ID: 72210487
31-10-2017
Meio: Imprensa
Pág: 20
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 23,00 x 30,90 cm²
Âmbito: Regional
Corte: 1 de 1
Psicologia nos Açores PAGIN A ME NSADA L ELEA G GAÇÃO ÇÃOREGIONAL ,DELE DA ORDEM DOS PSICÓLOGOS PORTUGUESES ORDEM DOS PSICÓLOGOS
Nota de Abertura Quando a realidade dos números é claramente insuficiente
COORDENAÇÃO MARIA DA LUZ MELO 1 EQUIPA EDITORIAL: PAULA DOMINGUES E RAQUEL VAZ DE MEDEIROS 1 EM, AIL ana.rego@ordemdospsicologos.pt
Do pensamento à ação. psicologia na preparação para catástrofes A
DIREITOS RESERVADOS
No passado dia 10 de outubro comemorou-se o Dia da Saúde Mental. Este ano a World Federation for Mental Health elegeu como lema da campanha a"Saúde Mental nos Locais de Trabalho". Estajá havia sido, também, urna preocupação da OMS quando a 7 de abril lançou a campanha"Depression: Let's talk", já que, entre os materiais construídos para o efeito, disponibilizou informação sobre o apoio a dar aos colegas com depressão no local de trabalho. Estima-se que mundialmente um em cada quatro trabalhadores apresenta= problema de saúde mental, um número só por si bastante preocupante. Por este motivo, a Agência Europeia para a Saúde e Segurança no Trabalho dedicou as suas últimas campanhas aos riscos psicossociais nos locais de trabalho. Em Portugal desde 2009 que a Lei 102 de 10 de setembro explicita, no seu artigo 152, aobrigatoriedade do empregador para estes fatores ao indicar que compete a este "assegurar, nos locais de trabalho, que (...) os riscos psicossociais não constituam risco para a segurança e saúde do trabalhador". Apesar de, mundialmente, diferentes tipos de organizações chamarem a atenção ' para esta,problemática a realidade é que pouco tem sido feito para a implementação de medidas que promovam um ambiente de trabalho mais saudável do ponto de vista psicológico. Até quando?* MARIA DA LUZ MELO
Com os recentes eventos catastróficos, como o furacão Irma e o sismo no MéXiCO, somos relembrados da força da natureza, inevitavelmente refletindo sobre desastres e como lidar com eles. Tanto a psicologia ambiental como a social têm investigado o modo como as pessoas pensam, tomam decisões e se comportam em atividades ou situações de risco, quer individualmente, quer em comunidade. A Psicologia constitui-se, então, uma aliada na compreensão do comportamento humano face afenómenos naturais, auxiliando na definição de políticas e medidas que contribuam para a segurança das comunidades. O nosso comportamento é influenciado pelaformacomo vemos o mundo. A decisão de se precaver para desastres advém do pensamento acercados mesmos. Contudo, não é integralmente explicada por aquilo que pensamos, umavez que a perceção de risco é um conceito composto, influenciado por outras variáveis complexas por si só. Nos Açores, por exemplo, estudos realizados acerca da perceção " de risco sísmico evulcânico edapreparação para os mesmos mostram que as pessoas veem estes fenómenos como devastadores, graves e prováveis. Ainda assim, a maioria não se preparaou, se o faz, não adota estratégias adequadas/suficientes. Isto faz-nos refletir sobre os nossos pensamentos acerca, destes fenómenos, o que os influencia e, consequentemente, se nos devemos preparar ou porque não nos preparamos como devíamos. Sabendo que estamos sujeitos a diversos eventos naturais, como tempestades ou sismos, esta decisão deve ser encarada com seriedade, umavez que a preparação ajuda-nos a diminuir consequências negativas e a
Eventos/Iniciativas
Aconteceu...
PRÉMIO H EALTHY WORKPLACES 2017 O Prémio Healthy Workplaces procura reconhecer as organizações portuguesas com contributos notáveis e inovadores para a segurança, o bemestar e a saúde (física e psicológica) no local de trabalho. Como tal, distinguirá aquelas que mais tenham demonstrado um forte empenho na prevenção dos riscos psicossociais e promoção de locais de trabalho saudáveis. As candidaturas decorrem até 15 de novembro e estão disponíveis em www.healthyworkplaces.pt.
Atividades da DRA No passado dia 19, a DRA inaugurou a exposição "A Depressão na Objetiva de um Fotógrafo." A iniciativa surgiu no âmbito da Campanha "Depressão: Vamos Agir" e contou com a colaboração da Associação dos Fotógrafos Amadores doa Açores. A exposição poderá servisitada no SolMar Avenida Center, até ao dia 31 de outubro de 2017.
Sofia Pereira, Mariana Pacheco e Isabel Estrela Rego - Unidade de Riscos e Planea mento de Emergência, IVAR - Instituto de Vulcanologia e Avaliação de Riscos, Universidade dos Açores
contribuir para a nossa sobrevivência e a da nossa família. Assim, podem ser tomadas medidas para salvaguardar a propriedade, por exemplo, considerando um sismo, podem fixar-se móveis; bem como medidas para salvaguardar a vida, por exemplo, construindo um plano de emergência familiar. Os planos devem resultar do conhecimento sobre o evento e da ponderação desituações que poderão acontecer. Por exemplo, a sua ilha é atingida por uma tempestade com ventos muito fortes que derrubam árvores, dificultando a chegada de auxílio. A sua família encontra-se em casa e um dos membros sofre ferimentos ligeiros. O que fazer? Onde será seguro abrigarem-se? O que levar se for neces-
sário abandonar a casa? Como e a quem pedir ajuda? Como sobreviver até à chegada de auxilio? Um plano de emergência deverá conter, então, um conjunto de estratégias que respondam às mais diversas circunstâncias e que permitam sobreviver até à chegada de auxilio. As recomendações apontam para a necessidade de assegurara sobrevivência durante as primeiras 72 horas. Deste modo, deverá ser criado um kit de emergência com comida não perecível e água para todos os membros da família (e animais), um rádio a pilhas (para receber instruções das autoridades), lanterna, pilhas, isqueiro (ou velas/fósforos), casacos, artigos de higiene, ferramentas básicas (ex. martelo), corda, oleados, sacos plásticos, desinfetantes e mala
de primeiros socorros - contendo, além do básico, a medicação regular dos membros da família - e cópias de documentos de identificação e algum dinheiro, acondicionados em invólucros impermeáveis. O kit deverá estar num local acessível e conhecido por todos os membros da família., sendo fulcral assegurar a sua manutenção através daverificação do estado geral dos objetos e dos prazos de validade. Mais recomendações e informações detalhadas sobre como agir durante e depois de um evento e medidas de preparação podem ser encontradas no site da Proteção Civil e Bombeiros dos Açores. A responsabilidade da proteção é de todos nós, não seja apanhado desprevenido - proteja-se a si e à sua família!*
A DRA também marcou presença na cerimónia de Instalação dos Órgãos Municipais de Ponta Delgada, que decorreu no dia 24 de outubro. A convite do Partido Social Democrata, a 24 de outubro, a DRA participou na conferência "Autonomia e Democracia: os. Açores de Hoje". No âmbito de alguns protocolos já celebrados com Secretarias Regionais da RAA, no dia 26 de outubro, a DRA reuniu com os colegas que intervêm na área da psicologia comunitária, a fim de discutir os pontos que poderão constamo protocoloentreaDRAe aSecretaria Regional da Solidariedade Social.*
Irá Acontecer...
no âmbito da Campanha "Depressão: Vamos Agir". Desta vez, o acontecimento destinar-se-á aos adolescentes. Está divulgado o programa das Jornadas "Contributos da Psicologia na Sociedade Atual". O evento, que decorrerá nos dias 23 e 24 de novembro, em parceria com a Câmara Municipal da Ribeira Grande, reunirá vários profissionais de diferentes áreas de atuação da Psicologia, promovendo um espaço de partilha e conhecimento. Inscrições em https://www.eventbrite.pt/e/bilhetes-jornadas-contributos-da-psicologia-na-sociedade-actual.*
Desafios A 3 de novembro, a DRA promoverá o workshop "Agressores Sexuais: Fundamentos do Processo de. Avaliação e Intervenção". A iniciativa abordará as características e especificidades dos agressores sexuais, bem como a avaliação e intervenção junto deste público. A DRA e a Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada (BPARPD) realizarão, no próximo dia 10, mais uma sessão