pernas mesmo. Realizar ensaios, shows e eventos sem ter alguém para bancar. A banda faz e pronto”, dispara Leandro Leroy. “Mas é claro que eu gostaria de alguém para bancar a banda retruca Rosa - nós que temos de
divulgar material, carregar instrumentos, trabalhar em outros lugares para ter dinheiro, dividir funções para organizar o trabalho. Gostaria de me preocupar apenas com a música em si”. Tal como sugere Thiago Correa, músico da banda Transmissor e produtor musical há quatro anos. De acordo com ele, tratar a música - as composições próprias da banda com primazia é o passo mais importante para o crescimento no cenário independente; pois não adianta articular imagem, divulgar material na internet, sem que o produto principal crie identificação com o público. “Depois, é necessário que se grave as composições. Não precisa ser algo tão caro, já que na maioria dos casos o que vale é se a canção “toca” o ouvinte. Com esse material, começa a divulgação gratuita na internet. Atitude muito importante e seguindo a cartilha usada hoje: promover ações coletivas, isto é, trabalhar em conjunto com outras bandas”, finaliza Correa. A junção de todo esse processo de crescimento no cenário independente faz com que a banda se torne uma empresa. E tornar-se empresa, de acordo com Leroy, é o ideal para dar certo. “A primeira coisa que fizemos foi registrar o nome da banda, para criarmos os primeiros laços de identidade com as pessoas”, relembra. “E além de tudo, é importante haver afinidade entre os integrantes da banda. A sorte é que já temos isso, porque se não teria de ser forçado. E até assim faz diferença. As pessoas não se interessam apenas pela música, mas pelo contexto visual. A imagem que passamos ao público é essencial”, complementa Rosa. Fotos: Pedro Gontijo
Show da banda no meio da Praça da Savassi atrai fãs e curiosos que passam por lá
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O show O “Ensaio Aberto” começa às 8h da noite. Os curiosos que chegam escutam o som de Rock/Pop/Alternativa - de acordo com o “Myspace” do In Verso -, ao lado de uma loja de celular e outra de sapatos feminino. Junto ao público, os convidados habituais: mães, pais, tios e namoradas. O som das guitarras distorcidas, em sintonia com o Sampler modulado por um laptop, sai pelas caixas de som. Cabeças batem e cabelos se movimentam como num show de Rock tradicional. E depois da música o In Verso anuncia: “Pessoal, quem cantar mais alto ganha um CD”! Algumas pessoas cantam as músicas, outras são apenas curiosas. O músico Rick Cruz, 23, está por acaso na Praça da Savassi. “Eu não gosto muito do estilo deles porque toco Death Metal, mas o show é bacana. Acho que outras bandas poderiam participar”, sugere. E esta é a ideia do In Verso: sempre ter outro grupo para dividir o palco. “Mas o problema, explica Leroy, é que nem sempre achamos quem queira rachar os custos”. Sujeitos a diversas opiniões do público, os integrantes da banda não têm a pretensão de agradar a todos sempre. De acordo com guitarrista Fred Oliveira, num evento deste tipo, cinco pessoas conquistadas já é um número satisfatório. A estudante Rafaela Cardoso, 14, por exemplo, diz: “o som deles lembra o Foo Fighters. Gostei”. O show termina às 22h. Tempo de desmontar o palco, carregar instrumentos, guardar o material no carro e cumprir a reunião programada para depois do “Ensaio Aberto”. Duas garotas, com aspecto adolescente, ajudam o baterista Felipe Carvalho a colocar o material dentro das capas. São as Irmãs Fernanda Pinheiro, 19, e Luiza Pinheiro, 21, que aprenderam a montar e desmontar a bateria apenas para ajudar o In Verso nos shows. “Além disso, nós chamamos o público nas ruas para o “Ensaio Aberto”, atualizamos Orkut, Twitter, Fotolog e sempre ajudamos a carregar os instrumentos. Conhecemos os meninos em um evento, quando eles deram carona a mim e minha irmã. Depois, quando assistimos ao primeiro show do In Verso, nunca mais deixamos de ir”, conta Fernanda. Parte do público na Praça vai embora e a outra parte realiza diferentes atividades por ali. Familiares e amigos esperam para cumprimentarem os músicos, aplaudirem com palavras mais um apresentação de gala. E, enquanto cabos são enrolados e o palco improvisado se desfaz, uma garotinha, junto ao pai, aguarda um autógrafo.
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16 • Colcha de Retalhos
Editor e diagramador da página: Amanda Lelis - 8º Periodo:
Belo Horizonte, 13 de maio de 2010
O Ponto
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COLCHA de retalhos Distante do mundo perto de mim
Êpa Êpa Babá Pedro Cunha
O tempo
Eduardo Zanetti
Roberta Andrade
Le moulin gira. Le moulin vira. E o mundo gira.
Escrevo agora este samba Em homenagem ao músico que declama O soneto da separação Posto que, a lama encontrou minha cama E a tristeza veio logo sem fama rumo ao meu coração No manto da minha alma dizer que reclama
Sobe, desce, e desce, e sobe. Não sei de onde vem esse vento, vento que move as pás e engrenagens tão pesadas do moinho. Vivo preso nas pás, subo e desço, desço e subo. Vejo o longe, o perto, não vejo. Assim peço à meu grande Amigo: muitos dias mais pra minha vida, pra eu ver, ouvir, sentir, cantar, compor. Amar.
Um molejo de amor machucado Um, dois ou três pedidos negados Vai lançar um verso disperso No papel que eu tenho, eu peço Que venha um som que desova Do afro e da bossa nova Camaleão puro e estonteante Fez de mim um sujeito brilhante
Saudade perdida Frederico Porto Fico parado a imaginar Todas as coisas que passaram em minha vida, onde estão? Roupas da época de criança, material escolar, Videogame, bola, aqueles antigos jornais. Para onde foi, para onde vão?
Um poeta, diplomata, um dançante. Grande influência e marco gritante. É o Marcus Vinícius De pouca ou de muita moral O rapaz virou logo o tal De Itapuã ao Rio de Janeiro Foi de cada mulher por inteiro E de fevereiro a fevereiro Juntava tão pouco dinheiro. O que importava mesmo era o uísque, E o amor de uma próxima, que resiste. Uma bebida alcoólica destilada, feita de pura cevada. E o corpo de uma morena que vibra Era a combinação perfeita para aquele poeta de tamanha barriga.
CURTA retalhos
Era Vinicius de Moraes Um homem de tantas loiras, mulatas e mulheres mais.
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Passarela Larissa Borges E ela queria saber a sensação de voar... Parou ali e olhou para baixo. Fechou os olhos. Só ouvia o ir e vir dos carros, Velozes, mortíferos. Atrás dela, bem longe, ouvia o coro entoando: “Não faça isso!”, “Ajudem!”. Mas ela já não estava mais ali. Queria se entregar ao abismo profundo, ao sono eterno. Pensou. Um passo de cada vez: Primeiro o direito, depois o esquerdo. E, assim, alçou vôo... Para o inimaginável, para o inevitável fim. Sentiu o vento e mergulhou no nada.
Amor-te Bauman Claudia Lapouble Se o amor é líquido eu sou peixe...
A Volta
Pedro Cunha A morte O Amor O amor faz a morte ceder à dor O amor é Amortecedor
Izabela Linke Eu a tinha enterrado bem fundo na minha alma. Num lugar bem atrás dos olhos que era pra nem conseguir enxergá-la mais. Hoje ela me chegou pelo correio. Era a tristeza que vinha selada, num envelope pardo. Rasguei o envelope, a olhei de soslaio, não fiz questão de ler - acho que ainda não posso - e a escondi de novo. Dessa vez em uma caixa, dentro do armário, junto com tudo que era dela e que à ela remetia. Achei mais seguro do que dentro de mim de novo. Nunca se sabe quando ela vai cavar seu caminho de volta pra superfície.
Descomposto Amanda Lelis Corpo posto, - a copa póstuma, capa pálida copia o compasso do peito e recomeça...
Motocontínuo Eduardo Zanetti A vida. E gira, e vai, e é.
5/14/10 12:49:39 PM