Cuidar para Crescer 2021 - Como preparar suas mídias digitais para vender

CUIDAR PARA

CRESCER COMO PREPARAR SUAS MÍDIAS DIGITAIS PARA VENDER Biriba do Vale

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ISBN Coleção: 978-65-86094-97-8 / ISBN Módulo 3: 978-65-86094-88-6

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INTRODUÇÃO Trabalhar com vendas por meio das redes sociais é algo que estava muito distante quando a internet foi criada, em 1969 nos Estados Unidos.

A chamada de Arpanet tinha como função interligar laboratórios de pesquisas. Naquele ano, um professor da Universidade da Califórnia passou para um amigo, em Sanford, o primeiro e-mail da história.

Em 1981, a internet chegava ao Brasil. De lá para cá, muitas coisas mudaram e empresas e novas profissões surgiram com o avanço da tecnologia.

A primeira empresa brasileira com loja virtual no país, conhecida como Magalu, teve o formato de venda eletrônica em meados dos anos 1992, no país, praticamente junto com a criação do WWW (World Wide Web).

A experiência pioneira da loja Magazine Luiza ocorreu em terminais eletrônicos e não tinha conexão com a internet. Essa liberação de conectividade, para fins comerciais, aconteceu apenas em 1995.

Desde então, a evolução digital transformou em e-commerce o negócio de vendas on-line. A Magazine Luiza deixou de ser somente a primeira loja virtual do Brasil para tornar-se hoje um dos maiores players do comércio eletrônico.

4 Na década de 2000, as redes sociais eram uma febre entre os mais jovens e também os mais velhos, que passavam horas se comunicando com comunidades diferentes.

A seguir, um breve histórico.

1. HISTÓRICO 1.2. MSN Lançado em 1999 como Windows Live Messenger, rapidamente o programa se tornou bem famoso entre os mais jovens. Além de conversar, era possível enviar fotos, músicas e iniciar partidas de jogos com os amigos. A popularidade foi tanta que até existiam sites especializados em avatares e emoticons para usar no bate-papo.

Mesmo com tal força, a plataforma foi descontinuada pela Microsoft em 2013 e seus usuários foram obrigados a migrar para o Skype.

5 1.2. ICQ Criado em 1996 por quatro jovens israelenses, o ICQ tinha o objetivo de possibilitar a comunicação instantânea entre usuários do Windows. Só no primeiro ano, o programa conquistou um milhão de fãs. Seu leiaute era simples e cada conta era identificada por um número.

Mesmo com a popularidade diminuída, a plataforma continuou firme e forte. Hoje, é possível usar o ICQ em dispositivos móveis, embora você deva ter sorte para encontrar amigos on-line.

1.3. mIRC Percursor das comunidades do Orkut e grupos do Facebook, o mIRC era um programa de chat em que você podia entrar em uma sala de um assunto específico e conversar com pessoas do mundo todo. Criado em 1995, mas popularizado em meados dos anos 2000, o mIRC também permitia que os usuários compartilhassem arquivos. Embora tenha perdido sua força, ele continua on-line. É o favorito entre a comunidade de software livre que ainda se encontra para compartilhar descobertas.

1.4. Internet Discada Engana-se quem pensa que conectar a internet era fácil, barato e rápido.

6 Com a internet discada, o custo de conexão era muito caro: a cobrança era feita por minutos conectados, e esse minuto custava R$ 0,14 naquela época. Os usuários podiam, então, conectar após a meia-noite, quando era cobrado somente um “pulso”, mas, se a conexão caísse (o que era comum), um novo pulso seria cobrado. Portanto, os jovens de classes média/baixa que desejavam se conectar esperavam até a meia-noite para isso.

Aos fins de semana, depois das 14h era cobrado também um “pulso”, e esse era o momento de maior “engajamento” nas redes sociais. E você precisava torcer muito para que conseguisse conectar, pois, em muitos casos, no horário de pico, você conseguia conectar, mas a conexão era fraca. Em muitas situações, principalmente se tratando do mIRC, a internet “derrubava” os canais, quando tinham muito acessos simultâneos.

7 1.5. Banda Larga A conexão discada perdeu espaço para a banda larga no Brasil.

Em 2007, 50% dos usuários de internet no país usavam banda larga, enquanto 44% usavam conexão discada.

Com o surgimento do Facebook, a maior rede social do mundo, as empresas viram a possibilidade e a necessidade de se conectar à rede para promover vendas aos milhares de usuários conectados. Para isso, era necessário criar uma fan page, ou seja, uma página destinada para as empresas no Facebook. O crescimento de empresas que se posicionavam por esta plataforma foi cada vez mais intenso. E assim foram surgindo cada vez mais agências digitais especializadas em gerenciar as empresas nas redes sociais.

2. ESTRATÉGIAS DE VENDAS PELA INTERNET Vender na internet é uma grande oportunidade de fonte de renda. Mas, para isso, é extremamente importante entender e conhecer as melhores formas de explorar as redes sociais para gerar lucro.

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Antes de mais nada, é necessário passar segurança e domínio sobre o que será vendido pela internet, seja produto e/ou serviço. Uma boa apresentação também faz toda a diferença para conquistar aquele desejado cliente.

Por meio do Instagram, Facebook, Google, WhatsApp ou até mesmo Twitter, vender produtos ou serviços é algo que precisa ser feito diariamente.

Gerar credibilidade a partir da internet é muito relevante. O cliente precisa se sentir seguro do que ele está desejando adquirir.

9 As vendas podem ser diretas ou indiretas e você não precisa ir à casa de muitos para oferecer o seu produto ou serviço. A internet veio para aproximar relações entre amigos ou possíveis clientes.

Em outros tempos, você ficaria esperando o seu cliente vir até o seu ponto comercial ou em sua casa. Com o avanço da internet, bem como das mídias digitais, você chega até o cliente de forma rápida e direta.

Uma forma simples de vender na internet é conhecendo o seu público, chamado de “personas”, e os seus interesses.

Para cada rede social existe um público que se engaja mais. É importante que o seu produto ou serviço tenha uma boa aparência, afinal, o cliente precisa sentir o desejo de comprar o seu produto/serviço. Para isso, a aparência conta muito, além do preço e as boas recomendações, claro!

Os grupos de venda de Facebook são uma vitrine e tanto para quem quer vender, tendo em vista que as pessoas que estão lá procuram pelo seu produto ou serviço.

Assim, digamos que você venda artesanato personalizado. O público que entra num grupo “Vendas de Artesanato Personalizado” deseja comprar o produto. Esse, portanto, é um público-alvo e direto. Mas como vender artesanato personalizado para pessoas que não estão no grupo?

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Uma forma objetiva e com baixo investimento são os anúncios patrocinados. Eles são a maneira mais direta de alcançar ainda mais pessoas que buscam por determinado produto. Sabia que para isso não é necessário um grande investimento? É como se você utilizasse um telefone de “crédito” pós-pago e você colocasse o crédito para fazer ligações. Assim também é nas redes sociais.

De forma direta e rápida, você alcança o público desejado, pois diariamente pessoas estão pesquisando na internet e buscando produtos ou serviços específicos.

A apresentação de seu produto/serviço é extremamente importante e, por muitas vezes, é um item de grande poder de decisão na hora da compra.

11 Digamos que você venda bolos confeitados e deseja vendê-los pelo Instagram. É preciso que a apresentação do bolo esteja agradável. Para isso, também não é necessário grande investimento. Hoje em dia, a grande maioria dos brasileiros tem um celular com uma resolução de foto que atende à necessidade, não esquecendo, claro, de uma preparação básica da mesa ou suporte no qual o seu bolo estará, a luminosidade do ambiente, a disposição de talheres ou outros objetos em torno dele etc. Então, se você quer vender um bolo e divulgá-lo na internet, sua aparência, a preparação do ambiente e a sua reputação serão a forma como o cliente irá vê-lo e decidir comprar.

A reputação e/ou o feedback / boca a boca ajudarão você a alavancar suas vendas pela internet.

Existem muitas estratégias para aumentar cada vez mais sua reputação, por exemplo: “compartilhe a foto do nosso bolo em sua rede social e ganhe a cobertura grátis na próxima compra”. Você garantiu a venda, um cliente fez de graça a propaganda para você e ainda com a possibilidade de o cliente comprar novamente para ganhar a cobertura do bolo “de graça”.

Milhares de pessoas geram conteúdo na internet diariamente, e você precisa se destacar para que seu produto ou serviço agrade aos olhos do cliente, tenha algo que diferencie você do seu concorrente, seja ele direto, seja indireto.

12 Uma forma muito positiva de ganhar seu cliente é a chamada humanização digital. Por trás de uma empresa existem pessoas que colocam a “mão na massa” no negócio. Tendo em vista essa humanização, uma forma simples de isso acontecer, sem gerar custos ao seu negócio, pode ser por meio de uma mensagem personalizada enviada como mensagem de texto (SMS) ou pelo WhatsApp. Isso gera empatia com o cliente.

E para você nada é mais importante do que agradar ao seu cliente para que ele volte sempre com o mesmo desejo de consumir. Ou seja, que ele seja fidelizado.

Uma “simples” mensagem, positiva ou de agradecimento ao cliente, é algo que faz muita diferença. Você pensar no seu cliente e agradecer a ele por estar comprando seu produto/serviço é um ponto muito positivo, pois, a partir dessa sua mensagem, o cliente posta/compartilha na rede social dele, e isso faz com que outras pessoas também desejem ser clientes daquela loja. A essa propaganda gratuita chamamos de feedback.

Vender pela internet possibilita a você “ganhar dinheiro mesmo dormindo”.

Trabalhar e vender pela internet vai lhe permitir criar e cuidar do seu negócio de qualquer dispositivo e local que tenha conexão, fazendo com que você possa planejar seus dias com organização para deixar tudo funcio-

13 nando no e-commerce (loja virtual), enquanto atende a um cliente pelo celular. Com a constante evolução das ferramentas digitais, é possível vender em qualquer horário.

Outra forma fácil e ágil de vender pela internet é com os anúncios pagos, conhecidos como patrocinados. Se você vende roupa infantil, por exemplo, e deseja vender por meio da rede social, poderá anunciar no Instagram direcionando para o WhatsApp. Daí, você pode efetivar a venda de um produto ou mais e ainda montar um banco de dados, tendo de forma simples e direta o contato de um público-alvo interessado no seu produto.

Por meio desses contatos, você pode criar as listas de transmissões no WhatsApp e disparar ofertas ou lançamentos para essa lista que já consumiu e conhece o seu produto/serviço. Isso torna a sua venda mais “fácil”, pois este já é um cliente ativo.

14 Mas, advertimos, ter um banco de dados é muita responsabilidade, devido ao sigilo e cuidado que deve ter com a informação de seus clientes.

Procure conhecer a LGPD, que é a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, que estabelece uma série de regras para as empresas coletarem, armazenarem e utilizarem os dados de seus clientes de forma segura.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esperamos que essas informações possam ajudá-lo(a) a refletir e elaborar suas estratégias de vendas, agora, pela internet.

Tudo é questão de determinação, atenção e frequência.

Outra dica: procure acompanhar as redes sociais de seus concorrentes, saiba o que fazem, como fazem, aprenda com os acertos deles, assim como também com seus erros, evitando repetir aquilo que você, se fosse cliente deles, não gostaria.

Boa sorte e sucesso!

AUTOR Biriba do Vale Vixna do Vale Coelho, conhecido como Biriba do Vale, é formado em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário Estácio de Sá. Atua no mercado digital há 8 anos, estando à frente como diretor comercial da agência Em Rede Comunicação e como diretor de marketing da Federação Cearense de Futebol. Tem especialização e certificação do Google Ads (Adwords) completo, Remarketing e Youtube Ads.

ILUSTRADOR Alexandre de Souza Nasceu em Fortaleza, Ceará, em 1986. Iniciou no desenho aos 9 anos e, profissionalmente, aos 20 anos. Além de ilustrador, atua com pintura digital para animação e games e como colorista, não apenas em livros, mas em materiais de outros artistas para publicações diversas. Colaborou com a revista Mundo Estranho (Editora Abril), entre outras publicações editoriais e agências publicitárias.

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