Lucretia Martel herói indie contra a narrativa audiovisual instalada

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Lucretia Martel, Herói Indie contra a narrativa audiovisual instalada dn.pt/artes/interior/lucretia-martel-heroi-indie-contra-a-narrativa-audiovisual-instalada-9306015.html May 4, 2018

Martel chega ao interior do personagem, à sua solidão pantanosa, através de um olhar quase onírico sobre a realidade que o envolve Lucretia Martel, a cineasta de "O Pântano" e "A Rapariga Santa", regressa com "Zama". No IndieLisboa foi galardoada com o corvo de Herói Indie. O DN falou com ela. Uma cineasta argentina que sobreviveu ao hype da corrente do "novo cinema argentino" do começo do século. Uma cineasta que filma quando lhe apetece e continua a ser uma estrela no circuito dos festivais, enchendo salas onde dá masterclasses, como aconteceu esta semana na Culturgest, quando recebeu o prémio Herói Indie do diretor do IndieLisboa, Miguel Valverde. Mas Lucrecia Martel não quer ser heroína nem famosa. Neste encontro com o público (muito apaixonado...) português estava com um humor traquinas e sempre incisiva. Falou de Zama, a sua nova obra que ontem se estreou em Portugal, mas também de um improvável assédio da Marvel Studios e da Netflix. Para ela, é importante desconstruir esse papão que é a "narrativa audiovisual": "essa coisa de se perceber ou entender os filmes é algo que não faz muito sentido. Quando bebemos uma margarita não paramos e ficamos a olhar para ela a tentar perceber o que é aquela margarita...", afirmou.

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