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Seixal reivindica hospital e mais condições de saúde

Um dos pilares do Estado de Direito Democrático é o direito à protecção da saúde, consagrado na Constituição da República Portuguesa. Incumbe ao Governo assegurar as condições para o cumprimento deste direito, seja nos cuidados da medicina preventiva, curativa ou de reabilitação. No concelho do Seixal, porém, são muitas as necessidades no acesso à saúde e poucos os investimentos do Governo. Mesmo aqueles investimentos com acordos firmados tardam em ser concretizados, como é o caso do Hospital do Seixal.

No quadro dos cuidados de saúde primários, prestados pelo Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Almada-Seixal, verifica-se um número reduzido de médicos de família para dar resposta às necessidades da população. De referir que o ACES Almada-Seixal regista 168.908 utentes inscritos no município do Seixal, dos quais 140.607 com médico de família e 28.301 sem médico de família.

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A Câmara Municipal do Seixal alerta e reivindica há muito tempo a construção de novas unidades de saúde que permitam responder efectivamente às necessidades de prestação de cuidados de saúde e ao crescimento populacional. Para agilizar os processos, a autarquia tem cedido terrenos para a implantação destes equipamentos, estando disponível para participar nestes investimentos.

A construção dos novos centros em Foros de Amora e Aldeia de Paio Pires, a substituição de instalações do centro de saúde de Pinhal de Frades, a nova unidade de saúde para alocar a USF Rosinha, o alargamento do Centro de Saúde de Fernão Ferro, a construção de uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados, em Arrentela, e a construção do Hospital do Seixal são essenciais para a prestação de um melhor serviço à população.

É por isso com enorme satisfação que podemos anunciar que, durante este mandato autárquico, vai avançar a construção das novas unidades de saúde dos Foros de Amora, da Cruz de Pau/Amora (USF Rosinha) e de Aldeia de Paio Pires. De referir que já foram entregues à câmara municipal, por parte da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, os projectos de arquitectura para dois destes novos centros (Foros de Amora e Amora/Cruz de Pau). Além da cedência de terreno, a autarquia fica responsável pela realização dos restantes projectos de especialidades e de lançar o concurso das obras a candidatar ao Plano de

OPINIÃO

Joaquim Santos Presidente da Câmara do Seixal

Durante este mandato autárquico, vai avançar a construção das novas unidades de saúde

Recuperação e Resiliência.

Relativamente ao Hospital Garcia de Orta, inicialmente construído para dar resposta a 150 mil utentes, serve actualmente uma população estimada de cerca de 350 mil utentes dos municípios do Seixal e de Almada, o que se traduz numa situação preocupante para os utentes e para os profissionais de saúde. A falta de recursos humanos e de camas de internamento, a sobrelotação de alguns serviços, o elevado tempo de espera para marcação de consultas de especialidade e meios complementares de diagnóstico e terapêutica, de cirurgias e de atendimento do Serviço de Urgência Geral são realidades enfrentadas diariamente pela população dos dois concelhos.

A construção do Hospital do Seixal é uma reivindicação da população e das autarquias do Seixal há muitos anos. Apesar de ser um compromisso firmado pelo Estado português há cerca de duas décadas, este equipamento fundamental para a melhoria da dignidade e das condições de vida das populações ainda não foi concretizado. Determinante na resolução dos problemas estruturais do Hospital Garcia de Orta e dos cuidados de saúde na região, o Hospital do Seixal representará um investimento no edificado e espaços exteriores de cerca de 35 milhões de euros e será construído em terreno do Estado, no Fogueteiro, em Amora, com o apoio da Câmara Municipal do Seixal, através da isenção do pagamento de taxas municipais e da construção de acessos e infra-estruturas, num valor próximo dos três milhões de euros.

É importante salientar que, nos últimos dois anos, foi o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que esteve sempre, desde o primeiro momento, de portas abertas para receber e tratar doentes com covid-19, apesar de todas as suas insuficiências, fruto do desinvestimento dos sucessivos Governos.

No apoio ao SNS, o Poder Local Democrático, por seu lado, teve um papel determinante. No Seixal, o combate à covid-19 representou um investimento municipal global de mais de 4,5 milhões de euros. A criação de três centros municipais de vacinação (assegurando o transporte de doentes para os mesmos), a distribuição de mais de um milhão de máscaras à população, a disponibilização de equipamento de protecção individual, gel desinfectante e refeições aos agentes das instituições humanitárias e sociais que estiveram na linha da frente, a forte mobilização dos trabalhadores da autarquia, que deram um contributo extraordinário nas várias fases do combate, as campanhas de sensibilização e informação foram algumas das medidas de apoio à população e às instituições de saúde durante os últimos dois anos.

É com a população e na defesa dos seus interesses que a Câmara Municipal do Seixal tem actuado. Na área da saúde, não sendo competência directa da autarquia, tem investido, reivindicado e trabalhado para que todos os munícipes tenham as melhores condições de acesso aos cuidados de saúde, além de incentivar a promoção de estilos de vida saudável e de desenvolver projectos de saúde de proximidade, através do projecto Seixal Saudável, no âmbito da Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis, coordenada pela Autarquia do Seixal, e da Rede Europeia de Cidades Saudáveis da Organização Mundial da Saúde.

Projecto “Cardápio” promove alimentação saudável, sustentável e acessível

Iniciativas realizam-se junto da comunidade escolar do concelho de Sesimbra e do distrito

Inês Antunes Malta (texto)

Aassociação Anime - Projecto de Animação e Formação, que crê no poder do associativismo e da actuação em comunidade, tem, entre os seus projectos, o “Cardápio”, que pretende promover saúde e bem-estar através da confecção de uma alimentação saudável, sustentável e em conta. Sedeada na Quinta do Conde, tem desenvolvido as suas acções no concelho de Sesimbra, já chegou a algumas escolas de Almada e pretende continuar a expandir a sua actividade a nível do concelho e consequentemente do distrito e do país.

“Sou bióloga de formação, estive durante muitos anos ligada ao ensino e à elaboração de manuais escolares, na área das ciências naturais, e muitos dos projectos que surgiram em agregação aos livros diziam respeito à promoção da saúde. Quando saí da editora, em 2018, voltei a estudar”, começa por dizer Ana Duarte, bióloga, pós-graduada em microbiologia médica e saúde pública e membro da Associação Anime - Projecto de Animação e Formação, a O SETUBALENSE. “Fiz então um mestrado em saúde pública. Muito se fala hoje na pandemia de covid-19 mas uma das grandes componentes da saúde pública, e foi o que me levou a escolher este mestrado, é a promoção da saúde propriamente dita. Com a promoção de saúde evitamos a doença ou pelo menos esperamos ter menos doença a acontecer. A alimentação é um factor muito importante a ter em consideração nesta equação”, adianta.

O projecto "Cardápio" surge, assim, a partir da ideia de criar um pacote de actividades, de carácter lúdico, que, desde o ensino pré-escolar ao ensino secundário, na escola mas também na comunidade, possa dar a todos, independentemente do seu nível de escolaridade e da sua situação socio-económica, acesso a informação no âmbito alimentar.

“A ideia foi criar condições para que todos dentro de uma comunidade tenham acesso a informação e de forma contínua para que ao longo da sua vida possam aumentar a sua literacia, fazer as suas escolhas mais saudáveis e conseguir ter ganhos em saúde”, explica. “Neste processo, o indivíduo ganha porque terá ganhos em saúde a longo prazo e ganha a comunidade, no seu todo”, continua.

Actividades transmitem ensinamentos sobre os alimentos de forma lúdica A partir da alimentação e da promoção de estilos de vida saudáveis, foram desenhadas actividades para desenvolver nas escolas e em comunidade “para que todos possam ter acesso, trabalhar ou ver pelo menos hipótese de aumentar a sua literacia em saúde e nomeadamente a literacia alimentar”.

No entender de Ana Duarte, “os conteúdos escolares já abordam estes temas e a ideia passa por transformar o conteúdo em algo lúdico, de carácter relativamente frequente, para que cada aluno possa interiorizar e valorizar mais a experiência e a informação que recebe”.

Até ao momento, o "Cardápio" já desenvolveu as suas actividades na freguesia da Quinta do Conde, com três turmas do Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde, onde foi abordada a utilização dos açúcares na alimentação, e com uma “acção relâmpago” no Agrupamento de Escolas da Boa Água de prevenção da utilização do sal.

No total das seis acções dinamizadas até agora, foi ainda até ao município de Almada, com outras três acções dentro do projecto “Mãos à obra”, que aborda a alimentação saudável, sustentável e acessível. “Não adianta pensarmos numa alimentação baseada em qualquer alimento

que depois não seja acessível a todos, ao bolso comum”, considera, esclarecendo que “a ideia é dar essas pistas também e ajudar nesse sentido”.

Na comunidade, no seu todo, por seu turno, o projecto tem acções previstas para espaços públicos, como o mercado, “onde qualquer pessoa pode ir”, mas pretende igualmente trabalhar “alguns sectores mais frágeis da sociedade” e Ana Duarte dá um exemplo: “os beneficiários da ajuda alimentar recebem um cabaz de ajuda alimentar e depois o que fazem com aqueles bens? O que podem fazer para que se torne saudável e apetecível? Tem de ser algo que dê gosto. No nosso país, juntamo-nos por diversas ocasiões à volta de uma mesa, a refeição é um momento muito importante”.

O objectivo é, em suma, encontrar alternativas que sejam simultaneamente saudáveis, sustentáveis e acessíveis do ponto de vista financeiro, abrangendo todas as faixas etárias. “Para trabalhar essencialmente com os idosos, temos previstos temas como o sal, pela hipertensão, e a hidratação, dois problemas que afectam muito a terceira idade, perceber, dentro do universo da alimentação, que escolhas fazer para reduzir os riscos”, remata.

O objectivo principal é “criar condições para que todos tenham acesso a informação e ao longo da sua vida possam aumentar a sua literacia, fazer escolhas mais saudáveis e conseguir ter ganhos em saúde”

PUBLIREPORTAGEM

Residência sénior Jardins de São Luís, ao serviço da terceira idade

Artur Cardoso, proprietário, não tem dúvidas: “Oferecemos o melhor serviço no apoio à população sénior e à mobilidade”

Às portas de Setúbal, na estrada que liga a cidade sadina a Azeitão, encontra-se a residência sénior que celebra no próximo mês de Julho o seu terceiro aniversário. Um espaço que oferece um serviço completo onde o conforto, o carinho e o bem-estar dos utentes são as principais prioridades desta instituição privada. “Não queríamos, nem queremos ser apenas mais um lar”, frisa Artur Cardoso proprietário do espaço”. Desde o início, acrescenta, “a preocupação sempre foi dar às pessoas um tratamento digno, com enorme respeito, para lhes proporcionar a melhor qualidade de vida. A partir do momento que chegam a esta casa fazem parte desta família, são dos nossos. É isso que lhes transmitimos todos os dias”. O público-alvo, revela, “está preferencialmente localizado na região de Setúbal, mas esta casa está aberta a todos. Nesta altura, para se ter uma ideia temos, por exemplo, seis utentes de Lisboa. Isto mostra a nossa abertura, disponibilidade e capacidade para receber pessoas de zonas mais distantes”.

Artur Cardoso tem sido um empresário ambicioso, em vários sectores de actividade, e um chef de outros tempos com restaurante próprio. Fez quase toda a sua vida profissional na Suíça, mas há seis anos uma promessa feita à sua avó, pessoa de vital importância numa altura crucial no seu crescimento, aos 13 anos, fê-lo voltar a Portugal.”Quando ela necessitou ir para um lar, não gostei do que vi e prometi-lhe que ia construir um para ela. Comprei este terreno, adaptei, remodelei e alonguei a residência”, conta orgulhoso em detalhe.

Um projecto novo que, analisando a realidade dois anos volvidos, veio para ficar. “O balanço é muito positivo”, confirma o empresário. “Temos a lotação esgotada e uma longa lista de espera”. Uma situação que obrigou a rever a estratégia, revela. “Nós não queremos crescer em termos de infraestrutura porque há o risco de perdermos qualidade nos serviços que prestamos, por isso optámos por apostar no Hospicasa que começámos há pouco a potenciar. Com esta opção podemos providenciar ao domicílio todos os serviços que prestamos aqui nos Jardins de São Luís”.

O Hospicasa tem como objectivo promover a melhoria da qualidade de vida dos utentes e famílias, bem como contribuir para a permanência dos mesmos no seu ambiente familiar. Proporcionando actividades e estratégias de desenvolvimento para a auto-gestão da sua condição.

Nesta altura a residência tem 28 utentes instalados em 13 quartos, individuais, duplos e triplos. Os quartos são modernos, iluminados, com excelentes dimensões e decoração cuidada. Estão adaptados às necessidades de cada residente, camas articuladas munidas com colchões anti-escaras. As casas de banho são adaptadas com material de excelência.

Conta com 16 cuidadores, médico, enfermagem, fisioterapia, animadora socio-cultural. Os seniores podem contar também com um programa de animação diária para ajudar a manter uma mente sã.

A residência é destinada a qualquer pessoa, com ou sem mobilidade, que pretenda desfrutar de um serviço familiar de qualidade a preços acessíveis.

Tem uma equipa multidisciplinar especializada nos cuidados de saúde, no domicílio “sempre em constante formação”.

28

A residência tem, nesta altura, 28 utentes instalados em 13 quartos, individuais, duplos e triplos, e conta com 16 cuidadores, entre médico, enfermagem, fisioterapia e animação socio-cultural

“Temos uma resposta social dirigida ao utente e família, prestando cuidados individualizados e personalizados, identificados após avaliação técnica e médica. A nossa intervenção é dirigida para os serviços básicos do dia-a-dia, para os cuidados de saúde primários e crónicos, priorizando o ambiente e conforto no próprio lar”.

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