4 de Novembro de 2021 O SETUBALENSE 3
PJ detém suspeito de tentar matar mulher na via pública em Palmela
A Polícia Judiciária de Setúbal anunciou ontem que deteve um homem de 26 anos suspeito de perseguir e esfaquear uma mulher na via pública, no passado dia 24 de Outubro, no concelho de Palmela. De acordo com a Judiciária, o
suspeito esfaqueou a mulher, sua conhecida, por “motivos fúteis”, atingindo-a com uma faca de grandes dimensões na zona do peito, com um golpe que a deixou em risco de vida. A Polícia Judiciária salienta ainda que o agressor é um homem
“violento e com antecedentes criminais ligados à prática de crimes contra o património e de tráfico de estupefacientes”. O detido, que já foi presente a primeiro interrogatório judicial, vai aguardar julgamento em prisão preventiva. Lusa
SINES
EuroResinas diz que só seis trabalhadores aderiram a greve “insignificante” DR
Empresa critica postura de sindicato e apela à interrupção da paralisação e ao regresso à mesa de negociações A administração da EuroResinas – Indústrias Químicas, em Sines, reagiu ontem à greve que os trabalhadores da empresa têm em curso e, em comunicado enviado à redacção de O SETUBALENSE, garantiu que a adesão "é insignificante". "Neste momento a adesão à greve é insignificante, uma vez que apenas seis colaboradores aderiram", justificou a administração da EuroResinas, no primeiro dia da greve, convocada pelo Sindicato das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul), que deverá prolongar-se até às 8 horas do próximo dia 12. Ao mesmo tempo, a empresa criticou a postura da estrutura sindical.
vas dos trabalhadores”, mas lamenta que o sindicato se recuse a negociar, “mantendo uma postura de total inflexibilidade, desadequada a um processo que ainda deveria estar a decorrer". E adianta: "A empresa apresentou já algumas propostas para apreciação dos trabalhadores que passam por 1,5% de incremento salarial geral para 2022, 1,75% para 2023 e 1,75% para 2024, propostas estas rejeitadas pelo sindicato." No mesmo comunicado, a administração faz também notar que, "ainda no âmbito do caderno reivindicativo, a empresa tem apresentado propostas para revisão da actual grelha salarial", igualmente "rejeitadas pelo sindicato".
Sindicato diz o contrário A greve na empresa vai decorrer até ao próxino dia 12
"De acordo com o que foi previamente transmitido aos trabalhadores, a EuroResinas lamenta a decisão do sindicato de interromper as negociações em curso, que se esperavam concluídas até ao final do ano, como acordado
entre empresa e sindicato e como é habitual neste tipo de processos." A administração reforça que, ao longo do processo, a EuroResinas "tem apresentado propostas que visam ir ao encontro das expectati-
"De forma geral, a empresa tem tentado, sempre que possível, dar resposta aos pedidos dos trabalhadores, como atesta a recente contratação de mais dois colaboradores, o que possibilita harmonizar os horários e tempos de descanso", defende ainda a gestão da EuroResinas, que manifesta abertura para voltar a sentar-se
à mesa de negociações com a estrutura sindical. "A empresa reitera o convite endereçado ao sindicato para retomar o processo negocial e desconvocar a greve, pois só com diálogo será possível desbloquear este processo", conclui. Antes, também em comunicado, o SITE Sul explicou que em causa está “a luta pela defesa das justas propostas reivindicativas apresentadas”, como “aumento dos salários”, “progressão das carreiras”, “eliminação da precariedade”, “seguro de saúde igual para todos” e “atribuição de subsídio transporte”. E acusou a empresa de falta de diálogo. “Esta é uma luta que surge no seguimento da falta de respostas concretas por tarde da empresa. Não tendo, até ao presente momento, a administração da EuroResinas feito chegar junto do sindicato propostas concretas que visem responder às justas reivindicações dos trabalhadores", avançou a estrutura sindical, numa versão contrária à apresentada ontem pela administração da empresa.
REGIÃO
Delegação de Setúbal da AHRESP passa a ser presidida por Daniel Piedade Daniel Piedade é o novo presidente da delegação distrital de Setúbal da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP). Sucede no cargo a Mauro Ribeiro da Silva, depois de os órgãos sociais desta delegação terem sido empossados na passada sexta-feira, para o próximo triénio. Assim, para os próximos três anos, Daniel Piedade promete apresentar “serviços de qualidade” aos associados e às entidades parceiras da AHRESP, ao mesmo tempo que se mostra confiante no futuro próximo. “Com resiliência, ultrapassaremos o período negro que estamos a passar. Com muito orgulho assumirei, neste mandato, a responsabilidade de dirigir localmente esta grande ins-
DR
Daniel Piedade no momento em que tomou posse para o próximo triénio
tituição. Continuaremos a oferecer aos nossos associados, parceiros e entidades públicas e privadas, que connosco se relacionem, uma pres-
tação de serviços de qualidade que correspondam às expectativas”, afirmou, citado numa nota de Imprensa da associação.
O novo presidente realçou ainda o peso da AHRESP no segmento empresarial e admitiu, no plano pessoal, que é movido pela paixão. “Mais do que ser empresário, sou movido pela paixão que tenho pelo sector, e pelo turismo. É um orgulho representar a AHRESP, associação com mais de 120 anos, que promove o turismo e defende os direitos e legítimos interesses das nossas empresas, líderes da economia e do emprego nacional”, frisou, antes de resumir aquele que considera que tem sido um trajecto bem conseguido pela associação ao longo dos tempos. “Não foi fácil, mas tornámo-nos a maior associação empresarial da região e do País, com muitas batalhas, vitórias e algumas derrotas.”
Além de Daniel Piedade, representante do Restaurante O Canhão (Sesimbra), a delegação distrital de Setúbal da AHRESP – a maior a nível nacional, no que toca ao número de associados que representa – é composta pelos seguintes eleitos como vogais: Rute Marques, representante da Números Nómadas Lda. (Setúbal); João Carreira, da Carreira Notável Lda. (Almada), e Luís Oliveira, da 100 Peneiras Restauração e Turismo Lda. (Seixal). Criada em 1896, a AHRESP assume-se como “a maior associação empresarial na defesa e representação de um sector que é uma das locomotivas do desenvolvimento da economia e da sociedade portuguesa: o turismo”.