Desporto
Região
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Vitória soma ponto e sobe para 7.º
Famílias sem luz nem água em Rio Frio
A igualdade a um, registada, em Coimbra, permitiu aos sadinos subirem ao 7.º lugar da Liga. Rafael Martins, autor do golo, frente à Académica, recupera em casa depois ter sido hospitalizado.
Quatro famílias, incluindo meia dúzia de crianças, continuam sem luz e sem água desde Dezembro, no Monte da Cilha Queimada, na Herdade de Rio Frio, em Pinhal Novo.
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SEGUNDA-FEIRA 14.ABRIL.2014
N.º 21 | Ano I | 4.ª Série
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Acordo com Amarsul evita penhoras na Câmara Última Hora PÁG. 16 A Câmara Municipal de Setúbal chegou a acordo com a Amarsul, empresa responsável pela valorização e tratamento dos resíduos sólidos na península de Setúbal, para o pagamento da dívida de cerca de dez milhões de euros à empresa, num prazo de cinco anos. [RUI MINDERICO
Economia PÁG. 05
Governo aposta no Porto de Setúbal O Porto de Setúbal foi contemplado, pelo Governo, com quatro projectos prioritários no Plano Estratégico de Transportes e de Infra-estruturas 3+. Um dos projectos é a expansão do Terminal Roll-on Roll-off.
Última Hora
Entrevista
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Motoclube repara mota adaptada PÁGS. CENTRAIS
Presidente da Câmara de Setúbal admite reduzir IMI
Em entrevista a O Setubalense, Maria das Dores Meira, garante que a autarquia está a trabalhar na recuperação financeira e admite, caso o Governo autorize, no âmbito do Contrato de Reequilíbrio Financeiro, reduzir o limite máximo do IMI em Setúbal.
O Motoclube de Setúbal entregou ontem a Tânia Cotovia, jovem deficiente motora residente na Camarinha, a mota com cadeira adaptada que tinha sido vandalizada e destruida. Tânia confessa que está agradecida "para o resto da vida".
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BLOCO CLÍNICO
SEGUNDA-FEIRA 14.ABRIL.2014
O que comer e o que fazer quando o estomago pega fogo! P
ense na sensação de comer uma comida bem gordurosa, acompanhada daquela cerveja, tudo isto seguido de uma sesta. Esta é a receita ideal para se ter azia! O ardor que sobe do estômago até à garganta surge quando uma válvula do esófago (“tubo” que liga a boca ao estômago) não funciona bem. Se o desconforto for frequente, pode ser sinal de outro problema, de nome complicado, cada vez mais comum: doença do refluxo gastro-esofágico (DRGE) – que para além da azia, provoca também regurgitação (sensação de que vai vomitar).
Causas associadas ao refluxo gastro-esofágico • Doenças do esófago (esofagite, cancros) e doenças do estômago
Dicas contra o ardor • Se tiver excesso de peso, perca peso • Se fumar, esqueça o tabaco • Evite o uso de cintos, cintas e vestuário apertado • Evite inclinar-se para a frente • Não levante objetos pesados (tipo barras de musculação) para evitar esforços abdominais • Se a azia aparece logo após uma comilança, remédios à base de magnésio são aconselhados.
Dicas de alimentação: • Faça refeições pequenas e frequentes • Coma e beba devagar
Comer e beber devagar é uma boa forma de evitar a azia.
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OPINIÃO
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Economia
A recessão e a incongruência das previsões de pós-crise
N
otícias recentemente divulgadas revelam que o Fundo Monetário Internacional (FMI) confirma um crescimento da economia portuguesa, em 2014, na ordem de 1,2% e, em 2015, de 1,5%. As últimas previsões apontam, ainda, para uma diminuição contínua do desemprego, conforme o conjecturado pelo Governo. Após 11 trimestres de quedas sucessivas do Produto Interno Bruto (PIB), somente no 4.º trimestre de 2013 hou-
Francisco Carriço Presidente da Direcção da ACISTDS ve crescimento, comparativamente ao período anterior, bem como ao
homólogo, de 2012. O ano de 2013 foi mais um ano de recessão, perfazendo-se, pela primeira vez na história nacional, três anos completos de profunda contracção. Entre 2011 e 2013 houve uma destruição de 323.500 empregos e uma subida da taxa de desemprego real para cerca de 24%, com cerca de 1 milhão e quatrocentos mil desempregados, o que levou a uma emigração forçada de mais de 200 mil portugueses. A nossa economia
causas da recessão estão identificadas e não foram alteradas. Contrariamente, repetem-se e agravam-se, com maior severidade. A inversão desta tendência passa por uma alteração do modelo governativo. A economia de um país e as suas políticas são factores indissociáveis. É do conhecimento geral que a essência do tecido produtivo nacional são as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME). Para a recuperação, é necessário
apostar na recapitalização das MPME e no apoio ao investimento empresarial, através de linhas de financiamento para essas empresas, permitindo-se a criação de riqueza, emprego e estabilidade social. Em jeito de conclusão, a questão essencial recai sobre o cidadão português e as condições de vida às quais está a ser submetido, mergulhado numa pobreza sem retrocesso a curto ou médio prazo.
imóveis, que infelizmente abundam pelo país. E, para o desenvolvimento da indústria do turismo, tem que haver, nos organismos, responsáveis com iniciativas, capacidade e empreendedorismo, com o fim de debelar as barreiras que, por vezes, se encontram fechadas ao progresso. Viva Setúbal!
Porquê?
Estas duas instalações militares também deviam ser cidades à CMS como fizeram com os 30 prédios militares para o município de Elvas. Tenho fé e esperança que em breve será uma realidade a cedência das referidas instalações militares a Setúbal. Será?... Setúbal e o país estão bastante necessitados da recuperação destes
fazia parte, recebendo sempre dos sócios manifestações de apreço e de carinho, que se traduziam em prolongadas salvas de palmas. Rui Salas sempre foi um motivo de inspiração para mim, porque representa o vitorianismo no seu estado mais nobre, puro e desinteressado. Se existem dirigentes que nunca se aproveitaram dos cargos desempenhados em proveito próprio, servindo sempre o Vitória e nunca se servindo do Vitória, Rui Salas é, seguramente, um deles. Aliás, para todos os vitorianos, profundos conhecedores das suas
características pessoais, estas minhas apreciações são do conhecimento geral, não constituindo novidade para ninguém. Não são sequer são elogios, mas meras constatações. E, portanto, homenagem inteiramente merecida. Já sei que o meu querido amigo quando ler esta crónica, se vai emocionar, tal como o fez na homenagem que foi alvo, durante o referido jantar de aniversário. Contudo, fica aqui nestas singelas, mas simbólicas palavras, o meu testemunho também emocionado, daquilo que
continua, portanto, a permanecer na crise. Não podemos, ainda, falar de estabilização, nem de recuperação. O crescimento do PIB, aliado à alegada diminuição da taxa de desemprego e ao aumento do índice de produção industrial e das exportações parecem ter um carácter residual perante o consumo das famílias, que não regista acréscimo visível. É necessário, deste modo, não confundir franca recuperação com variações pontuais, pois as
Recordar é Viver
Ainda o Forte de Albarquel
O
Diário de Notícias de 8 de Abril de 2014 traz um artigo, cujo teor passo a transcrever, porque considero que tem interesse para Setúbal. “Cerca de 30 prédios militares situados em Elvas, foram transferidos do Estado para o município, que considera este passo “importante” para iniciar a recuperação dos imóveis que se encon-
tram na sua maioria em estado de degradação. Após a cedência de utilização do Forte da Graça por um período de 40 anos, foram agora entregues por 50 anos, 28 imóveis, podendo o protocolo ser eventualmente renovado por mais tempo” Isto vem a propósito do Quartel do Onze que, felizmente tem um protocolo de cedência com a Câmara Municipal de
Setúbal, onde funciona a Escola de Hotelaria e outras actividades que futuramente serão realizadas. Mas ainda falta o tão falado Forte de Albarquel e a 7ª Bataria do Outão, duas maravilhosas pérolas, enquadradas no Parque Natural da Arrábida, numa das mais belas baías do mundo, que se encontram desactivadas e abandonadas.
Custódio Pinto
Pensar Setúbal
O meu amigo Rui Salas
H
oje vou falar de um grande setubalense e vitoriano. Em estatura física e dimensão pessoal: Rui Salas. Rui Bento Salas nasceu em Setúbal, a 25 de Janeiro de 1942. Foi funcionário dos Serviços Municipalizados da Câmara Municipal de Setúbal, da Federação de Municípios do Distrito de Setúbal e da EDP, encontrando-se presentemente na situação de aposentação. Como dirigente do Vitória, pertenceu às direcções de Aníbal Pescadinha, Silvério Jones, Sérgio Pintado, Luís Nunes, Sousa e Silva, Fer-
nando Pedrosa e Fernando Oliveira. É um dirigente com um percurso imaculado e exemplar de respeitabilidade, dedicação e vitorianismo. Os vitorianos sabem disso. E daí que um dos momentos mais altos do jantar comemorativo do centésimo terceiro aniversário do Vitória Futebol Clube, em Novembro de 2013, foi a homenagem inesperada (para ele próprio, desconhecedor como estava da ocorrência), que a direcção do Vitória muito oportunamente lhe consagrou, seguida de uma sentida, prolongada e emotiva salva de
palmas que Rui Salas foi alvo, onde os vitorianos presentes no jantar, todos de pé, homenagearam justamente um dos seus dirigentes desportivos mais importantes, emblemáticos e carismáticos das últimas décadas. Rui Salas chorou de emoção e envolveu simbolicamente todos os presentes, num grande e sentido abraço. Coubemos lá todos. Ao longo dos anos, Rui Salas foi também chorando de emoção, sempre que o seu nome era mencionado no pavilhão Antoine Velge, por ocasião das eleições para as sucessivas direcções que
Giovanni Licciardello penso e sinto, relativamente ao meu amigo Rui Salas. Aproveito esta crónica vitoriana sobre Rui Salas para, na minha qualidade de presidente do Conselho Vitoriano cessante, desejar ao novo presidente eleito, Dr. Rui Chumbita Nunes, as maiores felicidades no desempenho do seu cargo, que será seguramente desempenhado com alma, dedicação e vitorianismo.
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Nem todos se atrevem a viajar
Páscoa em casa sem tradição S
e há setubalenses que aproveitam a época da Páscoa para viajar, outros preferem ficar em casa com a família ora seja porque a quadra não lhes transmite grande significado, ora porque os tempos não aconselham a grandes aventuras. Fomos à rua ao encontro de alguns trauseuntes e todos afinaram pelo mesmo diapasão, vão mesmo passar a Páscoa, em casa. Há quem receba familiares que regressam do estrangeiro numa curta estadia para celebrar a época em família. Colocámos duas questões aos nossos entrevistados: Onde vai passar a Páscoa? Não tem tradição em passar fora ou não há possibilidades?
Vou passar em Setúbal, com a minha família.
Muito bem acompanhada, em Familia!
Os meus filhos veem do estrangeiro para passar a Páscoa connosco.
Felizmente nunca tivemos essa tradição, mesmo que ela existisse este ano iriamos quebrar a mesma.
Francisco Sousa (46 anos, encarregado construção civil)
Carla Plácido Governo (36 anos, comercial) Jorge Mares (55 anos, técnico de protecção civil)
Em Setúbal , em casa.
Vou passar em casa com o meu marido.
Tradição havia, mas agora com as medidas impostas pelos ímpios governantes não dá.
Não tenho a tradição de passar fora. Sempre passei em casa e neste momento devido as dificuldades, mais ainda.
Sandra Nogueira (42 anos, recepcionista de hotel)
Em casa com a minha família em Palmela. Não tenho tradição em passar fora. Num periodo da minha vida passei fora, agora por opção, passo em Palmela.
Alcides Soares (64 anos, reformado)
Foram-se os anéis... Ficaram apenas os dedos POR JOAQUIM GOUVEIA
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oram-se os anéis ficaram os dedos desprovidos de riqueza. Dias amargos de angústia e desespero levaram muitos setubalenses, à semelhança do que acontecia pelo país, a despojarem-se do ouro que juntaram em tempos em que a vida sorria e a esperança se renovava, tempos em que se acreditava que o futuro era risonho e o emprego era duradouro, por exemplo. Mas veio a crise, a recessão e o desemprego. O cenário idílico alterou-se e com ele muitos portugueses afundaram-se num rol de problemas que ainda hoje pesam, e de que maneira, no erário público. A falência de milhares de empresas que arrastaram consigo o desemprego para mais de oitocentos mil trabalhadores ditou uma nova era na vida dos portugueses, uma era de dificuldades acrescidas, de fome e miséria, de vidas atolhadas em problemas que até há
poucos anos atrás não pareciam ameaçar de forma tão castigadora. Aproveitando o momento dramático surgiram no panorama nacional casas especializadas em comprar ouro e prata, as novas ourivesarias, a quem já não tinha mais recursos financeiros. Por todo o lado este género de negócio foi proliferando. Setúbal não foi excepção. Num ápice abriram portas mais de uma dezena de novas ourivesarias em busca do ouro dos setubalenses. O negócio era frutífero e os seus agentes ganhavam muito dinheiro. Chegou-se a pagar entre os 17 e os 32 euros por grama de ouro, o que levou a uma autêntica correria obrigando as pessoas a desfazer-se das suas jóias. Era uma forma limpa e eficaz de enfrentar a crise e a falta de dinheiro. Por todos os bairros foram muitos os setubalenses que se deslocaram a estas lojas trocando ouro e prata por dinheiro vivo. Não parecia haver outra
[ DR
As lojas de compra e venda de ouro já foram um negócio em grande expansão
solução e, na verdade, ainda hoje a crise vai obrigando a tais medidas que, ao fim e ao cabo empobrecem as famílias deitando por terra expectativas e criando verdadeiro desespero. Só que, pelo que se percebe, já são poucos os que ainda guardam as suas peças valiosas e vão resistindo. Daí que algumas destas
novas ourivesarias tenham já fechado portas porque o negócio parece ter os dias contados. Numa abordagem com alguns proprietários deste tipo de loja percebe-se isso mesmo, que o negócio já não tem pernas para andar por muito mais tempo tal a quantidade de ouro despojado pelas famílias confir-
mando, ao mesmo tempo, que “os que ainda guardam algumas jóias, ou estão numa situação que ainda é favorável, ou resistem a desfazer-se delas”. Seja como for os anéis foram e os dedos ficaram desprovidos de melhores recordações. Alianças, fios, colares, pulseiras, pregadeiras, anéis,
brincos, peças várias, tudo entrou na contagem decrescente do empobrecimento geral. O ouro arrecadado foi, entretanto, vendido à posteriori nas fábricas para dar origem a novas peças que têm, pelo que percebemos, também dificuldade em sair dos escaparates das ourivesarias convencionais.
ECONOMIA
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Porto de Setúbal recebe investimento para quatro projectos
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[ DR
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Porto de Setúbal foi contemplado com quatro projectos prioritários no PETI 3+, apresentado na semana passada e que sistematiza uma série de medidas que o Governo quer levar a cabo no enquadramento legal e na legislação do sector dos transportes.
A requalificação do acesso ferroviário às Praias do Sado e a expansão do terminal Rollon Roll-off são prioritários Os projectos, considerados pela Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra como “fundamentais ao seu desenvolvimento e apoio à indústria exportadora, alargando o hinterland”, incluem a
O Porto de Setúbal é considerado um dos mais importantes no plano logístico nacional
expansão do Terminal Roll-on Roll-off, algo importante “para os serviços de valor acrescentado, a carros de importação e de exportação da unidade industrial de Palmela, em especial, o previsto novo modelo”, refere a APSS em comunicado. A melhoria das acessi-
bilidades marítimas será outro dos investimentos que “permitirá ao porto manter-se no seu actual posicionamento de mercado de porto Shortsea de excelência, acompanhando o crescimento da dimensão dos navios e do Panamá e facilitando a entrada em qualquer maré”.
A requalificação do acesso ferroviário do porto às praias do Sado,” para continuar como um dos líderes nacional no movimento de comboios e permitir o crescimento do hinterland com o apoio da intermodalidade navio/caminho-de-ferro”, surge como outro dos projectos ambicionados.
A APSS revela ainda o investimento na ligação ferroviária ao terminal da Termitrena no Porto de Setúbal que “é o completar de um projecto "last mile" de quatro quilómetros, que permite aumentar até 20% o movimento nacional de carga por ferrovia, ligando a parte nascente do
porto à rede nacional”. Para a APSS, o PETI - Plano Estratégico de Transportes e de Infra-estruturas é “uma oportunidade única que aposta em especial nos portos e deve gerar consenso na sociedade portuguesa, permitindo alavancar as exportações e a economia”.
Cabo Verde é destino de eleição para setubalenses na Páscoa [ DR
POR JOAQUIM GOUVEIA
C
abo Verde é o destino turístico de eleição para os setubalenses que aproveitam a semana da Páscoa para uma escapadela em tempo de mini férias. Contactámos várias agências de viagem da cidade que confirmaram que Cabo Verde aparece no topo da lista de preferências de quem vai viajar nesta quadra festiva. E na verdade as expectativas foram ultrapassadas com a reserva de viagens e estadias. Depois do programa de Carnaval, que não terá corrido tão bem quanto se esperava, a adesão dos setubalenses às viagens de Páscoa voltou a colocar um sorriso no rosto das agências que, nalguns casos, não conseguem marcar mais estadias porque “não há mesmo lugar”. Ao que apurámos esta pronta resposta aos pro-
As agências de viagens setubalenses receberam muitas reservas para Cabo Verde e para a Disneyland Paris nestas férias da Páscoa. Viagens caras apesar da crise... Cabo Verde é cada vez mais um destino turístico muito apetecido por parte dos portugueses
gramas turísticos da Páscoa terá a ver, por um lado com as recentes notícias de crescimento económico no nosso país e, por outro, pelo facto de as pessoas puderem desfrutar de umas mini férias em conjunto com os filhos, o que permite realizar via-
gens em família. A Disneyland Paris é outro dos destinos mais procurados pelos viajantes. Depois aparecem Malta, Tunísia, México, S. Tomé e Princípe, Marrocos e Açores, sem esquecer a própria Europa e o Algarve.
Há uma apetência generalizada para aproveitar a época e viajar. No fundo é uma forma de recompensar energias e dar azo à fantasia, ao conhecimento e ao lazer. Cada viagem por custar em média mais de mil euros dependendo do desti-
no e do tipo de programa. Cabo Verde tornou-se apetecível por proporcionar um ambiente idêntico ao das Caraíbas, com resorts onde está tudo incluído e com muita animação. O tempo de estadia é, regra geral, uma semana.
Também, ao que apurámos, muitos setubalenses aproveitam para viajar no próprio país aproveitando programas mais económicos e reduzidos. O que importa é romper com a rotina e dar largas à aventura que pela Páscoa é sempre aliciante.
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Politica
SNS – VALOR de ABRIL
S
e a Constituição de 1976 garantiu o direito à saúde atribuindo ao Estado a responsabilidade do acesso de todos os cidadãos à protecção da saúde, a criação do SNS universal, geral e gratuito concretizou a prestação de cuidados de saúde a todos os cidadãos independentemente da sua capacidade económica. Os Cuidados de Saúde Primários assumem funções importantes de promoção da saúde, prevenção da doença, prestação de cuidados e articulação com os restantes serviços de saúde. Só funcionam adequadamente se forem
dotados dos meios materiais, técnicos e humanos necessários para cumprirem o seu papel. NO Concelho Setúbal, serão mais de 30.000 os utentos sem médico de familia o que representa cerca de 25% da população. São necessários mais cerca de 18 médicos de família para que o acesso desigual e inconstitucional seja eliminado. O tão apregoado reforço dos CSP pelo Governo não passou de retórica, pois assiste-se a uma degradação de instalações, sem conforto e mesmo dignidade, à não existência de respostas, nomeadamente a situações de doença agu-
da, por insuficiência de horários de atendimento que atingem o ponto mais grave durante os fins-de-semana e feriados, obrigando os utentes a recorrerem ao serviço de urgência do Hospital. O aumento das taxas moderadoras, o fim dos transportes a doentes não urgentes e o empobrecimento levou à diminuição do número de consultas nos últimos dois anos, sobretudo, o número de segundas consultas na Especialidade de Medicina Geral e Familiar. Verificou-se no ano de 2013 um aumento do número de consultas não presenciais atribuível ao
facto das taxas moderadoras serem de 3,00€; na consulta presencial é de 5,00€. Estes factos demonstram que existe uma diminuição do acesso aos cuidados de saúde. A tão necessária rede de cuidados continuados foi deixada para as calendas gregas. As medidas tomadas pelo Governo vieram criar problemas graves nas urgências hospitalares com períodos de espera muito longos, inexistência de urgências nocturnas e fins-de-semana de várias especialidades, equipas desestruturadas e desfalcadas, a sobrelotação e a
permanência prolongada de doentes na sala de observações, a dificuldade de transferência destes para os serviços de internamento, a dificuldade de medicamentos ou a sua restrição e outros materiais. Assiste-se também a um agravamento no acesso dos doentes a exames complementares de diagnóstico e de medicamentos numa clara exclusão dos cuidados de saúde a que têm direito. Eis o resultado de cortes cegos e brutais ao SNS em consequência das orientações das troikas nacionais (PSD/CDS-PP/PS) e internacionais (FMI/EU/BCE), empurrando utentes e téc-
ciedade. Em contrapartida, todos os dias a imprensa nos relata histórias e factos em que muitas pessoas, singulares ou em grupo, de meigas falas e bem falantes, procuram singrar na vida mentindo e assaltando sem qualquer escrúpulo mais primário. Significa isto que, no seio de cada um, essa guerra entre os lobos da mentira e da verdade se prolonga indefinidamente. A esse propósito, ouçamos António Aleixo: P'ra a mentira ser segura e atingir profundidade, tem de trazer à mistura qualquer coisa de verdade E tudo isto acontece aos vários níveis da comunidade humana. Com frequência inaudita, as pessoas procuram muito mais fundamentar bem as mentiras com que procuram singrar na vida do
que enfrentar os riscos de darem corpo à verdade em todas as dimensões da paz, do amor, da esperança, da generosidade, da doação de si e da fé em Deus e nos homens. Por essa precisa razão rezava Mahatma Gandhi: "Senhor, ajuda-me a dizer a verdade diante dos fortes e a não dizer mentiras para ganhar o aplauso dos fracos. Se me dás fortuna, não me tires a razão. Se me dás sucesso, não me tires a humildade. Se me dás humildade, não me tires a dignidade. Ajuda-me a enxergar o outro lado da moeda. Não me deixes acusar o outro por traição aos demais, apenas por não pensar igual a mim. Ensina-me a amar os outros como a mim mesmo. Não deixes que me torne
orgulhoso, se triunfo; nem cair em desespero se fracasso. Mas recorda-me que o fracasso é a experiência que precede o triunfo. Ensina-me que perdoar é um sinal de grandeza e que a vingança é um sinal de baixeza. Se não me deres o êxito, dá-me forças para aprender com o fracasso. Se eu ofender as pessoas, dá-me coragem para me desculpar. E se as pessoas me ofende-
Anita Vilar PCP Setúbal nicos para os grandes grupos privados da saúde, ao desorganizar, desinvestir, concentrar, não autorizar contratações de técnicos, de compra medicamentos inovadores, de limitar a prescrição de outros, impor cada vez maiores constrangimentos financeiros aos serviços públicos de saúde e deste modo procurar a destruição do SNS.
À luz da verdade
Só a verdade liberta
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vonne Swan escreveu um dia: Um avô ensinava o seu neto acerca da vida… “Está a acontecer uma luta terrível dentro de mim”, diz ele ao menino. “É uma luta terrível e é entre dois lobos.” “Um é o da maldade – ele é raiva, inveja, tristeza, arrependimento, cobiça, arrogância, pena de mim mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, MENTIRAS, falso orgulho, superioridade, dúvida de mim mesmo.” “O outro é bom – ele é alegria, paz, amor, esperança, serenidade, humildade, gentileza, benevolência, empatia, generosidade, VERDADE, compaixão e fé.” “Esta mesma luta está também a ser travada dentro de ti – e dentro de todas as
outras pessoas, também.” O neto pensa, por um momento, sobre o que o avô diz e então pergunta ao seu avô, “AVÔ, QUAL DOS LOBOS VAI GANHAR?” O velho chefe responde simplesmente, aquele que tu melhor alimentares… E tinha razão o bom do patriarca. O mundo em que vivemos e que nós próprios construímos, no aspecto específico da relação entre as pessoas, quer singulares, quer em grupos, é um ambiente de realização ou de frustração na medida em que circule a moeda da verdade ou a da mentira. Geralmente somos muito inclinados a tecermos críticas duríssimas contra tudo e contra todos alegando que estamos a ser enganados por todos aqueles que assumiram a responsabilidade de gerirem o destino da so-
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Pe. Álvaro Teixeira rem, dá-me grandeza para lhes perdoar. Senhor, se eu me esquecer de Ti, nunca Te esqueças de mim." Queremos viver em verdadeira liberdade? A resposta foi já dada por Cristo, há mais de dois mil anos: “A verdade vos libertará!” ( Jo. 8, 32 ).
O Clube de Campismo de Setúbal apresenta por este meio sentidas condolências à esposa e familiares do nosso querido sócio e fundador deste Clube, Álvaro Augusto Santos Dias. O Clube de Campismo de Setúbal agradece também a todos os sócios e amigos que se dignaram participar neste acto fúnebre. A Direção OP/ 0101
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agradeço as graças recebidas e peço perdão pelo atraso OP/ 0102 Emília Ferreira
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CIDADE
SEGUNDA-FEIRA 14.ABRIL.2014
Ex-Mecânica Setubalense vai voltar a ter luz A s cerca de 35 famílias que vivem na antiga Fábrica Mecânica Setubalense e tiveram a electricidade e água cortadas há pouco mais de um mês viram na passada sexta-feira a visita de técnicos do IGFSS para estudar a reposição destes bens essenciais. O nosso jornal deslocou-se ao local e verificou que a aura de tristeza que pairava sobre os moradores alterou-se para um clima de esperança, mas ao mesmo tempo de desconfiança, face aos acontecimentos que podem vir a alterar as suas vidas e, principalmente, dar mais alegria aos seus filhos. Rosa vive nas instalações da antiga fábrica de conservas há oito anos com dois filhos e seu companheiro, pelo que revela uma grande satisfação pela situação finalmente estar a ser resolvida em prol do bem estar da população. “Quando os técnicos fizeram a visita não estava cá, mas a minha filha acompanhou o processo todo e foi informada de que já no início da próxima semana voltam para instalar a electricidade”.
Os moradores têm agora mais esperança no futuro depois da noticia do regresso da electricidade
-se sempre”. O certo é que a alegria sobre estes acontecimentos é tanta que já foi agendada uma festa no próximo dia 27 de abril com a população da antiga Fábrica Mecânica Setubalense. A colocação de um contador de luz temporário no local, tal como acontece nas obras, será a solução a pôr em prática a partir da próxima semana, com a garantia de que as contas serão pagas pela população, apesar
de não saberem como. Constantino Alves conta que “a população sabe que tem de pagar a electricidade e deseja isso mesmo, bem como em relação à água, bem que não pode ser, de maneira nenhuma, desperdiçado”.
Famílias dispostas a pagar electricidade e não desperdiçar água No final da tarde da pas-
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há vento forte, abana tudo e pode vir a acontecer uma desgraça eventualmente”, acrescenta a habitante que conta ao Setubalense ter visto elementos da Protecção Civil deslocarem-se ao local para
estudarem a solução desse mesmo problema. De lembrar que o corte da electricidade deu-se no passado dia 12 de Março quando a EDP, acompanhada da PSP, se deslocou ao local para efectuar o corte e
retirar quaisquer materiais que pudessem ser utilizados para futura ligação clandestina. Já em relação à água, os moradores viram-se sem esta ferramenta essencial para a rotina alguns dias depois.
Trânsito condicionado no Largo José Afonso
U
m troço do Largo José Afonso está actualmente encerrado à circulação automóvel e vai continuar por um período previsível de dois meses, devido à realização
de trabalhos de beneficiação urbana naquela área da cidade. As intervenções, lideradas pela Câmara Municipal de Setúbal, motivam o encerramento da faixa
daquela via com o sentido norte/sul, num troço compreendido entre a Avenida Luísa Todi e a Travessa Ocidental do Lago. Os trabalhos, realizados no âmbito da empreita-
sada sexta-feira, o padre deslocou-se ao local para informar os residentes dos acontecimentos e, em conjunto com o advogado que representa as famílias, “criar formalmente um sentido de responsabilidade perante as Águas do Sado e EDP”. “Para além da reposição da electricidade e água no local, os técnicos
3 Reparos
do IGFSS fizeram um novo estudo sobre os aglomerados familiares existentes para depois encontrar soluções de realojamento ou outras”, prossegue o pároco da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, para quem o estudo realizado em maio de 2012, quando houve novo corte da electricidade e água no local, “já estava muito desactualizado”. A medida de realojamento para casas de habitações social é vista com muito agrado por Idelmira e Rosa porém provoca maior desconfiança, já que em todo o tempo que vivem na antiga fábrica, nunca assistiram ao realojamento de uma única pessoa. O Setubalense tentou entrar em contacto com o IGFSS, EDP Distribuição e Águas do Sado mas sem sucesso até ao momento, pelo que Ana Clara Birrento, directora do Centro Distrital da Segurança Social de Setúbal refere estar a trabalhar para a resolução da situação e que “o contacto da passada sexta-feira foi feito pelo IGFSS com as empresas”. “O ISS.IP não tem competência sobre o património”, acrescenta.
Reparámos que na Rua da Alfazema, em frente ao N.13, na Camarinha o asfalto da estrada abateu, deixando um buraco que prejudica a circulação automóvel naquela via que já é um pouco estreita.
Segurança do edifício preocupa moradores delmira Correia queixa-se ainda da falta de segurança estrutural do edifício, apontando para as grandes vigas de ferro que suportavam o já inexistente tecto da fábrica. “Quando
[ DR
Técnicos do IGFSS visitaram habitações na sexta-feira
De acordo com Constantino Alves, pároco da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, os técnicos do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social visitaram o interior das casas para verificarem as condições dos sistemas eléctricos, algo também confirmado pelos moradores. Idelmira Correia estava presente nesta visita e confirma a entrada dos técnicos na sua habitação. “Finalmente podemos voltar a ter condições dignas para confeccionar refeições quentes e ter luz à noite”, frisa a moradora instalada há cerca de quatro anos no local, que conta ainda ao Setubalense o incidente que teve com o gerador de electricidade movido a gasóleo e que por sorte não teve consequências desastrosas. “Tinha comprado dez litros de gasóleo para o gerador e um dia, por acidente, derramou-se tudo pelo quintal e para a estrada mas felizmente nada de grave aconteceu”. “Agora temos todos de esperar que os técnicos voltem para instalarem a água e luz mas até esse momento chegar desconfia-
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da "Remodelação do Largo José Afonso", incluem a execução de trabalhos de repavimentação, bem como a requalificação urbanística de várias zonas de circulação pedonal.
Reparámos que os buracos na Estrada Nacional 10, em frente ao posto de combustível do Jumbo de Setúbal, já foram tapados com alcatrão, o que melhora a circulação pelo menos naquele pequeno troço da via. Isto porque, um pouco mais à frente, já perto do Poço Mouro, continuam por arranjar alguns buracos que atrapalham e muito a condução dos automobilistas.
Reparámos que na chamada “via partilhada”, que tal como o nome indica deve ser partilhada entre automobilistas e ciclistas, numa convivência civilizada, continuam a existir algumas irregularidades ao longo do percurso um pouco por toda a cidade, talvez porque muitos não entenderam ainda o significado de partilhar. Muitos automóveis estão estacionados ao longo da via, para além de que, durante a circulação, alguns automobilistas ocupam por completo as vias, não deixando espaço para os ciclistas. O problema até pode estar na forma como as vias foram desenhadas, mas discussões à parte, já que elas existem, então há que respeitá-las.
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ENTREVISTA
SEGUNDA FEIRA 14.ABRIL.2014
Presidente da C. M. de Setúbal, Maria das Dores Meira
“Se o Governo disser que é possível, a Câmara de Setúbal reduzirá o limite máximo do IMI” Em entrevista a O Setubalense, Maria das Dores Meira define prioridades para os próximos quatro anos, nomeadamente a recuperação financeira da autarquia e a concretização de projectos como o Parque Urbano da Várzea, a nova Biblioteca Municipal e o Terminal 7. Sobre a polémica em torno do IMI, a autarca garante que, se o Governo disser que é possível reduzir o limite máximo da taxa, apesar de a autarquia estar submetida a um Contrato de Reequilíbrio Financeiro, a Câmara de Setúbal reduzirá o IMI. POR VERA MARIANO
Maria das Dores Meira é Presidente da Câmara Municipal de Setúbal desde 2006, altura e
A CDU renovou a maioria absoluta nas últimas eleições autárquicas. Esperava este resultado? Sim, tendo em conta o trabalho, a dedicação e a motivação com que nos dedicámos ao, trabalho considero que fomos merecedores da renovação da confiança. Que balanço faz dos primeiros seis meses de mandato? Estes primeiros seis meses foram de balanço e também de preparação de trabalho para os próximos quatro anos. Neste momento, já está tudo preparado, estruturado e organizado para dividirmos pelo quatro anos do mandato o trabalho previsto no programa eleitoral que propusemos a sufrágio aos setubalenses e estamos já a discuti-lo com os nossos trabalhadores. Realizámos uma primeira reunião com todas as chefias e também já apresentámos o plano a duas áreas do município: aos trabalhadores das obras municipais e aos trabalhadores da área do ambiente. Foram reuniões muito boas, com a participação de todos, pois esta é a forma como vamos desenvolver o nosso trabalho e não nos demos mal no mandato passado. Foi sempre com a participação muito activa dos nossos traba-
lhadores que projectámos o nosso trabalho e é assim que faremos. As perspectivas são muito boas para termos um mandato excelente, com muito trabalho e algum investimento. Já estão a surgir alguns investidores privados, atraídos pela dinâmica que a cidade está a demonstrar. Estamos todos muito entusiasmados, pois o nosso trabalho está a dar frutos: a cidade está a ficar mais atractiva e o investimento está a acontecer. Quais são as prioridades para os próximos quatro anos de trabalho? As nossas prioridades são voltar a cidade para o rio, dando continuidade à requalificação da zona ribeirinha, bem como requalificar o centro histórico. Esta é a nossa grande aposta: queremos virar a cidade para o rio requalificando também o centro histórico. Também continuar a apostar na captação de investimento privado, para criar mais riqueza e postos de trabalho, tal como fizemos no mandato passado. Outra aposta continuará a ser nos protocolos de descentralização de competências para as juntas de freguesia que agora têm uma nova roupagem, devido à reorganização administrativa, mas que não são mais do que
aquilo que já praticávamos em Setúbal. Vamos continuar a apostar nesse instrumento, pois as freguesias fazem muito mais com o dinheiro que nós lhes entregamos do que o município. Não porque o município não saiba administrar, mas porque pela maior rapidez com que as freguesias executam o trabalho, as populações beneficiam mais e o resultado final é muito melhor e mais eficaz.
e houve necessidade de fazer expropriações, mas está mesmo na fase final. Dentro de dois a três meses, o projecto será apresentado à população e depois iremos submetê-lo a candidaturas a fundos comunitários do QREN ao nível das baías de retenção, e o restante terá de ser em duas ou três fases. A questão prioritária é de facto a concretização das baías de retenção por causa das cheias.
Também há outros projectos que já eram falados no mandato anterior e que fizeram parte do programa eleitoral da CDU… Há alguns projectos centrais que gostaríamos de realizar neste mandato, como o Parque Urbano da Várzea. Queremos construir o maior pulmão verde da cidade, resolvendo igualmente o problema das cheias. Não pode passar deste mandato a resolução deste problema gravíssimo para Setúbal.
Que outros projectos gostaria de concretizar? Queremos concretizar a construção da nova Biblioteca Municipal. O actual equipamento não cumpre os requisitos, quer para o número de população, quer ao nível de qualidade de resposta que uma biblioteca deve dar. Estamos a tentar concretizá-la ainda este mandato, mas também depende de fundos comunitários. Vai começar a ser elaborado o projecto de arquitectura, já que ao nível das ideias foi realizado um concurso em parceria com a Ordem dos Arquitectos e já há um projecto muito bonito, que é publicitado junto ao Largo José Afonso, local onde a biblioteca será construída. Outra preocupação é a requalificação do centro histórico de Azeitão, nomeadamente
Em que fase está o projecto? Está na fase terminal do projecto de execução. É um processo muito complicado, pois há que ter em conta as questões hidráulicas e os levantamentos do terreno. Além disso, algumas áreas ainda eram de proprietários privados
a Rua José Augusto Coelho e ruas adjacentes, que permitirá também resolver os problemas das inundações no centro histórico de Vila Nogueira de Azeitão. Queremos ainda avançar com o Terminal 7, ou seja, um centro de mar que será um espaço com núcleo museológico, cafetaria, centro de formação, auditório e sala para pequenos eventos culturais, um espaço para actividades náuticas e outro espaço de trabalho para todas as pessoas que trabalham com o mar. O Terminal 7 também está dependente de fundos comunitários? É verdade. O projecto está concluído e está em condições de ser candidato a financiamentos comunitários, numa possível abertura de candidaturas para requalificação urbana e de zonas ribeirinhas. No decorrer da semana passada houve novidades sobre a preparação do projecto da eventual construção de uma Marina em Setúbal. Como está a correr esse processo? Está a correr muito bem. Há um grupo de trabalho com elementos da Câmara Municipal, APSS e Clube Naval Setubalense que está já em negociações e contactos com
investidores interessados em construir uma Marina em Setúbal. Mas para que isso aconteça, é necessário garantir as condições técnicas e logísticas, por isso estão a ser realizados estudos para averiguar qual a melhor localização da Marina e qual a viabilidade do projecto. O processo está a andar francamente bem. Uma das questões mais faladas no mandato anterior, e que continuou no início deste mandato, foi a eventual renegociação do Contrato de Reequilíbrio Financeiro, no que toca à questão das taxas municipais, como o IMI. Já foram dados passos nesse sentido? Não é bem isso. Nós tentámos renegociar o contrato em 2006, quando eu tomei posse como presidente, e nessa altura reuni com o então secretário de Estado Eduardo Cabrita, no Governo do Partido Socialista, que nos aconselhou a não fazer a renegociação. Isto porque o nosso Contrato de Reequilíbrio Financeiro obedecia a uma legislação anterior que seria mais benéfica. O secretário de Estado alertou-nos para uma situação menos boa se tivéssemos realizado a renegociação e então optámos não o fazer.
ENTREVISTA
SEGUNDA FEIRA 14.ABRIL.2014
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[ FOTOS: RUI MINDERICO
“Estamos a trabalhar para a recuperação financeira”
ura em que substituiu Carlos de Sousa. Já reconquistou duas maiorias absolutas para a CDU em Setúbal.
Pergunto isto porque quando se falou na questão de que o IMI terá de estar no limite máximo, em Setúbal, devido às obrigações do Contrato de Reequilíbrio Financeiro, a senhora presidente admitiu que poderia haver uma renegociação do contrato para essa questão… Não se trata de uma renegociação, mas sim de solicitar ao Governo, no âmbito do Contrato de Reequilíbrio Financeiro, informação sobre se poderíamos mexer nas
taxas. Não é renegociar o contrato, porque isso implicaria consequências negativas, de acordo com a nova lei. Assim, já endereçámos um pedido à DGAL (Direcção Geral das Autarquias Locais) em relação a isso, mas não obtivemos ainda resposta. Sabemos ainda que, se não estou em erro, o grupo parlamentar do PSD ou do CDS terá colocado também uma pergunta ao Governo sobre esse assunto. A questão é se será mesmo obrigatório que a taxa do
IMI esteja no limite máximo, quando a Câmara Municipal está submetida a um Contrato de Reequilíbrio Financeiro. Não há ainda respostas, quer ao nosso pedido, quer ao do grupo parlamentar. O IMI tem sido um dos assuntos mais polémicos e mais debatidos em Setúbal… Estamos a bater numa questão que é um pouco falaciosa. O problema não está na taxa máxima, porque sempre existiu neste município.
Como está efectivamente a situação financeira da autarquia, que tem provocado inúmeras críticas, nomeadamente por parte da oposição? As contas da autarquia não estão boas, como não está também o país e os outros municípios. Eles deveriam perceber que se as contas da autarquia não estão boas, é por conta da crise, dos cortes do Orçamento de Estado, aumento do IVA nas obras e na electricidade, etc. Tudo isto tem criado difíceis situações financeiras ao país e aos municípios. Era bom que a oposição se preocupasse em saber exactamente como vamos resolver este problema. Por exemplo, como vamos resolver o valor da ADSE que tira dos municípios uma verba que nós não sabemos para quê, quando o próprio
Governo diz que temos de fazer pagamentos mediante uma factura. Queremos saber qual é a factura da ADSE. Tiram 400, 500 ou 600 mil euros dos municípios e não existe factura. O exemplo vem de cima, vem dos partidos da oposição que são continuadamente Governo e não dão justificação a ninguém. É evidente que este é o momento alto de as oposições fazerem o seu papel. Mas o nosso trabalho está à vista e estamos a trabalhar também para recuperar financeiramente a câmara, mas enquanto se mantiver esta situação também está a ser difícil à autarquia a saída da crise. A câmara está em contra ciclo, a melhorar escolas, mercados, equipamentos culturais, etc, porque teve de aproveitar fundos comunitários. Setúbal sozinha não pode-
ria ter realizado tanto trabalho e é claro que, para não perdermos o comboio dos fundos comunitários, tivemos de fazer dívida. A própria gestão do dia-a-dia da Câmara provoca dívida. Não podíamos era olhar para trás e não ter aproveitado uma oportunidade de ouro para que o município se requalificasse e tornar cada vez melhor a vida dos setubalenses. Somos responsáveis, estamos preocupados com a situação, mas estamos a trabalhar para a recuperação financeira do município e a trabalhar para continuar a requalificar Setúbal. Percebemos os argumentos da oposição e pedimos às populações que reconheçam o que estamos a fazer por eles e que, antes de nos ajuizarem, percebam que onde trabalho está aí, o dinheiro está aí.
Mesmo antes do Contrato de Reequilíbrio Financeiro, no tempo do professor Mata Cáceres, a taxa da contribuição autárquica estava no máximo. Há que lembrar ao PS, que hoje fala falaciosamente deste assunto em show off político, que nos seus mandatos a contribuição autárquica também estava no limite máximo. Agora, se não fosse o Contrato de Reequilíbrio Financeiro talvez pudéssemos tirar alguma percentagem, que
foi o que alguns municípios fizeram pouco antes das eleições autárquicas. No Montijo, nas semanas que antecederam as eleições, de uma forma eleitoralista, a taxa desceu cerca de 0,2 na taxa do IMI. O que é que isso alterou na vida das pessoas? Isso foi um show off político. O problema está na reavaliação dos imóveis, que foi decidida pelo Partido Socialista, antes de chegar a troika, e quem a aplicou foi o actual Governo PSD-CDS. As rea-
valiações foram muito elevadas e, por exemplo, um imóvel que passa de uma avaliação de 20 mil para 50 mil euros sofre um agravamento, independentemente da taxa de IMI. Mas se o Governo nos disser que, independentemente do Contrato de Reequilíbrio Financeiro, podemos baixar o limite máximo de IMI, então a autarquia reduzirá a taxa e veremos o que isso mudará no valor do IMI que cada munícipe terá de pagar pela sua casa.
“O IHRU e a Segurança Social têm de resolver a situação da Quinta da Parvoíce e ex Mecânica Setubalense” Está n na a o or ordem rd de em d do o d dia ia a a situ tuaç tu uaç ação ão d a Qu uin inta ta situação da Quinta da Par Parvoíce arvo ar voíc íce e a an anti antiga tiga ti g ga Mecânica Mecâ âni n cca a S Setubalense. ettu e ub bal alen en nse se. se. D que De ue e fforma orm or ma aaC Câmara âm â mar aa M unici cip ci cipa pa al es e stá tá a a co ommMunicipal está acompa p anh n ar a e ssa si ss ssituação? itu tuação açã aç ão o? panhar essa Do p ponto on o ntto o d de e v vi vista iist sta sso st soocial cci ial a jjá á acompanhamos a om ac mpa pa anh nh n ham amoss h há á muitos m mu uitos anos anos nos es no e essa ssa s situasit itu ua açção. ão. o. A câmara, câ âm mar mar ara a,, a ttrrav a és é d a através da Divisão Di D ivi vissã visã ão d de e Inc Inclusão nclu nc usã são So Soci Social, ial a, tem tte em a ac acompanhado compa anh had a o as a ffaa amílias que nesses m mí ílilias as q ue u e moram m nes e ses locais. lo oca cai ais. iiss. Al A Além lém lém m d disso, isso is s , te ttemos mo os vindo v vind vi ind ndo a chamar ch ham ama arr a atenção atte enção nçã nç do d o Instituto In nssttiitu tuto to de de Habitação Ha H abi b ta ação o e R Re Reabilitação ea ab bililitaç itta açção ão U Urbana rb rb ban an ana n
(IHRU) do Instituto (I (IHR HRU) U) e d o In nst s ittut u o de de Ge Gestão est sã ão oF Financeira ina in an nceir i a da S See-g gu gurança ura ranç n a So nç Social ociall (IGFSS) S)) S p pa para ara o ffacto acctto od de e qu q que, ue, sendo do p pr proprietários ropri opri op riettár ário os da daqueles aqu q eles lloo occa cais, aiss, n nã não ão d de deveriam everiiam a deixa deixar xa ar ac a acontecer con onte ecce er a er ass construçõ construções õess ccl clandestinas la an nd nde de est stin nas as q que ue a aumenu en um ntta taram ara ram ao ao llongo on ngo d dos os a os anos, no os, s, sem co sem se ccondições ond ndiç içõe õ s higi higieno-sagien gi enoenoo-sa s ni n nitárias itá tári rias ias as e ccom om problemas om pro ob bllem emass gr graves rav ves es d de e sa ssaúde aúd úde pú p pública. úbl blic ica. a. não A pessoas As pesssoas as n as ão ttêm ão êm cconêm onon dições para viver assim. di iççõ ões e p arra vi a ive ver as ver a ssi sim. m. M Mu Muitas uit itas a d daquelas aq a aque que u la as pe pessoas ess s oa as há pouco cchegaram ch heg heg garam aram ar mh áp po ou ucco te ttemm-m po a P Portugal orrtu o ugal ga g al e er e erguem rgu guem em a al alii ass ssuas ua as ca ccasas sa as n na a e exxx-
pectativa de terem depois direito a uma habitação social. Não pode ser. O nosso município tem muitos outros problemas à espera de resolução. Sendo certo que a habitação não é uma competência das câmaras municipais, também é verdade que as câmaras sempre que puderam, ajudaram a resolver o problema. Quando houve financiamentos do Governo para essa área, as autarquias substituíram-se ao Estado, com programas que tinham
uma grande percentagem de fundo perdido, como o PER – Plano Especial de Realojamento. O problema na Quinta da Parvoíce e ex Mecânica Setubalense está complicado de resolver? Está um pouco complicado, dado o volume de pessoas que ali estão a morar. Mas tem de ser resolvido. As pessoas não têm direito de estar ali e têm de ir para outros locais. Caso tenham condições de pagar uma
renda têm de o fazer. Mas há outros casos de famílias monoparentais que já estão ali há mais anos e, nessas situações, considero que essas famílias devem ter todo o apoio e ser realojadas, quer por parte do IHRU, quer da Segurança Social, pois estas entidades são responsáveis por as pessoas estarem ali há tanto tempo. Deveriam ter resolvido inicialmente o problema, pois já tinham conhecimento da situação há muitos anos.
Neste momento, os moradores na antiga Mecânica Setubalense estão sem luz e água… As pessoas estavam a tirar aquilo que não lhes pertencia. Percebemos a angústia e o desespero das pessoas, mas estamos preocupados com as famílias que estão ali há mais tempo e que deveriam ter mais apoio. Continuamos a trabalhar com o IHRU e a Segurança Social, no sentido de se arranjar uma solução para o problema.
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CULTURA
SEGUNDA-FEIRA 14.ABRIL.2014
Tertúlia do fado sadino [ DR
CARLA LANÇA
“O fado faz-me bem à alma” POR JOAQUIM GOUVEIA
O Setubalense inicia hoje uma viagem ao encontro da tertúlia fadista da nossa cidade. São muitos e bons os fadistas setubalenses que actuam em restaurantes, espaços de convívio e até nas festas populares que se realizam anualmente por todo o concelho. São nomes que começam a ganhar forma no conhecimento colectivo dos amantes da chamada canção nacional. Vamos tentar chegar ao encontro de todos com uma proposta de entrevista que caracterize cada um deles. Silêncio que se vai falar de fado! Porque se tornou fadista? Desde sempre me senti fadista, até porque sempre ouvi fado na casa dos meus pais, e tanto a mi-
nha avó materna como a minha mãe sempre cantaram fado por carolice! Posso dizer que me tornei verdadeiramente fadista com muita naturalidade, através de oportunidades que me foram dadas por amigos e colectividades. Foi algo que conquistei naturalmente e sem obsessões! O fado é paixão ou um estado de alma? O Fado é uma paixão sem duvida. Mas também uma forma de estar. O que posso garantir? Que me faz muito bem à alma. É fadista quem quer ou já se nasce fadista? Há um excerto de um poema que responde a essa pergunta: “não é fadista quem quer mas sim quem nasceu fadista!", actualmente cantado por
uma das minhas referências fadistas, Ricardo Ribeiro. Cantar fado muitos o podem cantar, já senti-lo... é algo que vem de dentro! Há uma tertúlia do fado setubalense? Existem várias tertúlias de fado Setubalenses. Há vários locais em que os fadistas aparecem e cantam até que a voz lhes doa. Quem são as suas referências fadistas? Sem duvida a dona Amália Rodrigues, até porque os primeiros fados que interpretei eram do seu reportório. Ricardo Ribeiro como já referi anteriormente, Carminho, Raquel Tavares, e aprecio muito também outros nomes menos reconhecidos no fado que se podem ouvir em ex-
celentes noites de fado amador. Como define a actualidade em termos do fado nacional? A Actualidade é muito diferente dos tempos em que o fado já queria desabrochar em mim. Nos meus tempos de adolescente era "piroso" gostar de fado, e eu tinha vergonha de o admitir. Os meus colegas apreciavam outros géneros musicais. Hoje o fado está na "moda", e é culturalmente rico. A minha filha nasceu na geração certa e vai ter muito mais tempo para crescer no fado. Mas sinto me muito feliz por ter conseguido entrar na conchinha fechada que era o fado em Setúbal há sensivelmente 10 anos atrás. Fi-lo com muita humildade e não passando por cima de nin-
Que projectos tem para a sua carreira e que caminhos tem trilhado? Um dos meus projectos é gravar um terceiro trabalho discográfico, mas não sei se será ainda este ano. Depois vou tentando
conciliar os espectáculos que vão aparecendo com o meu emprego. Espero continuar a agradar ao público, e ser recebida com o carinho que me tem dado até aqui. Gostava de repetir a minha presença na Feira de Santiago e na Festanima. Peço muita saúde, espectáculos e felicidade. Já agora que possa trabalhar sempre que possível com a minha princesa a meu lado.
penso que hoje as coisas estão diferentes, já sinto outra abertura. A relação que a cidade começa a ter com o mar tem sido muito importante para devolver alguma felicidade e bem estar aos setubalenses”. João da Ilha tem um disco gravado com o título “Amanhecer”. Uma das faixas, “Ò meu velho” foi tema escolhido para a personagem interpretada pelo actor Ruy de Carvalho, na telenovela “Destinos Cruzados”, da TVI. O músico gostava de voltar a gravar e a editar um novo disco mas as condições e os custos obstam, para já, tal veleidade. “Estamos a trabalhar em novos temas – confere – mas a dificuldade económica não facilita as coisas. Vamos continuar a trabalhar”. João começou a compor e a tocar viola depois de se integrar na Tuna Académica “TASCA”, onde desenvolveu um gosto muito particular pela criação dos seus próprios temas. “Inspiro-me na música tradicional portuguesa e é disso que gosto de falar e cantar.
Na Tuna escrevia canções sobre a vida académica e o amor”, relembra. Para este ‘cantautor’, Setúbal tem um bom nível cultural. “Tenho visto uma dinâmica cultural na cidade com um potencial enormíssimo que, penso, está a ser bem aproveitado com as várias iniciativas que têm lugar por todo o concelho”. João da Ilha acredita que tem uma boa aceitação na cidade e que o público já reconhece o seu talento e o seu trabalho. “As pessoas vão conhecendo o meu nome, as minhas músicas, a minha banda e o meu projecto. Fiz a passagem do ano para o município na tenda instalada junto à doca dos pescadores. Correu muito bem”. Feliz consigo, com a vida e com a cidade que aprendeu a amar, João garante que irá continuar um percurso importante onde a marcação e a realização de espectáculos são parte muito importante. “Tenho já agendado um concerto com a banda para a Ilha Terceira”.
guém, sou aquilo que sou, não tento imitar ninguém! Tenho a minha identidade própria.E assim penso que contribui também para a entrada da Joana, nesta área!
Um açoreano em Setúbal [ DR
POR JOAQUIM GOUVEIA
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oão, 34 anos, músico, um açoreano em Setúbal, um homem apaixonado pela cidade que lhe faz recordar a Ilha Terceira, onde nasceu e se habituou, também, a ver o mar. “Quando abro a janela desta minha nova casa vejo o mar, e o mar é fonte de inspiração”, diz o artista que chegou há 14 anos à nossa cidade para estudar, no Politécnico, no curso de gestão de recursos humanos. “A opção era ficar em S. Miguel, ou vir para Setúbal”, recorda João da Ilha, nome artístico pelo qual é já bastante conhecido na cidade. “Falei com alguns amigos da minha ilha que já estudavam em Setúbal e que me deram as melhores referências. Vi várias fotografias do rio Sado e da serra da Arrábida e não tive dúvidas de que deveria avançar para Setúbal”. Da sua terra fala com a saudade natural dos que partem e regressam apenas uma ou duas vezes por ano para estar perto da fa-
mília. “Tenho a minha mãe e dois irmãos na Terceira e é sempre com muita alegria que os visito. Nos Açores há uma apetência natural pelas artes – explica João da Ilha – devido ao isolamento a que as ilhas ficam sujeitas nos tempos de vendaval. Para aliviar a tensão as pessoas cantam e dançam e passam o tempo. Na Terceira, o culto da festa brava ajuda a que haja animação ao longo de todo o ano. À volta da festa as pessoas entretêm-se com várias actividades lúdicas e culturais. Também o carnaval é muito vivo com o seu teatro popular e com muita música. Esta ideia de festejo está enraizada de uma forma geral em todos os açoreanos e em particular na ilha Terceira. Aliás, costuma dizer que há oito ilhas e outra que é um parque de diversão, a ilha Terceira”. Em Setúbal, João encontrou outra realidade, ou como recorda com o seu peculiar sotaque açoreano: “cheguei muito animado, com um grande entusiasmo mas encontrei uma
João da Ilha é um setubalense de coração
cidade cosmopolita em relação à minha condição. Por aqui a alegria e a festa não é contagiante a todos. Sinto um certo alheamento por parte das pessoas em relação à ideia do colectivo. Talvez isso tenha a ver com o facto de grande parte da população não ter nascido aqui. Senti que essas pessoas estavam desilu-
didas porque vieram para cá à procura de trabalho nas grandes empresas que abriram há 30 e 40 anos atrás e as coisas não lhes correram bem, o que as levou a ter de encontrar novas formas de subsistência. Isso, quanto a mim, acabou por gerar uma cidade um pouco mais triste e eu apanhei essa fase. No entanto
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Municípios “exigem o respeito pela autonomia do Poder Local”
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s municípios Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal estão juntos na luta contra a privatização da EGF - Empresa Geral do Fomento. Na sexta-feira, em conferência de imprensa, promovida pela Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), tornaram públicas as acções com que pretendem impedir a concretização da alienação da EGF, empresa que tem a maioria do capital social da Amarsul. Asseguram que vão “utilizar todos os meios políticos e jurídicos” para “defender os interesses das populações” e “manifestar a inequívoca oposição a este processo de privatização da EGF”, detentora de 51% do capital da Amarsul que serve os 9 municípios da Península de Setúbal. Na ocasião, Rui Garcia, presidente
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do Conselho Directivo da AMR Setúbal referiu que o Governo “não se apercebeu que o sistema não funciona contra a vontade dos municípios” recordando que a posição dos municípios da região, vai para além da região de Setúbal, também tem expressão em posições assumidas pela Associação Nacional de Municípios e pela Área Metropolitana de Lisboa. “O Governo não tem atendido às justas reclamações dos municípios”, disse. O autarca salientou que com a publicação do Decreto Lei que estabelece as condições de privatização da EGF, este é “o momento oportuno” para que as autarquias tomem posição “assumindo uma posição comum de todos os municípios” afirmando “estamos legitimados para defender os interesses das nossas populações e iremos utilizar todos os
Rui Garcia promete luta contra a privatização da EGF por parte dos municípios da região de Setúbal
meios políticos e jurídicos”. A AMRS e os municípios vão estar em campanhas de rua para sensibilização das populações sobre esta matéria. Rui Garcia acu-
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grafias remetidas serão disponibilizadas num álbum digital criado para o efeito e serão, igualmente, integradas no Banco de Imagens da Candidatura da Arrábida a Património da Humanidade. O vereador Luís Miguel Calha, responsável pela área cultural, sublinha o papel da Arrábida enquanto “património da região e do país com uma singularidade única do ponto de vista geológico, ecológico e cultural” e com “uma beleza inigualável que queremos preservar, valorizar e potenciar, cada vez mais, como factor de desenvolvimento”. O passatempo fotográfico proposto pelo Município assume-se “como um convite à memória e aos afectos da nossa população para com a Arrábida, que desejamos que venha a ser considerada, muito em breve, Património da Humanidade pela UNESCO”. Paralelamente a esta iniciativa, os três filmes produzidos no âmbito da candidatura, Arrábida Natural, Cultural
os caminhos para a tomada de medidas no plano jurídico, tendo por objectivo combater a privatização e “manter este serviço público que é indispensável
PCP questiona o Governo sobre Centro Hospitalar Barreiro/Montijo
Passatempo fotográfico sobre a Arrábida almela associa-se, uma vez mais, às comemorações nacionais do Dia Internacional de Monumentos e Sítios. Entre 12 e 20 de Abril, a Câmara Municipal promove o passatempo fotográfico “Arrábida: lugar de Memória”. Assim, e com o objectivo de optimizar o trabalho desenvolvido no âmbito da Candidatura da Arrábida, sensibilizando a comunidade local para a importância deste património e envolvendo-a no processo de candidatura, a autarquia convida os interessados a remeter para o Museu Municipal de Palmela fotografias que expressem o vínculo entre a sua memória e a Arrábida. As fotografias podem ser recentes ou seleccionadas do álbum de família. Para que a imagem tenha voz, cada fotografia deve contar com uma legenda que contenha a seguinte informação: local, data, nome das pessoas que constam na imagem e/ou breve descrição do local/ paisagem, monumento ou pormenor a que se refere, autoria e descrição da memória a que está associada. Todas as foto-
sou o Governo de “violar os acordos que levaram à constituição da AMARSUL e violou os direitos dos municípios”. Nesse sentido os municípios estão a analisar
às populações. Temos que manter este serviço na esfera pública, não pode ser um negócio” sublinhou Rui Garcia frisando que caso a privatização seja concretizada, vai registar-se “um aumento dos custos” e “dificuldades de acesso aos serviços”. Salientou ainda que a gestão privada terá uma perspectiva de “rentabilidade da empresa” e “por o serviço a dar lucro”, porque “esta é a lógica de qualquer empresa”. Recordou que actualmente “os municípios são proprietários e são clientes, são quem faz a recolha e têm um papel fundamental no sistema”. Para o responsável “o Governo ainda não interiorizou esta realidade” e não entende que o sistema não funciona “contra a vontade dos municípios. O Governo não se apercebeu desta realidade”, concluiu.
e Imaterial, vão ser projectados, ininterruptamente, ao longo desta semana, no mini auditório do Castelo de Palmela (Praça de Armas). O Dia Internacional de Monumentos e Sítios, comemorado a 18 de Abril, foi criado pelo ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios) em 1982, e aprovado pela UNESCO. Em Portugal, as comemorações são promovidas pelo IGESPAR e, este ano, prolongam-se entre 12 e 20 de Abril, com actividades subordinadas ao tema “Lugares de Memória”.
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s deputados do PCP eleitos pelo distrito de Setúbal confrontaram o Governo sobre o Centro Hospitalar Barreiro/Montijo. Os comunistas querem saber por que motivo a capacidade instalada da cirurgia de ambulatório no Hospital do Montijo não está totalmente aproveitada. Interrogam ainda o poder central sobre qual a perspectiva do Governo para o futuro do Hospital do Montijo e que valências se prevê que venha a ter e ainda assim como quais as valências que se prevê
ter o Hospital do Barreiro. Neste rol de interrogações os deputados do PCP incluíram igualmente as medidas que o Governo pretende tomar para assegurar o funcionamento adequado do serviço de urgência, incluindo a dotação de meios técnicos e humanos. Segundo os comunistas as medidas impostas pelo Governo “dificultam” o funcionamento do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo e “por conseguinte a prestação dos cuidados de saúde”. Frisam que há “enormes
preocupações” quanto às valências e serviços que permanecerão no centro hospitalar, na sequência da reorganização hospitalar que o Governo pretende implementar, considerando que “as recentes alterações nas urgências são já um indício do que pode estar para vir”. Argumentam ainda que a capacidade dos serviços “não está a ser totalmente aproveitada” sendo exemplo disso mesmo “a cirurgia de ambulatório no Hospital do Montijo que funciona em cerca de 50%”.
Contos de Hans Christian Andersen lançados em Quinta do Conde
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Cafetaria do Parque da Vila, na Quinta do Conde, foi palco do lançamento do livro Os Contos, de Hans Christian Andersen. A iniciativa que teve lugar no passado sábado, 12 de Abril, contou com uma plateia de gente interessada e participativa. A publicação reúne 43 contos originais do escritor dinamarquês, entre os quais O Patinho Feio, A Princesa e a Ervilha e O Firme Solda-
dinho de Chumbo. O evento contou ainda com actuação do Grupo de Vozes e do Quarteto de Sopros da Escola de Música Anacrusa. Quis ser actor, cantor, e bailarino. Acabou por criar contos infantis que se tornaram ficções para leitores de todas as idades. Autor dos célebres O Soldadinho de Chumbo, O Patinho Feio ou O Fato Novo do Imperador. Hans Christian Andersen nasceu a 2 de Abril
de 1805, em Odense, na Dinamarca, no seio de uma família humilde. Depois da morte do pai, que lhe costumava contar histórias com a ajuda de um teatro de fantoches, mudou-se para Copenhaga. Nunca casou nem teve filhos e, em 1835, publicou os dois primeiros dos 156 contos que haveria de escrever, inspirado no mundo de fadas e duendes e na tradição popular dinamarquesa.
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Quatro famílias continuam sem luz há quatro meses Quatro famílias, incluindo meia dúzia de crianças, continuam sem luz e sem água já lá vão quatro meses, no Monte da Cilha Queimada, na Herdade de Rio Frio.
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s moradores do Monte Cilha Queimada ficaram sem luz e água, no dia 19 de Dezembro, quando foram furtados os cabos eléctricos, que forneciam energia ao monte. José Oliveira que foi funcionário da Herdade de Rio Frio, trabalhando actualmente na Câmara de Alcochete, conseguiu que a autarquia “emprestasse um gerador, que permite que tenhamos luz e água durante duas horas e meia”, mas “temos que suportar o custo do gasóleo, que se traduz em 15 euros diários por cada família”. Mas este morador alerta “temos que devolver o gerador à câmara, quando começarem as comemorações do 25 de Abril e as festas”. Mas as preocupações aumentam porque “sou doente, sofro de apneia do sono, que me obriga a ter um ventilador, mas sem luz, não consigo ligá-lo e cor-
[ FOTOS: DR
ro sérios riscos de sofrer um novo enfarte”. Cizéla Margarido, de 63 anos, residente nesta zona há mais de 30 anos, vive momentos dramáticos, pois além de ter uma reforma mínima, tem o
marido acamado há seis anos “estamos a atingir o limite desta situação, pois não temos dinheiro e sem luz e água não conseguimos viver”. Outro dos moradores, José Carlos Costa, confessa
que “temos que ir buscar água de uma vala para nos lavarmos, mas que está poluída e não serve para beber”. Ana Lúcia Pereira, de 33 anos, com uma filha considera, que a situa-
ção “está a tornar-se insuportável. Vivo do ordenado de ajudante de cozinheira e o pagamento do gasóleo do gerador resulta numa grande despesa”. Para Maria de Lurdes a situação “era
de fácil resolução se os proprietários da Herdade de Rio Frio tivessem boa vontade, pois a autarquia já se disponibilizou para recolocar a instalação eléctrica”. Os moradores afirmam que a administração da Herdade de Rio Frio propôs que fossem morar para o Monte do Laranjo, que fica na zona de Rilvas. “Não nos importamos de ir para essa zona, desde que existam condições e que não nos obriguem a pagar as casas, pois os trabalhadores da Herdade sempre usufruíram dessa vantagem”, revelam. Os moradores já reuniram com a administração da Herdade de Rio Frio, mas decorridos quatro meses tudo “continua na mesma, sem vermos uma solução a curto prazo”. Apesar de tentarmos contactar com os responsáveis da Herdade de Rio Frio, não obtivemos resultados positivos.
Sebastião da Construção da Estratégia Gama lembrado de Desenvolvimento Local 2014-2020 em Azeitão [ DR
Celestina Neves e Pedro Pina depositaram flores na estátua do Poeta
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poeta Sebastião da Gama foi lembrado na data do aniversário, por autarcas e população de Azeitão. O vereador da Cultura da Câmara de Setúbal, Pedro Pina, e Celestina Neves, presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, colocaram duas coroas de flores, na estátua do poeta da Arrábida. Para o vereador Pedro Pina, vereador da Cultura,
“Sebastião da Gama descreveu a Serra da Arrábida como poucos” e os seus poemas “permitem continuarmos a sonhar”. Celestina Neves, presidente de Azeitão, recordou Sebastião da Gama, “participámos nesta iniciativa e inaugurámos uma exposição de Sebastião da Gama no museu com o seu nome, que incluiu a declamação de poemas inéditos”.
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ADREPES, em parceria com o Instituto Politécnico de Setúbal, realizaram entre 18 de Março e 6 Abril, um conjunto de reuniões de diagnóstico dos sectores de actividade relevantes para a Estratégia de Desenvolvimento Local (EDL) 2014-2020 da Pe-
nínsula de Setúbal. Na sequência da sessão de lançamento da EDL, em Palmela, os actores locais foram convidados a participar em reuniões sectoriais para, com base na sua experiência e conhecimento, elaborarem o diagnóstico relativo aos sectores Património,
Pescas, Turismo, Rural e Social, seguindo a metodologia SWOT. Estas reuniões foram animadas por docentes do Instituto Politécnico de Setúbal e técnicos da ADREPES e decorreram em Alcochete, Sesimbra, Setúbal, Montijo e Moita. Os resultados deste diagnósti-
co servirão de base à elaboração da EDL, que será construída tendo em conta os contributos dos participantes, em ateliers de trabalho que terão lugar em Maio. Prevê-se que o processo de construção da estratégia esteja concluído durante o mês de Junho.
Sede da Associação de Moradores do Lau assaltada
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sede da Associação de Moradores do Lau foi assaltada na passada semana. Os ladrões entraram na tenda que serve de instalações à associação através de um rasgão da parte que ainda falta substituir de lona por chapa. Os assaltantes já com parte do roubo, fugiram quando fizeram accionar o alarme, deixando
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tudo o que pretendiam roubar para trás. Segundo a direcção da Associação de Moradores do LAU, que depois de alertada para o acontecimento solicitou de imediato o auxílio da GNR, assegura que as forças de segurança rapidamente chegaram ao local. A contabilizar estão os danos na estrutura da tenda.
Os ladrões acabaram por fugir sem conseguir levar nada
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Um Ricardo desafinado e um acertado propiciaram um desfecho equilibrado 1ª Liga Um ponto somado em Coimbra, frente à Académica, deixa o Vitória no 7.º lugar. Rafael Martins voltou a marcar em noite azarada. Ricardo Horta falhou penálti e a equipa sadina acabou com 10 jogadores em campo. [ a-gosto.com
Estádio Cidade de Coimbra 27ª Jornada, Liga, 20 horas Académica Ricardo (GR), Marcelo Goiano, Halliche, Djavan, João Real ■ aos 39 m (Manoel, aos 76 m), Makelele, Fernando Alexandre, Marcos Paulo (Digo Valente, aos 61 m ■ aos 70 m), Rafael Lopes, Ivanildo ■ aos 76 m, e Salvador Agra (Marinho, aos 87 m). Treinador - Sérgio Conceição VITÓRIA Kieszek (GR), Pedro Queirós ■ aos 33 m, Venâncio, François ■ aos 59 m, Nélson Pedroso ■ aos 36 m, Dani, João Mário, Pedro Tiba, Ricardo Horta (Paulo Tavares, aos 85 m), Betinho (Ozéia, aos 61 m) e Rafael Martins (Miguel Pedro, aos 35 m ■ aos 54 m). Treinador – José Couceiro Árbitro Luís Ferreira /AF Braga) GOLOS 0-1, por Rafael Martins, aos 27 m; 1-1, por Marcos Paulo, aos 33 m (G.P.).
Classificação Liga - Jornada 27 1-1 Académica - VITÓRIA Nacional - Marítimo 2-0 Belenenses - Guimarães 3-1 Rio Ave - Olhanense 1-2 Sporting - Gil Vicente 2-0 Arouca - Benfica 0-2 Braga - F.C. Porto 1-3 Estoril - P. Ferreira Hoje às 20h
Benfica Sporting FC Porto Estoril Nacional Braga VITÓRIA Marítimo Académica Guimarães Rio Ave Gil Vicente Arouca Belenenses P. Ferreira Olhanense
J 27 27 27 26 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 26 27
V 22 19 17 13 10 10 9 9 8 9 8 7 6 5 6 5
E 4 6 4 7 11 5 7 7 9 4 7 6 7 9 5 6
D 1 2 6 6 6 12 11 11 10 14 12 14 14 13 15 16
M-S 54-15 52-18 51-22 39-25 37-31 37-34 36-38 35-42 20-30 27-32 21-31 22-36 24-39 17-31 26-49 18-43
P 70 63 55 46 41 35 34 34 33 31 31 27 25 24 23 21
Próxima jornada - 19 Abril Guimarães - Arouca (quinta-feira, às 20h00); Marítimo - Académica, P. Ferreira - Nacional (sábado, às 16h00); Gil Vicente - Estoril (sábado, às 17h00); Belenenses - Sporting (sábado, às 19h15); Benfica Olhanense (domingo às 18h); VITÓRIA Braga (segunda, às 18 horas); FC Porto - Rio Ave (segunda, às 20 horas.
[ DR
Declarações do mister
POR JOAQUIM GUERRA
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O Vitória recebe o Braga, segundafeira, às 18 horas, em jogo a contar para 28.ª ronda da Liga. Cardozo, Coronas e Zéquinha apontam ao regresso à equipa vitoriana Na antevisão ao jogo, José Couceiro teceu duras críticas à nomeação do árbitro Luís Ferreira. Um juiz que havia, esta época, marcado quatro penáltis contra o Vitória. Ora, o homem do apito não quebrou a tradição cardo tenha sido o melhor em campo. Mas a Académica entrou melhor, cometemos muitos erros, não conseguimos ter bola e fizemos faltas que permitiram à Académica explorar os seus pontos forte. Conseguimos equilibrar e acabamos a primeira já por cima”.
José Couceiro, treinador do Vitória
“Pela nossa segunda parte, após a expulsão, fica um amargo de boca, poderíamos ter vencido. Talvez o Ri-
RESULTADO
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m bom jogo numa noite de emoções à flor da relva. O Vitória esteve a ganhar, o árbitro provocou o empate, Ricardo Horta podia ter dado o triunfo, mas o jogo, em Coimbra, na sexta-feira, frente à Académica, acabou com uma igualdade a um golo. Acrescente-se que houve um outro Ricardo com ‘mãos de ferro’ no lado dos ‘estudantes’, numa partida em que o avançado vitoriano Rafael Martins reforçou a sua condição de goleador e foi parar ao hospital.
“Na segunda, há um período até à expulsão e depois, quando baixamos as linhas, mas tivemos muitas oportunidades para fazer o segundo. Temos mais um
Académica
VITÓRIA
Pedro Tiba teve nos pés o golo mas ainda não se estreou a marcar
e voltou a marcar mais dois, um para cada lado, sendo o contra os sadinos passível de uma decisão muito discutível (braço na bola ou bola no braço?) Também, o treinador do Vitória, havia comentado a questão dos cartões, e os sadinos terminaram o jogo com uma expulsão e mais três amarelos. O vermelho directo ao central François, aceita-se. Mas vamos ao jogo. O Vitória apresentou-se em Coimbra com o mesmo ‘onze’ com que derrotara, por 3-0, o Nacional, na úlponto, queríamos ganhar, a Académica também, é assim o futebol”. “A questão do árbitro? Sou defensor da nomeação, mas quando um árbitro tem um certo histórico, com os grandes eles são poupados, também devia acontecer com os outros. Cria desconfiança sem necessidade. Nada contra a Académica ou o árbitro em si. Podia contestar o penálti contra nós, por exemplo. Já expulsão, não contesto”.
tima ronda, conjunto que viu o adversário da 27.ª jornada a dominar nos primeiros 20 minutos. De facto, até essa altura, os ‘estudantes’ criaram perigo e estiveram perto de abrir o activo. Todavia, quem tem um dos melhores artilheiros da Liga está sempre à espera de ver festejos. Rafael Martins, na primeira grande situação em que a bola lhe chegou aos pés, atirou a contar. Um trabalho individual dentro da área e a bola no fundo das redes, que inaugurou o marcador e ampliou
para 13, a sua marca na lista dos melhores marcadores da prova. Refira-se que já leva tantos, como os assinados pelo ex-avançado Meyong na época passada. Penálti, disse o árbitro Todavia, a vantagem sadina não demorou muito a ser anulada. Com Rafael Martins fora do campo a ser assistido, o árbitro entendeu que um remate, forte, disparado a um metro, contra o braço de Pedro Queirós foi passível de castigo máximo e os locais não desperdiçaram. Uma decisão que teima em não
Garantir a continuidade, a título definitivo, do goleador brasileiro Rafael Martins na próxima temporada é objectivo dos dirigentes vitorianos ser unânime entre a arbitragem e que desta vez, terá penalizado, o Vitória. Um ‘azar’ vitoriano, que a somar à saída forçada do avançado brasileiro devido a lesão, ainda foi complementado com um
penálti falhado, a três tempos. Na cobrança, em resultado de uma rasteira sobre Betinho, que não deixou dúvidas, Ricardo Horta permitiu a defesa do guardião Ricardo – sexto penálti defendido esta época. A bola ainda sobrou para o jovem sadino, mas a emenda bateu na barra, na recarga, Dani não foi mais feliz ao cabecear por cima. (!!!) Três momentos marcantes, em apenas oito minutos, na recta final da primeira parte. Acabar com 10 e ponto na mala A vontade das duas equipas em chegar ao triunfo foi nota dominante nos instantes iniciais da segunda metade. Todavia, o prato da balança ficou desequilibrado a partir dos 57 minutos, quando François viu cartão vermelho directo. O central sadino não teve travões e atropelou Marcos Paulo, quando este se esgueirava com perigo para a área vitoriana. Vitória reduzido a 10 e a Académica a forçar o golo até ao fim, mas sem sucesso. Ainda assim, a inferioridade dos sadinos não os demoveu de visar as redes contrárias e o jogo não terminou sem que Pedro Tiba, por duas vezes, ele que foi dos melhores em campo, a falhar por pouco um golo que poderia valido os três pontos.
Rafael em repouso tranquiliza O
minuto 33 no jogo frente à Académica atirou Rafael Martins para fora do jogo e para dentro do Hospital de Coimbra. Depois de ter marcado o seu 13.º golo na Liga, o avançado caiu desamparado no relvado e teve de ser observado no hospital, de onde só saiu no sábado. Um traumatismo da zona sacro ilíaca e lombar foi o diagnóstico e agora resta-lhe repou-
[ DR
Rafael Martins saiu do estádio para o hospital
sar, em casa, ainda que o próprio esteja optimista para um rápido regresso. “Apesar do susto, aparentemente não é nada de grave. Muito obrigado
a todos que mandaram mensagens e preocuparam comigo. Vou ficar em casa uns dias em recuperação”. Escreveu no facebook, o jogador.
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Clube de Motorismo de Setúbal acelerou na primeira iniciativa [ DR
POR JOAQUIM GUERRA
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m domingo para a história. O Clube de Motorismo de Setúbal realizou este domingo, no Kartódromo Internacional de Palmela, o I Troféu de Karting, naquela que foi a sua primeira prova. Uma corrida de karting que reuniu mais de duas dezenas de populares numa manhã de promoção ao desporto automóvel e ao clube que mantém acesa a esperança de fazer regressar a Rampa da Arrábida à beira-Sado. “A prova foi um sucesso”. Começou por vincar a o Setubalense André Lopes, responsável do Clube de Motorismo de Setúbal. “Registámos mais inscrições do que o previsto, pelo que estamos muito satisfeitos com a iniciativa que veio reafirmar que a nossa região tem adeptos fiéis aos desportos motorizados e gosta desta prática”, acrescentou, lembrando que estiveram em pista 22 pilotos oriundos da península, alguns dos quais antigos participantes na Rampa da Arrábida.
Os mentores do Clube (Francisco Guerreiro, Luís Marques, André Lopes e Fábio Santos, na foto, em baixo, da esquerda para a direita)
Convívio e pé no acelerador As duas dezenas de participantes no troféu chegaram a horas, por volta das 10h30, de garantir que tudo estava preparado para encararem a pista, uma hora mais tarde, com renovada motivação e muita vontade de chegar em primeiro. “Foi uma prova recheada de peripécias e lutas por todos os lugares, desde o primeiro ao último”, contou André Lopes, que destacou o clima de en-
tusiasmo e convívio vivido desde cedo entre os pilotos, que recordaram participações de outros tempos. No final de meia-hora com o pé a fundo, e depois de entregues os prémios, sendo que o vencedor ainda foi contemplado com a possibilidade de pilotar um kart de competição, gentilmente cedido pelo KIP, durante uma volta, a satisfação foi o sentimento mais notado entre todos. “A opinião foi unânime, todos os participantes
Dia do Guarda-redes vai animar dezenas de atletas na Quinta do Conde
É
uma iniciativa única na região que se repete nos últimos anos e gera sempre uma grande adesão e entusiasmo junto dos atletas. O Dia do Guarda-redes, evento promovido pela Escola de Guarda-Redes de Futebol da A.D. Quinta do Conde, realiza-se no próximo sábado, no campo António Xavier de Lima. Destinado a todos os jogadores, entre os 6 e os 35 anos, esta acção reservada à posição específica tem assumido a promoção e o interesse juntos dos atletas em seguir uma carreira de guardiães de futebol. “Potenciar a figura do guarda-redes como parte importante na estrutura de uma equipa de futebol; Divulgar a importância do treino específico de guar-
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querem mais provas. Vamos trabalhar nesse sentido para realizar, pelo menos, mais dois troféus este ano, em datas a marcar”, revelou André Lopes. Uma referência para a grande presença de familiares e amigos dos concorrentes, que deram um colorido acrescido ao evento. Rampa em ‘banho-maria’ O Clube de Motorismo de Setúbal tem vindo
A importância da iniciativa, além de contar com inscrições de atletas da região, regista igualmente presenças de jogadores de outros pontos do país e, este ano, traz a novidade de guarda-redes no feminino.
ão oito as jogadoras do Quintajense que fazem parte da convocatória final da selecção distrital da AF Setúbal, que vai participar, entre terça e sexta-feira, em Santarém, na fase única do Torneio Nacional Inter-associações sub16, em futebol feminino. Depois de vários treinos de observação, o seleccionador distrital, Alexandre Santana, convocou as seguintes jogadoras: Quintajense FC – Bruna Antunes, Ana Correia, Mariana Jaleca, Raquel Vicente, Maria Beatriz, Adriana Baguinho, Carolina Rosa e Andreia Filipa; Escola F.F. Setúbal – Beatriz Martins; Paio Pires FC – Kassandra Fernandes e Sofia Hilário; Palmelense FC – Beatriz Conduto; CD Pinhalnovense – Joana Martins; CR Instrução – Catarina Sebastião. Recorde-se que o conjunto da região vai disputar o Grupo E a par das seleções de Coimbra e Leiria. A competição envolve um total de 17 seleccionados distritais, que na primeira fase da prova medem forças em seis grupos de qualificação.
Classificação
A
equipa de futebol do Palmelense não conseguiu melhor do que uma igualdade a zero, este domingo, no seu reduto, no desafio frente aos Pescadores da Costa de Caparica, actuais últimos classificados na ta-
II Distrital - 2ª Fase -Jornada 5 Ol. Montijo - V. Gama 2-0 Moitense - Est. Faralhão 3-2 AD Qtª Conde - Ch. Caparica 1-0
da-redes, e actuar como ponto de encontro e de intercâmbios de experiências entre guarda-redes, são alguns dos objectivos a que se propõe a organização que tem um agendado um programa activo para o dia do evento.
S
Palmelense empata mas sobe
Classificação
Aprender e lembrar a técnica específica é objectivo da acção
a desenvolver todos os esforços pra fazer regressar a histórica competição automóvel da Rampa da Arrábida. Depois de muitos avanços, os responsáveis ainda aguardam por uma reunião com a Câmara de Setúbal para a presentar o projecto e, com isso, desencadear o processo. Certo é que o entusiasmo não refreia e está cada vez mais perto o regresso de uma competição que é um símbolo da região sadina.
Quintajense domina chamada final para a selecção
Ol. Montijo AD Qtª Conde Ch. Caparica V. Gama Moitense Est. Faralhão
J 5 5 5 5 5 5
V 4 4 2 3 1 0
E D M-S P 1 0 10-3 29 0 1 10-5 23 1 2 9-8 22 0 2 6-5 18 0 4 5-11 13 0 5 7-15 11
Próxima jornada - 27 Abril Vasco da Gama - Estrelas do Faralhão; Moitense - Charneca de Caparica; Olímpico do Montijo - AD Quinta do Conde.
bela da I divisão distrital. Ainda assim, o conjunto de Palmela ganhou uma posição na classificação, por troca com a formação sadina do Comércio e Indústria, que saiu derrotado de Alfarim, pela margem mínima.
Classificação C.N.S. Subida Sul - Jornada 9 Benfica C. Branco - Oriental 1-0 Sertanense - Pinhalnovense 3-3 Ferreiras - U. Leiria 1-0 Loures - Mafra 0-3
Benfica C.B. Oriental Sertanense Mafra Ferreiras U. Leiria Loures Pinhalnovense
J 9 9 9 9 9 9 9 9
V 5 5 4 3 4 3 2 1
E D M-S P 2 2 20-7 17 2 2 12-7 17 4 1 14-9 16 4 2 9-6 13 1 4 12-14 13 2 4 9-13 11 1 6 8-21 7 2 6 11-18 5
Próxima jornada - 19 Abril Sertanense - Oriental; U. Leiria - Pinhalnovense; MafraFerreiras; Loures - Benfica C. Branco.
I Distrital - Jornada 22 U. Banheirense - M. Caparica Alcochetense - Sesimbra Arrentela - Fabril Amora - Grandolense Palmelense - Pescadores B. M. Almada - U. Santiago Alfarim - C. Indústria Almada - Paio Pires J Fabril 22 Amora 22 Alcochetense 22 Almada 22 Grandolense 22 U. Banheirense 22 M. Caparica 22 BM Almada 22 Alfarim 22 U. Santiago 22 Palmelense 22 C. Industria 22 Arrentela 22 Sesimbra 22 Paio Pires 22 Pescadores 22
V 17 15 14 10 12 10 9 8 8 8 6 6 5 5 3 1
E 2 3 4 10 4 7 6 6 6 5 6 5 3 2 5 4
D 3 4 4 2 6 5 7 8 8 9 10 11 14 15 14 17
M-S 40-14 50-19 44-16 30-19 36-26 34-22 31-28 33-33 25-23 33-31 25-33 25-33 23-50 29-52 17-42 17-51
4-2 4-2 1-2 1-1 0-0 3-1 1-0 2-0 P 53 48 46 40 40 37 33 30 30 29 24 23 18 17 14 7
Próxima jornada - 27 Abril Paio Pires - U. Banheirense; M. Caparica - Alcochetense; Sesimbra - Arrentela; Fabril - Amora; Grandolense - Palmelense; Pesacdores - B.M. Almada; U. Santiago Alfarim; C. Indústria - Almada.
ÚTEIS/ LAZER
SEGUNDA-FEIRA 14.ABRIL.2014
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PASSATEMPOS - SUDOKU Soluções
Cinema FÓRUM MUNICIPAL LUÍSA TODI
Travessa Gaspar Agostinho, n.º 1 - 1º andar • 2900-389 Setúbal Serv. Adm. Tel. 265 094 354 • 265 048 405 - Telem. 912 277 601 Redacção Tel. 265 092 633 e-mail: geral@osetubalense.com
1 “Serenata à Chuva” Hoje – 21h00
Sinopse:
“
Serenata à Chuva” (Singin’ in the Rain), um dos musicais mais populares do cinema americano, é o filme em destaque em mais uma sessão do ciclo “Lauro António Masterclass”, com entrada livre. Hollywood: 1927. É uma época de mudança na indústria cinematográfica e os filmes mudos estão a perder terreno para as novas fitas com som. Don Lockwood e Lina Lamont são a dupla mais famosa do cinema mudo. As suas prestações são um
verdadeiro sucesso e as revistas apostam numa relação íntima entre os dois, o que na realidade não existe. Com a chegada do cinema falado, o par romântico é confrontado com a realização de um musical, no qual é necessário ter um bom desempenho vocal. Mas Lina tem um problema grave. A voz é demasiado aguda para os filmes sonoros e Kathy Selden, uma corista que se cruza na vida de Don, é contratada para dobrar a voz da popular atriz.
8•12•19•30•33 + 4•11 Telefones Úteis
Exposição 1 "Cartoons da Revolução" Até 3 de Maio – 3ª a 6ª feira das 11h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 - Sábados das 14h00 às 18h00
“
ironia e subtileza com que o autor narrou aquele período. A exposição, composta por trabalhos publicados, sobretudo, no suplemento literário do Diário de Lisboa, é dividida em duas partes, a primeira com uma caracterização de Portugal nos últimos anos da ditadura, a segunda sobre a aceleração apaixonada
Tempo HOJE
Protecção Civil de Setúbal 800 212 216
Capitania Porto de Setúbal 265 548 270
Protecção à Floresta 177 Táxis 913 201 015 935 910 222 962 012 727
AMANHÃ
CP de Setúbal 265 526 845
TST Setúbal 265 009 721
Céu pouco Nublado
Cruz Vermelha Portuguesa 265 522 578 Intoxicações 808 250 143 Piquete Águas do Sado 265 529 800 Piquete EDP 800 506 506
vivida entre 25 de Abril de 1974 e 25 de Novembro de 1975, durante o PREC.
9•12•21•22•23 + 4
Câmara Municipal de Setúbal 265 541 500
GNR de Setúbal 265 540 287
GALERIA MUNICIPAL DO 11
Cartoons da Revolução”, uma exposição com desenhos de Abel Manta, iniciativa integrada nas comemorações locais dos 40 anos do 25 de Abril, revisita momentos que marcaram o antes e o depois da Revolução dos Cravos, em mais de uma centena de cartoons marcados pela ferocidade,
TOTOLOTO
EUROMILHÕES
Polícia de Segurança Pública 265 522 022 Polícia Marítima 265 548 275
24º 14º
Céu pouco Nublado
24º 12º
Marés LINHA DE EMERGÊNCIA Bombeiros Sapadores de Setúbal 265 522 122 Bombeiros Voluntários 265 523 523 Protecção Civil 265 523 223 Cruz Vermelha Portuguesa 965 394 3910
HOJE Hora
Altura (m)
Hora
Altura (m)
03:08 3.29 09:17 0.66 15:27 3.34 21:34 0.65 AMANHÃ 03:45 09:52 16:03 22:10
3.38 0.57 3.44 0.56
Preia-Mar Baixa-Mar Preia-Mar Baixa-Mar Preia-Mar Baixa-Mar Preia-Mar Baixa-Mar
Título registado na ERC sob o n.º 107552; Propriedade: Carlos Bordallo-Pinheiro; Director: João Abreu - director@osetubalense.com; N.º Registo Legal 8/84; Jornalistas: (Cf. n.º 3 do art.º 14.º do Dec.-Lei n.º 56/2001 de 19/2); Redacção: Tel: 265 092 633; redaccao@osetubalense.com - Vera Mariano - C.P.J. n.º 5213 - vera.mariano@osetubalense.com; Vera Gomes - vera.gomes@osetubalense.com; Colaboradores: Joaquim Guerra (Desporto) C.P.J. 9461 - joaquim.guerra@osetubalanse.com; Fátima Brinca (Região) - C.P.J. n.º 2574 - fatimabrinca@gmail.com; Joaquim Gouveia (Cultura e Reportagem) - C.P.J.TE n.º 644 - quim.gouveia@sapo.pt; Brissos Lino; Giovanni Licciardello; Departamento Comercial: Mauro Sérgio - mauro.sergio@osetubalense.com; Departamento Administrativo: Tel: 265 094 354 • 912 277 601; Ana Almeida - ana.almeida@osetubalense.com; Branca Belchior - branca. belchior@osetubalense.com; Cessionário e Editor: Setupress - Soc. Editora, Lda. - Pessoa Colectiva com o n.º 510 965 423 com domicílio na Travessa Gaspar Agostinho n.º 1 - 1º Andar - 2900-389 Setúbal; Gerentes: Carlos Bordallo-Pinheiro; Maria Luisa Bordallo-Pinheiro; José Araujo; Proprietário com mais 10% do capital social: Bordalo Pinheiro, Lda; Tiragem: 5000 ex.; - Fotocomposição e Arte Final: Setupress - Soc. Editora, Lda. - Travessa Gaspar Agostinho n.º 1 - 1º Andar - 2900-389 Setúbal; Impressão: Tipografia Rápida de Setúbal - Travessa Jorge D'Aquino, 7 - 2900-427 Setubal - trapida@bpl.pt
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ÚLTIMA HORA
SEGUNDA-FEIRA 14.ABRIL.2014
Câmara conseguiu acordo com Amarsul para travar penhoras A POR VERA MARIANO
Câmara Municipal de Setúbal chegou a acordo com a Amarsul, empresa responsável pela valorização e tratamento dos resíduos sólidos na península de Setúbal, para o pagamento da dívida de cerca de dez milhões de euros à empresa. Fonte do gabinete da presidência disse a O Setubalense que o acordo permitirá o “pagamento da dívida num prazo de cindo anos” e serão, assim, “levantadas as penhoras das contas da autarquia”. O acordo que ser assinado hoje, entre a Câma-
ra de Setúbal e Amarsul, surge como desfecho de um processo movido pela empresa, no ano passado, “relativo à dívida no pagamento de serviços prestados pela Amarsul ao Município de Setúbal”. Na altura em que a empresa interpôs o processo de execução à penhora, a dívida era de cerca de oito milhões de euros, mas, actualmente, tal como a Amarsul confirmou a O Setubalense, a dívida da Câmara de Setúbal já é superior a dez milhões de euros. Apesar de ter decidido recorrer aos tribunais para ser ressarcida da dívida, a Amarsul nunca fechou as
portas a um entendimento com a autarquia sadina, pelo que as negociações continuaram. No entanto, o processo continuou os trâmites normais no tribunal e estavam em curso penhoras às contas da Câmara de Setúbal, tal como O Setubalense revelou na edição de sexta-feira. Na mesma edição, O Setubalense revelava ainda que estaria para breve um entendimento entre as duas partes, pois a presidente da autarquia, Maria das Dores Meira, garantiu que estavam bem encaminhadas as negociações com a Amarsul, de forma a travar as penhoras, o que acabou por ser conseguido
na própria sexta-feira. Ainda sobre esta matéria, a Comissão Política do PSD de Setúbal marcou uma conferência de imprensa para hoje na qual o presidente da comissão, Nuno Carvalho, promete “divulgar e analisar a situação financeira da Câmara Municipal de Setúbal, designadamente os processos judiciais em curso que poderão impossibilitar o normal funcionamento do município”. No entanto, Maria das Dores Meira garantiu ainda a O Setubalense que não estão em causa pagamentos a trabalhadores, nem o funcionamento da autarquia.
Motoclube de Setúbal reconstrói cadeira de deficiente motora [LUÍS CRUJEIRA
POR VERA MARIANO
O
Motoclube de Setúbal reparou a mota com cadeira adaptada de Tânia Cotovia, que tinha sido totalmente vandalizada há cerca de dois meses. Sem meios para arranjar a mota, Tânia, deficiente motora, pediu ajuda do Motoclube que aceitou de imediato Foi com emoção que Tânia Cotovia recebeu ontem do Motoclube de Setúbal uma prenda que não irá esquecer e pela qual ficará agradecida “para o resto da vida”. A jovem de 24 anos, moradora na Camarinha, é deficiente motora devido a uma paralisia cerebral, ocorrida devido a um problema durante o parto, e apenas consegue deslocar-se pela cidade num triciclo eléctrico com uma cadeira adaptada. “Andar de autocarro é muito complicado. A única forma que tenho de me deslocar é neste triciclo eléctrico com a cadeira”, conta a O Setubalense. A jovem, natural de Portimão, reside há cerca de um ano em Setúbal para onde trouxe a sua mota adquirida em Lagos, no Algarve. Com poucas con-
dições financeiras, para pagar os cerca de 1200 euros da cadeira adaptada, valor que incluiu 50% de desconto, Tânia teve de pedir um empréstimo bancário que ainda está a pagar. Por isso, ficou “desesperada” quando há cerca de dois meses lhe roubaram e vandalizaram o único meio de transporte com que pode contar. “Imaginem o meu desespero. Esta é a única forma que tenho de me deslocar na rua e ainda estou a pagar o empréstimo. Ninguém me deu a cadeira, fui eu que tive de adquiri-la, mesmo sem condições”. Na mesma noite em que a mota, um modelo scooter com três rodas e cadeira adaptada, foi roubada a polícia encontrou a cadeira, mas, dois dias depois, Tânia ficou novamente sem chão. “Fui encontrar a cadeira totalmente vandalizada e destruída. Não sabia o que fazer, quando me lembrei que os motards de Lagos costumavam ajudar instituições e fazer angariações. Resolvi então pedir ajuda ao Motoclube de Setúbal, que aceitou de imediato. Fiquei muito feliz, pois hoje em dia é muito
difícil encontrar alguém que ajude ”. Já com tradição de ajudar quem precisa, o Motoclube de Setúbal deitou mãos à obra e todos os membros do clube ajudaram nas várias reparações que a mota e cadeira necessitavam. “Cada um de nós ajudou como pode. Um pintou, outro reparou a parte eléctrica, etc. Houve também um conjunto de pequenas empresas que contribuiu. A mota estava muito partida, pelo que o arranjo foi um pouco difícil, para além de que algumas peças não se encontram no mercado e tivemos de fazer adaptações”, conta o presidente
do Motoclube de Setúbal, Luís Santos. Ao ver a emoção e a felicidade de Tânia, os membros do Motclube também se sentiram emocionados e com o sentimento de dever cumprido. “É um grande orgulho poder ajudar quem precisa. É incrível como vandalizaram uma mota que se sabe à partida que é de uma pessoa que necessita. Dói um pouco esta situação”, lamenta Luís Santos, que recebeu o maior agradecimento que podia receber. “Colocaram a cadeira quase como nova. Estou-lhes agradecida para o resto da vida”, remata Tânia Cotovia.
UGT defende salário mínimo regional para Setúbal
A
União Geral de Trabalhadores de Setúbal defende um modelo de desenvolvimento para a região de Setúbal baseado em parcerias efectivas e duradouras entre todas as entidades e um salário mínimo assente nas características de cada região. Manuel Godinho, vice presidente da UGT Setúbal, critica a visão europeia que coloca a região de Setúbal em Lisboa e Vale do Tejo e que “prejudica o desenvolvimento local”, uma vez que tal diminui a comparticipação financeira por parte de fundos comunitários europeus. “Meclemburgo, no leste da Alemanha e Aquitaine no sul de França são locais que gozam de maiores comparticipações financeiras face à região de Setúbal e onde o salário mínimo é três e quatro vezes maior”, frisa Manuel Godinho. A UGT defende, assim, a criação de um catálogo formativo de referência regional, uma política de discriminação fiscal, um salário mínimo de referência regional e uma carta de compromisso com todas as entidades da região para o desenvolvimento económico e social. Durante a conferência “Resposta local para desafios globais”, que teve lugar na sexta-feira, na Casa da Baía, Maria do Carmo Guia, directora do Centro de Emprego e Formação Profissional de Setúbal do IEFP, frisou a impossibilidade de
criar emprego sem existir um desenvolvimento associado e revelou uma franca descida do número de desempregados inscritos no centro de emprego em 2013 e durante os primeiros três meses de 2014. “Os estágios profissionais aumentaram mais que o dobro em 2013 face a 2012 e o programa Estímulo quatro vezes”, apesar de este ter tido o seu arranque em Abril de 2012. Por seu lado, Boguslawa Sardinha, directora da Escola Superior de Ciencias Empresariais do IPS, entende que esta instituição contribui em muito para o desenvolvimento regional. “Por cada euro investido no IPS, há um retorno de três para a região”, afirma Boguslawa Sardinha, demonstrando ainda preocupação com “os 57 por cento da população do concelho que apenas possui o ensino básico contra apenas 14 por cento que tem licenciatura”. No sentido de criar soluções para os problemas como o flagelo do desemprego, Maria do Carmo Guia e Joaquim Milho, da Associação do Comércio, Indústria, Serviços e Turismo do Distrito de Setúbal (ACISTDS), apertaram a mão durante a conferência e referiram uma parceria futura entre os organismos para formação profissional e criação futura de novos postos de trabalho.