O cinema em 2020 [PT]

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Depois de um fim de década marcado pela chegada em força da Netflix ao cinema – estreado em 2018, Roma, de Alfonso Cuarón, veio inaugurar uma nova era, esta em que 2019 termina com as estreias de O Irlandês, esse quase anti-épico com assinatura de Martin Scorsese, Marriage Story, de Noah Baumbach, e The Two Popes, de Fernando Meirelles – 2020 começa com uns Globos de Ouro, já a 6 de janeiro, com o gigante do streaming à frente dos tradicionais estúdios nas nomeações nas categorias de cinema, sobretudo graças aos últimos filmes de Baumbach e Scorsese. Provável é que essa tendência se prove continuada, em direção aos Óscares, para os quais a curta de animação Tio Tomás – A Contabilidade dos Dias, de Regina Pessoa, passou este mês de candidato a nomeado a finalista. Em estreias em sala de produções nacionais, o ano inicia-se com a aguardada estreia de Bruno Aleixo no cinema. Com produção da O Som e a Fúria e contando com Rogério Samora, Adriano Luz e José Raposo como atores, O Filme do Bruno Aleixo chega às salas a 23 de janeiro. Na semana anterior, a 16 de janeiro, estreia-se também Alva. um filme de Ico Costa para o qual vale a pena olhar. Por ora marcada para junho de 2020, está já a estreia de O Sentido da Vida: o filme para o qual, ao longo de vários anos, Miguel Gonçalves Mendes viajou à volta do mundo questionando-se sobre o sentido da existência humana. E talvez seja também este o ano emque chegue por fim às salas o filme de Terry Gilliam no centro da disputa judicial entre o realizador e o produtor Paulo Branco: O Homem Que Matou Dom Quixote, protaonizado por Adam Driver e Joana Ribeiro. 1/12


Ribeiro. De resto, chega já no primeiro dia do ano às salas O Caso de Richard Jewell, o novo filme de Clint Eastwood. E para o final do ano está prometido West Side Story, um remake de Steven Spielberg do original de Jerome Robbins e Robert Wise de 1961.

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Presidência da República Os parceiros sociais foram recebidos por Marcelo Rebelo de Sousa para falaram sobre a proposta do Orçamento do Estado para 2020 e à saída do encontro a opinião era unânime: o documento não satisfaz. O secretário-geral da CGTP defende que "está na hora de os trabalhadores, pensionistas e também dos desempregados serem ressarcidos dos sacrifícios a que foram sujeitos durante vários anos", enquanto a UGT defende que é preciso um acordo "mas não é a qualquer preço", defendendo um aumento dos rendimentos. Do lado dos patrões, a Confederação do Turismo de Portugal defende que esperava "mais medidas de competitividade". Já para a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, o documento "não responde de forma cabal” às necessidades que as empresas têm para melhorar a sua competitividade e, dessa forma, "poderem participar no acordo de rendimentos e de competitividade". Também a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) afirmou que as medidas inscritas no Orçamento são "manifestamente insuficientes" e aponta para "falta de incentivos".

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AFP A venda das seis barragens da EDP está longe de ser pacífica. Depois de o Governo ter garantido que ia avaliar a alienação "barragem a barragem", é a vez da Fiequimetal pedir a intervenção do Executivo para impedir a operação. A estrutura sindical revelou que vai pedir nova reunião com caráter de urgência e também aos grupos parlamentares. Em causa está a venda dos ativos ao consórcio constituído por Engie (com participação de 40% do capital), Crédit Agricole Assurances (35%) e Mirova – Grupo Natixis (25%) por 2,2 milhões de euros. "A concretizar-se esta escandalosa operação deixaria o país ainda mais dependente, do ponto de vista energético, já que o centro de decisão passaria para as mãos de um consórcio francês", revela numa nota a que o SOL teve acesso. Ainda esta sexta-feira, o ministro do Ambiente voltou a garantir que o pedido de autorização para a venda ter lugar ainda não foi realizado. "As devidas autorizações não foram pedidas. Este é um negócio que tem de ser autorizado pelo Estado enquanto concedente do domínio público, neste caso dos rios. Não tem propriamente forma de interferir no negócio da venda, mas não pode transferir-se uma utilização dominial da empresa A para a empresa B sem a aprovação, o consentimento do próprio Estado, neste caso, do ministério do Ambiente, não tanto pela tutela de energia, mas pela tutela de ambiente, porque tem a responsabilidade última sobre a gestão dos recursos hídrico", disse Matos Fernandes. A federação afeta à CTGP aponta também o dedo à elétrica portuguesa. "Não se pode aceitar que a administração da EDP esteja a afastar-se, cada vez mais, dos princípios que nortearam a criação da empresa e que esta se esteja a tornar uma central de compra e venda de ativos, em vez de uma empresa de serviço público de eletricidade". A federação mostra-se ainda preocupada com o futuro dos trabalhadores, duvidando da garantia que foi dada pela empresa liderada por António Mexia de que estavam garantidos os direitos dos trabalhadores, incluindo o direito de optarem por continuar 4/12 na empresa. Também Matos Fernandes, reconheceu que essa questão irá ser tida em


na empresa. Também Matos Fernandes, reconheceu que essa questão irá ser tida em conta no momento de avaliação do negócio, daí admitir que vai ter algum grau de complexidade. Na quinta-feira, o presidente executivo da EDP, António Mexia, afirmou que o Governo ainda não tinha aprovado essa operação, mas garantiu estar confiante de que o negócio reunia os requisitos para receber luz verde. "O Governo português, através dos órgãos competentes, tem de autorizar o negócio. Essa transação depende de autorizações regulatórias. Estamos confiantes porque, normalmente, é posta em causa a credibilidade técnica […] e também financeira do comprador, que [neste caso] é inquestionável", afirmou António Mexia. Na segunda-feira, a Moody’s veio afirmar que a venda destas seis barragens não só é positiva para o rating da EDP como também irá permitir melhorar o seu perfil de risco, na medida em que a percentagem dos resultados referente a atividades reguladas e contratadas aumentará para 80% do EBITDA. Em relação ao perfil de risco da empresa, garante que deve registar uma melhoria modesta. A agência de notação lembrou ainda que a alienação está "totalmente em linha" com o plano estratégico para 2019/20, apresentado em março.

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Já falta menos de meio ano para Portugal entrar em ação na fase final do Campeonato da Europa, prova de memórias felizes depois da vitória inédita alcançada em França, em 2016. Porém, daqui para a frente, a missão não se avizinha simpática, uma vez que a equipa das Quinas ficou inserida no ‘grupo da morte’. De facto, o sorteio não quis facilitar a vida ao atual campeão europeu e colocou o conjunto de Fernando Santos no grupo F, juntamente com a Alemanha e a França. O terceiro adversário será apenas conhecido em março próximo e sairá do vencedor do playoff A (Islândia, Bulgária, Hungria e Roménia). Nota, porém, para uma situação: se a Roménia vencer o playoff da Liga A terá de ser deslocada para o grupo C, por ser anfitriã. Neste cenário, a seleção portuguesa defrontaria o vencedor do playoff da Liga D (Geórgia, Macedónia do Norte, Kosovo, Bielorrússia). Após conhecer o desfecho, o selecionador nacional não escondeu que está no pote das seleções consideradas favoritas. «São os três últimos vencedores das grandes competições internacionais», lembrou. A estreia de Portugal está agendada para o dia 16 de junho, precisamente contra a seleção vencedora do playoff (em Budapeste). Segue-se o encontro ante a Alemanha (dia 20, em Munique) e, depois, a partida com a França (dia 24, em Budapeste), naquela que será uma reedição da final do último Europeu, em que Portugal derrotou os gauleses no prolongamento com um golo de Eder. Para além de ser logo à partida uma prova especial para as cores lusitanas, de relembrar que este será também um evento histórico tendo em conta o formado inédito. O Euro2020 vai decorrer em 12 cidades, de 12 países, de 12 de junho a 12 de julho, com os jogos das meias-finais e da final a serem disputados em Inglaterra, Londres, no mítico estádio de Wembley.

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O Papa Francisco estava a cumprimentar os peregrinos que estavam, na praça de São Pedro, no Vaticano para celebrar a entrada em 2020, quando uma mulher o agarrou pela mão, puxando-o de forma abrupta. Francisco ficou visivelmente irritado e chegou a ter de dar uma palmada na mão da mulher para ele próprio conseguir libertar-se. A cena foi captada em vídeo e as imagens estão a circular por todo o mundo, estando a tornar-se viral nas redes sociais.

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Watch Video At: https://youtu.be/-ICfIGaM9f0

No total, dez pessoas morreram, 47 ficaram feridas com gravidade, e 715 de forma ligeira, em sequência dos 2793 acidentes registados pela GNR entre 20 e 31 de dezembro de 2019. O balanço mais recente da operação Natal-Ano Novo foi adiantado ao Correio da Manhã pela GNT, que acrescentou que não se registaram acidentes com v+vítimas mortais nas primeiras horas do ano que começou à meia-noite. Durante a operação foram fiscalizados 55643 condutores, tendo sido registadas 18134 infrações.

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O Papa Francisco estava a cumprimentar os peregrinos que estavam, na praça de São Pedro, no Vaticano para celebrar a entrada em 2020, quando uma mulher o agarrou pela mão, puxando-o de forma abrupta. Francisco ficou visivelmente irritado e chegou a ter de dar uma palmada na mão da mulher para ele próprio conseguir libertar-se. A cena foi captada em vídeo e as imagens estão a circular por todo o mundo, estando a tornar-se viral nas redes sociais.

Watch Video At: https://youtu.be/-ICfIGaM9f0

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A Autoridade da Concorrência decidiu, esta segunda-feira, "não se opor à operação de concentração que consiste na aquisição, pela Cofina SPS, S.A., do controlo exclusivo sobre o Grupo Media Capital, SGPS, S.A". A não oposição da Concorrência confirma assim a notícia avançada pelo SOL que dava conta de que a luz verde para este negócio seria dada até ao final do ano. A decisão é dada "após análise exaustiva" e por a AdC considerar "que a operação de concentração não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência em qualquer um dos mercados relevantes considerados, entre os quais o dos canais de acesso não condicionado para televisão por subscrição, da imprensa e outros conteúdos digitais ou ainda no da publicidade". O comunicado da Concorrência refere ainda que "a entidade resultante da operação de concentração ficará com posições de relevo em vários mercados em que está envolvida. Porém, essas posições são prévias à operação de concentração e, nos casos em que existe sobreposição, o acréscimo decorrente é pequeno, não suscitando preocupações jusconcorrenciais". Segundo esclarece a AdC, as atividades das partes sobrepõem-se, no lado dos utilizadores, "nos mercados dos canais de acesso condicionado para televisão por subscrição, da imprensa e conteúdos digitais e, no lado dos nunciantes, nos mercados da publicidade televisiva e online. As alterações estruturais decorrentes destas sobreposições são de pequena dimensão e, consequentemente, não são suscetíveis de criar entraves significativos à concorrência". 10/12


E deixa exemplos: "no mercado dos canais de acesso não condicionado para televisão por subscrição, a operação agrega s segundo e quinto maiores operadores no mercado. A empresa resultante torna-se no principal operador do ercado que, não obstante, não demonstra um nível particularmente elevado de concentração. Sendo assim, a alteração estrutural resultante da operação é pouco significativa". Recorde-se que os 10 dias úteis para que a Autoridade da Concorrência desse o aval final sobre a compra da Media Capital por parte da Cofina terminaram na semana passada e, por isso, esta decisão final chega já fora do prazo. O objetivo, durante esse tempo, era que as empresas que se constituíram contrainteressadas - Impresa, Meo, NOS, Vodafone e Global Media Group -, apresentassem argumentos que contestassem o projeto de decisão da AdC. Entretanto, a venda da Media Capital à Cofina deu mais um passo em frente com a Prisa a marcar uma votação de acionistas sobre o negócio. A assembleia-geral que decidirá a venda de 95% da dona da TVI está agendada para o próximo dia 29 de janeiro. Em comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores espanhola, a Prisa explica que, caso não exista quórum suficiente nesse dia, a votação decorrerá no dia seguinte. No mesmo dia, o conselho de administração da Cofina agendou uma reunião magna onde os acionistas irão dizer se aprovam o aumento de capital até 85 milhões de euros, como foi proposto em setembro. Recorde-se ainda que durante esta semana a Cofina anunciou ter acordado com a Prisa a redução do preço de aquisição da Media Capital em 50 milhões de euros, segundo um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Esta redução do preço foi feita através de um aditamento ao contrato de compra. O preço de aquisição é agora de 123,29 milhões de euros, que somado à dívida da Media Capital resulta num entreprise value de 205 milhões de euros, refere o comunicado. A redução comunicada corresponde a 50 milhões de euros face aos 255 milhões de euros que tinham sido comunicados em 21 de setembro, altura em que a Cofina anunciou ter chegado a acordo com a Prisa para comprar a totalidade das ações que detém na Media Capital. O comunicado adianta ainda que "o preço máximo por ação da Media Capital previsto resultante do Contrato de Compra e Venda corresponde, agora, a 1,5406 euros (por contraposição ao montante de 2,1322 euros, divulgado no anúncio preliminar da Oferta)".

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O Tribunal Provincial de Luanda decretou o arresto preventivo de contas bancárias pessoais da empresária angolana Isabel dos Santos, de Sindika Dokolo e Mário da Silva, além de nove empresas nas quais detêm participações sociais. De acordo com a PGR angolana, os três celebraram negócios com o Estado angolano através das empresas Sodiam, empresa pública de venda de diamantes, e com a Sonangol, petrolífera estatal. A nota adianta ainda que com a Sonangol foi constituída a sociedade Esperaza Holding BV, detendo a petrolífera 60% do capital social e a Exem Energy BV, empresa que Isabel dos Santos, Sindika Dokolo e Mário da Silva são beneficiários efetivos, com 40%. Para a concretização do negócio, acrescenta o comunicado, o Estado angolano, através da Sonangol entrou com 100% do capital, correspondente a 193.465.406 euros, tendo emprestado à sociedade Exem Energy BV 75.075.880 euros, valores que até à presente data não foram devolvidos. Segundo a nota, houve uma tentativa de pagamento da dívida por parte desses beneficiários em kwanzas, o que foi rejeitado porque a dívida foi contraída em euros e por constar do contrato uma cláusula que obriga o pagamento na moeda em foi feito o empréstimo. Isabel dos Santos já reagiu no Twitter. “Gostaria de deixar uma mensagem de tranquilidade e confiança às minhas equipas. Vamos continuar todos os dias em todos os negócios, a dar o nosso melhor e a lutar por aquilo que eu acredito para Angola. O caminho é longo, a verdade há de imperar. Unidos somos mais fortes”, revelou.

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