O Setubalense - o seu diário da região nº 1046 de 03 de Abril de 2023

Setúbal aquece motores para receber 32.ª Rampa da Arrábida

Fanzone é novidade em prova automobilística a contar para os nacionais de montanha. Toy é padrinho p8

Pedro Pinto salva Vitória com golo ao cair do pano

Pedro Pinto salva Vitória com golo ao cair do pano

Médio entrou aos 87' e empatou (1-1) o duelo com os leões aos 90'+3' p30

Melhores surfistas europeus voltam a defrontar-se na Costa de Caparica

Última etapa do mundial, na qualificação europeia, arranca hoje p23

UGT SETÚBAL

Manuel Fernandes fica a dois votos da unanimidade p3

ESPECIAL

Saiba como está a ser tratada a saúde na região p10 a 22

BELA VISTA

Espaço Monstro inaugurado e com agenda cultural definida para três meses p3

Opinião

Caro Carlos Silva, Em primeiro lugar, começo por dar-lhe os parabéns pela sua reeleição. No dia 26 de Março fiz questão de estar presente e de votar na sua (nossa) lista.

O facto de somente concorrer uma lista a sufrágio não lhe retira brilho, nem mérito. Pelo contrário, reforça-os constituindo indicadores de dificuldades potenciais e as pessoas pensam duas vezes antes de apresentarem formalmente candidaturas.

Afigura-se-me da mais elementar justiça dar-vos aqui, neste espaço, um voto de amizade, agradecimento, reconhecimento e gratidão pela forma empenhada, determinada e corajosa com que, em 2021, agarraram esta prestigiada instituição que é o ENORME Vitória Futebol Clube.

Havia gente que vaticinava o fim do clube; havia gente que já tinha baptizado o novo clube.

O Vitória tinha acabado de descer administrativamente, decorrente das gestões de Vítor Hugo Valente e, sobretudo, de Paulo Gomes.

Foram necessárias grandes doses de vitorianismo e um pouco de loucura.

Hoje, passados três anos, temos um investidor, Hugo Pinto, as dívidas à Autoridade Tributária, à Segurança Social, os PER’s do clube e da SAD, os ordenados de todos os funcionários, incluindo plantel e equipa técnica, fornecedores, etc. estão a ser devidamente regularizados.

O clube está progressivamente a estar mais tranquilo, estável.

O facto do investidor Hugo Pinto fazer também parte da direcção eleita, é claramente um excelente indicador, a fim de evitarmos os divórcios tantas vezes existentes entre clubes e SAD’s, com efeitos tantas vezes perniciosos e contraproducentes.

Os actuais órgãos sociais eleitos estão repletos de grandes vitorianos que conheço muito bem e que me dão garantias absolutas de empenho, dedicação e vitorianismo.

PENSAR SETÚBAL

Giovanni Licciardello

Carta a Carlos Silva

Estamos fartos de vendedores de ilusões que utilizam os recursos do Vitória ilicitamente em proveito próprio, deixando-o ainda mais frágil do que quando o encontraram.

Se olharmos para a geografia da 1ª Liga ficamos logo esclarecidos. Na região compreendida entre Douro Litoral e Baixo Minho, numa distância máxima de 50 Km entre si, existem dez (!!!) clubes: Porto, Boavista, Guimarães, Braga, Gil Vicente, Paços de Ferreira, Arouca, Rio Ave, Vizela e Famalicão, com os óbvios benefícios sociais, económicos, desportivos e políticos que daí advêm, para toda a região.

Lisboa, quatro: Benfica, Sporting, Casa Pia e Estoril; Regiões Autónomas, dois: Marítimo e Santa Clara; Trás-os-Montes: Chaves.

A sul do rio Tejo somente um, Portimonense. Alentejo, nem um.

OPINIÃO

Armindo Miranda

Chegou a hora da propaganda do PS e do seu governo, em Setúbal

Odesenvolvimento e o progresso da Península exige um conjunto de medidas sectoriais: redesenhar a NUT, de modo a serem mobilizados mais fundos comunitários para a região; desbloquear o processo de revisão do PROT-AML; concretizar a Regionalização, criando as regiões administrativas; defender e afirmar a autonomia administrativa e financeira das Autarquias Locais recuperando a sua capacidade financeira, com um novo regime de finanças locais; repor as freguesias liquidadas de acordo com a vontade das populações.

Para não perdermos a noção de sequencialidade temporal vitoriana, apresento-lhe a “eterna” tabela:

Relativamente ao Distrito de Setúbal, foi aquele que nas últimas cinco décadas mais peso perdeu no mapa do futebol, tendo chegado a ter seis (!!!) clubes na 1ª Liga: Vitória, CUF, Barreirense, Montijo, Amora e Seixal. Uma grande tristeza e desolação.

Quanto ao Vitória Futebol Clube, gostaria que o clube se modernizasse, estabilizasse financeiramente, apostasse fortemente na formação das camadas jovens e que, de uma forma definitiva, regressasse ao lugar que é seu e do qual nunca, em circunstância alguma, deveria ter saído. Gostaria também de ter um estádio novo. O Estádio do Bonfim, mesmo com todos os notáveis melhoramentos realizados por vós, está velho, antiquado, obsoleto.

O plano de desenvolvimento integrado que o PCP defende para a Península, deve ter em conta a retoma e alargamento da produção industrial, um plano integrado de produção alimentar aproveitando as potencialidades agrícolas e dos produtos de origem da Região, construir um novo Aeroporto Internacional de Lisboa, no campo de tiro de Alcochete e a construção da terceira travessia do Tejo rodo-ferroviária entre Barreiro-Lisboa, modernizar e desenvolver os portos existentes e concretizar o projecto do porto de pesca na Trafaria; alargar a rede de ensino superior público ligada à investigação científica e ao tecido empresarial , melhorar e desenvolver os transportes públicos.

Sobre estas e outras questões estruturais para o desenvolvimento da Península de Setúbal, o Primeiro-Ministro, o Governo e o PS nada disseram!

ser interrompido na Urgência de Pediatria, ou a Ministra-Adjunta, que mentiu sobre os refugiados e há mais de um ano que não aparece na Assembleia Municipal de Setúbal, órgão autárquico para o qual foi eleita. No largo conjunto de promessas não cumpridas, por parte de governos PS, para a Península, deixo duas autênticas “pérolas” da hipocrisia e falta de respeito pelas populações. Aquando da campanha eleitoral para as Legislativas 2009, no Barreiro, Eduardo Cabrita entusiasmado com a presença do seu camarada José Sócrates, então Primeiro-Ministro, em grande apoteose proclamatória, afirmou “[...] a Terceira Travessia do Tejo vai ser construída, pelo Barreiro, pelo Distrito de Setúbal, por Portugal”. Ouviram nestes dias alguma coisa por parte do PS e do seu Governo? Afirmou, ainda, na mesma ocasião, que “o Arco Ribeirinho Sul vai ser o maior projecto de recuperação de áreas industriais degradadas de todo o País. Esta vai ser uma zona de excelência [...].”. Como poderemos acreditar, depois de tantos compromissos não cumpridos? Na 5.ª feira passada, já num tom mais discreto, após 14 anos, o PS repetiu a promessa.

Infelizmente, para a Península de Setúbal, parece ainda não ter chegado a hora do cumprimento de promessas, porque o PS e o seu Governo não são de confiança.

Em vinte e oito anos, o Vitória teve apenas seis mandatos completos (sem que existissem dois mandatos completos consecutivos), nove mandatos incompletos e quatro comissões de gestão, num registo claro e inequívoco de instabilidade directiva.

O Vitória Futebol Clube é uma força avassaladora, um vulcão adormecido que tarda a entrar em erupção. Quando isso acontecer, segurem-se porque ninguém nos segura.

Caro Carlos Silva, desejo-lhe a si e a toda a sua equipa as maiores felicidades.

VIVA O VITÓRIA!

De facto, aquilo a que assistimos nesta visita do Governo PS a Setúbal, foi um autêntico desfile de vaidades ministeriais, numa corrida de promessas, muitas delas já feitas e não cumpridas, e outras em que fizeram mesmo o oposto do que prometeram, facto de que é exemplo a promessa do Ministro da Saúde aquando da visita em Fevereiro ao Hospital São Bernardo, em não encerrar nenhuma valência e, semanas depois, o funcionamento

Perante a poderosa luta dos trabalhadores de combate à desastrosa política do Governo PS, este, em vez de arrepiar caminho, decidiu iniciar um programa de propaganda eleitoral para tentar iludir, mais uma vez, os trabalhadores e as populações.

O PCP apela a que se intensifique a luta, por parte dos trabalhadores e das populações, pelos necessários investimentos e concretização de projectos estruturantes para o desenvolvimento da Região e do País.

Responsável pela organização regional de Setúbal do PCP

Em 28 anos, o Vitória teve apenas 6 mandatos completos (sem dois completos consecutivos), 9 mandatos incompletos e quatro comissões de gestão

Rua Nossa Senhora do Carmo com trânsito interditado

CONGRESSO

Trabalhos na via pública obrigam ao corte de um troço na Rua Nossa Senhora do Carmo, na zona do Viso, em Setúbal, a partir de 3 de Abril pelas 8h00, e que durará, pelo menos, uma semana. A informação é do município sadino que diz que o constrangimento

rodoviário é “motivado pela reparação de um colector de esgotos”. Em alternativa, as viaturas podem circular no "percurso formado pelas ruas Batalha do Viso, Nossa Senhora do Carmo (norte), Senhor Jesus dos Aflitos e António José Marques".

Manuel Fernandes a dois votos da unanimidade na UGT Setúbal

Central sindical cresceu 13% no distrito. Hospital do Seixal, aeroporto e trabalho digno em agenda para novo mandato

Os órgãos que constituem a UGT Setúbal – Mesa do Congresso e do Conselho Geral, Secretariado e Conselho Fiscalizador de Contas – foram eleitos em lista única, no passado sábado para o quadriénio 2023-2027, por 55 dos 57 congressistas que votaram, registando-se dois votos em branco. Os resultados foram anunciados por António Neves, presidente do congresso, no encerramento dos trabalhos, que tiveram lugar no Cinema Teatro Joaquim d' Almeida, em Montijo.

Manuel Fernandes foi reconduzido na presidência da direcção e – depois de realçar o “aumento de cerca de 13 por cento dos sindicatos filiados” na central sindical, num distrito tradicionalmente “difícil para UGT” – passou a receita para o novo mandato. A começar pela saúde que, considerou, “deixará de ser problema na região de Setúbal quando o Hospital do Seixal passar a ser uma realidade”. E o recado para a tutela veio de seguida: “A UGT Setúbal e o seu secretariado querem ver a abertura do concurso e adjudicação [da obra], tal como foi prometido pelo ministro da Saúde. É um dos dossiers que iremos acompanhar de muito perto”, disse, ao mesmo tempo que elogiou o Governo pelo arranque das obras de ampliação do Centro Hospitalar de Setúbal no São Bernardo.

O investimento no desenvolvimento da região merecerá também atenção especial. Os efeitos da criação da NUTS II Península de Setúbal, no que toca ao acesso a financiamentos europeus, só serão sentidos a partir de 2027 e,

SETÚBAL Espaço Monstro é inaugurado na Bela Vista e já conta com programação cultural

Centro de Artes Performativas promete vários workshops, muita dança, teatro, cinema, fotografia e artes visuais

Tiago Alexandre

O Espaço Monstro – Centro de Artes Performativas, inaugurado durante a tarde de sábado no Bairro da Bela Vista, traz, até ao mês de Junho, um calendário com actividades artísticas e apresentações abertas à comunidade.

Já Pedro Pina, vereador da Cultura na Câmara de Setúbal, disse durante a cerimónia que se sente “particularmente feliz” com a inauguração do espaço. “Quando a Câmara de Setúbal decidiu atribuir ao Monstro Colectivo este espaço fê-lo na convicção de que este está muito bem entregue porque irá atribuir valor a este território”, sublinhou

O IV Congresso da UGT Setúbal, no Montijo, deu posse aos novos órgãos

as soluções reflictam as realidades concretas de cada situação específica da economia na região”. E “irá monitorizar no terreno a aplicação de toda a legislação publicada para esse efeito”, assumiu.

DR até lá, o Governo tem de fazer uma “discriminação positiva que deverá ser plasmada nos dossiers de outro tipo de fundos comunitários, nomeadamente através da agilidade do PRR”, observou o responsável, com a promessa de que a UGT Setúbal acompanhará “a par e passo” o processo.

Outros focos de acção

O futuro aeroporto para a região, com o Montijo no centro das atenções, será “outro dos dossiers” em cima da mesa. “É impensável, é inqualificável, que a UGT Setúbal deixe passar em claro [o cenário de] este investimento sair para outra região. São 10 mil postos de trabalho directos, grande parte deles qualificados, que estão em causa. A UGT Setúbal não perdoará àqueles que se opõem ao projecto e que se dizem defensores dos trabalhadores”, disparou, numa crítica implícita ao posicionamento da CDU e de quem se opôs a uma decisão que chegou a estar tomada.

Em foco estará igualmente a Agenda de Trabalho Digno, que “contempla cerca de 70 medidas, todas elas em benefício dos trabalhadores”, indicou. A UGT Setúbal promete “incentivar o diálogo social e a negociação colectiva para que

“A actualização real do salário mínimo nacional, de forma faseada, deverá continuar a evoluir em cada ano com o objectivo de atingir os 900 euros em 2026”, frisou, tal como estabelecido no acordo rubricado entre a central sindical, o Governo e as confederações patronais no final do ano passado. E, adiantou, “o aumento do salário médio” será prioridade também.

Lucinda Dâmaso, presidente da UGT, encerrou as intervenções. E realçou o histórico da central sindical. “A UGT foi sempre garante de todos os acordos de concertação social. A UGT é o principal e o grande pilar da democracia portuguesa”, concluiu.

A sessão contou com as presenças, entre outros, da vice-presidente da Câmara Municipal do Montijo, Clara Silva, Paulo Ribeiro, presidente da distrital de Setúbal do PSD, e Eurídice Pereira, a representar a Federação Distrital de Setúbal do PS.

A jornada no Montijo contemplou, à tarde, um seminário que debateu o futuro da concertação social.

O Grupo Monstro Colectivo, companhia cultural fundada em 2020 por Graça Ochoa, Sérgio Brás d’Almeida, Samir Noorali e Inês Oliveira, é o responsável por dar vida a este novo espaço com workshops, dança, teatro, cinema, fotografia e artes visuais.

Inês Oliveira contou a O SETUBALENSE que a ideia do colectivo é de criar uma plataforma para diversos artistas, de todas as áreas, de modo a construir “uma rede” onde os agentes culturais podem “apoiar o trabalho” uns dos outros.

“Vir para este espaço na Bela Vista é uma oportunidade de termos um espaço de ensaio para as novas produções , mas também para ter a oportunidade de programar alguma formação na cidade”, vincou Inês Oliveira.

Enquanto isso, Nuno Costa, presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, destacou o papel “transformador” destas estruturas culturais com enfâse na “disponibilidade e acesso” às populações da Bela Vista. Dia 29 de Abril arranca o primeiro projecto deste espaço, com um teatro para crianças, de entrada livre. Em Maio vai ser apresentada, dia 13, o resultado da residência artística elaborada com 11 utentes da Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Setúbal.

No mês de Junho, por sua vez, vai ser promovida uma improvisação teatral nos dias 3 e 4, sendo que os dias 24 e 25 vão estar reservados a um workshop de pesquisa. O Monstro Colectivo garantiu a O SETUBALENSE que “gostam imenso do espaço” e que planeiam produzir um circo aéreo, já que o tecto alto do local irá permitir treinos e toda a confecção artística.

A estrutura, requalificada pela autarquia, possuí uma sala de ensaios, casas-de-banho com acessibilidade e duas salas de convívio, onde podem ser guardados materiais ou serem feitas reuniões.

Mário Rui Sobral

Monstro colectivo e autarcas unidos na promoção da cultura

CONVENTO DE JESUS

Reabilitação é “extraordinária” e revela “o que de melhor se pode fazer aos fundos europeus”

Ministros da Cultura e da Coesão Territorial visitaram a ‘jóia manuelina’ e destacaram obra conduzida pela Câmara Municipal

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, diz considerar “extraordinária” a reabilitação do Convento de Jesus, enquanto a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, durante a visita realizada à ‘jóia manuelina’ na quinta-feira, referiu que a obra, que se encontra na fase final, “revela o que de melhor se pode fazer aos fundos europeus”.

Depois de ter ficado a conhecer o ‘novo’ Convento de Jesus, acompanhado de Ana Abrunhosa e também da secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, o ministro da Cultura garantiu ter ficado “francamente impressionado”.

“Isto é extraordinário e com a curiosidade de poder estar cá com a obra a terminar. Corresponde àquilo que deve ser uma intervenção num espaço desta natureza porque preserva a identidade, mas também tem o lado moderno e actual”, explicou.

Para Pedro Adão e Silva, e apesar de conhecer o espaço, mas de não o visitar “há muitos anos”, a obra conduzida pela autarquia sadina deixou-o “impressionado”, representando “um investimento de perto de nove milhões de euros, que é muito significativo e que vai devolver a Setúbal e ao País este monumento impressionante”.

Já a ministra da Coesão Territorial, depois de ouvir Pedro Pina, vereador da Cultura na Câmara de Setúbal, e Carrilho da Graça, arquitecto responsável pelo projecto, a explicarem os trabalhos realizados no Convento de Jesus nas três fases da empreitada, sublinhou que a obra “revela o que de melhor se pode fazer aos fundos europeus”.

Isto tendo em conta que a reabilitação do monumento nacional, promovida pela Câmara de Setúbal,

Governantes conheceram espaços reabilitados e passaram pelas áreas a ser intervencionadas

é co-financiada por fundos comunitários resultantes de candidaturas aprovadas pelo Lisboa 2020 – Programa Operacional Regional de Lisboa.

“Temos uma autarquia que, por sua iniciativa, com o apoio da CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional] de Lisboa e Vale do Tejo e da Direcção-Geral do Património Cultural, aproveitou uma oportunidade para recuperar o espaço de história mais importante que tem no seu território”, destacou Ana Abrunhosa.

Com a visita, a governante conhe-

ceu os espaços já reabilitados, como a Igreja de Jesus, assim como passou pelas áreas que se encontram a ser intervencionadas, nas alas norte e nascente do Convento de Jesus. No fim da visita, Ana Abrunhosa enalteceu o facto de a empreitada ter resolvido “problemas gravíssimos, como era o caso das infiltrações”.

As intervenções permitiram, então, preservar “um elemento de cultura, que é também um elemento de coesão social e territorial”, frisou.

Enquanto isso, a secretária de Estado da Cultura realçou que a intervenção

“permite que o maravilhoso património móvel, com os tesouros nacionais, possa ser visto, conhecido, investigado e comunicado a quem mora e a quem visita Setúbal de uma forma e em condições completamente diferentes do que era há 12 ou 15 anos”.

Preservação do monumento deixa governantes orgulhosos “Isso traz uma mais-valia extraordinária e um sentimento de preservação e uma consciência para a importância da salvaguarda do património. Isso obviamente enche-nos a todos de

Ambiente Secretário de Estado destaca

O secretário de Estado do Ambiente, Hugo Pires, esteve na quarta-feira no Parque Urbano da Várzea, também no âmbito da iniciativa “Governo + Próximo”, em visita durante a qual classificou como “um projecto inovador” o trabalho a ser desenvolvido no local pela Câmara de Setúbal, que passa pela criação “de uma área

natural de lazer”.

Acompanhado do presidente da autarquia, André Martins, e de Rita Carvalho, vereadora do Urbanismo, o governante congratulou o município sadino, depois de ver que “há uma preocupação grande em tornar este concelho muito mais sustentável”.

No Parque Urbano da Várzea,

imenso orgulho”, sublinhou Isabel Cordeiro.

Concluída a visita ao Convento de Jesus, realizada no âmbito da iniciativa “Governo + Próximo”, o vereador Pedro Pina explicou que “é sempre importante que os governantes visitem uma intervenção que teve da parte da Câmara Municipal uma determinada acção para ser possível devolver à cidade, ao País e ao mundo este monumento”.

“É um monumento de um valor patrimonial inigualável em toda a região e é relevante que o ministro da Cultura e a ministra da Coesão Territorial com responsabilidade dos fundos, que foram uma parte relevante para este investimento, dêem valor à intervenção e ao papel que a Câmara Municipal teve para que esta obra esteja numa fase muito adiantada para ser devolvida na sua íntegra já durante o ano de 2023”, destacou.

O monumento encontra-se actualmente a receber a empreitada “Museu de Setúbal – Recuperação do Convento de Jesus – Alas Norte e Nascente”, que representa a terceira a última fase das obras e que foi adjudicada por perto de 2,3 milhões de euros à empresa Alexandre Barbosa Borges.

A referida intervenção, promovida pela Câmara de Setúbal, que “assumiu uma responsabilidade da administração central”, centra-se na realização de trabalhos “no interior das salas expositivas, localizadas nas alas norte e nascente e que incluem os projectos de conservação e restauro, museografia e de iluminação museológica”.

a autarquia pretende criar "um espaço multiusos com uma bacia de retenção de águas que evita as inundações que noutros tempos se verificaram na cidade e, ao mesmo tempo, com um parque verde para usufruto e lazer da população e para preservação da biodiversidade", destacou o secretário de Estado do Ambiente.

Na sua visita à cidade de Setúbal, o ministro da Cultura ficou ainda a conhecer a Casa das Imagens Lauro António – Biblioteca, Mediateca e Arquivo, “espaço criado pela Câmara Municipal que resulta de uma doação do cineasta e crítico de cinema português de perto de 50 mil peças relacionadas com cinematografia”.

O governante, que se mostrou impressionado com o espaço cultural, salientou que “a preservação da memória é uma das responsabilidades com aquilo que tem a ver com a política cultural e é muito interessante construir esta abertura em torno da memória e em torno do cinema e de um cineasta e crítico português”.

Maria Carolina Coelho

“projecto inovador” do Parque Urbano da Várzea

desenvolvimento da energia eólica offshore

MINISTRO DAS INFRAESTRUTURAS ASSUME

PS votou a favor mesmo considerando valores “insuficientes”. Presidente da autarquia não aceita propostas de alteração por falta de cabimentação

O executivo municipal da Câmara de Setúbal voltou a reunir-se na quinta-feira, em reunião extraordinária na qual foi discutida a atribuição de apoios às colectividades que vão participar este ano nas Marchas Populares e à Associação Setúbal Voz.

Apesar da polémica e depois de os ânimos se terem voltado a exaltar, foi aprovada por unanimidade a atribuição de um apoio de 14 mil euros a cada uma das seis colectividades envolvidas nas Marchas Populares, de 6 500 euros à APPACDM de Setúbal para a preparação da sua marcha honorária e de 15 mil euros à Associação Setúbal Voz.

João Galamba "conheceu os projectos que a Etermar e a Lisnave apresentaram no domínio da energia eólica offshore"

“Estas visitas dos últimos dois dias mostram que o País, em particular o distrito de Setúbal, seja no Porto de Setúbal ou no Porto de Sines, têm de facto as bases e as condições para serem um grande projecto”. São estas as conclusões de João Galamba, ministro das Infraestruturas, depois de ter visitado o Porto de Setúbal na passada quinta-feira e o Porto de Sines na véspera.

O governante, que se fez acompanhar por Ana Fontoura, secretária de Estado da Energia, e por José Costa, secretário de Estado do Mar, visitou a Etermar, empresa qualificada a nível europeu em matéria de engenharia marítima, para conhecer o projecto de “desenvolvimento de um parque eólico flutuante com 30 turbinas e até 600 megawatts, ao largo de Viana do

Castelo”. “As condições únicas da sua nova sede e cais privativo, em Santa Catarina, Setúbal, permitirão incorporar um elevado valor acrescentado nacional na fabricação e colocação no mar das 30 turbinas”, explica o comunicado da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS).

Para a Lisnave, empresa considerada uma referência mundial a nível da reparação de navios, está previsto o “investimento estimado em mais de 200 milhões de euros (…) nomeadamente no desígnio de instalar 10 GW de potência eólica offshore até 2030”.

No fim da visita João Galamba considerou que as duas empresas “já estão preparadas para avançar” com os investimentos, dando nota de que quer "promover esse avanço o mais rápido possível”.

"Estamos a falar de um projecto de muitos milhares, dezenas de milhares de milhões de euros, e o nosso grande objectivo é que a isso esteja associado emprego, investimento, industrialização verde do País, e não há melhor exemplo das oportunidades que este projecto encerra do que a visita que fizemos, quer seja a Etermar, quer seja à Lisnave. São de facto instalações determinantes e

o País tem a sorte de poder contar com elas, e chegou o momento, de facto, de fazermos crescer estas duas instalações e outras nos portos portugueses, e avançar para um grande projecto industrial que é, sem dúvida, o eólico offshore".

Ainda assim, o ministro mantém a preocupação de que estes projectos saiam do papel para começarem a materializar-se, posição que já tinha mostrado em Março passado na assinatura de um memorando de entendimento entre a APSS e a Ocean Winds para a instalação de parques eólicos offshore.

“Uma das matérias que foi aqui debatida é o facto de existir alguma urgência em começarmos a preparar terreno, e nomeadamente de avançar com projectos de natureza mais industrial, para criar bases para futuramente termos mais sucesso no leilão e nos concursos do eólico offshore, estamos a trabalhar nisso. Outra coisa que se percebe no Porto de Setúbal é que seja a Lisnave, seja a Etermar, já têm actividade nesta área e já estão preparadas para avançar, e no que depender do Governo, queremos promover que esse avanço seja o mais rápido possível”.

No momento da votação, a bancada do Partido Socialista (PS) voltou a apresentar três propostas de alteração às propostas apresentadas pelo executivo CDU por considerar que os valores apresentados são “insuficientes”.

No caso das Marchas Populares, os apoios propostos pela CDU perfazem um total de 90 500 euros, enquanto os socialistas defenderam um acréscimo de 9 500 euros ao montante. No caso da Associação Setúbal Voz, o PS pretendia que fosse atribuído um apoio de 30 mil euros.

“Foi a CDU que inscreveu no orçamento uma dotação de cem mil euros para as marchas. A nossa proposta é no sentido de esgotar essa dotação financeira. Com o reforço do apoio não está em causa a sustentabilidade financeira

do município”, garantiu o socialista Joel Marques.

Contudo, o presidente da Câmara de Setúbal voltou a afirmar que tal colocaria “em causa o equilíbrio financeiro do município” e disse não poder aceitar o proposto pelo PS, uma vez que “quando há uma proposta de alteração financeira que não tenha sido previamente cabimentada não pode ser aceite sob pena de a deliberação ser nula”.

Em seguida, o autarca relembrou que “as propostas foram antecipadamente faladas e acordadas com cada uma das entidades” e que a “Câmara Municipal participa neste processo dizendo que contribui financeiramente para a realização das marchas”.

Em resposta, o vereador Joel Marques disse que “é um certame que há uns anos chegou a ter o dobro das colectividades a concurso do que tem hoje e isso também é sintomático daquilo que tem sido a forma como as colectividades não se sentem apoiadas”.

Já André Martins explicou que 9 500 euros “é uma diferença substancial”. “É que quando fazemos um orçamento, apresentamos um valor para as marchas de cem mil euros, mas não sabíamos quantas marchas é que iam concorrer”.

O vereador comunista Carlos Rabaçal acrescentou ainda que “qualquer proposta que envolva a questão do cabimento na própria reunião não pode ter impacto”.

Por parte da bancada do PSD, Paulo Calado disse não verem “nenhum problema que sejam feitas propostas de alteração”. “Se não há cabimentação orçamental, tem depois de se fazer uma alteração correspondente ao orçamento”, disse.

No entanto, o presidente do município, que, “nos termos da lei é quem tem a responsabilidade de organizar a ordem de trabalhos”, decidiu não aceitar as propostas de alteração apresentadas pelo PS, colocando à votação as propostas do executivo CDU.

Maria Carolina Coelho

"Chegou o momento de fazermos crescer os portos de Setúbal e Sines com projecto industrial"

Empresas apresentaram ao governante as ideias a aplicar no

REUNIÃO DE CÂMARA Apoios às colectividades aprovados por unanimidade apesar da polémica entre gestão CDU e bancada socialista

TIAGO ANTUNES SECRETÁRIO DE ESTADO DOS ASSUNTOS EUROPEUS

"A NUTS da Península de Setúbal foi uma vitória muito significativa para esta região"

Governante quer levar Portugal à União Europeia, mas pretende também trazer a instituição para os portugueses

Tiago Antunes, secretário de Estado dos Assuntos Europeus, esteve em Setúbal no âmbito da iniciativa “Governo Mais Próximo” e falou a O SETUBALENSE sobre um debate que dinamizou no Politécnico de Setúbal, onde conversou com os estudantes sobre as carreiras da função pública nas instituições europeias. O governante disse ainda que estão a ser pensadas soluções económicas para a NUTS da Península de Setúbal.

Qual é a sua visão relativamente à situação da constituição da NUTS da Península de Setúbal?

Nós temos vindo ao longo dos últimos meses a trabalhar com as várias instituições europeias (Comissão Europeia e Eurostat) no sentido de consagrar esta alteração estatística, com vista ao reconhecimento da Península de Setúbal como uma NUTS III e também uma NUTS II autónoma, o que permitirá ter um tratamento bastante mais benéfico e vantajoso em termos da distribuição de fundos europeus no futuro.

Creio que ter conseguido esta alteração no final do ano passado foi uma grande vitória, muito significativa para esta região, e que terá seguramente efeitos muito relevantes.

Porque o facto de a Península de Setúbal estar agregada à Grande Lisboa, como é sabido, levava a que não pudesse ter acesso a determinado tipo de fundos, que agora através da sua consagração estatística como uma realidade autónoma, já não se verifica.

A nível europeu, já há algum projecto pensado para aplicar aqui na região de Setúbal?

Esta alteração estatística só produz efeitos no próximo quadro financeiro

europeu. No actual temos mais limitações, mas temos procurado, dentro das margens possíveis, acomodar ao máximo a compensação da Península de Setúbal pelo facto de, estando integrada numa zona mais vasta, acabar por ser prejudicada por essa via.

Mas fazendo só essas propostas em 2027, não há nada que se esteja a pensar para a região?

Há um conjunto de projectos de investimento que são financiados pelo orçamento nacional, esses não têm esta limitação. Há também os fundos muito significativos do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), onde esta delimitação também não se coloca. Coloca-se apenas aos outros fundos, aos fundos tradicionais provenientes da União Europeia, os fundos de coesão. Aí é que esta limitação ainda se aplica, que nós tentamos de imediato compensar dentro do possível, mas futuramente este problema estará ultrapassado.

De que forma é que a península poderá ser compensada, antes da entrada em vigor da NUTS?

Há, como é sabido, uma grande disponibilidade de financiamento europeu nos próximos anos, e, portanto, apenas precisamos que haja bons projectos, e seguramente havendo bons projectos eles encontrarão o necessário financiamento. Felizmente beneficiamos hoje de um quadro em que, conjugando ainda a finalização do quadro do financiamento europeu anterior (PT2020), o início do novo quadro de financiamento (PT2030), com o PRR, isso cria uma panóplia de recursos financeiros que estão à disponibilidade também da península, e que certamente poderão ser mobilizados, e sê-lo-ão, para projectos de investimento relevantes nesta região. Como é que vê esta nova designação dos politécnicos que começaram a poder ter o estatuto de “university polithecnic”?

Houve uma alteração à lei que dá um passo importante em relação aos politécnicos e à sua possibilidade de designação nesses termos (universidade politécnica), em inglês até para promover a sua

internacionalização e configura também outras alterações que são muito relevantes para o desenvolvimento do ensino politécnico no nosso país, que é uma força viva muito relevante em Setúbal.

Eu tive oportunidade de estar no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) numa iniciativa que se designa “Europa Aqui”, justamente para explicar que a Europa não é só em Bruxelas, a Europa e a União Europeia estão também aqui em Setúbal.

Qual foi a mensagem que quis deixar aos alunos do IPS?

No fundo, considero que a minha missão enquanto secretário de Estado dos Assuntos Europeus, é obviamente representar Portugal junto das instituições europeias, em particular no Conselho da União Europeia, mas é também esta tarefa de explicar a União Europeia aos portugueses e trazer um bocadinho a União Europeia para os portugueses.

Creio que a minha missão é também fazer com que haja mais Portugal na União Europeia, mas também, mais Europa aqui em Portugal. Nisso insere-se um outro objectivo que tenho, e que trouxe à discussão no IPS, que é o de promoção das carreiras europeias. O que deixei aos estudantes foi um convite e um apelo a que, no futuro, considerem esta via profissional como uma opção para as suas vidas, uma opção internacional, de trabalho com pessoas de outras nacionalidades, em prol do projecto europeu, porque precisamos de mais portugueses a fazê-lo. Através dos estudantes do politécnico, de que forma é possível colmatar esse “défice”? Precisamos de ter mais candidatos aos concursos abertos pela União Europeia e precisamos que esses candidatos tenham uma taxa de sucesso maior. Temos uma panóplia de medidas em curso que estão já previstas no Orçamento do Estado para este ano, no valor de 1 milhão de euros, para reforçar, por várias vias, a presença de Portugal na União Europeia.

Há uma grande disponibilidade de financiamento europeu nos próximos anos e, portanto, apenas precisamos que haja bons projectos

Tiago Antunes esteve no IPS a dinamizar para os estudantes o debate "Europa Aqui"

COMPETIÇÃO AUTOMOBILISTÍCA

Rampa Pêquêpê Arrábida arranca com competição e animação na cidade

O Fanzone Festival é uma novidade na programação, com o apadrinhamento e concerto do artista

As curvas da Serra da Arrábida vão receber a 32.ª edição da Rampa Pêquêpê Arrábida, nesta que será, nos dias 22 e 23 de Abril, a terceira prova do Campeonato de Portugal de Montanha JC Group.

A apresentação da prova rainha do desporto motorizado, a nível regional, foi feita esta quinta-feira e uma novidade foi acrescentada à programação. De 21 a 23 de Abril, no Centro Automóvel Caetano Retail Park de Setúbal, que é o patrocinador oficial do evento – e onde decorreu a apresentação da corrida – terá lugar o Fanzone Festival, com o artista setubalense Toy a apadrinhar o certame.

A Rampa Pêquêpê Arrábida é organizada pelo Clube de Motorismo de Setúbal (CMS) e o presidente, Fernando Matias, disse a O SETUBALENSE que, este ano, não espera menos do que “o sucesso que tem sido até aos dias de hoje”.

“Depois de dois anos um pouco mais difíceis, contamos que este seja um ano muito forte e apostamos, por isso, no turismo desportivo. Daí trazer também estes espectáculos”, desabafa.

O Fanzone Festival, também organizada pela empresa 351 Eventos, pretende fazer “crescer o evento” e, apesar dos “campeonatos de automobilismo terem sempre muitos aficionados”, o CMS quer “abrir ainda mais a mente e trazer mais gente” ao passo que se faz “de uma corrida um grande evento”, remata o presidente.

Também a Câmara Municipal de Setúbal, parceira que atribuiu um apoio financeiro de 20 mil euros para esta 32.ª edição, através de Pedro Pina, vereador com o pelouro do Desporto, lembrou “a longa tradição” da Rampa da Arrábida no desporto automobilís-

tico, que se apresta a entrar na sétima edição com a actual organização.

“Sete é um número mágico e a Rampa da Arrábida tem tido a virtude e a capacidade, pelas pessoas que têm estado à frente do CMS, de ano após ano ultrapassarem diferentes obstáculos”, diz o autarca.

João Pinto, representante da Caetano Retail Park, recebe com “muito agrado” este certame, que trará “muitas surpresas e música”, naquela que será “a melhor prova” da Rampa Pêquêpê Arrábida.

Foram ainda lembradas as melhorias realizadas no asfaltamento ao longo dos anos, com o acrescento, em 2023, de mais “950 metros de rails”, colocados pela Infraestruturas de Portugal.

O total do percurso é de 3,5 quilómetros, com oito subidas (cinco de treino e três em prova). Dia 21, depois das 15 horas, será feita a recepção dos concorrentes e realizadas as verificações documentais e técnicas. Às 18 horas abrem as portas da zona da restauração e às 20 horas iniciam-se os espectáculos. Ao longo dos três dias

vão existir momentos desportivos e sociais, aliados ao evento.

Toy, Herman José e Avô Cantigas vão dar concertos

O padrinho do Fanzone Festival, Toy, não deixou de enaltecer a O SETUBALENSE a beleza de Setúbal e da Arrábida. “Quem é de Setúbal, e quem não é, mas gosta da cidade, tem este evento, com esta importância, com a novidade da Fanzone, e as expectativas são altas”, assume, prometendo ainda “muito divertimento”, numa “festa de arromba” que vai “comemorar um marco naquilo que é o automobilismo português”, frisa.

Além de Toy, que sobe a palco a 22 de Abril, Herman José vai inaugurar a primeira noite do festival, dia 21. O bilhete diário tem o valor de dez euros, mas pode ser adquirido o passe de dois dias por 15 euros. Domingo, dia 23, a entrada é gratuita e contará com a presença do Avô Cantigas para um concerto.

Os bilhetes estão à venda na Ticketline, Fnac, Worten e na Caetano Retail Park, na Azinhaga Cruz de Peixe, em Setúbal.

Filipa Isabel Pereira

O artista Toy apadrinha este ano o evento, que foi apresentado no Centro Automóvel Caetano Retail Park de Setúbal

Contamos que este seja um ano muito forte e apostamos, por isso, no turismo desportivo. [O objectivo é]

fazer crescer o evento

Fernando Matias

INVESTIMENTOS EM CURSO

“Governo Mais Próximo” deixa no horizonte transformação na saúde na região

Manuel Pizarro, ministro da Saúde, aproveitou a visita para apadrinhar unidades de saúde e espalhar garantias pelos utentes

A visita governamental ao Distrito de Setúbal resultou em várias garantias no que toca ao sector da saúde. Desde o lançamento da primeira pedra no Hospital de São Bernardo a promessas feitas para a Baixa da Banheira, Manuel Pizarro, ministro da Saúde, percorreu a região e deixou no ar que no futuro o sector terá melhorias significativas.

As transformações na saúde na região começaram ainda antes da chegada do Governo ao distrito, com as obras de ampliação do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) a arrancarem no passado dia 24 de Março. Pelo menos duas dezenas de trabalhadores iniciaram os trabalhos, numa empreitada que representa um investimento superior a 27 milhões de euros.

Apesar de as obras já estarem a decorrer, foi apenas no dia 30 que se “inaugurou” a construção. Manuel Pizarro, devidamente equipado, fez as honras e lançou a primeira pedra do novo edifício do Hospital de São Bernardo.

Durante a sua visita à unidade hospitalar, o ministro adiantou que a obra vai demorar 20 meses a ser executada, reconhecendo que a construção do novo edifício vem melhorar as condições dos serviços prestados. “Estas novas instalações vão resolver o problema de falta de profissionais? Directamente não. Mas todos sabemos que melhores condições também ajudam a atrair jovens profissionais", disse.

Governante deixou promessas para a Baixa da Banheira De visita à unidade hospitalar do

Montijo, onde inaugurou a USF Aldegalega, Manuel Pizarro afirmou que a construção do Centro de Saúde da Baixa da Banheira, na Moita, é para estar concluída em menos de um ano e assegurou que “toda a gente vai ter médico de família”.

“Vamos fazer a Unidade de Saúde Familiar, toda a gente vai ter médico de família na Baixa da Banheira. Ainda vai demorar, para aí, até um ano. Menos de um ano. Janeiro ou Feve-

reiro do próximo ano. Não vai falhar”, garantiu o ministro numa promessa feita a uma utente.

Na visita ao recinto hospitalar do Montijo, Manuel Pizarro destacou o serviço da Cirurgia de Ambulatório ali instalado: “Uma coisa 'top'! Uma coisa linda de se ver”.

“É um serviço que responde à necessidade das pessoas com tudo o que a medicina mais moderna pode oferecer em cada nível de cuidados”,

Garcia de Orta Manuel Pizarro também deu "más" notícias

Apesar das várias novidades positivas espalhadas ao longo da semana, foi em Almada que Manuel Pizarro deixou as “más” notícias, ao assegurar a O SETUBALENSE que o alargamento do Hospital Garcia de Orta (HGO), para terreno adjacente, não está nos

próximos planos do Governo. Segundo disse o ministro, “a prioridade, neste momento, é a criação de novos espaços [no actual edifício], nomeadamente na área da Psiquiatria, que está em projecto, através de um programa a ser financiado pelo PRR”.

disse o governante. “É um motivo de orgulho para um ministro da Saúde ver o serviço a funcionar assim”, referiu.

Pizarro deixou garantias que já haviam sido feitas em 2009

De visita a Almada, o ministro da Saúde disse que o concurso para a construção do hospital de proximidade do Seixal deve ser lançado brevemente. “Diria que entre o último trimestre de 2023 e o primeiro de 2024 vamos finalmente pôr a concurso a obra do novo Hospital do Seixal, que desta vez vai passar do papel para a realidade e que bem necessário é", explicou Manuel Pizarro.

Apesar das garantias dadas, é importante recordar que a construção do Hospital do Seixal é uma reivindicação com mais de duas décadas que já foi objecto de um protocolo entre o Estado e a Câmara Municipal, em 2009. Apenas em 2018 houve de novo ‘luz verde’ do Governo para se avançar com o futuro hospital, mas o concurso público para a concepção e

projecto ficou parado devido a questões jurídicas.

O ministro da Saúde visitou também a nova Unidade de Saúde de Sesimbra. Manuel Pizarro aproveitou o momento para aconselhar o presidente da autarquia de Sesimbra, Francisco Jesus, a assinar a transferência de competências na área da saúde. “Não temos dúvidas de que estas magníficas instalações potenciam a atractividade de novos profissionais de saúde, e esse é agora o nosso trabalho”, afirmou.

Antes dos discursos, foi assinado o contrato, entre a Câmara Municipal de Sesimbra e o Ministério da Saúde, de financiamento, proporcionado pelo PRR, para a construção da nova Unidade de Quinta do Conde, cuja construção será colocada a concurso público em breve.

Tratou-se de uma semana em grande para o Distrito de Setúbal, no que toca ao sector da saúde. Manuel Pizarro mostrou-se confiante na resolução de vários dos problemas existentes, mas a sua mensagem foi sempre clara. “Não vamos resolver todos os problemas de um dia para o outro, isso não existe”, enalteceu.

Tiago Jesus

Manuel Pizarro, durante os dois dias em que esteve no distrito, mostrou-se confiante na resolução de vários problemas

Estamos a trabalhar para que os problemas se tornem cada vez menores Manuel Pizarro

MANUEL PIZARRO MINISTRO DA SAÚDE

consegue resolver o problema da falta de médicos de um dia para o outro”

O governante lembra que a estratégia para atrair e fixar profissionais no SNS passa pela construção de novas unidades de saúde e pela aposta na formação que está em curso

Tiago Alexandre

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, faz uma radiografia à capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no distrito e admite que o problema da falta de profissionais não se resolve “de um dia para o outro”. E lembra a estratégia que o Governo está a seguir.

Em entrevista a O SETUBALENSE/ PopularFM, durante a visita à nova Unidade de Saúde de Sesimbra, no âmbito da iniciativa “Governo Mais Próximo”, o ministro comentou ainda a tomada de posição reivindicativa dos presidentes das autarquias de Setúbal, Sesimbra e Palmela, no Fórum Intermunicipal da Saúde.

Como classifica o estado actual dos hospitais do distrito de Setúbal? Falou numa reforma e numa reestruturação...

Temos, apesar de tudo, três grandes hospitais públicos na Península de Setúbal que funcionam regularmente e dão grande resposta às necessidades das populações. Da mesma forma que não devo esquecer nem diminuir as dificuldades, temos problemas, mas não consigo garantir que as três maternidades estejam sempre abertas e por isso temos um regime de rotação entre a maternidade de Setúbal e a maternidade do Barreiro/Montijo.

Ao mesmo tempo que reconheço essas dificuldades, quero apontar as coisas em que temos tido sucesso. Durante muitos anos não conseguimos ter a pediatria sempre aberta no Hospital Garcia de Orta, em Almada, e neste momento resolvemos o problema. Diria que isto é uma realidade dinâmica, mas é uma realidade que está a progredir no sentido positivo. A comissão de utentes questiona se existirão profissionais para todos os gabinetes da nova Unidade de Saúde de Sesimbra. Qual é a perspectiva da contratação de médicos para as várias unidades de saúde que estão a ser construídas no distrito?

Estamos a fazer um grande esforço com duas dimensões. Por um lado, aumentar muito a formação de médicos, nomeadamente médicos de especialidade de medicina geral e familiar e, por

outro lado, aumentar as condições de atractividade do SNS. Dessas condições de atracção e de fixação de profissionais, os edifícios também fazem parte, porque as pessoas sentem-se melhor a trabalhar em estruturas mais modernas, mais acolhedoras e mais confortáveis para os utilizadores – esta é a prioridade, também para os profissionais, que vai permitir um trabalho mais fluído. Tenho a expectativa de que este centro de saúde –absolutamente extraordinário – que visitamos aqui em Sesimbra contribua para que consigamos estabilizar aqui uma equipa de profissionais com mais médicos e mais enfermeiros. Vamos continuar a trabalhar para que isso seja possível. Garante que vai existir a tentativa de contratar cada vez mais profissionais de saúde? A tentativa não falhará! Espero

Durante

que essa tentativa seja bem-sucedida, não imagino que os problemas sejam todos resolvidos de um dia para o outro, acho que é uma promessa que não será possível ninguém cumprir, mas há uma coisa de que podem ter a certeza: o empenho do Ministério da Saúde em alargar a capacidade de atracção de profissionais, nomeadamente abrindo os concursos necessários e procurando criar condições para que os profissionais se fixem nestes locais.

Como comenta a tomada de posição dos presidentes das câmaras de Setúbal, Sesimbra e Palmela e a manifestação que foi anunciada no Fórum Intermunicipal da Saúde, criado por estes três municípios?

Temos trabalhado em conjunto com os presidentes de câmara para avaliar os problemas que existem e tentarmos encontrar soluções para estes mesmos problemas. Não encaro os presidentes de câmara como adversários, encaroos como aliados do Ministério da Saúde e do SNS. Sempre que eles se manifestam e chamam a atenção para as dificuldades, estão a ajudar o Ministério da Saúde a, também, procurar agilizar as respostas possíveis. É um trabalho de cooperação.

Para 15 de Abril está marcada uma manifestação pública. Até lá, pode existir alguma mudança que evite a realização deste protesto?

Veremos. Acho que é uma coisa inequívoca. Temos progredido na capacidade de resposta aos cidadãos desta zona sul da Península de Setúbal e acho que isso é notório. Agora, as pessoas têm o direito de se manifestar, como eu, embora preferisse que houvesse menos dificuldades. Sempre encaro as manifestações a favor do SNS como algo positivo.

“Ninguém

muitos anos não conseguimos ter a pediatria sempre aberta no Garcia de Orta e neste momento resolvemos o problema

Manuel Pizarro encara as manifestações a favor do SNS como algo positivo

"Podem ter a certeza: o empenho do Ministério da Saúde em alargar a capacidade de atracção de profissionais, nomeadamente abrindo os concursos necessários e procurando criar condições para que os profissionais se fixem nestes locais"

BARREIRO

“Falamos de saúde mental mas não estamos a ir à raiz do problema”

Celebrar o Dia Mundial da Saúde é também relembrar que Portugal está a atravessar um período negro no que diz respeito à saúde mental. Actualmente, cerca de 700 mil portugueses vivem com depressão, aquela que foi considerada a “doença do século XXI” pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Já para não referir que, em Março de 2021, o País ocupava o primeiro lugar no ranking que avalia o risco de burnout nos 26 países da União Europeia.

A barreirense Cláudia Russo, psicóloga clínica há 16 anos, conhece de perto esta realidade. Do currículo preenchido fazem parte colaborações com diversas associações e instituições privadas, onde acompanhou crianças, idosos e, sobretudo, “indivíduos isolados e deprimidos”.

Até 2015, trabalhava segundo o modelo de ajuda terapêutica vigente, aquele que acredita “fechar pessoas dentro de quatro paredes” e “limitá-las a 50 minutos de consulta” para “garantir que estão de volta na semana seguinte com os mesmos problemas”.

“Não há uma verdadeira vontade de fazer desenvolver o ser humano”, afirma. “Há muitos interesses além de ajudar as pessoas. Na maioria dos casos, os técnicos querem fazer mais do que aquilo que é permitido: ajudar as pessoas a transformar-se e levar para casa e para o local de trabalho essa transformação, o que não é bem visto por um sistema que sobrevive à base de seres humanos doentes”, acrescenta.

Certa da sua convicção, em 2013, conheceu o actual marido, também psicólogo, que partilhava experiências de trabalho semelhantes e, acima de tudo, a mesma “vontade de fazer

mais e melhor”. A partir desse ano, Cláudia e o companheiro começaram a “cozinhar” um projecto de ajuda psicológica para “reprogramar o espaço e o tempo” e, sobretudo, reconectar as pessoas.

“Estamos desconectados de nós próprios, dos outros e da natureza” Para a especialista, os problemas de saúde mental nos quais a sociedade se encontra mergulhada têm uma explicação lógica. “Estamos desconectados de nós próprios, dos outros e da natureza”, desconexão essa que resulta numa “sociedade cada vez mais individualizada”.

Mas “individualizado” não significa mais tempo dedicado à própria

75%

O suicídio é a segunda causa de morte nos jovens entre os 15 e os 29 anos, sendo que, metade dos transtornos de saúde mental começam aos 14 anos e 75% até aos 24 anos.

pessoa. Muito pelo contrário, afirma Cláudia Russo. “Nunca estivemos tão longe da nossa essência”. A prova, segundo a psicóloga, é o tempo que passamos a ansiar por férias ou até mesmo pelos dois dias de descanso, ao fim-de-semana. “Se precisamos intensamente de férias é porque não estamos a fazer algo bem. Que vida é esta que criámos, em que mais de metade do tempo é passado a fazer algo que não nos satisfaz?”, questiona.

E o mesmo acontece com as relações sociais. “Parece que, nos dias de hoje, vivemos muito com os outros, expostos aos outros, mas a verdade é que passamos mais tempo a escondermo-nos, a mostrar a versão que sabemos ser socialmente aceite. Voltamos à estória da psicologia entre paredes. Guardo para mim o que é meu porque não posso mostrar fragilidades”, explica.

E é assim que acredita que a saúde mental começa a deteriorar-se. “Se não estamos onde precisamos de estar para nos desenvolvermos melhor e sermos o melhor ser humano possível, então vamos ficar doentes”.

Se é importante falar de saúde mental entre adultos, nunca se tor-

nou imprescindível fazê-lo com as gerações mais novas. As conclusões apresentadas pela OMS, num relatório partilhado em 2019, reflectem isso mesmo: o suicídio é a segunda causa de morte nos jovens entre os 15 e os 29 anos, antecedido pelos acidentes rodoviários, sendo que, metade dos transtornos de saúde mental começam aos 14 anos e 75% até aos 24 anos.

e o tempo” e, sobretudo, reconectar as pessoas “impessoais”, onde trabalhou.

Trata-se de um espaço aberto, “sem paredes que escondam”, onde se privilegia o contacto humano e a troca colectiva de percepções para a resolução de problemas individuais. Quanto ao tempo das consultas, este é adaptado à necessidade de cada pessoa.

Para Cláudia Russo, os problemas de saúde evidenciados em idades tão jovens são fáceis de explicar. “Os jovens apresentam os mesmos sintomas da família. A ansiedade, a depressão, o foco nos outros e não em si mesmo. Os próprios pais vivem na comparação e é isto que os jovens vão aprender”.

“Mais amor” é o segredo

“Qual é a solução?” é a pergunta que paira no ar. “Mais amor”, responde a psicóloga. “Falamos de saúde mental, mas não estamos a ir à raiz do problema”. E foi para trabalhar na raiz do problema, isto é, na reconexão individual e colectiva, que construiu com o marido, em 2015, no Barreiro, uma agência de terapia que se afasta por completo das clínicas “estéreis” e

Neste open space, todas as faixas etárias são bem-vindas e, ao contrário do modelo vigente nas clínicas de psicologia convencionais, promove-se a terapia em grupo e, sobretudo, em família. “Não é viável depositar uma criança ou um jovem numa clínica como se fosse um electrodoméstico que não está a funcionar e que vou buscar quando estiver pronto. As crianças são o sintoma de que o sistema familiar não está a funcionar, portanto, a terapia deve ser feita em conjunto”, acredita.

E é através de uma resposta colectiva que Cláudia Russo acredita existir um caminho possível para ultrapassar os casos de distúrbios mentais que aumentam de dia para dia. “Construir coisas boas com o que temos de melhor, ao invés de estarmos sempre a tentar cumprir as coisas dos outros” é o conselho que deixa.

Cláudia Russo diz que ajuda psicológica oferecida pelas clínicas “convencionais não desenvolve o ser humano”

Cláudia Russo "cozinhou", com o marido, um projecto de ajuda psicológica para “reprogramar o espaço

Mariana Pombo

PUBLIREPORTAGEM CLÍNICAS ALEGRE SETÚBAL

“A nossa visão é ser referência na medicina dentária e estética na margem sul”

A Clínica Alegre, que está localizada na Praça Olga Morais Sarmento, em Setúbal, destaca “o enorme” crescimento registado ao longo dos anos. “Temos muita procura interna, a que se juntam os imigrantes e emigrantes, mas também pessoas de muitas nacionalidades que se deslocam propositadamente até nós”. Um factor que Laianni Alegre, directora-geral da clínica, considera que faz toda a diferença é a postura da clínica perante a comunidade. “Apesar de trabalharmos com o Estado, através dos vários acordos que temos, a qualidade e atendimento é igual para todos”.

A Clínica Alegre foi fundada em Setúbal pelo médico dentista António Alegre. Mas o percurso iniciado há 33 anos teve origem no Brasil. O país para onde emigrou dar-lhe-ia a oportunidade para se especializar na área da medicina dentária. Com essa aptidão regressou a Portugal e abriu a primeira clínica em Lisboa. Um ano depois apostou em Setúbal e desde então, no mesmo sítio, no mesmo edifício, construiu um nome e uma marca.

Com apenas 72 anos, em 2009, um problema de saúde mostrar-se-ia fatal. Desde essa altura o seu filho, Fernando Alegre, médico dentista, assumiu a direccção clínica juntamente com a esposa Laianni Alegre como directora-geral. Conseguiram dar continuidade ao projecto e expandi-lo, colocando-o noutro patamar.

Em 2007 abriu uma nova unidade no Seixal e alargou a sua oferta com a medicina estética nas duas clínicas a partir de 2017. Em 2020 avançou para a área da mente e bem-estar.

Em termos de estrutura, a Clínica Alegre opera com sete gabinetes em Setúbal e dois no Seixal. Conta com uma equipa de 29 profissionais, sendo 14 médicos dentistas, uma nutricionista e uma psicóloga e 13 postos de trabalho

directos (administrativo e assistentes) .

Para o futuro, a grande prioridade, explica Laianni Alegre, não está na abertura de clínicas em outros locais, mas sim potenciar o espaço que têm e criar novas oportunidades de forma “a servir cada vez mais e melhor as pessoas e a comunidade”, porque o sorriso é o que une as pessoas.

O mais recente exemplo é a nova marca da Clínica Alegre, a criação do IPMED, um instituto de formação avançada na área da medicina dentária e estética, especializado na formação através de novos métodos e técnicas inovadoras. “Nesta altura o processo está quase concluído de forma a que a nossa certificação seja reconhecida oficial e legalmente”, explica a responsável.

Campanha solidária

“Uma História Por Um Sorriso”

Além dos serviços médicos que presta, a vertente da responsabili -

Para o futuro a grande prioridade está em potenciar “o espaço que têm e criar novas oportunidades de forma “a servir cada vez mais e melhor as pessoas e a comunidade”

dade social está muito presente na gestão da clínica. Um exemplo que demonstra plenamente essa postura está na criação de uma campanha solidária anual denominada de “Uma História Por Um Sorriso”. Uma iniciativa que visa ajudar as pessoas

que mais precisam, pois entendem que essa é uma forma de devolver o sorriso de uma pessoa e que nunca tiveram condições para ter acesso aos cuidados dentários básicos e necessários e que, por consequência, sofrem hoje de vários problemas associados à má condição dentária, como por exemplo a baixa qualidade de mastigação, saúde e autoestima.“Nós apresentamos esta campanha como sendo a nossa missão social”, destaca a directora-geral da Clínica Alegre.

A campanha decorre no final de cada ano nos concelhos de Setúbal e Seixal, pois é onde ambas as clínicas Alegres estão.

A participação é por meio de inscrição (com início em Outubro) onde deve ser partilhada a história de vida. Uma pessoa é escolhida anualmente. A boa notícia é-lhe dada antes do Natal e os tratamentos começam no inicio do ano seguinte.

A afirmação baseada em números e factos é de Laianni Alegre, directora-geral da clínica que celebra 33 anos de actividade em Setúbal

Prevenção é prioridade mas

tratamentos

resposta

outras clínicas não está de momento nos nossos planos”.

Fernando Silva, médico dentista, especializado na área da implantologia, com perto de quatro décadas de experiência nesta área da saúde, assumiu, em Setúbal, o projecto Inface há 22 anos. O actual espaço, que foi beneficiando de melhorias ao longo dos anos, nasceu de um antigo laboratório de próteses dentárias que se encontrava no local.

Fernando Silva diz que, passados todos estes anos, a realidade da clínica não é ainda a que estava projectada, mas está “no bom caminho”. Um percurso que não seguiu pelo caminho mais fácil, realça. “Nós privilegiamos a qualidade e o atendimento personalizado, com prevalência a reabilitações complexas e diferenciadas”. A relação médico/cliente, diz, “é das mais fortes que existem". "Ganha essa confiança, temos de a manter e potenciar”. A única forma de o fazer é, acrescenta, “dar prioridade à prevenção, porque a saúde oral influencia com o bem-estar geral de todo o corpo". "Mas ao mesmo tempo estamos também disponíveis para o tratamento, como uma desvitalização ou uma reconstrução, e para atender casos de emergência. Não deixamos ninguém por tratar,

mas a nossa principal mensagem é a prevenção. É com esse conceito que actuamos na nossa clínica”.

Uma postura, um conceito, que tem dado os seus frutos bem exemplificado na afluência de pacientes de todo o país e não só. “Temos clientes que confiam em nós desde

Tranquilidade, estabilidade, confiança e qualidade de serviço é o que queremos dar aos nossos

Fernando Silva

implicava menor tempo de consulta por doente e uma sala de espera muito movimentada. Tranquilidade, estabilidade, confiança e qualidade de serviço é o que queremos dar aos nossos clientes. Nem sempre mais é melhor”.

A clínica dentária Inface de Setúbal iniciou a sua actividade em 2000. 23 anos depois oferece um serviço completo baseado em oito especialidades: periodontologia, odontopediatria, dentisteria, implantologia, endodontia, prostodontia e harmonização facial. Conta com dois gabinetes, três assistentes e quatro médicos, que estão em formação contínua nas suas áreas de prática clínica, para assim prestar os melhores serviços médico-dentários possíveis, com recurso a técnicas e métodos cada vez mais diferenciados.

Inglaterra, Suíça, França ou Alemanha”.

Outro factor diferenciador, sublinha Fernando Silva, é o facto, de, na Inface, mais não ser melhor. “Nós temos uma média de oito consultas por dia. Podíamos, e temos capacidade para o dobro, mas isso

Também em termos de crescimento, o responsável aborda a questão sob o mesmo prisma. Em 2018 decidiu abrir uma clínica Inface em Lisboa “para atender muitos clientes que se deslocavam da capital a Setúbal”. Uma aposta, revela, “que se tem revelado acertada”, mas que não deverá ser replicada para já noutros locais. “Nós queremos crescer em qualidade, quer em termos médicos, quer em termos de equipamentos nas actuais instalações. Abrir

Fernando Silva, em todo este trajecto, orgulha-se em particular da postura da clínica no plano da responsabilidade social para com a comunidade onde está inserida. O proprietário dá a conhecer a mais recente iniciativa nesta área.”Estabelecemos uma parceria com a Associação Lugar da Manhã que atende pessoas muito jovens com problemas de adição. Neste acordo nós fazemos um tratamento de cariz social em que recuperamos a saúde oral destes pacientes sem qualquer tipo de contrapartida finaceira. O objectivo é que essas pessoas em recuperação possam voltar à sua vida normal, arranjar emprego e regressar à vida social porque, infelizmente, esse tipo de adição também leva a uma péssima saúde oral. O único custo para a associação é a parte do laboratório”.

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PUBLIREPORTAGEM

Clínica Piaget de Almada assegura atendimento psicológico especializado

Unidade da margem sul tem como objectivo servir a comunidade local, tendo em vista a promoção da saúde mental

Criada durante a pandemia da covid-19, a clínica de Almada foi oficialmente inaugurada o ano passado na presença de Ana Lage Ferreira, da direcção nacional da Ordem dos Psicólogos Portugueses, da deputada Romualda Fernandes, que integra a Comissão Parlamentar da Igualdade

de Género, de Miguel Feio, vereador na Câmara Municipal do Seixal, e de vários responsáveis do Instituto Piaget de Almada. A direcção da clínica é da responsabilidade da psicóloga e investigadora Sandra Roberto, doutorada em Psicologia Clínica e da Saúde e

docente no Instituto Piaget. “Esta clínica, tal com as outras três, está simultaneamente ao serviço da comunidade académica e das populações onde o campus está inserido”, explica a directora. “Pretendemos servir a comunidade local, tendo em vista a promoção da saúde mental",

acrescenta.

As clínicas Piaget são um serviço inovador criado no universo do Instituto Piaget. São infra-estruturas de saúde instaladas no interior de cada um dos pólos do ensino superior que o instituto tem de norte a sul do País, incluindo em Almada. Nasceram e cresceram a partir dos recursos académicos, dos meios técnicos e dos profissionais existentes em cada campus.

Cada clínica tem as suas próprias valências, em linha com a oferta formativa que é leccionada em cada um dos quatro pólos do Piaget. No caso de Almada, trata-se de uma infra-estrutura de saúde especializada na área da Psicologia que disponibiliza consultas de Psicologia Clínica, Avaliação Psicológica e Orientação Vocacional.

Custo Consultas e tratamentos na Clínica Piaget de Almada com preços económicos

É neste contexto que o papel da Clínica Piaget de Almada ganha especial relevância. O atendimento, realizado de segunda-feira a sábado, é assegurado por profissionais especializados.

A clínica, tal como as de Silves (especializada em osteopatia), Gaia (fisioterapia, osteopatia e acupuntura) e Viseu (psicologia, nutrição e fisioterapia), desempenha uma missão social e proporciona consultas e tratamentos acessíveis a todos os utentes, por valores

económicos. Em Almada, a primeira consulta é grátis e as seguintes têm um custo módico. As consultas tanto podem ser marcadas por telefone (969 246 009) como por e-mail (clinica@almada.ipiaget. pt). Por outro lado, além do atendimento presencial, as consultas podem igualmente ser feitas por telefone ou videochamada, o que permite que utentes fora do concelho ou da Península de Setúbal possam também utilizar os seus serviços.

A preocupação com o estado da saúde mental tem sido, aliás, uma constante em entidades nacionais e internacionais, na medida em que afecta a qualidade de vida das pessoas, as relações interpessoais e a produtividade académica e laboral. Em 2021, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estimava que mais de 700 milhões de pessoas em todo o mundo sofriam com problemas de saúde mental. A prevalência destes problemas tem aumentado ao longos dos anos e agravou-se com a pandemia, sendo actualmente um sério problema de saúde pública. Dados anteriores ao surto pandémico, designadamente os estudos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), já mostravam que um em cada cinco portugueses sofre de problemas de saúde mental, sendo a depressão e a ansiedade os distúrbios mais prevalentes. Cedo a Ordem dos Psicólogos Portugueses começou a alertar para o facto de a situação se estar a agravar com a pandemia. Estudos posteriores já demonstram o impacto negativo da covid-19 ao nível do bem-estar, independentemente do sexo ou da idade.

Todas as expectativas ultrapassadas em apenas quatro anos de actividade em Setúbal

Artur Cardoso, mentor do espaço, diz que um dos segredos é o trabalho em equipa com rigor e responsabilidade

A poucos meses de completar o seu quarto ano de actividade em Setúbal, o balanço que Artur Cardoso, da Residência Sénior Jardins de São Luís, faz é francamente positivo.

Artur Cardoso, depois de mais de 30 anos emigrado na Suíça, regressou a Portugal com a intenção de investir e criar postos de trabalho. A residência tem, neste momento, mais de 20 funcionários e, sobretudo, frisa o empresário a O SETUBALENSE, “oferece aos clientes uma casa diferenciadora na área da geriatria”.

Ao longo de quatro anos e apesar da pandemia, afirma com orgulho: “Iniciámos actividade em 2019 e logo depois veio uma pandemia". "Ultrapassámos esses dois obstáculos que poderiam ser o fim de algo que acabara de começar. Porém posso dizer que sempre tivemos lotação máxima, lista de espera e até necessidade de aumentar os nossos serviços, ultrapassando assim todas as expectativas”.

Para este balanço positivo, Artur Cardoso aponta as principais ‘causas’. “O trabalho em equipa, com rigor, brio, responsabilidade, resiliência e muito amor pelo que se faz”.

A Residência Sénior Jardins de São Luís, acrescenta, “representa um trabalho de dedicação diária de uma equipa multidisciplinar". "Assim, temos mostrado e marcado a diferença pela qualidade dos serviços prestados em vários aspectos, tais como a alimentação, higiene, rotinas de AVD´s, proximidade com as famílias, entre outros. Considero que continuamos a mostrar que não somos apenas mais um lar”.

Actual lei está desactualizada para a realidade portuguesa

Este é um sector de actividade na

área da saúde que tem estado na linha da frente nas notícias e não pelas melhores razões. Artur Cardoso mostra-se muito crítico pelo facto de apenas, na sua opinião, mostrar

e explorar os maus exemplos. “Pedimos, e pretendemos, que os media, além de divulgarem o que se faz de mau e de forma desumana, também divulguem o que se faz bem, com ri-

gor, dedicação e muito amor, com o objectivo de se alcançar o coração dos portugueses para as boas práticas realizadas actualmente. Há muita gente em Portugal a saber cuidar”, assevera.

Há muitas instituições que têm pessoas, os ditos cuidadores, acrescenta, “que dedicam 40 horas semanais a acarinhar, limpar, alimentar e amar seres humanos vulneráveis, os queridos idosos". "Há pessoas e instituições, que vestem a camisola e cuidam dos idosos como um dia gostariam de ser cuidados. Há pessoas e instituições que têm rigor e brio profissional, que se dedicam a cada jornada de trabalho para que se faça cumprir os direitos humanos e dignidade da pessoa idosa. Como em todos os sectores profissionais, há pessoas e instituições. É preciso saber fazer esta distinção”.

Artur Cardoso considera que, “obviamente, em vários aspectos a lei deveria ser revista porque a regulamentação em vigor está desenquadrada e desactualizada para a realidade portuguesa”. O empresário acrescenta que um Estado “pouco conhecedor do terreno, acaba por inviabilizar a operação de instituições" como a sua e, por isso, teme o futuro. “Não se adivinha risonho nesta área, onde muito se fala e pouco se age. Relembro que existem instituições com situações relatadas publicamente, inimagináveis e desumanas. Enquanto isso, nos lares particulares com condições, valores humanos e qualidade reconhecida, e até certificada, apenas se inspecciona, critica e impõe”.

Em termos operacionais, Artur Cardoso sublinha que a Residência Sénior Jardins de São Luís está no início de um projecto de ampliação da instituição, com a finalidade de aumentar a capacidade de resposta e manter a qualidade já existente. “Contudo, não pensamos crescer muito mais para não perdermos o ambiente familiar que tanto nos caracteriza”, finaliza.

Residência Sénior vai ser ampliada com a finalidade de aumentar a capacidade de resposta

Residência Jardins de São Luís “representa um trabalho de dedicação diária de uma equipa multidisciplinar"

Jovens detidos em Alcochete por roubo

COSTA DA CAPARICA

Quatro homens, com idades entre os 17 e 18 anos, foram detidos na passada quarta-feira por roubo em Alcochete. A acção levada a cabo pelo Comando Territorial de Setúbal, fez militares da guarda cumpriram "quatro mandados de detenção, quatro mandados de busca

domiciliária e uma busca em veículo, tendo sido possível apreender objectos relacionados com o roubo", informou o comunicado da GNR de Setúbal. A investigação decorria há cerca de quatro meses e foi levada a cabo pelo Núcleo de Investigação Criminal do Montijo.

Caparica Surf Fest começa hoje com os melhores surfistas da Europa nas ondas do Paraíso

Até 8 de Abril a Costa vai estar nas atenções do surf numa etapa que é a última do mundial de qualificação europeu

Humberto Lameiras

As ondas das praias do Paraíso e Tarquínio, na Costa da Caparica, recebem já a partir de hoje, segunda-feira, e até 8 de Abril, os melhores surfistas da Europa na edição de 2023 do Caparica Surf Fest. É a 6.ª e última etapa do mundial de qualificação europeu, que assume extrema importância para as contas do Challenger Series, que precede o Championship Tour, prova de elite da World Surf League (WSL).

“A Costa de Caparica tem-se afirmado, desde há uns anos, no calendário internacional. É um projecto que passou por algumas dificuldades devido à pandemia, mas este será o ano de confirmação deste evento”, afirmou Frederico Teixeira, Event Manager da WSL em Portugal, na passada sexta-feira, durante a apresentação deste festival que traz à cidade atlântica do concelho de Almada mais do que surf. Durante uma semana, o programa é ainda preenchido com aulas de surf grátis, um espaço dedicado ao skate: o Moche Impact Zone, com uma competição de skate. Há ainda aulas para todos os visitantes, e aulas de Pilates e música ao pôr do sol com os Estrella Galicia Sunset.

Para Frederico Teixeira, o Caparica Surf Fest é o projecto “com mais potencial e margem de crescimento”, e avançou que a organização “tem muitas ideias para o futuro” para alavancar um evento que “demonstra que a Costa da Caparica é, talvez, o ‘surf spot’ de Portugal mais democrático de todos, e está a 15 minutos do aeroporto de Lisboa”.

Uma valência ainda maior quando o turismo “é uma das maiores fontes de rendimento do País, e a Costa da Caparica assume-se como a melhor alternativa de surf a nível nacional. Queremos

mostrar que há mais na Costa da Caparica do que somente ondas”.

O turismo como sector potenciador da economia do concelho de Almada foi também realçado por Filipe Pacheco, vereador responsável pela área do Desporto municipal. “É uma mais-valia do ponto de vista de retorno a nível económico e turístico”, e lembrou a estratégia da Câmara de Almada ao criar, há alguns anos, o projecto “Costa todo o ano” que “visa quebrar a sazonalidade da Costa de Caparica como destino turístico e como grande destino de surf”.

E, “numa altura que estamos em

época baixa, aquilo que queremos é continuar a convidar, de forma permanente, todas as pessoas do concelho, e fora dele, mesmo de outros países, para que venham à Costa da Caparica ver bom surf, e que fiquem por aqui, que aproveitem as nossas praias, a nossa restauração, o nosso alojamento, e todo este enquadramento maravilhoso”, acrescentou o autarca.

São tudo razões para Filipe Pacheco afirmar que “este é mais um ano em que a autarquia de Almada aposta no surf de excelência”, uma vez que a etapa Caparica Surf Fest “é também

essencial” para o concelho do ponto de vista desportivo. “É muito importante rodearmo-nos de grandes atletas. Precisamos de eventos âncora para desenvolver modalidades cruciais e uma delas é o surf”, reafirmou.

Ainda na apresentação da competição, o autarca lembrou que, neste momento, está aberta a discussão no concelho para o novo Plano de Estratégia e Desenvolvimento Desportivo”, e voltou a referir-se ao surf como uma modalidade “âncora”, tendo em conta toda a frente de mar do concelho, condição que obriga a “apostar muito nos

Legasea Tour Ajudar atletas sub-14 a começarem uma carreira sólida no surf como profissionais

Este ano, o Caparica Surf Fest conta com mais uma novidade. Trata-se do 1.º evento do Legasea Tour, uma competição de surf com um formato inovador e organizada pelo surfista português Frederico Morais (Kikas), nos dias 7 e 8 de Abril. É um projecto que visa ajudar jovens atletas sub-14 a

começarem uma carreira sólida no mundo do surf.

“Foi a forma que encontrei para dar algo de volta ao surf, tentando inspirar os mais novos a tornarem-se surfistas profissionais. Tive em tempos uma escola de surf, e todo esse contacto com os miúdos deixou-me com vontade de

fazer mais. O Legasea é tentar passar uma mensagem, tentar incluir cada vez mais os pais, para perceberem o apoio que é preciso. Temos inscrições ainda abertas, mas acho que vamos ter a praia cheia. Não vou só ensinar, vou aprender muito com eles. E estou ansioso por este projecto”, explicou Kikas.

desportos de ondas”.

Numa semana em que as previsões apontam para as melhores condições para a competição na Costa da Caparica, no masculino vai realizar-se uma etapa WQS 3000, em que apenas o top 7, mais um wild-card se qualificam. No feminino terá lugar um WQS 1000, em que o top 4, liderado pela recém-coroada campeã europeia, Yolanda Hopkins, e mais um wil-card marcarão presença nos Challenger Series.

Além de Frederico Morais, Yolanda Hopkins Sequeira, que já se qualificou para os Challenger Series, e depois de, no ano passado ter terminado a prova da Caparica na 3.ª posição, agora quer mais. “O ano passado foi o melhor campeonato que fiz na Caparica. Eu espero sempre chegar ao número um, mas ainda assim vou aproveitar as ondas, e também para treinar para os Challenger para depois me poder qualificar para o circuito mundial”, disse a surfista algarvia de 25 anos.

Também Francisca Veselko já está nos Challenger Series. A campeã mundial júnior participa na prova da Caparica já a pensar no que aí vem. “Esta etapa vai ser super importante para treinar. Não há nada melhor que competir em casa e ter o apoio da minha mãe, os meus amigos e famílias. As condições vão estar boas e estou a sentir-me bem, saudável e cheia de vontade”, referiu a jovem de apenas 19 anos.

O factor casa está ainda do lado do actual campeão nacional português. Guilherme Ribeiro acredita que este pode ser mesmo o seu ano. “A Costa nunca desilude, e este ano o ‘forecast’ parece o melhor de sempre. Ondas boas e tempo bom. Em relação ao ano passado, mudou muito. Cresci, estou noutra posição do ranking”, e acrescentou: “Já mostrei que é possível lá chegar. Estou à porta de lá chegar e estou pronto para dar tudo nesta etapa em casa. É o tudo ou nada. É matematicamente possível chegar aos Challenger”, afirmou o surfista da Costa de Caparica.

O Caparica Surf Fest conta com o apoio do Turismo de Portugal, Portuguese Waves, Câmara Municipal de Almada, Estrella Galicia, MEO, Millenium BCP, Hertz e Cabreiroá.

A Costa da Caparica é vista pela organização do Caparica Surf Fest como a melhor alternativa para a modalidade a nível nacional

Opinião

Carrasqueira já tem novo posto de vendagem de pescado

Em apenas dois anos concretizou-se uma velha aspiração da população da Carrasqueira, com especial impacto no núcleo piscatório desta aldeia do concelho de Alcácer do Sal: inaugurou-se na passada semana o novo posto de vendagem da Docapesca, provando à evidência e contrariando alguns arautos da desgraça, que, com o PS, palavra dada é palavra honrada, porque as promessas, grande ou pequenas, são para cumprir.

As instalações da Docapesca Portos e Lotas S. A. na Carrasqueira eram antigas, encontravam-se degradadas e há muito desadequadas das necessidades dos utilizadores e das atuais exigências de qualidade e segurança alimentares. Disso mesmo dei conta à secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, em janeiro de 2021, sensibilizando-a para a urgência de criar um novo e melhor espaço.

Três meses depois, em visita ao local pedida pelos deputados do PS eleitos pelo distrito de Setúbal, Sérgio Faias, presidente daquela empresa estatal anuncia que o projeto para um novo posto de vendagem está já em fase de elaboração, lançando-se concurso público para a construção no início desse verão.

Acompanhei de perto todas as etapas deste projeto em que me envolvi pessoalmente. É certo que nem tudo correu como esperado ou dentro do apertado calendário originalmente traçado, mas também não é de negligenciar que o processo se iniciou em plena pandemia, à qual se seguiu a guerra na Ucrânia, com todas as incertezas associadas a estas duas conjunturas.

Acresce que o edifício foi construído numa zona especialmente sensível do ponto de vista ambiental e paisagístico, em terreno pertencente à Herdade da Comporta, muito próximo do cais palafítico da Carrasqueirauma das zonas da nossa região que recebe mais visitas de turistas - junto à Reserva Natural do Estuário do Sado e onde só são

OPINIÃO

Clarisse Campos

permitidas estruturas amovíveis e com acabamentos de diminuto impacto visual.

Ainda assim, com todos estes desafios superados, aí estão as instalações que vão proporcionar as melhores condições aos seus utilizadores, servindo um universo de 40 embarcações de pesca, das quais depende um elevado número de famílias da Carrasqueira.

Esta nova realidade, aliás, poderá ser determinante para a obtenção do Número de Controlo Veterinário para o pescado ali transacionado, o que permitirá a sua valorização, já que incentivará um reforço de confiança aos agentes que ali adquirem peixe e marisco.

O investimento total na obra ficou em 400 mil euros, dispondo a mesma de receção, área de pesagem e venda do pescado, zona de higienização das caixas, câmara frigorífica e unidade de produção de gelo, para além de uma dependência administrativa, balneário e sanitários.

Superadas todas as contrariedades e até campanhas de desinformação que mais não pretendiam que enganar as populações e desprestigiar o trabalho desenvolvido, imagine-se, pois, a alegria e o orgulho com que participei na inauguração daquele espaço.

Todo o processo agora concluído com sucesso mostra a importância da atividade atenta e persistente dos deputados e de como esta pode ser decisiva para influenciar o progresso das regiões que os elegeram.

É também exemplo da capacidade de execução e empenho do governo socialista na melhoria da qualidade de vida das populações e na aposta da economia do mar, tão cara ao nosso povo.

No caso em particular, como natural do concelho de Alcácer do Sal, tenho especial regozijo por poder assim, com o meu trabalho na Assembleia da República, contribuir ativamente para o seu desenvolvimento.

Deputada do PS

O SEGREDO DAS CARTAS

TARÓLOGO e ASTRÓLOGO FRANCISCO GUERREIRO Resolva todos os seus problemas sentimentais, profissionais, financeiros e de saúde, marcando uma consulta pelo número 96 377 05 04 (Chamada Rede Móvel Nacional). Após a 1.ª consulta efectua tratamentos espirituais. Consultório: Rua Serpa Pinto n.º 127 - 3.º Esq. - Montijo E-mail:francisco_astrologo@hotmail.com

CARNEIRO 21.03 a 20.04

No plano amoroso – não rejeite a possibilidade de se envolver um novo relacionamento. Poderá ser surpreendido, muito favoravelmente, com as atitudes e gestos de alguém que entrou há pouco na sua vida. No plano profissional – poderá entrar numa nova fase profissional, comece a pensar em novos projetos ou novas aplicações financeiras. Carta da semana – O SOL – semana muito luminosa e feliz para Peixes. Vai sentir-se com muita vontade de viver a vida e demonstrar a força das suas emoções e sentimentos.

TOURO 21.04 a 21.05

No plano amoroso, sente-se muito apaixonado e tem receio de mostrar os seus sentimentos. No plano profissional, terá algumas propostas, mas não se iluda com as mais vantajosas. Carta da Semana – A Lua, esta carta mostra que você estará sensível e um pouco frágil, mas ao mesmo tempo estará com um grande poder de análise.

GÉMEOS 22.05 a 21.06

No plano amoroso – poderá travar novos conhecimentos, embora deva amadurecer bem as ideias antes de lançar num novo romance. Poderá ter de enfrentar oposições familiares para poder levar em frente uma relação. No plano profissional – deve manter a calma em todas as circunstâncias, até porque esta semana tudo está ao seu alcance. Carta da semana – O CARRO – a conjuntura anuncia progressos.

CARANGUEJO 22.06 a 22.07

No plano amoroso – possibilidade de os seus sentimentos serem completamente renovados. Numa situação inesperada ou mesmo sem estar disponível pode sentir novas emoções. No plano profissional – se estiver envolvido em atos de representação ou de cariz público, sair-se-á muito bem. Carta da semana – O AMOROSO – esta carta define uma semana intensa em que todos os comportamentos estão marcados pela paixão.

LEÃO 23.07 a 23.08

No plano amoroso – não aceite opiniões ou que se metam demasiado na sua vida, o seu coração é o seu melhor amigo e só poderá arrepender-se do que não fizer. No plano profissional – todos os negócios ou investimentos em que se envolver, desde que estruturados e calculados darão bons resultados. Carta da semana – O IMPERADOR – está muito lúcido, objetivo e eficaz marcando pontos em todas as situações que se envolver.

VIRGEM 24.08 a 23.09

No plano amoroso – não permita que o orgulho atrapalhe ou ponha em causa em relação. No plano profissional – alguns colaboradores podem interferir ou pôr em causa as suas opiniões, mas é aconselhável que não baixe os braços e faça persistir as suas ideias. Carta da semana – A FORÇA – fomenta novas ideias confere rapidez de raciocínio e força de vontade não permitindo que se instalem na sua vida indecisões ou qualquer tipo de medo.

BALANÇA 24.09 a 23.10

No plano amoroso – é uma semana adequada a que faça alterações na sua forma de vida; pode iniciar uma fase mais límpida e intensa. No plano profissional – algumas situações podem assumir contornos que não esperava e perante os quais terá de tomar uma posição. Carta da semana – A MORTE – é uma carta forte que permite conduzir a sua vida de forma objetiva e eficaz. Fim de uma etapa e inicio de uma nova etapa próspera.

ESCORPIÃO 24.10 a 22.11

No plano amoroso – não entregue o seu amora quem não o merece, corre o risco de deceções. Nem todas as promessas serão cumpridas esta semana. No plano profissional – dê atenção a um negócio ou a um projeto que pode esconder problemas, procure novos apoios. Carta da semana – A LUA – a conjuntura leva-o para o mundo dos sonhos em que é difícil ser racional, tente manter-se lúcido para não ser enganado.

SAGITÁRIO 23.11 a 20.12

No plano amoroso, relações são correspondidas e regidas por si e pelos seus interesses. Controle o seu feitio pois numa relação toma decisões a dois. No plano profissional, mostre-se mais activo e mais empenhado com trabalhos que lhe são solicitados. Carta da Semana – O Mundo, esta carta mostra que as conquistas e os seus êxitos estão ao seu alcance, basta que consiga reunir todas as suas potencialidades para atingir os seus fins.

CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01

No plano amoroso – escute o que lhe dita o coração sempre que tomar uma decisão ou fizer uma escolha sentimental; todos os gestos deverão ser fruto de reflexão solitária e amadurecida. No plano profissional – está perfeitamente apto a atuar em proveito próprio e fazer bom uso das suas habilitações e conhecimentos. Carta da semana – A PAPISA – a semana promete ser muito importante.

AQUÁRIO 21.01 a 19.02

No plano amoroso, poderá estar a passar uma fase conflituosa, que se deve á indefinição de sentimentos, clarifique-os. No plano profissional, os trabalhos que tem em curso irão sofrer alguns atrasos, devido á falta de recursos. Carta da Semana – O Eremita, esta carta mostra que deve agir com rigor e cuidado em todas as situações.

PEIXES 20.02 a 20.03

No plano amoroso – momento propicio á evolução sentimental; conseguirá compreender alguns gestos e lidar melhor com os afetos. No plano profissional – vida financeira sujeita a flutuações que merecerão medidas adequadas em cima dos acontecimentos. Carta da semana – O JULGAMENTO – traz uma semana marcante pródiga em acontecimentos importantes que lhe possibilitarão análises e iniciativas fundamentadas.

O investimento total na obra ficou em 400 mil euros, dispondo a mesma de recepção, área de pesagem e venda do pescado, zona de higienização das caixas, câmara frigorífica e unidade de produção de gelo

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Região

SANTIAGO DO CACÉM

Construção do posto da GNR de Santo André vai custar 1,2 M€

Obra que resulta de uma parceria entre Estado e autarquia pode ser realidade no decorrer de 2025

Luís Bandadas

A Câmara Municipal de Santiago do Cacém e o Ministério da Administração Interna (MAI) deram, na passada quarta-feira, a conhecer as primeiras linhas que irão conduzir à construção do posto da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Vila Nova de Santo André.

A nova estrutura vai nascer naquele que foi o antigo posto da Guarda Fiscal de Santo André no Bairro Azul. O custo da obra está estimado em 1,2 milhões de euros.

A expectativa dos responsáveis por este projecto aponta para o início das obras ainda este ano ou no início de 2024. Com cautela, mas também com optimismo, consideram que a inauguração desta nova estrutura possa ter lugar no decorrer de 2025.

A assinatura do contrato interadministrativo entre a autarquia e a Secretaria de Estado da Administração Interna contou com as presenças do ministro José Luis Carneiro, Álvaro Beijinha, presidente da Câmara de Santiago do Cacém, o secretário-geral do MAI, Marcelo Mendonça Carvalho, e do tenente-coronel Marco Gonçalves, comandante do Comando Territorial de Setúbal da GNR.

Na sua intervenção, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, justificou a assinatura deste contrato de cooperação entre o município de Santiago do Cacém e o Estado. “O poder político não pode deixar de ser sensível aos apelos e às sugestões das autarquias, mas tem de procurar respeitar a dimensão e o carácter operacional na decisão dos investimentos”.

Esta obra, acrescentou, “definida como prioritária por parte das forças de segurança, estava nas prioridades e foi importante o município ter assumido a co-responsabilidade, apoiando o Ministério da Administração Interna e a Secretaria-Geral, tendo em vista dar outra celeridade ao processo de investimento”.

ALCOCHETE Executivo aprova apoio financeiro ao Círio dos Marítimos

A tradicional Festa do Círio dos Marítimos de Alcochete realiza-se este ano entre 7 e 11 de Abril e, como sempre, por altura da Páscoa constitui um dos momentos de raiz popular mais célebre da identidade cultural do município.

Em reconhecimento do “superior interesse municipal desta secular tradição e na perspetiva de manter viva a festividade”, a Câmara Municipal de Alcochete aprovou, por unanimidade, na reunião pública de 28 de Março, “atribuir a esta celebração um apoio logístico e a isenção do pagamento de taxas no valor total de 4.331,81 euros”.

Estes apoios, correspondem ao “fornecimento de fogo de estalaria e à isenção do pagamento de taxas de ocupação da via pública municipal, da licença especial de ruído, de ocupação da via pública, do licenciamento do exercício da actividade de espectáculo e divertimento público e da utilização da embarcação Bote Leão”. Incluem ainda a “redução em 50% da taxa de utilização do Pavilhão Gimnodesportivo de Alcochete”.

José Luís Carneiro aproveitou para salientar o trabalho que o Governo tem feito para um País cada vez mais seguro através “de fortes investimentos na área da segurança”. Destacou ainda um projecto de investimento em curso de 607 milhões de euros para modernizar e qualificar que serve um conjunto vasto de actores do sistema de segurança interna e ainda 11 milhões de euros para a requalificação do serviço do 112.

A Câmara Municipal, através do contrato agora assinado, fica com a garantia de financiamento total e tem, desde já, luz verde para iniciar os procedimentos necessários para lançar o concurso público da obra. Álvaro Beijinha, que se mostrou satisfeito com a assinatura deste contrato, disse que a autarquia não hesitou em assumir a responsabilidade e essa posição revelou-se fundamental para desbloquear o processo. “Sem este passo, provavelmente Santo André ficaria no fim da lista.

da GNR

Porque é, efectivamente, uma grande necessidade, entendemos que faria todo sentido entrarmos nesta cooperação”.

O projecto, cujos detalhes não foram apresentados publicamente, foi executado pelo ministério, que permitiu desde logo ter uma estimativa geral de custos da obra que ronda 1,2 milhões de euros.

Com a garantia, por escrito, de que a obra será financiada a 100% pelo Estado, Álvaro Beijinha considera que estão reunidas todas as condições para a câmara ficar formalmente mandatada para lançar o concurso público e depois iniciar a obra.

“O processo implica, antes, uma alteração no orçamento plurianual da Câmara Municipal. Feita essa rectificação acreditamos que poderemos lançar o concurso público para adjudicação da obra em Abril ou Junho para, esperamos, iniciar os trabalhos no final de 2023 princípio de 2024”.

A devoção a Nossa Senhora da Atalaia mantém viva em Alcochete esta tradição com mais de cinco séculos, alicerçada nas raízes marítimas do povo alcochetano que durante anos encontrou no Tejo a sua forma de sustento. Esta festa tem sido mantida pelos marítimos ou barqueiros, que através de tradição oral, a mantiveram viva até hoje.

Actualmente, a Festa do Círio dos Marítimos, ou Festa da Páscoa, como também é conhecida, mobiliza muita gente, quer na sua organização, quer no número de devotos, que durante o fim-de-semana da Páscoa participam activamente nos rituais muito próprios que ela integra. H.L.

O ministro José Luís Carneiro elogiou a persistência da Câmara Municipal para conseguir a construção do novo posto

A Câmara, através do contrato agora assinado, fica com a garantia de financiamento total e tem luz verde para iniciar os procedimentos necessários para lançar o concurso público da obra

TRANSPORTES PÚBLICOS

Autarcas e Governo celebram em Sesimbra quatro anos de operação do Passe Navegante

Vantagens económicas e ambientais do Passe Navegante foram realçadas por autarcas e membros do Governo

Quatro anos depois da entrada em funcionamento do Passe Navegante, Sesimbra recebeu autarcas e membros do Governo, no Cine Teatro João Mota, a 30 de Março, para assinalar esta data. No mesmo dia, foi anunciado que vai avançar uma nova campanha de comunicação para reforçar as vantagens deste título de transporte que cruza a Área Metropolitana de Lisboa (AML).

A 1 de Abril de 2019, António Costa entrou num autocarro às 7h30 na Ericeira, concelho de Mafra, até ao Campo Grande, Lisboa, de onde partiu, de Metro, até à estação de Entrecampos onde apanhou o comboio Fertagus até Setúbal. Foi a viagem inaugural do Passe Navegante; uma revolução no custo dos transportes públicos que, em alguns casos, custava uma centena de euros para circular nos 18 concelhos da AML, custo este que reduziu para apenas 30 ou 40 euros mensais.

“É uma honra” receber no município a cerimónia que celebra a “medida com maior amplitude económica dos últimos anos [a nível dos transportes públicos] no seio dos agregados familiares”, comentou Francisco de Jesus, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, na abertura da cerimónia. Acrescentou o autarca, que a adopção do Passe Navegante no município de Sesimbra traduziu-se numa “redução de quase 400 euros mensais, no caso de famílias com três elementos que utilizam os transportes públicos regularmente”.

A isto, o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, referiu que, a par da “redução significativa do preço dos passes, não deve ser negligenciado o efeito da simplificação tarifária gerada com o bilhete Navegante, ao passar de uma situação complexa, onde existiam mais de 400 passes disponíveis e mais de 7 700 tarifas distintas para agora ape-

nas duas grandes tipologias”. E, além do Passe Navegante Metropolitano, com o custo de 40 anos, lembrou que o Navegante Municipal tem um custo de 30 euros mensais.

Por sua vez, Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Acção Climática, fez questão de reforçar “o compromisso” e a “importância que

a mobilidade tem para atingir os objectivos colectivos”, nomeadamente, alcançar a neutralidade carbónica, algo que o País propôs fazer até 2050, e acresceu: “Para vencer o desafio da descarbonização temos de continuar o caminho que se iniciou em 2019 e apostar nos transportes colectivos” disse, revelando o investimento esta-

tal, no valor de 900 milhões de euros, feito em transportes públicos, entre 2019 e 2022.

“Transporte público existe e tem muitas vantagens além do carro”

económica dos últimos anos ”, comentou Francisco de Jesus nova campanha Navegante, que, nas palavras de Rui Lopo, administrador da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), procura “desmistificar as vantagens” do “principal adversário” dos transportes públicos: o carro.

Além de enaltecer a adopção do Passe Navegante na AML, a cerimónia ficou ainda marcada pela apresentação da

Impacto relevante Carris Metropolitana com mais de 20 mil circulações diárias

A ser brevemente ampliada à Área Metropolitana do Porto, a Carris Metropolitana, que ultimamente tem somado aguçadas críticas por parte dos utilizadores, foi também tema de conversa do encontro.

Com a Carris Metropolitana de Lisboa a somar aguçadas críticas por parte dos utilizadores e autarcas, desde que iniciou operação na zona sul, em Junho e Julho de 2022, como na margem norte em Janeiro deste ano,

Carla Tavares, presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, não deixa de destacar a “confiança” deste serviço. “Desde o dia 1 de Janeiro deste ano que a Carris Metropolitana opera em pleno na Área Metropolitana de Lisboa (AML). Com esta operação assistimos diariamente a 20 mil circulações, mais 20% que o modelo anterior em mais de 700 linhas, das quais 13% novas, numa área urbana com cerca de 3 mil quilómetros quadrados. Os desafios têm sido

vários e todos temos consciência do impacto que tem tido na vida das populações. Mas, apesar de todas as adversidades, estas têm sido paulatinamente superadas com a participação de todos”.

Já o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, aplaudiu a “coragem” da AML em “lançar uma operação da magnitude da Carris Metropolitana” em momentos “particularmente difíceis”, referindo-se à pandemia e ao contexto de guerra na Europa.

“Será que o nosso adversário faz tudo bem?”, questionou Rui Lopo. “A comunicação em torno do transporte individual raramente partilha aspectos menos bons”. Temos de mudar esta percepção”, reflectiu, em seguida, o presidente do conselho de administração da TML, Faustino Gomes, frisando que “o transporte público tem muitas vantagens em relação à utilização do carro”.

Deste modo, a Transportes Metropolitanos de Lisboa pretende apostar numa comunicação mais “efectiva” e “presente” da mobilidade colectiva, já a partir do lançamento da nova campanha, brevemente disponível ao público.

“Estamos com 97% das vendas do passe Navegante face ao período de 2019. A diferença de 3% equivale, aproximadamente, a 700 mil euros. De facto, cada euro que investimos em comunicação é importante para trazer pessoas para os transportes públicos”, afirmou Rui Lopo.

Mariana Pombo

“É uma honra” receber no município a cerimónia que celebra a “medida com maior amplitude

1-1 ENTRE SADINOS E LEÕES NA 1.ª JORNADA DA FASE DE MANUTENÇÃO DA LIGA 3

Golo de Pedro Pinto ao cair do pano vale empate com Sporting B no Bonfim

Guarda-redes Mika e Diego Callai foram os melhores em campo num jogo em que os atacantes foram perdulários

Na 1.ª jornada da fase de manutenção da Liga 3 (série 3), o Vitória não foi ontem além de um empate (1-1) diante do Sporting B. Numa partida em que os dois guarda-redes – sadino Mika e sportinguista Diego Callai – foram os melhores em campo, só na segunda parte ambos permitiram que houvesse golos no Bonfim. Afonso Moreira, aos 48, adiantou os leões no marcador e, aos 90+3, Pedro Pinto, repôs a igualdade no encontro.

Com a igualdade, os sadinos, feitas as contas da bonificação trazidas da fase regular da prova, mantêm-se na 3.ª posição, com cinco pontos. O empate com os leões, que somam agora nove pontos, beneficiou o Oliveira do Hospital, conjunto que está agora na liderança do grupo com os mesmos pontos do Sporting B. Na próxima jornada, sexta-feira, o Vitória tem um embate importante, novamente em Setúbal, com o Real, que continua, com dois pontos, na última posição.

Nos primeiros 45 minutos nenhuma das equipas conseguiu chegar ao golo. Os principais responsáveis foram os guarda-redes Mika, do Vitória, e Diego Callai, do Sporting B, que conseguiram sempre opor-se aos adversários que surgiram em zona priviligiada para finalizar. Exemplo disso aconteceu logo aos três minutos quando Camilo Triana apareceu isolado na cara de Diego Callai, mas não conseguiu desfeitear o guarda-redes leonino.

Apoiados pelo público que acorreu em grande número ao Bonfim, os sadinos foram mais perigosos no arranque do jogo. Aos oito minutos, uma iniciativa individual da Gabriel

Lima na esquerda levou a bola ao interior da área, mas acabou por ser desarmado por Dário Essugo quando se preparava para armar o remate.

Aos 14, foi a vez do colombiano Camilo Triana receber um passe de Filipe

Oliveira, mas não conseguiu segurar a bola em condições, deixando-a escapar para o guardião dos lisboetas.

Após as ameaças, o Sporting B reagiu e acercou-se várias vezes da baliza de Mika, guarda-redes que se se teve aplicar, travando dois remates muito perigosos do meio da rua de Fatawu e Mateus Fernandes, aos 15 e 28 minutos, respectivamente. Pelo meio, aos 26, o ganês Fatawu desequilibrou na direita e conseguiu cruzar, deixando em sobressalto a defesa vitoriana que, já no interior da área, conseguiu tirar a bola da zona de perigo.

À passagem da meia hora de jogo, os setubalenses voltaram à carga, desta vez na cobrança de um livre de André Santos sobre a esquerda, que foi defendido por Diego Callai para canto. Na cobrança desse can-

to, a bola sobrou para o médio André Santos que rematou cruzado do flanco esquerdo e quase surpreendeu o guardião leonino. Volvidos quatro minutos, os lisboetas responderam num contra-ataque em que Fatawu assistiu Afonso Moreira que rematou à figura de Mika.

Numa primeira parte pautada pelo equilíbrio e em que as oportunidades de golos surgiram junto de ambas as balizas, o Vitória dispôs das últimas duas ocasiões para desfazer o nulo antes do descanso. Aos 39, André Santos trabalhou bem na esquerda e fez cruzamento remate que foi travado por Diego Callai. Na recarga, no meio da confusão, nenhum sadino conseguiu rematar com êxito, acabando o lance por se perder. Mais flagrante foi a ocasião criada aos 43

minutos. Momento em que Diego Callai evitou o golo ao travar um remate de Gabriel Lima, que tinha sido assistido por Zequinha.

No início do segundo tempo, o Sporting foi bafejado pela sorte, aos 48 minutos, momento em que inaugurou o marcador no Bonfim. Após um remate de Diogo Abreu, fora da área, a bola desvia em Afonso Moreira e trai Mika num lance muito contestado pelos sadinos por fora de jogo do jogador leonino. O golo começou por ser invalidado, mas acabou mesmo por contar e o Sporting chega à vantagem na primeira incursão que fez à área contrária.

O golo fez mossa nos sadinos que, aos 58 minutos, quase fizeram um autogolo numa lance em que o lateral Kanda atrasou de forma atabalhoada a bola para Mika que quase foi traído pelo colega que levou a bola a passar perto do poste esquerdo da baliza. Na área contrária, o Vitória ameaçou a igualdade, aos 66, quando Pedro Machado, no interior da área, rematou para (mais uma) defesa de Diego Callai.

Aos 68, os 'bês' sportinguistas, aproveitando o balanceamento ofensivo dos anfitriões, estiveram perto de ampliar a vantagem por intermédio de Rodrigo Ribeiro, jogador que foi lançado por Nazinho, mas, na cara do golo, viu Mika travar o remate vitorioso. De bradar aos céus foi a ocasião desperdiçada por Camilo Triana, aos 70 minutos. Após cruzamento da esquerda, o colombiano apareceu sozinho na pequena área e acabou por chutar para onde estava virado, perdendo uma ocasião flagrante.

Já em período de compensação, aos 90+3 minutos, deu-se a explosão de alegria no Bonfim, estádio em que estiveram cerca de quatro mil espectadores. O golo apontado por Pedro Pinto, médio que tinha entrado em campo aos 87 minutos, colocou o resultado final em 1-1. O tento nasceu depois de um cruzamento rasteiro de David Santos, vindo do flanco esquerdo, que encontrou Pedro Pinto no centro da área, para, de rompante, empatar o marcador.

Ricardo Lopes Pereira

Apoiados pelo público que acorreu em grande número ao Bonfim, os sadinos foram mais perigosos no início do jogo

Oriental Dragon volta a cair na zona de despromoção

FUTEBOL DISTRITAL

Oriental Dragon e Desportivo Fabril empataram ambos na 24.ª jornada do Campeonato de Portugal, resultados que não satisfizeram em nada as suas pretensões, em especial da equipa de Pinhal Novo que voltou a cair na zona de despromoção. A equipa da

Vidigueira, que também jogava uma partida muito importante colocouse em vantagem aos 35 minutos mas o Oriental Dragon conseguiu igualar ainda no decorrer da primeira parte, marcando exactamente aos 45 minutos. Na segunda parte não se registaram golos, tendo o jogo

Barreirense reforça liderança com vitória obtida na Bela Vista

Comércio Indústria

José Pina

O Campo da Bela Vista, que era palco do jogo da jornada porque se defrontavam os dois primeiros classificados e havia a hipótese da equipa da casa destronar o líder, registou uma grande enchente com predominância para os adeptos da equipa alvinegra que não saíram nada satisfeitos com o resultado negativo da sua equipa.

Pelo contrário, eufóricos regressaram a casa os adeptos do Barreirense porque festejaram a vitória e alargaram a vantagem em relação ao seu adversário que passou agora a ser de seis pontos e ainda ficaram com vantagem no confronto directo.

O jogo correspondeu de facto às expectativas porque foi jogado sempre de forma bastante interessante. O barreirense esteve melhor na primeira parte e foi para o intervalo a vencer por 2-0 com golos marcados por Cajó (22’) e Bruninho (28’).

Na segunda parte como seria de esperar o Comércio Indústria entrou disposto a alterar o rumo dos acontecimentos e reduziu com um golo marcado por Aldemar (63’) na cobrança de uma grande penalidade. Pensava-se que o jogo ficaria com o resultado em aberto mas cinco minutos depois o Barreirense voltou a marcar e a partida ficou praticamente sentenciada.

Nos outros jogos da jornada (com um jogo a decorrer à hora do fecho desta edição, o Olímpico do Montijo – Trafaria) há a salientar a expressiva vitória obtida pelo Alcochetense na sua deslocação a Palmela. Os alcochetanos aproveitando alguns erros defensivos da equipa da casa abriram o activo bem cedo e depois foram ampliando o marcador que ao intervalo registava já 4-0, apesar de jogarem em inferioridade numérica

desde os 28 minutos. Na segunda parte o Palmelense reduziu para 4-1 mas logo a seguir o Alcochetense voltou a marcar fazendo o 5-1. De registar, entretanto, que o Palmelense também teve um jogador expulso, por volta dos 60 minutos.

De realçar será também o empate obtido pelo Banheirense na Amora e na fuga à despromoção a vitória do Botafogo na Quinta do Conde que permitiu a colagem ao Águas de Moura, que foi derrotado em Sines

Resultados: Palmelense 1 Alcochetense 5; Pescadores 0 Grandolense 0; Comércio Indústria 1 Barreirense 3; Amora ”B” 2 Banheirense 2; Moitense 3 Monte de Caparica 1; Vasco da Gama 3 Águas de Moura 0; Charneca de Caparica 3 Sesimbra 2; Quinta do Conde 0 Botafogo 1; Olímpico do Montijo – Trafaria (19 horas).

Classificação: 1.º lugar, Barreirense, 63 pontos; 2.º lugar, Comércio Indústria, 57 pontos; 3.º lugar, Olímpico do Montijo (menos um jogo), 52 pontos; 4.º lugar, Moitense, 49 pontos; 5.º lugar, Charneca de Caparica, 45 pontos; 6.º lugar, Alcochetense, 44 pontos; 7.º lugar, Pescadores, 43 pontos; 8.º lugar, Vasco da Gama, 42 pontos; 9.º lugar, Banheirense, 36 pontos; 10.º Palmelense, Amora “B” e Grandolense, 34 pontos; 13.º lugar, Trafaria (menos um jogo), 32 pontos; 14.º lugar, Sesimbra, 30 pontos; 15.º lugar, Águas de Moura e Botafogo, 29 pontos; 17.º lugar, Monte de Caparica, 16 pontos; 18.º lugar, Quinta do Conde, 5 pontos.

Vitória “B” reforça liderança na 2.ª Divisão Na 7.ª jornada da fase final do Cam -

terminado com o resultado de 1-1. Lagos (31 pontos), Oriental Dragon (32), Vidigueira (33), Serpa (33), Praiense (34) e Imortal (35) ainda correm perigo de descer de divisão. O Fabril, com o empate a zero, obtido em Albufeira, ficou praticamente com a permanência garantida.

LIGA 3

Amora perde em São João da Madeira com golo sofrido na compensação

O Amora foi infeliz na sua deslocação a São João da Madeira porque perdeu o primeiro jogo que disputou na fase da subida de divisão com um golo sofrido no último minuto da compensação (90+3’).

A primeira parte foi jogada de forma pouco interessante porque nenhuma das equipas arriscou e em consequência disso foram escassas as oportunidades criadas, pelo que o nulo registado ao intervalo se ajustava perfeitamente.

Na segunda parte tudo foi diferente. O Amora entrou melhor, Joel Monteiro aos 47 minutos surgiu na zona do segundo poste mas não conseguiu finalizar e depois foi Diogo Martins (50’) que viu o guardião contrário evitar o golo por duas vezes.

O Amora era uma equipa dominadora e a seguir às situações já referidas introduziu por duas vezes (55’ e 58’) a bola na baliza adversária, mas em ambas o golo não foi validado por decisão do árbitro assistente, confirmada depois pelo VAR.

peonato Distrital da 2.ª Divisão o grande destaque vai para o triunfo do Fabril sobre o Vitória Futebol Clube, no duelo entre as equipas ”B” e também para a vitória do Lagameças no Seixal que coloca a equipa de parceria com os sadinos no topo da tabela classificativa.

Resultados da 7.ª jornada:

Seixal 0 Lagameças 1; Juventude

Sarilhense 0 U. Santiago 0; Fabril “B” 3 Vitória “B” 1; Almada 1 Alfarim 1.

Classificação: 1.º lugar, Vitória “B” e Lagameças, 14 pontos; 3.º lugar, Alfarim, 10 pontos; 4.º lugar, Seixal (menos um jogo, 9 pontos; 5.º lugar, Almada, 8 pontos; 6.º lugar, Juventude Sarilhense (menos um jogo) e Fabril “B”, 6 pontos; 8.º lugar, U. Santiago, 5 pontos.

A equipa da casa sentia alguma dificuldade em organizar o seu jogo ofensivo e o Amora ia controlando as operações. Com o aproximar do fim o técnico da Sanjoanense decidiu finalmente arriscar, fez algumas alterações e foi exactamente do banco que saiu o jogador que deu a vitória à equipa da casa.

O árbitro havia dado quatro minutos de compensação e tudo apontava que o jogo viesse a terminar empatado mas ao terceiro minuto na sequência de uma jogada de ataque pelo lado direito, Nuno Barbosa arrancou um remate para o poste mais longe que não deu qualquer hipótese a Luís Ribeiro, guardião do Amora.

Pela forma como o jogo decorreu, sobretudo na segunda parte, o empate seria o resultado mais justo, mas o futebol é mesmo assim, ganha quem marca.

O próximo jogo do Amora realiza-se no domingo, no Estádio do Restelo, com o Belenenses, às 20h30.

não conseguiu evitar a derrota e ficou mais distante do líder

MARÉS TEMPO