CRÉDITO
Acesso ao dinheiro para movimentar um negócio, ou mesmo começar a empreender é um desafio grande. Nas páginas a seguir, contamos as histórias de como o Ceará Credi tem impulsionado pequenos e micro negócios em todo o Estado
AGIR TRABALHO, EMPREGO E RENDA
Este é o segundo de dois especiais sobre trabalho e renda no Ceará. Nesta edição nos debruçamos sobre os avanços e oportunidades que o Ceará Credi tem gerado em todo o Estado. Além dos cadernos o Agir – trabalho emprego e renda também desenvolveu uma série de 10 webdocs que estão disponíveis no YouTube do O POVO. Confira a sequência:
WEBDOC 1
O SINE/IDT a serviço da população
Sílvia Sampaio, Gerente do SINE/IDT - Centro, explica todos os serviços e oportunidades que a instituição coloca à disposição do trabalhador e dos empreendedores.
WEBDOC 2
O SINE/IDT e a recolocação profissional Lígia Sena, trabalhadora PcD, conta como o apoio do SINE/IDT permitiu que ela se recolocasse no mercado de trabalho.
WEBDOC 3
O SINE/IDT e a recolocação profissional - Parte 2
Daiane Moreira dos Santos conta como conseguiu se recolocar profissionalmente depois de algumas experiências frustradas no mercado de trabalho.
WEBDOC 4
Os desafios da qualificação profissional Vladyson Viana, Secretário do Trabalho do Ceará, fala sobre o papel do SINE/ IDT, seu público-alvo e seus programas e ações, e seu esforço para aproximar cada vez mais a qualificação profissional às necessidades de mercado.
WEBDOC 5
O SINE e o emprego jovem
Vladyson Viana, Secretário do Trabalho do Ceará, comenta sobre os desafios da geração de emprego jovem e a importância das políticas públicas para romper com o ciclo vicioso de falta de oportunidade-falta de experiência.
EXPEDIENTE
EMPRESA JORNALÍSTICA O POVO Presidente Institucional e Publisher: Luciana Dummar Presidente-Executivo: João Dummar Neto Diretores de Jornalismo: Ana Naddaf e Erick Guimarães Diretor de Jornalismo das Rádios: Jocélio Leal Diretor de Estratégia Digital e Novos Negócios: Filipe Dummar Diretor de Negócios: Alexandre Medina Néri Diretora de Gente e Gestão: Cecília Eurides Diretor Corporativo: Cliff Villar Diretor de Opinião: Gualter George Editorialista-Chefe: Plínio Bortolotti
WEBDOC 6
As empresas e o SINE, históricos de parcerias Léia Leite, Superintendente de RH da Almaviva Experience, conta como foi o seu desenvolvimento profissional, como a empresa se relaciona com o SINE e sua importância para o desenvolvimento da empresa em sua busca constante por profissionais.
WEBDOC 7
Como o microcrédito faz girar a roda do desenvolvimento Vandro Soares, Gerente de Operações de Crédito da Adece, explica o que é o Ceará Credi e como ele contribui para o desenvolvimento dos microempreendimentos e o crescimento econômico do estado.
WEBDOC 8
O sucesso do Ceará Credi - Parte 1
Madileny Sousa, manicure, conta como o Ceará Credi mudou sua vida e de seu microempreendimento, com fácil acesso e desburocratização.
WEBDOC 9
O sucesso do Ceará Credi - Parte 2 A cabeleireira Daiviane Farias explica como o acesso ao Ceará Credi possibilitou que ela expandisse seu microempreendimento na área de beleza.
10
Assista a todos os episódios da série de webdocs no YouTube do O POVO
WEBDOC
sucesso do Ceará Credi - Parte 3
Alves Martins, Designer de Moda, conta como o microcrédito permitiu que ela alavancasse seu empreendimento de forma rápida para continuar “vendendo sonhos”.
MICROCRÉDITO É ESTRATÉGIADE
INCLUSÃO PRODUTIVA E FINANCEIRA
Programa de microcrédito produtivo orientado, o Ceará Credi, executado pelo Governo do Estado, através da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), tem como público prioritário mulheres chefes de família, além de pessoas com deficiência (PCD), egressos do sistema prisional e vítimas de violência.
A política pública, lançada em abril de 2021, impacta na vida dos empreendedores cearenses e na geração de postos de trabalho. Faz parte da estratégia de inclusão produtiva e financeira, com facilidade para a realização de empréstimos que impulsionam negócios - novos ou já existentes.
Em três anos, o programa operou R$ 210 milhões, contemplando mais de 85 mil pessoas. Atuação tem movimentado a economia do Estado, principalmente no Interior, com presença nos 184 municípios cearenses.
De 2023 até novembro deste ano, foram atendidas 56.772 pessoas, das quais 41.340 foram financiadas, correspondendo a um montante superior a R$ 91,4 milhões.
O gerente de Operações de Crédito da Adece, Vandro Soares, destaca que o objetivo é ofertar crédito para pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente aquelas pessoas que, em decorrência da pandemia, tiveram problema de empregabilidade ou na situação do próprio negócio.
Programa de crédito para pessoas em situação de vulnerabilidade, Ceará Credi, operou R$ 210 milhões, contemplando mais de 85 mil pessoas, nos três anos de existência aquelas pessoas que não têm acesso à plataforma do Ceará Credi, possam procurar um ponto de apoio para receber orientações”, explica Vandro. O cadastro no site é o primeiro passa para quem precisa ter acesso ao microcrédito.
“O Governo lançou esse programa como uma forma de ter uma política pública voltada para esse público, que estivesse naquele momento precisando de apoio”, lembra. O programa de microcrédito que nasceu para salvar economicamente cearenses afetados pela pandemia, hoje oferece capacitação empreendedora e educação financeira, além de cursos para planejamento de negócios, marketing digital, formalização, entre outros. Além dos empréstimos.
Vandro afirma que existem várias instituições no mercado que atuam com microcrédito, mas destaca o diferencial do Ceará Credi: “ofertar crédito para um público muito específico, aquelas pessoas que realmente não têm oportunidade”. Muitos já são beneficiários de outras linhas de assistência do Governo. “A gente chega com o crédito para poder ofertar oportunidade”, frisa.
O programa dá acesso a microempreendedores, empreendedores informais, trabalhadores autônomos, pessoas desempregadas e agricultores familiares. A interseção institucional promove parcerias entre o Ceará Credi e outras pastas, como Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Secretaria do Trabalho, Secretaria das Mulheres e Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).
“Temos também uma parceria dentro do Governo, com as prefeituras, para que
DIVULGACAO
Na sequência, um agente de crédito entra em contato para auxiliar, depois há uma análise da solicitação com base nos dados inscritos e no parecer do agente. Caso a avaliação seja positiva, o recurso é liberado na conta da Caixa Econômica Federal. As modalidades de crédito trabalhadas podem ser individual ou de grupo solidário.
“Isso facilita o acesso ao crédito para algumas pessoas que estão em uma comunidade, se conhecem e já têm uma relação.
O Ceará Credi pode conceder esse crédito e alavancar negócios”, afirma o gerente de Operações de Crédito da Adece.
A presença do programa nos 184 municípios do Estado significa injeção de recursos, com movimentação do comércio local. “Isso tem gerado um grande desafio, de estarmos cada vez mais próximos dessas cidades. Em 2025 haverá expansão do programa, vamos estender o nosso trabalho, levando mais oportunidades para quem precisa”.
O Programa tem a parceria com o Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT). É possível encontrar o Ceará Credi nas unidades do IDT, nos VApt Vupts.
O programa Ceará Credi dá acesso a crédito a microempreendedores, empreendedores informais, trabalhadores autônomos, pessoas desempregadas e agricultores familiares
COMO FUNCIONA
CADASTRO
On-line, em portal do Governo
SOLICITAÇÃO
O agente de crédito entrará em contato para auxiliar
ANÁLISE DE SOLICITAÇÃO
Feita pelo sistema, com base nos seus dados e no parecer do agente que fez o atendimento
CRÉDITO LIBERADO
O recurso é liberado na conta Caixa Econômica
QUEM PODE TER ACESSO
• Microempreendedor Individual (MEI)
• Empreendedor informal
• Desempregado
• Agricultor familiar
CRÉDITO
MÍNIMO
Capital de Giro: R$
MÁXIMO Capital de Giro: R$ 3.000 Investimento: R$ 5.000
CARÊNCIA ATÉ
Capital de Giro: 2 meses
Investimento: 4 meses
PARCELAMENTO
Capital de Giro: 4 a 9 meses Investimento: 12 a 24 meses
LINHAS DE CRÉDITO
Microempreendedores
Individuais, formais e informais, trabalhadores autônomos, agricultores familiares em negócios não agrícolas; Grupos produtivos solidários.
Cooperativas da Agricultura
Familiar e da Economia Solidária
Cooperativas que desenvolvam agroindústria e vendam para programas de compras governamentais.
Microempresas
Empresas inseridas em Arranjos Produtivos Locais (APL), que queiram investir em inovação; Startup; Negócio de impacto.
Ceará Credi Mulher Mulheres que queiram empreender de forma individual ou coletiva no campo ou na cidade.
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FORMALIZAÇÃO PARA MULHERES EMPREENDEDORAS
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FAMÍLIA E A REDESCOBERTA PELO TALENTO PARA UNHAS
Madilene viu no negócio uma forma de unir a família e resgatar o gosto por trabalhar com beleza e unhas
Éno bairro Jardim Iracema, em Fortaleza, que funciona o gabinete de manicura e nail designer Madileny Sousa. Ela oferece serviços de manicure e pedicure, unha postiça realista, e unhas em acrílico. Madilene é a protagonista do negócio, mas os coadjuvantes são imprescindíveis, conforme ela mesma destaca sempre.
O cor de rosa predomina, assim como a vontade de melhorar cada vez mais os equipamentos, a decoração, a estrutura e o atendimento do gabinete. Luvas, toucas, higiene e cuidado desde os detalhes da iluminação ao cafezinho preparado pelo filho mais velho.
O gosto pela profissão de manicure começou cedo, por volta dos 15 anos, estimulado pela tia. “Mas eu queria uma renda fixa, então comecei a estagiar em um supermercado, onde assinaram a minha carteira”, conta. Foi nesse mesmo estabelecimento que a hoje empreendedora trabalhou por 14 anos, período em que teve seus dois filhos.
Assim como para a grande maioria das trabalhadoras brasileiras, o mercado de trabalho torna-se um obstáculo de crescimento profissional quando a maternidade acontece. Quando o primeiro filho nasceu, a sogra de Madilene ficou responsável por cuidar da criança, porém, quando o segundo filho veio ao mundo, a avó já não tinha o mesmo vigor para as responsabilidades e exigências de uma criança pequena.
“Então eu vi a necessidade de sair. Tentei vender pratinho, e até gostava, mas queria uma coisa melhor. Aí pensei que unha era uma coisa que eu gostava e sabia fazer”, lembra a nail designer Com a dificuldade de alugar um ponto comercial, ela aproveitou a oportunidade de montar um negócio na própria casa. E deu certo.
Conseguia ficar perto dos filhos e cuidar do seu negócio. É certo que a logística de convivência entre as vidas pessoal e profissional, em um mesmo espaço físico, são muitas. Mas os braços imprescindíveis ao sucesso no gabinete de manicura são de toda a família, o que faz essa convivência mais pacífica e grandiosa.
“Eu agradeço muito, até ao meu filho, que me ajuda demais. Ele faz os capuccinos e traz para as clientes, cuida da minha filha, que fica querendo pintar as unhas das clientes… o meu esposo também me ajuda muito, porque eu chego em casa depois do dia trabalhando e ele, que também trabalha o dia todo, agiliza as coisas”, detalha sobre a vida, destacando ainda o apoio das irmãs e da mãe.
O começo das mudanças, em um novo segmento profissional, mais próximo da vida familiar, desafios, administração, foi o momento mais difícil. “O começo é sempre a parte mais difícil. Você tem medo de não ter clientes, de não dar certo, de não agradar... eu tinha esse receio, mas o tempo foi passando e fui vendo que era o que eu gostava mesmo”.
E o que era gosto virou renda e também terapia. “Acalma a mente” e é onde ela e as tantas clientes podem, por algumas horas, esquecer dos problemas. “Além de elevar autoestima, a gente sabe que muitas desabafam e vêm para esquecer mais os problemas”.
A conquista diária sobre saúde mental, explica, é também de evolução enquanto empresária, sobre seus conhecimentos e formas de gerir o gabinete. Era o sonho de ter o próprio estabelecimento, em casa, perto e engajando toda a família. “Eu tinha medo de mudanças, mas agora não tenho. Acho é bom, porque percebo que eu passei a evoluir”, detalha.
Crescimento estrutural possibilitado também pela participação no programa Ceará Credi. Uma colega, que já havia experienciado o vínculo, indicou e Madilene conseguiu o que precisava para investir. “Fui ganhando, juntando, investindo para melhorar o salão. Aos poucos, eu consegui montar do jeito que eu queria, com a ajuda da minha família”, afirma, com orgulho.
E as novas formas e planos não param. A decoração do espaço é destaque, com luzes, acolchoados, peças e mobiliário com a cor rosa, o ambiente inspira bem-estar. “Fizemos alterações nas paredes, nas prateleiras, ajeitamos a parte onde eu trabalho…”, detalha a empresária.
Começo, meio e futuro são destacados por Madilene como a força de atuação de toda a família. Filhos que ajudam e vivem a rotina do salão, marido que compartilha as responsabilidades, irmãs que são marketing e parceria, mãe que é apoio.
“Em momento nenhum eles me deixaram na mão. Quando eu pensava em desistir, sempre tinha alguém ali para me levantar. Meu esposo que sempre me ajuda, meu filho, nem se fala de tanto orgulho que tenho”, disse a mãe, chorando de emoção e satisfação pela cria.
A emoção é justificada por muitos fatores, entre eles a dificuldade em conseguir investimento. No Ceará, as mulheres donas de pequenos negócios ainda têm menos acesso ao crédito do que os homens e pagam mais juros. Apesar de serem menos inadimplentes, de acordo com uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Fui ganhando, juntando, investindo para melhorar o salão. Aos poucos, eu consegui montar do jeito que eu queria, com a ajuda da minha família
Madilene Sousa, manicure, conta como o Ceará Credi mudou sua vida e de seu microempreendimento, com fácil acesso e desburocratização
DIVULGAÇÃO
SALÃO DE BELEZA
E AMOR
Construir o próprio salão foi um desafio, que é superado com trabalho e vontade de compartilhar sentimentos e serviços
o acesso
ra mim, o Sempre Bela é um sonho realizado. Eu sou feliz”. A frase é da cabeleireira Daiviane Farias. Ela transformou a garagem de casa no Studio de Beleza e viu a vida ser transformada pelo empreendedorismo também guiado por amor. A empresária ressalta que oferece serviços que sejam sentimentos e sensações. E diz lucrar bem assim.
Ela sempre estava em salões de beleza, fosse como funcionária, fosse como cliente. “Sempre trabalhei fora e sempre fui apaixonada por beleza. Tinha o sonho de ter a oportunidade de cuidar das pessoas”, conta. Depois de ter um filho, a dificuldade em conciliar as obrigações - realidade da maioria das mulheres brasileiras - a fez pensar em ter o próprio negócio.
Incentivada pelo marido, reformou parte da casa e adaptou para receber suas clientes, muitas que viriam de outros salões onde ela atuou. Daiviane lembra que sentiu medo e ouviu de algumas pessoas que a clientela não a seguiria. “Eu enfrentei e hoje eu posso dizer que tenho mais clientes do que onde eu trabalhava”, afirma.
A rotina não é fácil. A primeira frase de Daiviane, para muitas negociações da vida, é: “eu sou muito ocupada”. Casa, filho, escola, negócio… a vida exige muito, todos os dias. E Daiviane, que assim como muitas mulheres empreendedoras, precisou ter diferentes habilidades, coragens e, sobretudo, atitudes.
Além de cabeleireira, é confeiteira. “Eu tenho que dar conta”, frisa. E confia em Deus a força para continuar superando as dificuldades e realizando desejos. O de aumentar o studio anexo à casa, mas também de abrir novos em outros bairros. “Meu sonho é ter um salão bem amplo, com muitos funcionários, muitos empregos... é um sonho difícil, mas que eu ainda vou realizar”.
O acesso ao programa de microcrédito Ceará Credi, criado em 2021, durante a pandemia de Covid-19, possibilitou que Daiviane desse o start em seu primeiro sonho: comprasse o maquinário necessário. “Foi aí que tudo começou”. E ela aconselha sobre o início: “Se você for der ouvido
Meu sonho é ter um salão bem amplo, com muitos funcionários, muitos empregos. É um sonho difícil, mas que eu ainda vou realizar
foi ser a minha própria patroa. Por ter filho pequeno, trabalhar fora era difícil. O microcrédito foi onde eu realmente consegui”, reforça.
Com apoio para a parte econômica e logística, com família por perto, Daiviane conseguiu destacar o que tem de principal para seu salão: amor. Não só pela beleza, mas pelas clientes, pelas superações, pela possibilidade de ajudar outras pessoas. A cabeleireira lembra das tantas vezes que prestou serviços de graça. “Eu dizia: ‘vem, vamos se ajeitar, quero você bonita, com autoestima’”, relembra.
Objetivo agora é continuar aprendendo. Além de empréstimos, o Ceará Credi oferece capacitações em cursos específicos, como “Desvendando o crédito”, “Aprenda a fazer o plano de negócios”, “Formalização para mulher empreendedora”, “Marketing digital”, “Como cuidar do dinheiro do seu negócio”, “Porque você e todo mundo pode empreender” e “Superpoderes da Tecnologia”.
aos outros, o sonho vai continuar na sua cabeça. Mas se você perseverar, ter fé, vai realizar”.
“Eu quero aprender mais e mais na área da beleza para transmitir esse amor e esse conhecimento. O Sempre Bela é um sonho realizado. Eu sou feliz, muito feliz”.
A agenda para os dias que antecedem as festas de fim de ano estava lotada. Daiviane precisava se dividir entre os diversos afazeres que tem, inclusive o de fazer seu negócio crescer. As mulheres representam 76% das operações do Programa de Microcrédito Produtivo (Ceará Credi) em 2024. Ao todo, são mais de 14,6 mil das 19,2 mil pessoas contempladas com a iniciativa.
O programa proporciona condições de ofertar crédito com juros mais reduzidos, além de garantir ao Estado a captação de recursos externos. Fora os empréstimos, os empreendedores têm acesso a uma plataforma virtual de capacitação e educação financeira.
SERVIÇO
@studiosempre.belas
Rua: Dra Sara Mesquita, 191 - Planalto Pici
A expansão do programa é uma das medidas anunciadas em 2024 para fortalecer a autonomia econômica feminina. A perspectiva é fechar o ano com R$ 40 milhões liberados para estimular negócios liderados por mulheres.
“Eu consegui o que eu queria há muito tempo, que
Contato: 558582321323 Studio Belas
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ELA RESPIRA MODA E VIVE DISSO
Fabiana diz que acorda e dorme pensando em moda, na sua confecção e nos sonhos que nutre
Ainfância foi difícil, mas foi a partir dessas dificuldades que Fabiana Alves Martins descobriu o seu talento como designer de moda. Vítima de bullying por ser acima do peso para sua idade, ela também sentia dificuldades na hora de comprar roupas, “não tinha nunca minha numeração”.
“Minha avó costurava e me ensinou a costurar tudo a mão. Eu aprendi a fazer minhas próprias roupas com 17, 18 anos. Depois ganhei uma máquina de costura de uma ONG e comecei a fazer como trabalho”, conta. O que era um bom negócio para ela passou a ser também para os amigos, conhecidos e vizinhos.
Em 2015, fez um curso de costura industrial, conheceu máquinas de grande potência e depois que viu sua clientela aumentar e sua máquina não suportar, decidiu por um dos equipamentos de grande porte. Foi com o dinheiro que ela conseguiu no microcrédito do Ceará Credi que a aquisição foi possível.
“Comprei a máquina, os aviamentos... eu já tinha uma clientela grande, mas hoje ficou numa proporção que eu já não tenho condições de atender todo mundo”, conta, destacando ainda os planos para 2025, que é ter alguém para auxiliar na demanda.
Até outubro deste ano, o Ceará Credi atingiu a marca de R$ 203 milhões em créditos, valor destinado a 83 mil pequenos empreendedores. Há ainda a perspectiva de que o Governo do Estado utilize R$ 77 milhões para fomentar micro e pequenos empreendedores, por meio do Fundo de Investimento de Microcrédito Produtivo do Ceará (FIMPC).
O Ceará Credi é um programa do Governo do Ceará, por meio da Secretaria do Trabalho, executado pela Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), e tem o
objetivo de disponibilizar crédito para o fortalecimento ou abertura de pequenos negócios em todo o estado.
“A Fabiana era uma menininha lá no Interior de Morada Nova, numa casinha de taipa, que andava a cavalo e tinha muitos sonhos, mas se via limitada porque nenhuma porta havia sido aberta”, detalha sobre si mesma. Foi quando o avô morreu - ela foi criada por ele, a avó e uma tia - que a família veio morar em Fortaleza e tudo mudou.
“Comecei a me meter em ateliê de costura”, especifica. Fabiana trabalhou até em uma fábrica de sofá, onde afirma ter conhecido ainda mais sobre a técnica da costura. Diz que desde então vem construindo o futuro e conquistando espaço. O plano é investir em uma área específica, que é de roupas para cerimoniais na área de Direito. Ela também é acadêmica do curso.
“Já atendo formandos de Medicina e de Direito, com vestidos de festas. Pretendo atingir esse público, que é fiel. E ir ganhando mais clientes no boca a boca. Porque eu vendo sonhos, né, uma formatura é um sonho para muita gente”, considera. Fabiana afirma ser guerreira, destaca que ajuda outras mulheres da comunidade e que dividir o pouco que se tem é reverberar o bem.
Em 2024, o Ceará esteve entre os estados que mais empregam no segmento da moda. Números do ano anterior mostram que foram gerados mais de 149 mil postos de trabalho diretos, além de 74 mil empresas ativas e um volume de US$ 268 milhões em exportações do setor.
Estudo Setor da Moda no Estado do Ceará, realizado pelo Centro de Inteligência do Sistema Fecomércio Ceará e Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC),
Fabiana Alves Martins, Designer de Moda, conta como o microcrédito permitiu que ela alavancasse seu empreendimento de forma rápida para continuar "vendendo sonhos"
Porque eu vendo sonhos. Uma formatura é um sonho para muita gente
mostrou que, no Ceará, existem 13 cursos na categoria técnico/profissional divididos em cinco áreas e ofertados em quatro municípios (Fortaleza, Maracanaú, Jaguaruana e Juazeiro do Norte).
Na área da educação superior, foram identificados 50 cursos relacionados à moda, também restrita a quatro municípios (Fortaleza, Sobral, Quixadá e Juazeiro do Norte).
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A cabeleireira Daiviane Farias explica como
ao Ceará Credi possibilitou que ela expandisse seu microempreendimento na área de beleza
HORA DE MARATONAR
Confira os podcasts do Agir - trabalho, emprego e renda. Para ouvir, aprender e encontrar o caminho para se inserir no mercado de trabalho ou mesmo conquistar o crédito para o seu negócio
Podcast 1
TRAJETÓRIA DO SINE/IDT
Em 2024, o Sine/IDT comemora 26 anos e já inseriu quase 57 mil trabalhadores no mercado formal de trabalho no Ceará, com uma participação de quase 12% no Caged. Ao longo desses anos, foram inseridos 1 milhão e 613 mil trabalhadores, sendo mais de 32 mil pessoas com deficiência, um marco pioneiro no Brasil. O instituto possui 18 unidades espalhadas pelo Ceará e mantém parcerias sólidas com diversos setores da economia.
No primeiro episódio do podcast “Agir: trabalho, emprego e renda”, Raimundo Ângelo presidente do IDT; e Rubens Rodrigues, diretor de promoção do trabalho e empreendedorismo do IDT, debatem sobre o assunto. Durante a conversa, os especialistas destacaram que o IDT investe em empreendedorismo com o programa Ceará Credi, que já emprestou mais de 200 milhões de reais a pequenos negócios, em parceria com o Governo do Estado.
Podcast 3
SERVIÇOS PARA A POPULAÇÃO
O Serviço de Intermediação de Profissionais Autônomos (Sine/IDT) prestou 2.888 serviços neste ano. A previsão é de aumento de 25% a 30% com o lançamento de uma plataforma para facilitar a contratação de profissionais autônomos. No terceiro episódio do podcast “Agir: trabalho, emprego e renda”, Raimundo Ângelo, presidente do IDT; e Grijalba Marques, coordenador da Intermediação de Profissionais do IDT ressaltam que o IDT oferece serviços autônomos desde 1981, incluindo áreas como cuidador de idosos, bombeiro hidráulico, pedreiro, pintor, cozinheira, garçom, e marceneiro. O objetivo é facilitar a comunicação entre contratantes e contratados, com a garantia de que os profissionais são treinados e têm um histórico verificado.
Podcast 5
MERCADO DE TRABALHO
No quinto episódio “Agir: trabalho, emprego e renda” Vladyson Vianna, secretário do Trabalho do Ceará, aborda sobre o panorama do mercado de trabalho no Estado. O secretário destaca que, de janeiro de 2023 até outubro de 2024, o Ceará gerou mais de 110 mil novos postos de trabalho, alcançando a menor taxa de desocupação dos últimos 10 anos, de apenas 6,7%. Esse crescimento é atribuído a fatores como o investimento público em infraestrutura e o ambiente favorável ao investimento privado. Além disso, setores como a indústria e o comércio, especialmente a indústria calçadista e alimentícia, tiveram crescimento significativo. Vladson também enfatiza as políticas de incentivo fiscal e a interiorização dos investimentos como fatores-chave para esse sucesso.
Podcast 2
EMPREGO E DIVERSIDADE
No segundo episódio do podcast “Agir: trabalho, emprego e renda”, Renan Ridley, secretário executivo do Trabalho e Empreendedorismo, discute sobre a relação entre empreendedorismo e diversidade. O profissional destaca que a população LGBTQIAPN+, especialmente travestis e transexuais, enfrenta vulnerabilidades sociais, como a evasão escolar, devido ao preconceito. Isso leva muitos a buscar a informalidade para gerar renda, com destaque para áreas como beleza e comercialização de alimentos. Ele também menciona a importância das políticas públicas voltadas para o empreendedorismo dessa população, como o mapeamento de empreendedores LGBT, realizado em parceria com a Secretaria da Diversidade e outras instituições, para criar políticas mais assertivas e inclusivas.
Podcast 4
FORMAÇÕES E CURSOS
O Estado do Ceará oferece uma vasta gama de cursos de formação inicial e continuada, como o programa Construindo Oportunidades e o Construindo Futuros, além de cursos especializados, como o Agatech, focado em energia renovável. Anualmente, são oferecidas cerca de 25 mil vagas. No quarto episódio do “Agir: trabalho, emprego e renda”, Vladyson Vianna, secretário do Trabalho do Ceará explica acerca dos programas de qualificação profissional oferecidos pelo Estado. O secretário também destaca a importância do aplicativo Tem Trabalho, que facilita a intermediação de serviços autônomos, oferecendo segurança para contratantes e trabalhadores. O aplicativo já está disponível em 18 cidades e visa expandir a oferta de serviços qualificados.
Podcast 6
TRABALHO PARA A JUVENTUDE
O Estado do Ceará comemora, desde o início da gestão de Elmano de Freitas, a marca de mais de 110 mil novos postos de trabalho. Ainda assim, a empregabilidade é um dos grandes desafios considerando o bônus de pessoas com idade entre 15 e 29 anos. Como garantir trabalho para a juventude, um direito estabelecido por lei?
No sexto episódio do podcast Agir: trabalho, emprego e renda, Vladyson Viana, Secretário do Trabalho do Ceará, e Adelita Monteiro, Secretária da Juventude do Estado do Ceará, conversam sobre esse assunto. Eles discutem as políticas setoriais planejadas e executadas pelas duas secretarias, em conjunto e individualmente.
Podcast 7
FUTURO DO EMPREGO
Inovação, turismo sustentável, agricultura e agroindústria de alta tecnologia, além da economia criativa, são setores econômicos de destaque no Ceará. A educação e a formação de profissionais qualificados adquirem relevância no fortalecimento dessas áreas e na geração de empregos no Estado.
O sétimo episódio do podcast “Agir: trabalho, emprego e renda” discute o futuro do emprego no Ceará. Contribuem nessa conversa o professor Raimundo Costa, presidente da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), e Jidlafe Rodrigues, coordenador de Desenvolvimento Institucional e Planejamento da Secretaria do Trabalho do Ceará.
Eles debatem questões como o panorama atual da geração de emprego formal no estado, os maiores desafios enfrentados nesse cenário e as estratégias que podem impulsionar oportunidades nos setores econômicos emergentes.
Podcast 9
EMPREENDEDORISMO FEMININO
O penúltimo episódio do podcast “Agir: trabalho, emprego e renda” aborda como o programa Ceará Credi tem contribuído para o fortalecimento do empreendedorismo feminino no Estado do Ceará. Participam do episódio Jade Romero, vice-governadora e secretária das Mulheres do Estado, e Silvana Parente, diretora de Economia Popular e Solidária da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) e coordenadora do programa.
A discussão traz um panorama sobre os desafios enfrentados pelas mulheres no mercado de trabalho, como as desigualdades salariais, as múltiplas jornadas de cuidado e as dificuldades de acesso a oportunidades formais. Nesse cenário, o empreendedorismo é apresentado como uma alternativa para promover a autonomia econômica e a melhoria da qualidade de vida.
O episódio destaca ainda a criação do Ceará Credi Mulher, uma iniciativa dentro do programa que oferece crédito e suporte específicos para negócios liderados por mulheres, incentivando o desenvolvimento de empreendimentos individuais e coletivos no Estado.
Podcast 8
MICROCRÉDITO E INCLUSÃO SOCIAL
O microcrédito vem ajudando pequenos empreendedores a iniciar ou expandir seus negócios por todo o Ceará. No oitavo episódio do podcast “Agir: trabalho, emprego e renda”, a assessora técnica de operações do Ceará Credi na Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Deborah Aline Gadelha, e a gerente de políticas e parcerias da Adece, Conceição Faheina, explicam o que é o programa Ceará Credi, como funciona e quem pode acessá-lo.
A iniciativa do governo do Ceará surgiu no contexto da pandemia de Covid-19 e desde então promove inclusão social e desenvolvimento econômico no Estado. Além de conceder acesso a crédito para abertura ou expansão de pequenos negócios, as convidadas debatem a relevância de orientação para utilização do capital.
Podcast 10
MICROCRÉDITO
E DESENVOLVIMENTO LOCAL
O Ceará é referência nacional em microcrédito, transformando a vida de pequenos empreendedores e impulsionando o desenvolvimento local. No episódio final do podcast
“Agir: trabalho, emprego e renda”, o secretário do Trabalho e Emprego, Vladyson Viana, compartilhou os resultados positivos dessa política e as perspectivas para o futuro. O secretário fala sobre as iniciativas da pasta para a culminância desses resultados.
Com programas como o CrediAmigo, do Banco do Nordeste, que movimenta R$ 4 bilhões por ano, e o Ceará Credi, que já investiu R$ 200 milhões, pequenos negócios ganham acesso a créditos de R$ 500 a R$ 5 mil, ajudando a expandir e fortalecer suas atividades.
O microcrédito segue como uma ferramenta de transformação e inclusão econômica no Estado, revela um estudo da Universidade Federal do Ceará (UFC). De acordo com ele, beneficiários desses programas tiveram um aumento médio de 40% na renda familiar, sendo que a metade conseguiu criar um novo posto de trabalho.
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