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Clube com quase 166 anos pode perder sede histórica, comprada por empresária que gere os órgãos sociais com a família p6 e
Alcácer do Sal mantém IMI mais baixo do Distrito p12
O SETUBALENSE
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O lugar de estacionamento, reservado ao Club Setubalense, está permanentemente ocupado por viaturas da família
DR
Marie Hermínia e o marido ocupam a presidência e vice-presidência do clube
detectado um tecto em betão. Não sei o que se passa com aquele salão líndissimo nem com a escadaria.”, disse a antiga presidente a O SETUBALENSE. Questionada pelo jornal, a actual presidente e proprietária do edifício garante que as obras foram licenciadas. “Não apenas na Câmara Municipal de Setúbal mas também passou pela DGPC [Direcção-Geral do Património Cultural] e que “ainda não tem licença de utilização porque as obras ainda não estão acabadas”. Marie Carmona informa que foi instalado um elevador “para acesso de pessoas com mobilidade reduzida” e que as obras, necessárias à conservação estrutural do edifício, foram feitas de acordo com as normas aplicáveis. A Câmara Municipal de Setúbal confirma estas informações. Fonte do gabinete da presidência disse a O SETUBALENSE que as obras foram licenciadas, que houve uma acção de fiscalização “tendo-se concluído a necessidade de sujeitar a controlo prévio as obras, entretanto devidamente regularizadas”, que “a obra ainda está em curso” e que “a autorização de utilização será posterior à conclusão das
Estou preocupado poque nunca mais tive notícias do clube. Creio que está destroçado Sócio número 1
obras e encerra o processo”.
Sobre as alegadas dificuldades do Club Setubalense, a autarquia diz não ter conhecimento.
“A Câmara Municipal de Setúbal acompanha permanentemente as actividades das colectividades do concelho e responde sempre às solicitações que lhe são feitas. No caso do Club Setubalense, associação que, pela sua antiguidade e história, ocupa lugar especial no movimento associativo local, não temos nota de qualquer necessidade, uma vez que o clube não tem contactado a autarquia.”, respondeu a mesma fonte do município.
Marie Herminia Carmona diz que o encerramento a que o clube tem estado sujeito é conjuntural. “Primeiro por causa da pandemia, depois começámos as obras e agora estamos à espera de licença de utilização” justifica a presidente que afirma não saber qual é o valor da renda a pagar pela colectividade, porque “quem emite os recibos é o contabilista”, mas garante que não está em causa a actualização da mensalidade, embora recorde que a empresa teve custos com as obras.
Não põe de parte a hipótese de perdoar ao clube as rendas em atraso, embora sublinhe que essa é uma decisão da empresa. “O clube não tem receitas. Tenho estado a pagar a luz e a água e tenho as minhas quotas em dia. Os restantes sócios não.”, diz. E neste ponto responde aos sócios que se queixam de não poderem ir ao clube pagar as quotas que o podem fazer por transferência, uma vez que “a conta bancária continua a ser a mesma”.
“Gostava de sensibilizar os setubalenses para a situação do clube, que é centenário, e precisa de ajuda para dar um impulso. A partir de Setembro, vamos convocar uma nova AG para ver se aparecem sócios interessados. Se não aparecerem pessoas eu não posso fazer nada.”, conclui Marie Carmona.
MARIA DAS DORES MARQUES BANHEIRO MEIRA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO CONCELHO DE SETÚBAL: --------------
FAZ PÚBLICO, nos termos do n.º 1 do art.º 56.º da Lei n.º 75/13, de 12 de setembro, que a Câmara Municipal de Setúbal, em reunião ordinária realizada em 11 de agosto de 2021, deliberou atribuir os seguintes topónimos:
1. Deliberação n.º 222/2021 – Proposta n.º 30/2021 – DURB/DIPU/GASIG – Atribuir o topónimo Rua Rosa Luxemburgo (Ativista dos Direitos
Humanos – 1871-1919) ao arruamento perpendicular à Rua Santos
Meias, Casal de Bolinhos - Azeitão, União das Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão).
2. Deliberação n.º 223/2021 – Proposta n.º 31/2021 – DURB/DIPU/
GASIG – Atribuir o topónimo Rua José Augusto Coelho (1865-1919) ao arruamento com início na Rua José Augusto Coelho e fim na Rua 25 de Abril, Oleiros - Azeitão, União das Freguesias de Azeitão (São
Lourenço e São Simão).
3. Deliberação n.º 224/2021 – Proposta n.º 32/2021 – DURB/DIPU/GASIG – Atribuir o topónimo Rua Manuela de Azevedo (1.ª Mulher Jornalista de Portugal – 1911-2017) ao arruamento situado entre a Rua do Roseiral e a Rua do Zambujeiro - Azeitão, União das Freguesias de Azeitão (São
Lourenço e São Simão).
4. Deliberação n.º 225/2021 – Proposta n.º 33/2021 – DURB/DIPU/GASIG – Atribuir os topónimos Rua Aurora de Castro Gouveia (1.ª Mulher
Notária da Europa – 1831-1931); Rua Maria de Lurdes Pintassilgo (Primeira Ministra de Portugal – 1930-2004); Rua Agustina Bessa-
Luís (Escritora – 1922-2019); Rua Maria Amélia Chaves (1.ª Mulher
Engenheira de Portugal – 1911-2017); Rua Maria José Estanco (1.ª
Mulher Arquiteta de Portugal – 1905-1999) e Rua Regina Quintanilha (1.ª Mulher Advogada de Portugal – 1893-1967) a arruamentos situados em Alto das Rolas - Picheleiros, União das Freguesias de Azeitão (São
Lourenço e São Simão).
5. Deliberação n.º 226/2021 – Proposta n.º 34/2021 – DURB/DIPU/GASIG – Atribuir o topónimo Rua das Manas ao arruamento situado entre a Rua do Poço e a Rua do Ervideiro – Vendas de Azeitão, União das Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão).
6. Deliberação n.º 227/2021 – Proposta n.º 35/2021 – DURB/DIPU/GASIG – Atribuir o topónimo Rua Monte da Joaninha ao arruamento situado em Brejos de Freje - Pontes, Freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra.
7. Deliberação n.º 228/2021 – Proposta n.º 36/2021 – DURB/DIPU/GASIG – Atribuir os topónimos Rua APPACDM e Rua Francisca Romana (Benemérita – 1978) - Serralheira aos arruamentos situados entre a
Azinhaga Painel das Almas e a Rua Dr. Manuel Gonçalves Martins -
Serralheira, Freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra.
8. Deliberação n.º 229/2021 – Proposta n.º 37/2021 – DURB/DIPU/GASIG – Atribuir o topónimo Rua Jaime Graça (Futebolista – 1942-2012) ao arruamento situado entre a Praceta Manuel Rodrigues Coelho e a Rua
Dr. José Leite de Vasconcelos - Setúbal, Freguesia de São Sebastião.
9. Deliberação n.º 230/2021 – Proposta n.º 38/2021 – DURB/DIPU/GASIG – Atribuir o topónimo Rua Manuel Carlos Casalão Zorro (Compositor e Músico – 1949-2020) ao arruamento perpendicular à Rua Dr. Júlio
Adrião - Setúbal, Freguesia de São Sebastião.
10. Deliberação n.º 231/2021 – Proposta n.º 39/2021 – DURB/DIPU/GASIG – Atribuir o topónimo Rua Ruben de Carvalho (Produtor Cultural – 1944-2019) ao arruamento situado entre a Rua Mário Henrique Leiria e a Rua Alexandre O’Neill - Setúbal, Freguesia de São Sebastião.
11. Deliberação n.º 233/2021 – Proposta n.º 41/2021 – DURB/ DIPU/GASIG – Atribuir o topónimo Praceta José Manuel Alves dos Reis (Setubalense
Morto no Tarrafal – 1894-1943) ao arruamento perpendicular à Rua
Major Perestrelo da Conceição, Bairro Urbisado - Setúbal, União das
Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa
Maria da Graça).
12. Deliberação n.º 234/2021 – Proposta n.º 42/2021 – DURB/DIPU/GASIG – Atribuir o topónimo Rua Casal das Amendoeiras ao arruamento perpendicular à Estrada de Campinos - Serralheira, Freguesia de Gâmbia,
Pontes e Alto da Guerra, e anular a deliberação nº 249/20, aprovada na reunião de 12/08/2020, referente ao topónimo Rua Francisca Romana.
Para constar se lavrou o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume. A Presidente da Câmara,
Entrevista Veja a entrevista completa, em vídeo, no site ou nas redes sociais d'
PAULA COSTA CANDIDATA A SETÚBAL
Cabeça-de-lista do PAN assume a preocupação com o equilíbrio financeiro. Diz que a dívida municipal é grande e que a política fiscal tem de ser cautelosa
Francisco Alves Rito (Texto) Mário Romão (Fotografia)
Com o lema ‘Cuidar Setúbal’, o PAN concorre nestas autárquicas aos órgãos municipais e apenas a uma das freguesias, a de Azeitão. Paula Esteves da Costa, de 52 anos, natural do Barreiro, e residente em Azeitão há mais de 20, é a candidata à Câmara. Contabilista de profissão, é casada, tem dois filhos e já foi candidata à Assembleia Municipal do Barreiro, em 2017, e à Assembleia da República, nas últimas legislativas.
Já foi candidata no Barreiro, há quatro anos, e agora é em Setúbal. Isto quer dizer o quê? O PAN tem dificuldade em arranjar candidatos?
Não se trata de dificuldades em arranjar candidatos. Fui candidata pelo Barreiro numa lista, nunca fui candidata nos primeiros lugares. Aceitei agora o desafio porque sou uma pessoa de causas e princípios. Gostava de ajudar, de forma local, a mitigar as alterações climáticas, que cada vez são mais complicadas, e combater a crise socioeconómica provocada pela pandemia. Quero deixar um legado às novas gerações, aos meus filhos e netos. Acho que é importante.
Essas razões servem para candidatar-se no Barreiro ou em Setúbal. Porquê Setúbal?
Porque é o concelho onde vivo e onde criei os meus filhos, que vieram para cá muito pequenos, o Tiago com 2 anos e a Joana com 6 meses. É Setúbal que me preocupa.
Quais são os principais problemas que identifica no concelho?
A mobilidade e os transportes públicos. É muito complicado por que existe uma carreira apenas de hora a hora, de Azeitão para Setúbal. Os miúdos não conseguem frequentar as escolas e, se por acaso perdem o transporte público, os pais, ou alguém, têm de vir a correr para os colocar nas aulas a tempo. Acho que a parte da mobilidade é um dos principais desafios a ter em conta para Setúbal. O saneamento básico também. Em Azeitão temos várias zonas, na área dos Brejos, com falta de saneamento básico, o que não se admite no século XXI. Em Setúbal existem bairros com falta de saneamento, e temos que olhar também para a habitação, que tem de ser digna para todos os setubalenses. Azeitão está a crescer desmesuradamente, de uma forma insustentável, nos últimos anos. Cresceu demasiado para a oferta que tem em termos de serviços, infraestruturas e equipamentos.
O PAN tem propostas para resolver esses problemas?
Sim. Privilegiamos o combate às alterações climáticas, a promoção de uma economia circular, para que se reduza a pegada ecológica do município, privilegiando os produtores locais, o pequeno comércio e os agricultores. Queremos que tudo se centre na economia local, que queremos ajudar. Durante esta pandemia, verificou-se que os produtores locais e o pequeno comércio é que ajudaram as famílias. De repente, fecharam-se as fronteiras e não havia capacidade de respostas para fornecer os bens essenciais. Foram os pequenos produtores locais que se organizaram e fizeram entregas de cabazes em casa e isso ajudou muito a população.
Mas relativamente aos problemas que apontou, da mobilidade, do saneamento e da habitação?
Privilegiamos uma mobilidade sustentável, suave, intermodal, activa e inclusiva, com uma melhoria global da rede de transportes públicos. É necessário criar mais percursos. Sabemos que há já um plano de mobilidade para o concelho, no quadro da Área Metropolitana de Lisboa, mas pouco se sabe sobre isso. Sabemos que vai haver mais rotas para Setúbal e queremos mais percursos, com mais paragens e com mais frequência, porque temos sido prejudicados. Queremos mais qualidade ambiental, com emissões neutras de carbono nos transportes públicos ou mobilidade eléctrica. Sabemos que é pouco provável, porque os autocarros são de custos muito elevados, o que não quer dizer que não se faça um caminho progressivo. Estamos a investir em transportes com emissões prejudiciais ao ambiente e isso não faz sentido, temos de pensar no futuro. Queremos os transportes inclusivos para a mobilidade reduzida,
Priorizamos a devolução de 25% da consignação do IRS, porque reduzir o IMI vai beneficiar as classes altas
que pouco existem, no concelho, e pretendemos também uma mobilidade activa e suave, com, como o PAN recomendou, na Assembleia Municipal, o uso das bicicletas partilhadas, que foi aprovado, mas não foi implementado. Neste momento temos as trotinetes, que é um modo suave, mas não activo.
Tem-se centrado muito em Azeitão. Recentemente, a Câmara Municipal aprovou uma moção a defender a construção de uma escola secundária em Azeitão. Acha que faz falta?
Faz falta há muitos anos. Azeitão cresceu muito e não faz sentido as crianças frequentarem lá o primeiro ciclo e depois terem de se deslocar a Setúbal para conseguir o ensino secundário. Somos completamente a favor do ensino secundário em Azeitão.
Diz que gerir bem o concelho implica não haver “gastos supérfluos em medidas que apenas embelezam a cidade”. É apenas isso que vê na gestão da CDU?
Não. As rotundas são importantes, somos a favor das rotundas, mas consideramos que existem gastos supérfluos em embelezamento. Colocar uma árvore artificial com quase três metros de altura, numa rotunda, e ao mesmo tempo a abater árvores no concelho, de forma não criteriosa, não se percebe. Temos de plantar árvores e não plantas artificiais. Existe também o famoso gato, no telhado da Casa do Turismo, com três metros de comprimento. Não faz muito sentido quando existe a problemática dos animais abandonados em Setúbal e o projecto SEDE que está a meio-gás e que é urgente triplicar e acelerar. Temos as colónias de gatos distribuídas por todo o concelho e não temos equipamentos e abrigos para esses animais. É importante criá-los, como o que foi oferecido por uma associação que está no Bairro dos Pescadores, de forma a dignificar o trabalho dos cuidadores de rua e o bem-estar desses animais. Não faz sentido pôr um gato em cima de um edifício quando há tanto para fazer.
Está a falar dos animais sem-abrigo, mas também há pessoas com dificuldades e até pessoas sem-abrigo, e dessas ainda não falou. Há uma crítica que diz que o PAN se preocupa mais com os animais do que com as pessoas.
Isso não é verdade, porque a primeira letra do nosso partido é “Pessoas”. É muito importante e queremos combater a crise socio-económica, promover a inclusão e ajudar as pessoas. Queremos criar uma equipa de monitorização e ajudar os semabrigo a procurar emprego, e as pessoas idosas, que acabam por estar isoladas. Queremos estar no terreno e ouvir os munícipes.
No centro da cidade, uma das marcas, há muitos anos, são os pombos. O que pensa desta situação? É um perigo para a higiene pública?
O PAN recomendou os pombais contraceptivos. É importante ajudar a manter a população dos pombos, mas temos de a controlar com os pombais contraceptivos.
