Um antídoto com nome de flor tsf.pt/cultura/interior/um-antidoto-com-nome-de-flor-9139083.html February 23, 2018
"Mariphasa" é a segunda longa-metragem de Sandro Aguilar, que teve estreia mundial em Berlim.
Foto: Joana de Sousa Dias/TSF Joana de Sousa Dias O filme é uma espécie de labirinto em que o realizador vai servindo de guia mas sem nunca indicar o caminho. O trabalho do realizador e produtor português ganhou o nome de "uma flor ficcional" que nasceu num filme de lobisomens e que serve como "antídoto para um movimento de transformação". Só floresce no luar e só pode ser descoberta numa zona recôndita do Tibete. A repórter Joana de Sousa Dias conversou com o realizador Sandro Aguilar. É a segunda longa em 20 anos de carreira de Sandro Aguilar que soma, no entanto, 14 curtas ao currículo. Integra a secção "Forum" da Berlinale, a mais ousada do festival internacional de cinema de Berlim. Mariphasa" é "um exercício de suspense constante, que não precisa do acontecimento explícito". De acordo com o realizador, o filme não é necessariamente mais simples que trabalhos anteriores mas "tem algumas coisas que tornam a experiência mais confortável: tem uma unidade espácio-temporal aparente, tem personagens, reencontros com personagens, são coisas com que mais facilmente nos relacionamos porque estamos mais habituados a isso." Já tinha passado pelo Curtas Vila do Conde mas numa versão preliminar. Sandro Aguilar 1/2
assume que o tipo de aposta cinematográfica que faz "seja rejeitada por uma parte considerável do público" mas confessa ter ficado bastante satisfeito "porque foi aceite por uma parte considerável desse público". O realizador português quer dar ao espetador "espaço" para poder ter "uma experiência diferente, que não terá noutros filmes". António Júlio, Albano Jerónimo ou Isabel Abreu são alguns dos atores que integram este drama sobre um guarda noturno que perdeu uma filha.
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