O Setubalense, o seu diário da região nº 829 dia 18 de Abril de 2022

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18 de Abril de 2022 O SETUBALENSE 5

Circulação de trânsito interrompida na Avenida Lima de Freitas até 22 de Abril

Infra-estruturação urbana num troço da Avenida Mestre Lima de Freitas, em Setúbal, obriga ao prolongamento da interdição rodoviária até 22 de Abril, do troço no sentido poente/nascente da Avenida Mestre Lima de Freitas no troço compreendido entre a

Estrada de Algeruz e a Rua Vieira da Silva. Este impedimento deve-se à construção de uma nova conduta de abastecimento de água e reperfilamento de passeios e de zonas de separador central naquela avenida. Uma obra

enquadrada na edificação de uma unidade comercial. Durante o decorrer dos trabalhos, os automobilistas devem utilizar o percurso alternativo de circulação formado pela Estrada de Algeruz e pelas ruas das Caravelas e Vieira da Silva.

200 quilos de tamboril, esta semana só comprei 100. Safios vendia mais de dez entre quinta e sexta-feira e este ano não tive nenhum. Prejudicaram-nos muito”. Durante esta semana, prevê que acontecerá o oposto. “Haverá peixe com fartura e poucos clientes”.

Greve trocou ‘as voltas’ à restauração da cidade

António Silva diz que venda de peixe nesta altura foi também prejudicada devido às notícias nas televisões

fazer isso. As coisas já são caras e ainda têm de pagar estacionamento. Vai ser um bocado difícil”, revela. Já para António Silva, o que acabou por prejudicar a venda de peixe na altura da Páscoa “foram as notícias”. “As pessoas vêem na televisão que a Docapesca está fechada e deixam de vir ao mercado. Pensam logo à partida que já não há peixe”. Sobre a altura escolhida para a realização da greve, comenta o comerciante que “foi por estratégia, para ter mais impacto”. Assim, decidiu antecipar-se e comprou “peixe dois dias antes da paralisação começar”. “Veio de Espanha, apesar de com menos qualidade. Para estes dias não consegui foi ter a quantidade e a variedade que costumo ter”. No lado oposto da praça setubalense, Nuno Henriques tem opinião contrária. A trabalhar com carapaus e “algumas espécies mais miúdas”, afirma: “Não acho que a greve faça nada de especial, até porque a Docapesca não tem todo o tipo de peixe. Não é como dizem, que se não há Docapesca não há peixe fresco. É mentira porque actualmente o peixe vem de todo o lado”. Até porque “há também muito pei-

xe de viveiro, infelizmente, porque é sinal de que o mar já não consegue alimentar todos”. “Por isso peixe fresco há sempre, faltam é algumas variedades, que são as que se vendem na lota, basicamente”, descreve. Com a banca já praticamente va-

zia, Ana Coelho diz não concordar, revelando que a greve prejudicou os peixeiros “em mais de 80%”. “Eu nesta altura tinha tudo cheio de caixas de peixe. Este ano não tenho nada em cima da pedra. Isto é muito ruim para nós. Costumava vender mais de

Na parte da restauração, a greve trocou também as voltas a Hugo Trindade, responsável pela Pancada do Mar, e a Diogo Marques, dono da casa O Ramila. No primeiro estabelecimento, o impacto foi sentido na quarta e quinta-feira, uma vez que trabalha com a Docapesca “em 50% e os restantes 50% com um cliente da cidade”. “É fácil de ver o prejuízo. Ontem [quarta-feira] trabalhámos bem menos dos 50% e hoje [quinta-feira] não vamos trabalhar nada porque a lota está fechada. As sardinhas, por exemplo, tive de comprar numa superfície comercial”, esclarece. No fim-de-semana, por sua vez, “já não prejudica”. “Com o feriado de sexta-feira a lota também

não estaria aberta, e ao sábado e domingo também não há mercado. Mesmo assim tive a sorte de não ter sido tão prejudicado porque tenho os armazéns aqui que posso pedir emprestado e ando a comprar dourada de viveiro para poder trabalhar. Agora tenho aqui clientes que têm bancas e a quem lhes ‘cortaram as mãos’”. Em seguida, comentou: “Não vivemos tempos fáceis. Março foi muito difícil. Quase ninguém vinha buscar peixe. Agora tinham aqui uma boa semana para compensar os prejuízos. Não podemos pensar só na nossa barriga”. Já n’O Ramila, Diogo Marques refere ter sentido “impacto na oferta que a Docapesca tem para dar, por ser muito reduzida”. “No fim-de-semana há muita procura e pouca diversidade para oferecer. Tivemos de procurar mercados alternativos para suprir esta falha”. Além disso, lamentou o “aumento de preço de alguns peixes”. “A partir do momento em que há menos oferta no mercado, o preço sobe automaticamente, e é o suficiente para nós sentirmos”, salientou, a concluir.

Andreia Salvado, do Mercado do Rio Azul, confessa ter recorrido a peixe de Espanha e que só deverá conseguir voltar a trabalhar amanhã PUBLICIDADE


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