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Sonho da II Liga adiado para o próximo ano Vitória FC fica sem hipóteses matemáticas de subir após derrota no Bonfim com Oliveirense, apesar de faltarem disputar duas jornadas p14 MÁRIO ROMÃO
O SEU DIÁRIO DA REGIÃO SEGUNDA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2022 PREÇO 0,80€ | N.º 829 | ANO V | 5.ª SÉRIE
DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO PUBLICIDADE
Greve da Docapesca troca as voltas a peixeiros e restaurantes de Setúbal Necessário encomendar peixe de Espanha e recorrer a grandes superfícies p4 e 5
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ALCÁCER E GRÂNDOLA Liberdade comemorada com música, exposições e fogo-de-artifício p8 e 9 MONTIJO Direcção dos bombeiros acusada de comprometer socorro à população p12
ALCÁCER DO SAL Câmara fecha 2021 com saldo recorde de 14M€ p12
EDUCAÇÃO Setúbal 'abraça' novos trabalhadores p6 PUBLICIDADE
2 O SETUBALENSE 18 de Abril de 2022
Abertura
DR
PENSAR SETÚBAL Giovanni Licciardello
O CIPU, o voluntariado e os refugiados ucranianos
N
um destes dias, após a invasão russa da Ucrânia-de-todos-nós, chegou-me um pedido do meu amigo João Lemos Cabral, sobre a divulgação de uma organização denominada Consultores Imobiliários Pela Ucrânia (CIPU), do qual é voluntário. O CIPU foi criado imediatamente após a referida invasão, numa primeira fase em Lisboa e no Porto, por iniciativa de Ana Gomes e Joana Koltan, ambas empresárias do ramo imobiliário e cujo raio de acção se alargou rapidamente a todo o território português. Imediatamente criaram uma plataforma digital (https://refugees. casafari.com/en/), contendo quatro línguas (português, inglês, ucraniano e russo), o que vai permitir aos refugiados ucranianos preencheram um formulário com todos os dados considerados mais relevantes, a fim de se efectuar o respectivo registo automático, de forma rápida e eficaz. Actualmente chegam cerca de cem pedidos por dia, que vão desde o acolhimento propriamente dito, passando por comida, roupas, etc. Pretende-se também operacionalizar uma parceria colaborativa entre o CIPU (que possui já uma rede dispersa pelo país e extremamente eficaz de voluntariado) e as Câmaras Municipais, para procurar ajudar de forma segura e célere, um cada vez maior número de pessoas a curto, médio e longo prazo. Actualmente o número de ucranianos que saíram do seu país por causa directa da guerra, está estimado em cerca de cinco milhões de pessoas, metade da população total de Portugal deslocada em quase dois meses.
Actualmente o número de ucranianos que saíram do seu país por causa directa da guerra, está estimado em cerca cinco milhões de pessoas
Os responsáveis e voluntários do CIPU têm-se confrontado com uma onda de grande generosidade por parte da população portuguesa, disponibilizando quartos, apartamentos e moradias, criando laços e vínculos afectivos muito fortes com esta grande comunidade ucraniana que já existia e que duplicou com o início desta malfadada e indigna guerra. Actualmente o CIPU possui a maior base de dados de alojamento nacional, sendo que a concentração de ofertas se localiza maioritariamente em Lisboa e no Porto. Todavia, as famílias refugiadas sentem uma cada vez maior vontade
em serem alojadas em localidades mais pequenas, onde as oportunidades de alojamento e de trabalho possam ser proporcionalmente superiores. Foram registadas quase quatro mil camas em quatro semanas, sendo que quatrocentas e vinte famílias se encontram actualmente alojadas, possibilitando a que mais de dezassete mil pessoas possam estar juntas. Um alojamento normal disponibilizado varia entre um a três meses, podendo ser posteriormente necessário realojar ulteriormente estas pessoas. Tem havido uma preocupação em seguir e cumprir todas as directivas emanadas pelos organismos governamentais nesta matéria, acreditando que só existe um caminho possível e que passa pelo estabelecimento de parcerias e pela efectivação de um trabalho em conjunto, entre os responsáveis do CIPU e as diversas autarquias. Nesse sentido, propõem uma colaboração entre o CIPU e a Câmara Municipal de Setúbal, na certeza que tal irá seguramente gerar um valor acrescentado para os munícipes e sobretudo para os refugiados. Todos nós temos o dever, como país de forte tradição de democracia e liberdade, de acolher todos aqueles que nos procuram, com aquelas características de simpatia e de humanidade tão intrinsecamente portuguesas. Acresce que os refugiados ucranianos não são comuns emigrantes; são deslocados de guerra que nos chegam com a vida numa mala. Bem hajam. Professor
UNIDADE DA GALP E NORTHVOLT
Porto de Setúbal preparado para movimentar cargas associadas à refinaria de lítio Administração portuária diz que valor adicional, que se prevê superar as 500 mil toneladas por ano, não coloca problemas logísticos Maria Carolina Coelho A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) garante que o Porto sadino está preparado para “o volume de carga adicional trazido pela actividade” da nova unidade avançada de conversão de lítio, a instalar no Parque Industrial Sapec Bay, na Mitrena. “O Porto de Setúbal, após a realização dos investimentos nas acessibilidades marítimas, aumentou a sua capacidade e melhoria de oferta, pelo que o valor de carga adicional trazido pela unidade industrial, que se prevê superar as 500 mil toneladas por ano, não coloca quaisquer problemas logísticos”, assegura a APSS a O SETUBALENSE. Para a administração portuária, a instalação da refinaria das parceiras Galp e Northvolt, que representa um mega-investimento de 700 milhões de euros, em território sadino é importante “para o desenvolvimento económico de Setúbal e da região, com a criação de empregos qualificados directos e indirectos, e para a economia circular, com a criação de sinergias no cluster industrial envolvente”. Além disso, será também importan-
te “para a actividade exportadora do País”. “A APSS congratula-se com esta aposta e considera que o concelho de Setúbal em geral e o Porto em particular dispõem de condições privilegiadas para atrair este tipo de investimento, caracterizado pela ocupação de vastas e importantes áreas com indústrias de última geração, ambientalmente sustentadas, geradoras de valor e potenciadoras da economia circular que visa o aproveitamento integral, com um mínimo de desperdício, de todos os subprodutos produzidos”. Por estas razões, a administração portuária diz ter acompanhado “os estudos realizados para a localização da nova unidade industrial e defendeu as vantagens da sua instalação no concelho, beneficiando dos serviços do Porto para o transporte de cargas por via marítima e ferroviária”. Tendo a escolha de Setúbal sido “da responsabilidade dos parceiros empreendedores”, foi tida em consideração “a proximidade ao Porto de Setúbal, a capacidade dos seus terminais de serviço público, capacitados para a movimentação dos mais diversos tipos de carga”. A unidade de conversão de lítio, cuja decisão final de investimento deverá apenas ser conhecida no final de 2023, permitirá a criação de aproximadamente 200 postos de trabalho directos e 3 mil indirectos. O arranque das operações deverá ocorrer até ao final de 2025, sendo que a ‘joint venture’ (parceria), denominada Aurora, pretende que a unidade seja “a rampa de lançamento para o desenvolvimento de uma cadeia de valor integrada de baterias de lítio na Europa”.
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Piloto almadense Miguel Oliveira em parada com os fãs em Portimão
O piloto Miguel Oliveira (KTM) participa numa parada com os fãs, a partir da zona ribeirinha de Portimão até ao Autódromo Internacional do Algarve, na quarta-feira. Este evento marca o arranque do Grande Prémio de Portugal de MotoGP, que se
disputa de 22 a 24 de Abril. De acordo com a KTM, esta será “a primeira vez que os adeptos de MotoGP poderão acompanhar, lado a lado, o seu herói da categoria numa mota de competição”. Assim que a caravana chegue ao circuito de
ALCOCHETE
ALMADA
Director do agrupamento de escolas recebe competências para ‘gerir’ Educação
A Câmara Municipal de Alcochete decidiu delegar no director do agrupamento de escolas do concelho as competências na área da educação, vinculando-o ao processo de descentralização. A decisão foi aprovada, por unanimidade, na reunião de câmara realizada na quarta-feira, tendo o presidente da autarquia explicado que esta delegação de competências no director do Agrupamento de Escolas de Alcochete (AEA), Rodolfo Viegas, torna o processo mais eficiente e eficaz. Fernando Pinto adiantou que a grande alteração é a mudança de vínculo laboral, que traz mais direitos para os trabalhadores das escolas, assegurando que a câmara municipal “está empenhada em que este processo decorra sem sobressaltos”. Esta deliberação, segundo a autarquia, tem em consideração o Decreto-lei n.º 21/2019, de 30 de Janeiro, que concretiza a transferência de competências para os órgãos municipais no domínio da educação. O decreto-lei estabelece que todas as competências nele previstas, salvo indicação em contrário, são exercidas pela Câmara Municipal, com a faculdade de delegação de competências no director do Agrupamento de Escolas de Alcochete (AEA). Estabelece ainda que, no exercício das suas competências, os órgãos dos municípios devem respeitar a gestão pública da rede de estabelecimentos públicos de ensino, através dos órgãos próprios dos agrupamentos de escolas. A respeito da gestão de pessoal não docente, “as competências próprias do presidente da Câmara Municipal
Cadáver da baleia que deu à Fonte da Telha vai ser autopsiado hoje DR
A grande alteração é a mudança de vínculo laboral, que traz mais direitos para os trabalhadores das escolas
Fernando Pinto confia que descentralização vai correr bem
e dos órgãos municipais podem ser objecto de delegação nos órgãos de direcção, administração e gestão dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas”. As competências delegadas no director do AEA prendem-se com a contratação de fornecimento de bens e serviços externos essenciais ao normal funcionamento dos estabelecimentos do agrupamento, designadamente electricidade, água, comunicações, consumíveis diversos, transferindo anualmente para o efeito a verba associada ao exercício anual das competências delegadas. O director fica ainda responsável pela realização de intervenções de conservação, manutenção e pequena reparação nos estabelecimentos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e ensino secundário e gerir e dirigir o pessoal não docente. Entre as várias tarefas na direcção do pessoal não docente, o director do agrupamento fica responsável por aprovar e alterar o mapa de férias, justificar faltas, conceder tolerância de ponto e licenças sem remuneração, propor a avaliação de desempenho,
decidir em matéria de organização e horário de trabalho, identificar as necessidades de formação, proceder ao controlo efectivo da assiduidade, dar parecer sobre a concessão do estatuto do trabalhador-estudante e sobre pedidos de autorização de acumulação de funções, propor a instauração de procedimento disciplinar e propor a mobilidade interna e emitir parecer, com caráter vinculativo, sobre a mobilidade de trabalhadores para outro agrupamento de escolas. O Governo definiu o dia 01 de Abril como o prazo para descentralizar para os municípios competências na Educação e na Saúde, apesar do baixo ritmo da adesão voluntária ao processo, com vários autarcas a afirmar que não estão preparados para as desenvolver. O Governo definiu 01 de Abril como o prazo para descentralizar para os municípios competências na Educação e na Saúde, apesar do baixo ritmo da adesão voluntária ao processo, com vários autarcas a afirmar que não estão preparados para as desenvolver.
GC / Lusa
Portimão, Miguel Oliveira e os seus acompanhantes serão conduzidos para a pista, “onde poderão acompanhá-lo numa volta, a baixa velocidade, pela pista”. O evento termina em plena recta da meta, onde o piloto almadense tirará uma ‘selfie’ com os fãs.
O animal morreu ao fim do dia de sexta-feira, mas só conseguiu ser removido pela Câmara de Almada no sábado A remoção do cadáver da baleia cachalote que arrojou na sexta-feira na praia da Fonte da Telha, em Almada, foi concluída pelas 17h00 de sábado, informou o capitão do Porto de Lisboa. Hoje, segunda-feira, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas irá realizar uma necropsia ao cadáver do animal. “Foi totalmente removido pelas 17h00”, disse Diogo Vieira Branco, em declarações à agência Lusa, referindo-se ao corpo da baleia cachalote, que acabou por morrer pelas 21h30 de sexta-feira. O transporte do cadáver deste “animal de grande porte – um cachalote (Physeter macrocephalus), com 14,8 metros e um peso estimado de 15 toneladas”, segundo informação do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) - esteve a cargo dos serviços da Câmara Municipal de Almada. Foi preciso desmembrar o animal e recorrer a máquinas pesadas. No âmbito destes trabalhos, a zona onde o animal se encontrava depositado na praia da Fonte da Telha esteve interditada à prática balnear até às 17h00, por indicação da delegada de saúde, referiu o responsável do Porto de Lisboa, adiantando que no final de tarde não houve qualquer limitação
nesse sentido. O sangue que ficou no areal devido ao desmembramento do animal também já foi “totalmente diluído” no mar, não existindo qualquer sinal de coloração de água em tom avermelhado, revelou o capitão do Porto de Lisboa. Na noite de sexta-feira, Diogo Vieira Branco informou que “o animal morreu por volta das 21h30 e que se iniciaram depois os procedimentos de remoção da carcaça, sob coordenação da Câmara Municipal de Almada", ressalvando que não seria "uma operação fácil", dadas as dimensões do animal e as características do terreno. Na sexta-feira, por volta das 19h00, o ICNF já tinha admitido que o animal poderia acabar por morrer, devido aos ferimentos provocados por um possível abalroamento com uma embarcação. Em declarações à Lusa, a bióloga Marina Sequeira reforçou que, “quanto mais não seja pelos ferimentos que tem, um animal que sofreu um abalroamento dificilmente sobrevive”, e assegurou que, apesar dessa indicação, foram feitos todos os esforços possíveis para salvar a baleia cachalote. A Polícia Marítima foi informada por volta das 09h00 de sexta-feira da existência de uma baleia junto à praia da Fonte da Telha. Depois de a tentativa de encaminhá-la para o mar, em colaboração com o ICNF, não ter tido sucesso, o animal acabou por encalhar no areal.
SSM / Lusa
DR
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Setúbal
PARALISAÇÃO LEVOU A ENCERRAMENTO DA LOTA
Peixeiros e restaurantes prejudicados na Semana Santa com greve da Docapesca Comerciantes dos mercados do Rio Azul e Livramento tiveram de encomendar peixe de Espanha. Restauração recorreu a grandes superfícies Maria Carolina Coelho (texto) Mário Romão (fotografia)
A Sexta-Feira é, por norma, um dos melhores dias para se vender peixe, quer seja para as tradicionais refeições de família ou porque a crença religiosa leva a que parte da população opte por não comer carne. Na chamada semana da Páscoa, a grande azáfama que se faz sentir faz com que as bancas de peixe da cidade de Setúbal, assim os restaurantes, estejam preparados e munidos das mais variadas espécies. No entanto, este ano foi diferente. Com os trabalhadores da Docapesca a decidirem avançar com três dias
de greve, cumpridos entre 13 e 15 de Abril, a lota de Setúbal foi obrigada a encerrar, o que acabou por provocar “um enorme prejuízo” aos peixeiros e restauração da zona. É disso exemplo Andreia Salvado. Com uma banca no Mercado do Rio Azul, diz ter recorrido “a peixe de Espanha” para conseguir “vender alguma coisa” na passada quinta-feira. Agora, só deve “voltar a trabalhar terça-feira [amanhã], se houver”. “Claro que sentimos prejuízo. Logo na Semana Santa é que eles decidiram fazer greve. É uma
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Peixeiros dizem ter tido muito menos peixe disponível e menos variedade na Semana Santa, comparativamente ao mesmo período dos restantes anos
semana em que se come muito peixe e em que há muita procura”, confessa. Apesar de não saber “estimar o prejuízo destes dias”, explica que “as próprias vendas têm estado fracas”. “Estamos a apanhar uma altura má, derivado também da guerra [na Ucrânia] e de outros factores. Tenho sofrido muito nos meses de Março e Abril e esta seria uma semana em que as pessoas procuram muito peixe e dão o dinheiro que lhes for possível. Foi muito mal escolhido”, considera. Na banca em frente encontra-se Gilberta Campeão, que diz não concordar com a data escolhida. “É uma péssima altura, mas eles já a escolheram porque sabem que nos dói mais. Além de não haver peixe, o que há também é muito fraco, além de que o negócio também já anda fraco”, acrescenta. No seu caso, para conseguir vender algumas espécies na passada quinta-feira, teve de as comprar na segunda e terça-feira. No entanto, “a quantidade que chegou foi muito fraca”. “Esta semana era uma semana em que não
parávamos. Vendia tudo o que tinha na bancada. Agora não, mas também não digo que seja só culpa da greve, mas é derivado de tudo o que tem vindo a acontecer”, justifica.
Peixeiros do Livramento dizem que data foi estratégica
Também no Mercado do Livramento a paralisação dos trabalhadores da Docapesca fez-se sentir entre os comerciantes de peixe. No caso de Sandra Gonçalves, a peixeira garante concordar “que eles [funcionários da Docapesca] reclamem pelos seus direitos, até porque se calhar não conseguiriam reivindicar o que pretendem noutras alturas”. No entanto, devido à grave acabou por não conseguir ir trabalhar “nem na sexta-feira nem no sábado”. “Agora só venho em princípio terça-feira [amanhã], que é quando volta a haver peixe na lota. Vou estar estes dias parada, em que não se ganha nada”, lamenta. A acrescentar a este factor, diz que o que também pode “vir a afectar o mercado são os parquímetros a ser instalados na zona”. “As pessoas vão ter de pagar para vir e não estão para
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Circulação de trânsito interrompida na Avenida Lima de Freitas até 22 de Abril
Infra-estruturação urbana num troço da Avenida Mestre Lima de Freitas, em Setúbal, obriga ao prolongamento da interdição rodoviária até 22 de Abril, do troço no sentido poente/nascente da Avenida Mestre Lima de Freitas no troço compreendido entre a
Estrada de Algeruz e a Rua Vieira da Silva. Este impedimento deve-se à construção de uma nova conduta de abastecimento de água e reperfilamento de passeios e de zonas de separador central naquela avenida. Uma obra
enquadrada na edificação de uma unidade comercial. Durante o decorrer dos trabalhos, os automobilistas devem utilizar o percurso alternativo de circulação formado pela Estrada de Algeruz e pelas ruas das Caravelas e Vieira da Silva.
200 quilos de tamboril, esta semana só comprei 100. Safios vendia mais de dez entre quinta e sexta-feira e este ano não tive nenhum. Prejudicaram-nos muito”. Durante esta semana, prevê que acontecerá o oposto. “Haverá peixe com fartura e poucos clientes”.
Greve trocou ‘as voltas’ à restauração da cidade
António Silva diz que venda de peixe nesta altura foi também prejudicada devido às notícias nas televisões
fazer isso. As coisas já são caras e ainda têm de pagar estacionamento. Vai ser um bocado difícil”, revela. Já para António Silva, o que acabou por prejudicar a venda de peixe na altura da Páscoa “foram as notícias”. “As pessoas vêem na televisão que a Docapesca está fechada e deixam de vir ao mercado. Pensam logo à partida que já não há peixe”. Sobre a altura escolhida para a realização da greve, comenta o comerciante que “foi por estratégia, para ter mais impacto”. Assim, decidiu antecipar-se e comprou “peixe dois dias antes da paralisação começar”. “Veio de Espanha, apesar de com menos qualidade. Para estes dias não consegui foi ter a quantidade e a variedade que costumo ter”. No lado oposto da praça setubalense, Nuno Henriques tem opinião contrária. A trabalhar com carapaus e “algumas espécies mais miúdas”, afirma: “Não acho que a greve faça nada de especial, até porque a Docapesca não tem todo o tipo de peixe. Não é como dizem, que se não há Docapesca não há peixe fresco. É mentira porque actualmente o peixe vem de todo o lado”. Até porque “há também muito pei-
xe de viveiro, infelizmente, porque é sinal de que o mar já não consegue alimentar todos”. “Por isso peixe fresco há sempre, faltam é algumas variedades, que são as que se vendem na lota, basicamente”, descreve. Com a banca já praticamente va-
zia, Ana Coelho diz não concordar, revelando que a greve prejudicou os peixeiros “em mais de 80%”. “Eu nesta altura tinha tudo cheio de caixas de peixe. Este ano não tenho nada em cima da pedra. Isto é muito ruim para nós. Costumava vender mais de
Na parte da restauração, a greve trocou também as voltas a Hugo Trindade, responsável pela Pancada do Mar, e a Diogo Marques, dono da casa O Ramila. No primeiro estabelecimento, o impacto foi sentido na quarta e quinta-feira, uma vez que trabalha com a Docapesca “em 50% e os restantes 50% com um cliente da cidade”. “É fácil de ver o prejuízo. Ontem [quarta-feira] trabalhámos bem menos dos 50% e hoje [quinta-feira] não vamos trabalhar nada porque a lota está fechada. As sardinhas, por exemplo, tive de comprar numa superfície comercial”, esclarece. No fim-de-semana, por sua vez, “já não prejudica”. “Com o feriado de sexta-feira a lota também
não estaria aberta, e ao sábado e domingo também não há mercado. Mesmo assim tive a sorte de não ter sido tão prejudicado porque tenho os armazéns aqui que posso pedir emprestado e ando a comprar dourada de viveiro para poder trabalhar. Agora tenho aqui clientes que têm bancas e a quem lhes ‘cortaram as mãos’”. Em seguida, comentou: “Não vivemos tempos fáceis. Março foi muito difícil. Quase ninguém vinha buscar peixe. Agora tinham aqui uma boa semana para compensar os prejuízos. Não podemos pensar só na nossa barriga”. Já n’O Ramila, Diogo Marques refere ter sentido “impacto na oferta que a Docapesca tem para dar, por ser muito reduzida”. “No fim-de-semana há muita procura e pouca diversidade para oferecer. Tivemos de procurar mercados alternativos para suprir esta falha”. Além disso, lamentou o “aumento de preço de alguns peixes”. “A partir do momento em que há menos oferta no mercado, o preço sobe automaticamente, e é o suficiente para nós sentirmos”, salientou, a concluir.
Andreia Salvado, do Mercado do Rio Azul, confessa ter recorrido a peixe de Espanha e que só deverá conseguir voltar a trabalhar amanhã PUBLICIDADE
6 O SETUBALENSE 18 de Abril de 2022
Setúbal CONTRA TRANSFERÊNCIA NA EDUCAÇÃO
André Martins reafirma protesto mas 'abraça' novos trabalhadores DR
A Câmara recebe no quadro do município cerca de cinco centenas de trabalhadores das escolas básicas e secundárias
O município de Setúbal vai cumprir as obrigações em relação às pessoas, apesar da enorme quantidade de despesas André Martins
Humberto Lameiras Desde 1 de Abril que os funcionários das escolas básicas e secundárias do concelho de Setúbal passaram a integrar os quadros da Câmara Municipal - o mesmo aconteceu em todas as câmaras dos País - no âmbito da Lei-Quadro da Transferência de Competências para as Autarquias Locais e para as Entidades Intermunicipais. Esta transferência na área da Educação decidida pelo Governo, com caracter ‘obrigatório’, mereceu protestos da parte de algumas autarquias, nomeadamente da Câmara sadina que contestou o diploma, e “assumiu sob protesto” estas novas competências, o que “nada tem a ver com os trabalhadores que passam a integrar os quadros municipais”, sublinha o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins. Esta marcação de posição voltou a ser referida pelo eleito da CDU nas boas-vindas aos trabalhadores das escolas básicas e secundárias do concelho, que passaram para os quadros da autarquia no âmbito da transferência de competências na área da Educação. “É com grande alegria que vos acolhemos na grande família que é a nossa Câmara Municipal”, referiu André Martins, na manhã de 13 de Abril, no Fórum Municipal Luísa Todi, na primeira de um conjunto de três sessões organizadas pela autarquia para acolher as mais de cinco centenas de novos trabalhadores municipais. Lembra a autarquia, em nota de Imprensa, que o protesto do executivo liderado por André Martins “está relacionado com o facto de as novas competências se traduzirem em pesadas responsabilidades não acompanhadas dos devidos meios humanos e financeiros para as assumir”. Para o presidente da Câmara, o que foi entregue à autarquia para fazer frente a esta descentralização “é muito pouco” e, frente aos novos funcionários
André Martins insiste que Governo não fez acompanhar novas responsabilidades com meios financeiros
Novas competências Autarquia garante benefícios para as populações Uma das dúvidas que tem pairado sobre a transferência de competências na Educação do Governo para as câmaras, quando este órgão do poder local aceita sob protesto o diploma, tem passado pelo reconhecimento do benefício para as populações das novas competências poderem ser assumidas pelos municípios. No caso de Setúbal, garante André Martins, que esta disponibilidade “não está em causa”. O que está, sim, em causa, é que neste processo de transferência de competências
“as câmaras municipais foram sempre encaradas como meras tarefeiras que executam as decisões do Poder Central, não lhes sendo concedida a faculdade de participar nas decisões”, comenta o autarca da CDU. “Os últimos três anos e meio foram de árduo trabalho para que, neste momento em que assumimos novas competências, os impactes na vida das escolas e dos seus agentes, mas também na vida da própria autarquia, ocorram com a maior naturalidade possível”, afirma. Mesmo perante esta pressão, André Martins não tem dúvidas
que “a família da Câmara Municipal de Setúbal fica maior e mais forte” com a chegada dos novos trabalhadores, “não só em número, mas principalmente, em dedicação, empenho e entrega à causa pública”. E acrescenta: “Este é mais um reforço para continuar a missão de fazer mais cidade e mais Setúbal, de fazer desta Cidade Educadora uma cidade melhor, mais desenvolvida e sustentável”, através da valorização com “serviço público de excelência, participação, diálogo e respeito pela diversidade”.
que vão entrar no quadro municipal, reafirmou: “Precisávamos, nós e todas as câmaras municipais do País, que nos tivessem sido entregues mais recursos humanos e, como é evidente, mais meios financeiros para suportar estas pessoas que vêm trabalhar connosco”. Parte da questão considera que, apesar do Estado afirmar que será transferido o dinheiro correspondente aos salários dos trabalhadores que ficam agora a cargo das autarquias, “é preciso também transferir para as câmaras municipais os meios financeiros imprescindíveis para uma multiplicidade de tarefas que são necessárias para garantir com dignidade qualquer posto de trabalho”, insistiu o autarca. Mesmo com a contestação quanto à questão financeira, André Martins garantiu que o município de Setúbal “vai cumprir as obrigações em relação às pessoas, apesar da enorme quantidade de despesas que é preciso fazer” e que, reafirmou, “não foram asseguradas pelo Governo nesta transferência de competências”. Também “não contemplado pelo Estado”, refere a nota de Impresa que cita o presidente da Câmara, é o “necessário maior suporte administrativo para processar salários e todas as outras tarefas necessárias à gestão destes recursos humanos”, ou seja, a autarquia “precisa de mais trabalhadores para poder fazer adequadamente esta gestão”.
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Vitorianos apupam equipa após derrota no Bonfim com Oliveirense p14 COMEMORAÇÕES
Com o 25 de Abril à beira de meio século autarquia preparou programa marcante DR
Debates, exposições, homenagens eventos desportivos e música em vários locais do concelho recheiam as comemorações da Liberdade As comemorações deste ano do 25 de Abril no concelho de Setúbal estão enquadradas nos 50 anos do dia da revolução pela Liberdade, que se assinala a 2024. Mas na cidade estão pensados eventos comemorativos até 2025. “Ao querermos comemorar a passagem dos 50 anos do 25 de Abril não podíamos ficar por mais um ano de evocação, como aconteceu em tantos outros”, comenta o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins. Numa evocação ao cantautor Zeca Afonso, nome ligado a Setúbal, por adopção, o programa comemorativo foi desenhado com base no projecto “Venham Mais Vinte e Cincos”. Entretanto, a celebração do meio século do 25 de Abril tem já definidas várias iniciativas que pretendem “promover a imagem de Setúbal no plano nacional, mobilizar a participação dos cidadãos e a difusão dos valores humanistas da Liberdade, da Democracia e da Paz”, assim afirma o programa estabelecido, por agora, para Abril e Maio. “Venham Mais Vinte e Cincos” deverá também deixar obra para o futuro, não se limitando a ser uma compilação avulsa de eventos culturais ou desportivos, de palestras, debates ou conferências, devendo procurar criar novas dinâmicas que enriqueçam social, política e culturalmente Setúbal”, refere o presidente da Câmara Municipal na sua mensagem sobre a comemoração.
História e debates sobre a revolução pela Liberdade
Com iniciativas a decorrer e outras já realizadas, o arranque do projecto “Venham Mais Vinte e Cincos” aconteceu dia 16 de Março com um concerto de homenagem a Adriano Correia de Oliveira e, no mesmo dia, foi apresentado o livro “Elas estive-
Noite de 24 Carlão em palco na Praça de Bocage Na noite de 24 de Abril, Carlão vai estar em palco na Praça de Bocage, às 21h30. Na mesma noite vai intervir o presidente a Câmara de Setúbal, André Martins. Haverá desfile com Dixit Band até à Doca dos Pescadores, fogo-de-artifício e, a entrar na madrugada de 25 de Abril, vão ouvir-se DJ Monchique e DJ Varatojo. Às 9h00 de 25 de Abril, nos Paços do Concelho será hasteada a bandeira e tocado o Hino Nacional pela Banda de Música da Sociedade Musical Capricho Setubalense. Meia-hora depois, realiza-se a Homenagem aos Antifascitas, no Monumento à
Resistência na Avenida Luísa Todi, com deposição de flores acompanhada também pela Banda de Música da Sociedade Musical Capricho Setubalense. A sessão solene do 25 de Abril da Assembleia Municipal de Setúbal decorre às 10h00 no Fórum Municipal Luísa Todi, onde será homenageado o cantor e autor Adriano Correia de Oliveira, com participação do Coro Feminino TuttiEncantus. Pelas 11h00 acontece a Festa de Abril, no Jardim Grito dos Pescadores, com actividades de animação, ateliers para crianças e momentos musicais. À mesma hora o Jardim do Bairro Afonso
Costa recebe uma demonstração de Taekwondo, e, pelas 11h30, na Praça de Bocage vai ouvir-se o concerto da Banda Capricho Setubalense. Pelas 21h00, no Mercado Mensal de Azeitão, tocam os HMB. Numa noite que irá terminar com fogo-de-artifício, vão intervir a presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, Sónia Paulo, e o presidente André Martins. As comemorações vão continuar nos dias seguintes, estando já em agenda, para 6 de Maio – em local e data a anunciar - a exposição fotográfica sobre o enterro de José Afonso, pelo fotógrafo Eduardo Diz.
ram nas prisões do fascismo”. A próxima iniciativa do programa festivo está agendada para quinta-feira, 21 de Abril, com o Salão Nobre dos Paços do Concelho a receber, às 10h30, o debate “Tempo Histórico e a História do 25 De Abril”, com a partici-
pação de historiadores e moderação do jornalista Pedro Tadeu. No mesmo dia, a Biblioteca Pública Municipal de Setúbal recebe às 18h00, a mostra de talentos “Entre Nós 5.ª Exposição de Artes Plásticas dos Trabalhadores da Câmara Mu-
nicipal de Setúbal”, a qual vai estar patente até 7 de Maio. Sempre com eventos a decorrerem, a 22 de Abril, mais uma vez no Salão Nobre dos Paços do Concelho, está marcado o encontro “Unidade Estudantil” A Luta e o Canto Coimbra,
Lisboa e Setúbal, com José Afonso. A abertura dos trabalhos será feita pelo presidente André Martins, a moderação será de Francisco Rito, e participam Rogério Palma Rodrigues, presidente Queima das Fitas da Universidade de Coimbra, José André Canhoto Antunes, presidente do TEUC - Teatro Universitário de Coimbra, José Armando Carvalho, Activista de Coimbra, e Arlindo Mota, dirigente Liceal e Universitário de Lisboa. No dia seguinte, 23 de Abril, às 15h30, na Casa da Cultura vai decorrer a apresentação do livro “Salgueiro Maia – Das Guerras em África à Revolução dos Cravos”, do historiador espanhol Moisés Cayetano Rosado, com a presença do autor e do comandante Almada Contreiras, militar de Abril e tradutor da obra. À noite, 21h00, os cantores Francisco Fanhais e João Afonso vão estar com a Banda Filarmónica Operária Grandolense no Forum Municipal Luísa Todi, numa homenagem a José Afonso. Também nas freguesias estão marcadas actividades tanto culturais, debates como desportivas. Por exemplo, na União de Freguesias de Setúbal, a 23 e 25 de Abril realiza-se o Torneio Comemorativo do 25 de Abril, e, no Pavilhão das Manteigadas, o 47.º Aniversário do Scalipus Clube de Setúbal. A 7 de Maio, na Escola Conde de Ferreira é inaugurado o Centro de Recursos Educativos e Culturais da freguesia. Organizado pela Junta de Freguesia de São Sebastião, conjuntamente com o movimento associativo, a 25 de Abril no Parque Verde da Bela Vista, pelas 10h00, acontece a 15.ª Corrida da Liberdade. Também a Junta de Freguesia do Sado tem uma agenda cheia de actividades, entre 23 e 30 de Abril. Destaque para a manhã de 24 de Abril com o Torneio-Convívio de Futebol Inter-colectividades, no Campo Municipal Júlio Tavares. Várias actividades vão também decorrer com organização da Junta de Freguesia da Gâmbia-Pontes - Alto da Guerra, assim como na freguesia de Azeitão, com destaque para dia 25 com a inauguração, às 17h00, da Ciclovia que liga Vendas a Vila Fresca de Azeitão.
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Litoral Alentejano COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL
Alcácer assinala liberdade com música e fogo-de-artifício Os espectáculos arrancam na noite de 24 e entram pela madrugada da histórica data De um vasto programa de actividades, o regresso de espectáculos ao vivo constitui o principal destaque das comemorações do 48.º aniversário do 25 de Abril em Alcácer do Sal. A Praça Pedro Nunes vai ser o local de duas actuações artísticas e de um espectáculo piromusical, entre a noite de 24 e a madrugada do dia da PUBLICIDADE
liberdade. “Na noite de 24 de Abril, pelas 22 horas, o grupo inovador de origem alcacerense Fardo Vadio sobe ao palco, num momento musical que irá contar com as participações especiais da banda da Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba (Pazôa) e do Grupo Coral do Torrão”, destaca a Câmara Municipal, entidade promotora das iniciativas comemorativas da revolução dos cravos. Pela meia-noite, Alcácer do Sal “será mergulhada no habitual e já tão aguardado espectáculo piromusical de fogo-de-artifício”, adianta o município, que realça
DR
Fardo Vadio e Crazypapi vão animar a noite de 24 em Grândola
ainda a animação que se seguirá ao colorido que irá iluminar os céus. “Após o espectáculo de luz
e cor nos céus da cidade, pelas 00h15, a animação ficará a cargo de Crazypapi com as suas mis-
turas musicais.” Antes, no dia 23, as comemorações de Abril no concelho – que arrancaram no passado dia 7 – contemplam a maratona de leitura virtual (ao longo de todo o dia), no Facebook da Câmara Municipal, a II Volta ao concelho em BTT (pelas 8 horas), prova organizada pelo Grupo Desportivo do Bairro do Laranjal, uma concentração de canoagem (7h50) na margem sul, promovida pela Associação Evion, e a III caça ao tesouro, dinamizada pelo município (16 horas). Em Casebres, a Junta de S. Martinho, realiza o Dia da Tubra com muita animação musical.
18 de Abril de 2022 O SETUBALENSE 9
Sines festeja revolução dos cravos com Mafalda Veiga no castelo
Em Sines, a Câmara Municipal festeja a passagem de mais um aniversário do 25 de Abril com várias iniciativas, em colaboração com dversas entidades locais. O destaque das comemorações “acontece no dia 24, a partir das 22h30, no castelo, com a 'Noite da
Liberdade', que engloba o concerto da cantautora Mafalda Veiga e um espectáculo de fogo-de-artifício”, anunciou a autarquia. “Ainda no dia 24, às 15h00, também no castelo, a Escola das Artes do Alentejo Litoral comemora mais um aniversário
com um concerto das suas orquestras. As iniciativas protocolares realizam-se a 25, com o hastear da bandeira, nos Paços do Concelho, às 10h00, e a sessão solene da Assembleia Municipal, no Centro de Artes de Sines, às 11h00”, divulgou o município.
REVOLUÇÃO DOS CRAVOS EM GRÂNDOLA
Dino D'Santiago e Golosa La Orquestra para evocar Abril DR
O município preparou mais de 30 iniciativas para celebrar os valores da liberdade ao longo de todo o mês De concertos a exposições, passando por cinema e gastronomia, são mais mais de 30 as iniciativas gratuitas com que o município de Grândola tem vindo a comemorar, ao longo de todo o mês, o aniversário da revolução dos cravos. Para a noite de 24, estão agendados dois dos destaques da programação: os concertos de Dino D'Santiago (22h30) e Golosa La Or-
Dino D'Santiago vai actuar no exterior do Complexo José Afonso
questra, do Chile (00h30), com um espectáculo piromusical de permeio. Dino D'Santiago actua no exterior do Complexo Municipal José Afon-
so, onde a festa começa mais cedo, com animação do Grupeto do Coreto, a Corrida da Liberdade, e a arruada da Banda da Sociedade Musical
Fraternidade Operária Grândolense (SMFOG). E prossegue, já no arranque da madrugada de 25 (pelas 00h20), com um espectáculo de fogo-de-artifício piromusical. Pouco depois actuam os Golosa La Orquestra no Jardim 1.º de Maio. Ainda no dia 25, realiza-se ao final da manhã a sessão solene evocativa da data, nos Paços do Concelho, e à tarde, no Jardim 1.º de Maio, actuam grupos de música tradicional do concelho. Três dias antes, a 22, o Cine Granadeiro vai ser ‘palco’ do espectáculo “Cantar Abril – Canta Ary dos Santos”. Já o Cineteatro Grandolense apresenta, desde dia 7 e até 28, o ciclo de cinema “Abril Documental”: os filmes “Para Sama”, “Santiago Itália”, “Uma Vida
Alemã” e “Mais um Dia de Vida” foram as propostas deste ano. A iniciativa “Abril Flores Mil” é outro dos destaques da programação. Inclui uma mostra gastronómica nos restaurantes do concelho, com flores comestíveis, entre 23 de Abril e 1 de Maio, ’workshops’ de pregadeiras (23) e o lançamento de um livro, na Casa Mostra de Produtos Endógenos (dia 30). As comemorações encerram com um espectáculo do João Frade Trio, no âmbito do evento “Grândola Vila Jazz”, a 30 de Abril, a partir das 21h30, no Cineteatro Grandolense. A decorrer estão duas exposições que podem ser apreciadas na Biblioteca e Arquivo de Grândola. PUBLICIDADE
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O SEGREDO DAS CARTAS TARÓLOGO e ASTRÓLOGO FRANCISCO GUERREIRO
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GÉMEOS 22.05 a 21.06 No plano amoroso – poderá travar novos conhecimentos, embora deva amadurecer bem as ideias antes de lançar num novo romance. Poderá ter de enfrentar oposições familiares para poder levar em frente uma relação. No plano profissional – deve manter a calma em todas as circunstâncias, até porque esta semana tudo está ao seu alcance. Carta da semana – O CARRO – a conjuntura anuncia progressos. CARANGUEJO 22.06 a 22.07 No plano amoroso – possibilidade de os seus sentimentos serem completamente renovados. Numa situação inesperada ou mesmo sem estar disponível pode sentir novas emoções. No plano profissional – se estiver envolvido em atos de representação ou de cariz público, sair-se-á muito bem. Carta da semana – O AMOROSO – esta carta define uma semana intensa em que todos os comportamentos estão marcados pela paixão. LEÃO 23.07 a 23.08 No plano amoroso – não aceite opiniões ou que se metam demasiado na sua vida, o seu coração é o seu melhor amigo e só poderá arrepender-se do que não fizer. No plano profissional – todos os negócios ou investimentos em que se envolver, desde que estruturados e calculados darão bons resultados. Carta da semana – O IMPERADOR – está muito lúcido, objetivo e eficaz marcando pontos em todas as situações que se envolver. VIRGEM 24.08 a 23.09 No plano amoroso – não permita que o orgulho atrapalhe ou ponha em causa em relação. No plano profissional – alguns colaboradores podem interferir ou pôr em causa as suas opiniões, mas é aconselhável que não baixe os braços e faça persistir as suas ideias. Carta da semana – A FORÇA – fomenta novas ideias confere rapidez de raciocínio e força de vontade não permitindo que se instalem na sua vida indecisões ou qualquer tipo de medo. BALANÇA 24.09 a 23.10 No plano amoroso – é uma semana adequada a que faça alterações na sua forma de vida; pode iniciar uma fase mais límpida e intensa. No plano profissional – algumas situações podem assumir contornos que não esperava e perante os quais terá de tomar uma posição. Carta da semana – A MORTE – é uma carta forte que permite conduzir a sua vida de forma objetiva e eficaz. Fim de uma etapa e inicio de uma nova etapa próspera. ESCORPIÃO 24.10 a 22.11 No plano amoroso – não entregue o seu amora quem não o merece, corre o risco de deceções. Nem todas as promessas serão cumpridas esta semana. No plano profissional – dê atenção a um negócio ou a um projeto que pode esconder problemas, procure novos apoios. Carta da semana – A LUA – a conjuntura leva-o para o mundo dos sonhos em que é difícil ser racional, tente manter-se lúcido para não ser enganado. SAGITÁRIO 23.11 a 20.12 No plano amoroso, relações são correspondidas e regidas por si e pelos seus interesses. Controle o seu feitio pois numa relação toma decisões a dois. No plano profissional, mostre-se mais activo e mais empenhado com trabalhos que lhe são solicitados. Carta da Semana – O Mundo, esta carta mostra que as conquistas e os seus êxitos estão ao seu alcance, basta que consiga reunir todas as suas potencialidades para atingir os seus fins. CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01 No plano amoroso – escute o que lhe dita o coração sempre que tomar uma decisão ou fizer uma escolha sentimental; todos os gestos deverão ser fruto de reflexão solitária e amadurecida. No plano profissional – está perfeitamente apto a atuar em proveito próprio e fazer bom uso das suas habilitações e conhecimentos. Carta da semana – A PAPISA – a semana promete ser muito importante. AQUÁRIO 21.01 a 19.02 No plano amoroso, poderá estar a passar uma fase conflituosa, que se deve á indefinição de sentimentos, clarifique-os. No plano profissional, os trabalhos que tem em curso irão sofrer alguns atrasos, devido á falta de recursos. Carta da Semana – O Eremita, esta carta mostra que deve agir com rigor e cuidado em todas as situações. PEIXES 20.02 a 20.03 No plano amoroso – momento propicio á evolução sentimental; conseguirá compreender alguns gestos e lidar melhor com os afetos. No plano profissional – vida financeira sujeita a flutuações que merecerão medidas adequadas em cima dos acontecimentos. Carta da semana – O JULGAMENTO – traz uma semana marcante pródiga em acontecimentos importantes que lhe possibilitarão análises e iniciativas fundamentadas.
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18 de Abril de 2022 O SETUBALENSE 11 PUBLICIDADE
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... que a Funerária Armindo está disponível todos os dias do ano, a quaquer hora, para o apoiar em caso de emergência funerária?
... que um funeral de
cremação, considerando todos os custos envolvidos, é tipicamente mais barato que o funeral para sepultura?
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FALECEU A 08-04-2022
MARIA JOSÉ PAULINO BARROSO
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PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO Seu esposo, filho, genro, netos, restante família e amigos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido cujo o funeral se realizou dia 11-04-2022 para o Crematório de Setúbal. Na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
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AGÊNCIA FUNERÁRIA SADO TELEF: 265 718 605 - 934782861 - 966479242
ALMADA 265 539 691 SETÚBAL 265 520 716 SEIXAL 265 520 716 MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 BARREIRO 212 047 599 PALMELA 265 520 716 ALCOCHETE 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716
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Região
Mariana Serrão sagra-se vice-campeã nacional de judo em Sub-23
A montijense Mariana Serrão, em representação do Clube Judo Montijo, sagrou-se no passado sábado vice-campeã nacional de judo em Sub-23, na categoria -70Kg. A competição decorreu no colégio da Imaculada
Conceição, em Cernache, Coimbra, localidade onde a judoca de 17 anos já havia este ano brilhado num outro escalão: em Março último conquistou, em Cernache, o título de campeã nacional de juniores.
O SETUBALENSE
MONTIJO
Comando dos bombeiros acusa direcção de comprometer socorro à população DR
Operacionais não têm equipamentos, que já haviam sido adquiridos mas que a direcção mandou devolver ao fornecedor
ALCÁCER DO SAL
Contas municipais com saldo recorde de 14 milhões em 2021
Mário Rui Sobral Cerca de quatro meses depois de os novos órgãos sociais terem tomado posse, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Montijo volta a debater-se com uma convulsão interna. O comando do corpo de bombeiros, em comunicado divulgado na última quinta-feira, afirma que “o socorro está comprometido” no concelho e responsabiliza a direcção. No mesmo dia foi convocada uma assembleia geral ordinária, pelo presidente deste órgão, Mário Baliza, para 26 de Abril (20h30). No comunicado, enviado a O SETUBALENSE, o comando dos bombeiros acusa a direcção da associação de adoptar “uma postura que neste momento põe em causa a operacionalidade do corpo de bombeiros e, consequentemente, a boa e eficaz resposta ao socorro” da população. Os elementos da Equipa de Primeira Intervenção não têm, segundo o comando, Equipamento de Protecção Individual (EPI), apesar da associação ter recebido verbas da Câmara Municipal do Montijo para a aquisição do material. “Está em causa a protecção dos operacionais que prestam socorro. Logo, o próprio socorro. Neste momento, são um total de 16 operacionais que não têm este equipamento. Não podem desempenhar as suas funções por estar em causa a sua integridade física e segurança nas operações, nomeadamente no combate a incêndios estruturais”, denuncia o comando, composto pelo comandante Pedro Ferreira, pelo 2.º comandante Ricardo Gonçalves, pelo adjunto Nuno Carvalho e pelo
Receita atingiu os 37,6 milhões com valores extra como o da venda de terreno na Carregueira Comando e direcção estão de costas voltadas no quartel do Montijo
adjunto indigitado Carlos Sequeira. “A nossa estimada população precisa de saber que do esforço dos contribuintes resultou um apoio da autarquia especificamente para a compra de EPI personalizado para a Equipa de Primeira Intervenção, cuja encomenda já havia sido feita pela anterior direcção. O referido EPI já foi entregue pelo fornecedor, mas a direcção em exercício ordenou a sua devolução, alegando falta de provimento para o efeito. O que é falso, pois a autarquia já havia canalizado esforços para o efeito”, revela o comando, que se queixa também de ser sistematicamente ignorado pela direcção. “As respostas continuam a não surgir, e os equipamentos solicitados e já pagos pela autarquia para dotar os nossos operacionais da 'linha da frente' também não.”
Comandante “alvo de represália”
A situação já foi comunicada pelo comandante Pedro Ferreira ao presidente da Câmara Municipal, Nuno Canta. E a direcção da associação acabou por decidir terminar com a comissão de serviços do comandante, que assim deixa de ser assalariado. “Esgotados os recursos de diálogo
internos e como estão envolvidas verbas públicas encaminhadas pela autarquia, o comandante viu-se obrigado a reportar ao presidente da Câmara. Mas, infelizmente, como represália de o ter informado (...), recebe o comandante à data de 11 de Abril indicação para cessar a comissão de serviços para com a associação a partir do dia 12 de Maio de 2022”, lê-se no comunicado, que dá também conta de o comando estar há um ano “ainda incompleto”. “Porque a actual direcção inexplicavelmente e sem argumentação plausível não dá posse a um elemento que já está homologado para o efeito pela Direcção Nacional de Bombeiros e também pela Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil.” O comando acusa ainda a direcção de descurar o encaixe financeiro que poderia ser feito com acções de formação por parte dos bombeiros. “Esta direcção chama a si essa responsabilidade e em resultado temos acções de formação que foram canceladas por ausência de resposta.” Contactado por O SETUBALENSE, Jorge Lopes, presidente da direcção, preferiu remeter para mais tarde esclarecimentos sobre a situação.
A Câmara Municipal de Alcácer do Sal fechou o exercício de 2021 com um volume invulgar de receita, de 37,6 milhões de euros, e um saldo positivo de 14 milhões de euros. As contas, classificadas como extraordinárias pelo executivo CDU, foram aprovadas pelos votos da maioria comunista e a abstenção do PS. “Nos próximos anos estes números não vão repetir-se”, reconheceu o presidente do município, explicando que o volume recorde ficou a dever-se a receitas extraordinárias, com destaque para a venda de um terreno municipal nos Brejos da Carregueira que rendeu sete milhões de euros aos cofres municipais. O Imposto Municipal sobre Transações (IMT) deu também um forte contributo para o crescimento da receita, tendo aumentado 88%. Um contributo interpretado de forma diferente por executivo e oposição. Vítor Proença considerou que o forte incremento do IMT mostra a dinâmica na transacção de propriedades, que se vive no concelho. O PS, pela voz de Gabriel Geraldes, apontou a especulação imobiliária como explicação para o crescimento do IMT. A receita do município de Alcácer, que em 2021 foi de 37,6 milhões, tinha sido de 24,9 milhões em 2020, de 21 milhões em 2019 e de 19,1 mi-
lhões em 2018. Vítor Proença destacou que o recorde de receita foi alcançado no final do mandato, em ano de eleições, e defendeu que um saldo de 14 milhões é um sinal de gestão positiva e evidenciou que o prazo médio de pagamento a fornecedores baixou para 18 dias e que o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que se mantém na taxa mínima, continua a ser o mais baixo de todo o distrito. Ana Luísa Soares (CDU) acrescentou que as contas de 2021, sendo já o final do segundo mandato, contrariam o que o “PS dizia, que o presidente Vítor Proença ia colocar Alcácer do Sal na bancarrota”. O PS defendeu que um saldo de gerência de 14 milhões é sinónimo de pouca eficácia e eficiência na gestão, com Gabriel Geraldo a afirmar que esse era até o pensamento do presidente Vítor Proença, expresso há alguns anos numa assembleia municipal. Manuel Vítor Jesus respondeu que, perante a oposição, o executivo é preso “por ter cão e por não ter cão”. “Se gastamos muito é porque gastamos muito, se não gastamos muito é porque não gastamos”, atirou o comunista, argumentando ainda com a lista de obras que a Câmara Municipal concluiu em 2021. A este argumento, Gabriel Geraldo apontou que a execução das despesas, no ano passado, foi de “pouco mais de 50%”, para concluir que isso demonstra que “cerca de metade” das promessas feitas ficaram por cumprir. Ana Luísa Soares (CDU) recordou que o mandato é de quatro anos e que o balanço só se faz no final.
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Desporto
EQUIPA DE FILIPE MOREIRA SOMOU TERCEIRO DESAIRE EM 4 JOGOS
Vitorianos apupam equipa após derrota no Estádio do Bonfim com Oliveirense DR
Com duas jornadas por realizar, sadinos já não têm hipóteses matemáticas de chegar ao 1.º lugar Ricardo Lopes Pereira O Vitória FC confirmou no sábado a má campanha na série 2 da 2.ª fase (subida) da Liga 3 ao perder, por 1-3, no Estádio do Bonfim, com a Oliveirense. Com apenas um ponto conquistado em quatro jornadas da competição, os sadinos seguem na última posição da tabela atrás do conjunto de Oliveira de Azeméis, com oito pontos, U. Leiria (sete) e Sp. Braga B (cinco). Mesmo faltando duas jornadas por disputar, os comandados de Filipe Moreira já não têm hipóteses matemáticas de chegar na presente época ao 1.º lugar e assegurar a subida à II Liga. A fraca campanha da equipa nesta fase não passou em claro aos adeptos que no final do jogo não pouparam assobios e apupos à equipa setubalense, que não mostrou argumentos para discutir o resultado. Duarte Duarte (15 minutos) colocou a formação forasteira em vantagem, aumentada para dois golos de diferença ainda antes do intervalo, por João Paredes (35). No segundo tempo, Luizinho fez o 3-0, aos 64, e Mendy (73) apontou o tento de honra dos setubalenses, que antes do encontro homenagearam o guarda-redes João Valido por ter completado 100 jogos oficiais pelo Vitória. Em relação ao jogo da ronda anterior que os sadinos perderam (2-1), a 9 de Abril, no reduto do U. Leiria, Filipe Moreira apresentou quatro alterações no onze inicial. Mano, Daniel Martins, Nuno Pinto e Gabril Limpa foram titulares em detrimento de Ruca, Bruno Bernardo (ambos lesionaram-se com gravidade diante dos leirienses), Kamo Kamo e José Varela. Dois minutos depois de ter soado o
Sem a clarividência necessária no sector atacante, as jogadas iam-se sucedendo junto da área da Oliveirense, que se limitava a gerir a vantagem numa tarde de enorme desacerto dos vitorianos. Aos 50 minutos, um remate fraco do defesa Mano para defesa fácil de Nuno Silva ilustrava a inoperância dos anfitriões no último terço do terreno.
Mendy fez tento de honra
Gabriel Lima e os seus colegas de equipa não tiveram argumentos para ultrapassar a Oliveirense no Bonfim
apito inicial, os sadinos desperdiçaram uma ocasião soberana para se colocarem na frente do marcador. Após cruzamento da esquerda de Daniel Martins, o avançado Zequinha, livre de marcação, cabeceou ao lado do poste esquerdo num lance em que o próprio jogador levou as mãos à cabeça não acreditando na perdida que teve. Após o susto, o conjunto de Oliveira de Azeméis não tardou a responder, aproximando-se um par de vezes com perigo da baliza de João Valido. Aos 15 minutos, o guarda-redes nada pôde fazer para evitar que os forasteiros inaugurassem o marcador por Duarte Duarte. Assistido por Gonçalo Pimenta, num lance em que os sadinos ficaram a ver jogar, o médio fez o 1-0 num remate cruzado e colocado. Incapazes de reagirem ao golo sofrido, os comandados de Filipe Moreira viram a sua baliza continuar a ser ameaçada por um oponente que dispôs das melhores ocasiões de golo
do primeiro tempo. Aos 18 e 27 minutos, a Oliveirense só não ampliou a vantagem porque João Valido se opôs com defesas atentas a remates de Lessinho, atacante brasileiro que foi sempre uma seta apontada à baliza dos verdes e brancos. Aos 35 minutos, já depois de terem perdido Tiago Duque por lesão (substituído aos 23 minutos por Vasco Gadelho), a equipa treinada por Fábio Pereira chegou, sem surpresa, ao 2-0. Depois de um livre na direita cobrado por Lessinho, Jaime Pinto foi mais forte no ar e desviou no interior da área para o segundo poste, local onde, sem oposição, surgiu João Paredes a encostar o segundo tento da Oliveirense. Até ao intervalo, quase sempre sem discernimento, o Vitória procurou a baliza contrária, mas sem conseguir criar uma única ocasião soberana de golo. Exemplo da falta de acerto foi dado por Zequinha, avançado que,
aos 41 minutos, chegou atrasado a um cruzamento de Daniel Martins e, aos 43, rematou fraco para defesa fácil do guardião Nuno Silva. Na última jogada de perigo do primeiro tempo, a Oliveirense quase voltou a marcar numa bomba desferida pelo inevitável Lessinho. O brasileiro, que foi o elemento mais perigoso dos forasteiros, só não celebrou o golo porque João Valido se opôs com uma defesa atenta ao remate do atacante, que viu o colega Vasco Gadelho, na recarga, disparar para as nuvens. No reatamento, a perder por 0-2, a equipa sadina esboçou uma reacção. Aos 48 minutos, em dois lances protagonizados por Gabriel Lima, o brasileiro ficou perto do golo. No primeiro, rematou colocado à entrada da área a centímetros do poste esquerdo e no segundo, assistido por Miguel Lourenço, atirou, quando podia ter feito muito melhor, sobre a trave.
Para tentar mudar o rumo dos acontecimentos, Filipe Moreira fez, entre os 58 e 61 minutos, quatro alterações. Nas primeiras duas saíram Gabriel Lima e Rúben Gonçalves e entram José Varela e Frédéric Mendy, enquanto, aos 61, o treinador prescindiu de Mano e Daniel Martins e fez entrar Murilo Rosa e Bruno Almeida. Em termos práticos, as mexidas não surtiram o efeito desejado, uma vez que pouco depois a equipa de Oliveira de Azeméis acabou por chegar ao golo. Aos 64, Luizinho, que tinha entrado seis minutos antes, dilatou a vantagem para 0-3. Depois de um primeiro remate de Duarte Duarte defendido por João Valido, a bola sobrou para o avançado que só teve de encostar para o golo. Até ao apito final do árbitro Rui Silva, da Associação de Futebol de Vila Real, o melhor que os sadinos conseguiram fazer foi apontar o tento de honra. Corria o minuto 73 quando o avançado Frédéric Mendy fixou o resultado final em 1-3 num cabeceamento certeiro do gigante guineense, após canto na esquerda de Robson, que quatro minutos antes tinha substituído Diogo Leitão. O golo não amenizou a dor e revolta dos cerca de três mil adeptos vitorianos que no final do encontro não pouparam a equipa de assobios e apupos pelo fraco desempenho na partida realizada no Bonfim e, sobretudo, pela fraca campanha até ao momento na série 2 da 2.ª fase - subida da Liga 3. Recorde-se que após quatro jornadas o Vitória permanece no último posto (4.º), com um ponto, enquanto a formação de Oliveira de Azeméis isolou-se no topo da série, com 8 pontos.
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Oriental Dragon defronta esta tarde Sporting B em partida decisiva
O Oriental Dragon e o Sporting B realizam esta tarde pelas 15 horas, no Estádio Aurélio Pereira, em Alcochete, uma partida decisiva em relação à sua continuidade no Campeonato da Liga 3. Será uma prova de fogo para as duas equipas que se encontram separadas
por sete pontos na tabela classificativa, com vantagem para os leões, que garantem desde logo a manutenção em caso de vitória, ao contrário dos pupilos de Marco Bicho, que se forem derrotados ficam automaticamente condenados à descida de divisão.
As hipóteses de salvação são muito remotas e apenas um milagre evitaria a despromoção da equipa orientalista, que ficou em situação muito delicada após a vitória obtida no passado sábado pelo Oliveira do Hospital sobre o Real (Massamá).
FUTEBOL DISTRITAL
LIGA 3
Desportivo Fabril e Comércio Indústria são cada vez mais os candidatos ao título DR
O Olímpico do Montijo voltou a ceder pontos deixando definitivamente a questão do título entregue aos dois primeiros classificados
José Pina
José Pina O Desportivo Fabril e o Comércio Indústria, com maior ou menor dificuldade, venceram os jogos que disputaram na 31.ª jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão e aumentaram a vantagem em relação ao Olímpico do Montijo, terceiro classificado, que não foi além de um empate na estreia do novo treinador, em casa, frente ao Charneca de Caparica. Quer isto dizer que se alguma dúvida houvesse sobre as equipas que estavam em condições de lutar pela conquista do título, elas ficaram dissipadas de vez. O Desportivo Fabril é quem está em melhor situação porque tem um ponto de vantagem e menos um jogo que o Comércio Indústria, mas este recusa atirar a toalha ao chão e enquanto matematicamente for possível vai continuar a lutar pelo mesmo objectivo. Quem for mais forte vai certamente vencer. Como o resultado final dá a entender que o Desportivo Fabril não sentiu grande dificuldade em vencer o Alfarim, mas já o mesmo não se poderá dizer do Comércio Indústria que só ficou com a sua tarefa mais facilitada no decorrer da segunda parte, após a expulsão de um jogador do Monte de Caparica, aos 50 minutos. Pouco tempo depois abriu o activo [num lance contestado pelos homens da casa], passados três minutos surgiu o segundo golo e mais tarde o terceiro, que fixou o resultado final. O Charneca de Caparica explicou no Montijo por que razão é uma das equipas que tem conquistado mais pontos no terreno do adversário. Nesta partida, foi a primeira equipa a marcar e na segunda parte bem vistas
Amora e Cova da Piedade complicam contas da manutenção
as coisas até poderia ter regressado a casa com um resultado ainda melhor. No que respeita aos outros encontros há a salientar a vitória do Moitense em Setúbal, os três pontos conquistados pelo U. Santiago e os empates obtidos pelo Sesimbra, Trafaria e Seixal. Resultados da 31.ª jornada: Cova da Piedade B 2 Seixal 2; Vitória FC 2 Moitense 3; Monte de Caparica 0 Comércio Indústria 3; Desportivo Fabril 5 Alfarim 0; Grandolense 2 Vasco da Gama 2; Sesimbra 0 Pescadores 0; U. Santiago 2 Palmelense 1; Olímpico do Montijo 1 Charneca de Caparica 1; Águas de Moura 1 Trafaria 1. Classificação: 1.º lugar, Desportivo Fabril, 77 pontos; 2.º lugar, Comércio Indústria (mais um jogo), 76 pontos; 3.º lugar, Olímpico do Montijo (mais um jogo), 67 pontos; 4.º lugar, Pescadores, 54 pontos; 5.º lugar, Moitense, 53 pontos; 6.º lugar, Vitória FC e Águas de Moura, 52 pontos; 8.º lugar, Charneca de Caparica (mais um jo-
go), 46 pontos; 9.º lugar, Palmelense (mais um jogo), 39 pontos; 10.º lugar, Vasco da Gama, 37 pontos; 11.º lugar, Cova da Piedade B e Trafaria (mais um jogo), 34 pontos; 13.º lugar, Grandolense, 33 pontos; 14.º lugar, Monte de Caparica e Sesimbra, 32 pontos; 16.º lugar, U. Santiago (mais um jogo), 30 pontos; 17.º lugar, Alcochetense, 28 pontos; 18.º lugar, Alfarim, 22 pontos; 19.º lugar, Seixal, 21 pontos; 20.º lugar, FC Setúbal (18 jogos), 7 pontos.
II Divisão
Na 2.ª Divisão Distrital nada de novo aconteceu e tudo continuou na mesma na frente da tabela classificativa. Ainda assim será de destacar a goleada aplicada pelo Amora B ao Arrentela, num jogo em que Pedro Teixeira, Bruno Pinheiro e Edgar Martins, bisaram; a vitória do Alcochetense B em Lagameças e o segundo triunfo consecutivo do Samouquense no campeonato, coisa que até agora ainda não havia conseguido.
Resultados da 27.ª jornada: Barreirense B 3 Santo André 1; Pelezinhos 4 Almada 2; Samouquense 2 Brejos de Azeitão 1; Lagameças 1 Alcochetense B 3; Amora B 7 Arrentela 0; Botafogo 1 Ginásio de Corroios 0; Banheirense 2 Paio Pires 0; Quinta do Conde 2 Zambujalense 1. Classificação: 1.º lugar, Amora B, 60 pontos; 2.º lugar, Banheirense, 60 pontos; 3.º lugar, Botafogo, 53 pontos; 4.º lugar, Quinta do Conde, 50 pontos; 5.º lugar, Almada, 48 pontos6.º lugar, Zambujalense, 42 pontos; 7.º lugar, Barreirense B (mais um jogo), 38 pontos; 8.º lugar, Pelezinhos (mais um jogo), 35 pontos; 9.º lugar, Lagameças, Brejos de Azeitão e Alcochetense B, 31 pontos; 12.º lugar, Santo André, 28 pontos; 13.º lugar, Paio Pires (mais um jogo), 26 pontos; 14.º lugar, Arrentela, 25 pontos; 15.º lugar, Samouquense (mais um jogo), 21 pontos; 16.º lugar, Corroios (mais um jogo), 18 pontos; 17.º Santoantoniense, 9 pontos.
Quando tudo parecia correr de feição ao Amora e Cova da Piedade no que respeita à garantia da manutenção na Liga 3, as coisas complicaram-se e, neste momento, nada está ainda garantido devido à diferença pontual existente para com as outras equipas. Continuam ambos a depender apenas de si, mas uma coisa é certa: na próxima jornada vão ter que fazer muito mais do que fizeram agora. O Amora esteve numa tarde pouco inspirada e acabou por ser surpreendido na sua própria casa pelo U. Santarém, que se revelou mais eficaz no momento da finalização. Decorria o minuto 65, o guarda-redes coloca a bola na esquerda, o seu companheiro progride, entra no meio campo contrário e coloca perto da grande área, de onde o brasileiro Yago Carriello arrancou um remate bem colocado, que não deu qualquer hipótese a David Grilo. Logo a seguir o Amora meteu toda a carne no assador na procura de chegar pelo menos à igualdade, mas não conseguiu e acabou por perder um jogo que queria muito ganhar para ficar já com a sua situação definida. O Cova da Piedade, a jogar também no seu reduto, o melhor que conseguiu foi empatar com o Caldas (1-1), resultado insuficiente para alcançar aquilo que desejava. Os piedenses foram os primeiros a marcar, aos 40 minutos, por Pedro Pinto, mas na compensação para o intervalo (45+1’) João Rodrigues igualou, mantendo-se o resultado até ao fim do encontro. Na classificação Cova da Piedade e Amora têm 12 pontos, o Caldas tem 9 e o U. Santarém 7.
04:14 ~ 3.5 m ~ Preia-mar 10:21 ~ 0.4 m ~ Baixa-mar 16:35 ~ 3.5 m ~ Preia-mar 22:40 ~ 0.5 m ~ Baixa-mar
ALMADA
04:14 ~ 3.6 m ~ Preia-mar 10:20 ~ 0.5 m ~ Baixa-mar 16:34 ~ 3.5 m ~ Preia-mar 22:39 ~ 0.5 m ~ Baixa-mar
SESIMBRA
04:48 ~ 3.6 m ~ Preia-mar 10:52 ~ 0.4 m ~ Baixa-mar 17:07 ~ 3.6 m ~ Preia-mar 23:11 ~ 0.4 m ~ Baixa-mar
SINES
SETÚBAL TRÓIA
MARÉS
05:02 ~ 3.8 m ~ Preia-mar 10:53 ~ 0.4 m ~Baixa-mar 17:21 ~ 3.7 m ~ Preia-mar 23:12 ~ 0.4 m ~ Baixa-mar
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