Revista Mangalarga - Edição de julho de 2019

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R$15,00

REVISTA OFICIAL

2019

DIAMANTE DO GADU

JULHO

Jovem garanhão do Haras J.E.B

EXPO BRASILEIRA REGISTRA RECORDE DE PARTICIPANTES

MODALIDADE CONQUISTA CADA VEZ MAIS ADEPTOS



Índice ndice Mercado e Finanças

3

Índice

4

Palavra do Presidente

72

Leilão Celebridades

6

Apresentação da capa

75

Leilão Haras Paradise

76

Leilão Haras A.E.J.

78

Leilão Haras LFT

Território Cavalgada 8

Mangalargada

79

Leilão Haras ACF

14

Cavalgada de Piracicaba

80

Leilão Grandes Marcas

18

Cavalgada de Guararema

22

Sutianzada

26

Cavalgada da Alta Mogiana

A Voz do Criador 81

Marcha Trotada

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAVALOS DA RAÇA MANGALARGA Av. Francisco Matarazzo, 455, Pavilhão 4, “Dr. Simões” Parque da Água Branca - SP - CEP:05001-300 Telefone: (11) 3673-9400 DIRETORIA EXECUTIVA - TRIÊNIO 2018/2020 Diretor Presidente Luis Augusto de Camargo Opice Vice-Presidente Administrativo Financeiro Nelson Antonio Braido Vice-Presidente Técnico Hamilton de França Leite Vice-Presidente de Fomento Alexandre de Oliveira Ribeiro Vice-Presidente de Relações Institucionais Marcelo Cintra Zarif DIRETORIA ADJUNTA - TRIÊNIO 2018/2020

Exposições, Copas e Provas 30

Expo Brasileira

Lazer e Cultura

Diretor Adjunto Danton Guttemberg de Andrade Filho

84

Mulher Mangalarguista

Diretora Adjunta de Esportes Camila Glycerio de Freitas

86

Rota do Vinho

Diretores Adjuntos de Exposição Carlos Cesar Perez Iembo Guilherme Pompeu Piza Saad

34

Expoagro de Franca

36

Expo de Itapetinga

38

42ª FACILPA

40

Exposição de Anápolis

42

Expo Jequié

44

Exposição de Mococa

46

49ª Expoagro de Itapetininga

Diretores Adjuntos de Marketing João Luis Ribeiro Frugis Jorge Eduardo Beira Rodrigo Pedrosa Sampaio Novais Luiz Gustavo Alves Esteves

48

Expo Verão

Diretor Adjunto de Núcleos Cauê Costa Hueso

Diretor Adjunto Financeiro Eduardo Rabinovich

Espaço Técnico 88

Os riscos da obesidade

90

Mitos e Verdades

Diretores Adjuntos de Fomento Felipe Angelin Luís Fernando Sianga Pedro Luiz Suarez Castedo Youssef Haddad Diretores Adjuntos Jurídicos Cristiano Rêgo Benzota de Carvalho Renato Tardioli Lucio de Lima

Diretores Adjuntos de Pelagem Alberto Veiga Junior Leandro Pasqualini de Carvalho

Haras em Destaque 50

Diretores Adjuntos Técnicos Alessandro Moreira Procópio João Paulo Fogaça de Almeida Fagundes Rodrigo Dias de Moraes Orlando

Haras JEB

Panorama Mangalarga

Momento Social

56

Projeto Resgate Genético

91

Social Leilão ACF

60

Informação de Qualidade

94

Social Leilão LFT

64

Curso Alta Mogiana

96

Social Leilão Haras Paradise

66

Venha ser Mangalarga

98

Social Brasileira

67

Sela de Ouro

68

Mangalarga Experience

Painel de Negócios

69

41º Expo Nacional

100

Espaço Empresarial

69

Novos Associados

101

Fidelidade Mangalarga

70

Cavalo de Guerra

102

Índice de Anunciantes

CONSELHO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO - TRIÊNIO 2018/2020 Membros Eleitos Eduardo Figueiredo Augusto Emiliano Abraão Sampaio Novais Fernando Tardioli Lúcio de Lima Pedro Salla Ramos Filho Silvio Torquato Junqueira Membros Efetivos Célio Ashcar Celso Galetti Montalvão Clodoaldo Antonângelo Eduardo Diniz Junqueira Élio Sacco Felippe de Paula Cavalcanti de Albuquerque Lacerda Filho Flávio Diniz Junqueira Francisco Marcolino Diniz Junqueira Ivan Antônio Aidar Luiz Eduardo Batalha Mário A. Barbosa Neto Reginaldo Bertholino Renato Diniz Junqueira Sergio Luiz Dobarrio de Paiva CONSELHO DELIBERATIVO TÉCNICO - TRIÊNIO 2018/2020 Técnicos Geraldo Santos Castro Neto João Batista da Silva de Quadros João Pacheco Galvão de França Filho João Tolesano Junior Marcos Sampaio de Almeida Prado Paulo Lenzi Souza Leite Criadores Dirk Helge Kalitzki Roberto Antonio Trevisan Rodnei Pereira Leme Rogério Camara Nigro Roque Carlos Noqueira SERVIÇO DE REGISTRO GENEALÓGICO - STUD BOOK Superintendente do Serviço de Registro Genealógico Henrique Fonseca Moraes Junior


Palavra do Presidente Palav

VAMOS REFLETIR? C

oncito os Associados interessados no desenvolvimento e crescimento da Raça e, consequentemente, da sua Associação, a uma reflexão sobre o atual momento que estamos vivenciando na Raça Mangalarga. A atual gestão “Somos Todos Mangalagarga” tem sido injustamente acusada de querer e estar agindo para mudar o padrão racial do andamento do nosso cavalo. Já disse, por diversas vezes aos que assim receiam, inclusive aos que estavam presentes na reunião de Orlândia, organizada por um grupo de tradicionais criadores da região, que esta estória não tem a menor procedência e não condiz com nenhum ato ou fato que possam ser atribuídos a mim ou a qualquer membro da minha Diretoria. Na minha forma de conduta, se pretendesse mudar o padrão racial do Mangalarga iria, inicialmente, nomear uma Comissão de Criadores, Técnicos, Hipólogos e Professores de Equinocultura para discutir e avaliar o assunto e, após análise pela Diretoria da Entidade do relatório e recomendações dessa Comissão, convocaria uma Assembleia Geral Extraordinária dos Associados para deliberar sobre as eventuais propostas. Esse comportamento sério, responsável e respeitoso com os verdadeiros donos dos ativos denominados Cavalos Mangalargas e, consequentemente, da ABCCRM, seria, a meu ver, o modo certo de se propor qualquer alteração de fundo no padrão racial da nossa ou de qualquer Raça de animais. 4

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Lembro-me da cizânia criada na primeira gestão do sr. Mário Barbosa quando a sua Diretoria, da qual era membro, mudou o Regulamento de Exposições para alterar as regras de julgamento da parte dinâmica, dando-lhe maior peso e importância, em detrimento do peso da avaliação morfológica. Certa para muitos, inclusive para mim, e errada para outros tantos, a modificação feita naquela oportunidade quase quebrou a Associação, além de ter criado um profundo racha nas relações interpessoais entre vários criadores. Lembro-me de um jantar ocorrido no restaurante Magari, que à época existia na rua Amauri, em que estavam presentes um grande criador, um ex-dirigente da associação e eu. Conversávamos sobre as alterações promovidas para o julgamento da parte dinâmica das Exposições e, às tantas, o criador disse ao ex-dirigente: “você mexeu no meu bolso ao desvalorizar, do dia para a noite, sem consultar a mim e aos demais criadores, todo o investimento feito nos nossos plantéis; todos os animais que temos, sejam potros recém nascidos, desmamados, em início de doma ou animais adultos, que não se enquadram nessas novas regras, não valem mais nada a partir dessas mudanças...”. Aquelas palavras ficaram gravadas em minha memória! Tenho me pronunciado a respeito do tema afirmando que o nosso cavalo Mangalarga está num nível zootécnico extraordinário, realmente muito equilibrado entre a beleza e a correção morfológica

com a sua marcha, de inquestionável qualidade. Precisamos, a meu ver, continuar a ser exigentes, tanto nos registros quanto nas avaliações em Exposições, dos aprumos de nossos animais, de suas cernelhas e cascos, pontos fundamentais para melhor qualificar nossos reprodutores. Quanto às opiniões divergentes e debates sobre Marcha x Marcha Trotada, Marcha x Função, que têm ocorrido entre grupos em mídias sociais, encaro-os de forma natural, dada as facilidades existentes para a comunicação instantânea entre as pessoas e muito salutar, pois esses assuntos acabam trazendo muitas trocas de opiniões e informações importantes sobre a linha do tempo da Raça, dando oportunidade para que as pessoas mais sensatas e serenas avaliem bem o contexto dos assuntos e formem opiniões sobre eles. Credito muito do nosso crescimento atual, iniciado a partir de janeiro de 2018, do número de novos sócios usuários, formação de novos Núcleos, promoção de eventos oficiais da Raça Mangalarga, maior número de animais inscritos e expositores a esse ambiente mais dinâmico e democrático em que opiniões são trocadas, teses são defendidas e grupos, com maior afinidade de pensamento, vão se formando. Esse tecido social, vivo, participativo e questionador, formado por pessoas que primam pelo respeito mútuo, ainda que entre si possam haver divergências, e que tenham bons propósitos para com o desenvolvimento da Raça,


Palavra do Presidente ente tem a força e energia necessárias para o crescimento de qualquer instituição. Os radicais, fomentadores de discórdia por afirmações “fakes” e que agem com interesses estritamente pessoais vão ficando pelo caminho, cada vez mais isolados e desprezados. A Raça Mangalarga não tem donos. Temos que primar pelo respeito ao antigo, ao novo criador e ao usuário. É imperioso ter compromisso com as vicissitudes e desafios atuais e com o futuro da Raça e a sua sustentabilidade. Para tanto, temos que, acima de tudo, dar ouvidos e voz aos criadores, sejam sócios contribuintes ou sócios usuários que, independentemente do tamanho do seu plantel, estão ativos nos seus criatórios e participações nos eventos oficiais, gerando as receitas necessárias para

a manutenção da ABCCRM e de seus eventos oficiais. Fiquem tranquilos os que insistem em propagar informações “fakes” de que pretendemos mudar o padrão Racial do Cavalo Mangalarga. Isso não irá acontecer, por ser absolutamente despiciendo. Vamos falar e canalizar nossas energias e entusiasmo para organizar e participar da 41ª Exposição Nacional, a qual ocorrerá em São João da Boa Vista, entre os dias 11 e 22 de Setembro próximo. Preparem sua tropa. Credenciem-na participando de duas Exposições Regionais. Venham, com suas famílias e amigos, fazer parte importante da nossa maior festa e evento zootécnico da Raça Mangalarga. Peço àqueles que tiverem sugestões para que possamos melhorar essa grande festa da família Managalarga que mandem suas sugestões para o meu e-mail:

luis.opice@abccrm.com.br. Suas sugestões serão vindas! Abraços,

bem

Luis Opice Presidente da ABCCRMangalarga

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Revista Mangalarga Revista Mangalarga

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Apresentação da Capa Apres

Diamante do Gadu (T.E.)

-8/+2 5

REVISTA OFICIAL

DIAMANTE DO GADU Jovem garanhĂŁo do Haras J.E.B

A EXPO BRASILEIRA REGISTRA RECORDE DE PARTICIPANTES

MODALIDADE CONQUISTA CADA VEZ MAIS ADEPTOS

capa desta edição apresenta o jovem garanhĂŁo Diamante do Gadu, em registro feito pelo talentoso fotĂłgrafo Beto FalcĂŁo. OriginĂĄrio da criação de Guilherme Pompeu Piza Saad, o promissor reprodutor vem atualmente servindo as matrizes do Haras JEB, cujo trabalho de seleção iniciado hĂĄ cerca de trĂŞs anos ĂŠ o tema da seção “Haras em destaqueâ€?. Primeira aquisição do Haras JEB, inaugurando a criação de forma excepcional, Diamante reĂşne qualidades dinâmicas e morfolĂłgicas de excelĂŞncia e possui grande potencial genĂŠtico,

Trimestre movimentado

REVISTA MANGALARGA Edição e Redação Pedro Camargo Rebouças (MTB 31427) pereboucas@hotmail.com Representante Comercial Norberto Cândido norberto.candido@abccrm.com.br Desenho Gråfico Daniel Bertti daniel.bertti@bertti.com.br Departamento de Marketing Sara Feliciano sara.feliciano@abccrm.com.br Thamiris Freitas thamiris.freitas@abccrm.com.br Departamento de Exposição Francisco Bezerra francisco.bezerra@abccrm.com.br Lucas Diniz lucas.diniz@abccrm.com.br 6

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carregando em seu pedigree pilares como Quartzo JES e Vermute ACF. AlÊm disso, em sua carreira de pistas, sagrou-se Bi-Reservado Grande Campeão Nacional Potro (2016/2017) e Reservado Grande Campeão Nacional Cavalo 2018. Na produção, Diamante vem igualmente se destacando, inclusive com diferentes linhagens maternas, tais como Cascata JO, Escócia RAA e Graduada RB, produzindo potras de excelência e grande equilíbrio dinâmico/morfológico, comprovando seu grande diferencial reprodutivo.

A

Revista Mangalarga traz nesta edição um rico panorama dos eventos que movimentaram o segundo trimestre, com certeza um dos períodos mais movimentados do ano, com exposiçþes, cavalgadas, cursos, provas e leilþes acontecendo nas mais diferentes regiþes do país. Entre as matÊrias que o leitor encontrarå nas próximas påginas, destacam-se as coberturas da Expo Brasileira 2019, realizada com grande sucesso em Jacareí (SP), e a segunda etapa da Mangalarga, que

registrou participação recorde nas trilhas de Altinópolis (SP). O mangalarguista poderå, alÊm disso, conferir um interessante artigo sobre os riscos da obesidade em equinos, de autoria do professor Alexandre Gobesso, e saber um pouco mais sobre o Resgate GenÊtico Mangalarga, projeto criado com o intuito de resgatar antigas linhagens e ampliar a variabilidade genÊtica da raça. Boa leitura e um forte abraço da Equipe Mangalarga!



Território T errit Cavalgada

Por Pedro C. Rebouças Fotos Beto Falcão

MANGALARGADA DE ALTINÓPOLIS Etapa altinopolense propiciou um bom teste para a tropa ao mesmo tempo em que proporcionou um momento de amizade e diversão para a Família Mangalarga

A

s belas paisagens do município de Altinópolis (SP), na região metropolitana de Ribeirão Preto (SP), foram palco da segunda etapa do Circuito Mangalargada 2019. Promovida pelo Núcleo Mangalarga da Alta Mogiana, em parceria com a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a competição aconteceu na manhã do sábado 25 de 8

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maio, tendo como ponto de partida a charmosa Pousada São João da Mata. Segundo Silvio Torquato Junqueira, presidente do Núcleo da Alta Mogiana, o evento superou a expectativa da organização. “Nós tivemos um dia lindo e de temperatura amena, com a prova transcorrendo em um ambiente muito alegre e festivo, marcado por um saudável clima de competição e

brincadeira entre os participantes. Além disso, tivemos na trilha um total de 62 conjuntos, novo recorde de participação em etapas da Mangalargada. Tudo isso acompanhado por vistas lindas da região.”

Teste de qualidade Silvio ressalta também alguns aspectos muito positivos para a tropa


Território Cavalgada gada que participou da competição. “A etapa de Altinópolis proporcionou um bom teste para os nossos animais, uma vez que ao longo da trilha eles precisaram superar diversos obstáculos naturais, demonstrando assim destreza, resistência, calma, docilidade e ritmo constante. Um desses desafios foi o próprio relevo montanhoso da região, já que nós saímos de uma altitude de 850 metros, descemos para 650 metros, depois subimos para 950 metros e concluímos a prova novamente a 850 metros de altitude.” O dirigente mangalarguista prossegue relatando os demais desafios do percurso. “A prova percorreu áreas de pastagem, plantações de café e trilhas na mata, sem passar por estradas. Nesse trajeto, os conjuntos precisaram passar pelo meio de bois, atravessar quatro córregos grandes, passar por áreas com lonas pretas e sacos de adubo na beira da trilha e até por animais mortos com os quais nos deparamos no caminho. Assim, tivemos uma boa oportunidade de testar a qualidade dos nossos cavalos e também a equitação dos nossos cavaleiros.” A prova de Altinópolis também mereceu elogios dos participantes. O mangalarguista Murilo Bussab

destacou, nas redes sociais da raça, o seu contentamento com o evento. “Essa foi uma etapa sensacional da Mangalargada! Obrigado Núcleo da Alta Mogiana e Diretoria de Esportes da Associação por nos proporcionarem tamanha diversão.” Após os cerca de 20 quilômetros do percurso, os conjuntos que mais se destacaram nessa segunda etapa da competição foram os seguintes: Silvio Torquato Junqueira e Globo do Torquato (1º), Adriano Giovanini Ruella e Jordânia (2º), Jaime Luiz Catto e Inocência (3º), Edvaldo Molina Gil e Laila RBV (4º), Pedro Bussab e Estimada LPC

O trajeto exigiu habilidade dos conjuntos participantes.

Mangalarguista faz o resfriamento de sua montaria.

Eduardo Cintra foi homenageado pelo Núcleo da Alta Mogiana.

A prova reuniu várias gerações de mangalarguistas.

Os participantes puderam desfrutar da natureza da região. Julho, 2019

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Território Cavalgada Territ (5º), Edilaine Katalenic Ruella e Noturno do Torquato (6º), Fernando Ortega Montenegro e Bandeira do Espinhaço (7º), Julia Novais e Bruxelas do Espinhaço (8º), Claudia Montolar Junqueira e Kelly Torquato II (9º) e Brunna Novais e Kora do Espinhaço (10º).

Adrenalina e lindas paisagens Criada no ano passado, a Mangalargada é definida como uma cavalgada com ares de competição, aventura, velocidades e tempos controlados, realizada em lindas trilhas. Além disso, a nova disputa mangalarguista, que vem conquistando cada vez mais praticantes dentro da raça, representa uma oportunidade ímpar para reunir cavalos, família, amigos, diversão, natureza, competição e companheirismo em uma mesma atividade. “Este é o segundo ano da Mangalargada. No ano passado, nós tivemos quatro etapas e foi um sucesso. Este ano esse sucesso está se repetindo, porque esta é uma prova em que o proprietário monta o seu animal, na companhia da família, que também pode participar. Então eu acho que o segredo da Mangalargada é esse, você monta o seu cavalo com o espírito de fazer a cavalgada ao mesmo tempo em que pode curtir a adrenalina da competição”, destacou Luís Fernando Sianga, em recente

A presença feminina foi marcante no evento. 10

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A prova teve uma significativa variação de altitude.

A união familiar é o grande diferencial da Mangalargada.

Rodrigo Novais e Brunna Novais estiveram presentes.


Território Cavalgada gada entrevista à Mangalarga TV. Já o presidente da ABCCRM, Luis Augusto de Camargo Opice, ressalta que uma série de fatores vem contribuindo para o sucesso desta nova competição. “A Mangalargada é um evento que te traz um prazer que se estende por mais de trinta dias, você fica querendo que a próxima etapa chegue logo, porque você vai para um local diferente, vai cavalgar numa região pela qual você nunca cavalgou, vai ver os seus amigos e ainda pode comparar os cavalos, muita vezes percebendo o que precisa melhorar no seu processo de seleção. Também temos muitas crianças participando e assim dividindo com seus pais essa paixão pelo Mangalarga. Então é para tudo isso que a Mangalargada serve”, exalta o dirigente mangalarguista. De acordo com a ABCCRM, qualquer pessoa pode participar das etapas da Mangalargada, a única exigência é gostar de uma boa cavalgada em um cavalo Mangalarga. As provas podem ser feitas sozinho, em dupla ou em trio, embora o tempo do competidor seja marcado individualmente. E até mesmo a criançada mais nova pode participar, desde que contando com a companhia de um responsável. Ao longo de 2019, estão previstas mais duas provas da modalidade. No dia 27 de julho, o Haras Malagueta, em Mairinque

(SP), receberá a terceira etapa da competição. Já o Núcleo Mangalarga do Vale do Paraíba promoverá, no dia 17 de agosto, a quarta etapa da Mangalargada. A programação, entretanto, ainda está sujeita a alterações. Dessa maneira, os interessados devem acompanhar as novidades no portal oficial da ABCCRM (www.cavalomangalarga. com.br) ou entrar em contato com o Departamento de Exposições pelos e-mails francisco.bezerra@abccrm. com.br e lucas.diniz@abccrm.com. br.

A etapa de Altinópolis registrou participação recorde.

O Núcleo da Alta Mogiana recebeu os amigos em Altinópolis.

A nova geração fez bonito na trilha da competição.

Murilo Bussab e Pedro Bussab na trilha altinopolense. Julho, 2019

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Território Cavalgada Territ

Por Pedro C. Rebouças

1ª CAVALGADA DO

NÚCLEO DE PIRACICABA

Evento foi o primeiro realizado pela entidade com o objetivo de fortalecer as atividades equestres nessa próspera região do interior paulista

O

Foto: Núcleo de Piracicaba

Núcleo Mangalarga de Piracicaba (SP) promoveu, no sábado 27 de abril, a primeira edição de sua cavalgada oficial. Realizado nas trilhas e estradas rurais do município de Saltinho (SP), o evento proporcionou à comunidade mangalarguista da região um agradável momento de congraçamento, contato com a natureza e convívio com o cavalo Mangalarga. Segundo Murilo Bussab, presidente do núcleo piracicabano, a realização da cavalgada veio ao encontro dos objetivos traçados pela entidade para fortalecer a raça nesta parte do território paulista. “Além da troca de experiências, da convivência entre seus membros e do fomento ao cavalo, o Núcleo Mangalarga de Piracicaba e Região nasceu com o firme propósito de ser um alavancador de atividades equestres na região.” Ainda de acordo com o dirigente mangalarguista, os participantes do núcleo acreditam que não há melhor maneira de demonstrar A comitiva pôde conferir as belas paisagens da região.

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Cavaleiros aguardam o início da cavalgada.

Foto: Isa Bellini Thomaz

as qualidades do Mangalarga do que colocando-o para trabalhar. “Através de cavalgadas, enduros, provas de maneabilidade e teampenning, entre outras atividades, é possível comprovar como nossa raça é composta por animais de boa índole, de andar cômodo, rústicos e com agilidade suficiente para desempenhar diversas atividades esportivas e de trabalho. E essa é a melhor propaganda que o Mangalarga pode ter.” Bussab explica que foi justamente por esse motivo que foi organizada a cavalgada, o primeiro evento promovido oficialmente pelo núcleo. Partindo da propriedade do mangalarguista Tidão Sampaio, os 47 cavaleiros e amazonas participantes, entre os quais estavam pais, filhos, avós e netos, percorreram dezoito quilômetros de trilhas, passando por antigas fazendas da época dos barões do café, por um lindo vale tendo o Monte Branco ao fundo, por charmosos vilarejos, por uma criação de muares e também por alguns vigorosos canaviais, como não poderia deixar de ser na região.

Foto: Núcleo de Piracicaba

Território Cavalgada gada

Tropa premiada A cavalgada percorreu 18 quilômetros em Saltinho (SP).

A comunidade mangalarguista prestigiou o evento piracicabano.

Foto: Isa Bellini Thomaz

Foto: Núcleo de Piracicaba

A comitiva contou ainda com a

Um ambiente de amizade e descontração marcou o evento. Julho, 2019

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Cavaleiros refrescam suas montarias durante o passeio.

Foto: Isa Bellini Thomaz

participação de animais premiados em pista, como Pintura NJT, Carpe Dien do Infinito, Luxeza WRP, Serena da Sabaúna e muitos outros, permitindo que os moradores da região conhecessem o que há de melhor no plantel da raça e dando uma clara demonstração de que todo Mangalarga, mesmo os preparados para as pistas de exposição, pode e deve ser colocado na função. Ao final do trajeto, encerrado num casarão do final do século XIX, os cavaleiros se juntaram aos demais participantes que seguiam nos carros de apoio. Formando uma animada turma de 72 pessoas, todos aproveitaram a tarde com um delicioso churrasco e em animadas rodas de conversa. De acordo com o presidente da representação regional da raça na região piracicabana, a partir do expressivo resultado desse primeiro encontro, novos eventos já começam a ser planejados. Além disso, a diretoria do núcleo se sente empolgada para seguir no caminho de valorização do Mangalarga como um cavalo para ser usado nas mais diversas atividades hípicas.

Foto: Isa Bellini Thomaz

Território Cavalgada Territ

Foto: Núcleo de Piracicaba

A comitiva foi composta por 47 cavaleiros e amazonas.

O passeio reuniu diversas gerações de mangalarguistas. 16

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Grande Campeão Nacional 2018

II Res. Grande Campeão Brasileiro de Marcha 2018

Grande Campeão da Final da Copa 2014

Bi Grande Campeão Brasileiro 2014 e 2018

II Res. Grande Campeão Brasileiro de marcha 2018

Bi II Res. Grande Campeão Nacional de Marcha 2014 e 2015

II Res. Grande Campeão Nacional 2014

I Res Grande Campeão Nacional de Marcha 2012

www.harasbraido.com.br

I Res. Grande Campeão da Final da Copa 2012 e 2013


Território Cavalgada Territ

Por Pedro C. Rebouças

Evento ajudou a divulgar a raça em Guararema.

CAVALGANDO POR GUARAREMA Passeio proporcionou um dia de muita amizade e união em torno do cavalo Mangalarga

O

Núcleo Mangalarga da Grande São Paulo promoveu, no sábado 25 de maio, a sétima edição de sua tradicional cavalgada. Dessa vez, a localidade escolhida para receber o evento foi a cidade de Guararema, situada a 70 quilômetros da capital paulista e carinhosamente conhecida como “Pérola do Vale”. A programação da cavalgada teve início logo cedo na sede do Haras Vegas, onde o criador Marcelo Vegas Barbosa e sua família recepcionaram os participantes com um gostoso café da manhã, permitindo que todos estivessem bem alimentados para enfrentar a jornada pelas estradas rurais de 18

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Os mangalarguistas desfrutaram de um dia muito agradável.


Território Cavalgada gada Guararema. Contando com a participação de trinta conjuntos, a comitiva partiu do Haras Vegas para percorrer um trajeto de pouco mais de vinte quilômetros, retornando ao fim do percurso à sede do criatório, onde os integrantes do núcleo, seus amigos e familiares puderam desfrutar de um gostoso churrasco, acompanhado de uma animada música ao vivo. “O dia foi realmente muito agradável, com os cavalos se comportando muito bem ao longo do percurso e a cavalgada transcorrendo em um ambiente de muita amizade e descontração, como já é habitual nos eventos promovidos pelo Núcleo da Grande São Paulo”, destacou Marcelo Vegas, que preside a entidade responsável

por representar a raça na região metropolitana da capital paulista.

Divulgando a raça Vegas destacou ainda a importância do evento para a divulgação da raça entre os apaixonados por cavalos da região. “No grupo que participou da cavalgada, havia cerca de dez cavaleiros que vieram com animais de outras raças e tiveram a oportunidade de conhecer melhor o Mangalarga, em especial as qualidades que fazem dele o cavalo mais indicado para esse gênero de atividade equestre. Todos eles ficaram bem animados e interessados no nosso cavalo. Por isso, creio que o dia foi super produtivo e, ao que tudo indica, em

breve teremos novos integrantes na Família Mangalarga.” Um novo encontro do Núcleo da Grande São Paulo estava previsto para acontecer, no período de 28 a 30 de junho, com a realização da aguardada Exposição Mangalarga de Jacareí (SP). A cobertura completa dessa mostra, realizada logo após o fechamento editorial desta publicação, poderá ser conferida na edição de setembro da Revista Mangalarga. Para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo Mangalarga da Grande São Paulo, atual campeão do Ranking Mangalarga de Núcleos, escreva para marcelovegas@terra.com.br ou visite a página oficial da entidade no Facebook: www.facebook.com/ mangalargasp/.

A comitiva pôde conferir os belos cenários da região.

A cavalgada foi marcada por um ambiente de muita amizade.

Passeio percorreu 20 quilômetros pelas estradas guararemenses.

Diversas gerações participaram da cavalgada.

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Território Cavalgada Territ

Por Pedro C. Rebouças

21ª SUTIANZADA Raça Mangalarga esteve novamente em destaque na mais tradicional cavalgada feminina do interior paulista

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Fotos: Divulgação

A

s estradas rurais de Casa Branca, no interior paulista, foram palco da vigésima primeira edição da Sutianzada. Promovida por um animado grupo de amazonas de São João da Boa Vista (SP), com a chancela do Núcleo Mangalarga da Serra da Mantiqueira, a tradicional cavalgada feminina aconteceu nos dias 08 e 09 de junho, em um ambiente de muita amizade e descontração. No total, 70 participantes das mais diferentes idades participaram do passeio, percorrendo um trajeto de 25 quilômetros entre as fazendas Boa Vista e Três Marias. Na avaliação da mangalarguista Juliana Cobrinha, vice-presidente do Núcleo da Serra da Mantiqueira e participante frequente das Sutianzadas, a cavalgada deste ano estava muito boa. “Foram dois dias realmente especiais, marcados por muitas risadas e por muita diversão andando a cavalo em meio à natureza. Além disso, a edição deste ano nos proporcionou a oportunidade de rever amigas que há anos não participavam da nossa cavalgada”, revela a mangalarguista sanjoanense. As atrações da Sutianzada, entretanto, não se limitaram à trilha do passeio, contando ainda com uma animada programação social. Como acontece em todas as edições do evento, a noite do sábado (08) foi marcada por uma aguardada festa temática, que este ano homenageou

mulheres. Então, no início de 1998, um grupo de amigas se reuniu e decidiu criar sua própria cavalgada, na qual a participação masculina também seria vetada. Assim, no mês de abril daquele ano, ocorreu a primeira edição da Sutianzada. Com o sucesso do evento, surgiu a ideia de torná-lo anual, transformando-o em um dos momentos mais aguardados do calendário de cavalgadas da comunidade mangalarguista. Sempre com a presença masculina se restringindo ao grupo de apoio. Maridos, filhos, namorados, amigos e irmãos não podem ajudar as participantes e precisam esperar o fim da cavalgada para reencontrálas.

O passeio percorreu a região de Casa Branca (SP).

os saudosos e animados “Anos Noventa”, proporcionando a todas as participantes uma agradável noite de confraternização.

21 anos de tradição Consolidada como uma das principais cavalgadas femininas do cenário equestre nacional, a Sutianzada nasceu como uma brincadeira. Todos os anos os cavaleiros da região de São João da Boa Vista realizavam um passeio a cavalo - que mais tarde viria a se tornar a famosa Cuecada – em que não era permitida a participação de

As amazonas percorreram um trajeto de 25 quilômetros.


Território Cavalgada gada Na avaliação de Juliana Cobrinha, a parceria do Núcleo Mangalarga da Serra da Mantiqueira com a Sutianzada é muito importante para o fomento da raça na região de São João da Boa Vista. Isso, aliás, pôde ser verificado por meio do expressivo número de participantes do evento

que estavam montadas em um Mangalarga. “Com certeza nosso cavalo é o ideal para cavalgadas. Afinal, ele é dócil, cômodo, macio, resistente e corajoso! Assim, durante as Sutianzadas cada vez mais mulheres têm a oportunidade de conhecer essas qualidades e se apaixonar por essa incrível raça.”

Cerca de 70 mulheres participaram da 21ª Sutianzada.

Participantes aguardam o início da cavalgada.

A Sutianzada promove o fortalecimento das amizades

Participantes reunidas ao fim da cavalgada. Julho, 2019

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Para isso, a Guabi Equinos criou o Programa Guabi para Condicionamento de Campeões, com base no que há de mais avançado em nutrição para levá-los ao máximo desempenho.


Programa Guabi para Condicionamento de Campeões

Na hora de preparar os seus cavalos, fale com a Guabi. Você vai comprovar no manejo, no bolso e no podium a diferença que a nutrição correta pode fazer.


Território T errit Cavalgada

Por Pedro C. Rebouças Fotos: Beto Falcão

Os participantes puderam conferir as belas paisagens da região.

CAVALGADA DA ALTA MOGIANA Homenagem ao mangalarguista Eduardo Cintra foi um dos momentos mais marcantes do evento

O

Núcleo Mangalarga da Alta Mogiana promoveu, nos dias 26, 27 e 28 de abril, a Cavalgada de Altinópolis, na região metropolitana de Ribeirão Preto, no interior paulista. Ao longo dos três dias de jornada, a comitiva composta por mais de sessenta cavaleiros percorreu um trajeto total de oitenta quilômetros. Segundo Silvio Torquato Junqueira, presidente do Núcleo da Alta Mogiana, a Cavalgada teve um balanço muito positivo. “Foram três dias de muita animação e companheirismo, com uma adesão surpreendente por parte dos mangalarguistas da região. Além disso, percorremos uma região de 26

Revista Mangalarga

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extrema beleza, cavalgando por um longo trecho em um espigão até chegar a um mirante com uma vista incrível de 360º.” O dirigente mangalarguista ressalta ainda que os cavaleiros e amazonas participantes tiveram a oportunidade de cavalgar por uma trilha muito interessante. “Muitas cidades de nossa região têm um relevo um pouco monótono para cavalgadas, com muitas áreas planas e muitas plantações de cana. Altinópolis é bem diferente nesse sentido, pois está localizada em uma bonita serra, com relevo acidentado e paisagens variadas, com áreas de pasto, vegetação nativa, grutas e cachoeiras e também muitas

O grupo pôde conhecer os cenários incríveis de Altinópolis.


Território Cavalgada gada Eduardo Leite Cintra, o Pipa. Ativo criador e jurado da raça, com participação em diversas edições da Exposição Nacional, Pipa também é responsável pelo desenvolvimento e realização dos Raids Mangalargas, cavalgadas de longa duração que transformaram a cultura equestre da comunidade mangalarguista, promovendo a amizade, a união familiar, o resgate da história brasileira e o uso do

cavalo Mangalarga. Iniciados em julho de 1999, com uma jornada de 478 quilômetros que refez a histórica viagem dos pioneiros da raça de Cruzília (MG) a Orlândia (SP), os raids equestres promovidos por Pipa já contabilizam 43 edições realizadas em diversas regiões do Sudeste do Brasil e cerca de 5.500 quilômetros percorridos, sempre fomentando a raça e fortalecendo laços de

Eduardo Cintra foi homenageado pelo Núcleo da Alta Mogiana.

plantações de café. Além disso, possui uma altitude mais elevada, que varia de 900 a 1100 metros, proporcionando uma experiência ímpar a quem vem cavalgar por aqui.”

Homenagem marcante Silvio destaca momentos mais programação do homenagem ao

que um dos marcantes da evento foi a mangalarguista

O grupo percorreu 80 quilômetros em três dias.

Mais de 60 mangalarguistas participaram do passeio. Julho, 2019

Revista Mangalarga

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Território Cavalgada Territ amizade. “Essa homenagem foi muito importante por tudo que o Pipa já fez pela raça. Ele infelizmente não conseguiu estar pessoalmente conosco mas muito de seus amigos, participantes dos raids que ele promoveu ao longo dos últimos vinte anos fizeram questão de estar conosco”, destacou Silvio Junqueira, ressaltando ainda que as cavalgadas do núcleo vêm incorporando o espírito dos raids, com um ambiente de muita amizade, brincadeira e música. Agora, os mangalarguistas da Alta Mogiana já começam os preparativos para um novo passeio a cavalo, marcado para acontecer entre os dias 06 e 08 de julho, na Serra da Canastra. “Acredito que nossa próxima cavalgada deverá repetir o sucesso da primeira, pois já temos mais de 60 inscrições e ainda restam

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A comitiva atravessou plantações de café da região.

mais de 40 dias para o evento”, comemora o presidente do núcleo. Para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo Mangalarga da Alta Mogiana,

escreva para o endereço eletrônico nucleoaltamogiana@gmail.com ou visite a página oficial da entidade no Facebook: www.facebook.com/ NucleoMangalargadaAltaMogiana/.

A participação feminina foi marcante em Altinópolis.

A tropa teve ótimo desempenho na trilha altinopolense.

Os cavaleiros puderam conferir uma vista de 360º.

Participantes posam para a foto oficial do evento.

Revista Mangalarga

Julho, 2019


Portas para Baia PortĂľes para GalpĂŁo Porteiras

!

Frentes de Baia AcessĂłrios para Haras PortĂľes de Entrada

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

17ª EXPO BRASILEIRA

Fotos Beto Falcão

Ponto alto do primeiro semestre, evento proporcionou ao público do Vale do Paraíba a oportunidade de conferir as qualidades do Cavalo de Sela Brasileiro

O

Agrocentro de Jacareí (SP) recebeu, entre os dias 29 de maio e 02 de junho, a mais importante mostra da raça no primeiro semestre do ano, a Exposição Brasileira do Cavalo Mangalarga. Em sua décima sétima edição, o evento incluiu em sua programação competições funcionais, provas sociais e momentos de confraternização, além dos concorridos julgamentos de marcha e morfologia responsáveis por eleger os Grandes Campeões Brasileiros de 2019. Promovida pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), em parceria com o Núcleo Mangalarga do Vale do Paraíba, a Exposição Brasileira teve a participação de um total de 56 expositores, provenientes dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Pará, Amapá e Rio de Janeiro. Na avaliação de Felipe Angelin, presidente do Núcleo do Vale do Paraíba, a exposição deste ano foi um sucesso. “A comissão organizadora trabalhou bastante para fazer o evento com extrema eficiência e qualidade. Dessa maneira, conseguimos atingir nossas expectativas, fazendo dessa edição a maior da história do evento, com um número recorde de 246 30

Revista Mangalarga

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Detalhe de um dos cobiçados troféus da Brasileira 2019.

inscrições para os julgamentos, além de mais 22 inscrições para a prova funcional, que distribuiu R$ 11 mil em prêmios aos competidores.” Angelin também destaca a estrutura oferecida a todos que passaram pela exposição ao longo dos cinco dias de atividades. “Este ano, nós optamos por fazer o

evento na pista coberta e foi uma decisão bem acertada, pois a chuva engrossou nos últimos dois dias de evento e mesmo assim todo mundo esteve muito confortável. Além disso, a tropa também ficou muito bem alojada, os apresentadores estiveram muito bem acomodados e tivemos a presença de um público


Exposições, Copas & Provas ovas excelente ao longo de toda a programação. Então eu acho que, no contexto geral, o evento foi um sucesso.” Já o criador Joel Fernandes Gonçalves, diretor de fomento do Núcleo do Vale do Paraíba, considera que a Brasileira foi um evento fantástico. “Nós tivemos a presença de praticamente todos os expositores e criadores que estão na briga pelo Ranking Mangalarga 2019, com a participação de animais de um nível realmente muito elevado, que protagonizaram julgamentos espetaculares. Tudo isso em um ambiente muito agradável, muito familiar, com uma ótima recepção por parte do núcleo a toda a Família Mangalarga. Foi um evento que já está deixando a gente com saudades.” A organização da mostra também mereceu elogios do Diretor Adjunto de Exposição da ABCCRM Guilherme Pompeu Piza Saad. “Queria parabenizar o pessoal do Núcleo do Vale do Paraíba, pois a Exposição Brasileira está muito bem organizada. Foi preparada uma estrutura muito boa tanto para os criadores como para a família, as mulheres e as crianças. Além disso, um ótimo público vem prestigiando o evento”, destacou o mangalarguista durante o Programa Prosa Mangalarga, que teve uma edição transmitida ao vivo da Expo Brasileira. Diretora de pelagens do núcleo vale-paraibano, a criadora Marisa Iorio também aponta a estrutura da mostra como um dos pontos altos dessa Brasileira. “Acho que a disposição da área social em um local bem próximo aos estandes dos patrocinadores ficou muito interessante, pois é muito importante que as empresas que acreditam na nossa raça estejam integradas aos criadores e ao público, podendo mostrar suas marcas e seus produtos a todos eles.” Marisa destaca ainda a boa

Uma tropa de excelente nível passou pela pista de julgamento.

Os julgamentos de marcha foram muito concorridos.

O evento recebeu número recorde de inscrições. Julho, 2019

Revista Mangalarga

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Exposições, Copas & Provas Expo participação do segmento que ela representa no principal evento do semestre. “O julgamento de pelagens diferenciadas teve a participação de 35 expositores nessa edição da Brasileira, número que ficou muito próximo dos 41 expositores que participaram da classe geral. O que difere é a quantidade de animais, pois os haras participantes da geral são criatórios maiores enquanto os haras da pelagem são em geral criatórios menores. Além disso, como a pelagem é algo difícil de tirar, quem participa acaba tendo um número reduzido de animais e portanto leva um número menor de exemplares às exposições. Mas isso mostra também que as pelagens têm atraído muitos novos criadores e têm aberto um importante espaço para os pequenos criadores.”

A pelagem pampa teve participação marcante no evento.

Vale em destaque Os integrantes do núcleo também comemoraram o momento de destaque vivido pela região do Vale do Paraíba no cenário da raça Mangalarga. “Essa nova fase é fruto do intenso trabalho que vem sendo feito pelos criadores da região, sempre com companheirismo, amizade e carinho pelo cavalo Mangalarga. Foi graças a esse espírito de união e colaboração que conseguimos trazer a Brasileira novamente para cá, com um resultado tão positivo e uma festa tão grandiosa. Eu só tenho a agradecer a todos os expositores que vieram participar e acreditaram no núcleo do Vale do Paraíba e à

Evento chegou este ano à sua 17ª edição

diretoria da associação que também acreditou na gente pra receber um evento tão grande dentro da nossa casa”, destaca Felipe Angelin. Joel Fernandes ressalta, por sua vez, a posição estratégica do Vale e do Agrocentro. “O recinto de Jacareí está situado em um local estratégico, a apenas 80

Os mangalarguistas acompanharam com atenção os julgamentos. 32

Revista Mangalarga

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quilômetros de São Paulo, com fácil acesso por importantes rodovias do estado e também para quem vem do aeroporto de Cumbica. Além disso, é um espaço que vem melhorando suas dependências ano a ano, oferecendo uma ótima estrutura para reunir a família e tornando-se uma excelente opção

O jurado José R. Brandi avaliou o andamento dos animais.


Exposições, Copas & Provas ovas para receber as provas e exposições da Mangalarga.” Marisa Iorio também elogia o centro de exposições jacareiense. “O recinto está muito bem montado e em crescimento constante. Acredito que em algum tempo vai valer a pena para a raça realizar uma Nacional aqui. Afinal, já são trezentas baias de alvenaria, banheiros e diversas estruturas interessantes não só para o criador mas também para o público e para os peões, que tem a possibilidade de permanecer aqui no parque com condições muito boas ao longo de toda a exposição.” Com peso quatro para o Ranking Mangalarga 2019, os julgamentos da Exposição Brasileira foram conduzidos pela dupla de jurados composta por José Rodolfo Brandi, a quem coube a avaliação dos quesitos Marcha e Dinâmica, e Jorge Eduardo Cavalcante Lucena, responsável pela análise da morfologia dos animais participantes. O ranking de Melhor Criador da Brasileira 2019 foi encabeçado por Cassiano Terra Simão (3176,80 pontos), Antonio Carlos Ferreira (1360,80 pontos), Companhia Jauaperi de Imóveis (1011,20 pontos), Guilherme Pompeu Piza Saad (914,40 pontos) e HIC Agropecuária Ltda. (883,60 pontos). O Ranking de Melhor Criador da Pelagem Pampa, por sua vez, foi encabeçado por Paulo Eduardo Corrêa da Costa (5419,20 pontos), Cassiano Terra Simão (992,00 pontos), Felipe Hamilton Loureiro (476,00 pontos), Jeferson Camillo de Oliveira (288,00 pontos) e Victória Maria Pugliesi Vaz Porto Rocha (260,00 pontos). Para conferir os resultados da Expo Brasileira, incluindo a relação completa de Grandes Campeões Brasileiros de 2019, visite o portal oficial da raça: www. cavalomangalarga.com.br.

A nova geração esteve em destaque nas provas sociais.

O pequeno cavaleiro mostrou habilidade na pista da exposição. Julho, 2019

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

50ª EXPOAGRO DE FRANCA Tradicional mostra da raça na Alta Mogiana registrou crescimento expressivo no número de animais e expositores

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Revista Mangalarga

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Foto: Equipe Expoagro

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Uma tropa de qualidade passou pela pista de julgamento.

Foto: Equipe Expoagro

Parque de Exposições Fernando Costa recebeu, nos dias 17 e 18 de maio, a tradicional Exposição Mangalarga de Franca (SP). Válida para o Ranking Mangalarga 2019, a mostra francana colocou o Cavalo de Sela Brasileiro novamente em evidência dentro da programação da 50ª Expoagro (Expo Agropecuária de Franca). A exposição mangalarguista recebeu este ano um total de 96 inscrições, número 28% superior ao registrado no ano passado. Evolução semelhante aconteceu em relação ao número de expositores, que saltou de 21 na edição passada para 27 na exposição deste ano. Na avaliação de Paulo Francisco Gomes Della Torre, responsável pela organização do evento, a Exposição de Franca foi mais uma vez excelente. “Além do expressivo crescimento no número de participantes, contamos com a presença de uma tropa muito bonita e funcional e tivemos a oportunidade de confraternizar com nossos amigos mangalarguistas.” O responsável pela organização conta também que uma estrutura especial foi preparada para acolher os apaixonados pela raça. “Como acontece todos os anos, nós preparamos um camarote para os criadores no qual eles podiam tomar um cafezinho e acompanhar

A mostra registrou crescimento no número de participantes.


Exposições, Copas & Provas ovas os julgamentos de uma forma mais confortável. Além disso, na noite da sexta-feira (17), tivemos um animado jantar de confraternização, em que servimos o tradicional ‘porco paraguaio’ aos criadores, apresentadores e demais amigos que estiveram nos prestigiando.” Outro momento especial do evento foi a homenagem realizada pelos organizadores aos criadores Renato Diniz Junqueira e Roberto Diniz Junqueira pelos longos anos de parceria e participação na Exposição Mangalarga de Franca. “Foi uma homenagem simples mas muito emocionante a esses grandes mangalarguistas que há tantos anos prestigiam o nosso evento”, ressaltou Della Torre.

Foto: Oscar Jannes

Os cobiçados troféus de Melhor Expositor e Melhor Criador. Foto: Equipe Expoagro

Melhores Expositores

Paulo Ferreira, Paulo Della Torre, Roberto Diniz Junqueira e Leandro Pasqualini na Expo Franca.

Raucci encabeçou também o Ranking de Melhores Criadores da Expo Franca, sendo seguido nas primeiras posições pelos criadores Eduardo Figueiredo Augusto (499,20 pontos), Josiane Cardoso Matta Vidotti (423,20 pontos), Eduardo Henrique Souza de França (382,40 pontos) e Celso Cerávolo

Oscar Jannes, da equipe do Haras Três Rios, Melhor Expositor do evento, recebe premiação de Cesar Iembo.

Foto: Equipe Expoagro

Foto: Equipe ABCCRM

Em pista, os julgamentos foram conduzidos pelo experiente jurado Benedito Carlos da Silva. Somando 632,80 pontos, Armando Raucci, do Haras Três Rios, sagrou-se o melhor expositor do evento, sendo seguido no ranking da exposição pelos mangalarguistas Eduardo Henrique Souza de França (553,60 pontos), Eduardo Figueiredo Augusto (543,20 pontos), João Victor Matta Vidotti (423,20 pontos) e Renato Diniz Junqueira (390 pontos). Com 574,80 pontos, Armando

Paoliello (258 pontos). Promovida pela Prefeitura Municipal de Franca, a Expoagro é o maior evento da pecuária de elite de toda a Alta Mogiana, com forte atrativo também entre os pecuaristas e criadores dos municípios do Sudoeste e do Triângulo Mineiro. De acordo com os organizadores, a quinquagésima edição do evento movimentou uma receita de R$ 4,5 milhões, tendo recebido um total de 600 expositores, responsáveis pela presença de 1,5 mil animais entre bovinos, equinos e muares. A Expoagro, além disso, possui uma longa e produtiva relação com a raça Mangalarga, cujo início remonta à primeira edição da feira, realizada no ano de 1942. “O cavalo Mangalarga sempre teve espaço garantido na Expoagro, encontrando aqui uma ótima oportunidade para divulgar suas qualidades para o público de toda a região da Alta Mogiana”, explica Della Torre. Para conhecer os resultados completos da Exposição de Franca, que contou com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) e da Prefeitura Municipal de Franca, visite o portal oficial da raça: www. cavalomangalarga.com.br.

Os visitantes puderam desfrutar de uma confortável estrutura.

Julho, 2019

Revista Mangalarga

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

49ª EXPO ITAPETINGA Qualidade da tropa presente ao evento comprovou o alto nível alcançado pelo criatório baiano

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Revista Mangalarga

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Fotos: Divulgação

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Parque Juvino Oliveira recebeu, entre os dias 16 e 19 de maio, a aguardada Exposição Mangalarga de Itapetinga (BA). Organizada pelo Sindicato Rural de Itapetinga, em parceria com a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a mostra mangalarguista contou com uma diversificada programação e foi uma das principais atrações da 49ª Exposição Agropecuária de Itapetinga. Com um total de 88 inscrições, a exposição do sudoeste baiano registrou uma evolução de 51,5% na comparação com a mostra do ano passado, quando foram contabilizadas 58 inscrições. O evento registrou ainda a participação de 12 expositores, número equivalente ao da edição anterior do evento. No decorrer dos quatro dias de atividades, o público que compareceu ao parque de exposição teve oportunidade de ver concorridos julgamentos, conduzidos pela dupla de jurados composta por Silas Eduardo Freire, responsável pela avaliação dos quesitos marcha e dinâmica, e Emerson Luiz Bartoli, a quem coube a análise do quesito morfologia. Na apreciação de Jivago Nascimento Queiroz, responsável pela organização do evento, a Exposição de Itapetinga reuniu

A funcionalidade também esteve em destaque na exposição.

A marcha da raça esteve em destaque na mostra baiana.


Exposições, Copas & Provas ovas uma tropa uniforme e de muita qualidade, que deu a todos um bom exemplo do alto nível do criatório local. “O plantel baiano vai muito bem. A qualidade da criação da raça segue evoluindo de forma constante em nosso estado, tanto em relação à morfologia como em relação à marcha. A Bahia, aliás, se tornou um verdadeiro seleiro de animais de andamento”, destaca o criador baiano, titular do Haras NJT.

Programação movimentada Além dos julgamentos válidos para o Ranking Mangalarga 2019, a mostra itapetinguense contou com a realização de disputas funcionais, provas mirins e ainda uma etapa regional da Copa Mangalarga de Marcha 2019, que reuniu 33 animais de nove criatórios baianos. A programação incluiu também a “Boite Mangalarga”, responsável

por proporcionar duas noites de confraternização à família mangalarguista no estande do núcleo baiano, e o Leilão Haras NJT e Convidados, que movimentou os negócios da raça na tarde do sábado 18 de maio. Segundo Jivago, o Leilão NJT atendeu a todas as expectativas e, apesar do momento de crise vivido pelo país, conseguiu vender 100% dos lotes colocados à venda com valores que o mercado absorveu e absorveu bem. O selecionador baiano destacou ainda que o mercado da raça vem aumentando na região, progredindo de acordo e em conformidade com o momento atual do país. Além disso, a expectativa é de melhora desse cenário no próximo ano. Considerada uma das mais importantes feiras agropecuárias do interior da Bahia, a Exposição Agropecuária de Itapetinga

possui uma longa relação com a Mangalarga. De acordo com Jivago Queiroz, a primeira participação da raça no evento aconteceu em 1986. “Nesse ano, a Cabana da Ponte, propriedade do avô do ator Marcos Palmeira, foi responsável pelos primeiros exemplares da raça expostos em Itapetinga. Foi, aliás, nesse mesmo evento que Nivaldo Batista Queiroz comprou Anônima da Cabana, primeiro animal a compor o plantel do Haras NJT. A Expo Agro, além disso, já foi palco de uma das mais importantes mostras da raça, a Expo Brasileira, cuja edição de 2016 foi realizada aqui.” Para conferir os resultados completos da Exposição e da Copa de Marcha de Itapetinga, visite o portal oficial da ABCCRM: www. cavalomangalarga.com.br.

Os mangalarguistas desfrutaram de uma confortável estrutura.

O Haras NJT recepcionou os amigos em Itapetinga.

A comunidade mangalarguista baiana prestigiou o evento.

O ambiente do evento foi de amizade e descontração. Julho, 2019

Revista Mangalarga

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Exposições, Copas & Provas Expo

Foto: Facilpa/Arquivo ABCCRM

Por Pedro C. Rebouças

A Mangalarga possui uma duradoura parceria com a Facilpa.

42ª FACILPA Evento lençoense superou as expectativas dos organizadores com um total de 96 inscrições de animais

A

Exposição Mangalarga de Lençóis Paulista (SP) apresentou toda beleza e funcionalidade do Cavalo de Sela Brasileiro ao público da região centro-oeste do estado de São Paulo. Realizada no período de 02 a 04 de maio, nas dependências do Recinto de Exposições José Oliveira Prado, a mostra mangalarguista foi um dos principais destaques da programação da 42ª Facilpa, a Feira Agropecuária, Comercial e Industrial de Lençóis Paulista. Válida para o Ranking 38

Revista Mangalarga

Julho, 2019

Mangalarga 2019, a exposição foi promovida pela Associação Rural de Lençóis Paulista com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM). No total, o evento teve a participação de 28 expositores e recebeu as inscrições de 96 animais, número 11% superior ao registrado na edição anterior do evento, comprovando o crescente interesse pela raça na região. De acordo com José Oliveira Prado, Presidente da Associação Rural de Lençóis Paulista e criador

da raça Mangalarga, a mostra lençoense contou com a presença de uma tropa de muita qualidade e foi uma das mais movimentadas do calendário da raça nesse primeiro semestre. “A Exposição de Lençóis foi novamente muito boa, com uma ótima presença de expositores e um número expressivo de animais, inclusive superando as nossas expectativas. Tanto é que este ano tivemos dois jurados conduzindo os julgamentos, o Jorge Roberto Pires de Campos (Marcha e Dinâmica) e o Benedito Carlos da


Exposições, Copas & Provas ovas

Gabriel Marques e Rodrigo Novais estiveram na Facilpa.

Ricardo Pacheco entrega premiação a Roque Junior (Haras GZ).

Foto: Facilpa/Arquivo

Foto: Equipe ABCCRM

Ainda de acordo com Prado, o Cavalo de Sela Brasileiro possui uma longa relação com a Facilpa. “A Mangalarga esteve presente já na primeira edição do evento e desde então tem sido uma parceira frequente da Feira de Lençóis Paulista. Ela ficou ausente apenas por um breve período de tempo, em uma fase em que eu havia deixado de criar a raça e não havia quem pudesse organizar a exposição. Entretanto, há alguns anos, quando voltei à criação, decidi retomar a organização da mostra novamente. Assim, temos conseguido um bom resultado, contando sempre com o apoio dos demais criadores da cidade e dos outros municípios da região.” Somando 1071,60 pontos,

pelos criadores Geraldo Zinato (468,80 pontos), Josiane Cardoso Matta Vidotti (449,20 pontos), Ricardo Pacheco de Almeida Prado (252,80 pontos) e Guilherme Pompeu Piza Saad (208 pontos). Para conferir os resultados completos da Exposição Mangalarga de Lençóis Paulista, acesse o portal oficial da ABCCRM: www.cavalomangalarga.com.br. Já para obter mais informações sobre a Facilpa, escreva para o e-mail jop@facilpa.com.br. Foto: Equipe ABCCRM

Longa relação

o Haras Precioso ficou com a liderança do ranking de expositores da mostra de Lençóis Paulista, sendo seguido nas primeiras colocações pelos criadores Emiliano Abraão Sampaio Novais (673,60 pontos), Geraldo Zinato (551,20 pontos), João Victor Matta Vidotti (449,20 pontos) e Felipe Hamilton Loureiro (274 pontos). O ranking de melhor criador do evento lençoense foi, por sua vez, liderado por Emiliano Abraão Sampaio Novais, com 756 pontos, seguido nas primeiras posições Foto: Equipe ABCCRM

Silva (Morfologia).” O dirigente lençoense ressalta ainda que as atrações da programação foram além da pista, incluindo um gostoso churrasco na noite da quinta-feira 02 de maio, véspera do início dos julgamentos. “Nós assamos dois carneiros da minha criação para os peões e patrões que vieram participar do nosso evento. A turma se divertiu muito, foi um agradável momento de confraternização entre amigos.”

A comunidade mangalarguista prestigiou a mostra lençoense.

As qualidades da raça estiveram em evidência na Facilpa. Julho, 2019

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

EXPOSIÇÃO DE ANÁPOLIS Com uma tropa de excelente qualidade, o evento goiano mereceu elogios do público e despertou o interesse da mídia da região

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Revista Mangalarga

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muito com o andamento da exposição, enquanto o Antonio Villas Boas foi o cabeça da organização do evento. Além disso, tivemos a cobertura das afiliadas locais da Record e da Globo e contamos com o importante apoio

Foto: Divulgação

de uma série de pessoas e entidades. “O jurado Jorge Roberto Pires de Campos teve uma conduta muito elogiada nas suas ponderações e julgamentos. O Lucas Diniz, do Departamento de Exposição da ABCCRM, também nos ajudou

Vista geral da pista de julgamento da Expo de Anápolis.

Foto: Divulgação

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Núcleo Mangalarga de Goiás promoveu, nos dias 27 e 28 de abril, a 7ª Exposição Mangalarga de Anápolis (GO). Realizada nas dependências do parque de exposições do município, com o apoio do Sindicato Rural de Anápolis e da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a mostra contou com uma diversificada programação, que incluiu provas funcionais e momentos de confraternização, além dos aguardados julgamentos de marcha e morfologia válidos para o Ranking Mangalarga 2019. Segundo Celso Antônio Ramos Jubé, Diretor do Núcleo de Goiás, a mostra anapolina foi um sucesso, recebendo muitos elogios de todos que passaram pelo recinto de exposição. “A qualidade da tropa estava excelente, inclusive com a presença de garanhões de ponta na raça. Nós tivemos um total de 70 animais inscritos e pudemos contar com a participação de expositores do Distrito Federal e dos estados de Goiás, Mato Grosso e São Paulo, entre os quais estavam criatórios consagrados nacionalmente, como o Haras CASS, o Haras EFI e o Haras Três Rios.” O dirigente goiano destacou também que o êxito do evento foi decorrente do empenho e do apoio

Confraternização entre os mangalarguistas goianos e de outras regiões.


Foto: Divulgação

Foto:Rede Record

Exposições, Copas & Provas ovas

Cavalo Completo Ainda de acordo com Jubé, outro destaque do evento foi a disputa do Concurso Cavalo Completo, responsável por exibir para o público da região toda a aptidão da raça para esse tipo de competição. “Além dessa bela exibição de funcionalidade dos nossos cavalos, o núcleo recebeu a doação de coberturas de três importantes garanhões da raça (Tango EFI, Batistuta CASS e Impacto Três Rios), que foram sorteadas entre os expositores do Centro-Oeste. Um criador de Goiás, outro de Brasília e um de Mato Grosso foram os ganhadores dessas três coberturas gentilmente cedidas pelos haras CASS, EFI e Três Rios.” A programação da mostra anapolina reservou também um momento para uma agradável confraternização. “Na noite do sábado (27), aconteceu uma churrascada voltada para toda a comunidade mangalarguista, incluindo os expositores, os apresentadores, o pessoal da associação e os diretores do Núcleo Mangalarga de Goiás. Tivemos um carneiro assado, uma leitoa assada

e muita carne bovina, tudo regado a uma cerveja geladinha. Foi uma noite muito boa de congraçamento entre todos”, explica Jubé. O título de Melhor Expositor da Exposição de Anápolis ficou com Cassiano Terra Simão, seguido por Eduardo Figueiredo Augusto (2º), Armando Raucci (3º), Ilair Antonio Tumelero (4º) e Fernando Pessoa Cantarino (5º). Já o título de Melhor Criador ficou com Cassiano Terra Simão, seguido por Armando Raucci (2º), Eduardo Figueiredo Augusto (3º), Ilair Antonio Tumelero (4º) e Antonio Carlos Vale (5º). Agora, os criadores goianos se preparam para um novo encontro da raça na região. “O próximo evento do núcleo será a Exposição

Mangalarga de Palmeiras de Goiás, que acontecerá nos dias 03 e 04 de agosto e onde também iremos realizar o Campeonato Cavalo Completo. Assim, pedimos a todos que venham participar da exposição que também tragam animais preparados para participar dessa competição. Tenho certeza que será mais uma grande festa da raça em nosso estado”, destaca Jubé. Para conferir os resultados completos da Exposição de Anápolis visite o portal oficial da ABCCRM: www.cavalomangalarga.com.br. Já para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo Mangalarga de Goiás, escreva para o endereço eletrônico n.mangalargago@gmail. com ou telefone para (62) 32683028.

Foto: Divulgação

do Sindicato Rural de Anápolis e da Guabi Nutrição Animal, por intermédio da Supervisora Alindair Freitas.”

O criador Leonardo Manatta concede entrevista à Rede Record.

Um ambiente de amizade e descontração marcou a mostra anapolina.

Foto: Divulgação

O Haras CASS foi o Melhor Expositor do evento.

Os paulistas Ivan Costa e Eduardo Figueiredo com o goiano Celso Jubé. Julho, 2019

Revista Mangalarga

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Dorival S. Andrade Filho

EXPO JEQUIÉ Fotos: Divulgação

Organizadores homenagearam o mangalarguista Leandro Cañedo com a reprodução de sua imagem no troféu da mostra jequieense

O jurado José Rodolfo Brandi conduziu os julgamentos em Jequié.

E

ntre os dias 27 de abril e 05 de maio, o município de Jequié sediou a sua 40ª Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial. Após três anos sem a tradicional participação do Mangalarga, a raça retornou a esse importante evento, realizado no sudoeste baiano. A volta da raça se fez com a participação de quase 50 Mangalargas, da mais alta qualidade e a presença de diversos criadores baianos. Esse ano foi uma edição especial, onde houve uma homenagem ao querido amigo, técnico, hipólogo e juiz Leandro Cañedo. Ele, que tanto julgou as várias edições da Expo Jequié, foi homenageado através do registro de um lindo troféu com seu nome e a reprodução da sua imagem montado em um belo Mangalarga e que foi oferecido aos Campeões das categorias. O Troféu Leandro Cañedo foi muito disputado nas diversas 42

Revista Mangalarga

Julho, 2019

A sede do núcleo ganhou localização privilegiada na exposição.

modalidades avaliadas, entre elas, as categorias geral e de marcha, além das Copas de Marcha, Prova Mirim e Prova do Patrão, o que gerou muita adrenalina, curtição e gozação para o último colocado na prova do patrão. O retorno de Jequié ao calendário

de eventos da Mangalarga é de suma importância para a raça e região, uma vez que a cidade encontra-se em localização muito privilegiada e com projeção de grande expansão com a chegada da Ferrovia OesteLeste e planejamento de uma base modal na localidade.

Criadores acompanham o julgamento da raça na Expo Jequié.


Exposições, Copas & Provas ovas O apoio de patrocinadores e amigos, como a Guabi, Sindicato Rural de Jequié, ABCCRM, ABCM, Cachala Mangalarga e Fazenda Sabaúna, que gentilmente doou uma cobertura do magnífico Jambo da Sabaúna para que fosse leiloado em prol do evento, foi de suma importância para a realização da mostra deste ano. Foram três dias de festa e muita confraternização, onde também foi apresentada a nova localização do núcleo, muito mais visitado e em frente à pista de julgamento. Uma festa que deixou saudades e a expectativa de retorno em 2020. A mostra jequieense incentivou a participação da nova geração.

Os mangalarguistas baianos celebraram o sucesso do evento.

A presença feminina foi grande na Expo Jequié 2019.

Troféu da exposição homenageou Leandro Cañedo.

Foto de Leandro Cañedo que inspirou o troféu do evento. Julho, 2019

Revista Mangalarga

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

EXPOSIÇÃO DE MOCOCA

Com número expressivo de expositores e animais, evento relembrou os grandes momentos da raça no município

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Revista Mangalarga

Julho, 2019

Foto: Divulgação

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Parque de Exposições José André de Lima (Expoam) foi palco de dois dos mais movimentados eventos da raça no primeiro semestre do ano: a Exposição Mangalarga de Mococa (SP), cujos julgamentos aconteceram nos dias 29 e 30 de março, e a Etapa Oficial de Mococa da Copa Mangalarga de Marcha, realizada no domingo 31 de março. Promovidos pelo Núcleo Mangalarga Sul de Minas e Média Mogiana, com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), do Sindicato Patronal Rural de Mococa e da Prefeitura Municipal de Mococa, os eventos receberam um total de 186 inscrições, atraindo um bom público e um expressivo número de expositores dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Responsável pela organização do evento, o mangalarguista Fabiano Camargo ressaltou que a edição deste ano da mostra mocoquense relembrou os grandes momentos da raça na cidade. “A Mangalarga teve momentos de glória na década de 1990, época em que as exposições eram grandiosas aqui em Mococa. Assim, nos últimos anos, a gente começou a se dedicar à revitalização do parque da Expoam, procurando trazer de volta as grandes exposições e tentando resgatar aqueles bons momentos do passado. Nós começamos subindo degrauzinho

A marcha da raça esteve em destaque em Mococa.

por degrauzinho, devagarzinho, e agora, graças a Deus, começamos o ano de 2019 muito bem, batendo recordes de participação”, comentou o organizador em entrevista à TVD Mococa, que realizou a cobertura do evento. O balanço positivo da exposição também foi celebrado pelo presidente do Sindicato Rural de Mococa Américo Pereira Lima. “É um orgulho para nós recebermos um evento como esse, afinal depois de mais de vinte anos voltamos a ter uma atividade da raça Mangalarga em nossa cidade com mais de 180 animais inscritos. Agora, a gente tem que dar continuidade a esse projeto e trabalhar para que ele fique cada vez melhor.” O jurado Benedito Carlos da

Silva também se mostrou muito satisfeito com o resultado da mostra. “Mococa é um lugar especial para mim. Além de já ter julgado várias vezes a exposição, também já estive aqui como veterinário e como técnico de alguns criatórios, então fico muito feliz de ver Mococa se reerguendo como uma das grandes exposições dentro do cenário da raça Mangalarga.”

Evento surpreendente Benedito Carlos também destacou que a mostra mocoquense foi surpreendente. “Por ter sido a primeira exposição do ano, abrindo o calendário da raça, esta exposição me surpreendeu demais


Exposições, Copas & Provas ovas Brandi, responsável pela análise dos itens marcha e dinâmica. Após os dois dias de julgamentos, o Haras Precioso ficou com a liderança do ranking de expositores da mostra de Mococa, sendo seguido nas primeiras colocações pelos criadores Luís Fernando Toledo (2º colocado), Eduardo Figueiredo Augusto (3º), Eduardo Henrique Souza de França (4º) e Renato Diniz Junqueira (5º). Já o ranking de melhor criador do evento mocoquense foi liderado por Antônio Carlos Ferreira, seguido nas primeiras posições pelos mangalarguistas Guilherme Pompeu Piza Saad (2º), Sergio Luiz Dobarrio de Paiva (3º), Eduardo Figueiredo Augusto (4º) e Luís Fernando Toledo (5º). Encerrando a programação, a

Etapa Oficial da Copa de Marcha teve a participação de 28 expositores, responsáveis pela presença de 46 animais, cujo desempenho em pista foi avaliado pelo jurado José Rodolfo Brandi. A disputa teve também caráter classificatório para a Etapa Final da Copa de Marcha, competição que visa evidenciar e valorizar a principal característica da raça, o seu andamento progressivo, cômodo e equilibrado. Para conferir os resultados completos da Exposição de Mococa e da Copa de Mococa, visite o portal oficial da ABCCRM: www. cavalomangalarga.com.br. Já para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo Sul de Minas, escreva para nucleomangalarga@ veloxmail.com.br ou ligue para (35) 3551-3254.

Foto: Rafael Souza/TVD

Foto: TVD

pela qualidade dos animais e pela quantidade de expositores, que participaram em número recorde e entre os quais estavam grandes criatórios que brigam no ranking da raça”, comentou o jurado mangalarguista em entrevista à TVD. Na classe geral, a Exposição de Mococa contou com a participação de cem animais, expostos por 44 conceituados criatórios mangalarguistas. Já na classe de pelagens, a mostra mocoquense contou com a participação de 36 animais, expostos por 30 entusiasmados criadores da raça. Em ambas, os julgamentos estiveram a cargo da dupla de jurados composta por Benedito Carlos da Silva, a quem coube a avaliação do quesito morfologia, e por José Rodolfo

Fabiano Camargo foi o responsável pela organização da mostra.

Benedito Carlos conduziu o julgamento de morfologia.

Escarapelas entregues aos animais que se destacaram em pista.

Foto: TVD

Foto: TVD

Juntos os eventos receberam um total de 186 inscrições.

Julho, 2019

Revista Mangalarga

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

49ª EXPO AGRO ITAPETININGA Foto: Beto Falcão

Foto: Divulgação

Evento colocou as qualidades do Cavalo de Sela Brasileiro em evidência para o público do interior paulista

Vista geral da pista de exposição de Itapetininga.

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Revista Mangalarga

Julho, 2019

responsável por avaliar o quesito morfologia. De acordo com Felipe Hamilton Ribeiro, presidente do Núcleo do Oeste Paulista e um dos responsáveis pela organização do evento, a mostra teve um balanço muito positivo. “Nós tivemos este ano uma exposição muito boa, com expressiva adesão de expositores, boa presença de público e uma

tropa de qualidade participando dos julgamentos. Assim, acredito que todos que passaram pelo recinto de exposição ficaram satisfeitos com o que puderam acompanhar em pista.” Ainda segundo o dirigente, um ambiente de amizade e descontração predominou entre os criadores e admiradores da raça ao longo de todo o evento. “Além dos julgamentos

Foto: Divulgação

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cavalo Mangalarga esteve novamente em destaque na Expo Agro Itapetininga, uma das mais importantes feiras agropecuárias do estado de São Paulo. Os julgamentos da raça aconteceram nos dias 12 e 13 de abril, nas dependências do Recinto Acácio de Moraes Terra, contando com a participação de 92 animais, expostos por 31 conceituados criatórios mangalarguistas. Promovida pelo Núcleo Mangalarga do Oeste Paulista, com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) e da Prefeitura Municipal de Itapetininga, a mostra contou com uma movimentada programação. Em pista, os julgamentos foram conduzidos pelos jurados José Rodolfo Brandi, a quem coube a tarefa de analisar os itens marcha e dinâmica, e Emerson Luiz Bartoli,

Emocionantes premiações marcaram o evento.

Um bom público acompanhou as atividades da raça.


e provas, o núcleo fez questão de proporcionar um agradável momento de confraternização para a comunidade mangalarguista, promovendo um churrasco para os expositores, apresentadores e tratadores que vieram nos prestigiar aqui em Itapetininga.” O Ranking de Melhor Expositor da Exposição de Itapetininga teve como líder o Haras Precioso, seguido por HIC Agropecuária (2º), Eduardo Henrique Souza de França (3º), Emiliano Abraão Sampaio Novais (4º) e João Victor Matta Vidotti (5º). Já o Ranking de Melhor Criador foi encabeçado por HIC Agropecuária (1º), Emiliano Abraão Sampaio Novais (2º), Josiane Cardoso Matta Vidotti (3º), Antonio Carlos Ferreira (4º) e Eduardo Henrique Souza de França (5º).

Referência regional

A marcha da raça esteve em destaque em Itapetininga.

universo do agronegócio. Já na área de entretenimento, a feira itapetininguense, que este ano chegou à sua 49ª edição, é conhecida por contar sempre com espetáculos musicais de cantores consagrados em todo país, como Luan Santana e a dupla Mayara e Maraisa. Para conferir os resultados completos da Exposição Mangalarga de Itapetininga, acesse o portal oficial da raça: www. cavalomangalarga.com.br. Já para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo do Oeste Paulista, entidade responsável também por outros importantes eventos da raça, como a Exposição de Avaré (SP), visite a página oficial da entidade no Facebook. Foto: Beto Falcão

cidade e está consolidada entre as principais feiras do gênero no país, conciliando entretenimento, tradição, investimento e negócios. A Expo Agro, além disso, atrai anualmente um público próximo a trezentas mil pessoas e é responsável pela movimentação de cerca de R$ 20 milhões, gerando muitos empregos e movimentando a economia de toda a região. Ao longo de seus dez dias de programação, são realizadas exposições de ovinos, bovinos, equinos, caprinos, além de mostras de cães de raça. Outro ponto importante da feira é a exposição de maquinários, implementos e produtos agrícolas, assim como a realização de leilões e de palestras e fóruns sobre temas inerentes ao

Foto: Beto Falcão

Segundo a Prefeitura de Itapetininga, o município é referência para a região no segmento agropecuário, uma vez que possui grande vocação agrícola e vasta extensão rural, apresentando o 12º maior PIB do agronegócio paulista. Ainda de acordo com a administração municipal, a Expo Agro é um símbolo da

Foto: Beto Falcão

Exposições, Copas & Provas ovas

A comunidade mangalarguista prestigiou a mostra.

Belos exemplares passaram pela 49ª Expo Agro. Julho, 2019

Revista Mangalarga

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

5ª EXPO VERÃO Evento catarinense se firma como uma das principais portas de entrada para novos criadores e usuários na região Sul do país

Alto nível “A qualidade dos animais esteve mais uma vez em alto nível na Expo Verão. Afinal, a exposição contou com a participação de grandes criadores da raça. Nós tivemos, por exemplo, a participação do Melhor 48

Revista Mangalarga

Julho, 2019

Fotos: Divulgação

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charmoso balneário catarinense de Camboriú foi palco, nos dias 29 e 30 de março, da 5ª Exposição de Verão do Cavalo Mangalarga. O evento, promovido pelo Núcleo União Mangalarga Paraná e Santa Catarina com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), aconteceu nas dependências da Hípica e Haras Beija Flor, contando com uma diversificada programação, que incluiu disputas funcionais, provas sociais e julgamentos válidos para o Ranking Mangalarga 2019. Conduzida pelo jurado Jorge Roberto Pires de Campos, a quem coube a tarefa de avaliar tanto os quesitos marcha e dinâmica como o item morfologia, a mostra catarinense contou com um total de 45 animais em pista, expostos por nove criadores provenientes dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Bahia. Segundo Marcus Vinicius Melo Oliveira, diretor do Núcleo União Mangalarga e responsável pela organização do evento catarinense, o público de Camboriú teve oportunidade de ver uma tropa de excelente padrão em ação na pista da Hípica e Haras Beija Flor.

A marcha da raça esteve em destaque no evento.

A mostra recebeu 45 animais na Hípica Beija flor.

Expositor do Ranking Mangalarga de 2018, o criador Cassiano Terra Simão, que desde a segunda edição faz questão de sempre participar do nosso evento. Também tivemos a presença do Emiliano Abraão Sampaio Novais, da Espinhaço Agropecuária, e do Vinicius João

Curi, do Haras VJC, que todos os anos vêm prestigiar o nosso evento. Além disso, recebemos este ano a nobre visita dos amigos do Haras Tarlim, do Fernando Tardioli Lúcio de Lima”, destaca Marcus Vinicius. O dirigente do Núcleo União Mangalarga faz questão de


Exposições, Copas & Provas ovas ressaltar também a participação dos mangalarguistas da região que inscreveram seus animais na exposição, como os paranaenses André Luiz Ioris e Nilson Mayer Carneiro e os catarinenses Enio Bachle e Lilia Paulino Nogueira. Além disso, agradece o apoio de amigos como Cesar e Michelle Frantz, criadores em Rancho Queimado (SC), e Fernando Antunes, Rodolfo e Glenn Stenger, do Paraná. Marcus Vinicius destaca ainda que o apoio da comunidade mangalarguista vem sendo essencial para consolidar a Expo Verão como um dos principais eventos da raça no Sul do país. “Eu gostaria muito de agradecer a esses criadores que vêm nos prestigiando ao longo do tempo, pois o apoio deles têm nos

ajudado a fortalecer a raça na nossa região. Afinal, a Expo Verão tem sido a porta de entrada de muitas pessoas para o universo do Cavalo de Sela Brasileiro. Acredito que desde a primeira edição já tivemos de doze a quinze novos criadores e usuários entrando para o convívio da raça, o que representa um saldo muito positivo para o nosso evento.” Para conferir os resultados completos da 5ª Expo Verão, visite o portal oficial da raça: www.cavalomangalarga.com.br. Já para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo União Paraná e Santa Catarina, escreva para o endereço eletrônico viniciusoliveira.melo@hotmail. com ou visite a página oficial dessa representação regional da raça no Facebook.

A presença feminina também foi marcante na Expo Verão.

O Haras CASS foi o melhor expositor da Expo Verão.

O Haras Espinhaço vem participando anualmente do evento.

A exposição abriu o calendário da raça na região.

Um ambiente de descontração e amizade marcou o evento. Julho, 2019

Revista Mangalarga

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Haras em Destaque

Mangalarga, uma paixão de infância retomada há cerca de três anos

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Haras JEB foi fundado no final de 2016, por Jorge Eduardo Beira. No entanto, o contato da família Beira com cavalos remonta há algumas décadas. Seu pai, Waldyr Beira, criou Mangalarga paulista e quarto de milha durante os anos 80 e 90. A raça Mangalarga, no entanto, acabou ganhando destaque em relação às outras, segundo o ponto de vista de Jorge, em termos de resistência, beleza e comodidade, por permitir o prazer em longas cavalgadas, além de ser muito adequada para a lida na fazenda, comprovando que o slogan “Mangalarga, o cavalo de sela brasileiro”, faz jus à sua fama. Certamente essa paixão por cavalos, experimentada desde sua infância, motivou Jorge a retomar o gosto 50

Revista Mangalarga

Julho, 2019

pela raça, elegendo-a para a criação do Haras JEB. A decisão da criação do Haras JEB tem se comprovado acertada, não apenas em virtude do desenvolvimento da tropa que vem acontecendo, mas, especialmente, por promover maior convívio familiar, encontro de novos amigos e muitas outras alegrias.


Haras em Destaque aque

Simplicidade, praticidade e eficiência: assim se resume o manejo no Haras JEB. A estrutura enxuta facilita a condução do trabalho e permite maior produtividade. O Haras conta com toda infraestrutura necessária para a criação e preparação dos animais. Possui 80 ha, sendo 20 ha formado em pastagens de Tifton e Coast Cross, um pavilhão de 18 baias, tronco para crioterapia, esteira de treinamento, redondel coberto e pista de

apresentação e trabalho. Um grande diferencial do Haras JEB certamente é a equipe de trabalho, sempre dedicada, comprometida, multifuncional, além de ser altamente capacitada e demonstrar paixão pelo que faz, gerando um ambiente de trabalho onde se sente prazer em estar, com destaque especial para a consultoria Freire, cujos parceiros, além de contribuírem tecnicamente, tornaram-se amigos próximos.

Julho, 2019

Revista Mangalarga

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Haras em Destaque

Inaugurando a criação J.E.B de forma excepcional Diamante foi a primeira aquisição do Haras JEB, inaugurando a criação de forma excepcional, pois reúne qualidades dinâmicas e morfológicas de excelência e possui grande potencial genético, carregando em seu pedigree pilares como Quartzo JES e Vermute ACF. Em sua carreira de pistas, Diamante sagrou-se Bi-Reservado Grande Campeão Nacional Potro (2016/2017) e é o

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Revista Mangalarga

Julho, 2019

atual Reservado Grande Campeão Nacional Cavalo. Na produção Diamante vem igualmente se destacando, inclusive com diferentes linhagens maternas, tais como Cascata JO, Escócia RAA e Graduada RB, produzindo potras de excelência e grande equilíbrio dinâmico/ morfológico, comprovando seu grande diferencial reprodutivo e marca registrada do criatório JEB.





Panorama Mangalarga Pano

Por Pedro C. Rebouças

RESGATE GENÉTICO MANGALARGA Proporcionar uma maior variabilidade genética à raça e desenvolver novas ferramentas de seleção do cavalo Mangalarga são alguns dos objetivos do projeto

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Revista Mangalarga

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Foto: Modesto Wielewicki

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reocupada com a evolução e transformação da raça, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) está desenvolvendo um abrangente trabalho para resgatar animais e linhagens que ficaram relegadas ao longo das últimas décadas. Tratase do Projeto Resgate Genético Mangalarga, que vem sendo elaborado e desenvolvido por um grupo de técnicos e criadores, com o intuito de revigorar uma parte importante da história e das tradições rurais da raça, fortalecendo-a por meio do aumento da variabilidade genética e da adoção de formas de avaliação mais objetivas de seleção. Segundo o documento de apresentação do projeto, “hoje, a raça Mangalarga, em termos zootécnicos pode ser classificada em dois tipos de animais: um tipo denominado antigo, com profundas raízes na nossa agropecuária e na nossa formação cultural, raça genuinamente nacional de trabalho e caçadas, e um tipo considerado atual, em que se tentou, através de cruzamentos nem sempre bem conduzidos, transformar essa raça em um cavalo ‘eclético’ e questio-

Promover formas mais objetivas de avaliação dos animais é uma das metas do projeto.

navelmente mais inserido dentro de um padrão internacional de cavalos de sela”. O trabalho ressalta ainda que “as linhagens antigas ainda presentes na raça, por força da persistência e tenacidade de seus criadores, precisam e devem ser resgatadas

no sentido de se preservar um lastro genético consistente, criar ambiente e integrar esses criadores na vida associativa e possibilitar a ampliação do banco genético para a raça Mangalarga a todos os criadores”. A apresentação do projeto


Panorama Mangalarga arga

Para Raul A. Prado, o projeto ampliará a variabilidade genética da raça.

Variabilidade genética Na avaliação do técnico e criador da raça Raul Sampaio de Almeida Prado, um dos coordenadores do trabalho desenvolvido pela ABCCRM, o novo projeto vai ser muito benéfico para a Mangalarga. “Nos últimos anos, a raça vem diminuindo a sua variabilidade genética, nós estamos ficando muito concentrados no Turbante e nos pais do Turbante. O problema é que, por sermos uma raça nacional, não temos onde buscar alternativas, somos nós com nós mesmos. Ou seja, ao contrário de algumas raças internacionais - como a Árabe, em que, no caso do plantel ficar por demais consanguíneo, há sempre a opção de recorrer a linhagens

estrangeiras, no Egito, na Polônia ou na Europa -, os recursos que existem para a nossa raça estão exclusivamente aqui, então é importante ampliar isso na medida do possível e tentar manter a maior quantidade de linhagens possível.” Também envolvido com o projeto, o técnico e criador Gabriel Francisco Junqueira de Andrade, o Bié, reitera a necessidade de resgatar antigas linhagens e animais provenientes delas. “Nós temos algumas linhagens que estão praticamente afastadas da raça. Elas fazem parte da raça, mas não têm participado, ou têm participado muito pouco, tanto no aspecto da genética como em termos de eventos promovidos pela associação, então acreditamos que é muito importante resgatar esse material genético. Porque, se analisarmos bem, a nossa base genética é pequena, assim quanto mais animais de pureza racial clara pudermos somar a ela melhor será. A ideia é catalogar quantos animais for possível dessas linhagens antigas e sugerir cruzamentos com o objetivo de promover esse resgate.” Raul Almeida Prado destaca, por sua vez, que o projeto vai aumentar a possibilidade de cruzamentos dentro da raça, permitindo assim que ela se desenvolva melhor. “Eu acho que isso é muito importante porque a gente vem de um período em que praticamente o único critério de seleção do nosso Mangalarga era a exposição, que é importante, tem que ser mantida, mas também é perigosa, pois inventa uma morfologia adequada para ela e tem sempre um julgamento subjetivo, porque segue a cabeça de um juiz, esquecendo às vezes qualidades intrínsecas importantes na raça, até mesmo do ponto de vista morfológico, afinal em qualquer raça a morfologia tem que estar sempre atrelada à função. E, na medida em que a gente perdeu a noção de qual é a função que se

espera de um Mangalarga, perdeuse um pouco essa noção sobre a morfologia adequada para a nossa raça.” Ainda na opinião de Raul Almeida Prado, o projeto precisa ser encarado também dentro de uma perspectiva de mais longo prazo. “Eu às vezes tenho uma postura que o pessoal considera um pouco radical, mas, enquanto professor de melhoramento genético, creio que a principal qualidade, a grande virtude desse projeto é ampliar a variabilidade genética, pois assim nós vamos trazer à luz mais animais e tentar diminuir um pouco essa noção de só selecionar para o imediato, para ganhar a exposição do ano que vem. Nós temos que pensar em uma raça mais a longo prazo e que sobreviva às intempéries, então nesse sentido eu acho que esse projeto poderá contribuir bastante.” Outro importante aspecto destacado por Raul é o andamento da raça. “Vale ressaltar também que o projeto está procurando pinçar animais que sejam de famílias sabidamente boas de andar, com mães e avós boas, então eu acho que essa é uma iniciativa que só pode trazer benefícios. Ninguém quer eliminar nada, a ideia é mostrar e trazer mais à luz bons animais em todos os sentidos e ao mesmo tempo ampliar nossa base de cruzamentos. Entretanto,

Foto: Norberto Cândido

Foto: Márcio Mitsuishi

prossegue explicando que “do cruzamento orientado entre as linhagens atuais e esse cavalo mais tradicional (um contingente populacional hoje bastante reduzido) mais afim ao conceito primordial da raça poderá emergir um Mangalarga mais fortalecido em sua consistência e embasamento”. Além disso, esclarece que “o desenvolvimento desse projeto servirá para uma avaliação zootécnica, sem direcionamento obrigatório a nenhum criador, que poderá contribuir para que possamos, pari passu, ter um cavalo com melhor consistência genética e mercadológica”.

Para Bié Junqueira, o resgate de antigas linhagens é de extrema importância. Julho, 2019

Revista Mangalarga

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Panorama Mangalarga Pano

Objetivos e metodologia O Projeto Resgate Genético Mangalarga deve ter uma duração de dez anos, tempo necessário para uma avaliação das primeiras gerações resultantes dos acasalamentos efetuados, sendo que durante esse período podem ocorrer trocas ou acréscimos dos animais do programa. Esse prazo, entretanto, poderá ser ampliado ou diminuído na medida do interesse dos participantes. Nesse período, o trabalho terá quatro objetivos bem estabelecidos: obter garanhões de boa qualidade com consistência genética para transmitir marcha, de forma a facilitar a fixação desse tipo de andamento na raça; fortalecer 58

Revista Mangalarga

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um eixo norteador na seleção e utilização da raça, através do resgate e valorização da nossa história e da promoção de tipos mais objetivos de avaliação dos nossos animais; formar parcerias com universidades de forma que características fundamentais da raça sejam analisadas e mensuradas sob o ponto de vista científico a fim de que se possa ter um maior embasamento nos critérios de seleção; divulgar entre criadores, estudantes e interessados, a história da raça, a filosofia norteadora desse projeto e os resultados alcançados, assim como possibilitar contato direto com animais dessas linhagens. Já o ponto inicial do trabalho será o estabelecimento de uma comissão que designará um lote de éguas como prováveis mães dos garanhões do projeto e também designará um lote de garanhões como prováveis pais dos garanhões do projeto, definindo parâmetros raciais específicos para aprovação dos parentais. Em seguida, virão outras ações, como: estudo e promoção de cruzamentos dirigidos entre esses animais, que serão efetuados nas

propriedades dos participantes com o objetivo de minimizar as diferenças de criação; seleção de potros machos oriundos desses acasalamentos e acompanhamentos dos mesmos através de dados coletados periodicamente; submissão desses animais à prova de marcha e função elaborada pela comissão organizadora do projeto; criação de um selo do projeto a ser concedido aos animais aprovados nessa prova; uso comum dos garanhões obtidos dessa forma a todos os participantes do grupo. A ABCCRM também solicitará ao Conselho Deliberativo Técnico (CDT) a designação de um membro para o acompanhamento de todas as etapas do projeto. A entidade promoverá ainda uma ampla divulgação aos criadores no sentido de informá-los sobre os resultados do projeto e a disponibilidade para cruzamentos, além de trabalhar para valorizar o projeto nas mídias oficiais da raça. Para acompanhar o desenvolvimento desse trabalho ou saber as principais informações relacionadas à raça Mangalarga, visite o portal oficial da ABCCRM: www.cavalomangalarga.com.br.

Foto: Norberto Cândido

é importante que junto com esse resgate, junto com essa iniciativa de ir buscar novos animais e novas opções de cruzamento, a associação busque também novas opções de funcionamento da raça, pra gente escapar um pouco desse estigma de que só a exposição valoriza um animal, porque isso limita muito, faz uma seleção com um viés meio econômico, já que acaba ganhando a exposição quem tem bastante dinheiro, algo que eu não acho muito saudável. Eu acredito que é muito importante a associação pensar em novos tipos de atividades, sejam disputas funcionais (como as que já acontecem de maneabilidade), cavalgadas, provas de marcha ou enduro, pois tudo que possa fazer o nosso cavalo funcionar é importante, uma vez que o ajuda a ir realmente descobrindo a sua função”, explica o mangalarguista, responsável no início da década passada pelo desenvolvimento de um pioneiro projeto de resgate de antigas linhagens, o Raízes Mangalarga, cuja pesquisa culminou na redação de um livro de referência para a raça.

Na opinião dos especialistas, as exposições não podem ser a única ferramenta de seleção da raça.


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Panorama Mangalarga Pano

Por Pedro C. Rebouças

INFORMAÇÃO DE QUALIDADE Prosa Mangalarga e Mangalarga TV chegam para oferecer informação de qualidade à comunidade mangalarguista e aos apaixonados por cavalos

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Revista Mangalarga

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Fotos: ABCCRM

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ois novos programas voltados aos apaixonados pela raça estrearam no mês de abril, ampliando a oferta de informação sobre o Cavalo de Sela Brasileiro. Desenvolvidos pela Diretoria Executiva da ABCCRM (Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga), os programas Mangalarga TV e Prosa Mangalarga chegaram com o objetivo de aumentar a exposição da raça na internet e nas redes sociais e atrair novos adeptos para o universo mangalarguista. O primeiro a estrear foi o Prosa Mangalarga, transmitido pelo YouTube diretamente da sede da ABCCRM na noite de 04 de abril. Voltado ao debate sobre temas relevantes para a raça, o programa contou em sua primeira edição com a participação do Presidente da ABCCRM Luis Augusto Opice, do Diretor Adjunto de Núcleos Cauê Costa Hueso e do Diretor Adjunto de Fomento Luís Fernando Sianga, além dos convidados Gabriel Junqueira de Andrade (Bié) e Benedito Carlos da Silva. Segundo Luis Opice, a atração terá periodicidade quinzenal, indo ao ar sempre às quintas-feiras a

Bié Junqueira, Luis Opice, Benedito Carlos, Cauê Hueso e Luís Fernando Sianga participaram da primeira edição do Prosa Mangalarga.

Logomarca da nova temporada da Mangalarga TV.


Panorama Mangalarga arga partir das 20h. “Esse programa é uma troca de ideias, uma conversa franca, onde cada um expõe livremente a sua opinião, o seu pensamento, e quem tem que chegar às conclusões é o internauta que nos acompanha. A proposta é proporcionar visões e análises de mangalarguistas experientes, pessoas com tradição, pessoas que têm o DNA da nossa raça e com relevantes serviços prestados ao nosso cavalo, seja como criador, técnico ou jurado.”

Mangalarga TV Glaucia Novais foi entrevistada no segundo programa TV Mangalarga.

No dia 12 de abril, foi a vez do programa Mangalarga TV estrear seu novo formato para a internet. Transmitida pelo canal da ABCCRM no YouTube, a atração conta com periodicidade mensal e chega com a proposta de ampliar a divulgação da raça, mostrando tudo o que está acontecendo no universo do Cavalo de Sela Brasileiro. “Esta é uma iniciativa da nossa gestão no sentido não só de retomar o programa mas de perpetuar a Mangalarga TV, principalmente no sentido de trazer informação ao associado e ao interessado pelo nosso cavalo, apresentando as novidades da raça”, destacou o Presidente da ABCCRM em depoimento veiculado na primeira edição desta nova temporada do programa. O dirigente mangalarguista ressaltou ainda que a atração faz parte de uma estratégia desenvolvida com o objetivo de aumentar a presença da raça na mídia e nas redes sociais. “Até pouco tempo atrás, nós tínhamos apenas a Revista Mangalarga como meio de divulgação dos nossos eventos e de matérias técnicas. Nós começamos então a entrar nas mídias sociais, tanto no Instagram como no

Luis Opice dá entrevista ao programa Mangalarga TV.

Mangalarga TV entrevista o criador Cassiano T. Simão. Julho, 2019

Revista Mangalarga

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Panorama Mangalarga Pano Facebook, e agora estamos lançando a Mangalarga TV, mais uma forma de estarmos debatendo assuntos interessantes, trazendo várias opiniões e dando oportunidade para os criadores mostrarem o seu trabalho.” Na avaliação do técnico e jurado da raça Thomas D’Angieri, entrevistado da primeira edição desta nova temporada da Mangalarga TV, a expectativa em relação ao programa é muito boa. “Essa iniciativa representa

uma importante ação de fomento, responsável por proporcionar a divulgação do nosso cavalo em nível nacional, algo muito necessário nesse momento de crescimento da nossa raça. A Mangalarga passa por um momento fantástico e isso vem para engrandecer ainda mais o nosso cavalo.” O criador Cassiano Terra Simão também elogiou a volta do programa. “A iniciativa da Mangalarga TV é super importante para a raça, porque nós temos que

divulgar o nosso trabalho, os nossos animais, afinal nossa tropa está com muita qualidade, então temos que mostrar isso aos criadores e para as pessoas que querem iniciar na raça, para que todos vejam o patamar que o Mangalarga está conseguindo atingir.” Para acompanhar as novas edições ou conferir os programas já apresentados, visite o canal da ABCCRM no YouTube: www. youtube.com/abccrm.

Luís Fernando Sianga, Silas Freire, Lucas Schiavi e Cauê Hueso participaram do segundo Prosa Mangalarga.

Luís Fernando Sianga, Antonio Carlos T. Cabral Neto, Alessandro Procópio e Pedro Castedo participaram da sétima edição do Prosa Mangalarga.

Luís Fernando Sianga, Marcos Almeida Prado, Israel Iraídes Costa e Pedro Castedo participaram do terceiro Prosa Mangalarga.

Cauê Hueso, Ricardo Urbano, Cassiano Terra Simão e Rodrigo Novais participaram da sexta edição do Prosa Mangalarga (Expo Brasileira).

Luís Fernando Sianga, Thiago D’Angieri, Alexandre Ribeiro e Cauê Hueso estiveram na quarta edição do Prosa Mangalarga.

Neto Castro, Luis Opice, Marcelo Pardini e Guilherme Saad participaram da quinta edição do Prosa Mangalarga (Expo Brasileira).

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Revista Mangalarga

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Panorama P ano Mangalarga

Por Pedro C. Rebouças Fotos: Beto Falcão

A programação incluiu uma prova funcional.

CURSO DA ALTA MOGIANA

Programação também incluiu uma concorrida prova funcional O Núcleo Mangalarga da Alta Mogiana promoveu, nos dias 19 e 20 de junho, na Fazenda Vassoural, em Sertãozinho (SP), um curso com Aluisio Marins, diretor da Universidade do Cavalo. Voltado tanto aos patrões como aos peões, o curso apresentou aos participantes as melhores técnicas para aprimorar o desempenho e o treinamento dos animais da raça nas provas de marcha e função, dando especial atenção também a temas como equitação básica e utilização adequada de embocaduras. A programação do evento incluiu também uma concorrida prova funcional. Realizada na sextafeira 21 de junho, a competição contou com disputas nas categorias tempo ideal e contra o cronômetro, 64

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permitindo assim que os participantes do curso colocassem em prática os ensinamentos obtidos durante os dois dias de aprendizado na pista da Fazenda Vassoural. Médico veterinário, cavaleiro e treinador de grande experiência no universo equestre, Marins também abordou a relação entre cavalo e cavaleiro, destacando que “nenhum ser vivo aguenta pressão sem alívio”. Além disso, explicou que, nas provas funcionais contra o tempo, “não ganha quem tem mais velocidade e sim quem é mais preciso”. Afirmação essa que pôde ser comprovada na prova contra o cronômetro, em que o segundo menor tempo (68”) foi obtido por uma criança de 12 anos que fez o percurso de maneira exemplar.

O curso foi ministrado por Aluisio Marins.


Panorama Mangalarga arga Topo da lista Nos agradecimentos realizados ao final do curso, o diretor da Universidade do Cavalo deu um importante depoimento a respeito da raça Mangalarga, exaltando suas qualidades e colocando-a como a melhor raça de equinos do país. “Vocês têm uma raça que com certeza tem tudo para ser topo de lista no Brasil, porque é uma raça extremamente funcional. O Mangalarga é um equino que serve pra tudo, ele não é apenas especialista em uma determinada atividade, ele consegue reunir várias aptidões e qualidades em um mesmo cavalo.” Marins destacou também que se surpreendeu com o bom nível da equitação praticada na raça Mangalarga. “Sendo muito franco, tenho que confessar que não esperava encontrar a qualidade de equitação que encontrei aqui, com animais muito bem equitados. Foi uma grata surpresa, que acredito que seja fruto de um trabalho muito sério dos criadores e especialmente dos treinadores da raça. Esses profissionais, aliás, realizam um trabalho muito importante, geralmente cercado de uma grande expectativa pelo bom desempenho dos animais. Assim é muito gratificante ver o êxito do trabalho realizado por esses profissionais.” O curso promovido pelo Núcleo da Alta Mogiana teve também uma significativa adesão feminina.

O jovem cavaleiro fez bonito na prova funcional.

Além de participarem ativamente da parte teórica, as amazonas mangalarguistas fizeram questão de marcar presença na prova que encerrou a programação, fazendo bonito na pista de competição.

Destaques em pista Na disputa funcional realizada com tempo ideal, os resultados foram os seguintes: 1°- Tupanciretã Mangalarga, montada por Alexandre Ponte, proprietário Haras Fazenda Palmitos; 2°Vento do HOP, montado pelo proprietário, Murilo Bussab; 3°Tarefa FDJ, montada por Almir Rogério, proprietário Marcos Diniz Junqueira; 4°- Cebreiro 14, montado por Rodrigo de Almeida, proprietária Stella Correa Dias Junqueira; 5°- Kelly Torquato II, montada por Cláudia M. Junqueira, proprietário Sílvio Torquato Junqueira; 6°- Jaleco da Tapiratuba, montado por Susana Junqueira Serio, proprietário Sergio Serio.

Os mangalarguistas da região prestigiaram o curso.

Já a prova funcional ao cronômetro registrou as seguintes colocações: 1°- Asteca Mangalarga JF, montada por Marcos Viriato, proprietário João Francisco Diniz Junqueira; 2°- Orizona Mangalarga, montada por Rogério Viriato, proprietário Francisco Orlando Diniz Junqueira; 3°- Restinga RJ Boa Vista, montada por Alexandre Pontes, proprietário Haras Fazenda Palmitos; 4°- Ianque do Vassoural, montado por Ângela Sorati, proprietária Beatriz Biagi Becker; 5°Carpe Diem do Infinito, montado por Alex Baqueta, proprietário Rodrigo Dias de Moraes Orlando; 6°- Regata RJ Boa Vista, montada por Rafael Lacerda, proprietário Renato Diniz Junqueira. Para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo Mangalarga da Alta Mogiana, escreva para o endereço eletrônico nucleoaltamogiana@ gmail.com ou visite a página oficial da entidade no Facebook: w w w. f a c e b o o k . c o m / N u c l e o MangalargadaAltaMogiana/.

A presença feminina foi marcante no evento. Julho, 2019

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Panorama Mangalarga Pano

Por Pedro C. Rebouças

VENHA SER MANGALARGA

Fotos: Equipe A.E.J.

Segunda edição do curso abordou temas relevantes para a raça

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Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) promoveu, no dia 27 de abril, na sede do Haras A.E.J, em Amparo (SP), o 2º Curso Venha Ser Mangalarga. Coordenado pela Diretoria de Fomento, o evento foi voltado especialmente aos novos criadores e usuários da raça Mangalarga. A programação abordou uma série de temas relevantes para os admiradores do Cavalo de Sela Brasileiro. O jurado e criador Gabriel Francisco Junqueira de Andrade, o Bié, falou sobre a história da raça, abordando tópicos como o surgimento e a evolução da Mangalarga. Já o Diretor Técnico Alessandro Moreira Procópio apresentou um detalhado estudo da marcha, ressaltando itens como: os diferentes tipos de marcha, tríplice apoio versus tríplice apoio

Marcelo Toledo falou sobre a morfologia da raça.

definido, dissociação positiva e negativa e características da marcha Mangalarga. Quem também participou do evento foi o jurado Marcelo Leite Vasco de Toledo, que palestrou sobre a morfologia do Mangalarga, destacando ainda as virtudes esperadas e os defeitos indesejados nos exemplares da raça. Além disso, após a parte teórica, os participantes

O ‘test-ride’ foi o ponto alto do dia em Amparo. 66

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Julho, 2019

se dirigiram à pista do haras, onde a marcha e a morfologia puderam ser exemplificadas de forma prática pelos palestrantes do evento. O momento mais aguardado do dia, entretanto, ficou para o encerramento das atividades, quando os participantes puderam desfrutar de um “test-ride” em exemplares da raça, conferindo toda a docilidade e comodidade típicas do Mangalarga. Para saber quais são as próximas atividades da raça, visite o portal www. cavalomangalarga.com.br.

Todas as vagas para o curso foram preenchidas.

Os participantes puderam tirar suas dúvidas.


Por Pedro C. Rebouças

Panorama Mangalarga arga

SELA DE OURO

Foto: Norberto Cândido

Disputa apontará o mais destacado animal de marcha da temporada

A Expo Nacional também valerá pontos para a Sela de Ouro

A

Diretoria Executiva da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) anunciou, no início de maio, uma importante novidade para os criadores que participam do circuito de exposições. A partir desta temporada, a raça passa a contar com a disputa da Sela de Ouro, a maior competição de marcha do Cavalo de Sela Brasileiro. Segundo a ABCCRM, os animais que participarem dos três maiores eventos da raça nesta temporada (a 17ª Exposição Brasileira, a 41ª Exposição Nacional e a Etapa Final

da Copa de Marcha 2019) já estarão automaticamente concorrendo a este cobiçado título. Os vencedores, por sua vez, serão aqueles que obtiverem mais pontos (de marcha) na somatória de suas participações

nesses três eventos. Os três animais mais bem colocados ficarão respectivamente com os títulos de Sela de Ouro, Sela de Prata e Sela de Bronze. Além disso, serão agraciados com uma expressiva premiação e alcançarão uma enorme exposição na mídia, tornando-se os mais conceituados animais de marcha do ano. Para mais informações, entre em contato com o Departamento de Exposição da ABCCRM pelos endereços eletrônicos francisco. bezerra@abccrm.com.br e lucas. diniz@abccrm.com.br ou pelo telefone (11) 3677-9866. Julho, 2019

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Panorama Mangalarga Pano

Por Pedro C. Rebouças

MANGALARGA EXPERIENCE

Fotos: Divulgação

Evento proporcionou o prazer de montar em exemplares da raça ao público do mais tradicional rali cross-country de velocidade do Brasil

Portal da Mitsubishi Cup no autódromo Velo Città.

O

Cavalo de Sela Brasileiro brilhou em uma pista bem diferente no sábado 27 de abril, ocasião em que foi um dos destaques da programação paralela da etapa de abertura da Mitsubishi Cup 2019, realizada no autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu (SP). A raça participou desse importante evento do automobilismo brasileiro com a Mangalarga Experience, um “test-ride” muito especial que proporcionou aos visitantes do evento o prazer de montar em exemplares da raça, gentilmente cedidos por tradicionais criatórios mangalarguistas. “Este é um ano especial em que comemoramos os 20 anos da Mitsubishi Cup e teremos muitas surpresas e inovações para os pilotos e para o público em cada uma das etapas”, destaca Fernando 68

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A criançada aproveitou para montar os cavalos da raça.

Julianelli, diretor de marketing da Mitsubishi Motors. Além da Mangalarga Experience, que permitiu a muitas crianças, jovens e adultos seu primeiro contato com a raça, a primeira etapa da Mitsubishi Cup contou com outras atrações, como uma corrida a pé, prova de regularidade na pista e treino de ciclismo. O mais tradicional rali crosscountry de velocidade do Brasil teve em sua etapa de abertura um percurso inédito com três provas de cerca de 35 quilômetros cada em meio a canaviais e cafezais, terminando dentro do complexo do autódromo Velo Città. Mais informações podem ser obtidas no portal da organização do evento: www.mitsubishimotors.com.br.

Pedro Castedo, Nelson Braido e Alberto Veiga prestigiaram o evento.

O evento proporcionou a muitas pessoas seu primeiro contato com a raça.


Panorama Mangalarga arga

Por Pedro C. Rebouças

41ª EXPO NACIONAL

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Recinto de Exposições José Ruy de Lima Azevedo, localizado no município paulista de São João da Boa Vista, será novamente palco do mais importante evento da raça, a Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga. Este será o quarto ano consecutivo em que o evento ocorrerá na cidade dos horizontes maravilhosos, cuja população é sempre muito acolhedora e atenciosa com a família mangalarguista. Programada para acontecer no período de 11 a 22 de setembro, a aguardada mostra contará com uma variada programação, que incluirá momentos de confraternização e negócios, disputas funcionais e provas sociais, além dos concorridos

julgamentos que elegerão os Grandes Campeões Nacionais de 2019. Para obter mais informações, acompanhe as novidades sobre o

evento na página da ABCCRM no Facebook (www.facebook. com/ABCCRMOficial/) ou no portal oficial da raça (www. cavalomangalarga.com.br).

NOVOS ASSOCIADOS Confira os nomes dos novos integrantes da Família Mangalarga Reunião de janeiro de 2019 José S. Gibran Agropec. S/A–Contribuinte-nº 09605– Viradouro/SP Fernanda Tabler B. de Carvalho–Usuária-nº 09606–S. Paulo/SP Alexandre Ferreira Bueno–Usuário-nº 09607-Campo Grande/MS Waldison M. dos Reis Segundinho–Usuário-nº 09608–Ituverava/SP Rodrigo Guimarães Cristofi–Usuário-nº 09609–Santo André/SP Marcio Lima de Souza–Usuário-nº 09610–Lavras/MG Danilo Vieira Lima–Usuário-nº 09611–Aparecida de Goiânia/GO

Reunião de março de 2019 Abel Augusto Freitas Toller – Usuário - nº 1299 – Bebedouro/SP Matheus Cerminaro da Cruz – Usuário - nº 09627 – São Carlos/SP Edson Américo Bublitz – Usuário - nº 09628 – Hortolândia/SP José Osvaldo Panegassi – Usuário - nº 09629 – Amparo/SP Marcos Antonio Carrijo Filho – Usuário - nº 09630 – Franca/SP Gustavo F. de Resende – Usuário - nº 09631 – Bom Despacho/MG Marcio Teodoro de Oliveira – Usuário - nº 09636 – Bebedouro/SP Weslei Mociaro – Usuário - nº 09637 – Limeira/SP Lucas Paiva Garcia – Usuário - nº 09638 – Alumínio/SP Lucca Pauletti Alves Cosi – Jovem - nº 09639 – São Paulo/SP Diego Samuel Lima – Usuário - nº 09640 – Novo Hamburgo/RS João Paulo Rocha de Sousa – Usuário - nº 09641 – Londrina/PR

Reunião de abril de 2019 Jonathan Silva Oliveira – Usuário - nº 09643 – Alfenas/MG Domingos Martoni Neto – Usuário - nº 08019 – Limeira/SP Edmundo V. M. G. Borges–Usuário-nº 09644–Esp. Sto do Pinhal/SP Thiallen Kelwin Amorim Avelar – Usuário - nº 09645 – Taubaté/SP Rogério M. Silva Neto – Usuário - nº 09646 – Esp. Sto. do Pinhal/SP

Daniel Sampaio Rocha – Usuário - nº 09647 – Igarapava/SP Luciano Nunes Santos – Usuário - nº 09648 – Teresina/PI Rogério Rodrigues dos Reis – Usuário - nº 09650 – Anápolis/GO Rubens Lopes Junior – Usuário - nº 09651 – Vinhedo/SP José Neto Fainstein Fernandes – Usuário - nº 09652 – Itapetinga/BA Edson Barbosa Pinto – Usuário - nº 09623 – Paraisópolis/MG Erick Eduardo Botoloto – Usuário - nº 09653 – Americana/SP Bruno Moraes Erthal – Usuário - nº 09655 – Bom Jardim/RJ Nilson Rodrigues Junior – Usuário - nº 09656 - São Paulo/SP Marcio Henrique Celico Trigo – Usuário - nº 08266 – Vitória/ES Cássio José Lucarelli Rocha – Usuário - nº 09657 – Fartura/SP Miguel P. Fioravante Junior –Usuário - nº 09658 – Fernandópolis/SP

Reunião de maio de 2019 Christian M. Mello Pegado – Usuário - nº 09666 – Aurora/Canadá Luiz Carlos Perim – Usuário - nº 09667 – Jaú/SP Francisco Carlos Sales – Usuário - nº 09668 – São Paulo/SP Marinho Moreira da Rocha – Usuário - nº 09669 – Redenção/PA Elson Quaresma Marques – Usuário - nº 09670 – Serrinha/BA Nicacio Gonçalves Costa – Usuário - nº 09671 – Campinas/SP Francisco A. de Souza – Usuário - nº 09672 – Carmo do Cajuru/MG Pedro Baneto Roter de Oliveira – Jovem - nº 09673 – Itapetinga/BA Paulo E. Malfatti Serra – Contribuinte - nº 09674 – Campinas/SP Raphael de M. Thomazelli – Usuário - nº 09675 – Santo André/SP Rafael Bruno Joveliano – Usuário - nº 09677 – Santa Ernestina/SP Amanda Lourenço Nunes – Usuária - nº 09678 – Monteiro/PB Pietro Costa de Morais – Usuário - nº 09679 – Limeira/SP Julho, 2019

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Panorama Mangalarga Pano

MANGALARGA CAVALO DE GUERRA Uma raça de destaque na Cultura de Goiás e na tradição do Brasil Um Deus em três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo. Assim acontece para os católicos a Santíssima Trindade, retratada com maestria em pintura a óleo sobre o painel do artista renascentista alemão Albrecht Dürer, chamada Adoração da Trindade, executada em 1511 e exposta no Kunsthistorisches Museum, em Viena, Áustria.

“Onde existe o Amor, existe a Trindade: um que ama, um que é amado e uma fonte de amor.” (SANTO AGOSTINHO) Comemorando a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Cristo, a Festa do Divino é considerada a 2ª. maior festa do país no âmbito católico, uma das maiores expressões de devoção popular brasileira, movimento cultural e religioso, tendo o primeiro Santuário do Divino sido inaugurado em 1912, no estado de Goiás, no Município de Trindade, conhecido como Santuário Velho, atual Igreja Matriz da cidade, recepcionando, no período festivo, quase três milhões de visitantes entre romeiros e turistas. 70

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A pomba branca é o símbolo que representa o Divino Espírito Santo e em muitas cidades o ponto alto da festa é a coroação do imperador, quando são usadas roupas luxuosas feitas de veludo e cetim e em algumas regiões ocorre a tão esperada batalha a cavalo entre mouros e cristãos, chamada As Cavalhadas, o auge da encenação, tendo cavalos e cavaleiros como grandes atores e uma incrível atuação teatral representando a guerrilha. Misturando elementos sagrados e símbolos pagãos, As Cavalhadas são realizadas em Goiás há mais de duzentos anos, valorizando o Patrimônio Imaterial do Estado e unindo religiosidade, tradição, cultura, turismo e economia, incrementando as vendas e gerando empregos, estando presente em um circuito de cidades envolvendo onze municípios goianos do Ciclo do Ouro; Corumbá de Goiás, Crixás, Hidrolina, Jaraguá, Palmeiras de Goiás, Pilar de Goiás, Pirenópolis, Posse, Santa Cruz de Goiás, Santa Terezinha de Goiás e São Francisco de Goiás. Contendo calendário oficial e sendo expressiva no território brasileiro, atraindo grandes multidões de turistas de todo o mundo, tornouse relevante também no aspecto artístico e musical, mantendo uma identidade local que perpetua através de gerações, um orgulho para o povo goiano e para o Brasil em sua tradição cultural. Trazidas para o país pelos colonizadores portugueses no

século XVI, registra-se que a mais antiga festa do Divino Espírito Santo bem como as Cavalhadas foram encenadas em Pernambuco, em 1584. O espetáculo reproduz a nobreza dos reis, príncipes e embaixadores, compostos por dois grupos de 12 cavaleiros, um deles vestido de azul, representando os cristãos e o outro grupo trajando vermelho, simbolizando os mouros. “As primeiras notícias sobre as cavalhadas no Brasil são fornecidas pelo padre Fernão Cardim (1925) que assistiu a jogos de canas, patos e argolinhas em Pernambuco, em 1584. No casamento de “moça honrada com um viannez, que são os principais da terra...” se fizeram correr “touros, jogaram cannas, pato e argolinhas. Na forma de jogo de argolinhas, portanto, entraram as cavalhadas em nosso país” (PEREIRA, 1935, p. 15) Sem qualquer pretensão em aprofundar a questão religiosa ou estudo medieval, aborda-se a prática teatral e festiva da cultura nacional tendo como astro o Mangalarga, o cavalo de batalha, forte guerreiro, pronto para o combate e que proporciona o brilho e agiganta toda a encenação desta luta. As Cavalhadas recriam a batalha entre os Doze Pares de França, sendo esta a tropa de elite, formada por 12 cavaleiros que são a guarda pessoal de Carlos Magno da França e 12 príncipes mouros ou os “cavaleiros vilões’ e a encenação é de tirar o fôlego dos espectadores!


Panorama Mangalarga arga De todas as raças que dispomos no país, o Mangalarga é a única raça que efetivamente está inserida no Patrimônio Imaterial Cultural de Goiás, um cavalo propício para as táticas de cavalaria, fazendo par com os cavaleiros na luta armada, se aproximando do inimigo, atirando seus dardos e se protegendo em uma veloz retirada na busca por uma distância segura para não serem atingidos. Enfrentando as batalhas e os aplausos, vale a pena assistir o Mangalarga em plena atuação, embora não seja difícil para os mangalarguistas imaginarem os motivos da escolha desta raça para as batalhas com equinos nas famosas Cavalhadas. O Mangalarga possui comodidade, estilo e é comumente mencionado como um cavalo dócil e “de sangue quente”, ou seja, à frente, sempre pronto para mais rédeas, respondendo prontamente aos comandos de seu parceiro de luta e bravura. Sendo um cavalo de aspecto dinâmico e excelente posicionamento de cabeça, boca, pescoço e cauda, com movimentação precisa, harmoniosa, equilibrada, coordenada, com galope reunido, arrancada rápida pela energia de deslocamento, facilidade na troca de bípedes e constituição forte, permitindo paradas bruscas, é realmente um cavalo que, se fosse para batalhar de fato na conquista dos mundos e tendo que percorrer longas distâncias, não poderia ter raça mais propícia para um parceiro de guerra e viagem senão o Mangalarga, dada a sua superioridade no conjunto. Para o grande público que assiste às grandes demonstrações do conjunto, cavalo e cavaleiro, nas festividades em que o cavalo possui grande destaque, a altivez da raça e a amplitude das passadas já garante um fabuloso espetáculo para adultos e crianças e é perceptível

o quanto o Mangalarga dá o tom à apresentação sendo a raça eleita para encantar o público. Divididas entre os cavaleiros reais, os nobres cavaleiros (os cavalheiros fidalgos) e os cavaleiros plebeus (os cavalheiros vilões), após o espetáculo da batalha todos desfilam pelas ruas da cidade, com seus Mangalargas em marcha,

trazendo o som de seus cascos firmes nas ruas de paralelepípedos; visivelmente um espetáculo à parte, envolvendo a todos por onde passam e fazendo as batidas do coração dos turistas ingressarem no ritmo de sua toada, inebriados com o grande cavalo de guerra, de olhar confiante e porte majestoso. Na festividade, os Mascarados também conseguem roubar a atenção do público pelas ruas da cidade. Com as tradicionais máscaras de cabeça de boi e onça, usam roupas coloridas, luvas e botas e enfeitam seus cavalos com fitas, tecidos, plantas e tudo o mais que a criatividade mandar. Falam com o público mudando a voz para que ninguém os reconheça e brincam

As Cavalhadas - Patrimônio Imaterial Cultural de Goiás, título concebido em 2010 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional– Iphan

com todos que passam, trazendo a sensação para os que assistem que os cavalos também brincam, sabedores da força de sua presença e do papel que desempenham. A passos largos o Mangalarga é o cavalo de batalha das festas tradicionais do estado de Goiás por seu porte, sua beleza e conformidade e sua docilidade, projetando maior destaque ao espetáculo e inebriando os expectadores. Com presença brilhante, o Mangalarga marcha com a tradição nacional e demonstra grande respeito e maestria no papel que desempenha, atraindo com sua presença os olhares do público que percebem a força arrebatadora de um cavalo de batalha, forte e refinado, um cavalo avante e de grande rendimento, aliando serenidade e nobreza de caráter de um altivo parceiro de luta. O Mangalarga, pela sua altivez, sua presença de destaque nos espetáculos acompanhado por milhares de turistas de todos os cantos do mundo que atestam sua esplendorosa atuação como o grande cavalo de guerra, tornouse para Goiás muito mais que um cavalo, é hoje a raça escolhida e inserida na cultura do estado e do Brasil, fazendo parte do Patrimônio Imaterial Cultural de Goiás. Não daria para ser mesmo diferente. Se para Vinícius de Morais a “beleza é fundamental”, para os mangalarguistas todo o conjunto, englobando temperamento, morfologia, andamento é mais que primordial e a beleza deste belo cavalo de batalha é inquestionável! Nada mais justo para uma raça genuinamente nacional. Sorte para Goiás e suas Cavalhadas! Sorte para o Brasil!

Renata Sari Mangalarguista, sócia do escritório Sari Advogados e do Haras Apoena Julho, 2019

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Mercado & Finanças Merc

Por Equipe Haras Lagoinha

LEILÃO CELEBRIDADES Todo ano, uma festa de sucesso de público e de vendas

Foto: Equipe Lagoinha.

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Paulo Eduardo recebeu os amigos no Haras Lagoinha.

Foto: Equipe Lagoinha.

odos os anos a expectativa se redobra, na espera pelas incríveis novidades, sempre inovadoras e criativas, que, a cada nova edição do Leilão Celebridades, seus proprietários prometem apresentar. A cada remate que se segue, fica o grande desafio, sempre alcançado, de superar a festa do ano anterior. Como sempre diz Paulo Eduardo Corrêa da Costa, o PEC: “Nós lutamos este ano para fazer um evento melhor do que o do ano passado e pior do que o do ano que vem”. E a julgar pela disputada frequência, e grande êxito comercial, o objetivo vem sendo sempre cumprido. Pelo controle da portaria, por lá passaram cerca de 914 pessoas, com uma frequência sempre permanente de pelo menos 710 convidados em média, durante todo o evento.

A festa Neste ano, e por incrível que pareça, Marisa Iorio e Paulo Eduardo, proprietários do Haras Lagoinha, apresentaram, e novamente, inúmeras novidades. No palco, além das inúmeras performances e dos emocionantes filmes, havia a presença de uma orquestra completa, a embalar músicas do tema: “O Sonho”, uma tradição do Celebridades, sempre apresentando um conteúdo 72

Revista Mangalarga

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Marisa Iorio se emocionou com a homenagem a Zagros do PEC.


Foram oferecidos 42 lotes, sendo 38 deles do Haras Lagoinha e quatro de convidados, também criadores da pelagem pampa, Felipe Loureiro do Haras Dino e Joel Fernandes Gonçalves do Haras Myharas. Na organização, tivemos a coordenação da Business Leilões e, na apresentação, os dois leiloeiros Guilhermo Sanches e Marcelo Pardini, este também comandando o cerimonial. O faturamento, mesmo neste ano de crise, foi ainda superior ao do ano anterior, atingindo R$ 1.297.240,00, que consolidando as coberturas em lote único, atingiu a média de R$ 31.640,00 por animal. Mais do que um número, é importante se ressaltar que dos 38 produtos do Haras Lagoinha, 20 deles eram potros e potras entre 18 e 24 meses, a se registrar que o mais novo deles, o pampa Linaro do PEC, de apenas 6 meses, foi arrematado por R$ 31.000,00, pelo criador Ricardo Erthal, do Rio de Janeiro. Como nos disse Marisa: “É gratificante podermos oferecer, como se fossem os velhos tempos, produtos da nossa geração do

ano, todos ainda muito jovens, e despertar tanto interesse, sabedores os compradores de que eles se configuram como grandes oportunidades de se poder contar com genética de importância e ainda ter ganhos de valorização, quando estes chegarem à idade adulta.” Com um certo ineditismo,

iniciado há duas edições, se teve novamente a oferta de cavalos castrados, com média de R$ 29.200,00, dando a continuidade na tradição Lagoinha de seguir oferecendo opções ao grande universo de usuários que tradicionalmente comparece todos os anos para disputar os lotes do leilão.

Presenças

Os convidados chegaram cedo para conferir os lotes do leilão.

Se existe um evento em que todos os segmentos representativos do cavalo estão presentes, certamente o Leilão Celebridades figuraria entre os mais destacados. Ali comparecem os dirigentes de várias raças, reconhecidos profissionais de hipismo e adestramento, consagrados veterinários e técnicos, e representantes

Foto: Pedro Rebouças

O leilão

Fronteira do PEC (Zatec do PEC em Ibiza RM) foi um dos destaques do dia, atingindo a cotação de R$ 56.000,00.

Foto: Equipe Lagoinha.

temático a cada evento. Na continuidade, foi feita uma apresentação teatral, abordando o sonho de se ter um cavalo e o objetivo de cada um nesse desejo, o que foi aplaudido de pé, por todos os presentes. O ápice da festa, com a presença do príncipe D. Bertand de Orleans e Bragança, foi a divulgação da parceria da Mangalarga com o projeto de se reviver o trajeto de D. Pedro, a cavalo, do Rio de Janeiro a São Paulo, o qual será reeditado em 2020, como lá foi apresentado, em momentos extremamente prazerosos, se assistindo ao histórico filme que promove essa iniciativa.

Foto: Marisa Iorio

Mercado & Finanças nças

O 11º Leilão Celebridades registrou 100% de liquidez. Julho, 2019

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Mercado & Finanças Merc das mais diferentes entidades ligadas ao segmento equino, a trazerem um reconhecido prestígio a este evento único. Desde o seu início, às 10hs da manhã, já se verificava uma movimentação frenética na procura de informação sobre os inúmeros lotes ofertados. Como não podia deixar de ser, pois tradicional, já nesse horário circulava um batalhão de garçons servindo champanhe do início ao fim, a se celebrar esse evento festivo, ponto de encontro de adoradores do mangalarga de pelagem pampa ou simplesmente daqueles que curtem cavalgadas, poeirões, romarias, esporte, e como nos reafirmou Paulo: “A beleza única do pampa, é que cada indivíduo é único, causa atração e desejo do mercado, que anseia por poder ter um animal exclusivo”.

A emoção São inúmeros ingredientes diferenciados que, para Paulo, superam o simples aspecto comercial, como ele fez questão de destacar em suas palavras, afirmando que a importância do evento se solidifica nas presenças maciças e na confraternização de criadores e usuários, que ali se reúnem para apreciar o progresso genético, de mais um ano, do mangalarga de pelagem pampa. No entanto, seja no impecável cerimonial, seja nas comemorações

a cada aquisição, a emoção esteve presente acima de tudo. Importante também registar o emocionante momento em que o Monteblanco do PEC foi homenageado como o mais novo integrante do “Livro do Mérito”, em decorrência de sua importante contribuição genética para a raça. Mas o que mais emocionou o público presente foi a homenagem póstuma ao Zagros do PEC, recentemente falecido, quando foi chamado ao palco seu filho Flamingo do PEC, que após apresentação de um filme com os dois, vendeu R$ 72.000,00 em coberturas, as primeiras do início da sua vida reprodutiva.

Os resultados Importante dizer que a liquidez do leilão foi de absolutamente 100%, o que segundo especialistas no assunto não se via há muitos anos. Como Marisa e Paulo sempre afirmam: “Nada vendemos antes e abominamos defesas, pois sempre permitimos que o leilão se conduza ao sabor do mercado, este soberano, seguindo a tradição do Haras Lagoinha de trazer credibilidade ao evento.” O que mais surpreendeu os presentes foi que, quando já eram cerca de 21h30 de sábado, lá permaneciam pelo menos umas 320 pessoas, ávidas por adquirir

Foto: Equipe Lagoinha.

Convidados aguardam para entrar no recinto do leilão.

mais um lote, o que se colocasse vendia, como se todos quisessem que o leilão nunca acabasse, ou que não admitissem estar ausentes do sempre magistral encerramento do evento, com sorteios e homenagens, o que acontece todos os anos. Outro destaque foi que foram mais de 35 compradores diferentes, muitos deles novos criadores e usuários, se registrando a volta de Nilson Antunes de Souza, do Haras Pedrina, que adquiriu dois animais. E permanece a expectativa de que, no leilão de 2020, Marisa e Paulo consigam se superar, e mais uma vez, atendendo às cada vez maiores expectativas do fiel e crescente grupo de seguidores da trajetória de sucesso desse criativo e inovador criatório, que faz da criação de cavalos uma verdadeira filosofia de vida, perseguindo um ideal melhorador, a satisfazer o sonho, e contribuir com excelência, para a evolução do mangalarga pampa.

Foto: Equipe Lagoinha.

Foto: Marisa Iorio

O público novamente lotou o recinto do leilão.

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Revista Mangalarga

Julho, 2019

Com apenas seis meses de idade, Linaro do PEC (Eufrates do PEC x Fronteira do PEC) atingiu a cotação de R$ 31.000,00.


Mercado & Finanças nças

Por Pedro C. Rebouças Fotos: Norberto Cândido

LEILÃO HARAS PARADISE

Primeira edição do evento atraiu investidores de seis estados brasileiros

O Centro Cultural D+ foi o ponto de encontro do evento.

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Leilão Haras Paradise e Convidados VIP movimentou o mercado da raça na noite de 29 de abril. Realizado em formato virtual, com ponto de encontro no Centro Cultural D+, na capital paulista, o remate negociou 20 lotes por um valor médio de R$ 35.000,00, movimentando uma receita total de R$ 700.000,00. Segundo Jeferson Camillo e Veralucia Vieira, titulares do Haras Paradise, o leilão teve momentos de alegria e sucesso absoluto nas vendas, contando ainda com a presença dos familiares e vários amigos, que aproveitaram o ensejo para comemorar o aniversário de 16 anos da filha do casal Gabrielle Camillo. Os promotores do evento destacam ainda que a proposta

Detalhe da decoração do Leilão Haras Paradise.

inicial do leilão foi disponibilizar para outros criadores animais de alto nível genético, vindos dos mais renomados haras da raça Mangalarga, com uma relação custo-benefício bem atrativa. Além disso, entre os lotes do remate também estavam animais que serviram de base para a formação do plantel do haras e consolidação da marca VIP. O evento registrou ainda a participação de investidores dos estados de Alagoas, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Na avaliação dos organizadores, é muito gratificante ver que a raça Mangalarga vem nos últimos anos se destacando em todos os aspectos, ganhando grande exposição e despertando interesse principalmente dos criadores e

usuários do Norte e Nordeste do país. “O nosso sentimento com essa primeira edição do leilão é de gratidão. Fazer um evento em um espaço de tempo tão curto e ser um sucesso de vendas, não é brincadeira. Por isso somos gratos à nossa equipe VIP e a todos os envolvidos nesse projeto. Com certeza, nos próximos eventos estaremos ainda mais preparados. A nossa missão é fazer e fornecer sempre o melhor”, destaca o casal Veralucia e Jeferson. O Leilão Haras Paradise contou ainda com organização da Business Leilões, transmissão televisiva do canal Terraviva e retransmissão pela internet da D+TV. Julho, 2019

Revista Mangalarga

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Mercado e Finanças Merc

Por Pedro C. Rebouças

3º LEILÃO HARAS A.E.J

Fotos: Beto Falcão

Venda de 50% dos direitos da premiada Gica Mangabaia foi o ponto alto do evento, que alcançou uma cotação média de R$ 98.000,00

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m público superior a 450 pessoas prestigiou a terceira edição do Leilão Haras A.E.J, realizada na tarde de 06 de abril, na sede do criatório no município paulista de Amparo. O aguardado remate contou com a oferta de 25 lotes especialmente selecionados, entre os quais estavam animais de futuro promissor tanto para as pistas como para a reprodução, barrigas e embriões de matrizes consagradas, além de pacotes extras de cobertura do renomado garanhão Quartzo JES. Como nas edições anteriores,

A família Esteves recebeu os amigos na sede do haras em Amparo. O remate ofertou 25 lotes com a essência da seleção A.E.J.


Mercado e Finanças nças o evento promovido pela família Esteves proporcionou a seus convidados uma grande festa da raça Mangalarga, com um leilão leve e descontraído com duração de duas horas e quarenta minutos, que alcançou um índice de 100% de liquidez e registrou a expressiva cotação média de R$ 98.000,00. De acordo com Luiz Gustavo Alves Esteves, filho do titular do criatório Almiro Esteves Junior, o 3º Leilão Haras A.E.J foi pensado com muito cuidado para oferecer aos amigos mangalarguistas animais de qualidade e com a essência do trabalho de criação do criatório, que busca selecionar animais muito bons de marcha, porém sem perder a beleza e a função.

Ponto alto Ainda segundo Luiz Gustavo, o principal momento da tarde foi a venda de 50% dos direitos da premiada alazã Gica Mangabaia (Popó Juja em Xica Mangabaia),

Grande Campeã Égua da Etapa Final da Copa 2018 e 2ª Reservada Grande Campeã Nacional Égua de Marcha 2018, adquirida pelo Haras J.E.B, de Amparo (SP). O remate teve ainda outros momentos de grande destaque, como a comercialização do lote ‘Baby’ do leilão para o Haras Precioso, a venda da potra alazã Ibéria do A.E.J (Quartzo JES em Dalila do A.E.J) para um condomínio formado por Vinicius João Curi e Agropecuária Sinhá Maria e ainda a venda da égua alazã Época do A.E.J (Quartzo JES em Graça NLB) também para a Agropecuária Sinhá Maria. Em sua página no Facebook, o Haras A.E.J destacou a alegria do trabalho e todo o esforço realizado por todos os integrantes da família e da equipe do criatório. Além disso, registrou sua gratidão àqueles que colaboraram para o êxito do evento. “Gostaríamos de agradecer a todos os funcionários do haras, sem exceção, pois sem

A comunidade mangalarguista lotou o recinto do Leilão A.E.J.

Almiro Esteves Junior comemora o sucesso do remate com a família e amigos.

vocês nada disso seria possível. Gostaríamos também de agradecer todos que compareceram e fizeram da nossa festa, a festa! E a todos os nossos patrocinadores e a todos os compradores que acreditam em nosso trabalho! Esperamos que os animais dêem muita alegria a vocês assim como sempre nos deram. Nos vemos em 2021 com o 4º Leilão Haras A.E.J.” Em sua terceira edição, o remate da grife A.E.J teve organização da Programa Leilões e contou com transmissão da Zona Rural TV e retransmissão da Remate Web. O evento, além disso, teve os patrocínios de Grupo José Alves, Royal Horse, True Support e PPA Conforto com Segurança. Para obter mais informações sobre o evento, entre em contato com a Programa Leilões pelos telefones (43) 3373-7077 e (11) 3616-5070. Já para conhecer melhor o trabalho do Haras A.E.J, visite o portal www.harasaej.com.br.

O evento registrou um índice de 100% de liquidez.

A Equipe A.E.J celebrou o sucesso da terceira edição do leilão. Julho, 2019

Revista Mangalarga

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Mercado & Finanças Merc

Por Pedro C. Rebouças Fotos: Norberto Cândido

LEILÃO HARAS LFT Evento consolida o criatório como referência para o público do Sul de Minas

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Haras LFT promoveu, no dia 25 de maio, na sede do criatório, em Botelhos (MG), a terceira edição de seu leilão. Voltado especialmente ao público usuário, o evento atraiu cerca de 600 apaixonados por cavalos de todo o Sul de Minas. Segundo Luis Fernando Toledo, titular do criatório, o remate teve um balanço bastante positivo dentro de sua proposta de trazer novos proprietários para a raça Mangalarga. “O nosso leilão é um evento com entrada livre, que procura atrair o público da região e não se restringe apenas aos criadores da raça. Este ano, graças à participação de vários novos compradores e de muitos usuários, nós tivemos um resultado realmente muito bom.” O titular do criatório destaca ainda que, com o objetivo de

estimular as vendas e estreitar os laços com os participantes do leilão, o Haras LFT adotou uma inovadora iniciativa nesta edição do leilão, doando aos compradores dos lotes títulos de sócios-usuários da ABCCRM (Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga). Além disso, Toledo lembra que o leilão vem tendo a função de fortalecer a imagem do Haras LFT em Botelhos e nos municípios vizinhos. “Hoje, o nosso evento já entrou para o calendário da cidade, contando inclusive com a participação do prefeito e dos vereadores locais e recebendo a cobertura de TVs e rádios regionais. Nós acreditamos que, dessa maneira, o haras está se consolidando como uma referência para os usuários da região, assim, mesmo que a pessoa não compre

O evento já se tornou referência para os usuários da região. 78

Revista Mangalarga

Julho, 2019

no dia do evento, ela pode voltar depois para adquirir seu cavalo.” Na avaliação de Toledo, eventos como o promovido por ele são importantes para ampliar o mercado da raça, ajudando a dar destino aos animais que não vão para a pista de julgamento. “Eu estimo que a cada cem animais nascidos, apenas uma elite de cerca de 15% apresentará as características necessárias para se destacar na reprodução ou nas exposições da raça. Então, é preciso criar um público consumidor para esse contingente de animais que não é aproveitado nessas atividades mas que possui muita qualidade e pode ser utilizado com sucesso em outras funções, como cavalgadas, provas funcionais e enduros.” Mais informações sobre o Haras LFT podem ser obtidas na página do criatório no Facebook ou pelo whatsapp (35) 98417-0012.

Cerca de 600 pessoas prestigiaram o Leilão do Haras LFT.


Por Pedro C. Rebouças

Mercado & Finanças nças

1º LEILÃO ACF Principal destaque do evento, a potranca alazã Jaçanã ACF atraiu um investimento de R$ 182.000,00

Fotos: Norberto Cândido

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1º Leilão Haras ACF, promovido pelo criador mineiro Antônio Carlos Ferreira, foi uma das principais atrações da programação da Copa de Marcha de Mogi Mirim (SP). Realizado na tarde de 08 de junho, com organização da Prime Selection e da Júlio Paixão Leilões, o remate movimentou uma receita total de R$ 1.297.000,00, contando com a participação de 26 compradores, dentre os quais estavam vários novos criadores de diferentes estados brasileiros. Na avaliação do promotor do leilão, a realização do evento dentro da Copa de Mogi Mirim foi bastante positiva. “Acredito que isso veio somar para o êxito do nosso leilão, que teve um resultado excelente e superou as nossas expectativas, afinal ele atraiu um público muito bom e registrou uma liquidez também muito boa”, destacou Antônio Carlos Ferreira. O lote mais valorizado do dia foi composto pela potra Jaçanã ACF (T.E.). Produto do cruzamento entre Vermute ACF (T.E.) e Visão ACF, a jovem alazã foi arrematada por Guilherme Pompeu Pizza Saad por R$ 182.000,00. Já a potra alazã tostada Jane ACF (TE), produto do cruzamento entre Vermute ACF (T.E.) e Pátria ACF, mereceu o segundo maior investimento do remate, sendo arrematada pela Agropecuária Sinhá Maria por R$ 98.800,00. Segundo Rogério Cruz Dias Teixeira, diretor da Prime Selection,

Evento teve a participação de compradores de diversos estados.

o leilão transcorreu com absoluta transparência na condução de todos os trabalhos, reiterando o comprometimento de promotor e organizadores com os criadores e com a raça Mangalarga e seu crescimento. “O evento foi concebido originalmente com simplicidade, mas com toda a estrutura necessária, com profissionais qualificados e equipe preparada, de forma a se produzir o melhor custobenefício, conforto e segurança aos presentes, assim como um ambiente saudável e familiar, em que amigos se confraternizaram em torno do cavalo e no qual os novos criadores foram muito bem acolhidos e se sentiram em casa. Tudo isso paralelamente à Copa de Marcha de Mogi Mirim, igualmente conduzida com zelo e profissionalismo”, ressalta Rogério Cruz.

Ainda de acordo com o diretor da Prime Selection, “mais de seis milhões de pessoas foram alcançadas pelos trabalhos de publicidade do leilão, visualizando pelo menos uma vez os anúncios em diversas plataformas e veículos de mídia impressa e eletrônica, de forma que se permitiu levar ao conhecimento de um imenso público potencial consumidor as qualidades da raça, seu atual nível de evolução genética e zootécnica, além da autêntica marcha do Cavalo Mangalarga”.

Um ótimo público acompanhou o remate.

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Mercado & Finanças Merc

Por Pedro C. Rebouças

6º LEILÃO GRANDES MARCAS Compradores puderam adquirir produtos de cabeceira dos plantéis de quatro conceituados criatórios da raça

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movimentando uma receita total de R$ 616.000,00. Segundo Rodrigo Paradeda Nunes, assessor do remate, a seleção dos lotes para essa sexta edição foi feita com muito critério, tirando animais de cabeceira dos plantéis dos haras participantes para abrilhantar o leilão. “Esses quatro criatórios estão entre os maiores dentro da raça e prezam por produtos que tragam genética para melhoria de plantel. Dessa maneira, disponibilizaram nesse leilão animais que são ou já foram de seus respectivos times de pista, além de doadoras de muita importância, proporcionando uma excelente oportunidade para os criadores de Mangalarga.” Ainda de acordo com Rodrigo

Foto: Beto Falcão

A potra Croácia da Braido foi um dos destaques do leilão.

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Paradeda, o lote mais valorizado da noite foi composto pela potranca Croácia da Braido (T.E.). Produto do cruzamento entre o Grande Campeão Nacional Regalo da Braido (T.E.) e a matriz Jina da Piratininga (T.E.), a bela fêmea pampa de alazão foi ofertada pelo criador Nelson Antônio Braido, atraindo um investimento de R$ 78.000,00 por parte do apaixonado pela raça Marco Montanaro. Mais informações sobre o 6º Leilão Grandes Marcas, que contou com os patrocínios de Chevrolet, Bradesco, Kalunga e Açores Troncos e Balanças, podem ser obtidas com a Programa Leilões pelos telefones (11) 3616-5070 e (43) 3373-7077.

Foto: Norberto Cândido

6º Leilão Grandes Marcas movimentou o mercado do Cavalo de Sela Brasileiro na noite da terça-feira 23 de abril. Optando nesta edição por um formato virtual, com transmissão do Canal Rural e organização da Programa Leilões, o remate atraiu investidores dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Pará. Promovido de forma conjunta por quatro conceituados criatórios da raça Mangalarga - Haras Três Rios (Armando e Fernando Raucci), Haras Braido (Nelson Antônio Braido), Haras Precioso (Eduardo Rabinovich) e Haras F1 (Eduardo França), o Leilão Grandes Marcas negociou 28 lotes por uma cotação média de R$ 22.000,00,

Revista Mangalarga

Julho, 2019

Os promotores do leilão Fernando Raucci (Haras Três Rios), Eduardo França (Haras F1), Eduardo Rabinovich (Haras Precioso) e Nelson Braido (Haras Braido) em edição anterior do evento.


A voz do criador ador

MARCHA TROTADA TROTADA SIM, GRAÇAS A DEUS! (Esse artigo representa exclusivamente o pensamento do autor)

N

os últimos tempos tem havido uma verdadeira campanha contra a principal característica do cavalo Mangalarga, que é o seu andamento, a MARCHA TROTADA. Alguns alegam que o termo “trotada” não é atrativo comercialmente, ou até que seria depreciativo. Isso definitivamente não é verdade, pois a Raça Mangalarga esteve no topo do mercado entre todas as raças de sela durante muitos anos, longe da segunda colocada, e ninguém reclamava do nome do andamento. Ao contrário, já há alguns anos tem-se omitido, indevidamente, o termo “trotada” quando se referem ao andamento, tanto nas provas dos julgamentos como nas Copas, e nem por isso o mercado melhorou, tem até piorado diga-se. Mas o fato é que o nome do andamento não interfere no mercado do nosso cavalo, são outros os fatores determinantes, sendo o principal deles a conjuntura econômica do país, com certeza! Outros não se contentam em mudar apenas o nome, querem mesmo é mudar o andamento, para o tríplice apoio. Ora, isso seria um verdadeiro crime zootécnico, visto que a MARCHA TROTADA é a razão da existência do Mangalarga, é o “pulo do gato” da Raça, é jogar no lixo o trabalho de mais de cem anos de seleção. O Cavalo Mangalarga teve sua origem no cavalo da Península Ibérica, sendo que considera-se o Álter e o Andaluz como as raças que, qualitativamente, mais influenciaram na formação do Mangalarga. A Raça foi plasmada no Sul de Minas Gerais e posteriormente levada ao Estado de São Paulo por membros da família Junqueira, responsáveis pela formação do Mangalarga. Em sua origem, embora descendente de raças de animais de trote, ocorreu o aparecimento dos andamentos marchados no Sul de Minas Gerais, muito provavelmente em decorrência dos efeitos do meio (terras de baixa fertilidade, pastagens de baixa qualidade, falta de suplementos e consequentes deficiências nutricionais; etc.) que levaram a defeitos de conformação, notadamente no que diz respeito aos aprumos posteriores e garupa. Cita-se também a possível influência do cavalo holandês, que poderia ter influenciado no aparecimento de andamentos marchados. Posteriormente, após a vinda de parte da família

Junqueira para o Estado de São Paulo, priorizou-se a seleção de um cavalo mais ágil e equilibrado, adequado às funções que se espera de um cavalo de sela, tanto no trabalho como no esporte, surgindo aí a MARCHA TROTADA. Desde a fundação de nossa associação, em 1934, os objetivos da raça sempre foram muito bem definidos. Consta das instruções para registro genealógico, organizadas pelo conselho técnico da época, em seu artigo 7º: “O cavalo Mangalarga, à medida que for melhorado, adquirirá formas mais harmoniosas no seu conjunto, desenvolvendo-se seus atributos de resistência e agilidade, de maneira a torná-lo um animal de sela por excelência, onde suas qualidades sejam aproveitadas nos trabalhos de campo e nos esportes”. O estabelecimento do conceito de uma raça de sela por excelência foi fundamental para a seleção e melhoramento do Mangalarga. A conformação academicamente correta para o cavalo de sela representa a adaptação deste animal, durante milhares de anos, às funções que sempre se exigiram dele. Decorrem desta conformação os andamentos naturais do cavalo, que propiciam o melhor desempenho dos animais nas tarefas que lhes são exigidas. Ou seja, o Mangalarga sempre foi selecionado para ter um elevado desempenho funcional, alicerçado em uma morfologia de alta qualidade zootécnica, adequada e imprescindível a uma raça de sela. O objetivo de nossa raça sempre foi produzir animais capazes de exercer soberbamente as finalidades esperadas de um cavalo de sela. Em várias publicações relativas ao Mangalarga, ao longo dos anos, bem como em inúmeras outras relativas à equinocultura, fica muito claramente estabelecido que existem três andamentos considerados NATURAIS para o cavalo de sela, que são: passo, trote e galope, sendo os demais andamentos provenientes de um adestramento específico (caso dos andamentos de alta escola) ou de má conformação (no caso dos andamentos marchados) e que o equilíbrio e bom desempenho das funções do cavalo de sela são prejudicados pela má conformação e consequentes andamentos desequilibrados. O conhecimento da relação entre boa conformação e andamentos em diagonal já era observada e apregoada Julho, 2019

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A voz do criador desde a fundação da Associação, como podemos observar no texto abaixo – Sugestões a Respeito da Criação do Cavallo Mangalarga – de João Francisco Diniz Junqueira, membro do Conselho Técnico – 1936: “...Somos de parecer que devemos selecionar o Mangalarga num tipo escorreito de cavalo de sela, dando grande valor ao espécime rigorosamente puro e de andar suave, com o mecanismo de movimento em apoio diagonal”. Em várias publicações relativas ao Mangalarga, ao longo dos anos (Correa, P.L., 1936; Ralston, E.P., 1936; Junqueira, J.F.D., 1939; Chieffi, 1939; Chieffi, 1943; Junqueira, J.F.D., 1976; Simões, F., 1976; Marchi, E.B., 1983; Torres, A.P. e Jardim, W.R., 1977; Simões, F., 1983; I Simpósio sobre o padrão do andamento do Cavalo Mangalarga - Anais – Orlândia -1984; Dittrich, J.R., 2001; Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas. Equinocultura. 2013.; Casiuch, R.L. e Junqueira, G.D., 2017), fica mais do que bem estabelecido que, no caso específico da Raça Mangalarga, graças a um árduo e bem orientado trabalho de seleção, conseguiu-se chegar a um andamento que reúne as vantagens da comodidade e o equilíbrio e desenvoltura que devem ser características do bom cavalo de sela: a MARCHA TROTADA, cujo mecanismo é definido por um ínfimo tempo de suspensão entre os apoios diagonais. Ressaltamos a qualidade técnica dos citados trabalhos, sempre muito criteriosos em sua metodologia. Destacamos aqui, por exemplo, os trabalhos publicados por Armando Chieffi (1939 e 1943), que já nesta época se demonstravam acurados em sua metodologia, utilizando-se de amostragem aleatória e avaliando os andamentos dos animais tanto em liberdade quanto montados, permitindo-se, assim, avaliar a influência do adestramento e/ou treinamento nos andamentos. Nos dias de hoje, as avaliações devem ser feitas de maneira muito criteriosa, pois é de conhecimento corrente a utilização de artificialismos, em suas várias formas: desde o uso de correntes nos membros, rédeas e outros acessórios que visam condicionar as trocas de apoio rápidas e acentuar o alçado dos membros, etc..., até a utilização indiscriminada de medicamentos e outras substâncias ilícitas, que em muito podem mascarar os resultados das avaliações, podendo comprometer as conclusões das mesmas. Na MARCHA TROTADA, o tempo de suspensão é mínimo, somente o suficiente para que se proceda a troca dos membros, justificando-se dessa maneira a denominação de MARCHA TROTADA. Em terreno plano e em linha reta, o rastro dos posteriores do animal em andamento deve alcançar ou cobrir o dos anteriores. As passadas deverão ser elegantes, levemente alçadas, longas e enérgicas. Enquanto o trote puro intercala entre os apoios diagonais contrários um tempo de suspensão evidente, ou seja, existe um momento em que o animal 82

Revista Mangalarga

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fica completamente desligado do solo, na marcha trotada conseguiu-se quase que eliminar este tempo de suspensão, característico do trote. A quase supressão do tempo de suspensão, que somente é suficiente para que se proceda a troca dos apoios, é característica inconfundível da MARCHA TROTADA, e propicia a COMODIDADE tão elogiada pelos apreciadores do Mangalarga. O melhoramento genético de uma raça se faz pelos critérios corretos de seleção da mesma. A seleção pode ser definida como a escolha dos indivíduos que serão utilizados na reprodução e transmitirão seus genes às futuras gerações. A escolha correta dos indivíduos geneticamente superiores determina o sucesso do programa de melhoramento. Por outro lado, a escolha equivocada dos indivíduos, permitindo-se que aqueles que são geneticamente inferiores e portadores de características indesejáveis, trarão resultados desastrosos ao programa, propiciando que as futuras gerações venham a ser inferiores à geração atual. A morfologia e o desempenho são muito correlacionados geneticamente. Os indivíduos de melhor conformação são, em média, os de melhor desempenho, assim como os indivíduos de melhor desempenho, em média, apresentam conformações zootecnicamente superiores. Como na avaliação do cavalo existe uma grande influência do homem (doma, adestramento e condicionamento, etc.) é preciso muito critério e conhecimento técnico-científico para diferenciar e escolher corretamente os indivíduos geneticamente superiores. Como já foi abordado aqui, o Mangalarga sempre foi selecionado como cavalo de sela e dele espera-se as qualidades que o qualifiquem como tal, ou seja, capaz de um desempenho condizente com sua função. Em nossa raça, a marcha trotada de qualidade, que é sempre associada a uma boa conformação, é aspecto fundamental à correta seleção dos indivíduos que serão pais das próximas gerações. Desde a fundação da Associação a MARCHA TROTADA foi o único e fundamental andamento selecionado e característico de nossa Raça, que a diferencia das outras raças de sela existentes. As diretrizes técnicas competentes instituídas desde a fundação da Associação e continuadas posteriormente, sempre no sentido de se selecionar um cavalo de sela por excelência, alicerçadas no conhecimento técnico de que para se chegar a este objetivo era imprescindível o melhoramento da conformação (enquadramento no modelo universal do cavalo de sela), notadamente dos aprumos e garupa, permitiram a fixação da MARCHA TROTADA, andamento que traz vantagens enormes na utilização do cavalo e, não sem razão, muito admirado e apreciado pelos criadores do Mangalarga, e também por criadores de outras raças. Podemos afirmar, com certeza, que a seleção dos animais melhor conformados


A voz do criador ador e de MARCHA TROTADA propiciou a alta qualidade zootécnica alcançada pelo Mangalarga. Finalmente, há de ressaltar, mais uma vez, a magnitude do FEITO ZOOTÉCNICO que foi a fixação da MARCHA TROTADA em nossa Raça. Graças a um correto e bem direcionado programa de seleção, alcançamos algo que até então era considerado impossível: fundir-se o equilíbrio, desenvoltura e agilidade do andamento diagonal (que é decorrente da conformação do cavalo de sela) com a suavidade do andamento em tríplice apoio (que com certeza é bem menos equilibrado e decorrente de conformações menos corretas). Ressalte-se que este feito não foi repetido em nenhum outro lugar do mundo. Temos várias raças de sela, no Brasil e em vários outros países, mas o andamento do Mangalarga é ÚNICO. Em vista do exposto, torna-se claro que o andamento do Mangalarga não é a marcha típica nem o trote puro e sim um andamento intermediário entre os dois, e que agrega somente as vantagens de ambos. Fica, portanto, desprezível a discussão se o tempo de suspensão é inexistente ou quase inexistente, o que não se pode admitir é o tríplice apoio, nem tampouco o trote puro, que, aliás, são andamentos desclassificantes segundo o Padrão Racial. É a MARCHA TROTADA a principal característica da Raça Mangalarga e, portanto, deve ser preservada e enaltecida a qualquer custo. Esconder o seu

nome oficial é negar a própria identidade da Raça.. E viva a MARCHA TROTADA, TROTADA A SIM, graças a Deus!

João Tolesano Junior Técnico de registro, jurado e membro do Conselho Deliberativo Técnico da ABCCRM. Assessor técnico de vários criatórios. Trabalha com o Mangalarga desde 1979.

TODOS OS CLASSIFICADOS EM UM CLICK

OS ANÚNCIOS DOS ANIMAIS ESTÃO DISPONÍVEIS EM: cavalomangalarga.com.br/classificados fb.com/classificadosabccrm


Lazer & Cultura

MULHER MANGALARGUISTA Relatos de uma mãe mangalarguista que conhece bicho de pé

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m mundo que gira 360 graus em um clique. Fácil viajar para todos os lugares do planeta, sem mover um músculo sequer. Estão sempre rodeados de amigos, mas em jogos virtuais, cada um jogando em seu quarto, equipados com ‘headphone’ com ‘bluetooth’ e microfone, distantes do “olho no olho” do colega adversário, atentos apenas na perseguição que ocorre em uma tela de tv e na destreza dos tiros através de um ‘joystick’. Gostam de manga, mas não conhecem o cheiro de uma mangueira carregada de frutos. Bicho de pé? Não sabem nem o que é. São capazes de alterar a língua portuguesa, colocando as mesmas palavras, mas com grafia preguiçosa (“vc”, “qq”, “blz”), um mundo de velocidade, pouco vivido em intensidade. Frustram-se facilmente, não suam nas batalhas, essas são apenas virtuais e praticam deitados, no ar condicionado. A realidade, por fim, assusta quem não sai do quarto e ainda assim os preparamos para o mundo... preparamos? Ora, não! Preparamos cavalos! Os treinamos para enfrentar as batalhas, olho no olho. Eles conhecem seu parceiro de batalha, sentem seu cheiro e reconhecem sua voz. Os deixamos prontos para os enduros 84

Revista Mangalarga

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“Somos privilegiados. Temos os cavalos e as crianças...”

da vida; nos preocupamos com o cuidado ‘fitness’, afinal são duras as provas de morfologia e é necessário estar com tudo em cima; seguida das provas funcionais, com obstáculos para que possam competir e receber merecidos aplausos; situação que nos fazem colocá-los no mais elevado patamar de um atleta e, para isso, investimos em sua saúde, alimentação e treino e, que maravilha, eles não reclamam! As crianças? Ah, elas preferem hambúrgueres, batata frita e não gostam de ir para o Haras, preferem “jogar com os amigos”, cujo jogo não os exercitam. Estão engordando, mas, afinal, elas crescem e se espicham ... e não gostam de colocar botina, então melhor deixá-los de chinelos, no conforto do lar, afinal já fazem inglês, espanhol, estudam

a semana toda se preparando para o Enem... e vamos todos nos afastando... aos pouquinhos e, sem ao menos perceber, preparamos para as lutas da vida apenas aqueles que não reclamam quando entram no carro preferindo o seriado do netflix ou jogar o ‘fortnite’, preparamos, apenas, os cavalos... Se você se identificou ao menos um pouquinho, se conhece os termos “da geração PS4 e Netflix” narrados nesse texto, relaxe, estamos na mesma tropa... mas somos de uma geração destemida, do “chumbo trocado não dói”, da guerra de mamona. Jogávamos mãe da rua, andávamos de carrinho de rolimã sem medo da ladeira e sem medo de ser feliz – e, claro, sem freio confiável também, e, talvez por isso, enfrentávamos qualquer perigo e aprendíamos a ter mais destreza! Aprontávamos tocando a campainha do vizinho e correndo e, ainda, domávamos cavalos, no carinho do contato constante. Uma doma racional e infantil que sempre teve resultado aparente, embora não percebíamos o quanto esse chamego significava para o conjunto criançacavalo, um animal sociável e que vive em bando, nos aceitando como parte de seu time de herbívoros, sem qualquer distinção ou discriminação. Fazíamos amizade com os


Lazer & Cultura ltura cavalos e nos fortalecíamos em um vínculo de amor tão imenso que entre um relincho e uma conversa, esse sentimento mútuo crescia e nos tornávamos crianças melhores. Os cavalos certamente percebiam que também nos domavam e ainda moldavam nossos sonhos infantis. E, sem que percebêssemos, crescíamos pessoas melhores, mais fortes, mais equilibradas emocionalmente, mais preparadas para o mundo. Somos da geração que cresceu seguindo os pais nas chácaras, sítios e fazendas. Andávamos de botina ou descalços mesmo, até conhecer o bicho de pé e desistir do pé no chão aprendendo a lição. Uma geração de “centauros”, onde o corpo do cavalo se confundia com o nosso corpo de tão grudados na sela por horas a fio, criança e cavalo, como se fossemos apenas um e, para desmontar daquele parceiro de quatro patas e orelhas atentas, só mesmo ameaçados por uma surra de uma mãe aos berros. Fazemos parte da geração que luta, que desbrava, que assume responsabilidades, chefiamos! Tornamo-nos empresários, advogados, odontólogos, veterinários, engenheiros, zootecnistas, pecuaristas ou apenas donos do nosso próprio nariz, comandantes de nossa vida, marinheiros de nosso próprio barco, sem depender de ninguém. Líderes natos, aprendemos a andar “prá frente”, abrimos nossas porteiras no peito e na raça, enfrentando os obstáculos. Aprendemos a liderar, porque nos viramos no “chumbo trocado” na hora do recreio. Para ter ‘bulllying’ tinha que haver uma vítima perpétua e não aceitávamos ser o motivo da chacota diariamente, revidávamos e a “batata quente” era transferida a outro e, no final, todos aprendiam a se defender. Batalhávamos, competíamos, reconhecíamos o blefe pelo olhar do colega, nos destacávamos quando

pequenos e somos hoje o resultado do ontem, com tropeços, claro, porque ninguém nasce sabendo, mas aprendendo a dar a volta por cima, montando novamente e descobrindo que cair faz parte e vira apenas história boa de se contar depois que se aprende a levantar e a sacodir a poeira. Dessa maneira, fomos aprendendo a lidar com as frustrações da queda e a valorizar os nossos passos firmes que se seguiam após os tombos. Caímos, mas colocamos novamente o pé no estribo e nos reerguemos, suados e ainda mais fortes e mais preparados que antes. Onde está a geração que enfrentará o caos sem perder o equilíbrio? Nossos sucessores, prontos para meter o pé no estribo ao menor sinal de nossa velhice? Onde estarão os fortes guerreiros, já preparados para os desafios, para as provas funcionais que a vida teima em nos testar nas mais inesperadas situações corriqueiras de uma vida adulta? Se estivermos distantes dos cavalos, perderemos um grande aliado na educação de nossos filhos, um aliado mais que capacitado a ensiná-los a se sentirem invencíveis, prontos para desbravarem o mundo em um simples toque suave de pernas, ensinando-os que a vida derruba quando se entra na zona de conforto e se desconcentra, quando se distancia de compromisso ou atenção, exatamente como ocorre na vida, mas que há esperança, basta acreditar em si mesmo, replanejar, reorganizar, olhar para além dos obstáculos focando no caminho que se quer seguir, sacudir a poeira, meter o pé no estribo e seguir adiante! E avante! Somos privilegiados. Temos os cavalos e as crianças... e talvez seja preciso ouvir as reclamações dos pequenos no carro, os protestos pelo Netflix e PS4 sem importarmos para

isso. Enquanto reclamam, podemos aumentar o som, colocar a música “COURO DE BOI” para mostrarlhes que a vida permite fazer o mundo girar e o que fazemos hoje poderá ter retorno amanhã, já que somos donos do futuro, mas sempre escravos do passado. Aumentaremos o som até que a melodia ultrapasse as reclamações juvenis. Iremos, de início, obrigálos a colocar o feno para os cavalos, a escová-los e a criar laços com aquele que irá olhá-los nos olhos e sentir suas expressões e seu cheiro. Vamos obrigá-los a sentir o vento no rosto na delícia de um galope, conhecendo a batida do coração ao se posicionarem para uma curva em toada e descobrindo a grandiosidade de uma conversa com o novo parceiro herbívoro quando, ao passo, retornarem felizes e exaustos. Vamos obrigá-los a viver e a ser pessoas melhores, como os cavalos fizeram conosco. E amanhã, quando nossos filhos nos acordarem cedo, antes mesmo do amanhecer, já de botina, pedindo para levar amigos para o Haras, estando corados de sol, saberemos que fizemos a coisa certa e teremos, enfim, nossos sucessores, equilibrados emocionalmente, fortes para enfrentar as provas funcionais que a vida reserva, sabedores do momento exato de aumentar a velocidade para um galope, de recuar, de seguir ao passo, de fechar na marcha, de chegar na frente, como o mundo sempre os exigirá.

Renata Sari Mangalarguista, mãe de quatro filhos, advogada, sócia do escritório Sari Advogados e do Haras Apoena, casada com o mangalarguista Deolindo José de Freitas Jr, advogado, empresário e sócio nos negócios além de um grande parceiro na vida.

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Lazer L azer & Cultura

O passeio permite uma imersão na história da região.

ROTA DO VINHO NA PROVENCE Charmosa região do Sudeste da França proporciona uma incrível cavalgada por vilarejos preservados, tradicionais vinícolas e belas paisagens da costa mediterrânea

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Revista Mangalarga

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Fotos: Divulgação

P

rovence, no sul da França, é bem conhecida por sua requintada gastronomia e excelentes vinhos. Assim, cavalgar em trilhas entre campos e vinhedos das regiões vinícolas de Cotes de Provence e Cotes Du Rhone, cruzando alguns pequenos vilarejos, foi uma experiência inesquecível. A base de onde saímos para a cavalgada é a aldeia medieval de Lauris, próximo de Marselha. A partir dali seguimos diversas trilhas através da Provence explorando a variedade de paisagens da costa mediterrânea do sudeste da França. Essas paisagens têm sido retratadas em pinturas de muitos artistas,

Belos vilarejos preservados compõem o roteiro.


Lazer & Cultura ltura incluindo Van Gogh e Cézanne. A cavalgada é uma verdadeira viagem no tempo, a região tem vários vilarejos preservados, vários deles listados como os mais belos da França no site Les Plus Beaux Village de France. Cruzamos também o Parque Regional Natural Luberonque, que tem como um de seus objetivos preservar as coisas como elas eram, especialmente a vocação rural do lugar. Um rico patrimônio natural e cultural que se encontra preservado por séculos. O filme “Um Bom Ano”, protagonizado por Russell Crowe, foi filmado na região. Já no primeiro dia, no caminho, uma parada para degustação de vinhos em uma “Cave de Vins”. Antes do almoço, no segundo dia, uma prova de vinhos no Domaine des Anges. No dia seguinte a prova foi no Domaine de Cassan. Os almoços piqueniques organizados pelo chef com produtos da região incluíram frutas de pomares pelos quais passamos no vale do Durance. Além do vinho, os queijos são destaque nessa viagem a cavalo, a França é o primeiro produtor mundial de queijos tanto do ponto de vista da diversidade quanto da qualidade. No quarto dia, com nossos cavalos cruzados andaluz e árabe, entramos na área produtora de “Côtes de Ventoux”, através dos montes Vaucluse. No último dia, seguimos de Crillon Le Bravepar a Gigonda, cruzando várias aldeias e campos de lavanda, tendo sempre o “Mont Ventoux” ao fundo. Encerrando a cavalgada em grande estilo com prova de vinhos no Domaine de Cassan.

Paulo Junqueira Arantes www.cavalgadasbrasil.com.br

Premiação da turma menor de 18 anos com os pais fazendo a festa. Os participantes podem degustar os vinhos da região.

A cavalgada percorre as belas paisagens da costa mediterrânea.

Participantes atravessam vinhedos na região de Provence. Julho, 2019

Revista Mangalarga

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Espaço Técnico Espa

OS RISCOS DA OBESIDADE PARA A CRIAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS CAVALOS

A

obesidade é um assunto que vem sendo muito abordado nos últimos tempos. Para nós humanos, o que era, há algum tempo, um padrão de beleza, e até mesmo sinal de saúde para as crianças, se transformou, praticamente, no mal do século. O padrão de beleza mudou e os conceitos mais modernos de saúde criticam fervorosamente o acúmulo de gordura e divulgam amplamente os riscos da obesidade nas diferentes fases da vida. Outra revolução envolve os padrões alimentares, na tentativa de sugerir a redução da ingestão de alimentos potencialmente calóricos e que levam ao acúmulo de gordura e à busca por uma dieta saudável. Com os cavalos, existiu uma situação bastante específica. Com a domesticação da espécie e a sua utilização em diferentes atividades de trabalho e principalmente como instrumento de guerra, foi preciso impor uma mudança nos hábitos alimentares. Esses herbívoros, que passavam até 18 horas por dia se alimentando, foram obrigados a terem que ingerir em poucas horas toda a quantidade de alimento necessária, pois chegavam a ficar até 12 horas em atividades de deslocamento ou trabalho. A partir dessa demanda, foi preciso incluir 88

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na dieta dos cavalos ingredientes concentrados, ou seja, com maior concentração de energia e proteína, principalmente em comparação com o capim que era seu alimento tradicional. Como consequência da inclusão de grãos de cereais na dieta, os cavalos passaram a sofrer alterações digestivas, as conhecidas e temidas cólicas e alterações metabólicas que levaram inicialmente à obesidade. Assim se estabeleceu um novo padrão de beleza e por que não dizer de saúde, para os cavalos, que vem se arrastando até os dias de hoje. Toda vez que se inicia um processo de preparação de cavalos para julgamentos de morfologia ou para venda, vem a expressão “precisa engordar”, “os juízes somente dão prêmios para cavalos gordos” ou “para a condição de leilão é preciso engordar mais”. As “receitas” dietéticas para preparação de cavalos para exposição ou leilão, normalmente, envolvem o aumento da quantidade de ração, a adição de aveia ou milho e óleo vegetal, e o uso de suplementos. Nesse sentido é preciso compreender que fazer um cavalo engordar é relativamente simples, basta oferecer a ele uma dieta com excesso de energia, em quantidade acima das necessidades

e, mantê-lo confinado sem nenhuma atividade física. O mesmo modelo dietético que se utiliza para a engorda de frangos, suínos e bovinos, por exemplo. Hoje em dia, ainda é bastante comum ver cavalos sedentários sendo alimentados com dietas que favorecem o acumulo de gordura, contendo um desequilíbrio na quantidade de energia, com proteína de baixa qualidade e quantidade inferior à exigida, e, o mais grave, com muita ração em detrimento da quantidade de capim. Esse modelo pode parecer mais econômico, mas certamente irá trazer consequências muito graves para a vida dos cavalos. Outros fatores como a quantidade e a relação entre os minerais presentes na dieta e o uso inadvertido de alguns suplementos também podem influenciar. Que prejuízos a obesidade pode trazer para os cavalos? Inicialmente, é preciso observar os problemas dela na fertilidade do rebanho. Garanhões obesos tendem a ter pior qualidade espermática e dificuldade no momento da monta ou colheita de sêmen. Éguas obesas não têm cios regulares, portanto, não ficam prenhes e nem produzem embriões. No final da gestação, a obesidade pode levar à parição de potros pequenos e com


Espaço Técnico cnico deformidades flexurais devido à grande quantidade de gordura acumulada dentro da cavidade abdominal. É importante lembrar que a quantidade de gordura acumulada na cavidade abdominal é o dobro da quantidade presente no subcutâneo. Graves consequências também podem advir da obesidade em potros. A sobrecarga de peso, no momento da formação e crescimento dos tecidos de sustentação, ossos, articulações, tendões, ligamentos, pode levar a lesões que irão, certamente, comprometer o futuro, seja no desempenho esportivo ou na reprodução. Normalmente, potros obesos podem desencadear síndromes metabólicas que comprometem o crescimento e favorecem o desenvolvimento de outras doenças. Existe um entendimento inadequado que na preparação de potros para exposições, o acúmulo de gordura pode melhorar a apresentação e “esconder” alguns defeitos. Ainda mais prejuízo ocorre com os potros preparados para leilões, onde o excesso de gordura é condição tida como fundamental, pois esses indivíduos podem enfrentar graves consequências quando retornarem ao manejo nutricional normal, que vão desde alterações metabólicas até suscetibilidade maior a doenças, pois é preciso submeter esses potros a um “regime” dietético. Quando se refere a cavalos atletas, a obesidade é um grave fator de queda de desempenho. De imediato, o excesso de peso provoca uma sobrecarga na estrutura de sustentação e exige maior esforço muscular, que pode ocasionar lesões ortopédicas que podem comprometer inicialmente o treinamento e, pior, provocar uma claudicação ou manqueira no dia da competição e provocar o encerramento da carreira esportiva. Ainda, o acúmulo de gordura no subcutâneo dificulta o processo

de termo regulação, ou seja, a eliminação do calor produzido pela contração muscular. O excesso de calor acumulado, somado ao esforço muscular maior devido ao excesso de peso, com aumento de frequência cardíaca e respiratória, podem levar precocemente os cavalos a alguns distúrbios metabólicos, como, por exemplo, miosítes por esforço, alcalose metabólica, flutter diafragmático e cãibra. Não podemos esquecer que as dores musculares levam a alterações no andamento, resistência à manutenção da movimentação e sempre, alterações no comportamento, com reflexos na qualidade da equitação. Por esse motivo, dificilmente se observa cavalos obesos nas provas de maior competitividade das modalidades de corrida de curta e longa distância, salto, enduro, concurso completo de equitação, hipismo rural, tambor, balizas e aquelas que representam as atividades rurais com bovinos de um modo geral. O maior problema ocorre naquelas raças onde os cavalos precisam passar por um julgamento de morfologia e depois por uma ou mais provas funcionais, seja de marcha ou atividades equestres. Nessa situação, como acontece com os cavalos da raça Mangalarga, é preciso preparar o cavalo para atingir o nível de apresentação para o julgamento de morfologia, que tradicionalmente exige um maior acúmulo de gordura subcutânea. Ocorre que os cavalos que apresentarem algum grau de obesidade deverão ser prejudicados no momento do julgamento do andamento, prova que exige algum grau de esforço e desempenho. Tem ocorrido com alguma frequência, a desclassificação de equinos que, apesar de terem uma ótima pontuação na fase de morfologia, apresentam alguma dificuldade no momento da avaliação do

andamento, como manqueira ou falta de resistência física. Alguns ótimos exemplares da Raça têm sua participação nas exposições comprometida simplesmente pela não observação, no momento da preparação, que a obesidade é sempre um fator negativo. Mais recentemente, tem sido diagnosticada a ocorrência de Síndrome Metabólica de Resistência à Insulina, associada à alimentação com excesso de carboidratos solúveis, como o amido presente no milho e na aveia, e consequente obesidade, um distúrbio endócrino que pode levar os cavalos à queda severa de desempenho e laminite. Um dos atores que levam ao diagnóstico dessa síndrome metabólica é o acumulo excessivo de gordura no bordo superior do pescoço e base da cauda. De que forma então devemos pensar na manutenção dos cavalos no que se refere a acúmulo de gordura. Existe uma ferramenta muito eficiente, que todas as pessoas envolvidas com a criação e utilização do cavalo deveriam aprender a utilizar. Essa técnica foi desenvolvida para evitar a dependência apenas da balança, ou seja, do peso, para definição da adequação do acúmulo de gordura nas diferentes fases da criação e diferentes modalidades esportivas. Trata-se da Avaliação de Escore de Condição Corporal, um sistema de avaliação de acúmulo de gordura, em pontos específicos do corpo dos cavalos que permitem quantificar se encontram-se em condição Magra (1, 2 e 3), Ideal (4, 5 ou 6) ou Obesos (7, 8 e 9). Por exemplo, potros devem ser criados com Escore de Condição Corporal 4, éguas próximas a parir, escore 6, cavalos preparados para competições de enduro equestre, escore 3 a 4 e cavalos para salto ou adestramento, escore 6. Trabalhos recentes de pesquisa indicam que para manuJulho, 2019

Revista Mangalarga

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tenção da saúde digestiva, metabólica e comportamental dos cavalos é preciso tentar retorná-los a hábitos anteriores à domesticação que envolvem a alimentação predominante de volumoso, que garanta pelo menos 18 horas de mastigação por dia, a convivência com outros cavalos e a movimentação. Os cavalos para manter sua função digestiva e circulatória em níveis adequados precisam “caminhar” no mínimo 6 quilômetros por dia. O conhecimento das exigências dos cavalos, sejam nutricionais ou de manejo, e o treinamento para avaliação de escore de condição corporal podem contribuir muito para a melhor condição de vida, longevidade e desempenho.

Foto: Divulgação

Espaço Técnico Espa Prof. Dr. Alexandre Augusto de Oliveira Gobesso Laboratório de Pesquisa em Saúde Digestiva e Desempenho de Equinos Departamento de Nutrição e Produção Animal Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Universidade de São Paulo Campus Fernando Costa Pirassununga/SP

Por Pedro C. Rebouças

Espaço Técnico Esp

MITOS E VERDADES

O

cavaleiro, estudioso do cavalo e mangalarguista Sergio Lima Beck acaba de lançar o livro “Marcha: mitos, verdades e outras coisas”. Autor de vários artigos técnicos já publicados na Revista Mangalarga, Beck destaca que para bem conhecer as vantagens da Marcha Trotada é fundamental conhecer também as demais modalidades de marcha. Com 200 páginas, esta obra inédita na literatura equestre brasileira aborda o surgimento da marcha e suas modalidades, passa pela origem geográfica e étnica dos primeiros marchadores que vieram para o Brasil e apresenta conceitos e terminologias de andamento, 90

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parâmetros de classificação, avaliações e qualidades, métodos de seleção e treinamento, descrições oficiais no Brasil e no mundo, desenhos, fotos e imagens em movimento através de QR Code. O livro se propõe também a ser uma das obras ligadas à equinocultura nacional que mais desce a detalhes e que mais amplamente aborda as características, as necessidades e as virtudes da Marcha Trotada. Os interessados em adquirir um exemplar do livro podem entrar diretamente em contato com o autor pelo whatsapp (41) 999530317 ou pelo endereço eletrônico sbeckequinos@yahoo.com.br.

Foto: Divulgação

Livro aborda as diversas facetas da marcha equina

O livro também aborda as características da Marcha Trotada.


Fotos Norberto Cândido

Momento Social - Leilão Haras ACF

Renato Santos, Ricardo Barbosa e Adilson Maiate

José Luiz, Guilherme Fernando, Telles Martins e Celso C. Paoliello

Cristiano Maciel, Vinicius Mesquita e Josué Eduardo Grespan

Luiz Cintra Sutherland, Ronaldo A. Bichuette e Marcelo Junqueira

Christina Junqueira Fleury A. Costa, André Fleury e Maria M. Silva

Kim Cintra, Caito Cintra, Pedro L. S. Castedo, Sabine, Rodrigo Bertti, Renata Andrade e Claudia Paes

Sérgio Leal e Guilherme P. P. Saad

Danton G. de Andrade Filho e Luís Antônio Brandi

Nelson Lisa e Araci Oliva

Sérgio A. C. Paoliello, Antônio Carlos Ferreira e João Paulo F. de A. Fagundes

Sônia Marques, Maria Rita e Angela Dadazio

Marcelo Junqueira, Antônio Carlos Ferreira, Roberto Diniz Junqueira Filho, Gabriel Marques e Julio Paixão

Cristiano Luciano, Nelson Braido, Guilherme P. P. Saad e Benedito Carlos

Ivan Costa, Guilherme Costa, Isabella Costa e Marcia Costa

Camila Glycerio, Antonio Carlos Ferreira e Peter Christians

Rogério C. D. Teixeira, Andrea Meneses, Gustavo Meneses e Antônio Carlos Ferreira

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Revista Mangalarga

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Momento Social - Leilão Haras ACF Mome

Rilton Romano, Gabriel Marques e Samuel Amoreli

Leandro Pasqualini e Ronaldo A. Bichuette

José Roberto, Carlos Thomas, Benedito Carlos, José R. Petrucci e Ivan Costa

Kim Cintra, Caito Cintra e Claudia Paes

Dil Marques, Gabriel F. Junqueira de Andrade, Mariliza N.S. Junqueira de Andrade e Zequinha Freire

Letícia Marques, Raquel Deamo e Simone Teochi

Youssef Haddad, Vinícius Munhos e Marcelo Munhos

Ricardo Barbosa, Veridiana Barbosa, Antônio Carlos Ferreira e Márcio Mitsuishi

Jeferson Machado, Silas Freire, André Freire, Danilo Roberto e André Fleury

Adalberto Dadazio, Claudia Dadazio, Angela Dadazio e Maria Rita

Rodrigo Resende, Adib Ismael Jr. e Gilberto Milani

Thomas Loiola, Giovana Loiola e Pedro Loiola

Pedro L. S. Castedo, Luíz H. S. Ribeiro e Cesar Iembo

Adib Ismael Jr., Luzia Helena, Norberto Socol e Jânio Caruzo

Luís Augusto de C. Opice, Pedro L. S. Castedo e Carlos C. P. Iembo

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Revista Mangalarga

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Momento Social - Leilão Haras ACF

Clara Castedo, Carolina Castedo e Pedro L. S. Castedo

Antônio Carlos Ferreira Filho e Mônica Silva Ferreira

Dogmar Furlan e Neyde Furlan

Marcos Viriato e Geraldo Franco

João de Almeida, Gabriel F. Junqueira de Andrade, Mariliza N.S. Junqueira de Andrade, Marilia Valle e Amanda Gonçalves

Rodolfo, José R. P. de Campos e Antônio Carlos Ferreira

Orlando Friczarini, Willian Mourão, Jonas Montezel e Alexandre Mesquita

João Pedro C. Ferreira, Maria Nunes, Ronaldo Bichuette, Arlinda Ferreira, Paulo Henrique Ferreira e Rafael Garcia

Nelson Braido, Cristiano Benzota e Luís F. Sianga

Julio Paixão, Israel I. Costa, Luís F. Sianga, Marcio Mitsuishi e Dirceu Thomaseto

Roberto Pilnik, Carlos C. P. Iembo e Silas Freire

João Paulo F. de A. Fagundes, Carlos C. P. Iembo, Jeferson Machado, Cristiano Luciano, Nelson Braido e Luiz G. Alves Esteves

Frederico Del Gaudio, Odorico Alves, Antônio Carlos Ferreira, Luiz Antônio e Giovane Reis

Paulo Henrique Ferreira, Antônio Carlos Ferreira Filho, Antônio Carlos Ferreira Neto, Mônica Silva Ferreira, Antônio Carlos Ferreira, Arlinda Silva Ferreira, Maria Luiza Ferreira Candido, Tatiana Emília Ferreira, Matheus Ferreira Candido, Marcio Willian Candido e João Pedro Cruvinel Ferreira.

Antonio Carlos Ferreira, Linda Ferreira e Peter Christians

Antônio Carlos Ferreira Filho, Fernando Tardioli e Antônio Carlos Ferreira

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Momento Social - Leilão Haras LFT Mome

Elisete A. Toledo, Janaina V. B. Toledo, Gabriela V. B. Toledo, Renato A. Toledo e Luis Fernando Toledo

Janaina Villas Bôas Toledo, Therezinha Ap. Villas Bôas, Gabriela Villas Bôas Toledo, João Mauro Villas Bôas e Renato Toledo

Laise Villas Bôas Zangiacomi, Janaina Villas Bôas Toledo e Gabriela Villas Bôas Toledo

Elisete Toledo, Gabriela Villas Bôas Toledo, Luis Fernando Toledo e Julia Martins Toledo

Elisete A. Toledo, Isabel Claudiano, José Luis e Áthila Frison

João Tolesano, Eduardo Silvestri, Luis Fernando Toledo e Renato Toledo

João de Almeida, João Tolesano e Claudemir Diniz

Rilton Romano, Roberto Pasqua, Sílvio Carlos e João A. Veronezi

Elisete A. Toledo, Luís Fernando Toledo, Silmara Toledo e Paulo Toledo

Geraldo Donizete, Geraldo Neto, Paulo Roberto, Luíz Henrique e Leandro Tereza

Daniel Tobaldini, Bárbara Pessinatti e Letícia Nanini

Tallis Martins, Michael Douglas e Edson Wander

Mário Venancio, José Roberto, Isaias Pedro, Fernando Có, José Vieira Neto e Ramon Vieira

João Tolesano, Fernando Soubhia, Junior Maionchi, Adib Ismael e Isaias F. da Silva

Antonio Carlos Ferreira, Sérgio Cerávolo Paoliello e Antonio Carlos Ferreira Filho

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Momento Social - Leilão Haras s LFT

Danilo Roberto, Henrique Dadazio, Angela Dadazio e Adalberto Dadazio

Marli Basto Có e Walter Cassio Có

Janaina Villas Bôas Toledo, Gabriela Villas Bôas Toledo montando Floquinho e Renato Toledo

Rilton Romano e Conrado Cervelin

Sérgio Cerávolo Paoliello (Prefeito de Muzambinho-MG) e Adib Ismael

Renato Toledo, Luis Fernando Toledo e Eduardo Oliveira (Prefeito de BotelhoMG)

José Luiz Moreira e Renato Toledo

Luiz Henrique S. Ribeiro e Luis Fernando Toledo

Melissa Martins e Marcelo Toledo

Claudemir Diniz, Emauelly Diniz e Renata Diniz

Luis Fernando Toledo e Elisete Toledo

Therezinha Ap. Villas Bôas e João Mauro Villas Bôas

Taís Simieli, Samuel Amorelli, Luis Fernando Toledo, Samuel P. Tavares, Cadão Xavier, Renato Toledo, Rilton Romano e Fernando Bras

Elder Martins, Guilherme Fernando, Michael Douglas, Tallis Martins, Tainan Felipe e Edson Henrique

Jean Cândido, Edison Carlos, Elder Hadad, José Gabriel, Saulo Basto e Thiago Marques

Luís Gonçalves, Neusa Gonçalves, Frederico Gonçalves e Liliane Granato

Henrique Figueiredo e Claudemir Diniz

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Momento Social - 1º Leilão Haras Paradise Mome

Fotos: Norberto Cândido

Veralucia Vieira

Fabiano Paiva, Cleiton Martins, Verônica Martins, Jamir Alves Oliveira e Veralucia Vieira

Marcel Martin, Veralucia Vieira, Helena Souza e Ricardo Caballer

Veralucia Vieira, Gabrielle Camillo, Jamir Alves e Paulo Eduardo

Veralucia Vieira, Gabrielle Camillo, Waldemar Pellegrino e namorada

Salazar, Veralucia Vieira, Juraci Rodrigues e Elisabeth Lovo

Solon Vieira, Veralucia Vieira, Gabrielle Camillo e Fabiana Marinho

Vick, Gabrielle Camillo e Veralucia Vieira

Veralucia Vieira, Gabrielle Camillo, Rennay Rocha, Edna Rocha, Renan Farias e Nathália Oliveira

Veralucia Vieira, Jacira Meneses e Arnaldo Pereira

Veralucia Vieira, Gabrielle Camillo, Andrea Megale e Lauro Megale

Veralucia Vieira e Marília

Uerlon Vieira e Veralucia Vieira

Veralucia Vieira e Juarez Fernandes

Ricardo Souto, Débora Souto, Veralucia Vieira, Edna Rocha, Jeferson Camillo e Renan Farias

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Momento Social - 1º Leilão Haras Paradise adise

A aniversariante Gabrielle Camillo

Jacira Meneses, Gabrielle Camilo e Arnaldo Pereira

Veralucia Vieira e Larissa Vieira

Veralucia Vieira, Dra.Regina Lemos e Laura

Alessandra Puentes, Jeferson Camillo e Fabio Puentes

Marisa Iorio, Gabrielle Camillo, Paulo Eduardo Costa, Jeferson Camillo e Veralucia Vieira

Jacira Meneses, Jeferson Camillo e Arnaldo Pereira

Dra. Regina Lemos, Uerlon Vieira, Jeferson Camillo e Allysson Camillo

Gabriella, Walter Pedroso, Jeferson Camillo e Evelyn

Gleice, Fran, Veralucia Vieira, Aline e Cristiane

Marisa Iorio, Paulo Eduardo Costa e Veralucia Vieira

Débora Souto, Veralucia Vieira e Edna Rocha

Veralucia Vieira, Jeferson Camillo, Ademar da Silva e Jamir Alves

Denilson Castro, Jeferson Camillo e Lauro Megale

Denilson Castro, Andressa Viveiros, Gabrielle Camillo, Veralucia Vieira, Rayssa Vitoria Viveiros e amiga

Nicolle Amaral, Carlos Augusto Ponce, Gabrielle Camilo, Veralucia Vieira e Natalie Camillo Amaral

Renan Farias, Edna Rocha, Salazar, Cleiton Martins, Verônica Martins, Jamir Gabrielle Camillo, Jeferson Camillo, Alves, Fabiano Paiva, Jeferson Jardim, Juraci Rodrigues, Débora Souto, Ricardo Maria Rita Fagundes e Ana Clara Souto e Veralucia Vieira.

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Momento Social - Expo Brasileira 2019 Mome

Alexandre Ribeiro, Davi Ribeiro e Andrea Monteiro

Fotos: Beto Falcão

Cassiano Terra Simão, Pedro Alvares, Luis Opice, Alexandre Ribeiro, Thomas D’Angieri e Joel Gonçalves

Geraldo Zinato, Fábio Tarpinian e Eduardo Rabinovich

Claudia Angelin, Felipe Angelin e João Felipe Angelin

Eduardo Silvestri, Cassiano Terra Simão, Joel Gonçalves, Thomas D’Angieri e Wellington Martins

Gabriel Fleury, Felipe Loureiro e Isarel Iraides da Costa

Jorge Beira, Eduardo Rabinovich, João Paulo Fagundes, Emiliano Novais e Cassiano Terra Simão

Cristiano Benzota e Thiago D’Angieri

Cesar Iembo, Fábio Tarpinian e Thiago D’Angieri

Leonardo Augusto, Bruno Augusto, Eduardo F. Augusto, Cristiano Benzota e Thiago D’Angieri

Felipe Angelin, João Felipe Angelin e Roberto Angelin

Thomas D’Angieri e Cassiano Terra Simão

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Revista Mangalarga

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Fernando Tardioli e Jorge Eduardo Beira


Momento Social - Expo Brasileira 2019

Mirella Tardioli, Isabella Tardioli, Fernando Tardioli, Beatriz Tardioli, Lorena Tardioli e Jorge Eduardo Beira

André Freire e Cesar Iembo

João Paulo Fagundes e Luis Brandi

Marcus Vinicius e Rodrigo Paradeda

Paulo Eduardo Corrêa da Costa e Lourenço Botelho

Renato Diniz Junqueira e Luis Brandi

Fernando Tardioli e Gabriel Marques

Thiago D’Angieri, Thomas D’Angieri, Marisa Iorio e Paulo Eduardo Corrêa da Costa

Thomas D’Angieri e Jorge Roberto Pires de Campos

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Revista Mangalarga

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Espaço Empresarial Esp

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Índice de Anunciantes Haras JEB

Anuncie na Revista Mangalarga

Pág. 1 (Capa)

Anuncie Mangalarga Pág. 59

Rancho Deslumbrante Pág. 2 (2ª Capa)

TV Mangalarga

Fazenda Nova Esperança Pág. 7

Classificados ABCCRM Pág. 83

CASS Mangalarga Págs. 12 e 13

Associe-se

Pág. 63

Pág. 100 s tagens As van e a to

Haras Braido Pág. 17

General Motors

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Págs. 20 e 21

Pág. 101

Guabi

Haras Precioso

Págs. 24 e 25

Pág. 103 (3ª capa)

Mader Silva

Cerávolo Paoliello Pág. 104 (4ª capa)

Pág. 29 Portas para Baia

Haras JEB Pág. 54

102

Revista Mangalarga

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Espaço Empresarial Pág. 100




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