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Opinião O “dormitório da cidade de Lisboa”
Opini O
Madalena Serra
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Opini O
Nuno Miguel Fialho Cavaco
O Gatilho para a Crise Imobiliária
Durante anos, várias concelhias do PS, no Barreiro, na Moita, em Almada, Setúbal, Palmela, Sesimbra, Seixal, Alcochete, acusaram a CDU de terem transformado a margem sul do Tejo num enorme dormitório da cidade de Lisboa. Falavam de forma automatizada em inércia, em adiar o futuro. Frases feitas que no momento certo mereciam sempre o mesmo voto, o voto contra do PS ou uma especial inação, um adiar constante, um suspender de expetativas criadas. Foi assim com as dezenas de vezes em que a CDU propôs a construção do Hospital do Seixal, com as propostas de construção dos novos centros de saúde, com as propostas de construção das esquadras da PSP, dos prometidos quartéis da GNR, da construção das dezenas de pavilhões escolares em falta, com a construção da sempre adiada Terceira Travessia do Tejo, com o alargamento do Metro Sul do Tejo. Tudo competências do Governo.
Repetiam que nada se fazia quando o que era feito, era feito quase na exclusividade pelas autarquias. O Governo reduzia e reduziu o investimento na Península de Setúbal. Em alguns anos e enquanto aumentavam o investimento em outras regiões, a região de Setúbal tinha como presente do Poder Central verbas reduzidas em 80%.
Na semana passada, foi tudo esclarecido e de vez. Fernando Medina, ministro das Finanças, apresentou um projeto, projecto que já foi apresentado pelo menos quaqtro vezes nos últimos 16 anos, dizendo que agora é que é. Que agora o Governo vai mesmo fazer aquilo que promete há décadas e vai fazer com que a margem sul deixe de ser um dormitório de Lisboa. Não sei se quer que a capital seja um dormitório do Barreiro ou de Almada até porque devido à política desastrosa de habitação
O Discurso Mudou
que implementou como presidente da câmara, ninguém que trabalhe consegue comprar ou arrendar casa em Lisboa.
Agora é que é, o Governo vai fazer o que andou a prometer durante décadas. Agora, muitas autarquias são geridas pelo PS. O que diziam e o que prometiam também não é para cumprir e fazem exatamente ao contrário, aumentando taxas e tarifas, degradando servi - ços públicos através da sua privatização ou entregando os serviços a empresas sem ligação ao território, com resultados desastrosos como todos podem constatar.
Estamos mesmo a deixar de ser o dormitório de Lisboa até porque as pessoas começam a não ter dinheiro para morar na região de Setúbal.
Mas agora é que é. Desta vez vamos em frente, pontes, fábricas, tudo o que temos direito e que não tivemos. Até o discurso mudou. Neste momento as taxas de execução dos municípios geridos pelo PS quando comparadas com as taxas de execução dos municípios geridos pela CDU são muito mais baixas. Alguns como a Moita, apresentam valores que demonstram uma completa ausência de planeamento e fraca qualidade na gestão. Mas agora é que é, porque desta vez o Governo quer e quando o Governo quer, já são mais a querer.
Por muito estranho que pareça não abordaram os assuntos fundamentais e que realmente poderiam mudar a região. A construção da Terceira Travessia do Tejo e a aprovação do Plano Regional de Ordenamento do Território que o PS tem “hibernado”, para não dizer “adormecido”, na gaveta onde colocou o socialismo e nem as questões centrais de uma política de habitação que “corre” com as pessoas dos centros urbanos metropolitanos.
Estes sucessivos anúncios pelo menos têm o mérito de mostrar a todos que o PS estava errado. Um mérito que deve ser valorizado porque é o próprio PS que o afirma.
Mas como diz o sábio, na primeira caem todos, na segunda só cai quem quer e na terceira só cai quem anda a dormir e as pessoas não andam a dormir.
Membro da Direção de Organização Regional de Setúbal do PCP
Acompra de casa tem sido nos últimos anos o óbito da segurança nas finanças pessoais de muitas famílias.
Nos últimos anos voltámos a ter o mercado imobiliário super inflacionado onde a avaliação bancária fica muito acima do VPT, cenário já antes vivido e que teve um fim trágico para muitos portugueses, ainda assim não serviu de lição.
Para supostamente moderar o endividamento, o regulador de crédito impõe que a instituição bancária financie apenas 80/90% máximo do valor de avaliação. Assim se iniciam as negociatas paralelas para se adquirir o bem, para o qual não se reúnem condições financeiras para obter, pois grande parte dos compradores não tem o adicional ao valor financiado para fazer face à compra, mas têm o sonho de ter a sua casa, a que nunca será deles e não o percebem .
Começam assim os esquemas para o endividamento, entrada de processo de pedido de crédito habitação na banca tradicional em geral, sem preferência por uma instituição bancária, mas apelando a todas, seguindo a aprovação e posterior aceitação pelo comprador da instituição que supostamente melhores condições oferece ou da única que corre o risco de financiar, impondo esta um rol de produtos bancários, inerentes à aprovação do crédito que acrescem o encargo mensal mas que não é notado pelo consumidor na aceitação, em simultâneo vai o agente encarregado da intermediação da venda recorrer a financeiras para obter paralelamente o valor em falta . Como o crédito adicional é solicitado em simultâneo ao credito bancário, não está registado na central de responsabilidades do Banco de Portugal, e a taxa de esforço do comprador para crédito bancário em analise, não reflete esse aumento, o banco não tem como tomar conhecimento do enorme aumento do risco.
A conversa que leva ao sonhador acreditar é que a prestação do adicional é só 84, 96 ou ainda 120 meses, ora isto é o verdadeiro tiro na cabeça do comprador, se ao ser financiado pelo banco existe uma taxa de esforço financeiro no limite, esta família vai ficar com a sua situação económica muito condicionada, na grande maioria das famílias o crédito durará até aos 80 anos de vida, ou seja a vida toda, a casa de sonho só será deles depois dos 80 anos se lá chegarem, a casa é do banco até findo o crédito, se falham uns meses mesmo depois de 20 anos de pagamento regular ficam sem esta tal como o dinheiro que lá gastaram, se este adicional não entra para o cálculo da taxa de esforço, porque foi de forma ardilosa conseguido, essa mensalidade inerente extravasa toda a segurança financeira do agregado familiar, ora para a grande maioria dos portugueses a aquisição do imóveis foi a um preço irreal e com taxa de juro associado sem relevância, porque estávamos com uma taxa de juro muito perto dos zero, grande parte das aquisições de imoveis dos últimos 5 anos foi apenas acrescido de um spread, atualmente os juros ainda que de forma ligeira começam a subir, os adicionais ainda estão a decorrer e os ordenados não mexeram, o resultado final tende a ser assustador.
Armando Ant Nio Safaneta
(1933
Participação, Agradecimento
A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Armando António Safaneta. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.
CARLOS
(1940 –
Participação, Agradecimento
A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Carlos Eduardo Marques Batista. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.
Você sabia?
.. que um funeral de cremação, considerando todos os custos envolvidos, é tipicamente mais barato que o funeral para sepultura?
Classificados
Restaurante em Setúbal precisa M/F empregados de mesa com ou sem experiência, para entrada imediata e com contrato de efetividade.
Telf.: 929 331 693
Pasteleiro ou ajudante de pasteleiro M/F Com experiencia Full Time Baixa da Banheira 96 682 67 50
AMoita foi, durante muito anos, um concelho que foi ficando para trás, por adiar decisões estratégicas da sua governação, de dia para dia, foi deixando ficar para o amanhã o que poderia e deveria ter realizado no imediato, afirmar dessa forma a ambição de querer fazer já, hoje e agora, numa clara iniciativa de ação para fazer acontecer e investir para os tempos futuros. Os dias esses, foram-se passando, passaram-se depois meses, muitos anos e várias décadas e chegado aqui há uma clara perceção que muito poderia e deveria ter acontecido e ter sido feito em prol e benefício do concelho.
Nunca se apostou numa mudança de paradigma de Estado centralista, que comprometia o desenvolvimento equilibrado dos territórios e que cristalizava as desigualdades, para um Estado descentralizado. Nunca, durante esse tempo, foi assumido que o poder local e o Estado deviam constituir-se como um todo e que