Revista Olhar n.7

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olhar OPTIVISÃO LIFESTYLE MAG

! #7. JUNHO 2012 TRIMESTRAL

OLHAR A MODA Tendências para a primavera FIM DE SEMANA Vale do Gaio, entre o montado e a praia

GANHE

VALES DE DESCONTOS E POUPE ATÉ

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OLHAR SOLIDÁRIO Optivisão apoiou a Aldeia SOS de Bicesse



Notícias e curiosidades. Sugestões a não perder.

Propostas e tendências os dias de sol e de calor shopping Novas tendências em armações Elas estacionam melhor do que eles. Making of da nova campanha Moss com Luísa Beirão. % Visita guiada à fábrica da Essilor em Portugal. ! Optivisão apoiou a Aldeia SOS de Bicesse. fi Johnny Deep $ polarizadas.

Lentes

O mistério do Lago Vostok. # " estão na moda.

As maratonas

NOVO COMPROMISSO OPTIVISÃO

Como parar é morrer, a Optivisão volta, mais uma vez, a apostar na inovação como forma de estar mais próxima dos seus clientes, assumindo o caráter emocional que está ligado a uma marca e a uma rede, que privilegia a personalização do atendimento e a proximidade. Tudo isto está subjacente a uma nova ideia de compromisso com o mercado, onde serviço, responsabilidade, atendimento, inovação, rigor e competência são mais do que palavras, são uma forma de estar. Esta campanha, que começou no início de maio, oferece a primeira consulta aos clientes na rede. E esta oferta é apenas o começo... Como gostamos de estar sempre perto de si, nesta edição reunimos vários temas que percorrem o caminho para os dias de sol. Espreitamos as tendências da moda, viajamos até ao Vale do Gaio, entre o montado e a praia, e descobrimos as razões do interesse pela corrida. Como o saber não ocupa espaço, recordamos uma descoberta científica num lago da Antártida e visitámos uma fábrica onde se produzem lentes em Portugal. Um conjunto de temas variados, que esperamos o ajudem a desfrutar bons momentos de descanso na companhia da Optivisão. Esperamos que goste tanto da nossa companhia como nós apreciamos a sua...

Hotel Vale do Gaio. Luísa Beirão. Ganhe o primeiro scanner mouse do Mundo. A Optivisão está perto de si. Poupe dinheiro com os nossos vouchers. Pepe Jean um ícone da moda.

Presidente do Conselho de Administração do Grupo Optivisão

Director: Maria Adelaide Penedo. Direcção editorial: Rui Faria (ruifaria@revistas.cofina.pt). Redacção: Arruamento D à Rua José Maria Nicolau, 3, 1549-023 Lisboa. Tel. 210 494 146/210 494 145. cofinaconteudos.pt Textos: Rui Faria e Paula Santos. Copy desk: Carla Sacadura Cabral. Fotografia: Getty Images e Pedro Sampayo Ribeiro. Direcção de arte: Sofia Lucas. Design gráfico e paginação: Sandra Nascimento. Produção: Cofina Media. Pré-impressão: Graphexperts, Lda., Av. Infante Santo, 42 A/B, 1350-179 Lisboa. Impressão: Lisgráfica S.A., Estrada Consigliéri Pedroso, 90, Casal de S.ª Leopoldina, 2745-553 Queluz de Baixo. Propriedade: Optivisão, Óptica Serviços e Investimento, S.A., Alameda Salgueiro Maia, 4, 2.º, 2660-329 St.º Ant.º dos Cavaleiros. Depósito legal: 315261/10. Registo na E.R.C. com o n.º 125.945. Tiragem: 60.000 exemplares. Distribuição: gratuita. Periodicidade: trimestral.

Junho 2012


olharpor si

HOYA VISUREAL INOVA NA TECNOLOGIA Chama-se Hoya VisuReal e é uma aplicação para iPad que permite ao ótico mostrar aos seus clientes tudo aquilo que precisam de saber no momento em que escolhem as lentes e as armações para si. Para além disso, possibilita ainda mostrar ao cliente as diversas opções que estão disponíveis para o seu caso, respondendo melhor às suas exigências. Esta aplicação é uma resposta tecnológica que vai ao encontro de um universo de pessoas jovens e dinâmicas, com uma vida profissional ativa, que lidam diariamente com a tecnologia digital.

A CAMINHO DAS NUVENS O ABC Lisbon é um novo business center no Aeroporto de Lisboa, mas a principal curiosidade passa pelo espaço para relaxar, criado para todos aqueles que estão de partida ou a chegar de uma viagem e necessitam de momento de relax. Num espaço de grande tranquilidade, são ministradas aulas de ioga (45 minutos) e é também possível desfrutar de duche, massagens e mesmo de um snack (www.abclisbon.com).

CHRISTIAN LOUBOUTIN Até 9 de julho, o “Museum” de Londres apresenta uma exposição evocativa dos vinte anos de carreira de Christian Louboutin, o estilista que “inventou” os sapatos de senhora com solas vermelhas. Uma vasta coleção de peças permite revisitar a obra criativa do francês, descobrindo as suas fontes de inspiração, que vão do Folies Bergère ao cinema e do design aos trapezistas e acrobatas. Ao mesmo tempo, é também possível descobrir os segredos da construção de um sapato, desde a fase de protótipo até produção ou mesmo ao design das lojas da marca. A exposição Christian Louboutin está condensada num livro com imagens de David Lynch e Philippe Garcia, e com prefácio de John Malkovich.

4 Junho 2012

EPF, EYE PROTECTION FACTOR Hoje em dia, os fatores de proteção solar dos cremes solares passaram a ser algo com que todos se sentem familiarizados. O mesmo deveria acontecer no caso da proteção às radiações ultravioleta que afetam os nossos olhos. E é neste contexto que o Eye Protection Factor (EPF) surge com uma classificação aplicada à energia solar, que permite comparar a eficácia das lentes dos óculos de sol na proteção dos olhos em relação às radiações. A escala varia no intervalo de 1 a 10 e avalia a capacidade da lente em bloquear as radiações nocivas.


A PRIMEIRA CONSULTA É OFERECIDA A Optivisão assumiu um novo compromisso com todos os seus clientes. A personalização do atendimento e a proximidade são os grandes objetivos, onde o primeiro passo passa por uma campanha que teve início em maio, oferecendo a primeira consulta aos clientes, na rede. Esta oferta é apenas o início de novas surpresas que foram criadas a pensar em si.

VOLVO OCEAN RACE NAVEGA PARA LISBOA

LTD. EDITION NO PORTO A rota de compras na cidade do Porto ganhou mais uma pérola. Chama-se Ltd. Edition e é uma loja de acessórios de luxo, onde surgem os nomes de Jil Sander, Marni, Elie Saab, Michael Kors e Salvatore Ferragamo, entre muitos outros que contribuem para a exclusividade deste espaço criado pelas designers da Casa do Passadiço. A Ltd. Edition surge no número 382 da Rua Pedro Homem de Melo, num edifício assinado por Siza Vieira, que se destaca na zona de Aviz e merece, por si só, uma deslocação à cidade do Porto.

A Volvo Ocean Race está a caminho de Lisboa. A grande regata que está a dar a volta ao planeta disputa a sétima etapa entre Miami e Lisboa. A partida dos Estados Unidos teve lugar a 20 de maio e a frota de veleiros vai cruzar o Atlântico para reunir-se na Doca de Pedrouços, onde haverá tempo para descansar e reparar as embarcações para as duas regatas que se disputam no Tejo (a 8 e 9 de junho). A frota vai estar em Lisboa até ao dia 10 de junho, altura em que parte em direção ao porto francês de Lorient, na penúltima etapa antes da chegada a Galway, na Irlanda. Aquela que é uma das maiores aventuras dos tempos modernos teve início no dia 29 de outubro de 2011, na cidade espanhola de Alicante, de onde rumou para África, cruzando o Cabo da Boa Esperança na rota para a Cidade do Cabo. Seguiu para Abu Dhabi, passou por Sanya, na China, e chegou a Auckland, na Nova Zelândia. Cruzou o Pacífico, ultrapassou o Cabo Horn e aportou em Itajaí, no Brasil, de onde seguiu para norte, em direção a Miami. Quando esta frota de impressionantes veleiros de 21 metros e meio de comprimento e catorze toneladas chegarem a Galway, terão percorrido 39 mil milhas náuticas (cerca de 72 mil quilómetros). Junho 2012 5


PRADA APRESENTA FOLDING IN LOVE

Folding in Love é um projeto da Prada que revela o mundo imaginário dos óculos dobráveis através de um jogo de vídeo simulado. É a aventura breve e intensa de um objeto (neste caso, de óculos de sol), em que a personagem principal voa numa viagem surreal de vários níveis. Como no clássico jogo de vídeo Arcade, depois de viajar através dos múltiplos mundos do universo da Prada, a aventura termina com um epílogo romântico. Chão em xadrez preto e branco, trolleys coloridos em saffiano, letras do alfabeto, ganchos de mochilas, mini malas de crocodilo, pastas em pergaminho e outros pequenos detalhes da coleção Prada definem o espaço do jogo, configurando um universo visual que abrange a fantasia digital e o 3D perfeito. O herói é o novo modelo de óculos de sol Prada Folding, um acessório de design que se transforma, voa, paira, gira e se inclina para superar as barreiras e obstáculos até ao grande final do jogo, onde conquista a princesa, a versão feminina dos óculos de sol. O vídeo que apresenta o projeto é dirigido pelo estúdio de Milão Modecracy. Para a banda sonora, a Prada optou por trabalhar com os Ladytron, uma banda de Liverpool que sempre esteve na vanguarda e entre os pioneiros do som electroclash com um toque pop, contando com colaborações anteriores com Christina Aguilera ou os Placebo. A música que faz a banda sonora do Folding in Love é Ace of Hz, que faz parte do álbum Gravity the Seducer, lançado em setembro de 2011.

NOVO LOOK PEPE JEANS A nova coleção primavera/verão 2012 da Pepe Jeans promete marcar os looks da estação. Os óculos de sol da marca britânica apostam numa linha jovem e arrojada, bem como em cores vibrantes. Com lentes com proteção UVB e UVA, em armações de massa, os óculos Pepe Jeans são um exclusivo das lojas Optivisão. 6 Junho 2012

DONA V EM COIMBRA A Dona V é uma marca nacional que ganhou reputação internacional com acessórios que valorizam a nobreza da pele. Ao fim de mais de uma década de atividade, com a marca portuguesa presente em lojas multimarca, a Dona V abre pela primeira vez um espaço exclusivo, um franchising que surgiu na cidade de Coimbra, na Rua Jorge Anjinho. É um espaço de bom gosto, repleto de malas, sapatos e outros acessórios exclusivos.

MUITAS VANTAGENS NO CARTÃO CREDIVISÃO A Optivisão celebrou parcerias no âmbito do cartão Credivisão com o intuito de atribuir aos seus portadores ainda mais vantagens. Estão agora disponíveis descontos e ofertas em parceiros de renome, como Pestana Hotels & Resorts, Pousadas de Portugal, Top Atlântico, Hotéis Vila Galé, Holmes Place, Bodyconcept, Depilconcept, Monte Santo Resort, As Cascatas Golf Resort & Spa, Hotel Vidago Palace, Lágrimas Hotels & Emotions, Wall Street Institute e Rent a Fun.


TÁGIDE WINE & TAPAS BAR O restaurante Tágide tem a melhor vista sobre a cidade de Lisboa. No alto do Largo da Academia de Belas Artes, sobranceira à Baixa e a espreitar o Tejo, foi sempre um local privilegiado. Agora, para além da boa mesa, conta com um espaço mais informal: o Wine & Tapas Bar, onde as propostas têm um sabor lisboeta. A dificuldade está na escolha, que pode ir desde as conservas nacionais às iscas de vitela.

A SOLUÇÃO SIMPLES E COMPLETA PARA OS SEUS OLHOS

ESSILOR PROTECÇÃO TOTAL A Essilor tem disponíveis no mercado lentes oftálmicas que beneficiam do mais elevado fator de proteção solar ocular (FPSO), as Essilor Protecção Total®, que reúnem um conjunto de vantagens únicas para os seus utilizadores. As lentes Essilor Protecção Total® Sol, ao beneficiar de um índice E-SPF 50+, garantem uma proteção diária muito elevada, garantindo que os seus olhos estejam cinquenta vezes mais protegidos do que sem qualquer lente. Outra alternativaa são as lentes solares com um índice E-SPF de 25, que garantem uma protecção 25 vezes maior do que acontece quando não se utiliza qualquer tipo de lente. (E-SPF = Eye-Sun Protection Factor)

TODO-O-TERRENO DE “CORRIDA” O nome da Lamborghini está diretamente ligado à imagem dos seus supercarros desportivos e as elevadas performances fazem parte do ADN do construtor italiano. No entanto, a marca de Sant’Agata Bolognese não ficou indiferente ao crescimento do mercado dos SUV e apresentou, no Salão Automóvel de Pequim, um potente todo-o-terreno com uma carroçaria onde a fibra de carbono ajuda a reduzir o peso e o motor oferece 600 cv de potência. Chama-se Urus e, se a Lamborghni ainda não anunciou a data para o seu lançamento, tudo indica que este “superjipe” vai entrar em produção. Junho 2012 7


olhara cultura Lenny Kravitz, é uma das “cabeças-de -cartaz do Rock in Rio” (na fotografia). Artur Barrio (em baixo) está patente em Serralves Eles estão e volta. Os Madredues voltaram à estrada A volta ao Mundo de Madonna passa por Coimbra

ROCK IN RIO A Cidade do Rock volta a abrir as portas para mais uma edição do Rock in Rio Lisboa. Metallica, Smashing Pumpkins, Linkin Park, Lenny Kravitz, Maroon 5, Stevie Wonder, Bryan Adams e Bruce Springsteen & the E Street Band são as cabeças-de-cartaz deste aguardado festival que voltará a dar música em 2012, durante os dias 25 e 26 de maio e 1, 2 e 3 de junho. O preço dos bilhetes diários varia entre os 61 euros (normal) e os 240 euros (VIP).

8 Junho 2012

ARTUR BARRIO Artur Barrio (Porto, 1945) regressou à Fundação de Serralves, agora com a exposição Navegações/ Divagações... Por Entre Escolhos e Baixios, que estará patente ao público até ao dia 1 de julho, na sala central do museu da fundação, a qual se irá transformando ao longo das semanas. A vida e a obra do pintor foram construídas num percurso errante, marcado pela viagem, pelo oceano e pela contínua redescoberta de si e dos outros, e o regresso a Serralves é, simultaneamente, o regresso à cidade onde nasceu.

MADREDEUS Os Madredeus estão de regresso aos discos e ao palco. Em tempo de 25.º aniversário, a banda de Pedro Ayres Magalhães surge, na Sala Suggia da Casa da Música, no Porto, a 27 de maio, rejuvenescida com a voz de Beatriz Nunes, num espetáculo onde, para além do teclista Carlos Maria Trindade, surge um trio de cordas formado por elementos da Orquestra Sinfónica Portuguesa. O programa promete uma viagem desde os Dias de Madredeus (1987) até a Metafonia (2008).

MADONNA O Estádio Municipal de Coimbra recebe Madonna no dia 24 de junho, num espetáculo integrado na digressão que, tendo por base o disco M.D.N.A., o último trabalho da cantora, revisita os maiores sucessos da sua carreira. Deste modo, temas como Give Me All Your Luvin irão surgir, lado a lado, com Like a Prayer, num alinhamento que fez vibrar os Estados Unidos na última final do Super Bowl e que tem sido aplaudido por onde Madonna tem passado nesta sua digressão.

Bruno Pacheco na Casa das Histórias Paula Rego e a moda no MUDE (em baixo)

BRUNO PACHECO O Mar e o Campo em Três Momentos é uma exposição que pode ser ainda visitada na Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, até ao dia 24 de junho. A mostra de trabalhos diferenciados e memórias distintas, apresentados de uma forma unitária, iniciou-se a 8 de Abril e, por questões temáticas disciplinares ou narrativas, foi dividida em três momentos marcados no tempo, incluindo maioritariamente pinturas figurativas de grandes dimensões, desenhos e objetos, mostrando várias facetas do trabalho que o artista tem realizado em Lisboa e em Londres, onde vive e expõe regularmente.


Sting é o grande nome do Cooljazz e Natureza, um convite para visitar o Borboletário (à esquerda)

Bon Iver (em cima) marca presença nos coliseus. O Optimis Alive volta a ter um alinhamento de luxo

MUDE Diz-me do Que Gostas... Dir-te-ei Quem És é uma forma inovadora de apresentar um panorama da moda em Portugal, reconhecendo várias gerações em presença, percursos distintos e várias linguagens, estilos e atitudes. Na mostra, estarão presentes 22 designers, numa viagem que vai de Ana Salazar até novos criadores, como os White Tent ou Os Burgueses, sem esquecer nomes sólidos como Luís Tenente, Filipe Faísca e Luís Buchinho, entre outros. Para ver no Museu do Design e da Moda (MUDE) em Lisboa até ao dia 10 de junho.

BORBOLETÁRIO O Borboletário é um espaço que não é tão conhecido como merece. É uma estufa com plantas e borboletas mediterrânicas, que integra o Museu Nacional de História Natural e permite conhecer melhor a sua interação, para além de mostrar o ciclo de vida destes insetos: ovo, lagarta, crisálida e adulto. É uma exposição viva, que reabriu com a primavera para voltar a entusiasmar os mais novos. Para ver (ou fotografar) na Rua da Escola Politécnica, 78, em Lisboa, até meados de novembro.

COOLJAZZ Ao fim de oito anos, o Cooljazz é já uma tradição das noites de verão em Oeiras. Este ano, o programa, que decorrerá de 29 de junho a 22 de julho, tem início no Parque dos Poetas, com um concerto de Sting. O intimismo dos jardins do Palácio do Marquês de Pombal, onde o público pode estar bem perto do palco, recebe Pablo Alborán, com a participação de Carminho, Pat Metheney, Al Jarreau e os Buena Vista Social Club. A música cool e o ambiente histórico e de grande beleza estão na origem do lema adotado: “alta mistura”.

OPTIMUS ALIVE 2012 De 13 a 15 de julho, o Passeio Marítimo de Algés volta a ser palco de mais uma edição do Optimus Alive, que, este ano, acolhe nomes como The Cure, Radiohead, Stone Roses, Snow Patrol, Florence and the Machine, Mumford & Sons, The Kooks, The Maccabees, The Kills ou LMFAO, entre muitos outros. Os preços dos bilhetes variam entre os 53 euros (bilhete diário) e os 121 euros (passe de três dias + camping).

BON IVER Uma das mais aguardadas bandas do momento estreia-se finalmente em Portugal. Os Bon Iver vão tocar nos coliseus de Lisboa e do Porto nos dias 24 e 25 de julho, respetivamente. A banda norteamericana de indie folk, que foi distinguida com os Grammys de Melhor Artista Revelação e Melhor Álbum de Música Alternativa em 2011, traz agora o álbum Bon Iver, para apresentar em concerto nos coliseus.

Junho 2012 9


olhara moda

Camisa seda com gola com missangas, € 39,95, H&M. Calças, € 400, Blumarine, no Espace Cannelle. Clutch, € 14,95, H&M. Sandálias em camurça, € 29,95, H&M. Pulseira dourada com pedras, € 230, Gas, no Espace Cannelle. Óculo, ref.ª 292C2, €102, Moss

Figura de estilo

Invista em peças com classe e bom corte, seja arrojado na cor e reinvente a sua paleta, pegue nos seus óculos e perca-se pela cidade FOTOGRAFIA: CARLOS RAMOS / REALIZAÇÃO: SANDRA NASCIMENTO


Smoking, € 600, Miguel Vieira. Gravata, € 50, Wrong Weather. Camisa em seda, € 105, Wrong Weather. Óculo, refª 7109C1, €112, Pepe Jeans, Vestido, € 1.045, Etro, no Espace Cannelle. Óculo, ref.ª 291C2, €102, Moss


Casaco em linho, € 292, calças em linho, € 121, Miguel Vieira. Camisa Oxford, € 214, Gant. Gravata, € 48, Miguel Vieira. Óculo, ref.ª 288C3, €107, Moss


Casaco de linho, € 121,25, Miguel Vieira. Camisa Oxford, € 214, Gant. Gravata, € 48, Miguel Vieira. Óculo, ref.ª 290C3, €102, Moss



Camisa, € 214, Gant. Blazer, € 369, Gant. Lenço, € 96, Trussardi. Calças em pele, € 420, Diesel. Óculo, ref.ª 305C3, €112, Moss (Na página ao lado) Camisa seda, € 153, pullover, € 96, calças, € 203, tudo Trussardi. Óculo, ref.ª YYAA008C28, New York Yankees, €104 Vestido, € 711, Blumarine, no Espace Canelle. Óculo, ref.ª 5057C4, €112, Pepe Jeans Maquilhagem e cabelos: Carina Quintiliano. Modelos: Ana Vanini e Gonçalo Athias (Just Models). Assistente de fotografia: Pedro Faria.


olharo shopping

PRIMAVERA É TEMPO DE COR Os dias de sol convidam à evasão numa estação onde a Natureza dá cor à paisagem num novo ciclo de vida que as mais recentes tendências de moda não podem deixar de acompanhar

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16 Junho 2012

Mod 521 C1, €79, Moss Mod 3087 C3, €133, Pepe Jeans Mod 7102 C3, €112, Pepe Jeans Mod 514 C1, €79, Moss Mod PJ73 4112 C221, €167, Pepe Jeans

1. Mod YYAA 11 C92, €104, New York Yankees 2. Mod 1106 C3, €133, Pepe Jeans 3. Mod 7106 C2, €112, Pepe Jeans 4. Mod YYAA 012 C01, €104, New York Yankees 5. Mod 518 C3, €79, Moss


olharas pessoas

Elas estacionam melhor do que eles O velho ditado que afirma que “as mulheres, ao volante, são um perigo” foi deitado por terra por uma sondagem realizada no Reino Unido e que analisou o comportamento de 2.500 condutores e concluiu que as mulheres “são mais lentas e precisas, e não lhes escapa nada” POR RUI FARIA

Apesar de todos os clichés sobre as mulheres ao volante, um estudo estatístico levado a cabo pela National Car Parks, a maior empresa de gestão de parques de estacionamento do Reino Unido, concluiu que elas, apesar de serem mais lentas do que os homens, são muito mais precisas e eficazes na altura de estacionar. É inquestionável que são mais lentas do que eles, mas esta característica acaba por ser o seu grande trunfo ao volante, porque lhes permite uma maior concentração na altura de descobrir um lugar para arrumar o veículo e permite que estejam mais atentas na manobra de estacionamento. Para realizar este estudo estatístico, a empresa reuniu um universo de 2.500 condutores que foram filmados em vídeo

durante um mês, o que permitiu recolher setecentos tipos de manobras distintas, que foram avaliadas com uma pontuação de zero a vinte. As mulheres garantiram uma pontuação média de 13,4 pontos, face aos 12,3 obtidos pelos homens, tendo demonstrado muito maior paciência e precisão no respeito pelas marcações pintadas no chão, tendo sido destacado o facto de 53% das condutoras ter voltado ao automóvel depois de se ter apercebido que o deixara mal estacionado, o que apenas 29% dos homens fez em situações semelhantes. É certo que o estudo incidiu basicamente nas manobras efetuadas em parques de estacionamento públicos e arrumar entre as faixas pintadas no chão não é a mesma coisa como arrumar paralelamente ao

passeio num espaço reduzido, mas não deixa de ser curioso que, entre os condutores monitorizados, 39% das mulheres tenha cumprido a manobra de marcha-atrás na perfeição, sendo igualadas apenas por 28% dos homens. É certo que eles foram claramente mais rápidos, necessitando, em média, de dezasseis segundos, enquanto elas gastaram 21 segundos. No entanto, 52% das mulheres deixou o veículo no meio do espaço disponível, algo que apenas 25% dos homens fez. Em face disto, não é difícil concluir que, apesar de serem mais lentas, as mulheres são mais eficazes, o que poderá servir de argumento para elas combaterem o axioma masculino que afirma que “as mulheres, ao volante, são um perigo”...l Junho 2012 17


olharo grupo

Making of da nova campanha Moss 2012 A modelo Luísa Beirão foi escolhida pela Optivisão como a nova embaixadora da Moss, sendo a imagem da nova campanha de 2012, que vai surgir nos outdoors de muitas cidades do nosso país e nas páginas dos mais diversos órgãos de Comunicação Social. A Moss, marca de óculos exclusiva do Grupo Optivisão, apostou numa campanha publicitária arrojada, cuja sessão fotográfica acompanhámos nesta edição da Olhar. Para além de ser uma cara bem conhecida, Luísa Beirão tem uma vasta experiência no mundo da moda, tanto

18 Junho 2012

a nível nacional, como internacional, e passa agora a fazer parte das mulheres Moss, numa presença constante em editoriais de imagem nas revistas de moda portuguesas. Com um look arrojado e, simultaneamente, clássico, Luísa Beirão é a personificação do que a marca Optivisão procura. As armações e os óculos de sol Moss são peças com design clássico, criadas a pensar em homens e mulheres dos vinte aos 45 anos de idade, com materiais muito leves e modernos, e vão, com certeza, surpreender com a campanha protagonizada por Luísa Beirão.


olhamos pelos seu

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LUÍSA BEIRÃO TEM UMA VASTA EXPERIÊNCIA NO MUNDO DA MODA, TANTO A NÍVEL NACIONAL, COMO INTERNACIONAL, E PASSA AGORA A FAZER PARTE DAS MULHERES MOSS

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olhara indústria

VISITA À FÁBRICA DA ESSILOR

A Essilor é uma empresa líder no mercado global e a fábrica que tem em Rio de Mouro, perto de Sintra, é uma unidade de ponta em termos tecnológicos A Essilor é uma empresa de origem francesa com raízes na Association Fraternelle des Ouvriers Lunetiers, que geria uma pequena rede de oficinas de montagem de óculos em Paris. Esta associação cresceu no início do século XX com a aquisição de fábricas que permitiram dinamizar o negócio que se desenvolveu sob o nome de Essel. Nos anos 30, surgiu um rival de peso, a Silor, e, depois de décadas de rivalidade, as duas empresas associaram-se, em 1972, dando origem à atual Essilor, que se afirmou “como líder de mercado em termos mundiais”, como nos referiu Alberto Silva, coordenador da equipa de optometria da Essilor em Portugal. “Estamos presentes em mais de cem países, com centros de investigação, laboratórios e 22 Junho 2012

as mais diversas parcerias, empregando mais de 60 mil pessoas em termos globais.” A história da Essilor é feita de inovação. “Há mais de cinquenta anos, fomos os criadores das lentes progressivas, o que veio a provocar uma grande alteração no mercado; mas também fomos inovadores na substituição do vidro tradicional das lentes por materiais orgânicos, por uma questão de segurança que está intrínseca no nosso ADN. Mais tarde, surgimos com novas matérias e com as lentes com mais capacidade de resistência ao choque que existem no mercado, as nossas Airwear, que têm doze vezes mais capacidade de resistência ao impacto do que uma lente normal.” Esta evolução tecnológica tem todas as vantagens em casos de acidente, “seja num automóvel ou na simples queda de uma criança”, como nos destacou Alberto Silva, recordando que “estas lentes utilizam um policarbonato desenvolvido pela tecnologia espacial”. Tal como acontece em termos globais, “a Essilor é líder de mercado no nosso país”, onde as suas origens remontam aos finais do século XIX e à empresa D. C. Mirão Júnior, que, em 1961, assumiu a distribuição da Essel. Paralelamente, surgiu a Solf, que distribuía os produtos da Silor. No entanto, a fusão das duas empresas em França deu origem à criação da Essilor Portugal, em 1989. Foi nessa altura que foram criadas as condições para iniciar a produção no nosso país e, em 1990, a Essilor começa a laborar em Massamá, antes de mudar-se para as atuais instalações em Rio de Mouro, “para além de contar com um


No início da linha de produção da Essilor em Rio de Mouro, chegam as encomendas provenientes dos óticos, feitas através do contact center, onde todo o processo é informatizado de forma a ser acompanhado in time ao longo de todo o processo.

O produto semiacabado que é fornecido pelo sistema logístico da empresa entra na linha de produção, acompanhado pelo pedido, que identifica as características de cada lente através de um código de barras e de um chip a personalizar cada produto.

O produto semiacabado que vai dar origem à lente é protegido

Um líquido que solidifica em contacto com a temperatura ambiente permite fazer a junção de uma peça metálica que vai servir de suporte para o trabalho de produção da lente, embora a Essilor também disponha de novas tecnologias que dispensam a utilização deste elemento.

“HÁ MAIS DE CINQUENTA ANOS, FOMOS OS CRIADORES DAS LENTES PROGRESSIVAS, O QUE VEIO A PROVOCAR UMA GRANDE ALTERAÇÃO NO MERCADO; MAS TAMBÉM FOMOS INOVADORES NA SUBSTITUIÇÃO DO VIDRO TRADICIONAL DAS LENTES POR MATERIAIS ORGÂNICOS.” ALBERTO SILVA escritório no Porto”. Na fábrica de Rio de Mouro, “trabalham cerca de quinhentas pessoas, divididas entre o setor de produção e os serviços administrativos, e a fábrica labora 24 horas por dia, em três turnos na produção de lentes oftálmicas, algumas das quais são exclusivamente feitas em Portugal para o mercado global, como acontece com as Lineis e até com as Airwear, embora, neste caso, também haja outros países que as produzam”. Para além disso, a fábrica portuguesa da Essilor “é pioneira na implantação de novos procedimentos e novos processos”, tanto mais que “somos a segunda fábrica do grupo mais evoluída tecnicamente”, acrescentou Alberto Silva. ●

Depois da preparação, começa uma fase do trabalho que passa pelo corte e pela formação da curvatura da lente, de acordo com a informação personalizada que acompanha cada uma das lentes.

O alisamento da superfície e o polimento é um trabalho de grande minúcia, que, em alguns casos, já recorre à tecnologia digital. No final desta fase, a lente está pronta e é permitido retirar a proteção que a acompanhou. Junho 2012 23


Numa zona limpa de poeira, onde a temperatura e a humidade são constantes, as lentes recebem o verniz antirreflexo, depois de uma preparação que passa por banhos de limpeza química e preparação da superfície para aumentar a sua capacidade de adesão.

A coloração é um processo de tintagem por indução, feita através de banhos. Quanto mais longo for o banho, mais escura será a lente. O controlo da cor é feito exclusivamente por mulheres, “que têm uma maior capacidade visual e menos riscos de daltonismo”.

Com a lente pronta, a mesma passa por um processo que a Essilor define como os “valores acrescentados”: o verniz, a coloração e a proteção antirreflexo.

O antirreflexo é aplicado numa estufa de vácuo para evitar qualquer irregularidade no depósito.

No final do processo, surge o controlo de qualidade final, onde os parâmetros de cada lente são comparados com as informações que acompanharam a sua produção, para aquilatar a sua conformidade com o pedido inicial.

Antes de passar à logística, quando as lentes são entregues ao ótico que as encomendou, cada lente é impressa com os parâmetros que servem como instruções para a correta montagem na armação a que se destinam. 24 Junho 2012



olharsolidário

A Optivisão apoiou aldeias SOS Mais do que um dos muitos rastreios visuais que são realizados pelo Grupo Optivisão em todo o país, a sua passagem pela Aldeia SOS de Bicesse foi também uma ação de solidariedade social No âmbito da sua política de responsabilidade social, o Grupo Optivisão promoveu uma ação de rastreio visual junto de crianças, funcionários e colaboradores da Aldeia SOS de Bicesse, com o objetivo de despistar problemas que pudessem existir. As crianças a quem foram detetadas anomalias de visão foram submetidas a exames complementares e, nos caso em que foi considerado aconselhável o uso de óculos, a Optivisão ofereceu as armações e as lentes. “As aldeias SOS são formadas por casas onde vivem famílias em volta de uma ‘mãe’, onde podem viver até sete jovens”, referiu-nos Manuel Salvador, o diretor da Aldeia SOS de Bicesse, “que está a comemorar 45 anos, sendo a maior e a mais antiga das que existem no nosso país”, acrescentou Mário Gaspar, o diretor-geral das Aldeias SOS. Este modelo “nasceu na Áustria, com o objetivo de acolher jovens vítimas da Segunda Guerra Mundial e garantir-lhes uma vivência tão próxima quanto possível do que deveria ser uma vivência familiar tradicional, enquadrada por uma mãe SOS”, e, hoje, está presente em 133 países. “O amor materno é um dos principais fundamentos para a recuperação destes jovens que são oriundos de situações familiares complexas”, acrescentou Mário Gaspar. As crianças que vivem nas aldeias SOS são entregues à associação pela “Comissão de Proteção de Jovens em 26 Junho 2012

Risco (CPCJ) ou pelos tribunais, no âmbito de um acordo que temos com a Segurança Social”, adiantou. Em Portugal, para além da aldeia de Bicesse, “temos ainda uma em Gulpilhares, no Concelho de Vila Nova de Gaia, e outra na Guarda, mas também contamos com um apartamento de autonomia em Rio Maior e abrimos, no ano passado, um segundo em Alcântara, no edifício da sede, onde estão jovens com mais de dezoito anos, com o objetivo de se adaptarem melhor à sociedade fora do ambiente protegido da aldeia”. Neste modelo, não existe o “conceito de um edifício único, um refeitório e uma camarata, o que cria uma identidade, porque cada casa é uma casa diferente e cada um vive na sua casa com a sua própria família SOS”, recordou Manuel Salvador, ao mesmo tempo que destaca “o aspeto de comunidade, que cria raízes fortes que perduram”, o que fica bem patente “no Natal, quando as casas se enchem com filhos e netos daqueles que por lá passaram”. Este ano, a associação está a lançar “um novo programa de fortalecimento familiar baseado na equipa técnica que temos em Rio Maior, onde pretendemos precaver a saída do ambiente familiar de jovens em risco sinalizados pela Segurança Social, ajudando essas mesmas famílias a conservar os seus filhos”. l


A unidade móvel da Optivisão esteve na Aldeia SOS de Bicesse, onde realizou um rastreio a todas as crianças e aos colaboradores da associação

Todas as crianças que foram referenciadas no rastreio levado a efeito pela Optivisão fizeram um exame completo e receberam os óculos adequados, oferecidos pela Optivisão

Junho 2012 27


olharo perfil

28 Junho 2012


JOHNNY DEPP

É por trás dos habituais óculos pretos de massa que se “esconde” Johnny Depp, um dos mais carismáticos atores de Hollywood POR CATARINA NUNES DOS SANTOS Ao longo dos últimos anos, tornou-se habitual ver Johnny Depp com os mais variados acessórios, desde os característicos óculos de massa de armação retro, muitas vezes com lentes azuis, aos chapéus Borsalino, passando pelos sofisticados lenços e os sapatos de estilo italiano. Sendo o ator uma das mais carismáticas celebridades de Hollywood, o seu estilo boémio mas descontraído é uma referência, tanto na passadeira vermelha, como fora dela, onde os óculos se assumem como um elemento fundamental. Apesar de procurar manter a vida privada longe do olhar atento dos paparazzi, era comum ver o ator acompanhado da cantora e atriz francesa Vanessa Paradis, também ela um ícone de estilo e uma das musas da Chanel, com quem mantém uma relação há mais de catorze anos e com quem tem dois filhos, Lily-Rose, de treze anos, e Jack, de dez. Porém, ainda em 2011, Depp e Paradis deixaram de ser vistos juntos e começaram a surgir os rumores de uma possível separação, que ainda não foi confirmada, nem desmentida, pelo casal. Foi a 9 de junho de 1963 que nasceu John Christopher Depp II, um miúdo que, desde cedo, revelou uma propensão para o mundo artístico. No entanto, a grande vocação de Johnny Depp começou por ser a música O ator recebeu a sua primeira guitarra aos doze anos e começou, desde logo, a tocar em bandas de garagem, acabando por deixar a escola para seguir o sonho de tornar-se músico e vindo a integrar a banda de rock The Kids, que conheceu algum sucesso no início dos anos 80. Porém, a notoriedade não foi suficiente e foi em 1984, quando Depp conheceu o ator Nicolas Cage, que na altura, o aconselhou a seguir uma carreira na Sétima Arte, que o jovem decidiu arriscar. Depois de conseguir um pequeno papel em O Pesadelo de Elm Street (1984), Depp integrou a série Jump Street 21 (que esteve no ar entre 1987 e 1990) e rapidamente se tornou num ídolo para

os adolescentes, mas foi em 1990, quando Tim Burton o escolheu para protagonista em Eduardo Mãos de Tesoura, que o ator se afirmou em Hollywood como um dos mais promissores talentos. O filme Eduardo Mãos de Tesoura marcou também o início de uma parceria de sucesso dentro e fora do grande ecrã, com Johnny Depp a protagonizar vários filmes do irreverente realizador norte-americano, como é o caso de Ed Wood (1994), do papel de Ichabod Crane em A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (1999), Willy Wonka em Charlie e a Fábrica de Chocolate (2005), na voz de Victor Van Dort em A Noiva Cadáver (2005), como Sweeney Todd, no musical Sweeney Todd – O Terrível Barbeiro de Fleet Street (2007), que valeu ao ator o Globo de Ouro de Melhor Ator em Comédia ou Musical, e ainda no papel do emblemático Chapeleiro Louco em Alice no País das Maravilhas (2010), e do vampiro Barnabas Collins, em Sombras da Escuridão (que estreou em Portugal no mês de maio). Paralelamente, o ator foi conquistando o grande público em filmes como Delírio em Las Vegas (1998), A Nona Porta (1999), Chocolate (2000), Profissão de Risco (2001), A Verdadeira História de Jack, o Estripador (2001), À Procura da Terra do Nunca (2004), Inimigos Públicos (2009), O Turista (2010) e nos filmes da saga de Piratas das Caraíbas, que têm somado êxitos de bilheteira desde 2003. Atualmente com 49 anos, Johnny Depp é um dos mais carismáticos e camaleónicos atores de Hollywood, saltando de papéis como o do divertido pirata Jack Sparrow, em Piratas das Caraíbas, para o “descompensado” Chapeleiro Maluco, em Alice no País das Maravilhas, ou o do contido professor Frank Tupelo, em O Turista, para, mais recentemente, o papel do jornalista Paul Kemp em Diário a Rum (uma adaptação da obra homónima de Hunter S. Thompson, que Depp protagonizou e produziu). ● Junho 2012 29


olhara saúde

“QUEM EXPERIMENTA UMAS LENTES POLARIZADAS, DIFICILMENTE REGRESSA ÀS LENTES SOLARES TRADICIONAIS, DADA A QUALIDADE DE VISÃO, REDUÇÃO DA POSSIBILIDADE DE ENCANDEAMENTO E DEFINIÇÃO DE CONTRASTES” (ALBERTO SILVA)

30 Junho 2012


Lentes polarizadas potenciam proteção A proteção contra as radiações solares é tanto mais premente quanto mais intenso é o sol e, se quase todos pensam na proteção da pele, importa recordar a importância de proteger os olhos. E, neste caso, as lentes polarizadas são uma excelente opção Os dias de sol estão aí. A primavera e, depois, o verão são convites à evasão e todos começam a pensar nos dias de praia, mas, se ninguém esquece que é obrigatório proteger a pele dos raios solares, nem sempre nos lembramos de que a visão exige o mesmo tipo de cuidados, já que a proteção ocular não pode, nem deve, ser descurada. “A Essilor Portugal, há muito tempo que faz referência a essas questões”, admitiu-nos Alberto Silva, coordenador da equipa de optometria da empresa. “O nosso grande objetivo passa por fazer com que as pessoas tenham uma boa visão e que tenham uma boa saúde visual, o que pode parecer a mesma coisa, mas que acaba por ser algo diferente”. Para o optometrista, “ver bem só porque temos uma lente adequada à frente dos nossos olhos não quer dizer que tal seja suficiente ao nível da proteção necessária, sobretudo nos dias de sol intenso”. Por isso, a Essilor propõe “várias soluções que têm por base diversas inovações tecnológicas do grupo, que se consubstanciam no conceito de ‘proteção total’, algo que é um exclusivo nacional e desenvolvido em Portugal”. Esta proposta está assente em “lentes que contribuem para a saúde ocular e isso inclui, como não poderia deixar de ser, a proteção à radiação ultravioleta (UV), mas também em termos de acuidade visual, proteção ao impacto, aos efeitos dos reflexos, ao embaciamento, etc.” PROTEÇÃO É IMPORTANTE No caso das necessidades de proteção da radiação UV, mas também as UVB, as lentes polarizadas são uma das mais modernas propostas para responder não só às necessidades do dia-a-dia, mas também para os períodos de lazer. “Tal como acontece com os protetores solares, também as lentes oferecem vários níveis de proteção, que escalonamos de acordo com as necessidades do cliente, utilizando uma escala semelhante, o que permite uma melhor perceção por parte do cliente final”, acrescentou Alberto Silva. “Este princípio faz parte integrante da oferta ‘Essilor proteção total’’ que , está a ser aprofundada por diversos institutos de investigação estrangeiros, com vista ao estabelecimento de patentes.” Este trabalho de investigação, ao nível da protecção à radição UV “foi realizado pela Essilor em termos globais, embora este conceito da ‘proteção total’ tenha sido realizado em Portugal, sendo uma inovação para o próprio grupo”. A Essilor Portugal reuniu toda a tecnologia que estava disponível no grupo, juntando-a num conceito que vai ao encontro das necessidades de um país onde o sol brilha com grande intensidade, a luminosidade é intensa, mas onde, nos dias húmidos, também surgem problemas de embaciamento. Responder a estas e a outras necessidades de todos quantos usam óculos “vai ao encontro da filosofia da Essilor, que procura que as pessoas vejam bem e tenham uma boa saúde visual”, acrescentou. LENTES POLARIZADAS Hoje em dia, a proteção ocular da radiação solar evoluiu muito graças ao aparecimento das lentes polarizadas, que têm grandes vantagens nos óculos de sol. São capazes de neutralizar

os reflexos incómodos, mesmo aqueles a que geralmente chamamos brilhos incómodos, ao mesmo tempo que aumentam o contraste, melhorando a visão. “Geralmente, diz-se que quem experimenta umas lentes polarizadas, dificilmente regressa às lentes solares tradicionais, dada a qualidade de visão, redução da possibilidade de encandeamento e definição de contrastes”, acrescentou Alberto Silva, que considera que “estas seriam as lentes mais indicadas para as lentes solares e, logo, para todos quantos andam normalmente ao ar livre, seja o cidadão comum que vai para a praia, seja os desportistas”. Em desportos em que a precisão é muito importante, como é o caso do golfe, as lentes solares normais criam uma saturação da cor que condiciona a visão, “enquanto uma lente polarizada faz com que as cores sejam muito mais aproximadas à realidade”, garantiu Alberto Silva. Este tipo de lentes pode ser utilizado em armações convencionais ou em armações específicas para praticantes de desporto “e podem ser feitas em Portugal pela Essilor, de acordo com a prescrição e o tipo de armação a que se destina, ” acrescentou. “O fabrico de uma lente polarizada é diferente do de uma lente de coloração normal, onde a cor é feita por um processo de indução por imersão, em que a matéria absorve a cor, enquanto nessas lentes há um filtro polarizador que é interposto como que em sanduíche no meio do material da lente”, explicou-nos o responsável da Essilor, que admite que “esta solução tem tido uma grande aceitação no mercado final, tanto mais que, estando integrado no nosso programa de ‘proteção total’, as pessoas percebem as mais-valias que esta solução tem para a saúde ocular, o que nos agrada bastante, pois significa que a mensagem tem sido claramente percebida”. ● Junho 2012 31


olharo planeta

Mistérios do LAGO VOSTOK O Lago Vostok é uma enorme bacia subglaciar, na Antártida, esquecida há milhares de anos. Os cientistas procuram formas de vida e o forte magnetismo da região levou ao aparecimento de quem defenda que se trata de um sítio alienígena POR RUI FARIA O nome Lago Vostok parece feito à medida de uma trama de espionagem nos tempos da Guerra Fria e o facto de ser uma estação científica russa, onde investigadores levaram a efeito uma perfuração, condenada em nome de preocupações ambientais, adensa um mistério que ganha novos contornos quando “caçadores” de ovnis defendem a existência de uma nave alienígena. No entanto, esta não é a sinopse de um novo livro de John Le Carré. O Lago Vostok é, pura e simplesmente, uma enorme bacia subglaciar descoberta nos anos 70, numa área ocupada por uma estação de investigação russa na Antártida. Acredita-se que tenha 20 milhões de anos. Sabe-se que é tão grande como o Lago Ontário, no Canadá, tendo cerca de 250 quilómetros de comprimento, cinquenta quilómetros de largura e talvez mil metros de profundidade, e pensa-se que está coberto por sedimentos que devem ser milhares de anos mais jovens do que as suas águas temperadas. A camada de neve, gelo e sedimentos que sela o lago tem cerca de quatro quilómetros de espessura, tendo sido perfurada, ao longo de trinta anos, por sucessivas equipas de investigadores, num trabalho que sofreu algumas interrupções devido a críticas ambientais. Mesmo assim, os russos não desistiram e terminaram a perfuração, tendo dado início à procura de indícios que possam ajudar a fazer luz sobre este misterioso lago perdido no tempo. AMBIENTE LIMPO Para muitos cientistas, o Lago Vostok será um lago normal, que foi coberto pelo gelo à medida que se desenvolveu a calote polar da Antártida, num processo que poderá ter tido início há 30 milhões de anos, pelo que 32 Junho 2012

as suas eventuais formas de vida ficaram isoladas do resto do planeta. A água é, seguramente, puríssima e sem o mínimo vestígio de poluição e o seu ecossistema poderá ter-se mantido inalterado ao longo de milhões de anos, pelo que se espera poder vir a detetar vestígios de formas de vida vegetal, animal e microbiana, mas há muito mais para aguçar o interesse dos cientistas... O lago surge numa imensa caverna de gelo que contém oxigénio e exerce pressão. À superfície, a água é naturalmente mais fria, mas, em alguns locais, atinge os 30º C, o que seria ideal para nadar, caso não estivesse a trinta quilómetros da superfície da Antártida. Este facto pode ser explicado com uma hipótese sugestiva: o lago encontra-se numa zona onde a crosta terrestre é menos espessa, o que permitiria garantir a temperatura elevada da água. Num local que parou no tempo durante milhões de anos, é possível surgirem formas de vida muito primárias, que poderão ajudar a explicar o processo da evolução da vida e até ajudar a compreender a Europa, o satélite de Júpiter, que alguns admitem poder ter uma composição ambiental muito semelhante à deste santuário terrestre. MUNDO EM PERIGO O Lago Vostok pode ser um verdadeiro endoplaneta, um mundo desconhecido no interior da Terra. Segundo hipóteses de alguns, no interior da caverna de gelo, podem verificar-se fenómenos meteorológicos, haver evaporação e chuva, ar e formas de vida complexas. Seguramente, existirão bactérias, o que levanta, desde logo, o problema de essas bactérias do passado poderem ser incompatíveis com as que existem no

mundo em que hoje vivemos. O perigo é biunívoco, já que uma bactéria oriunda da superfície pode exterminar a biologia do lago, da mesma forma que um agente oriundo do lago poderia causar problemas imprevisíveis em todo o planeta. Por isso, estão a ser tomadas todas as precauções na fase de recolha de amostras. A água será trazida à superfície através de um furo. Chegará congelada e será do gelo que serão recolhidas as amostras. CAÇADORES DE OVNIS Contudo, os mistérios do Lago Vostok não se ficam por aqui. Na região sudoeste, surgem muitas interrogações sobre a existência de uma fortíssima anomalia magnética cuja origem é inexplicável e que se estende ao longo de uma área com 105 quilómetros de comprimento por 75 quilómetros de largura. Há quem avente a hipótese da redução da espessura da crosta terrestre, mas algumas observações efetuadas com detetores indicaram a presença de um objeto elíptico ou cilíndrico de grande diâmetro, que estaria situado na base do lago. Talvez seja este objeto a provocar alterações da ordem dos mil nanoteslas no campo magnético da zona, uma situação à medida do enredo dos X-Files, pelo que surgiu de imediato quem afirmasse que está ali um ovni, embora alguns, mais terra-a-terra, se limitem a levantar a possibilidade de se tratar de um volumoso meteorito. Seja como for, os cientistas admitem que os contornos do objeto parecem muito regulares e aqueles que vibram com as teorias da conspiração, olhando sobre o ombro, à procura de extraterrestres, afirmam que a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA), teria passado a controlar a região por forma


a impedir o acesso à zona para “evitar contaminações”. No meio de todo este enredo misterioso, uma coisa é certa: há 20 milhões de anos que o tempo está “congelado” no Lago Vostok. Resta saber até que ponto o estudo desta bacia subglaciar irá influir no conhecimento sobre a evolução da vida no nosso planeta, porque ninguém tem dúvidas de que, mesmo a quilómetros de profundidade, a verdade há-de vir à superfície, com ou sem ovnis... ●


olhara ação

A EVOLUÇAO DA MARATONA As provas de fundo ganharam um lugar especial no coração dos portugueses e cada vez há mais gente a correr. É um fenómeno que Manuel Martins, médico fisiatra especialista em Medicina Desportiva, acompanha há mais de trinta anos, tanto mais que também é um atleta...

“Sempre gostei de desporto e sou federado desde os sete anos de idade, quando comecei no hóquei em patins, no Atlético do Cacém, e nunca mais parei”, referiu-nos Manuel Martins. “Fui para o Liceu Camões e fui guarda-redes de andebol; no colégio Nuno Álvares, em Tomar, fiz parte das equipas de basquete e de atletismo, modalidades que pratiquei na tropa e na secção de atletismo do Belenenses nos anos 60, numa altura em que tínhamos direito a um copo de 34 Junho 2012

leite e um bolo depois dos treinos e os sapatos com que corríamos eram de todos”, acrescentou. Como todos os homens da sua geração, a guerra colonial fez parte da sua história de vida. “Quando cheguei da Guiné, onde fiz a tropa, entrei para o curso de Medicina. Estava obeso e, um dia, no Hospital de Santa Maria, vi uma notícia sobre o Renato Graça, campeão nacional de maratona e aquilo estimulou-me”, recordou.

Nessa fase, perder peso era o grande objetivo do jovem médico, que encontrou Renato Graça “e, através dele, comecei a correr, integrado num grupo criado em torno de van Aken, um fisiologista alemão que reuniu um conjunto de pessoas que gostavam de corrida”. Esse grupo acabou por integrar-se no núcleo formado em torno da imagem de Spiridon Louis, “que reunia pessoas ligadas à corrida de fundo, que era vista como um prazer, para além da faceta desportiva”.


A EVOLUÇÃO DAS MARATONAS Naquela época, as maratonas eram uma coisa de loucos a que poucos ligavam importância. “Chegámos a fazer provas com apenas vinte participantes”, admitiu Manuel Martins. Mas tudo se alterou rapidamente e muitas pessoas foram aderindo à prática regular da corrida, sobretudo de uma forma lúdica, o que pode ser visto como “uma questão das dependências física e psicológica, depois como uma moda, no bom sentido da palavra e devido a um aumento da consciência de que a saúde pode me-

“NA MARATONA, TEMOS UM CONCEITO FISIOLÓGICO A QUE CHAMAMOS O ‘MURO’, QUE SURGE POR VOLTA DOS 35 QUILÓMETROS, O QUE SE JUSTIFICA PELO FACTO DE O CORPO HUMANO TER CERCA DE DUAS HORAS DE RESERVA DE ENERGIA, O GLICOGÉNIO.” MANUEL MARTINS

MEDICINA E COMPETIÇÃO Para quem sempre gostou de desporto, o envolvimento na competição acabou por ser um passo natural. “Corri a primeira meia-maratona da Nazaré, a primeira prova desse tipo que se realizou em Portugal, em 1977, e, a partir daí, nunca mais parei.” Para Manuel Martins, o desporto e a Medicina acabaram por interligar-se. “Quando comecei o meu estágio em Medicina, e apesar de estar muito ligado à Cirurgia, queria fazer alguma

coisa que estivesse diretamente associada ao desporto e a Medicina Desportiva era uma especialidade que não existia em Portugal”, recordou. “Havia alguns médicos que estavam ligados aos clubes e surgiu um movimento de jovens médicos, como o Bernardo Vasconcelos, o Renato Graça, o Fernando Ferreira e vários outros, entre os quais me incluo, que começaram a criar as condições para que a Ordem aceitasse a Medicina Desportiva como uma especialidade médica.”

lhorar a qualidade de vida”, considerou o médico, que adianta que “a Organização Mundial de Saúde [OMS] tem uma grande responsabilidade neste fenómeno, porque, a determinada altura, criou um slogan que referia ‘saúde para todos no ano 2000’ e fomentou a prescrição do exercício físico como forma de prevenção”. Em termos sociais, também houve mudanças e “as pessoas começaram a fazer exercício físico, começaram a fazer corrida e deixou de haver o conceito do atleta-federado que existia até essa altura”. Para além disso, “a investigação médica permitiu que qualquer pessoa possa fazer uma prova como a maratona, enquanto nos tempos do Armando Aldegalega [anos 60], para correr uma maratona, um atleta tinha de ter uma preparação física excecional, Junho 2012 35


pois não havia ‘combustíveis suplementares’, como as bebidas isotónicas, hoje disponíveis. Um atleta tinha de treinar, era obrigado a fazer a sua dieta e tinha de hidratar-se o melhor possível para dar tudo o que tinha dentro de si no dia da corrida”. Recuando ainda mais no tempo, a maratona era um desafio tão grande que, “há cem anos atrás, os atletas até cobriam o corpo com sebo para não perderem líquidos pela transpiração, embora a pele deixasse de respirar, o que trazia grandes problemas fisiológicos”. MASSIFICAÇÃO A massificação da prática da maratona não tem muitos anos. “A primeira vez que uma meia-maratona em Portugal teve mais de mil participantes foi a terceira edição da prova da Nazaré, em 1979. Na imprensa da época, o professor Fernando Ferreira e o próprio Moniz Pereira referiram, no jornal A Bola, que a prova era desumana, pelo que o Sporting nem sequer autorizou o Carlos Lopes a participar, embora tivesse vindo a disputar a maratona nos Jogos Olímpicos de 1984.” A alteração de mentalidades em relação à maratona foi impulsionada com o aparecimento de grandes provas internacionais. 36 Junho 2012

“Os Estados Unidos tiveram um papel fundamental com as corridas que foram criadas em Nova Iorque, Chicago e Boston, que deram origem ao aparecimento de provas em grandes capitais europeias”, acrescentou. Nesses tempos, “as corridas de fundo eram um desporto de pobres e, em Portugal, eram associações como a Voz do Operário e trabalhadores como os ardinas, os linotipistas e outros que participavam. Posso recordar que, nos anos 50, quando o Armando Aldegalega andava a treinar na zona de Torres Vedras, foi apedrejado porque, por ali, correr era coisa para bicicletas e mais nada. O José Araújo, do Benfica, não se afastava da zona de Monsanto porque não parecia bem um indivíduo andar a correr pela estrada feito maluco”, recordou-nos Manuel Martins, que não deixa de sublinhar que, “hoje em dia, participar numa corrida de fundo passou a fazer parte do currículo de qualquer yuppie. Ele passa a ser visto como um indivíduo com uma capacidade acima da média, é capaz de grandes esforços e de controlar as suas emoções, para além de ser um sinal de que é saudável”. O ser humano não passou a ser uma raça de super-homens, mas passou a ser possível a um indivíduo participar numa maratona, “desde que treine e se prepare, tanto

mais que, durante a corrida, as modernas bebidas isotónicas são um grande auxiliar”. Manuel Martins recorda que, “na maratona, temos um conceito fisiológico a que chamamos o ‘muro’, que surge por volta dos 35 quilómetros, o que se justifica pelo facto de o corpo humano ter cerca de duas horas de reserva de energia, o glicogénio, que surge essencialmente no fígado e na massa muscular. Isto quer dizer que os grandes atletas atuais que correm as provas em pouco mais de duas horas, na altura em que entram em sofrimento, já estão muito perto da meta”. No caso do cidadão comum, que pode demorar quatro horas ou mais para terminar a corrida, “ainda estão a meio caminho quando chegam à fase do ‘muro’, mas, nessa altura, podem utilizar as bebidas isotónicas, que são imediatamente absorvidas pelo organismo, entrando na corrente sanguínea, levando energia, pelo que passou a ser possível ter provas com dezenas de milhar de participantes em vez das poucas dezenas que tínhamos há trinta e tal anos”. CUIDADOS IMPORTANTES Apesar de ninguém ter dúvidas de que o exercício físico faz bem, Manuel Martins deixa um alerta. “Como médico, posso dizer que qual-


“A IDADE NÃO É UM IMPEDIMENTO, MAS, ACIMA DOS 35 ANOS, É UMA LOUCURA QUE ALGUÉM COMECE A CORRER SER FAZER UM CHECK-UP COMPLETO, QUE DEVE INCLUIR UM ELETROCARDIOGRAMA COM PROVA DE ESFORÇO.” MANUEL MARTINS

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Óculo multidesporto (bicicleta, roller, running…) Tamanho polivalente. ● Armação ultraleve, com hastes de alumínio e terminais antiderrapantes e ajustáveis. ● Nasal antiderrapante e regulável. ● Compatível com capacete. ● Entregue com 3 ecrãs intermutáveis em policarbonato: Cinza flash (cat. 3), amarelo (cat. 1) e branco (Cat.0) todos com tratamento antiembaciamento e com uma fita regulável e estojo. ●

Pedro Simões

quer pessoa que se proponha fazer exercício físico para além de uma boa caminhada, deve fazer exames médicos, seja qual for a sua idade. A idade não é um impedimento, mas acima dos 35 anos, é uma loucura que alguém comece a correr ser fazer um check-up completo, que deve incluir um eletrocardiograma com prova de esforço.” Aqueles que pensem em provas de fundo, devem “definir claramente os seus objetivos. Terminar uma prova é uma coisa, fazê-lo em menos de quatro horas é outra totalmente diferente e terminar em menos de três horas passa a ser algo que não faz muito sentido para um indivíduo comum. A partir daí, começa a preparação, que tem de incidir muito na área da aeróbica”. Seja como for, é importante não ultrapassar as cargas de esforços adequadas para cada caso e para cada pessoa. “Todo o desporto faz bem até um determinado ponto. Passa a fazer mal a partir de um determinado patamar de intensidade, mesmo no caso da alta competição, embora os atletas de elite sejam modelos importantes, como se verificou em Portugal com o boom das provas de fundo após os sucessos de Carlos Lopes e o aparecimento de imensas mulheres na competição a seguir aos êxitos da Rosa Mota”, concluiu Manuel Martins. ●

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olharo horizonte

REFÚGIO ESCONDIDO A dois passos de Alcácer do Sal, fora dos circuitos tradicionais e perto do mar, o Hotel Vale do Gaio é um local onde se venera o dolce far niente. É um espaço para descansar e namorar, mas também um ponto de partida para desfrutar a Natureza e praticar os mais diversos desportos POR RUI FARIA


O Vale do Gaio é um convite ao descanso, no meio da beleza calma da paisagem, num ambiente de bom gosto como o do restaurante onde se fazem as honras aos sabores regionais

O Hotel Vale do Gaio pode ser considerado uma pequena preciosidade e, como todos os tesouros, está tão bem escondido que não fica longe das principais vias de comunicação. Poucos imaginam que, a dois passos de Alcácer do Sal, numa região onde a tradição ribatejana dos touros passa o testemunho à paisagem do montado alentejano, surge um refúgio à medida de todos aqueles que privilegiam a calma e o descanso. O local tem tradições hoteleiras. Ali funcionou uma pousada que foi caindo no esquecimento do tempo, mas que perdurou na memória de quem a conhecia. Foi o caso de Vasco Gallego, um nome que, há décadas, está por trás do sucesso de um dos restaurantes mais badalados de Lisboa. Falamos do XL. A antiga Pousada Vale do Gaio afirmou-se como uma opção para as escapadelas de fim-de-semana do empresário, que é reconhecido pelo sucesso e pela

longevidade do seu restaurante. Foi uma questão de amor à primeira vista e, se, na altura, a aquisição do espaço não foi possível, acabou por concretizar-se num passado bem mais recente. A pousada mudou o seu nome para hotel, mas manteve todas as características que marcam o seu apelo. Construída sobre a barragem, é como um miradouro sobre as águas que, ao longo do ano, são o espelho que reflete o verde da primavera, o dourado que cobre as margens no verão, o avermelhado das folhas outonais e as sombras dos galhos das árvores que se despem no inverno. Esta mutação paisagística é um dos grandes apelos do Hotel Vale do Gaio, que o seu novo proprietário elege como destino obrigatório para o fim-de-semana. Hoje, tal como ontem, a hospitalidade é uma das normas de uma casa onde a grande alteração passou pela forma de melhor receber os clientes. O edifício degradado, as camas que rangiam e os sofás que

pareciam heranças de tempos passados deram lugar ao conforto feito do cuidado nos mais pequenos detalhes em que se envolveram Vasco Gallego e a sua mulher. Do velho se fez novo, numa alteração radical que não foi extensível a todos quantos trabalham no novo hotel, muitos deles já conhecidos dos hóspedes da antiga pousada. AGRADÁVEL E DESPRETENSIOSO Foi assim que ressurgiu, nas proximidades da velha estrada que liga Montemor a Alcácer do Sal, aquilo que temos dúvidas em classificar. Está a meio caminho entre um hotel de charme, um turismo rural e uma casa de campo. É um espaço tão agradável, como despretensioso, feito de quartos simples e discretos, onde o conforto é inquestionável, mas onde foi dada grande atenção aos espaços comuns, virados para o lazer e o convívio, pensados para que todos se sintam bem, seja no isolamento de quem gosta de deixar correr o tempo ao ritmo da Junho 2012 39


O conforto dos quartos (à esq) e as tentações da cozinha podem ser extensíveis às mais diversas atividades de lazer. Os portos palafiticos do Sado e as praias da Comporta, não estão longe

leitura de um livro, ou daqueles que vibram numa tertúlia em que a conversa flui sem tempo nem tema. Numa terra onde se cruzam tradições regionais e os criadores de gado são vizinhos de agricultores e pescadores, é difícil encontrar uma identidade cultural. Talvez por isso o edifício do Hotel Vale do Gaio não tenha um carácter definido, apesar de ter uma imagem vincadamente mediterrânica. O branco de cal, que é uma das imagens do Alentejo, não poderia deixar de estar presente, marcando a sala de estar, onde as paredes e os sofás vincam um ambiente onde não faltam velas e plantas, ao mesmo tempo que uma ampla superfície vidrada assegura a luminosidade que altera a ambiência ao longo das horas do dia e das estações do ano. O vidro, que pode correr como a cortina de um grande palco, torna-se num apelo irresistível para os prazeres do ar livre, disponíveis num amplo terraço exterior, 40 Junho 2012

onde os dias amenos convidam a pequenos-almoços prolongados. Esta área é um verdadeiro convite à preguiça. Os mais ociosos podem deixar o tempo ao sol para subir até ser hora de almoço ou aproveitar os apoios disponíveis para uma sesta que pode terminar com o chilrear dos pássaros ou o canto dos ralos e dos grilos que surgem ao fim da tarde, sendo uma alternativa à piscina, que está disponível. E escusado será dizer que é o local ideal para um jantar que pode prolongar-se noite fora, ao ritmo da conversa. PRAZER DA BOA MESA O restaurante sempre foi uma mais-valia do Vale do Gaio. Mudaram-se os tempos, mas manteve-se o respeito pela gula dos hóspedes. Numa terra onde se come bem e os temperos marcam a diferença, não falta o sabor dos enchidos alentejanos ou da cocotte com queijo de cabra e hortelã, e os ovos mexidos com espargos, nem o apelo

do bacalhau confitado em azeite e alho com lombardo e as bochechas estufadas em borras de vinho tinto com migas de espargos, ou a originalidade da patanisca de nada com salmão fumado e nata azeda. Por outro lado, para quem o dolce far niente não é uma alternativa, o Hotel Vale do Gaio tem propostas tão prosaicas como jogos de cartas, gamão, damas, xadrez e até matraquilhos, setas e flippers, para não falar da petanca ou dos videojogos. Os mais ativos podem optar por um passeio de bicicleta ou mesmo por tiro com arco e flecha, tiro ao alvo e canoagem. O hotel aluga bicicletas e sugere passeios, para além de ter roteiros para aqueles que gostam de observar pássaros. Quem aprecia os dias em que o tempo passa devagar, o Hotel Vale do Gaio é um destino de eleição. Num reino de calma e de bonomia, o stress não tem lugar, nem mesmo quando os hóspedes partem à descoberta das terras circundantes, onde há


muito para descobrir em termos de tradições e de história. ALCÁCER ALI TÃO PERTO A cidade parece esquecida no tempo, apesar do seu casario branco continuar a enquadrar o Sado, que está subjacente à sua notoriedade, que, noutros tempos, fez a sua riqueza, sendo uma “estrada” fluvial que chegava a Setúbal. No rio, cruzavam-se os saveiros, barcos à vela geridos pelos varinos, a população que integrou o movimento migratório que partiu do norte para estender-se ao longo das zonas ribeirinhas do sul. Um passeio num saveiro é uma das melhores formas de olhar a cidade, onde o castelo se destaca, altivo, na margem direita da encosta coberta pelo casario de paredes brancas. Ao longo da margem, sobretudo para nascente, várias casas recordam a opulência de outros tempos, denotando que mereciam um melhor estado de conservação. Olhando em redor, encontramos a

explicação para o nome da terra. “Alcácer” significa castelo, fortaleza, e refere a praça de armas que os árabes (715 d.C.) tornaram numa das mais fortes da Península Ibérica, e “Sal” tem a ver com uma das artes que cimentou a economia local. Para além da extração do sal, o vale foi uma terra rica na produção de arroz, produziu grande quantidade de tomate, ganhou dinheiro com a cortiça dos montados adjacentes, onde ainda hoje se cria gado. O pinheiro manso marca presença na paisagem e continua a ser fonte de riqueza. Para além da madeira que fornece, das suas pinhas saem os pinhões que estão na origem de um dos doces regionais mais apelativos: a pinhoada. Durante demasiado tempo, a pinhoada foi a única memória que ficava a quem passava por Alcácer do Sal a caminho ou no regresso do Algarve, já que, antes ou depois da ponte sobre o Sado, a paragem era obrigatória, mas, hoje, vale a pena regressar para

conhecer esta região feita de contrastes. Alcácer do Sal está diferente. A ponte sobre o Sado ainda é um ícone, mas a requalificação da zona ribeirinha permitiu criar várias zonas feitas à medida de quem gosta de passear. A beleza de antigas casas a nascente justificava que também tivessem sido recuperadas para permitir que o passado se pudesse projetar no presente, da mesma forma que acontece com a Correaria Machado & Goucha, na marginal, onde a tradição artesanal dos artífices do couro perdura em objetos de grande qualidade. Esta loja tradicional pode não ter o chique de uma griffe, mas quem ultrapassa a sua porta é recebido pelo perfume do couro, que marca a nobreza dos produtos com que se produzem as mais diversas selas, os arreios e até o vestuário e os acessórios de moda que, como não podia deixar de ser, surgem lado a lado com botins, polainas e samarras, característicos dos pastores da Serra de Grândola. Um local a visitar... Junho 2012 41


ONDE FICAR Vale do Gaio Hotel Barragem Trigo de Morais, Torrão. 7595-034 Alcácer do Sal. Coordenadas GPS: N – 38º 15’00’’, W – 08º 17’41’’. Tel. 265 669 610. E-mail: info@valedogaio.com; website: www.valedogaio.com

COMO IR Sair ao km 81 da A2, em direção a Alcácer do Sal. Seguir até à cidade e, junto ao rio, na rotunda, seguir à esquerda, em direção a Torrão. Passando por Porto do Rei, 11 km antes de Torrão, surge uma indicação à direita que diz: “pousada, 3 km”. Coordenadas GPS: N – 38º 15’00’’, W – 08º 17’41’’.

A NÃO PERDER Alcácer do Sal foi, durante demasiado tempo, uma terra de passagem, justificando uma visita mais atenta às suas ruas labirínticas e às antigas lojas onde o comércio tradicional ainda é o que sempre foi

O interior da cidade é feito de ruas estreitas, becos e escadinhas, onde se respeita o silêncio. Não se deve perder a Rua Marquês de Pombal, que, por ali, é conhecida como “Rua Direita”. É o caminho para o castelo, que passa por alguns vestígios romanos e permite conhecer a igreja matriz, provavelmente construída pela Ordem de Santiago, no século XIII. Perdido no meio das ruelas surge o “Quintalinho” (Rua Marquês de Pombal, 23), onde, num pequeno espaço, surge o grande talento de Zelinda, uma cozinheira de mão-cheia que merece todos os elogios pela sua sopa de cação, pela canja de cherne e pela massa com camarão, para dar apenas alguns exemplos do que não pode perder por preços imbatíveis. EM DIREÇÃO AO MAR Quem quiser ir mais longe, atrás do apelo do mar, pode seguir para sul, cruzar a ponte sobre o Sado e seguir a estrada em direção à Comporta. São cerca de vinte quilómetros 42 Junho 2012

onde o pinhal segura as areias e as várzeas lutam pelo espaço que partilham com os arrozais e o sapal, tudo sob o olhar sobranceiro das cegonhas, que não perdem pitada do alto dos seus ninhos. Com o aproximar do Atlântico, as dunas de areia antecipam o ondular do oceano, que banha um areal a perder de vista e onde praias da moda se misturam com outras de difícil acesso. Estamos numa zona onde se come do bom e do melhor. Quem não dispensa o caráter cosmopolita, tem alguns restaurantes de praia que pecam pelo seu estilo sazonal, o mesmo acontecendo com o Museu do Arroz, onde a cozinha já conheceu melhores dias, embora haja sempre a alternativa dos valores seguros de locais onde o passar do tempo só garantiu mais clientes. É o caso do Dona Bia, na estrada que segue para o Carvalhal, onde o arroz local é tratado com esmero num menu onde surge a acompanhar pratos como os filetes de peixe galo ou os linguadinhos. Bem perto, em Cachopos, na estrada que vai para

O Quintalinho Rua Marquês de Pombal, 23, Alcácer do Sal. Tel. 265 623 186. Restaurante tradicional, onde o apelo da cozinha alentejana surge associado com os sabores do mar. Dona Bia EN 261 (Comporta-Carvalhal), Torre. Tel. 265 497 557. Frente aos arrozais, o arroz é o principal acompanhamento de vários pratos onde o peixe predomina e a caldeira justifica a deslocação. A Escola EN 253, Cachopos. Tel. 265 612 816. Uma antiga escola primária do “Estado Novo” encerra um restaurante de aspeto tradicional, onde a cozinha regional é bem tratada e o acolhimento hospitaleiro. O Rola Carrasqueira. Tel. 265 497 003. À medida de quem aprecia uns bons petiscos e gosta de comer bem, num espaço informal por onde a aldeia vai passando e todos se cumprimentam com afabilidade. Alcácer do Sal, uma antiga escola primária é, há anos, um restaurante de referência para quem aprecia a cozinha tradicional e aplaude propostas que chegam do mar, do rio e do campo, como sejam o peixe fresco, as enguias fritas, o coelho de coentrada ou a perdiz na púcara. Porém, quem optar por toda a informalidade, não pode perder O Rola, na Carrasqueira, uma aldeia que nasceu ao lado dos cais palafíticos, utilizados na pesca artesanal. Por ali, os petiscos, o arroz de lingueirão ou de marisco fizeram fama. l


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Nunca sai de casa sem: “Creme hidratante.”

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Na mesa-decabeceira: “Livros e uma vela.”

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A última compra: “Um par de sabrinas.”

Livros e uma vela. A última viagem: A Paris. Drama, comédia ou musical? Drama e comédia. Gostava de trabalhar com... Carine Roitfeld. Ídolo de infância: Infância, nenhum; mas, da adolescência, Kurt Cobain. O carro de sonho: Não dou muita importância a carros. Adoro o meu! Referência de estilo: Alexa Chung. Destino perfeito: St. Barths. Nos tempos livres... Tenho um blogue, Chama-se The Indie Pearl (www.theindiepearl.com) e ocupa-me parte do dia, entre pesquisas e posts, é um espaço muito pessoal e de partilha. Tenho também aulas de ténis e de golfe, e faço programas com os meus filhos. Luísa rima com... Piza.


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Pepe jeans London Em Londres, no mercado de Portobello, os sons que marcavam o ritmo da juventude misturavam-se com o ruído da passagem do metro que atravessava a ponte metálica colorida pelos graffiti. Nos anos 70, era ponto de encontro para a juventude irreverente e um local de onde irradiavam novas tendências punk, que ficaram para sempre associadas ao mais popular mercado de roupa da cidade. Os jeans eram objecto de culto, marcando a modernidade da imagem de uma nova forma de cultura urbana. Foi neste contexto que nasceu a Pepe Jeans, em 1973, sob a Ponte de Notting Hill, numa loja onde sempre se ouviu o ritmo quente da música reggae. Num período em que os conceitos não eram atropelados pelas políticas de marketing, o designer Nitin Shah e os seus irmãos, Arun e Mylan, deram rédea solta à criatividade no desenho dos jeans, que eram ricos no detalhe e contrastavam com os aborrecidos e anónimos jeans tradicionais. O crescimento foi meteórico e, 39 anos depois, a Pepe Jeans mantém todo o apelo e toda a originalidade, estando presente em sessenta países, com as suas propostas inconformistas e originais. E, se os jeans continuam a ser uma das suas grandes ofertas, há propostas igualmente originais e marcantes, como acontece com a colecção Pepe Jeans Eyewear, com opções para homem e mulher, mas também com modelos unissexo, onde a elegância da forma e todas as cores do arco-íris marcam o dinamismo de quem usa os óculos de sol ou as armações da marca. l 50 Junho 2012

Fotografia: Carlos Ramos / Realização: Sandra Nascimento

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