um filme de JoĂŁo Nicolau
SINOPSE Luís Rovisco, sexagenário divorciado, espera em breve cessar as suas funções de director comercial da empresa SegurVale – Sistemas Integrados de Controlo de Circulação. Espera sentado, a maior parte das vezes ao volante e a cantar sobre o que lhe vai passando à frente. De resposta pronta e sorriso fácil, é senhor de uma bagagem que lhe permite escapar de forma sempre airosa às armadilhas que a tecnologia, os colegas e um misterioso patrão ausente parecem semear-lhe pelo caminho. Nem a morte de Napoleão (um gato), nem uma persistente dor no joelho ou um desaguisado familiar o fazem soçobrar: não há mal que uma canção não vença. Mas diante de Lucinda, a recepcionista do Hotel Almadrava, a música é outra.
NOTA DO REALIZADOR Neste filme só interessa o que é relativo ao confronto da personagem principal com tudo o que, mal ou bem, tem ainda capacidade de movimento: um reencontro amoroso, uma canção, um gato, um filho, um neto, uma cancela ou uma perna que dói. TECHNOBOSS recusa tratar a inevitabilidade do envelhecimento a partir de uma estética da comiseração, piedade ou exploração do sofrimento. Outra atitude não seria possível num filme que segue as peripécias de uma figura mordaz e rocambolesca como Luís Rovisco. Bastou rodear-me de um conjunto de aspirações contraditórias, ou simplesmente impossíveis, para concretizar o filme. Cito algumas, talvez as mais importantes: ○ Fazer um filme sobre um tipo – sexagenário e solitário – que sofre de juventude e não sofre com a
solidão. Tal como uma criança, um adolescente ou jovem adulto, também o protagonista deste filme está a começar uma nova etapa da sua vida. ○ Fazer um filme em que o protagonista cante muitas vezes sem fazer um musical. Ou sem fazer um musical idiota ou fazer um musical suficientemente idiota para poder ser um filme, sabendo à partida que qualquer filme é musical e idiota por natureza e que, assim sendo, o risco de redundância é elevado.
○ Fazer um filme em que o protagonista passa a vida a andar de carro sem fazer um road movie; um filme realizado por um tipo que detesta carros, que não percebe nada de carros e que até aqui só filmou carros parados ou que andam sozinhos sem condutor. ○ Fazer um filme analógico, artesanal no limite do suportável, e chamar-lhe “Technoboss”. Um filme em que as estradas são verdadeiras e em que o estúdio é também verdadeiro. Um filme em que as máquinas ocupam um lugar central mas que quase não lhes toca.
○ Fazer um filme ancorado na fisicalidade do corpo do protagonista e na literal ausência de corpo de um dos personagens principais. ○ Fazer um filme ambientado no mundo do trabalho sem o querer interpretar moralmente e, sobretudo, sem fazer referências a realidades exteriores ao filme. ○ Fazer um filme que é um tour de force do actor principal e entregar esse papel a alguém que nunca entrou num filme. ○ Fazer um filme em que todas estas aspirações estejam ao serviço de uma história de amor. — JOÃO NICOLAU
BIOGRAFIA DO REALIZADOR João Nicolau nasceu em Lisboa. Nunca percebeu nem nunca há de perceber nada sobre o Médio Oriente. Trabalha como realizador e montador e, às vezes, como actor e músico. Os seus filmes são regularmente exibidos nos mais prestigiados festivais de cinema: Cannes, Veneza, Locarno, São Paulo, Belfort, Viena, Busan, Buenos Aires, Sevilha, Vila do Conde, Cidade do México, Angers, Milão, Montreal, Mar del Plata, Belo Horizonte, Valdivia, Roma, Sarajevo, entre outros.
FILMOGRAFIA DO REALIZADOR 2019 2015 2013 2012 2010 2009 2006
TECHNOBOSS JOHN FROM GAMBOZINOS (curta) O DOM DAS LÁGRIMAS (curta) A ESPADA E A ROSA CANÇÃO DE AMOR E SAÚDE (curta) RAPACE (curta)
ELENCO PRINCIPAL
BIOGRAFIA MIGUEL LOBO ANTUNES nasceu em Lisboa a 21 de dezembro de 1947. Jurista de formação, teve uma vida profissional diversificada. A partir de 1983 exerceu vários cargos de programador e gestor cultural. Passou pela direcção do Instituto Português do Cinema, foi administrador do Centro Cultural de Belém (ao qual trouxe, entre outros, o conceito francês da Festa da Música) e da Culturgest, responsável pela programação. Publicou alguns textos de Direito Constitucional e de Ciência política em Portugal e no estrangeiro. Technoboss é o seu primeiro trabalho enquanto actor.
ELENCO PRINCIPAL
BIOGRAFIA
Uma das atrizes mais premiadas e conceituadas de sua geração, Luísa Cruz (nascida em 1962) é uma atriz portuguesa que construiu uma carreira de mais de três décadas em televisão, cinema e teatro. É licenciada na Escola Superior de Teatro e Cinema do Conservatório Nacional de Lisboa, no Curso de Formação de Actores, e tem trabalhando em inúmeros projetos, como: As Mil e Uma Noites, de Miguel Gomes; Espelho D ´Água - SIC, Orgia de Pasolini - Teatro Nacional D. Maria ll, com direção de João Grosso. Em 2005 gravou com Jeff Cohen o álbum Quando Lisboa Anoitece. Luísa Cruz também participou nas óperas Manfred e Abu Hassan no Teatro Nacional de São Carlos
ELENCO
PRINCIPAL MIGUEL LOBO ANTUNES: Luís Rovisco LUÍSA CRUZ: Lucinda Sousa AMÉRICO SILVA: Ricardo Teixeira SANDRA FALEIRO: Joana TIAGO GARRINHAS: Fábio ANA TANG: Empregada do Hotel
Almadrava
JORGE ANDRADE: Sr. Antunes DUARTE GUIMARÃES: Jorge MATIAS NEVES: Miguel JOSÉ RAPOSO: Sr. Galhardo MICK GREER: Peter Vale BRUNO LOURENÇO: Voz Impossível
de Homem
FICHA TÉCNICA REALIZAÇÃO:
João Nicolau João Nicolau e Mariana Ricardo DIRECÇÃO DE FOTOGRAFIA: Mário Castanheira SOM E MISTURA: Miguel Martins MONTAGEM: Alessandro Comodin e João Nicolau CORRECÇÃO DE COR: Paulo Américo MÚSICA ORIGINAL: Pedro da Silva Martins, Norberto Lobo, Luís José Martins DIRECÇÃO MUSICAL: Luís José Martins DIRECÇÃO DE ARTE: Artur Pinheiro GUARDA-ROUPA: Susana Moura MAQUILHAGEM E CABELOS: Araceli Fuente Basconcillos DIRECÇÃO DE PRODUÇÃO: Miguel Perdigão CO-PRODUTOR: Thomas Ordonneau PRODUTORES: Luís Urbano e Sandro Aguilar ARGUMENTO:
PRODUÇÃO
COM O APOIO
COPRODUÇÃO
COM O APOIO
COM A PARTICIPAÇÃO
VENDAS INTERNACIONAIS
FICHA TÉCNICA Título: Technoboss Duração: 112 min Aspect Ratio: Flat com1.66:1 Formato: 2k Filmado em: 16mm Som: 5.1 Ano: 2019 Língua original: Português, Inglês Países de produção: Portugal, França Produção: O Som e a Fúria Co-produção: Shellac Sud Com o apoio de: ica, Fundo de Turismo e Cinema, Fundo cnc-ica, rtp
PRODUÇÃO O SOM E A FÚRIA
Rua Padre Luís Aparício, 11A 1150-248 Lisboa TEL: 21 358 25 18 geral@osomeafuria.com www.osomeafuria.com follow us on @osomeafuria
IMPRENSA SOFIA BÉNARD
sofia.benard@osomeafuria.com 21 358 25 18