Locarno: Cristina Hanes vence o Pardino D’Oro na secção Pardi de Domani insider.pt /2017/08/12/locarno-cristina-hanes-vence-leopardo-de-ouro-na-seccao-pardi-de-domani/ Paulo Portugal
Cristina Hanes, prémio Pardi de Domani
A força do cinema português nos prémios de Locarno Terminou Locarno 70, com o respetivo Leopardo de Ouro, o principal prémio do certame, a ser entregue a Mrs, Fang, do chinês Wang Bing. Assim foi a decisão do júri internacional presidido pelos cineastas Olivier Assayas, Miguel Gomes e Jean-Stéphane Bron, o produtor Christos Konstantakopoulos e a actriz Birgit Minichmayr. A francesa Isabelle Huppert venceria a interpretação feminina, em Mrs. Hyde, de Serge Bozon, ao passo que o dinamarquês Elliot Crosset Hove, receberia o prémio masculino por Winter Brothers, de Hlunur Palmason. Destaque ainda para o prémio do júri para a produção brasileira As Boas Maneiras, da dupla Juliana Rojas e Marco Dutra, que deixara logo no início do festival uma muito boa impressão. E que contou também com a excelente fotografia do português Rui Poças. No entanto, um dos prémios mais saborosos foi para o documentário António e Catarina, que a romena Cristina Hanes filmou em Portugal, um brilhante retrato documental sobre um marialva lisboeta (leia aqui a nossa entrevista), justamente vencedor do prémio principal dos Pardi de Domani, uma secção que privilegia o trabalho de jovens realizadores independentes, em curtas e médias metragens, que ainda não lançaram o seu primeiro filme. De resto, Portugal esteve uma vez mais em cheio em Locarno, um festival de tradicionalmente gosta do nosso cinema. Assim, o prémio de realização para o francês F.J. Ossang, em 9 Doigts, acaba por contemplar também a co-produção portuguesa de O Som e a Fúria. Milla, de Valerie Massadian, uma outra co-produção franco-portuguesa, da Terratrema, desta feira na secção Cineastas do Presente, venceu o respetivo prémio especial do júri. A menção especial para Verão Danado, na estreia de Pedro Cabeleira (leia aqui a nossa entrevista), é uma boa recompensa para o ótimo trabalho que revela um olhar promissor. Ainda a referir uma nova co-produção com Portugal, desta feita, em Era Uma Vez Brasilia, de Adirley Queirós, 1/3