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PCP acusa empresa de violar lei da greve

Grupo parlamentar comunista questionou Governo na Assembleia da República. Sindicato diz que greve está a ter “forte adesão”

O PCP questionou o Governo, na tarde de ontem, na Assembleia da República, sobre o que diz ser a violação da lei da greve por parte da VW Autoeuropa, onde está a decorrer um protesto dos trabalhadores.

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Em comunicado, a Direcção da Organização Regional de Setúbal (DORS) do partido diz ter conhecimento de que os trabalhadores em greve estão a ser substituídos por outros.

“A Administração da VW Autoeuropa através das suas chefias nas mais diversas áreas da fábrica estão a convocar os trabalhadores a prolongar o seu turno em mais duas horas como trabalhado suplementar, das 15h20 as 17h20, com o objectivo de estes trabalhadores ficarem a substituir os trabalhadores que vão aderir a greve ‘duas horas no início de cada turno’ que hoje se inicia na VW Autoeuropa.”, refere a nota do PCP. Os trabalhadores da fábrica de Palmela iniciaram, nesta quinta-feira, dois dias de paralisações parciais por um aumento salarial extraordinário, apesar do apelo da Comissão de Trabalhadores para que fossem retirados os pré-avisos de greve.

Segundo o SITE-Sul, Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul, um dos sindicatos que convocou o protesto, há várias secções da fábrica que estão paralisadas.

“A greve na Autoeuropa começou com uma forte adesão, estando várias áreas da fábrica, como a montagem final, pintura, boby, prensas e outras, totalmente paradas”, afirma o sindicato em comunicado divulgado perto das 17 horas da tarde desta quinta-feira.

Na terça-feira, face à disponibilidade entretanto anunciada pela administração da fábrica para voltar à mesa de negociações no dia 25 de Novembro, a Comissão de Trabalhadores (CT) apelou aos sindicatos

SITE-Sul e STASA - Sindicato dos Trabalhadores do Sector Automóvel, pa- ra retirarem os pré-avisos de greve. Os sindicatos recusaram a retirada dos pré-avisos de greve e o dirigente do SITE-Sul, Eduardo Florindo, afirma que há um “grande descontentamento dos trabalhadores” e acredita que a “greve vai ter uma boa adesão”.

O coordenador da CT da Autoeuropa, Rogério Nogueira, não quis fazer qualquer previsão sobre a adesão à greve, mas considerou que a disponibilidade da administração da fábrica para retomar o diálogo “é um sinal de que a empresa está interessada em chegar a um acordo com os trabalhadores”.

Os trabalhadores da Autoeuropa exigem um aumento salarial extraordinário de 5% em Dezembro, para compensar a perda do poder de compra devido à inflação, mas a empresa decidiu atribuir um prémio único de 400 euros, posição que levou os trabalhadores a decidirem avançar para a greve nos plenários realizados na semana passada.

A greve convocada para ontem e sexta-feira é a segunda paralisação por questões laborais em três décadas de actividade da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela, no distrito de Setúbal.

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