Somos todos Ramiro dn.pt/algo.html March 1, 2018
Ramiro, Manuel Mozos O poeta que se abre à vida. Subitamente, ele começa a ver vida. A vida dos outros, segundo o seu complexo de inferioridade, mil e uma vez mais interessante que a sua. O poeta é o Ramiro, um alfabarrista com talento para a escrita em crise de criação. O novo herói de Manuel Mozos. Ramiro, que vem "vendido" como uma "comédia delicada", é um hino a um tipo de personagem urbano-depressiva que o cinema português chegou a saber criar muito bem em outros tempos. Tal como a personagem, o coração do filme também é grande e joga com a comédia romântica e o melodrama mais sensível. Se entrarmos na contenda, o prazer é ilimitado. Ramiro lembra também algo o cinema de Kaurismaki e só encontramos algumas limitações quando aqui e ali sentimos alguma segurança a mais. Ou será conforto de estilo? Custa a crer como nenhum grande festival internacional não tenha querido ficar com ele...
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