“Ramiro”, filme de Manuel Mozos é o filme de abertura do DocLisboa 2017 filmpt.com /ramiro-filme-de-manuel-mozos-e-o-filme-de-abertura-do-doclisboa-2017/
“Ramiro”, drama do realizador português Manuel Mozos, vai fazer a estreia mundial a 19 de outubro, dia da sessão de abertura da 15ª edição do DocLisboa – Festival Internacional de Cinema. Para a sessão de encerramento do certame, a 28 do mesmo mês, será exibido em estreia nacional, o filme de ficção científica “Era uma vez Brasília”, dirigido pelo cineasta brasileiro Adirley Queirós. É o regresso de Mozos ao festival após o documentário “João Bénard da Costa: Outros Amarão as Coisas que eu Amei” em 2014 e da curta-metragem “A Glória de fazer Cinema em Portugal” em 2015. Queirós também repete a sua presença no evento, após ter apresentado em 2014 o drama “Branco Sai, Preto Fica” e em 2015, integrado no Doc no Rio, o documentário “A Cidade é uma Só?”. O filme português, produzido pela O Som e a Fúria, segue Ramiro, um alfarrabista em Lisboa e poeta em perpétuo bloqueio criativo. Vive, algo frustrado, algo conformado, entre a sua loja e a tasca, acompanhado pelo cão, pelos fieis companheiros de copos e pelas vizinhas: uma adolescente grávida e a avó a recuperar de um AVC. De bom grado continuaria nesse quotidiano pacato e algo anacrónico se eventos dignos da telenovela da noite não invadissem essa bolha. António Mortágua, Madalena Almeida, Fernanda Neves, Vitor Correia, Sofia Marques e João Tempera, são alguns dos nomes que integram o elenco. Quanto há produção brasileira, trata-se de um filme em tom documental, que retrata a realidade contemporânea brasileira, numa analogia político-científica do panorama político actual e da crise motivada pela destituição de Dilma Rousseff. Em 1959, o agente intergaláctico WA4 é preso e é lançado no espaço. Recebe uma missão: vir à Terra matar o presidente da República no dia de inauguração de Brasília. A nave perde-se no tempo e aterra em 2016, na Ceilândia. Só Andreia poderá ajudar a montar o exército para matar os monstros que hoje habitam o Congresso Nacional. O comunicado emitido pela organização do DocLisboa 2017 revelou também que Sharon Lockhart é a artista convidada da secção Passagens, com curadoria de Pedro Lapa. Na secção Riscos será apresentado “Rudzienko”, o último filme da artista. Esta edição terá uma retrospectiva de autor dedicada a Vera Chytilova. Será uma das maiores e mais extensas de sempre a nível mundial dedicadas ao trabalho da realizadora checa. 1/2
“Uma Outra América – o singular cinema do Quebec” é a retrospectiva temática da presente edição, em parceria com a Cinemateca Portuguesa. Serão apresentados filmes de 1958 a 2017, de autores como Gilles Groulx, Claude Jutra, Michel Brault, Pierre Perrault, Anne-Claire Poirier, Robert Morin, Jeanne Crépeau, Sylvain L’Espérance, Alanis Obomsawin, entre muitos outros. O Doclisboa’17 vai decorrer entre os dias 19 e 29 de Outubro.
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