"Se nos prendemos no argumento, o resultado será pobre e as séries atravessam esse caminho"

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Lucrecia Martel: «Se nos prendemos no argumento, o resultado será pobre e as séries atravessam esse caminho» c7nema.net/entrevista/item/48503-lucrecia-martel-se-aferramos-no-argumento-o-resultado-sera-pobre-e-as-seriesatravessam-esse-caminho.html Hugo Gomes

A heroína independente, assim o Indielisboa a homenageia na sua 15ª edição. Lucrecia Martel é hoje tida como umas das grandes influências do novo cinema argentino e apesar de contar apenas com quatro longas-metragens, a sua linguagem cinematográfica tem tumultuado toda uma tendência de cinema. Com Zama, até à data o seu filme mais ambicioso, Lucrecia Martel volta a envergar por protagonistas isolados existencialmente, e refugiados do seu próprio ambiente. Neste seu novo filme seguimos Don Diego de Zama (Daniel Giménez Cacho), um oficial da Coroa Espanhola destacado num retiro colonialista do Paraguai, que aguarda por uma transferência. A espera será o seu martírio, transformando aos poucos um orgulhoso barão num ser cada vez mais cadente e dependente da misericórdia divina. O C7nema falou com a realizadora sobre o seu mais recente projeto, a forma como o filmou, a sua colaboração com o diretor de fotografia, o português Rui Poças, e ainda a sua indignação para com o universo das séries de televisão. Foram precisos 9 anos para voltar a fazer outra longa-metragem. O que a fez regressar? 1/5


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