Histรณria da
Tipografia E os primeiros tipos de letras
Osvaldo Vitorino Editora Existir 1
Trabalho Realizado por: Osvaldo José Neto Vitorino Formando do Curso de Pré-Impressão
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Indíce Cartaz Tipográfico ................................................................................ 4 Invenção da Tipografia ........................................................................ 5 Evolução da Tipografia ........................................................................ 6 Os primeiros tipos de letras ............................................................... 7 Tipo de Letras ....................................................................................... 8 Cartaz Tipográfico .............................................................................. 10 Cartaz .................................................................................................. 11 Cartaz .................................................................................................. 12
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Ilustração de Brunna Casagrande
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Invenção da Tipografia Na maioria dos casos, uma composição tipográfica deve ser especialmente legível e visualmente envolvente, sem desconsiderar o contexto em que é lido e os objetivos da sua publicação. Em trabalhos de design gráfico experimental (ou de vanguarda) os objetivos formais extrapolam a funcionalidade do texto, portanto questões como legibilidade, nesses casos, podem acabar sendo relativas. Por muito tempo o trabalho com a tipografia, como atividade projetual e industrial gráfica, era limitado aos tipógrafos (técnicos ou designers especializados). O design de tipos, no entanto, atividade altamente especializada que requeria o conhecimento das técnicas de gravar punções para fazer as matrizes usadas para fabricar tipos, foi desenvolvida desde o início por especialistas, os gravadores de tipo ou puncionistas, verdadeiros designers de tipo antes que a denominação entrasse no vocabulário profissional. Foram designers de tipo e puncionistas Claude Garamond e Giambattista Bodoni, criando fontes clássicas que até hoje são apreciadas.
Idade da Pedra(desenhos)
Monge Copistas
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Evolução da Tipografia A partir de 50 n.E., os tipos romanos imperam- até aos nossos dias. Na sua essência, a letra latina, que herdara a sua forma dos alfabetos gregos e fenícios, assume uma forma perfeita, sublime, na época dos imperadores romanos Augusto, Nerva e Trajano. Austera, majestosa e de pomposa elegância, a lettera antiqua da Renascença foi copiada das ruínas romanas e analisadas geometricamente, na tentativa de obter a fórmula da sua perfeição e harmonia. Para a ainda novíssima tecnologia da imprensa, a lettera antiqua praticada pelos calígrafos humanistas italianos foi moldada em caracteres de chumbo. Conjugando perfeitamente as letras romanas minúsculas com letras versais, saem dos prelos de Veneza, em fins do séc. XV, os primeiros livros modernos. Em poucos anos, tipógrafos franceses, alemães e italianos definiram nesta cidade a tipografia e a estética do design editorial de hoje. A difusão da tipografia, invenção hoje incontestavelmente atribuída ao alemão Johannes Gutenberg, foi célere. Mas Gutenberg teve que enfrentar os copistas que ao verem a sua manual arte, geralmente acessível à minoria privilegiada (clero, nobreza e alguns ricos mercadores), substituída pela prensa a apelidaram de coisa de demónio- ou estes não estivessem directamente ligados à Igreja. Com a invenção da Tipografia- considerado por alguns, como a invenção do milénio-, nasceu a Imprensa. Os livros passaram a ser acessíveis a toda gente, a sabedoria e a cultura expandem-se pelo mundo, tornando os povos mais cultos, democratizados e ricos. A materialização das letras em metal limitou drasticamente os caprichos da estética da letra manuscrita, mas também anulou as variações (e os erros) dos copistas. Em vez de manuscritos e de caligrafia, passamos a ter uma tipografia.
Letras de chumbo e máquina de impressão
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Os primeiros tipos de letras Para escrever são preciso letras, naturalmente. Antes da invenção da imprensa com tipos móveis, a escrita era manual, feita com um aparo ou com uma pena de pato. Para além das peças escritas de uso corrente, como apontamentos, em que os romanos, por exemplo, usavam ardósias, tabuinhas de cera ou papiro, os livros exigiam muito mais cuidado e arte. A partir de 1800 assistimos a uma explosão de tipos novos- uns mais altos e magros, outros profusamente decorados com sombreados ou arabescos, com motivos antropomórficos ou vegetais. As serifas são modificadas: ou engrossam, ou desaparecem. Aparecem caracteres finos e finíssimos, assim como negros e supernegros- e também os violentamente condensados e os excessivamente expandidos e gordos.
Letra Gótica
A criação de novos tipos atinge uma variedade espantosa- possivelmente ainda maior que a do presente. Se bem que nem tudo o que aparece seja convincente, e muito menos brilhante, assistimos à criação de dois grandes géneros, componentes essenciais da tipografia contemporânea: as letras de serifa grossas e as grotescas (sem serifa).
Antique Caslon, 1825
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Tipos de Letras Com Serifa
Diferentes tipos de letras serifadas
No alfabeto romano, as serifas originaram-se do talhar das letras em pedra na antiga Itália. Os artesões entalhariam um pequeno espaço extra no fim de cada traço das letras a fim de prevenir o acúmulo de cascalho e poeira no encave. Além disso, são consideradas uma herança da caligrafia manual na imprensa iniciada por Gutenberg. Sem Serifa As primeiras letras sem serifa (sans-serif) apareceram por volta de 1820. Na Alemanha as fontes sem serifa eram chamadas Steinsschriften ou Grotesk, pela falta de estética que sugeriam aos compositores.
Exemplo de letras não serifadas
Ao princípio, eram utilizados em corpos grandes e sem muito contraste, destinavam-se a cartazes e a outras utilizações de textos curtos, não a texto corrido. Script A tipografia Script está baseada na variedade e na fluidez do traço criado na escrita manual.
Letras Script
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O script está organizado em tipos formais muito regulares semelhante à escritura cursiva e em outros tipos mais informais.
Cursivas ou Manuscritas As fontes cursivas são aquelas que você geralmente vê nos convites de casamento, são as fontes que se aproximam da escrita humana. Elas passam maior sensação de humanização. Geralmente elas são mais trabalhadas e com mais ornamentos, seu uso geralmente está associado à sofisticação, algum convite ou certificado. Pelo seu grande detalhamento ela não é aconselhada para textos longos. (Extra) Decorativa As características comuns dessas fontes são a ousadia e a temática.
Letras Cursivas ou Manuscritas
Podemos encontrar em diversos temas como “Disney” ou “terror”, por exemplo, fontes com bordas “escorridas”, como sangue. Enfim, de praticamente qualquer coisa que você imaginar. Por serem muito específicas, geralmente são de pouco uso nos materiais em geral. É importante que sejam utilizadas com cuidado, pois dependendo do tipo da aplicação elas fogem completamente do tema, por exemplo, não utilize uma fonte com o tema de terror, só porque achou ela bonita para a criação de um cartaz de festa de crianças.
Letras Decorativas
Nas Pág.10 e 11 estão as ilustrações de Simon Pearce e God Inspired Designs
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