RAMIRO_No limiar da ficção, 15º DocLisboa abre com Ramiro

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20.10.2017 10:00 por Markus Almeida A 15.ª edição do festival lisboeta de cinema arranca esta quinta, 19, com a estreia de Ramiro, uma comédia inteligente de Manuel Mozos O Doclisboa - Festival Internacional de Cinema arranca esta quinta-feira, 19, com a sua 15.ª edição. São 15 anos a mostrar documentários nacionais e internacionais em vários cinemas e anfiteatros de Lisboa. Uma tradição que se repete este ano, até 29 de Outubro, com uma cuidada selecção de cinema documental - mas não só: também vai haver uma importante exposição de Sharon Lockhart (integrada na secção Passagens), no Museu Colecção Berardo, em paralelo, e quer o filme que inaugura hoje o certame, Ramiro, do português Manuel Mozos, quer o que o encerra, a 28, Era uma vez Brasília, do brasileiro Adirley Queirós, são cinema de ficção. "É difícil hoje em dia classificar as coisas de forma tão estanque ", diz Cíntia Gil, directora do Doclisboa, ao telefone. "O festival tem uma matriz de cinema documental, mas não se fecha no género e gosta de questionar e reflectir a sua condição." Se já era habitual encontrar obras de ficção nas programações do Doclisboa, não deixa de ser surpreendente que em dois dos momentos mais fortes de qualquer festival de cinema - a abertura e o encerramento - sejam propostos filmes que, embora tratando realidades actuais, o façam no formato de ficção. Possivelmente será coincidência.

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Ramiro é um poeta em perpétuo bloqueio criativo D.R. Cíntia, aliás, justifica a escolha dos títulos pelas obras em si e pelos seus autores: "Ramiro é um retrato de Lisboa, enquanto Era uma vez Brasília é sobre a cidade de Adirley Queirós [e que dá título ao filme]. São filmes que achamos importante serem vistos e ambos têm esse carácter de contemporaneidade." De certa forma - diz "dialogam subtilmente com o resto da programação", o filme de Adirley Queirós apresentando um Brasil distópico enquanto "brinca às ficções científicas" e Ramiro, em estreia mundial, sendo uma "comédia inteligente" sobre um alfarrabista que é também um poeta frustrado - "o filme adequado para comemorar os 15 anos do Doclisboa".Entre a abertura e o encerramento, perspectivam-se duas grandes retrospectivas: uma dedicada à cineasta checa Vera Chytilova (1929-2014) e outra ao cinema documental do Quebeque. Mas olhe-se com atenção também para a programação das secções paralelas: Heartbeat, dedicada à música e artes performativas, e Da Terra à Lua, que procura mostrar um retrato instantâneo do melhor do documentário actual. Quanto a Passagens, secção dedicada ao cruzamento entre o cinema e as artes multimédia com curadoria de Pedro Lapa, terá como convidada a americana Sharon Lockhart, artista e cineasta que apresenta também o filme Rudzienko na secção Riscos. Nas secções competitivas do Doclisboa há 19 obras de 16 países, entre as quais seis em estreia mundial, e 11 títulos na competição portuguesa. O programa completo, com horários e preços, pode ser consultado em www.doclisboa.org. Doclisboa'17 Culturgest, Cinemas ideal & São Jorge, Cinemateca Portuguesa e Museus Oriente & Colecção Berardo, Lisboa De 19 a 29/10 || Horários variáveis €4 (sessões); €5 (exposição) 2/3


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