Jornal O Setubalense by O Setubalense

Desporto

Cidade

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Vitória quer passar pelo Braga

Bairro Afonso Costa ganha “nova” escola

A equipa do Vitória joga, esta tarde, às 18 horas, no Bonfim, frente ao Braga. José Couceiro quer vencer para subir na classificação. Sobre a próxima época, o treinador diz estar sintonizado com a direcção.

A Câmara de Setúbal inaugura na próxima quinta-feira o novo Centro Escolar do Bairro Afonso Costa, um investimento de mais de um milhão e 500 mil euros, com comparticipação de fundos comunitários.

SEGUNDA-FEIRA 21.ABRIL.2014

N.º 23 | Ano I | 4.ª Série www.osetubalense.com | Preço € 0,50 | Diretor João Abreu

Dores Meira garante controlo das finanças municipais Cidade PÁG. 04 A presidente da Câmara Municipal de Setúbal garante que os salários dos trabalhadores municipais nunca estiveram em causa, que o diferendo com a Amarsul já foi resolvido e que o município tem uma “situação financeira responsável e controlável”. [RUI MINDERICO

Cidade PÁG. 04

Vala infesta Vale do Cobro Uma vala a céu aberto que percorre um terreno baldio no Vale do Cobro incomoda os moradores que se queixam de uma grande quantidade de mosquitos no Verão e um cheiro nauseabundo no Inverno, devido às chuvas.

Última Hora

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Grande Marcha já tem letra Região

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Cavaco inaugurou novo Hospital de Azeitão

O Presidente da República, Cavaco Silva, inaugurou quinta-feira o novo Hospital de Azeitão, um investimento de 23 milhões de euros da Santa Casa da Misericórdia local, que criou 150 novos postos de trabalho, uma unidade residencial, com 91 unidades de alojamento, e capacidade para 120 utentes.

Artur Jordão (música) e Bruno Frazão (letra) venceram o concurso da Grande Marcha de Setúbal 2014 com “Setúbal é um poema”. O concurso das Marchas Populares começa com o desfile no dia 14 de Junho, na Avenida Luísa Todi, seguindo-se nos dias 20 e 21 de Junho, os desfiles na Praça de Touros Carlos Relvas.

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BLOCO CLÍNICO

SEGUNDA-FEIRA 21.ABRIL.2014

Ryodoraku terapia do sistema nervoso autónomo E

xiste uma terapia fantástica quer para prevenção quer para auxiliar na cura de diversos problemas. Esta terapia teve origem no Japão e baseia-se no equilíbrio do Sistema Nervoso Autónomo. Actualmente está disseminada em todo o mundo e é utilizada por médicos, fisioterapeutas, acupunctores, psicólogos e outros profissionais de saúde como forma objectiva de avaliar e equilibrar a actividade do Sistema Nervoso Autónomo dos pacientes. Chama-se Terapia do Sistema Nervoso Autónomo – RYODORAKU. O que é? É uma terapia que procura o equilíbrio e normal funcionamento do organismo humano, através

da avaliação objectiva dos níveis de reactividade do Sistema Nervoso Autónomo e sua correta estimulação nos casos de desequilíbrio. Através da medição do reflexo galvânico da pele (condutância eléctrica da pele), em pontos específicos do nosso corpo, consegue-se avaliar a reactividade e equilíbrio do Sistema Nervoso Autónomo. Esta parte do sistema nervoso humano é responsável pelo controlo das funções básicas de sobrevivência, como a função cardíaca e respiratória, digestão, excreção, resposta sexual, níveis de alerta, etc. A Terapia do Sistema Nervoso Autónomo – Ryodoraku parte da avaliação do referido reflexo galvânico da derme e de forma rigorosa e sistema-

tizada consegue o equilíbrio de todo o organismo. Esta terapia revela-se assim um excelente método de prevenção de disfunções orgânicas e sistémicas, mas também uma forma alternativa de tratamento de várias condições que têm por base um desequilíbrio no Sistema Nervoso Autónomo. Além disto, visto ser uma metodologia não invasiva é altamente tolerável pela grande maioria das pessoas.

Como é feita a avaliação do equilíbrio do Sistema Nervoso Autónomo? A avaliação é extremamente simples, rápida, não invasiva e totalmente indolor. É utilizado um aparelho específico que através de um pequena corrente eléctrica mede a reactividade de

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determinados pontos na pele. Estes pontos estão situados em torno dos punhos e tornozelos e são locais de grande concentração de fibras nervosas. Nesta avaliação é elaborado um gráfico de forma a melhor explicar ao paciente os resultados obtidos e servir de registo para a reavaliação da eficácia do tratamento. Como é feito o equilíbrio do Sistema Nervoso Autónomo? O tratamento base é extremamente simples e rápido. O Sistema Nervoso Autónomo consegue produzir fortes reacções quase imediatas, após ser correctamente estimulado. O tratamento tradicional utiliza uma corrente eléctrica directa, de 12 volts, com intensidade na ordem dos 120 a 150 microamperes, que pode ser aplicada transcutâneamente, intradermicamente (electro-acupunctura), ou podem ser utilizados estímulos térmicos ou mecânicos (ex: laser, técnicas manuais específi-

cas). No tratamento base incide-se na região do pescoço, costas e abdómen, de forma a estimular todo o organismo do paciente. Adicionalmente são estimulados pontos específicos mais localizados nos membros, onde o sistema nervoso é mais reactivo, consoante a incidência local ou regional de patologia, disfunções ou sintomas. O objectivo do tratamento de base é solicitar respostas nervosas reflexas conhecidas, de forma a procurar o equilíbrio de todo o Sistema Nervoso Autónomo de determinado paciente. Como efeito suplementar, este tipo de estimulação tem geralmente fortes efeitos analgésicos, bem como capacidade para influenciar a resposta inflamatória em vários tecidos corporais. A estimulação efectuada vai ter acção sobre diversos aspectos do nosso organismo como: nível de funcionamento de órgãos internos; actividade digestiva de alimentos, sua assimilação

e excreção; contracção ou dilatação de vasos sanguíneos; aumento ou diminuição do estado de alerta; nível de actividade de células Imunitárias; nível de tónus (“rigidez”) muscular; nível de secreção de glândulas endócrinas; etc.

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Que condições podem beneficiar da Terapia Ryodoraku? Podemos através deste método tratar e/ ou prevenir o aparecimento de patologia ou disfunções de varias origens no nosso corpo e trabalhar para a manutenção da saúde. Exemplos de condições que beneficiam da aplicação desta terapia: Hipertensão Arterial; Enxaqueca; Fibromialgia; Síndromes de Fadiga Crónica; Sindrome Pré-Menopáusico e Menopáusico; Arritmias; Sindromes Reumáticos; Insónia; Depressão; etc.

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Telefones Úteis Centro de Saúde S. Sebastião Urb. Vale do Cobro, Av. Das Descobertas Tel. 265 708 000 Centro de Saúde Bonfim Praça do Brasil, 14, 1º Tel. 265 525 653 Ext. de Saúde do Sado Rua Manuel Francisco Novo, santo Ovídio Tel. 265 790 460 Ext. de Saúde Bairro Santos Nicolau Rua Prof. Augusto Gomes , 25 Tel. 265 545 200 Ext de Saúde S. Sebastião Urb. Vale do Cobro, Av. Das Descobertas Tel. 265 708 000 Extensão de Saúde Praça da República Praça da República Tel. 265 544 320 Extensão de Saúde Santa Maria Rua Damão, 1 Tel. 265 531 200 Ext. de Saúde Viso

Ext. de Saúde Azeitão Rua Artur Horta, 18 Tel. 212 199 500 Centro Diagnóstico Pneumológico Urb. Vale do Cobro, Av. Das Descobertas Tel. 265 708 000 Serviço de Saúde Pública Urb. Vale do Cobro, Av. Das Descobertas Tel. 265 708 000 Rua Luís Gonzaga Nascimento, 2, R/C Dto Tel. 265 544 129/7 Hospital de São Bernardo R. Camilo Castelo Branco Tel. 265 549 000 Hospital Ortopédico do Outão Tel. 265 543 900 Hospital de Sant’Iago (Hospor) EN 10 Km 37 Tel. 265 509 200 Frenesius Medical Care Clínica de Hemodiálise Quinta de Vanicelos

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OPINIÃO

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Política

Dito Assim!

Responsabilidades Partilhadas

azemos hoje uma reflexão que decorre de notícias sobre Setúbal que, nos últimos tempos, têm enchido algumas páginas de jornais nacionais e que foram tema de várias reportagens televisivas, mas que, aparentemente, passaram despercebidas ao cidadão comum na cidade de Setúbal. Falamos da situação dramática com que os habitantes da chamada Mecânica Setubalense se depararam há cerca de um mês, devido ao corte de luz e depois de água por parte das empresas proprietárias, deixando famílias com crianças a viver em situação muito mais pre-

cária, num tugúrio sem nome. E falamos hoje sobre este assunto, pois embora saibamos que ali coabita gente de bem, a par de situações de ilegalidade, estamos a falar das condições mínimas de sobrevivência de pessoas, de seres humanos que, por via de percalços na sua vida, se viram obrigados a instalar-se ali. As autoridades competentes saberão separar o trigo do joio. E falar de responsabilidades partilhadas é falar, pelo que uma figura eclesiástica influente naquela comunidade veio recentemente afirmar, finalmente, da busca de soluções entre os

vários parceiros, os quais no âmbito das suas diversas competências, estarão, estamos certos, empenhados na resolução de um problema social no município. Partilhar responsabilidades é assumir que este é um problema de todos e que todos, em conjunto, partilhando sinergias e recursos, estarão à altura de encontrar a melhor solução, a solução definitiva para muitas daquelas famílias. A Páscoa é um tempo de esperança e de regeneração. Estará a chegar o tempo da esperança para muitos que sobrevivem naquelas condições no chamado bairro de Vila Maria?

João Viegas CDS/PP de Setúbal

O nosso mundo

O 25 de Abril e a Liberdade de Imprensa

ou dar hoje início a um conjunto de crónicas, subordinadas ao tema “ O Nosso Mundo”, onde irei abordar temas bastante variados. Nunca deixarei, contudo, de escrever o “Pensar Setúbal”, que é, de facto, a menina dos meus olhos. Foi através das crónicas em que falo da minha querida cidade de Setúbal, e das suas envolvências, que aprendi a escrever com paixão. Se escrevo, ou não, com qualidade, essa opinião caberá sempre, e em última análise, ao leitor regular de “O Setubalense”. Não posso deixar de sentir um enorme privilégio por poder escrever aquilo que penso, e inclusivamente o que sinto. E muitas vezes o sentir não pode andar dissociado do pensar. Todos nós, aqueles que escrevem, ou que, de alguma forma, emitem opiniões lidas, vistas ou escutadas pelas outras

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pessoas, devem ter cuidados acrescidos relativamente à forma como se utiliza a liberdade de imprensa. Por exemplo, se nos enganamos e fornecemos informações incorrectas, temos sempre o dever de o reconhecer com humildade e honestidade, o engano e os motivos desse engano. E tudo isto tem que ver com a Democracia, e com o bom uso que lhe devemos dar. Logo com a liberdade de imprensa. A liberdade de imprensa, tal como hoje a concebemos nas nossas sociedades, mais que um direito que nos assiste, é um privilégio que devemos usufrir e usar com sentido de responsabilidade, sobriedade e educação, mas também com clareza, coragem e frontalidade. As duas grandes ditaduras do século XX (Comunismo e Fascismo) perseguiram, prenderam, torturaram, deportaram e assassinaram,

entre muitos outros, escritores e jornalistas, apenas por aquilo que pensavam, falavam e escreviam. A caneta pode ser bem mais perigosa que a espingarda. E portanto, se existe algo que a História nos ensinou, é que, como dizia Winston Churchill (uma das minhas personalidades históricas preferidas), o espírito humano não pode ser preso, nem acantonado, porque irrompe, quebra obstáculos, ultrapassa barreiras. E Churchill, que foi no início da sua vida profissional, um jovem jornalista, sabia bem do que estava a falar. Em 1940, quando a Inglaterra estava na iminência de ser invadida pela Alemanha nazi, Churchill proferiu um dos seus discursos mais famosos, no parlamento britânico, em que o espírito e a determinação de um povo foram postos duramente à prova. “Iremos até ao fim, lutare-

Giovanni Licciardello mos no mar, e nos oceanos, defenderemos a nossa ilha, qualquer que seja o custo, lutaremos nas praias, nos campos, nas cidades, nas ruas, casa a casa, nos montes. Nunca nos iremos render”. Mas uma das questões que me trás aqui tem de ver com a importância da liberdade de imprensa, numa altura em que perfazem 40 anos da passagem do 25 de Abril de 1974, bem como a importância histórica de Fernando Salgueiro Maia, bem como a sua figura carismática, fascinante e apelativa.

Pensar numa baixa jovem

Joaquim Gouveia

requalificação do centro histórico de Setúbal foi tema em debate numa conferência organizada há poucas semanas pelo nosso jornal e que contou com a presença de oradores de áreas tão díspares como a política, a social e a universitária. Foi um debate muito interessante onde cada interveniente mostrou conhecimento e apego quanto baste a um assunto que faz parte da conversa do colectivo. Todos pugnamos por um centro histórico atractivo, vivo e moderno. Mas a realidade aponta noutro sentido com uma baixa de cidade completamente depauperada com grande parte dos seus antigos estabelecimentos comerciais encerrados e sem vida própria. Ninguém já habita na baixa de Setúbal e essa é, para mim, a principal razão do abandono a que o novo centro acabou votado. Porque não há gente, também não há comércio, porque esta dicotomia é indissociável. Eu nasci no centro da cidade, no primeiro andar de um prédio da Rua Arronches Junqueiro, há 52 anos, numa altura em que a baixa marcava o pulsar da cidade e era o espelho de toda a sua actividade social e comercial. Outros tempos, dirão. É verdade, outros tempos em que a baixa era habitada em toda a sua extensão e o comércio vivia uma quimera perfeitamente dourada. Hoje não há moradores na baixa que se encontra votada ao abandono e onde as casas deram lugar a armazéns ou vão caindo num estado quase devoluto. Muitas soluções têm sido apresentadas para a sua revitalização mas, quer-me parecer, que a principal medida a tomar

é requalificar a habitação e aliciar os jovens para povoar o centro urbano. Há exemplos flagrantes como o de Santiago de Compostela, em Espanha, em que esta medida foi levada à prática e os resultados são francamente positivos. Aquela cidade espanhola é hoje um centro de enorme atractividade não só pelo rito religioso mas pelo dinamismo que o seu centro histórico ganhou com a chegada de muitos jovens, maior parte estudantes, que estão a dar um novo sentido e uma nova vida ao local. Este exemplo tem que ser olhado de cima, pensado e experimentado. Temos em Setúbal, uma população estudantil interessante que, não tenho dúvidas, aliciada para dinamizar o centro histórico ocupando casas remodeladas e modernamente equipadas serão capazes de impulsionar uma nova dimensão ao local atraindo a abertura de comércio que, desta forma, terá futuro. No fundo o futuro aos jovens pertence. Mas sei que o processo não será assim tão fácil de colocar em prática. Terá que existir um entendimento entre a autarquia e os proprietários dos prédios do nosso centro urbano. Depois há que verificar que apoios estruturais existem para levar a cabo esta requalificação. Mas não avançar será perder tempo. Muito se fala na baixa mas pouco se faz. Não será agora a altura certa para avançar com propostas coerentes e credíveis? Penso que sim porque o tempo urge e antes que os prédios passem á condição definitiva de devolutos parece haver espaço de manobra para fazer os projectos saltarem das gavetas. Ora mostrem-nos o que valem, por favor.

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Dores Meira revela que problemas ﬁnanceiros do município estão controlados Em resposta à posição pública do PSD sobre as contas do município, a presidente da Câmara Municipal de Setúbal afirmou que os salários dos trabalhadores nunca estiveram em causa, que o diferendo com a Amar-sul já foi resolvido e que o município tem uma “situação financeira res-ponsável e controlável”. [ DR

POR VERA GOMES

presidente da autarquia reagiu com “regozijo e indignação” às declara-ções dos responsáveis concelhios do PSD sobre a penhora, pela Amarsul, de contas da Câmara Municipal de Setúbal, situação entretanto resolvida por um acordo assinado com a empresa, “através do qual saldaremos o que está em falta num prazo de cinco anos, o que deve ser valorizado nu-ma autarquia que soube aproveitar um conjunto de oportunidades ofere-cidas pelos fundos comunitários que significaram investimentos de mais de 50 milhões de euros na modernização da cidade e do concelho”, indicou a Edil. Em declarações proferidas na semana passada, durante a reunião de

câ-mara, Maria das Dores Meira esclareceu que “os montantes em atraso à Amarsul têm vindo a ser pagos desde há mais de um ano através de meca-nismos legalmente previstos, o que significa que a autarquia saldou já cer-ca de um milhão de euros dos valores em atraso”. Com alguma ironia, a autarca diz ter sentido “regozijo pela preocupação que o PSD manifestou com os salários dos trabalhadores da Câmara Muni-cipal de Setúbal – que nunca estiveram em causa - caso esta fosse genuína, ou não viesse de um partido cujo vereador não aprova, repetidamente, propostas de contratação de trabalhadores ou de regularização de situa-ções laborais”, disse, referindo-se ao vereador da coligação PSD/CDS, Luís Rodrigues. Dores Meira não escondeu, no entanto, a

Presidente da Câmara mostrou-se indignada com declarações do PSD sobre alegada ruptura financeira

sua “absoluta indignação com o que são as verdadeiras preocupações do PSD neste caso, agora que a Em-presa Geral de Fomento (EGF), detentora da maioria do capital da Amar-sul, está em vias de ser ilegalmente privatizada, contra a vontade de todos, em particular

dos seus accionistas municipais”. “É notório que o PSD está infinitamente mais preocupado com a necessidade de limpar passivos da EGF, nem que para isso fosse necessário paralisar uma autarquia com cer-ca de 1400 trabalhadores”, expressa Dores Meira, acrescentando

Vala a céu aberto incomoda moradores no Vale do Cobro Uma vala a céu aberto que percorre um terreno baldio a sul do Vale do Cobro incomoda os moradores que se queixam a O Setubalense de uma grande quantidade de mosquitos no Verão e um cheiro nauseabundo no Inverno, devido às chuvas.

aulo Casas Novas, inquilino na zona há cerca de cinco anos, explica que “a LimperSado esteve no local há um tempo mas nada foi resolvido para colmatar a situação”. No Inverno, principalmente durante o período de grandes chuvas, esta praceta, por se encontrar num plano inferior em relação à estrada principal, costuma ficar alagada, ou “transformada numa autêntica piscina porque o escoamento não funciona e as águas fluviais ficam estagnadas na zona”, continua Paulo Casas Novas. Por seu lado, o proprietário da papelaria “Sul Norte”, localizada na Avenida das Descober-

tas, junto ao Centro de Saúde de São Sebastião, não se queixa dos cheiros por o vento predominante ser de Norte, mas “os mosquitos são imensos

e causam demasiado incómodo a quem vive na zona”. Henrique Raimundo adianta receber muitas queixas no seu estabelecimento por parte de [ DR

moradores desta zona. José Carlos Oliveira, residente na urbanização desde há 14 anos, explica que esta situação verifica-se desde sempre e que “as pessoas já se habituaram, apesar de ser um grande incómodo que devia ser resolvido para o bem-estar dos moradores”. O Setubalense entrou em contacto com as Águas do Sado para tentar perceber que medidas estão planeadas ou vão ser tomadas e foi-nos informado que nos últimos dias dirigiram-se “ao local indicado no sentido de identificar uma eventual obstrução na rede de colectores que serve o local, não se tendo constado a existência de qualquer avaria”.

que o PSD quer “entregar aos privados a carne do lombo e deixar para os muni-cípios os ossos deste negócio que foram forçados a fazer para poderem tratar os lixos, mesmo que a preços proibitivos, criando-se, agora, uma nova dependência de privados”, considerada

pela presidente da autarquia como “altamente prejudicial para o interesse das populações”. “Assumimos, com toda a clareza, que temos problemas financeiros. Temos lutado todos estes anos contra eles. Mas afirmamos, sem margem para dúvidas, que temos uma situação financeira responsável e controlável que resulta da satisfação das necessidades básicas das populações que os diri-gentes do PSD, quer pela sua inexperiência, quer pela falta de conheci-mento da realidades, não fazem a mínima ideia quais são”, concluiu a pre-sidente da Câmara, reiterando o compromisso de “continuar a fazer uma gestão responsável nesta câmara municipal, sem nunca esquecer a neces-sidade de apostar vigorosamente nas nossas potencialidades e nas capaci-dades de todos os setubalenses e azeitonenses”.

Avenida Alexandre Herculano encerrada ao trânsito

faixa com o sentido norte/sul da Avenida Alexandre Herculano está encerrada ao trânsito automóvel a partir de hoje e por um período previsível de um mês devido à realização de intervenções na via pública. O encerramento daquela via, próxima do Parque do Bonfim e compreendida entre a Praça Vitória Futebol Clube e a Avenida Mariano de Carvalho, é motivado pela execução de trabalhos de reformulação e beneficiação urbana. Em alternativa, os auto-

mobilistas devem utilizar a faixa de circulação sul/ norte da Avenida Alexandre Herculano, que, temporariamente, durante e período de intervenções, funciona com dois sentidos de trânsito. A realização destes trabalhos motiva também que a Rua da Escola Técnica, junto da Escola Secundária Sebastião da Gama, fique a funcionar como uma via sem saída, ou seja, sem possibilidade de intersecção com a Avenida Alexandre Herculano.

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CIDADE

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Subida do salário mínimo agrada a empresários mas não chega

Setubalense foi tentar perceber como alguns empresários da cidade vêem a possibilidade, avançada pelo Governo e aprovada pela UGT, de subir o salário mínimo nacional em 15 euros, para os 500. As reacções são boas, apesar dos empresários sentirem que este aumento não chega para contrariar o clima de recessão e falta de poder de compra sentida em todo o país. Jorge Fernandes, proprietário da loja Oriental, entende que “quanto mais as pessoas ganharem, melhor é para todos, uma vez que o consumo aumenta” porém, enquanto “não houver medidas protecionistas para a indústria, nada fica resolvido de raiz”. O empresário, que já teve nove funcionários à sua ordem e que está actualmente sozinho na frente do seu negócio, refere que a protecção da indústria tem reflexos em todas as restantes áreas de actividade. Por seu lado, Bruno David,

[ DR

Francisco Carriço defende que o aumento de três por cento nos salários mais baixos será aplicado no consumo imediato de comércio e serviços

empresário na baixa setubalense e responsável por uma loja de sapatos com o mesmo nome, desconfia do impacto positivo que a subida do salário mínimo em 15 euros vai ter na economia setubalense. “Sempre que haja uma medida que aumente o salário da população é bem-vinda, mas não acredito que venha ajudar os empresários na recuperação económica”, esclarece

Bruno David, para quem o principal problema das empresas que aplicam o salário mínimo aos seus empregados é a falta de cumprimento no pagamento de horas extraordinárias e outras regalias. “Cheguei a ter conhecimento de funcionários em lojas a receber o salário mínimo e a trabalhar até altas horas da madrugada sem qualquer vencimento extra”.

Experimentáculo abre vagas para Semana Internacional do Estudante

associação setubalense Experimentáculo abriu inscrições para a oitava edição da Semana Internacional do Estudante em Belgrado (ISWiB), na Sérvia, que decorre entre os dias 13 e 20 de Julho. O ISWiB é um evento aberto a todos os estudantes que estejam a fazer os seus estudos actualmente na Europa,

juntando centenas de jovens dos mais variados pontos numa confluência de sinergias. À sua espera estão vários workshops, nos mais variados temas: cinema, empreendedorismo, música ou teatro. A Experimentáculo volta a ser, pelo quinto ano consecutivo, parceiro do ISWiB, sendo responsável pelo workshop

de cinema. Este ano, sob o tema "Big City Trouble", a formação pretende “reflectir sobre a problemática urbana da cidade através do vídeo, recorrendo a métodos de educação não formal”. “É um workshop destinado a todos os que se interessem por estas áreas, com conhecimentos ou não em cinema e vídeo”.

Rectiﬁcação Por lapso, na edição de 16 de Abril, quarta-feira, O Setubalense publicou duas pequenas informações erradas no texto sobre a Rua Arronches Junqueiro, incluído no Especial Baixa de Setúbal, na página 4. Ao contrário do que publicámos, a Rua Arronches Junqueiro nunca foi chamada de Rua Direita, mas sim a Rua Antão Girão. Além disso, a “porta” perto do Miradouro não é a Porta do Sol, mas sim a Porta de São Sebastião. Pelo lapso, pedimos desculpa aos nossos leitores.

Associação de Comércio celebra contractos acima dos 500 euros Francisco Carriço, presidente da Associação de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo do Distrito de Setúbal (ACISTDS), frisa a O Setubalense que há cerca de dois anos que os contractos colectivos de trabalho negociados com os sindicatos têm por base um

valor mínimo de 500 euros. “Quase nenhuma empresa associada da ACISTDS nos sectores do comércio e serviços aplica este valor tão baixo aos seus trabalhadores”, explica. O aumento de três por cento nos salários mais baixos será, do ponto de vista de Francisco Carriço, aplicado no consumo imediato de comércio e serviços, pelo que todos os envolvidos, patrões e em-

pregados estão de acordo com esta medida. Por outro lado, considerados como grandes inimigos e concorrentes desleais, “as grandes superfícies e multinacionais oferecem condições precárias aos trabalhadores, na sua maioria contratados a prazo e pagos à hora, onde nem o salário mínimo nacional é cumprido”, prossegue o presidente da ACISTDS. São estes que devem ser visados pelo Governo na aplicação de medidas que combatam a precariedade “mas estão protegidos pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição”. Noutro ponto, ainda que associado ao tema do aumento do salário mínimo, Francisco Carriço declara-se contra o aumento brutal de impostos sobre o trabalho que o Governo fez em 2013 sem qualquer precedente em Portugal, impostos esses sobre o IRC e IRS que atingiram os 30 por cento e obrigaram ao encerramento de muitas empresas que não estavam preparadas para tal.

Porto de Setúbal disponibiliza áreas para aquicultura no Sado

Porto de Setúbal passou a disponibilizar cerca de duas dezenas de parcelas para o desenvolvimento da actividade da aquicultura no Estuário do Sado. Para a Administraçao dos Portos de Setúbal e Sesimbra “investir em aquicultura, constitui uma oportunidade de

desenvolver um negócio ambientalmente sustentável e com grande potencial de crescimento, tirando benefício de um mercado cada vez mais favorável e concorrencial, face aos constrangimentos atuais e futuros das capturas de bivalves e pescado em habitats naturais”. Paralelamente, a APSS

terá ao dispor dos interessados, no seu Centro de Formação, e em parceira com o FOR-MAR, cursos certificados relacionados com a exploração da atividade da aquicultura. Pode ser consultada mais informação no site da APSS em http://www.portodesetubal.com/.

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Álvaro Dias dará nome a uma rua de Setúbal A Câmara Municipal de Setúbal propõe a atribuição do nome de Álvaro Dias a uma das ruas da cidade. O conhecido empresário setubalense, fundador do Armazém Papéis do Sado, faleceu na quinta-feira da semana passada, aos 90 anos, vítima de doença prolongada.

“

[ DR

Álvaro Dias foi um dos grandes homens que nasceram na nossa cidade e que a ajudou a ser melhor, mais justa, mais solidária”, referiu a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, durante a apresentação de um voto de pesar pelo falecimento de Álvaro Dias, na última sessão pública. A autarquia o “importante contributo” de Álvaro Dias no associativismo, na política e no poder local. Nascido em Setúbal a 28 de Fevereiro de 1924, fundou o Armazém Papéis do Sado, “empresa gráfica de referência na região de Setúbal”, e “ajudou, nos duros tempos de repressão fascista, a fundar o Clube de Campismo de Setúbal e o Cine Clube de Setúbal”. O seu envolvimento activo na luta contra o fascismo “por uma vida melhor e por um país mais justo” le-

vou-a às prisões políticas, nomeadamente Caxias, onde foi sujeito à tortura do sono durante nove dias e nove noites. Logo após o 25 de Abril de 1974, no âmbito das comissões administrativas nomeadas para gerir as autarquias, foi, como militante do MDP – Movimento Democrático Português, presidente da extinta Junta de Freguesia de Santa Maria. Foi ainda vereador do Executivo municipal saído das primeiras eleições autárquicas realizadas em democracia, em 1976, cargo que ocupou até 1982 como eleito das coligações FEPU – Frente Eleitoral Povo Unido e da coligação partidária que lhe sucedeu, a APU – Aliança Povo Unido. Mais tarde inscreveu-se no Partido Comunista Português, que militou activamente até à morte. No associativismo, Álvaro Dias desempenhou,

Agenda Gastronómica OP/ 0070

RESTAURANTE

Álvaro Dias faleceu com 90 anos, depois de uma vida dedicada à cidade de Setúbal.

Memórias de um alfaiate

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O Novo Retiro do FERNANDO way Especialidades eA

Tak

durante mais de 20 anos, na APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, cargos dirigentes com um empenho que valeu a atribuição do seu nome ao lar residencial da instituição, inaugurado em 2012. Foi um apaixonado pelas artes gráficas, área em que foi empresário e comerciante, com o Armazém Papéis do Sado, com uma tipografia e uma das mais antigas lojas da Baixa comercial da cidade, e pela fotografia, arte que deixou publicada no livro “Em Terras de Rio Feito de Mar”. “As suas fotografias foram, aliás, o pretexto para a última homenagem de que foi alvo, a 11 de Janeiro de 2014, com a inauguração de uma exposição de imagens da sua autoria na Casa da Cultura intitulada ‘Percursos’, a que só não compareceu porque tinha adoecido na véspera”.

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unca incluí no meu currículo o estágio que fiz em Vila Franca, em 1958, na Alfaiataria Horta, casa especializada em trajos regionais: eram as jaquetas ribatejanas, as samarras com gola de pele de raposa, os chamados trajes de curto paras lavradores e toureiros, fatos para campino, o calção azul e o colete encarnado, as jaquetas de ramagens e o calção justo para os moços do forcado. No início da minha actividade em Setúbal ainda fiz umas duas jaquetas de lide, mas não estava na rota

dos aficionados, até um dia… O grupo de forcados amadores de Lisboa de Salvação Barreto ia ter uma actuação especial no Campo Pequeno: uma corrida de gala na Páscoa. Iam precisar de fardas novas. O sr. Horta não estava em condições de executar a encomenda e alguém se lembrou de mim. Um representante da organização veio ter comigo. Aceitei a encomenda depois de terem insistido. Foi o meu último trabalho nesta área. Isto aconteceu em 1989. Vitor Gaspar

CIDADE

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Bairro Afonso Costa inaugura novo Centro Escolar

Novo ciclo de visitas inicia-se na freguesia de São Sebastião

A Câmara de Setúbal dá continuidade, a partir de 28 de Abril, ao projecto “Ouvir a População, Construir o Futuro”, com o objectivo de “envolver e aproximar os munícipes da gestão autárquica”. As visitas pelas freguesias do concelho começam em S. Sebastião.

novo Centro Escolar do Bairro Afonso Costa, um investimento de mais de um milhão e 500 mil euros realizado pela Câmara de Setúbal, com comparticipação de fundos comunitários, é inaugurado no dia 24 de Abril, às 10h00. O moderno estabelecimento de ensino, que integra, no mesmo espaço, as valências de 1.º ciclo do ensino básico e jardim de infância, nasceu a partir

manhã e outras quatro no horário da tarde. A obra foi executada em três fases, sendo que na primeira fase ficou concluído o jardim de infância, em funcionamento desde 2011. Numa segunda fase, foram construídos dois edifícios, com capacidade para oito salas de aula e serviços administrativos. A estes novos espaços juntam-se um refeitório e uma cozinha, já em funcio[ DR

A nova escola oferece agora melhores condições

da ampliação da antiga escola do Bairro Afonso Costa, num projecto que englobou a criação de novos edifícios e a reabilitação do edifício centenário. O “novo” estabelecimento de ensino permite agora o funcionamento de dez turmas em regime normal do 1.º ciclo, além de um jardim de infância com capacidade para meia centena de crianças. Esta era uma das poucas escolas do concelho onde ainda existia o antigo regime duplo, já que, as condições apenas permitiam o funcionamento de quatro turmas no horário da

namento, áreas de utilização comum para crianças do 1.º ciclo e do jardim de infância. Finalmente, foi reabilitado o imóvel centenário da EB1 do Bairro Afonso Costa, num projecto que, salienta a autarquia, “procurou preservar os elementos arquitectónicos originais”. Depois de recuperado, o edifício centenário conta com duas salas de aula, biblioteca, mediateca e uma sala polivalente. O centro escolar tem ainda um campo de jogos, a par de passagens pedonais cobertas, que asseguram as ligações entre todos os edifícios.

Inauguração ao fim de quase quatro anos As obras do novo Centro Escolar do Bairro Afonso Costa tiveram início em 2010, com a construção do edifício do jardim de infância, que foi inaugurado em Janeiro de 2011. Com cerca de 60 anos de existência, o estabelecimento de ensino apresentava visíveis sinais de degradação, bem como

falta de espaço e de condições para responder ao crescimento populacional da área envolvente. A escola tem agora melhores condições, novas valências, como a biblioteca e o campo de jogos, e aumentou a capacidade de resposta para 240 crianças no 1º Ciclo e 50 na Pré-Escola.

executivo camarário, acompanhado de técnicos municipais, visitará vários locais da freguesia mais populosa do concelho, entre 28 de Abril e 13 de Junho e ouvirá a população local numa iniciativa que inclui reuniões de trabalho e atendimentos personalizados. No terreno, em visitas a arruamentos e urbanizações, a equipa camarária observa e analisa, minuciosamente, situações que carecem de resolução, nomeadamente em questões relacionadas com a rede viária, estacionamento, trânsito, bem como saneamento, áreas verdes e espaços públicos. A iniciativa inclui ainda deslocações e reuniões de trabalho em estabelecimentos de ensino, colectividades, empresas e instituições de diversas áreas, com o objectivo de recolher contributos e de fazer um ponto de situação sobre projectos em curso e necessidades para

[ DR

Projecto começa por visitar ruas da freguesia de S. Sebastião

a sua concretização. Estão ainda agendadas várias acções de atendimento público à população, em sessões personalizadas dirigidas pela

Autarquia aposta na continuidade do STB Urban Market

estuário em segunda mão, artigos ‘vintage’, artesanato de design urbano e produtos regionais são atractivos do STB Urban Market, iniciativa a realizar entre Abril e Setembro, sempre no último fim-de-semana do mês, na zona ribeirinha. O sucesso da primeira edição do STB Urban Market, realizada em Março no âmbito do programa comemorativo do Mês da Juventude, com centenas de pessoas na renovada Praia da Saúde, levou a Câmara Municipal de Setúbal a conferir um carácter regular à iniciativa. Expositores locais e par-

ticipantes provenientes de outros locais marcaram presença no certame, que aposta num conceito direccionado para novas tendências e no qual é possível encontrar ainda produtos hortofrutícolas e artigos para gastronomia vegetariana. O STB Urban Market, a funcionar no horário das 10h00 às 19h00, tem a próxima edição agendada já para os dias 26 e 27 deste mês. O certame tem ainda realização garantida a 31 de Maio e 1 de Junho, 28 e 29 de Junho, 26 e 27 de Julho, 30 e 31 de Agosto e 27 e 28 de Setembro.

presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, na sede da Junta de Freguesia de S. Sebastião. As acções de atendimen-

3 Reparos

to público, sempre a partir das 18h30, realizam-se nos dias 16, 19, 20, 22, 23, 26 e 27 de Maio e ainda nos dias 3, 5 e 9 de Junho. Para participar, os munícipes devem inscrever-se na junta de freguesia, presencialmente, ou pelo telefone 265 719 520. “Ouvir as populações, partilhar dificuldades e encontrar soluções é o lema do projecto”, segundo a autarquia. A primeira edição foi iniciada em 2010, com o objectivo de “ouvir, minuciosamente, os anseios de cidadãos, autarcas locais, comerciantes, dirigentes associativos e escolares e responsáveis de instituições”. A autarquia quer apurar “com precisão o que pode ser feito em prol do aumento da qualidade de vida”, sendo que o levantamento dos problemas detectados é apresentado, posteriormente, em encontros públicos em cada uma das freguesias.



Reparámos que as obras de requalificação de passagens de peões no bairro de Montalvão, com o rebaixamento de passeios na zona das passadeiras e a aplicação de pavimentos tácteis a pensar nas pessoas com mobilidade reduzida ou com incapacidades visuais está realmente a melhorar a circulação pedonal naquela área da cidade. Devemos valorizar este esforço de eliminação de barreiras arquitectónicas. Reparámos que as tampas de esgoto desniveladas continuam a dar muitas dores de cabeça aos automobilistas. Já aqui falamos, por exemplo, da estrada dos Cipestres, mas na Rua António José Baptista, entre o Centro de Emprego e a entrada na Rua da Tebaida, o problema parece ser ainda mais grave. A cada metro de estrada parece haver uma dessas tampas Reparámos que na Avenida de Moçambique, junto aos semáforos do cruzamento com a Avenida Dr. António Rodrigues Manito, em Vanicelos, não está visível qualquer sinalização horizontal no pavimento. Isto é, não existem guias nem marcas orientadoras de sentidos de trânsito (setas). Esta situação pode causar confusão, principalmente para os automobilistas que não conhecem aquela artéria.

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25 DE ABRIL

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Memórias de Abril no rosto do povo

uma altura em que se comemoram 40 anos sobre a revolução de Abril, de 74 fomos à conversa com alguns setubalenses no sentido de conhecer as suas memórias sobre a data e o que ela ainda hoje representa. Falámos com gente que tem recordações bem vivas de uma época de alegria e festejos, onde se davam vivas

à liberdade e se idealizava um Portugal, com melhor futuro. Gente que, de certa forma, se sente, também, algo desgastada com o rumo dos acontecimentos. Foram estas as questões que colocámos aos nossos inquiridos: Que recordações tem do 25 de Abril, de 74? O que pensa da revolução 40 anos depois?

“Ideais foram cumpridos” Eu tinha 5 anos. Lembro-me de, imediatamente a seguir ao 25 de Abril, ter ido às cavalitas do meu pai às comemorações do 1º de Maio e lembro-me de ver a Avenida Luísa Todi cheia de gente. Estava tudo na rua, bandeiras, cravos, foi uma festa! É a imagem de alegria das pessoas que tenho. Em casa a alegria era imensa. Depois lembro-me de não usar bata na escola. Penso que os verdadeiros ideais de Abril foram cumpridos sim. Nesta indissociável ligação entre os valores da liberdade, da democracia e da justiça social que o 25 de Abril preconizou e as lutas dos trabalhadores pela conquista de direitos políticos, eco-

“Viva a liberdade” Lembro-me de ir com o meu irmão para a janela pequenininha e gritarmos os dois, do 9º andar: “viva a liberdade!”. E lembro-me de ver toda a gente muito feliz a falar muito e a cantarem vitória pelas ruas. A liberdade de expressão é um direito fundamental que ganhámos e que prezo muito mas acho que se perderam muitos princípios com a liberdade em excesso.

Carlos Moço 54 anos, quiroprático

Estava na 4ª classe na Escola primária da Quinta do Anjo e no recreio vimos passar muitos carros com militares que iam em direcção a Lisboa. Depois a professora mandou-nos entrar para a sala de aulas e quando fui almoçar, estavam os meus pais junto ao rádio a ouvir as notícias. Não soubemos aproveitar a revolução e fazer deste Portugal um grande país, com relações privilegiadas com África e Brasil.

U m mom e n t o d e ale gri a t e mp orári a c om o son h o d e q u e t u d o i ri a m e lh orar, m as p are c e , agora, q u e n ão é b e m assi m . E st á t u d o c on fi n ad o ao n ovo fasc i smo. A s p e ssoas q u e e n t re t an t o se vi ram a vi ve r à gran d e vê e m agora c omo t u d o lh e s c u st ou c aro, e c on t i n u ará a c u st ar. . .

“Valeu a pena” Fernanda Matos 44 anos, assessora de imprensa nómicos, sociais, laborais e culturais, historicamente simbolizadas nas comemorações do 1º de Maio, se foi percorrendo um longo e prodigioso caminho, cheio de vitórias e derrotas, avanços e recuos, na história do povo português.

Maria Regina 46 anos, jurista/ solicitadora

António Jorge Luz 56 anos, cortador de carne

Estava a trabalhar. Lembro-me como se fosse hoje. Foi uma quinta-feira com o tempo acinzentado. Penso que valeu a pena. Foi o acontecimento cultural mais importante de toda a minha existência. Mudou por completo a nossa cultura.

Universidade Sénior comemora 25 de Abril Universidade Sénior de Setúbal comemora os 40 anos do 25 de Abril com diversas iniciativas, que decorrem entre os dias 23 e 30 de Abril, nas instalações da universidade, no Parque do Bonfim. No dia 23, quarta-feira, às 15 horas, Ruben Tristão de Carvalho, jornalista, conhecido homem da cultura e da política, vai à UNISETI falar-nos sobre as canções, os autores e a sua importância na luta pela liberdade e a consolidação da democracia. No dia 24, quinta-feira, às 16 horas, alunos e professores da UNISETI promovem um espectáculo, seguido de convívio, no já denominado “Jardim da UNISETI”, o espaço que circunda as instalações da Universidade. O espec-

“Alegria temporária”

“Não soubemos aproveitar”

táculo integrará poesia e música e contará com a presença de convidados como o cantor e autor João da Ilha, o maestro Carlos Pinto, o guitarrista Albano de Almeida, para além dos anfitriões, o professor Américo Pereira (coordenador do evento), a actriz e professora Maria Clementina e vários poetas e declamadores da UNISETI. As comemorações continuam no dia 28 de Abril, segunda-feira, às 14 hora, com a iniciativa “Tu, cá, Tu lá”, que tem como convidado Américo Leal, 92 anos de vida, cerca de metade vivida em Liberdade, e mais de três dezenas de anos a viver na clandestinidade, lutando pela democracia. Por fim, no dia 30, quarta-feira, às 10 horas, Ma-

Eusébio Lima 49 anos, empresário

AMRS cria site sobre 25 de Abril [ DR

Universidade Sénior promove várias iniciativas para comemorar aniversário do 25 de Abril

ria Lin Moniz, professora da UNISETI e investigadora universitária, profere, pela primeira vez em Setúbal, uma palestra sobre “O Estado Novo e a Censura ao Livro”, alicerçada

na investigação que tem desenvolvido sobre Tradução e Censura. À tarde, às 15h30, será exibido o filme “A Balada da Praia dos Cães”, baseado no livro homónimo de José

Cardoso Pires, que será precedido de debate sobre a obra cinematográfica e a história em que se baseia (destaque para o papel do cabo António Gil e sua relação com Setúbal).

Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) lançou na semana passada um site dedicado exclusivamente às comemorações dos 40 Anos do 25 de Abril. O site, que funcionará essencialmente como uma agenda digital, é “uma aposta na promoção e divulgação das comemorações no plano regional e local, permitindo assim uma maior projecção das diversas iniciativas enquadradas nas comemorações dos 40 anos da Revolução de Abril, disponibilizando ao público todas as iniciativas promovidas pela AMRS e pelos municípios seus associados”, refere a AMRS. No site 40anos25abril. amrs.pt poderá, assim, consultar toda a programação das comemorações do 25 de Abril na região.

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Adilo Costa Centenas de presos políticos sofreram as torturas da PIDE, no regime fascista, entre as quais vários setubalenses como Adilo Costa

Prisão e tortura às mãos da PIDE POR JOAQUIM GOUVEIA

Adilo Costa, setubalense, vereador na Câmara de Palmela foi perseguido, preso e torturado pela PIDE, na sua juventude. Hoje, volvidos 40 anos sobre a revolução e a sua própria detenção recorda, na primeira pessoa, os horrores da ditadura e a dor infligida pelos cassetetes e pela coacção psicológica sofrida na ala norte da prisão de Caxias. Por isso saúda Abril e os seus ideais. Você foi preso pela PIDE, antes do 25 de Abril. Em que circunstâncias? Antes de mais, permita-me fazer uma pequena introdução. Desde o início da década de 70 do século passado, nomeadamente através da frequência do Círculo Cultural de Setúbal, colectividade declaradamente antifascista, onde convivi com José Afonso e muita gente de coragem, que fui formando aquilo que ainda hoje, felizmente, sou: um homem de esquerda, politicamente comprometido, empenhado em causas e mudanças sociais profundas da nossa sociedade. Isso levou-me, com 20 anos, a ser eleito pelos jovens democratas do distrito de Setúbal,

“Fui, na altura, o candidato mais jovem do país, tendo pedido a emancipação. A afronta feita ao regime nas “eleições (...),levou à minha prisão pela PIDE/DGS, no dia 8 de Fevereiro de 1974” enquadrados no MJT – Movimento da Juventude

Trabalhadora e na UEC – União dos Estudantes Comunistas (na clandestinidade), como seu representante nas listas da CDE, na farsa eleitoral marcellista de Outubro de 1973. Fui, na altura, o candidato mais jovem do país, tendo pedido a emancipação. A afronta feita ao regime nas “eleições”, nomeadamente a denúncia da falta de liberdade e de uma guerra colonial injusta, bem como a minha presença numa homenagem em Almada, no dia 31 de Janeiro de 1974, a um velho democrata, levou à minha prisão pela PIDE/DGS, no dia 8 de Fevereiro. Dois pides bateram à porta da

Chegou a sofrer as torturas que a PIDE ministrava aos presos políticos? Eram práticas degradantes, como disse, à condição humana... Apesar de ter sido candidato pela oposição ao regime, tive o tratamento “normal” daqueles que caíam nas malhas da polícia politica. À porradaria inicial, com diversos modelos de cassetetes, em todas as partes do corpo, até ficar insensível à dor física, estive cinco dias seguidos e mais quatro dias seguidos, sob tortura do sono, prática comum dos torcionários da Pide. Mas a maior tortura era o que diziam da minha família e dos meus amigos, dos gritos e choros que me forçaram a

níveis para lutar contra a tirania. Em Setúbal, jovens como Jorge Luz, Carlos Luz, Lena Afonso, Adriana Espanca, Pina, Caldeira, Teresa, e tantos outros, demonstraram uma coragem incrível em forçar a mudança. O exílio era a última alternativa possível aos antifascistas... O exílio para muitos que fugiam à guerra colonial. A clandestinidade, para aqueles que militavam no Partido Comunista. Nos últimos tempos, para os jovens comprometidos com a luta, já não era o abandono do país, mas sim o aceitar a incorporação e,

Adilo Costa foi eleito, com 20 anos, pelos jovens democratas do distrito de Setúbal enquadrados no Movimento da Juventude Trabalhadora casa dos meus pais, no Bairro Dias Ferrão, em Setúbal, enquanto outro vigiava as traseiras da moradia, e de armas em punho, deram-me voz de prisão, levando livros e documentos, felizmente sem muita importância, porquanto estava prevenido para esta situação. Em que cadeia esteve e quais eram as condições? Estive preso no reduto norte da Prisão de Caxias, sempre em regime de completo isolamento, numa pequena cela, com uma minúscula entrada de luz natural, confrontada com um paredão. As condições eram, naturalmente, degradantes.

ouvir, como se estes estivessem a ser torturados na sala ao lado. Ou seja, era a tortura psicológica. A denúncia da minha prisão, no país e no estrangeiro, nomeadamente pela minha situação de recente candidato pela oposição, obrigou à minha libertação a 12 de Abril de 1974, poucos dias antes da Revolução de Abril. A sua prisão aconteceu enquanto jovem. Isso marcou, certamente, a sua juventude... Marcou a minha juventude, e como atrás disse, marcou a minha vida. Mas o mais importante é que sentia, desde o início da década de 70, que os jovens da minha geração estavam dispo-

mesmo em África, continuar a luta. Creio que, de certa forma, os jovens

“Mas a maior tortura era o que diziam da minha família e dos meus amigos, dos gritos e choros que me forçaram a ouvir, como se estes estivessem a ser torturados na sala ao lado” capitães de Abril, também eles carne para canhão na guerra colonial, foram influenciados por

Adilo Costa é vereador na Câmara Municipal de Palmela

esta nova vaga de jovens incorporados. Como recebeu a notícia da revolução? Estava a caminho do trabalho, a pé, na Avenida Luísa Todi, quando pára um carro conhecido ao pé de mim. Era um colega de trabalho: Adilo, houve uma revolução em Lisboa. Respondi: Não me digas que foi o Kaulza? Não, respondeu ele, cantaram uma canção do Zeca (Afonso). Corremos para o trabalho para saber mais notícias, e depois, já convencidos de que o golpe militar se transformara em revolução popular, viemos para o centro da cidade, juntámo-nos todos, O resto, já se sabe, porque está, felizmente, documentado fotograficamente. O dia 25 de Abril de 1974 foi o dia mais maravilhoso da minha vida. Foi o dia mais maravilhoso para milhões de portugueses. Passado 40 anos, que ideia tem dos chamados ideais de Abril? Os ideais de Abril mantêm-se na nossa memória colectiva, pela justeza que representam para o nosso povo. Sabemos que quem nos governa, completamente enfeudado à ‘troika’, está a fazer um ajuste de contas com esses ideais, às denominadas conquistas de Abril, os valores da liberdade, da

democracia, da justiça social. Temos de continuar a

“O mais importante é que sentia, desde o início da década de 70, que os jovens da minha geração estavam disponíveis para lutar contra a tirania” lutar para que esse objectivo não seja atingido e recuperar as conquistas de Abril. Só assim seremos um país soberano e com qualidade de vida. É importante deixar o testemunho aos mais novos? Esta juventude não merece o destino a que a querem votar: são a geração mais qualificada que o país conseguiu, e não existe solução para o seu futuro. Conhecendo a generosidade destes jovens, apelo a que não só se juntem à luta pela defesa dos valores que os seus pais e avós construíram, e que estão a ser desbaratados, como sejam o motor dessa mesma luta. Os jovens lutam por causas justas. Defender Abril, 40 anos depois da Revolução dos Cravos, é uma boa causa!

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CULTURA

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Tertúlia do fado sadino [ DR

SÓNIA COLAÇO

“Fado é paixão e estado de alma” POR JOAQUIM GOUVEIA

ónia Colaço é uma jovem fadista da nossa cidade que começa a conhecer os meandros da chamada canção nacional pisando já palcos onde conhece gente importante e onde partilha momentos únicos de convívio e fadistagem. Amália Rodrigues, Beatriz da Conceição ou Fernanda Maria são referências na sua carreira que, garante querer repartir com a composição de letras e músicas e a execução da viola de fado para se acompanhar a si e a outros fadistas. Porque se tornou fadista? Estou ligada à música desde os 11 anos e, há cerca de 5 anos, conheci o Rui do Cabo (guitarra portuguesa), o Albano Almeida (viola de fado) e a Piedade Fernandes (fadista) e encontrei no fado a minha

forma de expressão máxima. No Porto conheci dois músicos, o Paulo Faria de Carvalho e o Samuel Cabral, que me incentivaram a continuar a cantar! E assim o fiz. O fado é paixão ou um estado de alma? É paixão e estado de alma porque provoca um sentimento intenso e sensações que não consigo obter de outra forma mas também se tornou parte do meu ser e da minha forma de estar. O meu estado de alma influencia o “meu fado” e o fado influencia o meu estado de alma. É fadista quem quer ou já se nasce fadista? Na minha opinião, há uma base de “nascer fadista” mas também há competências que se podem desenvolver: o fadista tem o fado como a sua forma de expressão máxima, tem que ter sensibilidade e envolvimento com este esti-

lo musical e depois pode aprender a melhorar a sua forma de transmitir essas emoções aos outros, trabalhando os aspectos universais da música. Há uma tertúlia do fado setubalense? Sim. Este conceito afirmou-se com as quintas-feiras no Paço do Olival e foi-se desenvolvendo ao longo do tempo. Juntaram-se a mim, ao Rui do Cabo e ao Albano Almeida vários músicos e fadistas, como o Pimentel e o Freud Mamede. Neste momento existem vários locais com “tertúlias de fado” semanais na cidade, de quarta a domingo, nas quais participam músicos e fadistas. Quem são as suas referências no fado? Para além das referências “obrigatórias” como a dona Amália Rodrigues, a dona Beatriz da Conceição e a dona Fernanda Maria, divido as

minhas referências em dois grupos: em Setúbal, a dona Georgete de Jesus, a Piedade Fernandes e o Octaviano Sales; a nível nacional, as minhas maiores referências são, sem dúvida, Ana Moura, Raquel Tavares e Jorge Fernando. Como define a actualidade em termos do fado nacional? Com a distinção do fado como Património Imaterial da Humanidade, verificou-se um aumento de intérpretes e músicos de fado. Contudo, o ganho em quantidade nem sempre significa ganho em qualidade. Penso que o fado carece que se aposte na sua dignificação, com seriedade e profissionalismo, dando um contributo valioso para a história da nossa música. Que projectos tem para a sua carreira e que caminhos tem trilhado? Tenho tido oportunida-

Casa da Poesia lança primeira antologia

ntologia Poética “Abril 40 anos, 40 poemas” é o título do livro que será apresentado no próximo dia 25 de Abril, pelas 17h00, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal e que contará com a participação de poetas setubalenses. O livro tem prefácio da Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira e do Vereador do Departamento de Cultura, Educação, Desporto, Juventude e Inclusão Social, Pedro Pina. Trata-se de um trabalho colectivo e é o primeiro de muitos a que a Casa da Poesia de Setúbal (Movimento Cultural) se propõe levar a efeito. O evento conta com declamação de poemas pelos autores, intercalados com apontamentos musicais por Pedro Pereira (piano e melódica), Nuno Pinhal

(viola) e Tiago Alves (contrabaixo). Recorde-se que esta associação nasceu de um movimento de poetas da nossa cidade que há já cinco anos vêm dinamizando e divulgando a poesia, com actividades diversificadas e significativas na dinâmica cultural local. Este projecto prevê apoiar actividades de âmbito cultural como: o lançamento de livros de autor e colectâneas de poetas que vivem em Setúbal; saraus com música e poesia; participação em várias actividades ligadas à Biblioteca Municipal com destaque para a Maratona da Poesia; promoção das Conversas com Versos; colaboração com o Centro de Estudos Bocageanos, Associação Cultural Sebastião da Gama; Liga de Amigos de Setúbal e Azeitão e Universidade Sénior de Setúbal e outras Escolas da cidade.

25 de Abril O vinte cinco de Abril É um cravo vermelho. É a ternura da minha mão no teu joelho. É o espelho Onde vês o teu rosto Sem desgosto. Feliz! O vinte cinco de Abril É tudo quanto eu quis. Miguel de Castro

de de trabalhar em casas de fado em Lisboa e em alguns espectáculos de fado, e desejo continuar a fazê-lo pois são uma verdadeira “escola”. Quero dar o meu máximo, tra-

balhando para transmitir o “meu fado”, ao nível da interpretação, viola e autoria de letras e músicas. Penso, também, gravar temas do meu repertório e alguns inéditos.

Casa da Cultura recebe exposição dedicada a Zeca Afonso

inaugurada no dia 25 de Abril no Espaço das Artes, na Casa da Cultura, uma exposição colectiva alusiva ao aniversário dos 40 anos do 25 de Abril, sobre o tema "Entre trovas e cantigas". Trata-se de uma colectiva de artes plásticas, organizada pela Associação José Afonso (AJA) e Associação de Artistas Plásticos de Setúbal (Artiset), que pretende ser um tributo ao cantor e compositor José Afonso. Estarão expostos, até ao dia 8 de Maio, trabalhos de 13 artistas, nomeadamente Acácio Malhador, Amália Oliveira, Ana Branco, Carlos Martins, Carlos Pereira da Silva, C. Vira, Eduardo Carqueijeiro, Graciete Lança, Maria Pires, Matos Pereira, Olinda Lima, Raquel Henriques e Valter Jordão.

REGIÃO

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Montijo quer campus universitários de investigação [ DR

Nuno Canta, presidente da Câmara do Montijo, anunciou que o Montijo “irá acolher uma unidade de transformação de carnes de aves” e que a câmara está a “trabalhar para que se instalem campus universitários de investigação no Montijo”.

Montijo é uma terra de oportunidades, na óptica dos autarcas deste concelho da Península de Setúbal. Mas, se o Montijo, realça o presidente da câmara, “não consegue competir com Lisboa para ter uma grande universidade ou uma grande sede de um banco, tem uma área signiﬁcativa para poder enriquecer e desenvolver-se a nível do sector da agricultura”. Nuno Canta não deixa de reconhecer a importância do vinho, que “ganhou uma estrutura de dimensão internacional”, mas lembra “não podemos esquecer a produção

de papel ligada às florestas. Temos grandes áreas florestais, Canha, Pegões, Santo Isidro. Temos de nos desligar da questão urbana neste momento o mais importante é, claramente, o desenvolvimento económico. No caso do Montijo é o sector agrícola, o vinho, as florestas, a agro-pecuária, que são fundamentais”. O autarca do Montijo reafirma que este “continua a ser o concelho mais importante na produção de carne de porco” e o futuro “passa pela agro-indústria, nomeadamente com empresas de transformação de carne”. Nuno Canta faz questão de sublinhar que

Palmela comemora Dia Mundial da Dança

Autarca quer fixar laboratórios de investigação no Montijo

“é preciso ter a noção” de que o Montijo é “o principal centro de abate de suínos do país há quase 300 anos” e “temos todas as condições para acolher empresas de transformação de carne de aves”. Por outro lado, “temos vindo a tentar junto das Universidades, em particular de agronomia e veterinária, a possibilidade de poderem

ﬁxar no nosso território alguns campus universitários de investigação”. Para o presidente da Câmara do Montijo “existem grandes limitações na capital e nós estamos em condições de ceder alguns espaços industriais antigos, que estão abandonados, para serem reconvertidos para construir complexos laboratoriais”.

Dia Mundial da Dança assinala-se a 29 de Abril e a Câmara Municipal de Palmela e a Dançarte, companhia residente no Cineteatro S. João, realizam um conjunto de iniciativas para todos os públicos. Os objectivos das comemorações é promover a dança junto da comunidade, motivar públicos e realçar os benefícios da sua prática, deste dia que foi criado em 1982 pelo Comité Internacional da Dança da UNESCO, tendo por base o nascimento, em 1727, de Jean-Georges Noverre, um dos grandes

nomes da dança de todos os tempos. No dia 27 de Abril, às 16h00, o auditório da Biblioteca Municipal de Palmela recebe um Baile de Danças Tradicionais Europeias, de Leónia de Oliveira com String Fling. A entrada tem o custo de quatro euros. No dia 29, às 10h30, o Cineteatro S. João é palco do espectáculo “A Nova Bailarina”, da Jangada de Pedra, dirigido ao público escolar. No mesmo dia, às 18h00, realiza-se no Largo S. João e Cineteatro S. João um Momento de Dança para Todos, com entrada livre.

Comemorações do 40º aniversário do 25 de Abril

m pouco por todo o pais o 40º aniversário do 25 de Abril de 1974 vai ser celebrado com uma vasta programação cultural, desportiva e institucional. Os destaques vão para

Quinta do Conde

a sessões solenes comemorativas da revolução dos Cravos. Ficam aqui alguns destaques das comemorações nos Concelhos de Palmela e Montijo e Freguesias de Azeitão e Quinta do Conde.

Dia 24 de Abril 22h00 – Concerto de Mafalda Arnauth no Parque da Vila. Segue-se um espectácu-

Palmela 23 a 30 de Abril – Largo do Poço Novo, Quinta do Anjo “Um cravo de sonho” da URAP - A exposição da União de Residentes Antifascistas Portugueses é constituída por 11 paneis que ilustram o longo período fascista de 1926 a 25 de Abril de 1974. 24 Abril – 22h30 – Jar-

25 de Abril – 11h00 – Cine

Teatro S. João, Palmela Sessão Solene da Assembleia Municipal 21h30 – Espectáculo Comemorativo – Abril Jazz Mil Sociedade Filarmónica Humanitária 30 de Abril – 10h30 – Multiusos Águas de Moura Conto de Álvaro Cunhal pelo Teatro Externo

de Futebol Hóquei em Patins e Patinagem Artística

12h00: Inauguração dos Lavadouros de Vila Nogueira de Azeitão

dim José Maria dos Santos, Pinhal Novo Espectáculo com Celina Piedade

Azeitão 24 de Abril Jantar dos trabalhadores da Freguesia 25 de Abril 9h00: Passeio Pedestre 9h30: Passeio de Cicloturismo pela Freguesia Torneio da Malha (15 equipas) Actividades Desportivas / Torneios

lo piromusical e a actuação do grupo musical Ecos. Na

sexta-feira, para além da habitual caminhada na vila de Sesimbra, e do piquenique popular, com animação cultural e desportiva, no Parque da Vila, o dia é marcado pela inauguração da escultura Liberdade, de Cristina Ataíde, no Jardim da Corredoura, e do conjunto escultório 25 de Abril e Liberdade, de Moisés Preto Paulo e Carlos Bajouca, na rotunda da Avenida Cova dos Vidros, na Quinta do Conde. O dia termina com a actuação de Luís

Taklin, no Largo da Marinha, na vila de Sesimbra. De 24 a 26 de Abril, o público vai ainda poder assistir à construção da instalação Abril, na Galeria Em Projecto. As comemorações encerram no dia 27, com uma cerimónia pública, intitulada 40 Memórias de Abril, no Cineteatro, promovida pela Assembleia Municipal, que durante o mês promove ainda o ciclo de debates Abril e o Poder Local

com a música dos alunos do Conservatório Regional de Artes do Montijo. As comemorações da revolução dos cravos no Montijo contam, ainda, com o ritual do hastear da bandeira acompanhado pela Fanfarra dos Bombeiros Voluntários do Montijo, às 9h00, no edifício dos Paços do Concelho. De seguida, entre as 9h30 e as 12h30, a Praça da República e a Frente Ribeirinha serão invadidas por actividades desportivas, como tram-

polins, karaté, judo, boccia, basquetebol, hip hop, dança moderna, aula aberta de zumba, canoagem, tiro com arco e insuﬂáveis. Simultaneamente, no centro da cidade, entre as 10h30 e as 12h30 decorrerá a Corrida e a Caminhada da Liberdade. As comemorações terminam com música: às 18h30, no Coreto da Praça da República onde terá lugar o Concerto da Liberdade pela Banda da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro.

Montijo 25 de Abril - 16h00, no Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida. Sessão solene “40 anos de liberdade”. Serão homenageados os antigos presidentes da câmara que marcaram a história do poder local democrático (19732014), nomeadamente: Joaquim Tapadinhas, Joaquim Primo Jaleco, Acácio Dores (a título póstumo), Sérgio Pinto (a título póstumo), José Caria, Jacinta Ricardo e Maria Amélia Antunes. O evento será abrilhantado

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REGIÃO

SEGUNDA-FEIRA 21.ABRIL.2014

Presidente da República inaugura Complexo Porto Salus em Azeitão [ DR

23 milhões de euros, 150 novos postos de trabalho, uma unidade residencial, com 91 unidades de alojamento, e capacidade para 120 utentes. Consultas médicas em mais de 30 especialidades, um Centro de Fisioterapia e Reabilitação, uma Unidade Autónoma de Pediatria, e uma Unidade de Apoio Domiciliário. São estes os números do Complexo Porto Salus que integra o Hospital Nossa Senhora da Arrábida localizado em Brejos de Azeitão e que foi inaugurado na passada sexta-feira, pelo Presidente da República. Cavaco Silva acompanhado por Maria das Dores Meira, Celestina Neves e Ana Clara Birrento

a Rua Ary dos Santos, em Brejos de Azeitão, foi inaugurado, na sexta-feira, o Complexo Porto Salus, com toda a pompa, pelo Presidente da República, Cavaco Silva. A unidade que integra o Hospital de Nossa Senhora da Arrábida e Residências Assistidas está orçada em 23 milhões de euros. O novo complexo vai empregar 150 pessoas e pode acolher 120 utentes. As suas infra-estruturas incluem diversas salas de estar, salas de actividades, auditório, restaurante, health club e zona de jardim. Entre as facilidades facultadas conta-se o acesso interno directo à unidade hospitalar, permitindo dispor dos serviços médicos, fisioterapia e enfermagem, de forma cómoda e rápida. Tem piscina interior aquecida, jacúzi, áreas verdes e proporciona actividade física e intelectual. Contempla a cultura, do teatro à poesia, passando pela música, desporto, lazer com passeios e excursões. E para que os utentes se sintam realmente em casa não existem limites de horários no que concerne às visitas, que podem até efectuar refeições no restaurante acompanhando os utentes instalados. A Sociedade Porto Salus – Azeitão, Residências As-

sistidas S.A., resulta de uma parceria entre a Santa Casa da Misericórdia de Azeitão e a Visabeira Saúde no sentido de criar um empreendimento inovador oferecendo uma qualidade de serviço equivalente a um hotel de categoria superior, e uma Unidade de Cuidados de Saúde, que integram o Hospital de Nossa Senhora da Arrábida.

“Prestações de saúde revestem forma gratuita” Acompanhado pelo secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho, pelo provedor da Misericórdia de Azeitão, Jorge Carvalho, pelo vice-presidente do Grupo Visabeira, Paulo Varela, pela presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, pela presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, Celestina Neves, pela directora da Segurança Social de Setúbal, Ana Clara Birrento, deputados parlamentares, autarcas locais e dezenas de convidados, o Presidente da República começou por enaltecer o trabalho da Santa Casa da Misericórdia de Azeitão que “tem sido galardoada pelo serviço prestado, em particular, na assistência paliativa a doentes terminais, onde, foi, de resto, pioneira”.

Cavaco Silva considerou que “agora com acesso a esta nova estrutura hospitalar, a população do concelho, em particular a mais carenciada, idosa e doente, vai continuar a beneficiar directamente da acção da Santa Casa da Misericórdia de Azeitão” realçando que todas as prestações de saúde “revestem forma gratuita para os doentes identificados pela Misericórdia”.

apoiar os mais carenciados, assim como acolher e cuidar dos mais idosos, é uma prioridade que não pode ser posta em causa por metas de natureza orçamental”. Cavaco Silva reconheceu por outro lado que “os "portugueses demonstraram ao longo do tempo, em que vigorou este difícil programa de ajustamento, um admirável sentido de comunidade". “Agora é importante

vincou o Chefe de Estado. Para a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira “é com alegria e sentimento de dever cumprido que participo nesta inauguração que é o resultado de várias parcerias e do feliz cruzamento de muitas e boas vontades unidas pela força da Santa Casa da Misericórdia de Azeitão. Sentimos na Câmara Municipal de Setúbal que

de euros e isentou a Misericórdia de Azeitão de taxas urbanísticas no valor de 235 mil euros, contribuindo desta forma para a construção deste complexo. “Mais um equipamento de saúde e de apoio aos seniores de grande importância que esperamos seja um complemento aos serviços que o Estado pode e deve prestar nestas matérias”, rematou. O Hospital Nossa Senho-

[ DR

Para que os utentes se sintam realmente em casa não existem limites de horários no que concerne às visitas, que podem até efectuar refeições no restaurante acompanhando os utentes As residências assistidas já têm utentes

Aludindo aos sacrifícios impostos pelo Governo através do programa de assistência económica e financeira, o Presidente da República defende que “responder às situações de emergência social e

que os sinais de esperança, que vemos no horizonte se possam concretizar, incluindo na percepção de mais equidade e justiça por parte dos cidadãos, valores essenciais para a preservação da coesão social”,

cumprimos o nosso dever ao contribuir para o cruzamento dessas vontades”. Puxando a brasa à sua sardinha a edil recordou que o município sadino cedeu um terreno avaliado em cerca de dois milhões

ra da Arrábida vai apostar também no turismo de saúde, numa primeira fase, a doentes provenientes da Alemanha e Reino Unido, e no turismo sénior, estando disponível para receber doentes de todo o país.

DESPORTO

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Couceiro preparado para o Braga e na construção do novo Vitória Antevisão O treinador do Vitória, José Couceiro, diz que o Braga será adversário muito difícil de ultrapassar. Sobre o futuro, o técnico não esconde estar a trabalhar em sintonia com a direcção.

POR JOAQUIM GUERRA

m ponto separa, à entrada para a 28.ª jornada da Liga, o Vitória do Braga na tabela classificativa. Esta tarde, às 18 horas, os sadinos entram no Bonfim com a firme ambição de somar os três e darem continuidade a uma senda de bons resultados caseiros em que, sob o comando de Couceiro, apenas perderam, por 2-0, frente ao Benfica. No lançamento do desafio, o penúltimo da época em Setúbal, o treinador vitoriano garantiu que “qualquer uma das equipas quer ficar o melhor colocada possível”.

Nesse sentido, Couceiro diz ter preparado bem o jogo frente aos bracarenses, oponente que não

“O Braga teve um revés, mas vai querer mostrar que tem jogadores de qualidade e potencial. Portanto, eu não espero nenhuma facilidade. acredita chegar fragilizado ao Bonfim, depois da eliminação da Taça de Portugal. “O Braga teve um revés, mas vai querer mostrar que tem jogado-

res de qualidade e potencial. Portanto, eu não espero nenhuma facilidade. Antes pelo, contrário, dificuldades. E acredito que será um jogo equilibrado com duas equipas a querer vencer a partida”, anteviu José Couceiro. Aliás, o treinador teve o cuidado de reforçar junto do grupo que a equipa deve encarar este encontro com o mesmo grau de aplicação como tem feito em todos os jogos. “Sem facilitar nada e jogar sério”. Instado a apontar possíveis alterações na equipa titular, o treinador admite que o avançado Cardozo poderá voltar a pisar o relvado. “ O Cardozo jogou pela primeira vez, depois da recuperação, com o

Vilafranquense (jogo de treino, realizado na quarta-feira, com triunfo sadino de 1-0). É possível que jogue. Mas vamos fazer a recuperação dele com calma. Neste momento, temos o Rafael Martins de fora. Portanto, é óbvio que se o Cardozo continuar este processo será um jogador que terá importância para o jogo”. Fora dos eleitos, François será uma certeza. O central, além de castigo, está a contas com um traumatismo no joelho.

Bonfim voltou a confortar O facto da equipa estar numa situação positiva na classificação,

muito se ficou a dever à actuação nos jogos em casa. José Couceiro sente que o Bonfim voltou a

O Bonfim não é talismã, é a nossa casa, é onde nos sentimos bem. O jogar em casa foi valorizado e os nossos adeptos também valorizam isso. ser um local de conforto para os jogadores e … adeptos. “Para nós os jogos valem três pontos, sejam em casa ou fora,

não há diferença. Mas, é evidente que jogar diante dos nossos adeptos cria um maior conforto. O Bonfim não é talismã, é a nossa casa, é onde nos sentimos bem. O jogar em casa foi valorizado e os nossos adeptos também valorizam isso. Além da qualidade dos jogadores e da sua ambição é necessário um ambiente positivo e não havia esse ambiente. Hoje, o que nós sentimentos é uma grande empatia entre a massa adepta e os jogadores e isso é fundamental”. Aprofundou o treinador, lembrando que o apoio é sempre necessário, mesmo quando as coisas não correm tão bem quanto o desejado.

Classificação

A renovação em cima da mesa A

inda não há certezas, mas a continuidade de José Couceiro à frente do Vitória na próxima época parece estar bem encaminhada. “Eu disse que no final da época iriamos falar. É isso que estamos a fazer”, começou por abordar o técnico. “O Vitoria continua a ter que resolver os seus problemas e que não se resolvem num ano. É evidente que os resultados positivos da equipa fazem criar uma onda de entusiasmo, mas há situações para resolver

em conjunto, porque estamos todos em sintonia, o que é importante”. O Vitória tem de criar condições para começar o campeonato e olhar em primeiro lugar para assegurar a manutenção. E isso são receitas que fazem com que o clube consiga, de facto, procurar o seu equilíbrio. Nós temos conversado bastante sobre o que é possível fazer. Sabemos que há timings para resolver estas questões e obviamente que vamos chegar a um entendimento em relação à situação”.

Liga - Jornada 28

Guimarães - Arouca

2-3

Marítimo - Académica

3-1

P. Ferreira - Nacional

0-5

Gil Vicente - Estoril

0-0

Belenenses - Sporting

0-1

Benfica - Olhanense

2-0

VITÓRIA - Braga

Hoje, às 20h

F.C. Porto - Rio ave

Hoje, às 20h

Benfica Sporting FC Porto Estoril Nacional Marítimo Braga VITÓRIA Académica Guimarães Rio Ave Arouca Gil Vicente Belenenses P. Ferreira Olhanense

J 28 28 27 28 28 28 27 27 28 28 27 28 28 28 28 28

V 23 20 17 14 11 10 10 9 8 9 8 7 7 5 6 5

E 4 6 4 8 11 7 5 7 9 4 7 7 7 9 5 6

D 1 2 6 6 6 11 12 11 11 15 12 14 14 14 17 17

M-S 56-15 53-18 51-22 40-25 42-31 38-43 37-34 36-38 21-33 29-35 21-31 27-41 22-36 17-32 26-55 18-45

P 73 66 55 50 44 37 35 34 33 31 31 28 28 24 23 21

Redução orçamental e dúvidas no plantel para a próxima época A

questão da renovação do plantel é tema que ainda está em aberto. “Ainda não sabemos quem irá sair e quem poderá entrar, o que é importante”, garantiu Couceiro que aponta para uma equipa renovada que “garanta estabilidade e que traga receitas”. “É isso que o presidente e nós desejamos. Provavelmente, o Vitória irá reduzir o orçamento para o futebol, porque isto é que

é sermos racionais. Por isto, é importante estarmos em sintonia coma massa associativa, as pessoas têm de perceber que não se consegue sair de uma situação difícil, de crise, de um dia para o outro”. Sem assumir compromissos, o treinador deixou escapar: “Nós estamos a preparar uma coisa que tenha consistência. O treinador, se é o “A” o “B” ou o “C”, não é

o mais importante neste momento. É muito mais importante criar condições para quem trabalha no Vióoria tenha de facto possibilidade de chegar a bom porto no final. E para mim, chegar a bom porto é garantir receitas do Vitória nos anos seguintes. E para isso é preciso jogar na I Liga. Nesta altura, o importante é haver entendimento em relação a essas matérias”, rematou.

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DESPORTO

SEGUNDA-FEIRA 21.ABRIL.2014

Setúbal e Azeitão festejaram o andebol [ FOTOS: DR

A equipa de minis do Vitória ficou em 3.º lugar

Os infantins do U. Progresso venceram o torneio

Durante quatro dias a festa do andebol juvenil animou mais de trezentos atletas na primeira edição do Azeitão Andebol Fest

POR JOAQUIM GUERRA

Azeitão Andebol Fest chegou para ficar. O torneio reservado aos escalões de formação reuniu, na sua primeira edição, mais de 300 atletas, ao longo de quatro dias de um evento que promoveu mais de 60 jogos. “O torneio correspondeu plenamente aos objetivos traçados, destacando-se, essencialmente, o salutar convívio entre comitivas, a troca de experiencias entre técnicos, dirigentes e atletas e o elevado factor promocional da modalidade, deci-

Fotolegenda

sivo para a implementação da mesma junto dos nossos jovens.” Afirmou João Santos, coordenador da comissão organizadora do Azeitão Andebol Fest 2014. De facto, entre os dias 10 e 13, os concelhos de Azeitão e Setúbal viveram uma jornada de grande entusiasmo andebolístico, com uma competição disputada por 25 equipas oriundas de vários pontos do país, em quatro escalões – minis, infantis, iniciados e juvenis. Para a comissão organizadora do evento, tendo sido esta a primeira experiencia organizativa com

este modelo, o número de participantes correspondeu aos objectivos iniciais, considerando-se, naturalmente, que os resultados obtidos permitem acalentar expectativas de incremento em próximas edições similares. Recorde-se que o torneio, realizado em vários pavilhões do concelho sadino, foi organizado pelo Grupo Musical e Desportivo União e Progresso em parceria com a Camara de Setúbal e com o Vitória Futebol Clube e esteve integrado nos «12os Jogos do Sado». Para a posteridade ficarão também natural-

[ AMORA FC .COM

A equipa de futebol sénior do Amora FC venceu, por 1-0, o U. Banheirense, na final da Taça AF Setúbal e festejou a conquista do prestigiado troféu distrital. Um golo marcado aos 64 minutos, pelo capitão amorense, Carlitos, na cobrança de um canto directo, foi decisivo para o desfecho da partida, realizada, na sexta-feira, no Estádio da Vila Amália, em Sesimbra.

mente os vencedores dos vários escalões, que numa breve, mas emocionante, cerimónia de encerramento realizada no Pavilhão Desportivo de Vendas de Azeitão, receberam os respectivos troféus de classificação. As equipas do Évora AC, em iniciados e minis, o Grupo Musical União e Progresso, Infantis e o GDR Quinta Nova, no escalão Juvenis, foram os grandes vencedores. A taça disciplina foi atribuída a ACR Zona Azul, de Beja, enquanto o troféu «equipa mais cooperante» foi atribuído ao Évora AC.

Câmara e Vitória inovam parceria

Câmara de Setúbal prepara-se para formalizar um contrato-programa inédito com o Vitória em que os apoios a direccionar para as modalidades amadoras do clube serão traduzidos, exclusivamente, em obras de beneficiação das instalações desportivas do Bonfim. “É uma proposta que está em cima da mesa e que nos parece bastante positiva”, revelou a O Setubalense Miguel Reizinho, director do emblema vitoriano. “Esta terça-feira vamos reunir com todos os responsáveis das modalidades do clube, num encontro que será preparatório para a reunião formal que vai realizar-se na próxima quinta-feira, às 18 horas, na Câmara, com a presidente Maria das Dores Meira. Nessa reunião serão avaliadas as condições finais da proposta”.

Em causa está um leque de obras de melhoramento dos diversos espaços destinados à prática das modalidades amadoras do Vitória, que serão integralmente assumidos pela autarquia setubalense. Miguel Reizinho considera que esta medida “é o reflexo da estreita ligação entre autarquia e clube e que reforça o reconhecimento da câmara à grande importância que os atletas vitorianos têm, permitindo-lhes melhorar as suas condições de treino e ficarem mais perto dos melhores resultados competitivos, contribuindo dessa forma para reforçar a projecção do concelho quer no país quer além-fronteiras”. Refira-se que além das instalações localizadas no estádio, o pavilhão Antoine Velge poderá vir a ser, igualmente, contemplado com uma renovação.

Medalha da Cidade para Antoine Velge A

Medalha da Cidade em Ouro foi entregue no dia 16, a título póstumo, a Antoine Velge. “É um momento de inteira justiça e uma homenagem a um homem que deu muita qualidade à cidade, não só na criação de empregos, mas também com reconhecidos contributos beneméritos, frisou a edil Maria das Dores Meira. O apoio à construção do Estádio do Bonfim, que lhe valeu a atribuição do seu nome ao pavilhão do Vitória, foi um dos muitos contributos que deu a Setúbal. A distinção foi entregue

[ CMS

Antoine Velge e Dores Meira

ao neto do empresário belga, cujo nome também é Antoine Velge. “Agradeço em nome do meu avô, um homem que fez toda a carreira profissional em Setúbal”, afirmou.

Pesca desportiva em Albarquel

Bilhar sadino disputa título

Selecção distrital ficou no 15.º lugar

IV Feira de Pesca Lúdica e Desportiva de Setúbal vai decorrer entre os dias 24 e 27, no Parque Urbano de Albarquel. Um evento em que o público pode testar materiais, participar em concursos, workshops, debates e palestras. A iniciativa, realizada no âmbito da 12.ª edição dos Jogos do Sado, é organizada pela Câmara Municipal, com o apoio da empresa Águas do Sado.

bilharista setubalense Fernando Silva conseguiu o apuramento para a discussão do título de campeão nacional de bilhar carambola a uma tabela. O experiente jogador falhou a final no terceiro torneio de apuramento, mas o somatório dos pontos obtidos garantiram-lhe o 3.º lugar e a respectiva qualificação entre os melhores oito bilharistas nacionais.

selecção distrital da Associação Futebol de Setúbal de futebol feminino, em sub-16, classificou-se no 15.º lugar final do torneio inter-associações. A equipa da nossa região registou os seguintes resultados: Leiria, 3 – Setúbal, 0; Coimbra, 1 –Setúbal, 1; Porto, 3 – Setúbal, 1, e Évora, 1 – Setúbal, 0. O Algarve sagrou-se vencedor da prova.

ÚTEIS/ LAZER

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PASSATEMPOS - SUDOKU Soluções

Cinema AUDITÓRIO MUNICIPAL CHARLOT

1 Noé (Noah) Até 23 de Abril Diariamente: 21h30 • Sábado e Domingo: 16h00; 21h30

Sinopse:

ussell Crowe interpreta o papel de Noé, num filme inspirado por uma épica história de coragem, sacrifício e esperança. Sujeito a visões divinas que prevêm o fim do mundo, Noé tenta alertar o seu povo para acabar com os maus

tratos sobre a terra, a fim de ser salvo. Ninguém ouve os avisos, e Noé e família são lançados à própria sorte no deserto. Realizado pelo visionário Darren Aronofsky, com Russel Crowe, Emma Watson, Jennifer Connelly e Anthony Hopkins

Exposição

Travessa Gaspar Agostinho, n.º 1 - 1º andar • 2900-389 Setúbal Serv. Adm. Tel. 265 094 354 • Telem. 912 277 601 Redacção Tel. 265 092 633 e-mail: geral@osetubalense.com

21•24•31•39•47 + 3•7

18•36•39•47•48 + 12

Telefones Úteis

Tempo HOJE

Câmara Municipal de Setúbal 265 541 500

Protecção Civil de Setúbal 800 212 216

Capitania Porto de Setúbal 265 548 270

Protecção à Floresta 177 Táxis 913 201 015 935 910 222 962 012 727

AMANHÃ

CP de Setúbal 265 526 845

TST Setúbal 265 009 721

Céu com periodos de muito nublado

MUSEU DE ARQUEOLOGIA E ETNOGRAFIA DO DISTRITO DE SETÚBAL

1 “Z=37,48” Até 14 de Junho – 3ª a sábado das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 obre a exposição fotográfica “Z=37,48”, sonoridades para um texto apagado, a autora, Rosa Nunes, acentua a reflexão sociológica que habitualmente estrutura o seu labor artístico. A fotógrafa opta por uma abordagem estruturalista; pára Os grandes formatos reco- gra, desde 1974, a equipa o relógio e dilui o cenário. lhem a preferência desta fundadora do Museu de Convida o público para o artista, que usa aqui, mais Arqueologia e Etnografia interior de realidades pe- uma vez, a escala como do Distrito de Setúbal riféricas, sejam animadas forma de heroicização, (MAEDS), em 1974, onde ou objectos expectantes, aplicada à exaltação do permanece como arqueócuja biografia não consta operário. A artistas nasceu loga, dedicando-se a estunos compêndios oficiais. no Torrão, em 1955 e inte- dos sobre a Época Romana.

TOTOLOTO

EUROMILHÕES

GNR de Setúbal 265 540 287 Cruz Vermelha Portuguesa 265 522 578 Intoxicações 808 250 143 Piquete Águas do Sado 265 529 800 Piquete EDP 800 506 506 Polícia de Segurança Pública 265 522 022 Polícia Marítima 265 548 275

20º 9º

Aguaceiros

19º 10º

Marés LINHA DE EMERGÊNCIA Bombeiros Sapadores de Setúbal 265 522 122 Bombeiros Voluntários 265 523 523 Protecção Civil 265 523 223 Cruz Vermelha Portuguesa 965 394 3910

HOJE Hora

Altura (m)

01:46 08:07 14:08 20:34

0.91 2.91 1.12 3.01

Baixa-mar Preia-Mar Baixa-Mar Preia-Mar

AMANHÃ Hora

Altura (m)

02:54 09:18 15:23 21:49

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Baixa-Mar Preia-Mar Baixa-Mar Preia-Mar

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ÚLTIMA HORA

SEGUNDA-FEIRA 21.ABRIL.2014

“Setúbal é um poema” põe marchas a dançar “Setúbal é um poema” é o título da Grande Marcha de Setúbal, num original de Artur Jordão (música) e Bruno Frazão (letra), e que saiu vencedora do concurso instituído pelo município de Setúbal.

POR JOAQUIM GOUVEIA

epois da vitória, no passado mês, do prémio para a Marcha de lisboa, esta dupla setubalense volta a vencer mais um concurso arrecadando, desta feita, um valor pecuniário de 2500 euros, e inscrevendo novamente o seu nome no desfile das marchas da nossa cidade agendado para Junho, próximo. É a décima quinta vez que Artur Jordão vence o concurso setubalense. Mais uma pérola na carreira deste compositor que, em recente entrevista ao nosso jornal, lamentava o facto de não ter visto, ainda, a sua carreira

SETÚBAL É UM POEMA Haja alegria, a marcha passa Lá vão contentes com o ar de sua graça Saias rodadas, cheias de folhos E os rapazes até lhes brilham os olhos Arcos erguidos, beijando a lua E destemidos lá vão no esplendor da rua Há namoricos, pelas vielas E os manjericos já enfeitam as janelas Refrão Acerta o passo Entra na dança Isto não cansa Põe o teu corpo a marchar Anda daí, vem prá folia

ser reconhecida. Bruno Frazão vence pela quarta vez e, em declarações a O Setubalense, explica o significado

deste prémio: “Ganhar a Grande Marcha de Setúbal é sentir o reconhecimento de muitos anos a tentar ganhar. Desde os

16 anos que concorro a este concurso. Já concorri com vários músicos mas a primeira vez que concorri foi com o Maestro Azóia, que quando leu a minha primeira letra mandou me embora pois dizia que não estava bem escrita mas, depois, acabou por me chamar e musicou-a. Nunca desisti mesmo sabendo que outras pessoas muito conceituadas na área da letra e música estavam em melhores condições do que eu para ganhar. A minha persistência fez-me lutar e nunca deixar de tentar. Ganhar Setúbal é diferente de ganhar Almada ou Lisboa. Setúbal é a minha cidade, a cidade que eu amo que me viu nascer e crescer e

esse amor está sempre implícito nas minhas letras”. O concurso das Marchas Populares de Setúbal começa com um desfile de apresentação no dia 14 de Junho, na Avenida Luísa Todi. Seguem-se desfiles de competição nos dias 20 e 21 de Junho, na Praça de Touros Carlos Relvas. Este ano marcham e cantam para a população o Grupo Desportivo Setubalense “Os 13”, a União Desportiva e Recreativa das

Pontes, o Núcleo Bicross de Setúbal, a Diabo no Corpo – Associação Cultural, o Centro Cultural e Desportivo de Brejos de Azeitão, a Cooperativa de Habitação e Construção Económica “Bem-Vinda a Liberdade”, o Grupo Desportivo Independente, o Núcleo dos Amigos do Bairro Santos Nicolau, a Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense e a ACTAS – Academia Cultural de Teatro e Artes de Setúbal.

Dez Judas queimados ao Toca o sino... queima-se longo das ruas de Palmela o Judas em Oleiros [ DR

O último Judas foi queimado no Largo de S. João com sessão de fogo de artifício

leitura dos testamentos assinalou a queima de 10 Judas, nas ruas do Centro Histórico de Palmela. O desfile iniciou-se no largo da colectividade “Os Loureiros” e terminou junto ao chafariz do S. João, em Palmela. Largas centenas de pessoas participaram na Queima de Judas, com as colectividades a lerem os respectivos testamentos e, refira-se que este ano aumentou o número de instituições, que viveram o evento.

No Largo dos Loureiros o testamento brindou os autarcas com instrumentos musicais. Enquanto o presidente da Câmara, Álvaro Amaro, foi brindado com um aparelho de diapasão, os vereadores da oposição também não foram esquecidos recebendo um acordeão e também um trombone. O último testamento foi o da Câmara, lido no Largo de S. João, com críticas à Europa que “esquece o que é um país”, sobre a privatização que “querem fazer

da água e do lixo”, as faltas de pavilhões escolares e as variantes, mas ficou no ar a promessa que em Palmela “existe gente pronta a arregaçar as mangas e a lutar pelos vinhos, pelos sabores e pelas hortas comunitárias”. O testamento terminou com um recado para “comemorarmos os 40 anos do 25 de Abril, que irão ajudar-nos a lutar”. Uma sessão de fogo de artifício encerrou esta tradição, que foi retomada há 20 anos, em Palmela.

tradição da Queima de Judas continua na véspera da Páscoa, na povoação de Oleiros, na freguesia de Azeitão. Mais uma vez cumpriu-se a tradição com o sino a tocar a rebate para a leitura do testamento, antes do Judas ser queimado. A leitura do testamento abriu com a oferta a Passos Coelho do “cartão de reformado, que tantas pensões tem lixado” e seguiu-se Paulo Portas “brindado com um roteiro, para não se perder nas feiras”. Mota Soares, ministro da Segurança Social, foi contemplado com uma trotinete, mas também os “homens do futebol” não foram esquecidos. Luís Fi-

lipe Vieira, presidente do Benfica, recebeu “fraldas para a diarreia”, enquanto Bruno Carvalho, presidente do Sporting, teve como prenda “sais de frutos para combater a azia” e Pinto da Costa, presidente do Porto, um saco de fruta para ter vitaminas. Mas o testamento contemplou também os residentes de Azeitão com as senhoras finas a receberem leques, as donzelas brindadas com mini-saias, os agricultores e pastores com mantas de retalhos e os jovens com lavadouros e chafariz. Toca o sino, ouve-se o rufar dos bombos e queima-se o Judas acompanhado com línguas de gato e moscatel.

Maria das Dores Meira, presidente da Câmara de Setúbal, sublinhou a importância de “manter as tradições onde elas existem” e “queimar o Judas é uma tradição de Oleiros”, pois em Setúbal “vamos assinalar também, hoje, os 154 anos da cidade”. Para Celestina Neves, presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, a população de Oleiros “mobiliza-se todos os anos para queimar o Judas” e este mês “iremos ter diversas iniciativas alusivas ao 25 de Abril com um jantar de todos os trabalhadores da Junta, a corrida de cicloturismo e a inauguração dos lavadouros de Vila Nogueira de Azeitão”. [ DR

Ao meio-dia em ponto cumpriu-se a tradição e o Judas ardeu enquanto soava o sino