Em Locarno, Salomé Lamas faz o seu inventário dos quartos de hotel publico.pt/2021/08/05/culturaipsilon/noticia/locarno-salome-lamas-faz-inventario-quartos-hotel-1973138 Jorge Mourinha
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Hotel Royal é a única presença portuguesa a concurso na 74.ª edição do festival suíço, que decorre até ao próximo dia 14. Uma curta-metragem inspirada por Sophie Calle, entre Chantal Akerman e Stanley Kubrick.
Fotogaleria “Tenho esta questão com as curtas-metragens”, diz Salomé Lamas (Lisboa, 1987) ao PÚBLICO. “Ou elas apresentam questões, uma ideia, ou quando se prendem demasiado à narrativa, a uma lógica linear, parece-me que lhes falta sempre qualquer coisa.” A ironia de a conversa se dever, precisamente, a uma curta-metragem não escapa a nenhuma das partes: Hotel Royal é o mais recente trabalho de uma artista formada em cinema e em artes plásticas e que tem contribuído com garra e vontade para derrubar as fronteiras que ainda insistimos em criar entre cinema, instalação, teatro, música. A curta-metragem de 30 minutos tem esta sexta-feira a sua estreia mundial no Festival de Locarno, regressado a uma edição presencial, que decorre até ao próximo dia 14. É o único título português a concurso nesta 74.ª edição do certame, e está integrado numa nova secção da competição de curtas Pardi di domani dedicada a cineastas com nome feito, Corti d’autore (sessões de sexta-feira até domingo) – ao lado de filmes de Marco Bellocchio, Jay Rosenblatt, Radu Jude ou Bertrand Mandico. Salomé Lamas não é alheia ao circuito de festivais, que tem frequentado tanto com as suas longas (Terra de Ninguém, Eldorado XXI, Extinction) como com as suas curtas (Encounters with Landscape, A Comunidade, Theatrum Orbis Terrarum). Uma anterior
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