Farina

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TEXTOS DE

Nelson Farina

M l Ă? i Ns I t MaA (ideias de poucas palavras)



Ela chegou perto de mim olhou bem no meu rosto perguntou se eu tava a fim: - que tal um sexo oposto?


Amigos, amigos, neg贸cios, descarte. Amigos, amigos, neg贸cios d茫o enfarte. Amigos, amigos, neg贸cios, aparte!


Hoje é um dia que bem que podia ser sábado!


Quem semeia ventos corre da tempestade


Outrora não é agora, é outra hora.


No lado de cรก eu verso no de lรก eu desconverso.


Será que é O dia que passa Ou sou eu Quem passa pelo dia? Essa eu passo!


Pobre notícia da secção de polícia saiu direto para uma cadeia de televisão.


O Vice versa versos profanos escritos por baixo dos panos.


Cabeça de alfinete cÊrebro de galinha sonhava em ser cadete terminou oficial da marinha.


Quando eu era tranho eu era feliz. Ass.: o extranho.


Pegou uma tripa de papel e com espĂ­rito de porco escreveu feito um animal.


Se eu mal penso, dispenso.


Placebo ĂŠ um remĂŠdio metido a sebo.


Entre um amor tecido e um amor talhado prefiro um amor cegado


Medi medíocres perdi metros de paciência medíocres aqui é a quilo!


Entre o amor e a paix達o prefiro a palma da minha m達o.


Não sei se é frescura ou coisa da minha tia às vezes sou macho às vezes sou guria. Terrível essa dicotomia!


Dia desses acabo com o 贸cio me irrito e largo o sacerd贸cio.


Completamente quem duplamente.


Hist贸ria ca贸tica: autor barroco personagem g贸tica.


Pintei minha musa t達o bela que o quadro saiu da tela.


Que desgraรงa: morreu por falta do ar de sua graรงa.


NĂŁo confio em mais nada preciso de um anti-cĂŠtico.


Eu vi no meio da rua uma mulher nua: seria loucura ou fantasia pura?


Confio nesse taco: lĂĄ em casa ĂŠ tudo Farina do mesmo saco


Tá bom ou tá ruim? Na dúvida eu penso nisso: escrever é um negócio sem compromisso.


Te vejo te quero te desejo O ruim desse meu hedonismo ĂŠ que acabo no onanismo


T창ntrico mais eles se amavam Mais se contemplavam


Se a vida fosse definida num momento, este seria o momento da minha vida


Enquanto eu gemo VocĂŞ se declara


A planta saiu do vaso E caminhou pelo jardim Na verdade, neste caso Fui eu quem saiu de mim


Papel em branco... Eu n達o pego nem no tranco Que coisa vazia Essa minha poesia


Cada dia que passa É mais um dia A menos Na minha Vida


O dia n찾o demora Eu s처 espero Que a minha hora N찾o seja agora


Olhando o branco da tela O artista imaginou sua bela Mas com medo do fracasso Pensou: o que vier eu traรงo


Dilema do suicida: Serรก que do outro lado Consigo outra vida?


N茫o sei se Porque ele era veado S贸 tomava Destilado


É sempre assim: Todo baixinho Faz do seu ego O seu banquinho


Ele sabia de tudo AtĂŠ mesmo Quando ouvia um mudo


Branca E nua A lua Amanheceu No meio da rua


N贸s dois Num s贸 O sexo Nos d谩 Um n贸


Eu entendo a sua revolta Ele nunca sabe Se vai ou se volta É triste o destino Do clandestino


Parece mas não é: Poema? Hai Kai? Poemete? Tá mais pra Falsete


É hora de ser agora Sem demora O dia de hoje É o ontem De amanhã


O pĂŠ de sapato No meio da rua De noite Deixa pegada Na lua


Enfim Ela disse que sim Pena Que a nossa histรณria Nรฃo tem comeรงo Nem fim


Às vezes Sim Às vezes Não Que falta eu sinto Da minha convicção


Faço farol: até a luz acender, até a luz apagar, quero vagar meu olhar!


Olho pela janela Vejo as amoras maduras Hoje Ă noite te quero Amor, amora!


Era sempre assim No seu dia-a-dia S贸 falava a verdade quando mentia


A novela revela Sua vida estĂĄ na tela NĂŁo desligue sua vida Desligue da novela


Pare tudo Que você está fazendo Faça tudo Que você não fez Tudo isso Que você não fez É o que vai fazer Você viver


Um braço é um pedaço de um abraço e nunca será preciso mais que isso


A mulher corria nua no meio da rua Que linda A mulher ou a rua?


Essa vida Eu indico: Quanto mais Eu envelheรงo Mais novo Eu fico


Triste a vida Daquele moรงo Cada vez Que ele bebia O fundo do copo Era o fundo do poรงo


A vida Pode ser hoje Pode ser amanhã O que se faz com ela É o que ela Pode ser


Não sei se é isso Ou se é aquilo Só sei que o que sei Não passa disso


Page of No dia Em que eu Sair de mim Será O meu fim



TEXTOS DE

Nelson Farina

M l Ă? i Ns I t MaA (ideias de poucas palavras)


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