Cuidar para crescer 2021 - Caderno 1

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FORTALEZA - CE 29 DE JUNHO DE 2021

Igor Puccy apostou no delivery para impulsionar a Galetos do Brasil e garantiu crescimento durante a pandemia

COMO FAZER O SEU NEGÓCIO

BRILHAR NA INTERNET RELACIONAMENTO + E-COMMERCE + FORMALIZAÇÃO + DELIVERY


2 O CAMINHO PARA VOCÊ CRESCER

ANDRE LIMA/CMFOR

Empreender para conseguir novas formas de renda. É assim que muitos cearenses têm se virado na pandemia. Mas o que ainda falta para impulsionar seu pequeno negócio? Para aumentar seus lucros e, acima de tudo, garantir que você e sua família estão seguros? Com 10 videoaulas, 10 e-books e 10 podcasts, o projeto “Cuidar para Crescer: a retomada consciente das atividades em épocas de pandemia” disponibiliza conteúdos e técnicas para ajudar você a aprimorar suas vendas, especialmente no ambiente online. “A orientação é fundamental para que essas pessoas possam fazer os seus negócios darem certo, principalmente neste momento tão delicado. Por isso, acredito que a capacitação é uma saída para aperfeiçoar a criatividade desses empreendedores e estimular o crescimento dessas iniciativas. O projeto ‘Cuidar para crescer’ surge com o objetivo de auxiliar aquelas pessoas que têm criatividade, espírito empreendedor e força de vontade para tirar suas ideias do papel. Assim, a gente acredita que elas terão condições de crescer seus negócios, estimulando a economia e contribuindo para que a nossa cidade supere a crise”, explica o vereador Antônio Henrique (PDT), presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, realizadora do Projeto em parceria com a Fundação Demócrito Rocha.

“Acredito que a capacitação é uma saída para aperfeiçoar a criatividade desses empreendedores”, vereador Antônio Henrique (PDT), presidente da Câmara Municipal de Fortaleza

REALIZAÇÃO


FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA FORTALEZA - CE, 29 DE JUNHO DE 2021

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E N I L N O CIA

O T N E M A N O I C A REL

EXPERIÊN

COMO SE CONECTAR COM O PÚBLICO Comunicação digital com clientes e funcionários deve focar na humanização ANA BEATRIZ CALDAS beatriz.caldas@opovo.com.br

Se antes da pandemia algumas empresas ainda tratavam os canais digitais - sites, redes sociais, WhatsApp e outros - como uma alternativa para chegar ao cliente, o avanço da Covid-19 implementou uma nova etapa na história do comércio brasileiro, que coloca as vendas online como um serviço indispensável mesmo após os períodos mais restritivos de isolamento. O motivo é simples: após experimentar as facilidades de resolver todos os seus problemas e necessidades no ambiente digital, o consumidor se deparou com um modelo que cabe na palma da mão, se adequa melhor à correria do dia a dia e ainda oferece mais segurança.

Camila Santana, empresária da loja de roupas London, a partir da pandemia, começou a usar o Instagram da marca para divulgar os produtos das lojas e curiosidades sobre moda e estilo


4 Porém, para oferecer boas experiências de compra online e aumentar o lucro não basta se cadastrar em várias redes sociais e esperar crescimento imediato. Assim como nos estabelecimentos presenciais, as estratégias para atender bem e se conectar com o público devem ser bem executadas no online para que o negócio tenha sucesso, alerta Marília Marinho, doutoranda em Administração e criadora de conteúdo sobre inovação e varejo. “Os consumidores buscam produtos e serviços em diversos canais, desde o site até as redes e aplicativos. Porém, muitas vezes, as empresas que abrem esses canais não se prepararam para um atendimento eficiente em todos eles e deixam os clientes esperando”, comenta. Além do atendimento personalizado, a criatividade e o planejamento são essenciais para transformar os seguidores em uma comunidade que engaja e converte a “curtida” em compra. Segundo Marília, esses são os dois principais pontos para começar a produzir conteúdo qualificado para as diversas plataformas digitais que podem ser utilizadas por empreendedores, como Instagram, Facebook e YouTube. “O bom atendimento é imprescindível, mas para ele existir, é necessário que antes o empreendedor atraia o cliente para aquele perfil através da criação de conteúdo. Não se pode mais estar no online sem pensar no que vai ser veiculado em cada um dos canais de venda”, conclui.

UM CASE CEARENSE

Foi com o intuito de fortalecer o relacionamento com a clientela através da internet que Camila Santana, empresária da loja de roupas London, começou a produzir conteúdos diferentes para o perfil do Instagram da marca no início de 2020. Com a chegada da pandemia no Ceará, os espaços físicos da London ficaram temporariamente fechados e, ainda que as vendas online continuassem, Camila queria se conectar com os clientes de forma mais humanizada. Assim, em meio às publicações que divulgavam os produtos das lojas e curiosidades sobre moda e estilo, a empresária começou a compartilhar dicas para facilitar o dia a dia de quem estava em casa: opções caseiras de lazer, atividades para a família realizar com as crianças, receitas e dicas de organização, entre outros conteúdos, aproximaram cliente e empresa e ajudaram a distrair quem passava por um dos períodos mais delicados do isolamento. “Acredito muito em humanizar os processos. Quando uma empresa tem uma cara, um CPF, e não só um CNPJ, ela se aproxima muito do cliente. É importante compartilhar o cotidiano, a vida real, nossas vulnerabilidades”, ressalta Camila.

Além do perfil da loja, Camila também usa o perfil pessoal no Instagram para promover a marca


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MARKETING PARA PEQUENOS E MICROEMPREENDEDORES

Foto da loja London publicada no Instagram da marca: @londonlojas

ATENÇÃO AO PÚBLICO INTERNO

Se engana quem pensa que as estratégias para engajar o público e manter um bom relacionamento online devem se reduzir às ações pensadas para o cliente final. O público interno, formado pelos colaboradores da empresa, deve ser levado em conta tanto quanto o externo, pois é ele que ajuda a disseminar o propósito da marca e, muitas vezes, é com ele que o cliente vai ter mais contato. Além do respeito e da cordialidade ao utilizar redes sociais e aplicativos para se comunicar com a equipe - não exigir respostas fora do horário de trabalho, por exemplo -, é importante ter em mente quem se conecta com a empresa para haver um bom relacionamento entre todos, tanto on como offline. “O primeiro passo é trazer para a empresa profissionais que gostem e acreditem no seu produto ou serviço. Outro aspecto essencial é, especialmente nesse momento, lembrar que cada funcionário é um indivíduo completo. Não se pode achar que os problemas de casa ficam em casa e os do trabalho, no trabalho. A equipe necessita de cuidado e de apoio tanto na carreira quanto na vida pessoal”, lembra Marília Marinho.

PARA ACOMPANHAR

Inovação e Varejo - @inovacaoevarejo Não Sou do Marketing - @naosoudomarketing

Há pouco mais de dois anos, um amigo da publicitária e especialista em marketing digital Dyana Colares, 29, pediu algumas dicas para conseguir mais clientes através das redes sociais. Após receber a boa notícia de que seus conselhos tinham ajudado na captação de novos negócios, Dyana percebeu que poderia ajudar mais empreendedores. Foi assim que nasceu a Não Sou do Marketing, uma escola de marketing para pequenos negócios com cursos rápidos, mentorias e dicas práticas para quem quer investir na transformação digital. “Hoje temos dois produtos principais: o PlanOnline, curso prático para ajudar a montar um planejamento de divulgação, e um minicurso de criação de conteúdo que conta com um calendário de 30 dias com ideias para quem vende produtos e serviços”, explica Dyana. O projeto também tem lives semanais gratuitas no YouTube. Além da criação de conteúdo, a publicitária dá dicas para sua empresa brilhar na web. “O Instagram é o que está mais em alta, então virou um pré-requisito, mas também é essencial se cadastrar no Google Meu Negócio e no marketplace do Facebook, serviços gratuitos de geolocalização que vão ajudar o empreendedor a atrair clientes da sua região”, ressalta. Para quem tem loja virtual, o site também é um bom investimento. “É preciso ter um pós-venda bem feito e fazer um ‘acompanhamento’ dos clientes, porque ele é mais do que um seguidor comum. Conversar e compartilhar um pouco de quem está por trás da empresa são detalhes que fazem toda a diferença”.

4 REGRAS DO RELACIONAMENTO ONLINE Por Dyana Colares, especialista em Marketing Digital

Sempre chame o cliente pelo nome; Converse como se estivesse conversando com alguém próximo, pois a linguagem formal pode afastar. Usar emojis, por exemplo, pode deixar a mensagem mais amigável; Identifique a linguagem do seu público para usar uma linguagem similar. Sempre que possível, elimine a linguagem técnica, mesmo que compreensível - ela pode passar a mensagem, mas evita a conexão; Dê atenção ao que está sendo dito, pois o cliente deve se sentir ouvido. Não tenha preguiça de começar ou continuar uma conversa e trocar ideias.


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PASSO A PASSO

COMO E POR QUE FORMALIZAR SEU NEGÓCIO

Além de contribuir com a cidadania fiscal, formalização garante acesso a crédito e direitos trabalhistas para empreendedor Muitos dos novos pequenos empreendedores ainda mantêm as empresas na informalidade, segundo a Junta Comercial do Estado do Ceará (Jucec). Isso prejudica a arrecadação de recursos para políticas públicas via cidadania fiscal quando elas são ainda mais necessárias, em virtude da pandemia. Essa é, porém, apenas umas das questões pelas quais é importante formalizar o seu negócio. Além de garantir os direitos para os demais cidadãos, a formalização de empresas também garante benefícios ao empreendedor, como ter acesso a crédito e a programas governamentais e privados, garantir aposentadoria por tempo, por invalidez, salário-maternidade e pensão por morte para a família, entre outros. Atualmente, o processo de formalização é prático, integrado e pode ser feito completamente online, reduzindo burocracias e garantindo a segurança de quem decide regularizar a situação de sua empresa perante os órgãos do fisco. Confira o passo a passo do processo. (Ana Beatriz Caldas)

QUAL O CUSTO MENSAL PARA SER MEI?

> 5% do salário mínimo vigente no País > R$ 5 de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) > R$ 1 de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) Para se registrar como MEI, acesse o Portal do Empreendedor: https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/empreendedor

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FAÇA SEU CADASTRO

O primeiro passo para formalizar seu negócio é se registrar nos portais do Governo Federal (https://www. gov.br/) e da Jucec (https://www. jucec.ce.gov.br/). Atualmente, a Junta Comercial possui um sistema integrador que permite que todos os órgãos necessários tenham acesso a esse cadastro, agilizando o processo e evitando que o empreendedor precise procurar diversos órgãos do fisco para se cadastrar.


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SETORES QUE MAIS CRESCERAM EM NEGÓCIOS FORMALIZADOS NO CEARÁ EM 2021

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1. Comércio varejista de artigos do vestuário 2. Comércio varejista de minimercados e mercearias 3. Restaurantes e similares 4. Fornecimento de alimentos preparados 5. Comércio varejista de cosméticos e produtos de perfumaria

AGUARDE O PROCESSO DE VERIFICAÇÃO

Depois dos registros feitos, é hora da prefeitura do seu município verificar a adequabilidade do seu negócio. Esse procedimento é essencial e visa, especialmente, entender onde a sua empresa irá atuar e se ela irá funcionar no ambiente adequado.

FONTE: SEFAZ-CE

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OBTENHA ACESSO À DOCUMENTAÇÃO

Com a aprovação da Jucec, confira online seu Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e adquira todos os alvarás e licenças necessárias para operar regularmente!

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DÊ ENTRADA NA INSCRIÇÃO DA JUCEC

Com o processo de verificação deferido, solicite a inscrição no site da Junta Comercial. A estrutura em nuvem utilizada nos serviços da Jucec já possibilita a abertura de empresas até mesmo nos fins de semana, e negócios de baixo risco podem conseguir finalizar os procedimentos em até 48h.

25 MIL

novas microempresas aproximadamente foram criadas no Ceará, só no primeiro quadrimestre de 2021, segundo a Secretaria da Fazenda (Sefaz-CE).

350 MIL é o número de microempreendedores hoje no Estado.


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DELIVERY CAPA

ESTRATÉGIA DE SUCESSO Entrega em casa é solução para empresas funcionarem durante necessidade de distanciamento social Letícia do Vale leticiadovale@opovodigital.com A necessidade de distanciamento social durante a pandemia transformou a lógica dos negócios. Nesse contexto, o delivery foi uma ferramenta utilizada por muitas empresas para atingir o público neste momento. Ainda que existisse um crescimento do método antes da chegada do coronavírus, foi com a pandemia que a técnica deslanchou de vez. Informações da Statista, empresa alemã especializada em dados de mercado, apontam o Brasil como destaque na área de delivery na América Latina em 2020. O País ficou responsável por 48,77% do mercado. Para o resto do mundo, em 2021, a previsão é de que o setor movimente aproximadamente US$ 6,3 trilhões de dólares até o final do ano.

“O mercado de delivery está em uma crescente sem volta. Cada dia que passa as pessoas consomem mais, e a gente acredita que continuará crescendo. As empresas precisam se preparar para utilizar esse canal”, aponta a assessora executiva da diretoria do Sebrae-CE, Alice Mesquita. Para ela, a principal vantagem do método é atingir um mercado que somente uma loja física não seria capaz. Além disso, pode-se definir um mix de produtos menor, específico para o delivery, focando a produção nesses e investindo com mais

facilidade na qualidade das opções. Assim, é possível cativar o cliente e abrir uma porta para que ele conheça a variedade da empresa. Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o comércio digital e a entrada de novos consumidores na internet cresceram significativamente. Por isso, a dica do especialista é “não adiar sua entrada no universo online. A internet é um lugar onde se pode comprar do alfinete ao foguete, e a entrada nesse mundo nunca se mostrou tão necessária”, explica.


FOTOS JOÃO FILHO TAVARES

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Igor Puccy comanda o Galetos do Brasil que funciona exclusivamente como delivery

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DICAS PARA MONTAR SEU DELIVERY

Um grande problema do delivery é o excesso de informalidade na mão de obra. Assegurar os direitos dos funcionários é essencial. Para evitar essa dificuldade, contrate empresas de delivery reconhecidas ou capacite seu funcionário de modo adequado para prestar o serviço. Avalie bem os produtos que estarão disponíveis para o delivery. Principalmente no quesito alimentação, é essencial garantir que o produto não sofrerá avarias durante o trajeto. O consumidor espera o produto de acordo com o que ele adquiriu. Invista em boas embalagens, tanto para garantir a qualidade do produto como para servir de marketing.

GALETOS DO BRASIL

Em busca do sonho de empreender e depois de muito estudo, Igor Puccy viu no ramo da gastronomia a oportunidade que desejava. Já visualizando as vantagens do delivery, em março de 2020 foi aberta a primeira unidade da Galetos do Brasil, exclusivamente estruturada para o serviço de entregas. Começou o negócio cerca de uma semana antes do começo da pandemia em Fortaleza, a ideia do delivery funcionou e, hoje, a marca se prepara para abrir a sexta unidade. O objetivo é chegar a 14 unidades até o final de 2022. Igor, CEO da empresa, explica que viu no delivery a possibilidade de ficar mais livre para operar em diferentes lugares. Além disso, com as unidades voltadas totalmente para a entrega, o custo fixo com contas como aluguel, água, e energia diminui. “O grande lance do delivery é um produto bom, entrega rápida e embalagem que surpreenda. Como você não tem a experiência do cliente na sua loja, a comida tem que impressionar. O diferencial é encantar com os olhos”, justifica. Assim, além do investimento na qualidade gastronômica do alimento, no pedido do kit completo, a empresa apresenta saquinho térmico para o frango, embalagem personalizada para a batata e até embalagem para o baião que pode ser levada ao microondas.

Observe se a plataforma de delivery escolhida tem entregadores suficientes na sua área para a sua demanda. Calcule bem as taxas cobradas para não comprometer o lucro da venda.

PLATAFORMAS DE DELIVERY

Em geral, os percentuais das taxas de aplicativo são cobrados proporcionalmente à venda da empresa. Para se cadastrar, basta entrar nos links abaixo:

IFOOD: parceiros.ifood.com.br/ JAMES: jamesdelivery.com.br/ parceiros RAPPI: partners.rappi.com/signup UBER: restaurants.ubereats.com/ br/pt-br/signup/?croexp=213treatment Também é possível ter informações sobre taxas, entregadores e outras possíveis dúvidas.

No caso de escolher uma plataforma, escolha uma que transmita credibilidade e confiança para os clientes, principalmente se o pagamento ocorrer online. O planejamento da produção deve ser muito bem pensado, já que, enquanto em um dia pode não haver muitos pedidos, no dia seguinte pode ocorrer o contrário. O tempo de prateleira do produto deve ser acompanhado. Analise quais os produtos que mais vendem para garantir que serão repostos e disponibilizados o mais rápido possível


10 NA WEB

O PODER DO E-COMMERCE Como transformar seu negócio em digital e diminuir custos

Entende-se por e-commerce qualquer transação de produto ou serviço viabilizada pela internet, seja em um site específico ou pelas redes sociais. As práticas ganharam um significativo empurrão devido à crise do coronavírus e a necessidade de isolamento social, moldando-se para continuar crescendo no futuro. A consultora e fundadora da Desencaixa Branding, Céu Studart, explica que a técnica consegue ter um importante papel no desenvolvimento de pequenos empreendedores, já que o ambiente digital possibilita uma forte inclusão de negócios, ajudando, inclusive, na concorrência com empresas maiores. “Atuar no e-commerce favorece um crescimento em escala, dispensa gastos com pontos de vendas físicos, favorece na captação de informações sobre o perfil do público, facilitando a comunicação e a realização de campanhas de vendas e permite o acompanhamento e análise de resultados em tempo real, além de ser um canal de vendas aberto por 24 horas, durante todos os dias da semana”, aponta. Para o especialista em marketing e professor da Faculdade CDL, Bruno Leitão, a pandemia acelerou um processo de transformação digital já encaminhado entre as empresas, mostrando que o consumidor está cada vez mais digitalizado. “Hoje um pequeno negócio já tem que nascer imerso no digital tem que aparecer na internet pra não ficar pra trás”, e alerta: “O varejo virtual não vende ainda nem 10% do que o varejo físico atende no Brasil, então ainda há um grande campo para crescimento, principalmente por parte dos pequenos negócios”. (Letícia Do Vale)


FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA

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FORTALEZA - CE, 29 DE JUNHO DE 2021

QUEM COMPRA PELA INTERNET por Christian Avesque

PESQUISADOR: compara produtos com mais facilidade graças à ferramenta digital. PRUDENTE: programa mais as compras e, por conseguir saber o preço médio dos produtos, espera uma oferta, não compra mais por impulso. PODEROSO: com mais pesquisa e mais prudência o consumidor tem o poder de “jogar um fornecedor contra o outro” em busca das melhores condições.

CRESCIMENTO EM NÚMEROS

No fim do primeiro trimestre de 2020, momento em que se inicia a pandemia, o comércio eletrônico cresceu de forma nunca antes vista, de acordo com o estudo da NeoTrust em parceria com Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o aumento foi de quase 80%, frente ao mesmo período em 2019. Com as restrições para o comércio físico e as promoções de começo de ano, houve um crescimento de 57,4% no primeiro trimestre de 2021, comparando com o mesmo período do ano passado. Segundo a E-bit | Nielsen, a expectativa é que o e-commerce brasileiro cresça 26% em relação ao ano passado. Também no último trimestre de 2021, o Nordeste se destacou como sendo a 2ª região do País em volume de vendas pelo e-commerce, segundo a Neotrust. No Ceará, o destaque é de produtos regionais e o turismo.

PARA O SEU E-COMMERCE CRESCER:

Capacite-se. Aprenda como funciona esse ambiente, procure referências que sirvam de guia para o seu negócio. Aprenda sobre quem é o seu público. Saiba que sites ele visita e quanto ele gasta em média em uma compra. Estude os concorrentes para se diferenciar. Cadastre seus produtos para facilitar o acesso dos seus clientes. Ofereça múltiplos canais de contato, como Instagram, Facebook, Twitter, Whatsapp, e-mail ou chat. Escolha uma boa plataforma para venda. Algumas opções são a Loja Integrada e a Nuvemshop. Ter um site próprio ajuda bastante. Disponibilize um sistema seguro para o pagamento dos clientes e várias opções como cartão, boleto e pix. Oferte cupons, kits e combos. Consumidores buscam por isso. Garanta a qualidade do produto. Crie sistemas de recompensa, que podem ser vouchers, entrega gratuita ou cash back. Gere informações úteis para o consumidor, como dicas. Tenha um canal aberto para possíveis reclamações.

QUER SABER MAIS SOBRE ESSES ASSUNTOS?

O módulo 4 do curso Cuidar para Crescer trata de “Aspectos comportamentais do consumo no ambiente online”, com Christian Avesque, e o módulo 6 é sobre “Utilização de ferramentas automatizadas para maior eficiência nas vendas online”, com Bruno Leitão. Fiquem ligados! Serão disponibilizados dias 8 e 15 de julho, videoaula, e-book e podcast no site do projeto! Acesse: www.fdr.org.br/cuidarparacrescer/



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