Revista Mangalarga - Edição de Dezembro de 2015

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Í ndice Território Cavalgada

Panorama Mangalarga

Haras em Destaque

Amigos do Vale.......................................... 08

Redes Sociais............................................. 70

Haras Gadu.............................................. 114

Rota do Café.............................................. 12

Núcleos em destaque................................ 70

Cavalgada da Esperança.......................... 16

Boutique Mangalarga................................ 72

Lazer & Cultura

Raid das Flores.......................................... 20

Mangalarga em Foco................................ 76

37ª Exposição Nacional Qualidade em destaque........................... 28 Provas Sociais............................................ 32 O Grande Momento................................. 40 Evolução Constante.................................. 46 Sucesso Colorido...................................... 50

Exposições & Copas Etapa Final da Copa de Marcha.............. 54 Copa de Mococa....................................... 58

Espaço Técnico

Cavalgada dos Marajás.......................... .118

Momento Social Galeria dos Grandes Campeões da

Aminoácidos na nutrição........................ 80

Copa de Marcha...................................... 122

Valor e Custo.............................................. 93

Galeria dos Grandes Campeões

Cocheira, um mal desnecessário............ 96

da 37ª Expo Nacional............................. 124

Genética da Pelagem.............................. 102

Social 37ª Expo Nacional....................... 130

Memória

Jantar dos Criadores............................... 145

Romance da Água Branca...................... 106

Castanhal................................................... 60

Profissional de Sucesso

Expointer.................................................... 64

Ubiraci Ramos......................................... 110

Presença Feminina.................................. 140 Presença Infantil..................................... 146 Happy Hour Nacional............................. 148 Espaço Núcleo Feminino....................... 150 Jantar dos Peões...................................... 151 Etapa Final da Copa de Marcha............ 152

E xpediente Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga ABCCR Mangalarga Av. Francisco Matarazzo, 455 • Pavilhão 4 - “Dr. Fausto Simões” • Parque da Água Branca - São Paulo - SP Envio de Correspondências Exclusivamente Caixa Postal 61016 - CEP: 05001-970

Diretoria Executiva

Triênio 2015/2017 Diretor Presidente Mário A. Barbosa Neto Vice-Presidente Administrativo Financeiro Renato Diniz Junqueira Vice-Presidente de Marketing Eduardo Henrique Souza de França Vice-Presidente Técnico Gabriel Francisco Junqueira de Andrade Vice-Presidente de Fomento Flávio Diniz Junqueira Vice-Presidente de Exposições e Esporte João Pacheco Galvão de França

Vice-Presidente de Relações Institucionais Armando Raucci

Diretoria Adjunta

Triênio 2015/2017 Diretores Jurídicos Antonio Carlos Pestili Fonseca Pedro Amaral Salles Renato Tardioli Lucio de Lima Diretor de Fomento Danton Guttemberg de Andrade Filho Diretores de Exposição José Lamartine Moreira Cintra Filho Diretor de Pelagem Jeferson Ferreira Jardim Diretores de Marketing Antonio Carlos Soares Luna

João Luis Ribeiro Frugis Diretor de Núcleo Luiz Alberto Patriota de Araújo Costa Diretora Social Natalia Maria Cury Lois Diretor Técnico Lourenço de Almeida Botelho

Conselho Superior de Administração Triênio 2015/2017 Membros Eleitos Arnaldo de Almeida Prado Filho Cristina Junqueira Fleury Azevedo Costa Luís Cintra Sutherland Osvaldo Juliano Roberto Diniz Junqueira Filho

Membros Efetivos Célio Ashcar Celso Galetti Montalvão Clodoaldo Antonângelo Eduardo Diniz Junqueira Élio Sacco Felippe de Paula Cavalcanti de Albuquerque Lacerda Filho Flávio Diniz Junqueira Francisco Marcolino Diniz Junqueira Geraldo Diniz Junqueira Ivan Antônio Aidar Luiz Eduardo Batalha Mário A. Barbosa Neto Reginaldo Bertholino Renato Diniz Junqueira Sergio Luiz Dobarrio de Paiva Presidente

Conselho Deliberativo Técnico Triênio 2015/2017

Técnicos Luiz Alberto Patriota de Araújo Costa Marcelo Leite Vasco de Toledo Marcos Sampaio de Almeida Prado Maria Aracy Tavares de Oliva Paulo Lenzi Souza Leite Sérgio Diniz Junqueira Criadores José Luiz Prandini Rodnei Pereira Leme Roque Carlos Nogueira

Serviço de Registro Genealógico Stud Book Superintendente do Serviço de Registro Genealógico Jayme Ignácio Rehder Netto

Revista Mangalarga Edição e Redação Pedro Camargo Rebouças pedro.reboucas@abccrm.com.br Publicidade Norberto Cândido norberto.candido@abccrm.com.br Arte Cleber Pereira cleber.pereira@abccrm.com.br Departamento de Exposição Francisco Bezerra Diagramação e Projeto Gráfico Marcelo de Brito DBRITO SIGN - Artes Gráficas marcelo@dbritodesign.com (11) 9 4726-8147


E ditorial

Saldo Positivo A atual temporada está chegando ao fim com um saldo muito positivo para a raça Mangalarga. Nesses 12 meses, registramos a chegada de novos sócios, tivemos uma contínua evolução na quantidade de registros e observamos um expressivo crescimento no número de usuários do nosso cavalo. A agenda da raça também esteve muito movimentada ao longo do ano, contando com eventos de Norte a Sul do Brasil. Alguns dos pontos altos do calendário mangalarguista foram a Exposição de São Paulo, que colocou a raça em evidência na capital paulista, a Exposição Brasileira, pela primeira vez realizada na cidade do Rio de Janeiro, o Concurso do Cavalo Completo Dr. Geraldo Diniz Junqueira, responsável por colocar em destaque a funcionalidade do nosso cavalo, e o Seminário Mangalarga 2015, que promoveu uma proveitosa troca de informações e opiniões a respeito do nosso cavalo. Por sua vez, a 37ª Exposição Nacional foi um grande sucesso. Os julgamentos de nossa mais tradicional mostra deram uma nova prova da evolução constante do cavalo Mangalarga, colocando em evidência o temperamento, a beleza, a funcionalidade e a marcha da raça. Além disso, o evento contou com um ambiente de muita amizade e com uma plateia entusiasmada, que de maneira geral aplaudiu as decisões dos jurados. O sucesso da Nacional, entretanto, não se limitou apenas à pista de julgamento. Afinal, o público que compareceu ao Parque Ney Braga, em Londrina (PR), pôde desfrutar de uma confortável estrutura, além de usufruir de uma movimentada agenda social, responsável por proporcionar agradáveis momentos de confraternização, fortalecendo os laços que unem a Família Mangalarga. Também durante a Exposição Nacional demos continuidade ao estudo do andamento da raça realizado pelo Dr. Alessandro Moreira Procópio, especialista na análise cinemática e na biomecânica da locomoção

Grande abraço e pé no estribo, Mário Barbosa

dos equinos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Por meio deste trabalho, a Associação pretende caracterizar de forma objetiva a marcha do Mangalarga, utilizando a ciência como uma importante ferramenta para o aprimoramento do processo de seleção do nosso cavalo. O andamento da raça também esteve em alta no fim de novembro, quando tivemos outro momento muito especial, a Etapa Final da Copa de Marcha. Realizada na Fazenda Barrinha, em Espírito Santo do Pinhal (SP), a decisiva disputa colocou em evidência a mais relevante característica da raça, o andar progressivo, equilibrado e cômodo. Aliás, tanto nesta etapa final como ao longo de toda a competição, pudemos observar o elevado nível dos concorrentes e constatar que esta é hoje uma qualidade homogênea e bem fixada em toda nossa tropa. A expectativa agora é por uma temporada ainda melhor no próximo ano. Para isso, entretanto, é fundamental a participação de todos. Afinal, como gosto de reiterar, uma associação é da exata dimensão que seus associados querem lhe dar. Assim, conclamo a todos a se unirem no trabalho em prol da raça, pois só assim continuaremos avançando a patamares cada vez mais elevados. Por fim, desejo a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo, marcado por muito amor e harmonia.


Ferragamo da Piratininga (T.E.)

A capa desta edição apresenta o jovem Ferragamo da Piratininga (T.E.). Este imponente pampa de alazão, de propriedade de Cassiano Terra Simão e proveniente da seleção de Luiz Aparecido de Andrade, realizou um feito histórico na 37ª Exposição Nacional da Raça Mangalarga ao conquistar três cobiçados títulos: o Grande Campeonato Nacional Cavalo, o Grande Campeonato Nacional Cavalo Pampa e o Grande Campeonato Nacional Cavalo Pampa de Marcha. Agora, a privilegiada genética de Ferragamo da Piratininga, produto do cruzamento entre Remulo A.P.L.J. (T.E.) e Imaculada da Piratininga (T.E.), deve ser um importante trunfo para o aprimoramento do plantel do Projeto CASS Mangalarga, comandado por Cassiano Terra Simão, na Fazenda Jardim, em São José dos Campos, no interior paulista. Por fim, vale ressaltar que a bela cena que ilustra a capa desta edição foi flagrada pela lente do fotógrafo baiano Beto Falcão, exibindo, assim, toda a perícia e técnica deste jovem e promissor profissional apaixonado pelo cavalo de sela brasileiro.

Nacional em foco

Como não poderia deixar de ser, a 37ª Expo Nacional é o tema central desta edição da Revista Mangalarga. Nas páginas a seguir, a principal mostra do cavalo de sela brasileiro é abordada por diferentes focos, proporcionando um rico panorama ao leitor, que pode conferir ainda a cobertura social dos principais momentos do evento. O conteúdo editorial, entretanto, não se limita à Nacional. O mangalarguista poderá conferir o que aconteceu em outros relevantes eventos que movimentaram a agenda raça, como a competição Mangalarga em Foco, as exposições de Esteio (RS) e de Castanhal (PA) e ainda as mais recentes edições das cavalgadas Amigos do Mangalarga do Vale e Raid das Flores. Esta edição traz também uma abrangente seleção de artigos de autoria de renomados nomes da equinocultura brasileira, como Lourenço Botelho, André Cintra, Aluisio Marins, Juca Fleury, Paulo Junqueira e Sergio Beck. Dessa maneira, temos a certeza de proporcionar um substancioso material para todos os apaixonados pelo cavalo Mangalarga.

Boa leitura e um feliz 2016, Equipe Mangalarga 6

Revista Mangalarga • Dezembro /2015



T erritório C avalgada

Por Dirk Kalitzki - Presidente do Núcleo do Vale do Paraíba

17ª Cavalgada Amigos do Mangalarga do Vale Fotos: Núcleo do Vale do Paraíba.

As belas paisagens de Campos do Jordão foram o cenário da mais recente edição desta tradicional cavalgada do Vale do Paraíba Cavalgada inesquecível percorrendo lindas trilhas, com trajeto de 20 quilômetros, nas montanhas com matas nativas sobretudo de Araucárias na “ Suíça Brasileira” no dia 17 de Outubro. Fomos muito bem recebidos pelo casal Priscila e Roberto Pilnik, mangalarguistas e novos criadores, no Rancho BPK. Maravilhoso local, praticamente vizinho ao Horto Florestal de Campos do JorIlda e Dirk Kalitzki participaram da cavalgada.

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Revista RevistaMangalarga Mangalarga••Dezembro Setembro /2015

Convívio com a natureza foi um dos destaques da cavalgada.


dão (SP). A organização do evento se preocupou com todos os detalhes para o conforto dos cavaleiros e da tropa. Na concentração, enquanto aguardávamos a chegada de todos os conjuntos cavalo-cavaleiro e preparo da tralha, foi servido um reforçado café da manhã. Durante o percurso bem montanhoso foi disponibilizado água em tambores na trilha para os cavalos e no meio do trajeto tivemos uma parada estratégica para descansar a tropa no alto de uma montanha com vista paradisíaca e um lanche caprichado para os cavaleiros. No retorno ao Rancho BPK já estava nos esperando um delicioso almoço preparado pelo Chefe Júnior, da Quicherie Bistrot, acompanhado com a ótima música da Banda DuoBeat. Nesta cavalgada tivemos a presença de sobretudo criadores e usuários do Cavalo Mangalarga do Vale do Paraíba em um ambiente bem familiar, uma prosa bem

Cavalgada teve a participação de 50 conjuntos.

Amazona desfruta do belo cenário da “Suíça Brasileira”.

Amazonas e cavaleiros percorreram trajetos de 20 quilômetros.

A comunidade mangalarguista prestigiou o evento.

Revista Mangalarga • Dezembro/2015 Belos picos nevados marcam o cenário.

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Fotos: Núcleo do Vale do Paraíba.

T erritório C avalgada

Belas paisagens marcaram o trajeto.

A cidade de Taubaté (SP) também esteve representada no passeio.

descontraída, com a participação de aproximadamente 50 pessoas e com isto fortalecendo o nosso Núcleo do Vale do Paraíba. Agradecemos a todos os participantes do evento, em especial a equipe BPK que se preocupou com todos os detalhes! E que venha a 18ª Cavalgada! A tropa mostrou ótimo desempenho no relevo acidentado da região. Os participantes puderam ainda desfrutar de um delicioso almoço.

A presença feminina foi marcante no evento.

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Revista Mangalarga • Dezembro /2015

Núcleo do Vale promoveu sua segunda cavalgada este ano.



Por Luis Augusto de Camargo Opice

1ª Cavalgada Rota do Café

Cavaleiros percorreram um percurso de vinte quilômetros.

Evento ajudou a colocar como prioridade o salutar hábito de andar a cavalo entre amigos, celebrando a vida, a amizade e a natureza generosa que Deus nos propicia A prosa e amizade que gravitam em torno do cavalo levam os amantes desse mágico animal a buscar iniciativas que propiciem o exercício efetivo desse prazer. A mais saudável forma de colocar a prosa em dia e de saudar a amizade, para os amantes do cavalo, é organizar e participar de uma CAVALGADA. Foi exatamente isso que fez o Guilherme Barbeitos, de São João da Boa Vista (SP), marcando para o dia 24 de outubro, próximo pas-

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Revista Mangalarga • Dezembro /2015

sado, a 1ª Cavalgada Rota do Café, com apoio do Rancho Manamá, do Movimento Marcha Mangalarga, Mangalarga Vitória e colaboração da Agropastre – Rede do Campo. Saindo do Restaurante Rural Tuia Véia, localizado no município de Santo Antonio do Jardim, mais de 32 conjuntos, num total de 50 participantes, percorreram 20 quilômetros, num clima ameno e propício para se andar a cavalo. A maior parte do percurso foi

cumprida dentro dos cafezais da Fazenda Paraizinho, no próprio município de Santo Antonio do Jardim (SP), do nosso querido amigo Guilherminho Ribeiro, de Espírito Santo do Pinhal (SP). Lavoura extremante bem cuidada, produtiva, de cafés arábicos tipo Mundo Novo, de gente que conhece os segredos da difícil arte de ser cafeicultor. A florada foi generosa e promete, se as condições climáticas assim o permitirem, uma colheita

Foto: Du Grespan.

T erritório C avalgada


O roteiro percorreu as estradas rurais de Santo Antonio do Jardim.

sente um enorme orgulho e prazer em cavalgar ao lado de seus filhos? Vê-los dominando e interagindo com o cavalo, aprendendo a respeitar e admirar a natureza, a se relacionar com pessoas, que não estão presentes no seu dia a dia, e ganhar

sua simpatia e valentia, o garoto Eduardo Mora Delatesta, de quatro anos, montando um cavalinho, proporcional ao seu tamanho, que, vigiado à distância pelos seus familiares, andava na frente conversando o tempo todo com todos. Que pai não

Passeio contou com a participação de 32 conjuntos. Foto: Du Grespan.

O criador Luis Opice esteve entre os participantes da cavalgada. Foto: Du Grespan.

de excelente qualidade. A comitiva estava apoiada, o tempo todo, por um carro-bar que oferecia, a toda sombra encontrada no caminho, uma boa cerveja gelada, água e refrigerante para os jovens e crianças que estavam presentes com seus pais e parentes. Além do carro de apoio, o peão Marquinhos, bom de prosa e verso, puxava uma mula com cangaia, carregada de cerveja bem gelada, de consumo quase exclusivo do Dr. Biel e da sua turma do fundão, que sempre deixa o culatreiro maluco, tentando que esse grupo avançasse para cumprir o trajeto e, assim, não atrasasse o almoço programado! Chamou atenção de todos, pela

Foto : Du Grespan.

Os cafezais da Fazenda Paraizinho formaram o cenário da cavalgada.

Revista Mangalarga • Dezembro/2015

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A nova geração também marcou presença na trilha.

amor e prazer em cavalgar, não tem nada igual neste mundo de hoje em que predomina, entre os jovens, a violência, os “pancadões”, “funks” e drogas. Aprender a gostar de cavalos, cavalgar e formar grupos de amizade no meio do cavalo pode ser o melhor caminho para que as crianças e jovens, de hoje, possam ter um futuro saudável, amanhã! A tropa era formada, na sua esmagadora maioria, por cavalos Mangalarga, todos apresentando excelente padrão de marcha, comodidade e temperamento. Não houve

Foto: Du Grespan.

Foto: Du Grespan.

T erritório C avalgada

O criador Danton Andrade prestigiou esta primeira edição.

coices, comum em cavalgadas em que estão presentes animais vindos de locais diferentes e que não têm boa índole. Tudo transcorreu dentro de um padrão ímpar de organização, exceto pela distração de um grupo proseador, que entre uma profunda troca de pensamento filosófico sobre os rumos do nosso cavalo Mangalarga, perdeu-se no meio das ruas de cafés e andou mais de dois quilômetros até ser resgatado para voltar ao caminho correto. Enquanto esperavam os “distraídos”, um Foto: Du Grespan.

A cavalgada propiciou ótimo momento de confraternização.

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Revista Mangalarga • Dezembro /2015

grupo jogava conversa fora, entre uma cerveja e outra, enquanto alguns experimentavam cavalos de outros companheiros. Enfim, chegamos novamente ao Tuia Véia, local de saída e encerramento da cavalgada. Após desencilhar a tropa, fazê-la se reidratar e banhá-la adequadamente, fomos para o salão de almoço, local amplo e ventilado, no qual nos esperava um farto e gostoso almoço, com feijão tropeiro, arroz carreteiro e muita mandioquinha frita, além de carnes, saladas e frutas variadas. Ao nosso decano, Danton Andrade, de Mococa (SP), ao cavaleiro mais novo, o Eduardo de quatro anos, e a todos os demais amigos participantes da cavalgada Rota do Café, muito bem organizada pelo Guilherme Barbeitos, Du Grespan e Agnaldo Castilho, os parabéns pela presença e iniciativa de colocar como prioridade, em suas vidas, o salutar hábito de andar a cavalo entre amigos, celebrando a vida, a amizade e a natureza generosa que Deus nos propicia e que muitos não enxergam, não respeitam ou não sabem usufruir. Agora, desfrutar tudo isso montando um Mangalarga fica bem melhor ainda!



T erritório C avalgada

Cavalgada da Esperança

Foto: Bing Horse.

Por Pedro C. Rebouças

Angariar recursos para a APAE e resgatar a tradição do tropeirismo são os principais objetivos desta cavalgada que vai do Rio Grande do Sul a São Paulo

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Durango, Bing e Mc Giver prestes a iniciar a jornada.

pantes serão leiloados e o valor arrecadado será revertido à APAE. A Cavalgada da Esperança pretende ainda colocar em evidência o bom desempenho do cavalo de sela brasileiro em trajetos de longa distância. Bing, aliás, já fez suas primeiras observações sobre a desen-

voltura da raça na estrada. Segundo o cavaleiro, tanto Durango VJC, que foi doado ao projeto pelo Haras VJC, de Vinicius João Curi, de Tijucas do Sul (PR), como Mc Giver do Montfort, doado pelo Haras Montfort, de Enio Bachle, de Rio do Sul (SC), vêm demonstrando um ótimo com-

O belo vale do rio das Antas, no Rio Grande do Sul. Foto: Bing Horse.

A raça Mangalarga está protagonizando neste fim de ano uma diferenciada empreitada que une história, cultura, ecologia, equinocultura e beneficência. Trata-se da Cavalgada da Esperança, cujo início aconteceu no dia 6 de novembro, no município gaúcho de Viamão, com o objetivo de percorrer o trajeto de 1,4mil quilômetros até a cidade paulista de Sorocaba. O idealizador do projeto é Kleber Ferreira Costa, o Bing Horse, adestrador de equinos que ficou conhecido por atuar como dublê do famoso Beto Carrero. Segundo o cavaleiro, que realiza a cavalgada com dois animais Mangalargas, Durango VJC e Mc Giver do Montfort, um dos objetivos da iniciativa é reavivar a história do tropeirismo. Justamente por esse motivo a jornada percorre o antigo caminho dos tropeiros. Outra importante meta é de caráter beneficente e visa arrecadar fundos para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) do município paranaense de Palmeira. Para isso, Bing vem realizando a divulgação do trabalho feito por essa entidade em todas as cidades pelas quais passa. Além disso, ao fim da cavalgada, os dois cavalos partici-


Foto: Bing Horse.

Foto: Bing Horse. Detalhe de placa no CTG Pousada dos Tropeiros.

portamento durante o raid. “Olha, não é fácil me impressionar, afinal eu monto desde os nove anos de idade e atuo profissionalmente com equinos já há muitos anos. No entanto, confesso que fiquei impressionado com o desempenho desses dois representantes da raça Mangalarga. Afinal, eles mantêm sempre um ótimo ritmo, se doam ao cavaleiro e não se entregam em nenhum momento ao cansaço ou às dificuldades. Além disso, nas ocasiões em que fomos acompanhados por comitivas das regiões pelas quais passamos, eles sempre ditaram a toada do grupo”, comenta o cavaleiro em entrevista concedida à Revista Mangalarga no 12º dia de viagem, durante uma pausa para descanso na localidade de Criúva, na cidade gaúcha de Caxias do Sul. A iniciativa visa ainda promover a rica cultura e as belezas naturais da região atravessada pela cavalgada. “Essa é uma parte do País que

Valorizar a cultura da região percorrida é uma das metas da cavalgada.

mantêm suas tradições muito vivas e é muito importante que as pessoas saibam disso e possam desfrutar de toda essa riqueza cultural. Além disso, este é um trajeto lindo, com paisagens incríveis que nos ajudam a promover a reflexão sobre a questão ecológica”, destaca Bing. O cavaleiro conta ainda que a cavalgada deve ter uma duração de dois meses, chegando em Sorocaba provavelmente no início de janeiro. “Nós percorremos diariamente cer-

Foto: Bing Horse.

Pausa após a travessia da Ponte Korff, na divisa entre Caxias do Sul (RS) e Vacaria (RS). Foto: Bing Horse.

Parada para foto na chegada em Nova Petrópolis (RS).

ca de 25 quilômetros, parando para pernoitar em fazendas, pousos e CTGs (Centro de Tradição Gaúcha), nos quais somos acolhidos com toda a atenção. Quem quiser acompanhar o dia a dia da nossa viagem ou desejar colaborar com a APAE pode obter mais informações na nossa página no Facebook - Bing Horse Show -, onde faço publicações diárias mostrando as lindas paisagens, a história e a cultura das regiões pelas quais passamos.”

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T erritório C avalgada

Por Nelson Antonio Braido Jr.

Fotos: Divulgação.

Raid da Flores

Evento reuniu 70 amazonas e cavaleiros.

Terceira edição do evento ofereceu um agradável momento de confraternização para a família Mangalarga O 3˚ Raid das Flores aconteceu entre os dias 9, 10 e 11 de outubro, saindo da cidade de Holambra (SP) e percorrendo aproximadamente 95 quilômetros até Amparo (SP). Começamos com aproximadamente 55 participantes e ao longo dos dias esse número foi aumentando, chegando no último dia com quase 70 cavaleiros. Além das belíssimas paisagens e trilhas proporcionadas pela organização do Pipa, esse ano tivemos a oportunidade de lanchar e pousar em A família Mangalarga novamente prestigiou a cavalgada.

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grandes fazendas e grandes criatórios da raça Mangalarga, onde inúmeros usuários, novos e tradicionais criadores puderam ver alguns animais de grande prestígio na raça como: Hino da Piratininga, Regalo da Braido, Cristal da Jauaperi, Quântico da Janga, entre outros. A saída do raid aconteceu na manhã do dia 9, no belíssimo Haras Tarlim, do amigo e criador Fernando Tardioli, que junto de sua família nos acompanhou no

primeiro dia de cavalgada. Após percorrer aproximadamente 20 quilômetros, chegamos ao Haras Braido, de propriedade de Nelson Braido para uma pausa, onde pudemos ver seu plantel, suas potras e seus garanhões grandes campeões Quântico da Janga e Regalo da Braido, acompanhado de comes e bebes da melhor qualidade, com muito capricho, oferecidos pelo tradicional restaurante de Holambra, Casa Bela. Não podemos esquecer do show de equitação que

A participação feminina marcou o Raid das Flores.


Fotos: Divulgação. Nelson Braido posa para a selfie ao lado do filho Nelson Junior.

O Raid incluiu visitas a renomados criatórios da raça.

o Kalili mostrou para todos nós ao montar o Quântico...rs. Após algumas horas de pouso, retomamos o raid por mais dez quilômetros até a Fazenda Nova Cintra, onde os cavalos passaram a noite aos cuidados da turma do Sr. Luís Cintra e do Marcos Cintra, sempre companheiros e presentes nas cavalgadas; e nós repomos nossas energias com uma bela feijoada oferecida pela família Cintra. No segundo dia saímos rumo à Fazenda Boa Vista, da Família Lacerda de Camargo, mas antes nosBelas paisagens acompanharam os participantes.

sa primeira parada foi na Fazenda Shefa. Com belas paisagens seguimos rumo ao nosso destino do dia, ao chegar à Fazenda Boa Vista, fomos almoçar em uma belíssima e conservada casa da década de 1900, uma raridade da charmosa e antiga fazenda, e para deixar mais agradável, o almoço alemão acompanhado de uma cerveja gelada finalizou o segundo dia de cavalgada. No terceiro e último dia aconteceu algo que achávamos difícil de acontecer, as paisagens ficaram

ainda mais bonitas. O dia mais longo de cavalgada teve trilhas maravilhosas e, antes de chegarmos ao lanche, passamos por lindas fazendas, uma delas uma criação de cavalos crioulos de Jayme Monjardim, onde pudermos ver uma cultura diferente de nossa habitual no Mangalarga. Enfim a chegada ao lanche no Haras Precioso de propriedade de Eduardo Rabinovich, onde demoramos um pouco para ver seus animais devido a demora de alguns cavaleiros que ficaram aproveitando a paisagem, enquanto isso os outros participantes aproveitavam o lanches e salgados caprichados oferecidos pelo Eduardo e a Denise. Após a chegada dos atrasados, finalmente

Percurso incluiu visitas a tradicionais fazendas da região de Holambra.

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pudemos ver os grandes campeões nacionais Cristal da Jauaperi e Hino da Piratininga. Continuamos nossa cavalgada até completarmos os 36 quilômetros até a Fazenda Aparecidinha; ao chegar tudo muito organizado pelo cavaleiro e “chef” Fernando que nos preparou um arroz de bacalhau, que pelos comentários é tradição do Raid, outra tradição são os doces e a organização da Ester, que deixou tudo muito agradável para o encerramento da cavalgada. Para finalizar uma festa ao som do Dj que animou a todos !!! Um Raid para ninguém colocar defeito, com a presença de grandes criadores e amantes do Mangalarga como Sergio Paiva, Ninho, Eduardo Rabinovich, Bia Becker, Camila e Paulo Pacheco, Décio Rupolo, Kalili, Verinha, Bisqui, Pat, Nelson Braido, Dr. Flávio, Fernando Lacerda , família Petrucci em

Fotos: Divulgação.

T erritório C avalgada

Mangalarguistas de diversas gerações participaram do raid.

três gerações ( avô, filho e neto) , entre outros Foi um prazer fazer esse raid, com paisagens maravilhosas, percorrendo sempre distâncias ideais para qualquer cavaleiro, desde o mais jovem até o mais experiente. Espero estar de volta no ano que vem e que ideias como essa de passar em grandes criatórios da nossa raça possam virar uma constante, foi muito bom enquan-

to pausamos para um lanche, conhecer alguns animais de escol da raça, uma oportunidade de trocar ideias e evoluirmos mesmo nos melhores momentos de cavalgada. Gostaria de agradecer ao Pipa que como sempre fez brilhantemente a organização do Raid, deixando todos satisfeitos, e conseguindo trazer cavaleiros novos nas cavalgadas.

Participantes percorrem uma bela propriedade rural.

A nova geração também esteve presente.

O ambiente de amizade marcou a cavalgada.

Nissim Kalili e Flávio Meirelles prestigiaram o raid.

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37ª E xpo N acional

Por Pedro Rebouças

Foto: Norberto Cândido.

Qualidade em destaque

Evento colocou em evidência o temperamento, andamento e beleza do cavalo de sela brasileiro A 37ª Exposição Nacional, realizada na cidade paranaense de Londrina no mês de setembro, teve como um de seus principais méritos o fato de ter possibilitado ao público a oportunidade de estar em contato com um equino diferenciado, cujas qualidades fazem jus ao slogan “o cavalo de sela brasileiro”. De acordo com o Vice-presidente de Marketing da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), Eduardo Henrique Souza de França, o Mangalarga é hoje o melhor equino dentro de sua área de atuação. “Isso decorre do fato dele conseguir

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Revista Mangalarga • Dezembro /2015

conjugar três características fundamentais: temperamento, andamento e beleza.” Essas características puderam, aliás, ser observadas ao longo de toda mostra. O bom temperamento da raça, por exemplo, ficou em evidência nas provas funcionais e em especial nas provas sociais, como as disputas das categorias mini-mirim, mirim, juvenil e feminina, nas quais crianças e mulheres puderam contar com a docilidade da raça para se apresentar na pista da mais importante mostra do calendário mangalarguista. O quesito beleza, por sua vez,

A marcha dos participantes mostrou equilíbrio, conforto e andar progressivo.

ficou em destaque nos concorridos julgamentos de morfologia. Afinal, esses páreos comprovaram o contínuo aprimoramento dessa característica, demonstrando ainda que ao longo dos anos se obteve êxito em aliar equilíbrio corporal, boas proporções, estrutura correta e uma refinada estética. Garantindo assim tanto beleza morfológica quanto estética. Já a marcha do cavalo Mangalarga foi uma qualidade que de fato saltou aos olhos de todos que visitaram a 37ª Exposição Nacional. Fruto de uma criteriosa seleção, que ao longo dos anos obteve êxito


Foto: Norberto Cândido. A raça demonstrou toda sua aptidão funcional no Concurso do Cavalo Completo. Foto: Norberto Cândido.

em aliar equilíbrio, conforto e andar progressivo. Essa característica que está presente em todo plantel da raça pôde ser notada tanto nas categorias de potros e potrancas como nos julgamentos envolvendo cavalos e éguas das mais diversas pelagens da raça. Além disso, a 37ª Nacional contou com uma importante inovação, o Concurso do Cavalo Completo. Esta diferenciada competição, responsável por colocar a funcionalidade da raça em evidência, foi composta pela somatória do desempenho do animal na prova de maneabilidade à classificação do mesmo nos quesitos andamento e morfologia. Dessa maneira, proporcionou uma oportunidade ímpar para que o público conhecesse as principais características do cavalo de sela brasileiro e possibilitou uma ótima ocasião para que os criadores comprovassem a versatilidade de suas respectivas tropas. Promovida pela ABCCRM, com o apoio da Sociedade Rural do Paraná e do Núcleo Mangalarga Norte do Paraná, a mais importante mostra do cavalo de sela brasileiro contou com os patrocínios de Stella Artois e Johnnie Walker.

Foto: Norberto Cândido.

A beleza morfológica e estética da tropa chamou a atenção do público.

O temperamento da raça esteve em evidência na prova mirim.

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37ª E xpo N acional

Por Pedro Rebouças

Provas Sociais

Foto: Norberto Cândido.

Diversas gerações estiveram em pista para participar das tradicionais disputas das categorias mini-mirim, mirim, juvenil, feminina e do patrão

Descontração marcou a tradicional prova do patrão.

conduzindo dóceis exemplares da raça nas provas das categorias mini-mirim e mirim. Os adolescentes, por sua vez, demonstraram desenvoltura na prova de andamento da categoria jovem, o mesmo acontecendo com as mulheres que estiveram em pista para participar da categoria feminina. Responsável pela análise do desempenho dos jovens participantes, José Rodolfo Brandi lembrou em seu

comentário que começou sua história no meio do cavalo Mangalarga participando justamente de provas como essas. “Hoje, pude recordar toda a emoção e adrenalina que vivia naquela época, pois essas disputas são muito especiais”, destacou o jurado, que fez questão também de parabenizar tanto os participantes, por seu bom desempenho em pista, como seus pais e incentivadores. Já o jurado Marcelo Leite Vasco Foto: Norberto Cândido.

As provas sociais proporcionaram um momento especial para a participação da família mangalarguista na 37ª Exposição Nacional. Realizadas na manhã do sábado 26 de setembro, na pista principal do Parque Governador Ney Braga, as disputas contaram com a participação de crianças, jovens e adultos, comprovando que a paixão pelo cavalo de sela brasileiro atinge todas as idades. A criançada mostrou habilidade

O desempenho feminino mereceu elogios dos jurados.

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Foto: Norberto Cândido.

37ª E xpo N acional

A nova geração fez bonito na pista da Nacional.

de Toledo ressaltou em seu comentário a presença feminina, lembrando que ela tem tudo para crescer ainda mais e vir a dominar as pistas como já acontece nas raças americanas e em boa parte das modalidades hípicas.

Prova do Patrão

Marcada pelo tom descontraído da locução realizada por Marcelo Bertoldo, a prova do patrão foi o ponto alto da programação. A disputa, que contou com a participação de 18 conjuntos, premiou os cinco primeiros colocados com edições especiais do uísque Johnnie Walker Gold Label Reserve. Por fim, o pódio da prova do patrão foi formado pelos conjuntos Antonio Carlos Ferreira e Cinderela ACF (1º colocado), Paulo Roberto

de Oliveira Vilela Filho e Aroeira do Mont Serrat (2º), Carlos Eduardo Purchio e Xiabata JES (3º), Antonio Carlos Ferreira Filho e Amorosa ACF (4º) e Fernando Tardioli Lúcio de Lima e Quadrilha NJT (5º). Na opinião do vencedor da categoria, Antonio Carlos Ferreira, a disputa do patrão é muito importante. “Esta é uma prova muito boa porque incentiva o criador a montar. É essencial que quem cria monte seus cavalos, pois se o criador não montar ele não conseguirá ver o que está fazendo em pista. Assim, desde que comecei a criar e a trazer animais para exposições, eu procuro participar também da prova do patrão.” Este ano, Antonio Carlos também teve o prazer de participar do julgamento ao lado do filho, fato que lhe garantiu ainda mais satis-

fação. “É muito especial poder participar desta prova ao lado do filho. Por isso que a gente tem que montar e incentivar os filhos a montar, afinal esta é a continuação da criação.” O prazer do encontro na pista de julgamento também foi compartilhado por Antonio Carlos Ferreira Filho, que ficou com a quarta colocação da prova do patrão. “Fico muito feliz porque esta prova é uma forma de unir os amigos e as famílias. Eu, por exemplo, tive meu pai concorrendo junto comigo, o que me deixa muito enaltecido. Como ele disse, é uma maneira de dar continuidade, pois as gerações mais novas vão pegando amor pela criação. Eu torço para que o meu filho futuramente também goste de participar.” Foto: Norberto Cândido.

A categoria juvenil foi muito disputada.

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37ª E xpo N acional

Por Pedro Rebouças

a ç a r a d o t n e m o

m e d n a r Og

Mais tradicional mostra do cavalo de sela brasileiro foi sucesso absoluto dentro e fora da pista de julgamento O Desfile das Bandeiras abriu oficialmente o evento.

A cidade paranaense de Londrina recebeu, entre os dias 18 e 26 de setembro, a 37ª Exposição Nacional da Raça Mangalarga. O evento, considerado um dos mais tradicionais da equinocultura brasileira, aconteceu nas dependências do Parque de Exposições Governador Ney Braga, contando com julgamentos, provas, leilões e uma movimentada agenda social. De acordo com Mário Barbosa, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), uma série de fatores contribuiu para o êxito do evento. “Eu acredito que esta Nacional confirmou que o nível dos animais vem subindo cada vez mais. Os julgamentos foram difíceis, com

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Foto: Norberto Cândido.

pequenos detalhes definindo os campeões. Os jurados, por sua vez, cumpriram o seu papel enquanto a plateia esteve bastante entusiasmada, aplaudindo as decisões de uma maneira geral. Por tudo isso, eu vejo com bastante entusiasmo essa exposição.” O dirigente elogiou ainda a estrutura proporcionada ao evento pelo Parque Governador Ney Braga. “O recinto de Londrina é excepcional, tem acomodações muito amplas, capazes de receber com todo o conforto tanto os animais quanto o público, os criadores e os profissionais envolvidos com a exposição.” Por sua vez, Paulo Roberto Vilela Filho, presidente do Núcleo Mangalarga Norte do Paraná, considera

que a 37ª Nacional foi um divisor de águas. “A gente pôde fazer uma exposição com um número muito expressivo de animais, que, aliás, superou a edição anterior do evento. O mais importante, entretanto, foi o congraçamento de todos os ligados à raça Mangalarga, que demonstraram mais força e uma maior união. Assim, eu acho que essa exposição vai deixar saudade.” Essa, aliás, foi a segunda vez que a Exposição Nacional aconteceu fora do Estado de São Paulo, principal centro de seleção do cavalo de sela brasileiro. Segundo Mário Barbosa, essa é uma forma de levar o Mangalarga para outras regiões e fortalecer a presença da raça fora o estado de são Paulo. “O Paraná já


Foto: Norberto Cândido. A qualidade da tropa foi o principal destaque da mostra.

foi um estado bastante importante para o Mangalarga, depois perdeu um pouco de sua relevância, então nós estamos fazendo esse esforço para ver se conseguimos reativar com força a criação no Estado.” Para Paulo Vilela, a estratégia de levar a mostra para o território paranaense foi muito bem-sucedida. O dirigente do Núcleo Norte do Paraná conta que ao longo do

evento foi procurado tanto por antigos criadores entusiasmados com a ideia de voltar à ativa como por pessoas interessadas em conhecer melhor a raça. “Acho que mostrar o animal, em especial por meio de exposições, é a principal forma de fomento da raça. Se for uma Nacional é melhor ainda, como pudemos constatar com esse evento”, explica o criador paranaense.

Programação movimentada A 37ª Nacional também contou com uma programação muito movimentada na parte social. Praticamente todo fim de tarde os criadores presentes ao evento podiam desfrutar de um agradável momento de “happy hour”, promovido a Foto: Norberto Cândido.

A Electro Beach Orquestra animou o jantar dos criadores.

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O Parque Ney Braga ofereceu ótima estrutura para a exposição.

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por meio dos tradicionais jantares dos peões e dos criadores. Realizado na noite do dia 21, com o acompanhamento da boa música do cantor Marcelo Sá, o jantar dos apresentadores promoveu um momento muito especial para esses profissionais que garantem o sucesso do evento.

Por sua vez, o jantar dos criadores aconteceu na noite do dia 24, nas sofisticadas dependências do Buffet Planalto, contando com homenagens aos mangalarguistas que mais colaboraram para o êxito da mostra e com uma animada apresentação da Electro Beach Orquestra.

Mário Barbosa (centro) recebe homenagem da Sociedade Rural do Paraná. Foto: Norberto Cândido.

cada dia por um núcleo regional da raça. Além disso, a agenda do evento incluiu uma missa de ação de graça com o padre Joel Medeiro, realizada no primeiro dia de atividades, e uma animada apresentação da Companhia de Dança Country da Sociedade Rural de Maringá (PR), que aconteceu no último dia da exposição. A Cerimônia Oficial de Abertura foi outro destaque da programação social do evento. Realizada no fim da tarde do sábado 19 de setembro, a solenidade contou com o tradicional desfile das bandeiras, em que estiveram presentes representantes dos 130 criatórios participantes. Em seguida, foi a vez da Orquestra Sinfônica do Exército Brasileiro apresentar seu belo repertório ao público presente. A agenda da mais importante mostra do calendário da ABCCRM também promoveu o congraçamento da comunidade mangalarguista

Foto: Norberto Cândido.


Foto: Norberto Cândido. Os “happy hours” animaram os finais de tarde. Foto: Norberto Cândido.

Missa de ação de graça marcou o início das atividades.

Além disso, a 37ª Nacional também abriu espaço para os negócios da raça com a realização de dois remates: o Leilão Virtual Prime Mangalarga Nacional, realizado na noite do dia 23, e o tradicional Leilão Genesis Mangalarga, que ocorreu na noite do dia 25. Promovida pela ABCCRM, com o apoio da Sociedade Rural do Paraná e do Núcleo Mangalarga Norte do Paraná, a mais importante mostra do cavalo de sela brasileiro contou com os patrocínios de Stella Artois e Johnnie Walker. Para obter mais informações, visite o portal www. cavalomangalarga.com.br.

Foto: Norberto Cândido.

A Companhia de Dança Country se apresentou no último dia da mostra.

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Por Pedro Rebouças

As fêmeas protagonizaram um páreo de muita qualidade. Foto: Norberto Cândido.

Equilibradas disputas e muita qualidade marcaram os julgamentos responsáveis por eleger os Grandes Campeões Nacionais de 2015

Foto: Norberto Cândido.

Evolução constante

Os julgamentos contaram com a participação de 477 animais.

Após nove dias de concorridos julgamentos, a raça Mangalarga conheceu, na tarde do sábado 26 de setembro, no Parque Governador Ney Braga, em Londrina (PR), os Grandes Campeões da 37ª Exposição Nacional. Conduzidos pelos jurados José Rodolfo Brandi, responsável pela análise do quesito andamento, e Marcelo Leite Vasco de Toledo, a quem coube a tarefa de avaliar o item morfologia, os julgamentos contaram com a participação de um total de 477 animais, provenientes

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de 130 dos principais criatórios do cavalo de sela brasileiro. Este ano, o Grande Campeonato Nacional Cavalo foi marcado por um fato inédito na raça, com um exemplar de pelagem pampa, Ferragamo da Piratininga, conquistando pela primeira vez o mais cobiçado título do evento. Originário da seleção de Luiz Aparecido de Andrade e exposto pelo Projeto CASS Mangalarga, de Cassiano Terra Simão, o animal conquistou ainda o Grande Campeonato Nacional Cavalo Pampa e o Grande Campeonato Nacional Ca-

valo Pampa de Marcha. De acordo com Thomas Nogueira Negrão D’Angieri, técnico responsável pela orientação do trabalho de seleção do CASS Mangalarga, “Ferragamo é um animal extraordinário, de fibra e equilibradíssimo dentro daquilo que se busca hoje no direcionamento da raça. Ele possui também uma morfologia exemplar e é um cavalo profundo, lindo e moderno, com uma marcha fantástica, que reúne maciez, comodidade e um caráter de sela fantástico.” Por sua vez, Regalo da Braido,


selecionado e exposto por Nelson Antônio Braido, obteve o 1º Reservado Grande Campeonato Nacional Cavalo, enquanto Pensamento da Província, proveniente da criação de Nilo Wander Vieira e exposto pela ZCM Agropecuária, conquistou o 2º Reservado Grande Campeonato Nacional Cavalo. Entre as fêmeas, o principal destaque foi a alazã Esfera do Corumbau. A jovem fêmea, exposta e criada pela Corumbau Participações, de Marcelo Barbará, sagrou-se Grande Campeã Nacional Égua 2015. A concorrida categoria consagrou ainda a 1ª Reservada Grande Campeã Nacional Égua Bolonha DT, proveniente da seleção de Paulo Cornélio Della Torre e exposta por Almiro Esteves Junior, e a 2ª Reservada Grande Campeã Nacional Égua Valsa OTN, originária do plantel da Otnacer Agropecuária. Para o criador Marcelo Barbará, o título obtido por Esfera do Corumbau é o reconhecimento de um trabalho de longo prazo e também do esforço de toda a equipe do criatório. “Já há alguns anos temos contado com a orientação do Paulo Lenzi, um técnico extraordinário. Além disso, contamos com o importante apoio do Guilherme Cardeal e de toda a equipe do haras, que conseguiram colocar esse trabalho em prática.”

Marcha em alta

A 37ª Exposição Nacional também deixou clara a evolução da marcha no plantel da raça Mangalarga. Afinal, o julgamento envolvendo esse quesito, responsável por analisar uma das principais características do cavalo de sela brasileiro, foi marcado por disputas equilibradas, protagonizadas por animais de muita qualidade. Exposto por Almiro Esteves Júnior e originário da seleção dos herdeiros de Geraldo de Souza Ribeiro, o experiente alazão Porre Vargedo, de 13 anos de idade, sagrou-se Grande Campeão Nacional de Marcha. O pódio da categoria contou ainda com o 1º Reservado Grande

A marcha da raça vem evoluindo ano a ano.

Campeão Nacional de Marcha Diamante Negro França, proveniente da seleção de Eduardo Henrique Souza de França, e com o 2º Reservado Grande Campeão Nacional de Marcha Regalo da Braido, exposto pelo criador Nelson Antonio Braido. Por sua vez, Barbacena ACF, exposta por Fernando Tardioli em condomínio com Fábio Tarpinian e originária da criação de Antonio Carlos Ferreira, foi o principal destaque entre as fêmeas, sagrando-se Grande Campeã Nacional de Marcha. O julgamento, além disso, consagrou a 1ª Reservada Grande Campeã Nacional de Marcha Nave do Caldeirão, exposta por Almiro Esteves Junior e proveniente da seleção de Roberto Penna Fachinetti, e a 2ª Reservada Grande Campeã Nacional de Marcha Kênia do H.I.C., exposta e selecionada pela HIC Agropecuária. O alto nível da marcha apresentada pela tropa mereceu elogios dos jurados. Para José Rodolfo Brandi, todas as participantes, sem exceção, demonstraram muita qualidade no andamento. “Esse foi um páreo que realmente deu muito prazer de julgar”, destacou o especialista em seu comentário após o julgamento do Grande Campeonato Nacional Égua de Marcha. Por sua vez, Marcelo Toledo ressaltou que o plantel da raça vem evoluindo ano a ano tanto no as-

pecto dinâmico como no aspecto morfológico. “Acho que a gente tem que elogiar os criadores pois eles entenderam o nosso recado a respeito do andamento e da busca por um equino mais equilibrado. Hoje, a gente vê muito raramente um cavalo ou égua com uma toada não tão adequada, o que mostra que o andamento está bem fixado na raça. Essa, aliás, foi uma evolução rápida, afinal essa qualidade já estava no código genético dessa tropa.”

Futuro promissor

Muito elogiada pelo público que compareceu ao Parque Ney Braga, a nova geração da raça também teve uma destacada participação nesta Nacional, com a presença em pista de 138 animais, sendo 91 fêmeas e 47 machos. Exposto por Almiro Esteves Junior e proveniente da seleção de Roberto Buzato, Gestor do Ordec foi o principal destaque da nova geração de machos, sagrando-se Grande Campeão Nacional Potro. A categoria premiou ainda o 1º Reservado Grande Campeão Nacional Potro Franco do Morro Agudo, proveniente do plantel da Fazenda Morro Agudo, e o 2º Reservado Grande Campeão Nacional Potro Luar do H.I.C., originário da seleção da HIC Agropecuária. Entre as potras, o destaque ficou por conta de Elegância do A.E.J., Revista Mangalarga • Dezembro/2015

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Foto: Norberto Cândido.

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Antonio Carlos Ferreira foi o Melhor Criador da 37ª Nacional.

criada e exposta por Almiro Esteves Junior, que foi agraciada com o título de Grande Campeã Nacional Potranca. Por sua vez, Evita da Araxá, proveniente da seleção de Josiane Cardoso Matta Vidotti, sagrou-se 1ª Reservada Grande Campeã Potranca, enquanto Cingapura do A.E.J., exposta por Luiz Gustavo Alves Esteves e originária do plantel de Almiro Esteves Junior, foi eleita 2ª Reservada Grande Campeã Nacional Potranca. O jurado Marcelo Toledo elogia a qualidade dos potros e potrancas que passaram pela pista de julgamento desta Nacional, mas faz uma relevante observação. “O nosso

criador precisa melhorar o manejo dos potros, afinal na observação dentro da pista a gente vê animais jovens ainda já com um sobrepeso muito grande e isso pode vir a afetar a musculatura, os tendões e cascos desses equinos. Assim, acredito que temos que pensar lá na frente, tirando um pouco do artificialismo na lida com esses animais e permitindo que eles fiquem soltos no dia a dia, brincando com os outros, para que desenvolvam uma boa constituição.”

Melhores Criadores

A 37ª Expo Nacional também foi palco de uma acirrada disputa Foto: Norberto Cândido.

O Haras A.E.J., de Almiro Esteves Junior, foi eleito Melhor Expositor da Nacional.

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na definição dos primeiros colocados do ranking do evento. Entre os criadores, a primeira posição ficou com Antonio Carlos Ferreira, que somou 1883,25 pontos e foi seguido de perto por Almiro Esteves Junior, o segundo colocado com 1768,05 pontos, e Luiz Aparecido de Andrade, que conquistou a terceira posição com 1403,10 pontos. Já entre os expositores a primeira colocação ficou com Almiro Esteves Junior, que somou 2189,70 pontos, enquanto Cassiano Terra Simão conquistou a segunda posição com 1816, 65 pontos e a Corumbau Participações obteve o terceiro posto ao somar 1021,95 pontos. A 37ª Nacional teve ainda uma importante novidade, a realização do Concurso do Cavalo Completo. Esta diferenciada competição, composta pela somatória do desempenho do animal na prova de maneabilidade à classificação do mesmo nos quesitos andamento e morfologia, ofereceu uma oportunidade ímpar para que os criadores comprovassem a versatilidade de sua tropa. A inclusão desta prova na programação do evento marcou a implementação de uma série de ações com o intuito de colocar em prática as metas estabelecidas no Seminário Mangalarga 2015. Realizado em junho deste ano, na cidade de Orlândia (SP), berço do cavalo de sela brasileiro, esse relevante evento promoveu um amplo debate e traçou importantes diretrizes para o futuro da raça. Na seção Galeria dos Campeões desta edição da Revista Mangalarga, é possível conferir a relação de Grandes Campeões e Reservados da 37ª Expo Nacional. Já para conferir os resultados completos do evento visite o portal www.cavalomangalarga.com.br. Promovida pela ABCCRM, com o apoio da Sociedade Rural do Paraná e do Núcleo Mangalarga Norte do Paraná, a mais importante mostra do cavalo de sela brasileiro contou com os patrocínios de Stella Artois e Johnnie Walker.



37ª E xpo N acional

Por Pedro Rebouças

Fotos: Cléber Pereira.

Sucesso colorido

A marcha vem evoluindo constantemente na pelagem pampa.

Foto: Norberto Cândido.

Plantel de qualidade e boa adesão dos criadores garantiram o sucesso do segmento de pelagens diferenciadas na mais tradicional mostra do cavalo de sela brasileiro O segmento de pelagens viveu um momento muito especial durante a 37ª Exposição Nacional. Afinal, o mais importante evento da raça registrou acontecimentos inéditos, que contribuíram para elevar o Mangalarga colorido a um novo patamar.

O principal fato ocorreu na disputa do Grande Campeonato Nacional Cavalo, vencido pela primeira vez por um animal de pelagem pampa. O feito histórico foi obtido pelo jovem macho Ferragamo da Piratininga, exposto por Cassiano Terra Simão e prove-

niente da seleção de Luiz Aparecido de Andrade. Outro desempenho marcante dos exemplares coloridos ocorreu na disputa do Concurso Cavalo Completo. Afinal, essa diferenciada competição, composta pela somatória do desempenho do

A pelagem preta ou zaina teve sua melhor participação nessa Nacional.

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Foto: Norberto Cândido.


Foto: Norberto Cândido. Foto: Norberto Cândido.

Os alazões amarilhos despertaram a atenção do público.

A pelagem tordilha também teve bom desempenho.

lo Completo. Além disso, a tordilha Bela JES, exposta por Maurício Corrêa Galhanone e proveniente da criação de José Eduardo de Souza, foi eleita Grande Campeã Nacional Égua Completa. Esta Nacional teve ainda a es-

Marcelo Angelo da Silva foi o melhor expositor da pelagem preta. Foto: Norberto Cândido.

Paulo Eduardo C. da Costa foi o melhor expositor da pelagem pampa.

Foto: Norberto Cândido.

animal na prova de maneabilidade à classificação do mesmo nos quesitos andamento e morfologia, consagrou o pampa de preto Eldorado do Corumbau, exposto pela Corumbau Participações, como Grande Campeão Nacional Cava-

tréia das disputas de grandes campeonatos da pelagem preta ou zaina. Esse fato, que só foi possível graças ao número expressivo de animais com essa característica inscritos no evento, comprova o crescimento e o entusiasmo dos criadores que se dedicam à seleção desses exemplares. O Núcleo Mangalarga dos Criadores de Cavalo de Pelagem Preta teve ainda presença marcante fora de pista, promovendo durante o evento animados momentos de “happy hour” em parceria com outras representações regionais da raça. No total, 141 animais, expostos por 57 criadores de diferentes estados brasileiros, participaram dos julgamentos voltados a esse diferenciado segmento, que contaram com categorias específicas para exemplares das pelagens pampa, alazã amarilha, tordilha, castanha e preta ou zaina. A pelagem pampa, aliás, foi a responsável pelo maior contingente, registrando a participação de 78 animais e de 35 expositores. Além disso, apresentou uma tropa de muita qualidade, que mereceu elogios dos jurados. Segundo Marcelo Leite Vasco de Toledo, um dos responsáveis pela condução dos julgamentos desta Nacional, a pelagem pampa vem evoluindo ano a ano tanto no quesito andamento como no item morfologia. Para conhecer todos os Grandes Campeões e Reservados Grandes Campeões das pelagens pampa e preta ou zaina, confira a Galeria dos Grandes Campeões que acompanha a seção da 37ª Exposição Nacional.

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Copa Mangalarga de Marcha

Evento contou com a participação de 84 animais.

Etapa Final da mais tradicional competição da raça elegeu os Grandes Campeões da temporada 2015

Competição busca valorizar a marcha característica da raça.

O município de Espírito Santo do Pinhal (SP) recebeu, nos dias 21 e 22 de novembro, uma das mais aguardadas competições do calendário do cavalo de sela brasileiro,

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a Etapa Final da Copa Mangalarga de Marcha. Esta aguardada disputa, responsável por eleger os Grandes Campeões da atual temporada, aconteceu nas dependên-

cias da Fazenda Barrinha, contando com a participação dos animais que mais se destacaram ao longo de 2015. No total, 84 equinos, expostos

Fotos: Norberto Cândido.

E xposições & C opa s


Fotos: Norberto Cândido. Mangalarguistas acompanham o julgamento na Fazenda Barrinha.

por 35 tradicionais criatórios da raça, passaram pela análise do trio de jurados composto por André Fleury Azevedo Costa, José Rodolfo Brandi e Jorge Roberto Pires de Campos. Promovida pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a disputa decisiva distribuiu ainda uma atraente premiação no valor de R$ 47,5 mil. Entre os machos, o principal destaque foi Diamante Negro França. Originário da seleção de Eduardo Henrique Souza de França, o experiente animal de pelagem preta sagrou-se Grande Lourenço Botelho, Caly Lobo (amigo particular do saudoso criador Ruben Novaes), José Eduardo Lobo, Jayme Rehder e Marcelo Bertoldo.

A nova geração também marcou presença no evento.

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Campeão da Copa Mangalarga de Marcha 2015. O pódio da categoria contou ainda com o 1º Reservado Grande Campeão Heron RBV, proveniente da criação de Luis Augusto de Camargo Opice, e com o 2º Reservado Grande Campeão Urú do Mont Serrat, exposto por Helio Korman e selecionado por Sergio Luiz Dobarrio de Paiva. Já a disputa entre as fêmeas consagrou Milonga Mangalarga. A experiente alazã salpicada, exposta por Elcio Eduardo Mantovani Gobatti e originária da seleção de Geraldo Diniz Junqueira, foi eleita a nova Grande Campeã da Copa de Marcha. Por sua vez, o título de 1ª Reservada Grande Campeã coube à jovem égua Suprema do EFI, exposta e selecionada por Eduardo Figueiredo Augusto, enquanto o prêmio de 2ª Reservada Grande Campeã foi concedido para Orca Mangalarga, exposta por João Pacheco Galvão de França e proveniente da criação de Geraldo Diniz Junqueira. Iniciada no mês de março, a Copa Mangalarga de Marcha realizou ao longo da temporada dez eventos classificatórios para a etapa decisiva, passando pelas cidades de Guaxupé (MG), Vitória da Conquista (BA), Itapetinga (BA), Jundiaí (SP), Jequié (BA), Orlândia (SP), Amparo (SP), Salvador (BA), Mococa (SP) e Jaú (SP). Conhecido por sua aptidão como cavalo de sela, o Mangalarga tem como grande diferencial o seu andamento progressivo, equilibrado e cômodo. A Copa de Marcha, por sua vez, possui como principais objetivos a valorização dessa marcante característica da raça e o incentivo à utilização desse equino genuinamente brasileiro. Nesta competição, os animais concorrentes são avaliados em diversos quesitos, como: deslocamento (cobertura de rastro e progressão da passada), comodidade, sincronia e elegância da movimentação, ausência de movimentos parasitas e regularidade e disposição.

Fotos: Norberto Cândido.

E xposições & C opa s

Premiação da prova mini-mirim.

Roberto D. Junqueira, João P. G. de França, João P. G. de França Filho, Mário Barbosa e Antonio Carlos Pestili prestigiaram o evento.

Evento também contou com a participação feminina.

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E xposições & C opa s

Por Pedro C. Rebouças

Fotos: Divulgação.

Copa de Mococa Evento colocou a marcha do cavalo de sela brasileiro em destaque no interior paulista

Disputa contou com a participação de 40 exemplares da raça.

O Recinto de Exposições José André de Lima (Expoam) recebeu, no dia 17 de outubro, a Etapa Oficial de Mococa da Copa Mangalarga de Marcha 2015. A disputa reuniu uma tropa de muita qualidade, composta por 40 exemplares da raça, provenientes de 26 tradicionais criatórios especializados na seleção do Cavalo de Sela Brasileiro. Organizada pelo mangalarguista Archibald Rehder Netto em conjunto com a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a Etapa de Mococa (SP) teve caráter classificatório para a prova decisiva da Copa Mangalarga de Marcha. O evento contou ainda com a participação do jurado João Pacheco Galvão de França Filho e com os apoios da Prefeitura de Mococa e do Sindicato Rural de Mococa. Segundo Archibald Rehder Netto, a etapa mocoquense tem como seu principal objetivo fomentar a raça na região de Mococa. “Esta é uma oportunidade muito importante para mostrarmos a docilidade e a qualidade da marcha do cavalo Mangalarga. Além disso, esta

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Evento tem o objetivo de fomentar a raça na região.

parceria com a ABCCRM é importante também para Mococa, pois nos ajuda a trazer eventos para a cidade e a movimentar o Parque de Exposições”, destacou o organizador em entrevista ao canal TVD. Por sua vez, o criador Danton Guttemberg de Andrade Filho, titular do Haras Califórnia, localizado na própria cidade de Mococa, destacou a qualidade da tropa que passou pela pista de julgamento do Parque José André de Lima. “O nível esteve excepcional, com animais de passeio, cômodos e bons de andamento, que representam justamente o que a raça deseja”, destacou o mangalarguista na

conversa com a emissora local. Já o presidente do Sindicato Rural de Mococa, Wagner Becker, ressaltou que o evento foi brilhante para Mococa. “Esta foi uma oportunidade incrível para o público de Mococa. Afinal, o nível dos animais esteve muito bom, com uma qualidade ímpar dentro da raça Mangalarga.” O jurado João Filho concede entrevista à TVD.



E xposições & C opa s

Por Rodrigo Façanha

Exposição de Castanhal Fotos: Núcleo do Pará.

Tradicional mostra paraense colocou a raça em destaque na região Norte do País No dia 23 de Outubro, foi realizada a Exposição Mangalarga de Castanhal, no Pará. De acordo com Rodrigo Façanha, um dos organizadores do evento, a mostra foi um sucesso, com bom público, e teve o mérito de atrair criadores de outras Raças de equinos curiosos para conhecer um pouco mais do Mangalarga. O Julgamento esteve a cargo do jurado Marcelo Murad Birolli, que

Os cobiçados troféus da Exposição Mangalarga de Castanhal. O jurado Marcelo Birolli analisa participante da Expo Castanhal.

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Fotos: Núcleo do Pará.

E xposições & C opa s

Integrantes do Núcleo Mangalarga do Pará.

O jurado Marcelo Birolli com o organizador Rodrigo Façanha.

A marcha do Mangalarga foi um dos destaques da Expo Castanhal.

Belos exemplares passaram pela pista de julgamento.

fez questão de ressaltar o ótimo nível da tropa criada no Pará, e muito se impressionou com a animação e o entusiasmo dos criadores locais. De acordo com o criador Rodrigo Façanha, ações positivistas e de ânimo aos criadores fazem parte de todo um projeto de fomento à raça denominado Tsunami Mangalarga, pelo qual o crescimento do cavalo de sela brasileiro no Pará e entorno somente será possível por meio de ações pró-ativas de fomento e marketing. E para ajudar a dar cabo a esse audacioso plano de crescimento da raça, o Núcleo do Pará elegeu para Presidente o jovem e dinâmico criador Rodrigo Duque Estrada, que concorda com o vigor dos planos concebidos no Projeto Tsunami Mangalarga. Tanto é que já agendou diversos eventos e traçou várias metas para o ano de 2016 no Estado! Tsunami Mangalarga, Pará !!! Vista geral da pista de julgamento castanhalense.

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E xposições & C opa s

Por Núcleo Riograndense

Foto: Núcleo Riograndense.

Expointer 2015

O Presidente do NRCCRM Hugo Farias e a jurada Caroline Porto com competidoras da prova feminina.

Entre os dias 28 de agosto e 06 de setembro, tendo como palco o Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), aconteceu a 38ª Expointer, maior feira internacional de agropecuária da América Latina. Esta feira é considerada a grande vitrine onde os criadores de todas as raças apresentam seus melhores exemplares, um verdadeiro banco genético. Como não poderia deixar de ser, a raça Mangalarga se fez presente, representada por mais de oitenta animais em pista para julgamento, provenientes de criatórios de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com temperaturas agradáveis e

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um bom sol, o julgamento das diversas categorias, conduzido pela jurada Caroline Golin Porto, assessorada pelo estagiário Adriano Vaz de Lima, aconteceu nos primeiro três dias da feira, com presença dos criadores e do público que se aglomerava nas arquibancadas. A agenda da raça na Expointer incluiu ainda uma variada programação funcional, com a disputa de diversas modalidades. A prova de andamento feminina, por exemplo, contou com a presença de várias amazonas, criadoras, filhas de criadores e usuárias do cavalo Mangalarga, mostrando a qualidade dos conjuntos.

Por sua vez, as provas de agilidade, seis balizas, três e cinco tambores e a prova do cavalo completo foram disputadas acirradamente durante a semana, com premiação em dinheiro e troféus em cada uma delas. Algumas amazonas participaram dessas provas em pé de igualdade com os homens. No somatório, sagrou-se o Grande Campeão de Função, o animal Aragon JOT, nascido e criado no Rio Grande do Sul, de propriedade de Elisângela Cruz, Vice-presidente do Núcleo Riograndense. Porém, a prova mais marcante foi a disputa do cavalo versus moto, marca registrada da raça Manga-


Foto: Núcleo Riograndense.

Bom desempenho no Team Penning e vitória na disputa cavalo versus moto foram os pontos altos do evento riograndense

O julgamento contou com a participação de 80 animais. Elisângela na prova dos três tambores.

Foto: Núcleo Riograndense.

Foto: Núcleo Riograndense.

A prova Mangalarga versus moto foi uma das atrações.

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Foto: Núcleo Riograndense.

E xposições & C opa s

A jurada Caroline Porto conduziu o julgamento.

aberta a todas as raças, inclusive com participação de times mistos e profissionais, na modalidade Team Penning. Essa foi mais uma oportunidade onde se pode divulgar as qualidades do Cavalo de Sela Brasileiro, como se diz no Rio Grande: O CAVALO DO PEÃO E DO PATRÃO!

Trio vice-campeão da disputa aberta de Team Penning da Expointer 2015. Foto: Núcleo Riograndense.

Luciane na prova de seis balizas.

Foto: Núcleo Riograndense.

e recebendo espaço nobre numa edição do Globo Esporte em 2009, sendo este ano, mais uma vez vencida pelos cavalos Mangalarga. Motivo de muito orgulho para os Mangalarguistas foi a classificação de um trio de cavalos Mangalarga em segundo lugar, numa prova extremamente concorrida e Foto: Núcleo Riograndense.

larga e já tradicional no evento gaúcho. Certamente é o momento mais esperado tanto pelo público quanto pelos participantes, pilotos de competição profissionais e cavaleiros. Na sua 11ª edição, essa tão famosa quanto festiva prova que existe desde 2004, já tendo sido matéria de várias reportagens

Ótimo público acompanhou a disputa cavalo contra moto.

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P anorama M angalarga

Por Pedro C. Rebouças

Sucesso nas redes sociais Foto: Guta Alonso.

Ações de marketing têm proporcionado expressivo crescimento da presença da raça no mundo virtual

Belas imagens ajudam a conquistar novos seguidores.

Iniciado no começo deste semestre pela Diretoria de Marketing, o processo para reformular a participação da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) nas redes sociais já surtiu positivos e significativos efeitos. As ações de marketing realizadas no Instagram, por exemplo, geraram um crescimento de 63% no número de seguidores da página oficial da ABCCRM. Em julho, quando o trabalho começou, 3.825 pessoas acompa-

nhavam a página. Na primeira quinzena de novembro, este número já havia saltado para 6.215 pessoas. No Facebook, a evolução foi ainda maior, com o número de curtidas saltando de 4.185 para 16.798 pessoas, uma evolução de mais de 400%, que deixou a página oficial da raça em posição privilegiada no cenário equestre da mais famosa rede social da internet, superando com folga as páginas das associações dos cavalos Árabe (2.247), Pampa (5.966), Lusitano (6.071) e Campolina (9.012) e se aproximando bastante da página oficial do Mangalarga Marchador (18.566). A divulgação das qualidades do cavalo Mangalarga tem sido, aliás, um dos principais motes para as ações da ABCCRM no mundo virtual. Ao longo da semana, são publicadas nas redes sociais fotos de animais em atividades diversas, entre elas cavalgadas, provas hípicas variadas e lida com o

gado. Estas postagens são responsáveis por apresentar aos internautas um pouco das características típicas da raça, como: funcionalidade, docilidade, agilidade, resistência e comodidade, assim como seu principal diferencial, a marcha progressiva, macia e equilibrada. Tudo isso, sem descuidar dos eventos que movimentam o calendário da raça de norte a sul do país ao longo da temporada. Por fim, vale lembrar que a realização dessas ações foi uma das indicações formuladas pelo Plano Estratégico de Marketing encomendado pela ABCCRM à Insper Jr. Consulting. O estudo, realizado no primeiro semestre deste ano, indicou a necessidade de aprimoramento das estratégias de comunicação, de atração e retenção de clientes e de divulgação das características da raça em diversos campos de atuação, incluindo o universo da internet.

Núcleos em destaque

Ações promovidas pela ABCCRM visam o fortalecimento das representações regionais do cavalo de sela brasileiro A Diretoria Executiva da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) vem realizando um intenso trabalho junto aos Núcleos de Criadores. Conforme calendário exposto no Seminário de Orlândia (SP), reuniões com as entidades regionais estão sendo marcadas na sede da ABCCRM, para entender as dúvidas e necessidades bem como para proporcionar o estreitamento das relações e a regularização dos mesmos. Com esta agenda, já foram realizadas quatro reuniões com Núcleos: Sul de Minas e Média Mogiana, Núcleo Mangalarga do Oeste Paulista,

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Núcleo Mangalarga da Alta Noroeste e Núcleo Mangalarga de Jundiaí e Região. Até o final de 2015, estão programadas mais três reuniões. Um dos principais objetivos destas reuniões é a regularização dos Núcleos, por meio de orientações que ajudem a organizar toda a parte burocrática dessas representações regionais da raça, em especial em itens como: estatuto, atas, documentos pessoais do Presidente do Núcleo e ficha de cadastro do Núcleo. Para que dessa maneira os Núcleos possam vir a ter acesso aos benefícios que lhes são disponibilizados pela saúde financeira da

ABCCRM. Outro motivo muito importante destas reuniões é ouvir sugestões e críticas por parte da diretoria e dos membros dos Núcleos e principalmente estreitar as relações dessas representações regionais com a ABCCRM . Além disso, é importante ressaltar que a Associação tem valorizado os importantes eventos realizados ao longo do ano pelos Núcleos, como leilões, cavalgadas, copas e exposições, dando apoio em sua divulgação e estímulo também para a realização de eventos funcionais.



P anorama M angalarga

Por Pedro C. Rebouças

Boutique Mangalarga Fotos: Divulgação.

Sucesso de vendas, a grife do cavalo de sela brasileiro preparou nova coleção para este fim de ano

Página do portal eletrônico da Boutique Mangalarga.

Lançada oficialmente no mês de julho, a Boutique Mangalarga vem alcançando um grande sucesso de vendas tanto por meio de seu portal Livros também podem ser adquiridos pelo aplicativo.

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Tela de entrada do aplicativo da loja virtual da raça.

oficial na internet como nos estandes especialmente montados nos principais eventos do cavalo de sela brasileiro. Um bom exemplo do êxito da grife mangalarguista foi a loja montada no Parque Governador Ney Braga, em Londrina (PR), durante a 37ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga. Afinal, o espaço recebeu, no decorrer da mais importante mostra da raça, centenas de visitantes, que levaram para seus lares produtos de muita qualidade. Animada com o bom desempenho da Boutique, a Diretoria de Marketing da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) preparou uma nova coleção de produtos para esta reta final do ano, oferecendo, assim, uma ótima oportunidade para os mangalarguistas presentearem seus amigos e familiares. O catálogo da Boutique Mangalarga inclui uma renovada linha de camisas sociais e camisas polos tanto para o público feminino como para o masculino, além de uma variada

oferta de bonés e fivelas com a marca Mangalarga. A garotada, por sua vez, encontra produtos exclusivos, com especial destaque para a linha infantil de camisas polos. Além disso, também é possível encontrar os principais livros ligados ao cavalo de sela brasileiro. Para realizar suas compras, os clientes da loja virtual da raça contam com a comodidade de poder utilizar diversas formas de pagamento, além de poder trabalhar com as principais bandeiras de cartão de crédito. Tudo isso com a garantia de segurança oferecida pela tecnologia SSL (Secure Socket Layer). As novidades, entretanto, não param por aí. Para tornar a vida do apaixonado pela raça ainda mais fácil, a Boutique Mangalarga também conta com uma versão em aplicativo para “smartphones”, que pode ser baixada na AppStore e na Google Play. Para saber mais, visite o portal www.boutiquemangalarga.com.br e confira a linha completa de produtos com a grife do cavalo de sela brasileiro.



A Família do Mangalarga O Haras EFI fecha 2015 com muitos motivos para comemorar!

Agradecemos a todos pelo carinho e a nossa equipe pelo excelente trabalho

1º Leilão Haras EFI

Ótimos resultados marcaram a Nacional 2015 da tropa EFI! Distinta RB (Foto) Campeã Égua Sênior e 1º Prêmio de Marcha Égua Sênior Suprema do EFI 1º Prêmio de Marcha Égua Jovem e 1º Prêmio Égua Jovem Espanhola Três Reys Campeã de Marcha Égua Pelagem Castanha, Campeã Égua Pelagem Castanha e 1º Prêmio de Marcha Égua Master Tango do EFI 3º Prêmio Potro Maior Carandá CJ Campeão de Marcha Cavalo Castrado Pelagem Preta Uberlândia do EFI 2ª Reservada Campeã Potra Menor Pampa Primavera do EFI Grande Campeã de Marcha Égua Pampa


Na etapa final da Copa as meninas do EFI marcharam muito!!!

Suprema do EFI

Campeã Égua Jovem e 1ª Reservada Grande Campeã Égua

Zagaia da Bica

Campeã Égua Master

Espanhola Três Reys

Campeã Égua Pelagem e 1ª Reservada Campeã Égua Master

Leonardo Augusto

O Haras EFI deseja um excelente 2016 a todos os mangalarguistas!

11. 99938-9041 contato@harasefi.com.br

www.harasefi.com


P anorama M angalarga

Por Luciene Gazeta (Matriz da Comunicação)

Mangalarga em Foco Foto: ZZN Peres.

Alegria e união prevaleceram na primeira edição deste diferenciado evento promovido pelo Núcleo Feminino em parceria com o Núcleo da Alta Mogiana

Disputa cavalos versus motos foi o ponto alto do evento.

Um dia ensolarado e repleto de emoção definiu o sábado, dia 22 de agosto, quando o Núcleo Feminino Mangalarga, sob coordenação de Josiane Matta Vidotti, Beatriz Biagi Becker, Perla Fleury, Heloísa Freitas, Camila Glicério de Freitas e Sônia Torresan, recebeu criadores de Mangalarga, familiares, amigos e convidados especiais para um evento memorável para a raça: o 1º Mangalarga em Foco! O evento, que aconteceu na Fazenda Vassoural, em Pontal (SP), reuniu criadores de três Estados brasileiros: São Paulo (Orlândia, Monte Azul e Campinas), Minas Gerais (Andradas e Belo Horizonte) e Goiás (Goiânia). E, no total, mais de cem pessoas participaram da cavalgada e da competição de velocidade. De manhã, a cavalgada reuniu cerca de 80 cavaleiros que percorreram 20 quilômetros por dentro da Fazenda Vassoural, apreciando as Foto: ZZN Peres.

Grupo de participantes da cavalgada.

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Foto: ZZN Peres. José Mário e Quadrante de N.H. obtiveram o melhor tempo da competição. Foto: ZZN Peres.

Tande entrevista competidor para o Esporte Espetacular.

paisagens da mata e as estradas que beiram os canaviais. “Entre os cavaleiros, podia-se observar famílias reunidas, pais montando com seus filhos pequenos, maridos e esposas montando lado a lado, fazendo da cavalgada um momento muito bonito e especial!”, ressaltou Heloísa Freitas. A equipe realizou uma parada no Museu da Cana e retornou à Fazenda para o almoço, que foi servido a partir de meio-dia, ao som do Nino VioFoto: ZZN Peres.

As integrantes do Núcleo Feminino Perla Fleury, Camila Glycerio, Beatriz Biagi, Josiane Vidotti, Heloísa Freitas e Sônia Torresan.

leiro que, com repertório composto por músicas raiz, imprimiu um toque rural especial à ocasião. Na parte da tarde, a partir das 15h, teve início o momento mais aguardando do evento: a competição de velocidade entre motos e cavalos Mangalarga. Foram 24 cavaleiros de diversos haras, competindo contra uma equipe composta por sete motociclistas do grupo Cross Horse, que pilotavam motos com potência de 250 a 450 cilindradas. A cada competidor que participava da prova, uma emoção diferente se manifestava entre os presentes e a torcida se concentrou, em sua maioria, a favor dos cavalos, que deram um espetáculo de velocidade, elegância, marcha e docilidade. A ocasião superou todas as expectativas: a família Mangalarga demonstrando amizade e entrosamento ao redor da pista, torcendo animada a favor dos cavaleiros. “Foi maravilhoso poder participar de mais este grande evento e presenciar a união e a alegria da família Mangalarga! Estão todos de parabéns pelo carinho com que tratam nossos animais e pela energia contagiante que sentimos durante todo o evento, ano que vem, tem mais!”, comemorou Josiane, presidente do Núcleo Feminino. Outro ponto muito especial da competição foi a apresentação do evento, que foi realizada pelo ex-jogador de vôlei da seleção brasileira masculina campeã mundial e olímpica: Tande, que acompanhou quase que integralmente a narração ao lado do narrador oficial, Marcelo Pardini. Tande estava no evento a trabalho, pois gravou uma matéria jornalística para o Programa Esporte Espetacular. Além dele, outros veículos muito importantes também prestigiaram o 1º Mangalarga em Foco: Canal Horse Brasil, que gravou uma série de entrevistas e todas as imagens da cavalgada e da corrida, e também, a Revista Horse, que publicará uma matéria sobre o evento. “A descontração e união das famílias foram pontos fortes que prevaleceram durante todo o dia. Ao final Revista Mangalarga • Dezembro/2015

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Foto: ZZN Peres.

P anorama M angalarga

Um bom público prestigiou o evento. Foto: ZZN Peres.

A pista foi palco de emocionantes disputas.

do evento, foram entregues R$ 35 mil em prêmios aos participantes e, em seguida, todos se confraternizaram em um Happy Hour animadíssimo ao som da Banda Four e com a presença da Choperia Pinguim, muito famosa em Ribeirão Preto”, ressaltou Perla Fleury. Confira os cavaleiros que conquistaram as primeiras classificações na prova de velocidade, de acordo com o menor tempo registrado: 1º lugar: Cavaleiro José Mário Vilela – Animal Quadrante de N.H. – Tempo 25,23s - Proprietário: Adaldio José de Castilho

Foto: ZZN Peres.

A cavalgada foi uma das atrações da programação.

2º lugar: José Mário Vilela – Animal Xilofone de N.H – Tempo 25,5s - Proprietário: Adaldio José de Castilho 3º lugar: Jair da Silva – Animal Isis do HIC – Tempo 27,259s - Proprietário: Roberto D. Junqueira Filho 4º lugar: Claudinei A. Ferreira – Animal: Líbano Mangalarga – Tempo: 27,42s – Proprietário: João Francisco D. Junqueira 5º lugar: José Luis Viana – Animal: Honrado do Vassoural – Tempo: 27,428s – Proprietário: Beatriz Biagi Becker

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Espaço Técnico - Nutrição

Aminoácidos na Nutrição Equina As necessidades de cada animal são inerentes a ele, devendo ser avaliadas de acordo com as características de raça, digestibilidade individual, temperamento, condições ambientais e tipo de esforço físico

A performance do cavalo de esporte deve ser baseada em quatro pilares: Genética x Treinamento x Manejo x Alimentação. No caso de animais de criação é baseada no tripé Genética x Manejo x Alimentação. Uma boa nutrição deve ser baseada nas reais necessidades do animal, e não naquelas que achamos que o animal necessita. Os “achismos” , “suposições” ou simples cópia do que o vizinho faz, podem ser tão ou mais prejudiciais que a não oferta dos nutrientes adequados ao animal. Aqui vale um outro alerta: este prejuízo pode ser muito evidenciado no nosso bolso, pois muitos produtos são extremamente caros e nem sempre eficazes ao nosso animal. É claro que a imensa maioria de suplementos existentes, desde que oriundo de empresas idôneas, tem sua eficácia. Mas o ponto principal é: o produto em questão é eficaz e necessário ao meu animal? O que deve-se ressaltar é a individualidade de cada animal. Isto é, as necessidades de cada animal são inerentes a ele, devendo ser avaliadas de acordo com as características de raça, digestibilidade individual, temperamento, condições ambientais em que o animal vive e, claro, dependendo do tipo de esforço físico a que ele está submetido. Esta regra vale para todos os tipos de suplementos, mas, especificamente aqui, ressalta-se a devida importância dos aminoácidos. Aminoácidos são a base de todas as proteínas. Quando se fala em necessidades protéicas falamos realmente de necessidades em aminoácidos. Todas as proteínas são constituídas por 20 aminoácidos. O que muda é a sequência e a quantidade de aminoácidos. Existem dois tipos de aminoácidos: os essenciais e os não essenciais.

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Os aminoácidos essenciais são aqueles que o organismo do animal não consegue sintetizar, sendo obtido somente através da alimentação. São eles: lisina, metionina, triptofano, histidina, fenilalanina, leucina, isoleucina, treonina, valina e arginina. O simples fato de um aminoácido ser denominado essencial, não significa que se deve buscar suplementar artificialmente todos os animais. Através do uso de dieta equilibrada, oriunda de matérias primas nobres, em quantidades adequadas, o animal terá disponível toda a gama de aminoácidos necessários para o funcionamento de seu organismo. Aminoácidos não essenciais são aqueles que o animal consegue disponibilizar ao organismo através da alimentação, tais como ácido aspártico, ácido glutâmico, alanina, arginina, cisteína, glicina, glutamina, histidina, prolina, serina, tirosina, taurina. Em condições normais, para um cavalo em manutenção, uma dieta equilibrada, com forragem fresca ou feno de boa qualidade, é suficiente para suprir as necessidades do animal. Entretanto, ao se submeter este animal a condições que exijam uma melhora em sua dieta, torna-se necessário uma suplementação adequada para que estes aminoácidos não faltem ao organismo do animal. Esta suplementação pode ser através de um concentrado (ração de boa qualidade) ou ainda através da adição de suplementos nutricionais específicos. Está muito em voga hoje a utilização de suplementos a base de creatina, estudam-se outros a base de carnitina, glutamina, bcaa (branched chain amino acid - aminoácidos de cadeia ramificada), entre outros, todos atuando diretamente na melhoria de disponibilidade de energia para o animal. Comprovações definitivas de sua

eficácia, ainda não podem ser evidenciadas. Há controvérsia se a utilização destes suplementos são realmente eficazes na melhora do desempenho atlética ou mesmo desenvolvimentar do animal. Entretanto, o que temos observado, é que alguns animais respondem positivamente ao uso destes suplementos e outros nem tanto. Cabe aqui ressaltar que esta diferença, pelos motivos já citados, pode ser devida às individualidades de cada animal, a fatores inerentes a ele, ao meio ambiente e à interação entre o animal e o meio ambiente. Portanto, para o uso prático destes suplementos, não se deixe levar apenas pela propaganda, muita vezes enganosa, de promessa disso ou daquilo. Consulte um técnico especializado, muitas vezes sai mais barato que o uso indiscriminado destes suplementos. Teste o produto em seu animal por 45 a 60 dias. Se houver resposta positiva, é uma evidência da necessidade de seu animal àquele suplemento. Caso tenha dúvidas de melhora no desempenho, provavelmente seu animal não necessita de tal suplementação. Na dúvida, não prejudique.

André Galvão Cintra Médico Veterinário, Professor Especialista ‘Nutrição & Interacionismo’ Autor do Livro “O Cavalo: Características, Manejo e Alimentação” Coautor do livro “Manual de Gerenciamento Equestre” E-mail: andre@vongold.com.br Site: www.vongold.com.br













Espaço Técnico - Nutrição


Espaço Técnico - Gestão

Valor e Custo Um dos maiores desafios dos centros equestres é agregar valor sem agregar custos. Explico: com o novo perfil dos clientes invadindo o mercado, temos que criar oportunidades de atender melhor, diferente. Por quê? Porque o novo perfil, já dito em outros textos e palestras, quer atendimento e não mais somente títulos para seus cavalos. São pessoas do lazer, do hobby, do mundo da diversão e satisfação. Pensemos os novos caminhos do mundo do treinamento, por exemplo. Há uma grande chance (e, de verdade já está acontecendo…), de os centros de treinamento não receberem mais cavalos vindos dos criadores diretamente. Um haras cria muitos cavalos. Estes cavalos devem ter uma função. Para ter uma função há que ser domado, treinado, etc. Tradicionalmente em muitas raças este papel era de centros de treinamento especializados. O que vem ocorrendo hoje é que pelo volume de cavalos, é mais barato ter o treinador dentro do haras, como funcionário ou parceiro, do que enviar a centros de treinamento terceirizados. Com isto, o cavalo fica pronto para venda ainda no haras. E o cliente final, este que citamos acima, vai e compra estes cavalos no haras. Como ele não tem um local para deixar o cavalo, aí sim vai para o centro de treinamento. Isto significa que os treinadores que tanto escolheram cavalos a vida toda nos haras, agora terão uma nova realidade. A de aceitar o cavalo que chega, e tratar de aceitar ou não o dono deste cavalo. Praticamente estamos dizendo que a escolha vai ser pelo perfil das pessoas - se encaixam ou não com o perfil do treinador, etc. A ideia, então, é que a prestação do serviço seja a palavra de ordem. Talvez possamos até pensar que atendimento seja a palavra de

ordem. Atender clientes “pessoas” e não somente clientes cavalos. Técnicas de treinamento não mudam muito, uma cocheira sempre será uma cocheira, ração de qualidade tem aos montes, feno é feno. Estes, antes considerados grandes diferenciais, não são mais. É o que o cliente espera de qualquer centro equestre. Associa-se a isso o treinamento de qualidade e pronto, fecha-se o ciclo. Mas, infelizmente isto é pouco. O que devemos então fazer? Buscar saídas onde o cliente enxergue valor, que não sejam os atributos citados acima. E, obviamente, onde seu centro equestre não tenha custo. Algumas ideias a serem consideradas, que podem virar ações do dia a dia: - como seu centro equestre pode, dentro do que já é feito, deixar sempre a ideia que existe a preocupação com o comportamento natural dos cavalos?

São ideias gerais, genéricas, que devem ser transformadas em ações. Vejo que cada vez mais os centros equestres são pontos de encontro das famílias em torno do cavalo. Sei que muitos treinadores não querem isto, não gostam disto, e podem se posicionar neste perfil de ter clientes cavalos e não clientes “pessoas”. Sem problemas. O “problema” para estes treinadores é quando começam a chegar cavalos com famílias. E todos nós temos isto nos centros de treinamento abertos ao público. Este problema, pode sim se tornar solução, pode sim se tornar agradável e até mesmo rentável para o treinador. Basta praticar algumas coisas que antes não eram praticadas. Basta ter talvez um pouco de paciência e um pouco até mesmo de coragem de engrenar ideias empresariais para a maior empresa de um treinador: seu centro de treinamento.

- dentro do que já é feito, existe alguma coisa relacionada ao bem estar dos cavalos que pode ser enaltecida, que pode ser externada ao seu cliente? - como os clientes são recepcionados, em termos de clima do local, limpeza, organização, apresentação geral do pessoal, etc? - como os filhos, a família, as pessoas que não montam, são tratadas e recebidas em termos de instalações, pessoal, etc? - como o proprietário do cavalo pode se sentir mais a vontade em termos gerais dentro do seu centro equestre? - você pode criar alguma ação específica esporádica para crianças?

Aluisio Marins, MV Universidade do Cavalo www.universidadedocavalo.com.br Revista Mangalarga • Dezembro/2015

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Espaço Técnico – Bem-Estar Equino

Cocheira, um mal geralmente desnecessário

Malefícios

Cocheira é um mal por vários motivos. O cavalo, ou melhor, o eqüino é um animal essencialmente de movimentos. A trabalho ou até mesmo apenas pastando em liberdade ele está quase todo tempo se deslocando. Parado mesmo ele só fica umas quatro ou cinco horas por dia para descansar e dormir. Mesmo assim de forma não contínua nessas quatro ou cinco horas. Esta é uma das suas estratégias de sobrevivência. Como animal presa ele procura não ficar parado muito tempo no mesmo lugar, para não ser encontrado facilmente pelos predadores. Por outro lado, quando um equino está contente ele gosta de dar umas arrancadas, uns pulos, umas corridas e até umas esbarradas. Isso faz parte do seu comportamento natural.Ele precisa se exercitar para estar condicionado fisicamente no caso de um eventual e súbito ataque de predador. Muitas pessoas poderiam argumentar

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Foto: Flávio Junqueira.

Dentro do tema Bem-Estar Equino, procuraremos tratar aqui assuntos pouco abordados, bem como trazer questionamentos e idéias novas. Desta feita discutiremos a necessidade e os malefícios das cocheiras. De fato, a cocheira é um mal geralmente desnecessário, principalmente para nós que vivemos num país, na sua maior parte, tropical. Primeiro vamos ver porque a cocheira é um mal. Depois veremos quando ela é necessária e como os malefícios podem ser minimizados. Por último veremos qual seria uma boa alternativa. O equino é um animal essencialmente de movimentos.

dizendo que hoje, na maioria dos locais, não há mais predadores. É verdade, mas este argumento não vale, porque o cavalo precavidamente não acredita nisso, por mais que você tente dizer isso para ele. A precaução e a autopreservação estão gravadas geneticamente no seu sistema nervoso. A evolução biológica caminha a passos lentos e cinco ou seis mil anos de domesticidade significa muito pouco tempo na história evolutiva da espécie equina. É quase como um pingo de água no oceano do tempo da evolução da espécie equina. O comportamento de desconfiar do desconhecido, de evitar a potencial ameaça e de estar preparado para se afastar rapidamente de perigos é um instinto que ainda vai perdurar por milhares de anos. Por aí se pode ver que a privação de deslocamentos que o encocheiramento demorado impõe é um mal, embora às vezes necessário. Dentro da cocheira fechada esse instinto de

sobrevivência fica bloqueado e o equino frustrado. A curto prazo o confinamento na cocheira pode ser a causa de excessivas excitações e de nervosismo. A médio prazo a ociosidade e o tédio do encocheiramento por muitas horas seguidas geralmente são a causa de mau humor e de vícios de comportamento como engolir ar (aerofagia), tique de urso, etc. A longo prazo um sedentarismo obrigatório, decorrente da imposição de ficar trancafiado várias horas por dia numa concheira, representa para o equino quase uma sentença de morte anunciada. Outro malefício que a cocheira impõe é, geralmente, a privação de contato com seus amigos ou semelhantes. O eqüino é um animal de grupo, um animal gregário. Estar sozinho numa cocheira significa uma privação social terrível. Imaginemos nós humanos sermos obrigados a ficar trancados num quarto bem pequeno por doze ou mais horas todos os dias. Sem te-



Foto: Guta Alonso.

Espaço Técnico – Bem-Estar Equino é um mal para o cavalo. Pode até, em determinadas circunstâncias, ser um mal menor, mas sempre será um mal se compararmos com a condição natural e ideal.

Quando a cocheira é um mal menor ou necessário?

O cavalo é um animal gregário, de grupo.

levisão, sem música, sem algo para ler, sem amigos para conversar, sem telefone, enfim sem nada para nos entretermos ou nos ocuparmos. Com certeza esta é uma condição deveras ruim. Tédio, ansiedade, tristeza, depressão, mau humor são algumas das consequências da tripla conjugação de solidão com ociosidade e falta de espaço. Uma das piores punições a um ser humano que já está na cadeia é ser enviado para a solitária por um ou mais dias. Nada a fazer, isolamento e mínimo de espaço. Quase o pior dos mundos. Para um cavalo o longo encocheiramento diário é uma punição, um castigo, maior do que a solitária para o presidiário. Façam essa comparação. E são muitos os cavalos mantidos 24 horas por dia numa cocheira, sem terem cometido crime algum. Sob este ponto de vista cocheira, por muitas horas seguidas, é uma enorme e injusta punição para os cavalos. Sei que a intenção das pessoas não é esta quando colocam seus animais para dormir em cocheiras, mas vejam as coisas também do ponto de vista dos cavalos. Considerem as necessidades físicas e comportamentais deles, as quais não são iguais às nossas. Numa boa hipótese os colocam na cocheira às seis horas da tarde e os retiram pelas 7 horas da manhã do outro dia. Vejam que normalmente são aproximadamente 13 horas seguidas de encocheiramento. Mesmo sendo só para dormir, acaba que represen-

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ta mais da metade de um dia que tem 24 horas. Descontando 4 horas entre comer e dormir, sobram 9 horas de inatividade, de falta de espaço, de entediante ociosidade, de solidão, de angustia e de falta de bem-estar. Vejamos outra privação que a cocheira impõe. Por melhor que seja uma cocheira individual, ela está longe de ser o ideal. Como animal de grupo, sempre que os equinos vão dormir um deles, em revezamento, permanece acordado com a função de dar sinais de alerta se alguma ameaça aparecer. Mas numa cocheira individual o equino não pode contar com a sentinela do companheiro perto. Daí que seu sono não deve ser tão profundo nem reparador. Ele se sente mais vulnerável quando está dormindo sozinho e assim não descansa como deveria. Mais um fator negativo da cocheira. Não é da natureza do cavalo se alimentar nem deitar perto das suas próprias fezes e urinas. Para que assim não seja numa cocheira precisaríamos limpá-la várias vezes por dia. Sabem quantas pessoas fazem limpeza da mesma cocheira várias vezes por dia enquanto o animal está encocheirado? Acho que não preciso nem responder. Além disso, cama suja é ruim para saúde do casco, da pele e do sistema respiratório do cavalo. Considerando tudo isso fica fácil entender porque o encocheiramento, por muitas horas seguidas,

Ao falarmos de mal que às vezes é necessário, primeiro gostaria de dizer que a idéia de cocheira tem muito de “colonização” dos países que nos deram origem. Geralmente países de clima bem mais frio do que o nosso. Inadvertidamente os colonizadores, sem levar em conta as grandes diferenças do nosso clima em relação ao da terra natal deles, aqui também repetiram o costume de construírem cocheiras. Por outro lado, tendemos a copiar quase tudo que se faz nos países desenvolvidos de clima frio e cocheira foi mais uma dessas coisas. Aliás, esse costume já não se justificava nem para nossos ancestrais portugueses. O clima em Portugal, assim como na maior parte da Península Ibérica, não exige cocheiras. Mas eles tinham e têm, como nós, a tendência de querer copiar o que se faz nos outros países mais desenvolvidos e frios como França, Inglaterra, Alemanha, etc. Esse erro atinge não só nossa iniciativa privada como também as poucas iniciativas públicas ou governamentais nesse sentido. No Brasil a cocheira normalmente é um conforto mais para o homem do que para o cavalo. Como? Estando o animal encocheirado se torna muito mais fácil para o homem acessar o cavalo que fica ali, sem poder se afastar, pronto e ao seu dispor. Mas afinal quando então a cocheira pode representar algum benefício ou um mal menor para o cavalo? Em várias situações, dentre as quais citarei abaixo algumas. Quando, por exemplo, um animal acometido de algum problema de saúde precisa, por tratamento, de privação de movimentos e de abrigocontra as intempéries. Quando, mesmo para um só ani-



Espaço Técnico – Bem-Estar Equino mal, não dispomos de campos ou piquetes para deixá-lo solto. Nesse caso a cocheira passa a ser um mal menor do que soltar o cavalo nas ruas ou nas estradas e até mesmo melhor do que vendê-lo para pessoas que não são garantias de que irão tratá-lo bem. Quando só possuímos pastos ou piquetes que ficam na beira de ruas ou estradas. À noite “todo gato é pardo” e então em certas regiões é preciso recolher o cavalo numa cocheira para evitar possíveis roubos. Quando os pastos ou piquetes não são em numero ou tamanho suficiente para que animais antagônicos ou fortemente antipatizados não fiquem a brigar seguidamente na mesma área. Quando em áreas urbanas de metrópoles é preciso manter grande número de cavalos para policiamento, para hipismo, para exposições, etc. A concentração e a falta de espaço impõe cocheiras como local para se manter cavalos. Quando fora da cocheira a temperatura estiver abaixo de zero graus célsius e junto correr chuva prolongada. Todavia, geralmente, as pessoas tendem a transpor para o cavalo a nossa sensibilidade e resistência ao frio e à chuva. Esse é outro equívoco porque o cavalo, quando bem alimentado, suporta muito mais do que nós as chuvas e as baixas temperaturas. Salvo condições extremas, uma equilibrada e farta alimentação vale mais do que muitas cocheiras.

Como minimizar os malefícios do encocheiramento

Retirando o cavalo da cocheira várias horas, todos os dias, a fim de que ele possa se movimentar e relaxar. Equipando a cocheira com entretenimentos como bolas penduradas e espelhos altos na parede onde o cavalo pode se ver sem tocar na sua própria imagem. Permitindo ao cavalo na cocheira acesso permanente a volumoso e água limpa.

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Num pavilhão de cocheiras elas devem ter, pelo menos, as divisórias internas com paredes de meia altura, isto é, com paredes só até a altura do peito ou da cernelha do cavalo. Daí para cima a divisão fica livre ou com grades que permitem a visualização, o tato e a olfação entre os vizinhos. A cocheira deve ser a mais ampla possível, de forma a permitir que o animal estrume e urine só em determinado local e não fique, por falta de suficiente espaço, a pisotear sobre a sua própria sujeira. A maioria dos cavalos têm esse cuidado ou comportamento de higiene quando lhes é oferecido espaço suficiente e adequado. Bom tamanho gira em torno de 25 m² ou mais. Além de tudo, cocheiras grandes se tornam mais econômicas porque, permitindo ao cavalo adotar comportamento de higiene, exigem menos trabalho de limpeza e gastam menos material de cama. Na cocheira o cocho de ração concentrada e o suporte de feno e/ ou de capim cortado devem ter altura baixa, de forma a permitir que o animal possa se alimentar com o pescoço para baixo, como é mais natural e apropriado para a sua fisiologia digestiva. A cocheira, na medida do possível, deve ser bem ampla, arejada e receber sol algumas horas por dia. A cocheira quando destinada a animais que se conhecem e se respeitam por já terem hierarquia definida, deve preferentemente ser coletiva, isto é, ser para mais de um indivíduo. Evidentemente o tamanho precisa ser grande e proporcional ao número máximo de animais que se pretende abrigar. A cocheira deve ser limpa sempre que estiver suja e não só uma única vez por dia.

como solário e local para o animal se desestressar um pouco do confinamento maior. Não é o ideal, mas já é bem melhor do que as limitadas cocheiras tradicionais. O ideal mesmo seria não precisarmos das cocheiras. Mas caso sejam muito necessárias então uma boa alternativa seria substituí-las por abrigos, de livre acesso nos pastos e piquetes, onde os cochos, com divisórias de individualização, e os animais estivessem protegidos das intempéries mais drásticas como vento excessivamente frio, prolongada chuva intensa e sol muito forte.

Conclusão

Na Suíça, um dos países onde os princípios do Bem-Estar Animal são levados mais a sério, a ninguém é permitido ter cavalo sem que ele disponha de companheiro da mesma espécie e o encocheiramento por 24 horas seguidas é rigorosamente proibido. A cocheira pode e deve ser entendida como a ferradura, um mal às vezes necessário. Mas devemos evitá-las sempre que possível. Na maioria das vezes é possível evitar o encocheiramento prolongado. Pensem nisso e pé no estribo.

Alternativa à cocheira

Qual seria uma boa alternativa para a cocheira? Modernamente nos países de clima frio, mesmo onde constroem muitas cocheiras lado a lado, hoje há uma tendência de construírem cada uma com uma pequena área anexa individual, de livre acesso, que funciona

Por Sergio Beck O autor deste artigo é também autor do livro “Manual de Gerenciamento Eqüestre”. Contatos sbeckequinos@yahoo.com.br , (41) 9953-0317 Tim e (48) 9162-7185 Vivo.



Espaço Técnico - Genética

Genética da Pelagem na Raça Mangalarga Foto: Modesto Wielewicki.

O melhoramento genético animal é um conjunto de processos seletivos que visam o aumento da frequência dos genes desejáveis na população, diminuindo consequentemente a frequência dos genes indesejáveis. Está baseada em dois pilares fundamentais; a seleção e o sistema de acasalamentos. O estudo e a aplicação do melhoramento genético animal convergem para três grandes áreas: - Genética básica e o Mendelismo. - Genética de população; tem como fundamento básico o teorema de Hardy-/Wenberg (1908), é limitada ao estudo dos caracteres quantitativos, como pelagem, chifres, etc. - Genética quantitativa. Portanto vamos direcionar nosso tema para a genética de populações, para que possamos entender as pelagens mais frequentes da raça Mangalarga. Pelagem é o revestimento externo do animal e caracteriza-se pela coloração do conjunto formado por pele, pêlos, crina e cauda. As pelagens mais frequentes na raça Mangalarga são a Alazã, Tordilha, Baia, Rosilha, Pampa, Castanha e a Preta, todas com suas variedades. As pelagens são classificadas como: Simples e uniformes: Alazã e Preta. Simples Uniformes, com cauda, crina e extremidades pretas: Castanha e Baia. Compostas: Tordilha e Rosilha. Conjugadas: Pampa.

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A pelagem caracteriza-se pela coloração do conjunto formado por pele, pêlos, crina e cauda.

Obs: as pelagens Ruão e Lobuna existem na raça Mangalarga, porém em uma frequência muito baixa. A coloração da pelagem é determinada geneticamente através de interação de vários lócus gênicos e pode ser alterada por fatores como: sexo, idade, nutrição, estação do ano e clima. Os genes que determinam a cor das pelagens são: Genes da série C: - Gene C (color) alelo dominante, responsável pela produção do pigmento melânico. - A presença do cc o animal é albino, mas em cavalos, é desconhecida a forma albina, os animais possuem pelos brancos, pele e olhos róseos. A pelagem branca é dada pelo gene W, que na forma WW é letal. Genes da série A: - gene aguti, restringe pigmentos escuros (castanho e preto), na crina, cauda, na linha dorsal e extremidades dos

membros. O alelo A provoca também clareamento da pelagem na cabeça, pescoço e tronco, tornando o pigmento de tonalidade avermelhada. Genes da série B: - B e b são responsáveis pela cor do pigmento produzido, dominante nas formas BB e Bb; determina que o pigmento produzido seja preto, na forma bb produz o pigmento vermelho. Assim será possível definir os genótipos das pelagens pretas e alazãs. Genes da série D: - Quando dominante (D), provoca diluição na tonalidade da pelagem, assim os animais que possuem esse alelo na forma dominante, terão menor produção de pigmento melânico, sendo ainda menor a produção na forma homozigota DD em relação à forma homozigota Dd. Gene da série E: - É o gene que determina que o pigmento produzido seja uni-


formemente distribuído em toda a extensão do corpo. - O gene E é inibido pelo gene A, então só há expressão desse gene quando recessivo. - O gene recessivo e modifica a cor do cavalo para o amarelo ou vermelho. - O alelo e restringe a distribuição do pigmento marrom nos olhos e nas extremidades. Genes da série M: - É o gene responsável pelo surgimento de particularidades das pelagens como; calçamentos, estrelas, cordão etc. - Quando está na forma dominante M nãoapresenta particularidades. Genes da série G: - Quando dominante G é responsável pela pelagem tordilha. - Dominante sobre seu alelo e epistático. Genes da série R -Roan: - Quando dominante é responsável pela pelagem rosilha; - Difere do G pelo motivo de apresentar interpolação desde o nascimento. - Quando homozigoto leva à morte embrionária. - Quando presente junto com G por ação epistática na forma dominante ocorre clareamento gradual. Genes da série W – White: - Responsável pela pelagem branca.

Quando dominante há pelagem branca

- W dominante mascara os demais genes, e quando recessivo permite a manifestação dos demais genótipos. - WW- quando dominante homozigoto torna- se letal, com morte embrionária. Genes da série T – Tobiano:

- Quando dominante TT ou Tt a pelagem é pampa. Genes da série Cr: - Diluição da cor da pelagem. Conhecendo a ação dos genes podemos dizer como são as pelagens básicas da raça Mangalarga: Alazão; C_aabb Preto; C_BB ou C_Bb Castanho; C_A_B_ Baio; C_ A_B_Cr Amarilho; C_ A_bbCr Tordilho; C_A_B_G_ Pampa; C_A_T_Cr Rosilho; C_ R_ Cr Outro fator que interfere na coloração das pelagens é a Epistasia, que é a interação entre alelos de diferentes locos, com um loco alterando a expressão de outro, sendo que os locos podem estar no mesmo cromossoma ou não. A ação epistática pode ocorrer em características qualitativas ou quantitativas. Exemplo; As cores castanhas e pretas são básicas e controladas por alelos, o B, dominante, que condiciona a cor preta e o b, recessivo, que condiciona a cor castanha. Portanto os indivíduos BB e Bb são pretos enquanto os bb são castanhos. O locus W mascara a ação do locus B e apresenta ação dominante, onde a dominância homozigota é letal por morte embrionária. Também o locus A completa a determinação da cor da pelagem dos cavalos, condicionando ainda as cores baia e alazã, surgindo assim os seguintes fenótipos: wwBB preto wwBb preto wwA_B_ castanho wwaaB_ preto wwA_B_ baio wwaabb alazão Podemos assim concluir que: - Alazão X Alazão; produz somente alazão. - Castanho X Castanho; produz castanho, preto e alazão. - Preto X Preto; produz preto, alazão, baio.

- Baio X Baio; produz baio, alazão, amarilho, castanho e preto. - Tordilho X Tordilho; Se for homozigoto produz 100% tordilho, sendo heterozigoto, pode produzir tordilho, alazã, castanho, baio, preto, e para ser tordilho, precisa de que ao menos um dos pais seja tordilho. - Pampa X Pampa; sendo homozigotos vão produzir 100% pampa, sendo heterozigoto pode produzir 75% de pampa e também 25% deoutra pelagem sólida. Para ser pampa precisa de que ao menos um dos pais seja pampa. - Amarilho X Amarilho; produz amarilho e alazão em suas variedades, mas como carrega o locus Cr, pode produzir animais com olhos azuis, mucosas e pele rósea (albinóides), no momento em que aparece CrCr através do acasalamento, por esta razão não aconselhamos este acasalamento. - A pelagem Alazã Salpicada é muito frequente na raça Mangalarga, porém não encontramos nenhuma referência à genética desta pelagem. Sabemos que o gene E determina que o pigmento produzido seja distribuído uniformemente por todo o corpo e ao mesmo tempo ele é inibido pelo gene A, portanto nesta presença ele somente se manifestará na forma recessiva ee e ele restringe a distribuição dos pelos vermelhos nos olhos e extremidades. Podemos deduzir que a variedade salpicada poderia ter a presença destes genes. Existe a possibilidade de haver a presença do gene da pelagem rosilha R, e do gene M, que produz as particularidades e manchas, porque quando analisamos a origem desta pelagem na raça, verificamos que o primeiro reprodutor a ser registrado com esta pelagem ou com esta nomenclatura foi o Sheik, que era filho de Astuto que era alazão rubicão, e sua mãe Minuta apesar de ser Alazã, era irmã própria de Pensamento que também era alazão Rubicão, cuja mãe descende de animal roRevista Mangalarga • Dezembro/2015

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Espaço Técnico - Genética

Procuramos um reprodutor que pudéssemos usar como exemplo de variação de pelagens resultantes de vários acasalamentos, e vimos que o reprodutor Popó Juja, por ser Baio, exemplifica bem este tema, ele tem uma grande variação de pelagens na sua prole. Levantamos todos os seus filhos e achamos as seguintes variações: Popó Juja (baio) produziu até o momento 54 produtos com éguas alazãs, sendo: 12 produtos Alazões 14 produtos Amarilhos 11 produtos Castanhos 9 produtos Baios 6 produtos Pretos 2 produtos Zainos Portanto, se considerarmos que os Amarilhos são uma variedade do Alazão e que os Zainos são uma variedade do Castanho, a distribuição ficará assim; 50% dos produtos Alazões, 21% dos produtos Castanhos, 18% dos produtos Baios e 11% dos produtos Pretos.

Foto: Modesto Wielewicki.

silho, onde vemos também que Pensamento com Valsa (alazã), produziu Maxixe que era rosilho na nomenclatura usada naquela época, porém devia ser Alazão Arrozilhado, porque era filho de pais alazões. Portanto sabemos que a pelagem Alazã Salpicada na raça Mangalarga pode ter sua origem no alazão rubicão e no rosilho, e que através da consanguinidade ela apareceu no reprodutor Sheik, que tendo um grande número de descendentes, difundiu esta pelagem na raça. Penso que este tema merece um estudo mais aprofundado.

A pelagem pampa é frequente na raça.

6 produtos Tordilhos Como sabemos que a pelagem Tordilha é dominante, fica claro porquea maioria dos produtos é Tordilha, mas vimos que nestes acasalamentos nasceu apenas um filho Alazão Amarilho, porque provavelmente as matrizes Tordilhas tem ascendência Castanha ou Zaina. Produziu apenas um filho com égua Amarilha, sendo este Alazão. Produziu apenas um filho com égua Zaina, sendo este Baio. E apenas um produto com égua Preta, sendo este também Baio.

Produziu 6 produtos com éguas Castanhas, sendo; 3 produtos Alazões 1 produto Amarilho 1 produto Castanho 1 produto Preto

Podemos concluir que este reprodutor é heterozigoto para pelagens, e como tem pai Alazão Amarilho e mãe Castanha sua progênie tem uma maior frequência destas pelagens.

Ou seja; 66% alazões, 17% Castanho e 17% Preto.

Lourenço De Almeida Botelho

Produziu 10 fihos com éguas Tordilhas, sendo; 1 produto Amarilho 1 produto Castanho 2 produtos Zainos

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Eler- Universidade de São Paulo Melhoramento de Equinos- Genética da Pelagem – Fabio J. Gomes e Tassia Bertipaglia. Unesp SP. Pelagem dos Equinos – Tiago R. Garcia Arquivos do Stud Book da ABCCRM Arquivos do Dr. Raul S. Almeida Prado http:// Thaysamm. 2009/11 Estudo sobre pelagens dos Cavalos.

Diretor Técnico e Coordenador do Colégio de Jurados da ABCCRM Referências Bibliográficas: Melhoramento Genético Animal; Joanir P.

Melhoramento de Equinos- Genética da Pelagem – Fabio J. Gomes e Tassia Bertipaglia. Unesp SP. Pelagem dos Equinos – Tiago R. Garcia Arquivos do Stud Book da ABCCRM Arquivos do Dr. Raul S. Almeida Prado http:// Thaysamm. 2009/11 Estudo sobre pelagens dos Cavalos.



M emória

Romance da Água Branca Ao final da década de 1930, a cidade de São Paulo despertou para o desenvolvimento alucinado, no curso de duas décadas a população da cidade dobrou e se tornou a maior metrópole industrial da América Latina. Personalidades ícones de riquezas, elegância, modernismo, exuberavam por todos os lados. Ao lado sonorizava família Guinle, irmãos Mendes Caldeira, Conde Matarazzo, imigrantes notáveis constantemente enriquecendo a cidade, inclusive desembarca oprincipe polonês Roman Sanguszko, casa-se com a filha de um loteador, a sofisticada Germaine Lucie Burchard, que seria sucessivamente Condessa de Gontanl-Biron e Princesa Sanguzko. Imigrantes italianos chegaram com sua cultura de trabalho árduo e enriqueceram, identificando a sua presença na paisagem da cidade que os havia acolhido. O Parque da Água Branca estava no centro desse vulcão. O belíssimo Jardim havia sido formado no início do Século XX, em meados de 1904, pelo então Prefeito de São Paulo, Dr. Antônio da Silva Prado, e evoluiu bravamente com sua maravilhosa sede no estilo Normando, materializado pelo engenheiro Mario Wathely com seus vitrais do Portal de entrada, em estilo Art Déco, desenhados por Antônio Gomide. Localizado inicialmente na ainda poeirenta Avenida Água Branca, inaugurada como a Escola Prática de Pomologia e Horticultura, foi fundado oficialmente em 2 de junho de 1929 pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e contava com várias seções: Veterinária, Defesa Sanitária Animal, Caça e Pesca, Produção Animal entre outras. Tanques de peixes, um pequeno Zôo, um caramanchão e até um

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cinema mudo formavam uma área especial para o lazer. O Governo Getulio Vargas reiniciou as exposições agropecuárias brasileiras e finalmente em 1940 bradou a maior de todas, quando o Secretário da Agricultura Fernando Costa inaugurou a IX Exposição Nacional de Animaes e Productos Derivados que atingiu o patamar imprevisível de 2073 animais presentes. Para comparecer a esse maior evento brasileiro, a população contava com desconto nas passagens de trem, assim como no transporte dos animais havia uma programação especial, e assim nossos Mangalargas aterrissavam sob as luzes da ribalta da Estação da Luz e eram pomposamente conduzidos através das ruas cintilantes dessa metrópole até o “ponto de encontro” no ápice da criação Nacional, Parque da Água Branca, nesse auge portando na sua rua de acesso a portentosa lembrança da nossa maior lembrança aristocrática, a inigualável Germaine Buchard. O Mangalarga operava junto ao gado Caracu, e sua delegação foi fantástica, com os mais destacados equinos brasileiros. Nesse período da nossa história a equinocultura estava acompanhando o maior e mais ávido comprador, o Exército Brasileiro, e as raças de hipismo possuíam os holofotes, mas o Mangalarga era montado e criado pelos nossos maiores agropecuaristas, rompendo nossos sertões paulistas. Nesse sofisticado ambiente o Mangalarga foi sensacional, nas provas de agilidade brilharam as tropas paulistas, nesta exposição, no Concurso de Agilidade venceu Portenho, montado por seu criador de Sylvio Torquato Junqueira, seguido por Anisete, criação de Sebastião Malheiros e montado pelo companheiro Ernesto Junqueira Franco.

Ernesto Junqueira Franco também apresentou e pontuou Beija Flor, uma criação de Gabriel Jorge Franco. O Grande Campeão foi Invasor, apresentado por seu criador Sebastião de Assumpção Malheiros, um filho de Faveiro do Edmundo Diniz Junqueira e Porcelana do Francisco Orlando Diniz Junqueira. Elegantemente a continuidade do Parque da Água Branca, reinaugurado com o nome de seu maior incentivador, passou a ser conhecido por Parque Fernando Costa, e ali passaram os grandes ícones da Raça Mangalarga. As exposições da Água Branca aconteciam no inverno, os criadores orgulhosamente portando os mais elegantes ternos e chapéus de pelo de castor importados, e suas esposas, que eram carinhosamente tratadas por “Donas”, se preparavam meses antes para esse evento e faziam da passagem em frente à arquibancada o maior desfile do ano. Nós, crianças, nos dirigíamos a nossos pais, avós e seus amigos por “senhor” ou “senhora”, não podíamos nos envolver nas conversas de adultos e até fazíamos nossas refeições separados. Os peões também possuíam botas elegantes e estavam sempre trajados com camisas de manga longa e alguns com lenços no pescoço. Eram funcionários de uma casta superior. Nas fazendas começava muito antes o preparo para a exposição de São Paulo, os animais escolhidos recebiam o melhor pasto cortado e colocado na baia, inclusive alfafa e aveia vindas de grandes distâncias, eram escovados e flanelados várias vezes ao dia, recebiam aplicações de babosa nas crinas e eram montados por selas importadas que de tão exclusivas eram guardadas na casa sede. Para o transporte, já em caminhões,



M emória após a fase das locomotivas, o cuidado era formidável, na carroceria dos caminhões instalávamos porteiras adaptadas e tudo era muito bem forrado, inclusive o piso. Os caminhões viajavam durante a noite e logo ao amanhecer o desembarque dos animais acontecia. As baias eram magníficas, melhores do que as da fazenda, e nos diversos galpões haviam algumas com forro de laje, que serviam de base para instalação de camas de armar no estilo exército, onde alguns peões privilegiados passavam a noite. Nos corredores, junto às suas baias, as fazendas colocavam enormes baús de madeira com cadeados, identificadas pelas marcas “à fogo” iguais às dos animais, armazenando os equipamentos de montaria. Os criadores, na maioria conhecidos entre si, ficavam ansiosos por saber quais animais estariam em disputa. Havia uma pista secundária logo ao lado da entrada,onde senhores muito bem trajados eram vistos “espiando as novidades”. Para nós, interioranos, os 10 dias da Exposição de São Paulo eram o evento do ano, para lá íamos com o cabelo cortado, nos alojávamos em hotéis ou apartamentos ao redor do Parque e a cada dia nos vestíamos com um traje diferente. O ápice da festa acontecia na entrega dos prêmios,quando portávamos ternos e os peões participavam trajados com botas, culote e camisa social. Os vencedores eram endeusados naquele momento, inclusive a disputa principal era pela medalha de ouro “Governador do Estado”, forjada em ouro 18k, com uma fita nas cores do nosso estado e entregue ao criador com o maior número de pontos no certame. O segundo maior evento do certame era o tradicional desfile de encerramento, quando na pista principal se apresentavam os animais campeões, juntos as diversas raças de gado, caprinos, ovinos, e principalmente os portentosos cavalos, seguidamente nas mãos dos seus proprietários.

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No marcante ano de 1946 ocorreu um fato histórico para o Mangalarga, estavam em disputa duas facções da família Junqueira, de um lado Sebastião Malheiros, casado com a irmã do Edmundo Diniz Junqueira e seu sucessor com o magnífico cavalo Absinto, e na outra face o cavalo Sururu, criado por Sebastião de Almeida Prado, Seu Nhonhô, casado com a Elza, neta do Capitão Chico Diniz Junqueira. O julgamento foi paralisado quando o Juiz Manoel disse em alto e bom som: ”Tirem da pista esse mestiço”. Tratava-se do magnífico Absinto, que teve esse comentário insinuado, por ser a 4ª geração do cavalo Beduino (1895), um espetacular Anglo-Árabe vindo da Argentina, que teve sua origem quando da visita de Julio Roca, presidente da República Argentina ao Brasil, que presenteou o presidente Campo Sales. Esse desagradável momento definitivamente tirou o artista maior do Mangalarga dos anais da nossa História. Sebastião Malheiros, ofendido, rompeu com a Associação, não registrando mais seus produtos. Mas o embate não parou por aí, em 1966 novamente estiveram em cena duas vertentes dos Junqueiras, na Água Branca compareceu sabidamente um filho da Pluma SM, neta do citado Absinto, que consequentemente não tinha registro na nossa associação, e mais uma vez na disputa estava presente o criador Sebastião de Almeida Prado, desta feita combatendo um filho do afamado Sheik, ainda de criação do João Francisco Diniz Junqueira, o cavalo Chapéu JO. Como um tremor de terra, o episódio levou uma sombra de confusão no majestoso parque, mas desta vez o Seu Nhonhô, como era conhecido, do alto de seu impecável terno de linho branco fez o comentário sereno e definitivo: “- para esse Chapéu eu tiro o meu chapéu!!”. O Parque da Água Branca ainda veria muitas outras confusões, mas eminentemente ainda em 1978 foi

o palco da 1ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga, promovida pelo então Presidente Dr. Fausto Simões, que instituiu a figura do cavalo “Burity”, uma lembrança ao pai do Absinto, como imagem oficial da premiação da raça. Nesta exposição ainda, promoveu o retorno da utilização de provas de agilidade para qualificar a raça. E assim, sempre esse espaço aristocrático dos equinos foi o ícone dos grandes eventos, até que o Governo do Estado inaugurou o moderno Parque da Água Funda que veio a sucedê-lo no principais eventos e esvaziou o nosso Parque Fernando Costa, que terminou como âncora para abrigar as principais sedes sociais dos inúmeros núcleos de associados criadores de cavalos, bovinos, suínos, ovinos, e demais atividades agropecuárias. Hoje em dia, quando em visita a São Paulo, para lembrar esse período maravilhoso da minha vida, carente da amizade profunda que tinha com o meu avô José Oswaldo Junqueira, levo minha família para visitar a sede da nossa associação e jantar no restaurante Roma, junto ao Parque Buenos Aires, que ainda conserva em seu ambiente as tintas desse passado recente e me trás de volta à companhia do meu avô.

José Oswaldo Junqueira Fleury (Juca) Autor do Livro “JO – No caminho das pedras” Associado Nº 00726


ANDAMENTO, MORFOLOGIA E EMOÇÃO REUNIDOS

CLARA OJC (T.E) DL Uruguai da Alvorada x Pamonha da Matta

1a Reservada Campeã Nacional Égua 2015

BALUARTE AOR (T.E.) Zagros do Pec x Odalisca da Nova Aliança

Campeão Nacional Potro Pampa 2015 2o Reservado Grande Campeão Nacional Potro Pampa 2015

ESTRELA D'ALVA 42 (T.E.) Rei de Ouro 42 x Xilena Mangalarga

1a Reservada Campeã Nacional Potra Castanha 2015

Equipe Haras Germana


P rofissional

de

S ucesso

Por Pedro C. Rebouças

Foto: Pedro Rebouças.

Ubiraci Ramos

Com importantes títulos conquistados ao longo da carreira, Bira aponta a dedicação como principal motivo para o sucesso de um apresentador Muito respeitado entre seus colegas de profissão por seu trabalho na parte técnica, o apresentador e treinador Ubiraci Ramos, o Bira, começou sua carreira no meio equestre e na raça Mangalarga de forma imprevista. Por isso mesmo, sua formação profissional partiu do zero e evoluiu ao longo dos anos até alcançar o elevado nível em que se encontra hoje. “Meu primeiro contato com a raça Mangalarga e com cavalos de um modo geral aconteceu no ano de 1987, quando comecei a trabalhar como tratorista no Rancho Roma, do Rolf Ludwig Lochner. Fiquei nessa função por quase um ano, aí o peão dele saiu e eu fiquei cuidan-

Ubiraci Ramos concede entrevista no Haras CASS.

do da criação de forma provisória até que ele arrumasse outro funcionário. Mas o tempo foi passando e ele não conseguia arrumar ninguém, então perguntou se eu queria começar a mexer com cavalo e eu acabei topando. Na época eu não tinha experiência nenhuma, comecei realmente do zero”, comenta o apresentador. Bira conta ainda que no início de sua carreira se espelhou em três cavaleiros que se destacavam muito no meio mangalarguista. “Quem mais me influenciou como apresentador foi o Dil, o Valdir Marques. Lembro que fiquei impressionado com a forma como ele trabalhava e com a vibração que havia na plateia Foto: Arquivo Pessoal.

Montando Labirinto RML, em 1996.

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quando ele estava apresentando algum animal. Já na parte de provas quem mais me impressionava era o José Bento Ferreira, que estava sempre disputando as primeiras colocações das competições. E havia ainda o Adaldinho (Adaldio José de Castilho Filho) que mexia muito bem com a rédea e flexionava bem o cavalo. Eu me inspirava neles e tentava pegar um pouquinho do conhecimento de cada um.” Sempre observador e muito dedicado, Bira foi ganhando experiência e progredindo na carreira. Passou nove anos no Rancho Roma, depois esteve por quatro anos no Haras Precioso, do criador Eduardo Rabinovich, e por quinze anos no Haras JES, do criador José Eduardo de Souza. Em maio de 2015, passou a integrar a equipe do Haras CASS, em São José dos Campos (SP). Hoje, ostenta um currículo com diversos títulos de relevância na raça Mangalarga. De acordo com Bira, todas essas conquistas foram muito marcantes em sua vida. “Todos os Campeonatos Nacionais e Grandes Campeonatos Nacionais que a gente faz marcam muito”, destaca o apresentador, cujos títulos mais importantes foram conquistados com Teúda HB (Grande Campeã Nacional Égua 1997), DL Uruguai da Alvorada (Grande Campeão Nacional Cavalo 1998), Regra JES (Grande Campeã Nacional Potra 2002), Quartzo JES (Grande Campeão Nacional Potro



Foto: Arquivo Pessoal.

S ucesso

Com a tropa do Rancho Roma.

2001), Diva da Piratininga (Grande Campeã Nacional Potra 2012) e Ereu JES (Grande Campeão Nacional Cavalo Pampa 2014 e Grande Campeão Nacional Cavalo Pampa de Andamento 2014). O renomado apresentador destaca ainda os animais Latino RML e DL Uruguai da Alvorada como aqueles com os quais viveu os momentos mais memoráveis de sua trajetória. “Foram duas situações diferentes, com um deles eu mostrava meu trabalho e com o outro havia a pressão de fazê-lo Grande Campeão. O Latino era especial trabalhando. Era um animal que tudo aquilo que eu fazia nele com sela e com quatro rédeas, também fazia nele a pêlo. Já com o Uruguai

Montando Labirinto RML, em 1996.

era diferente. Havia muita pressão e uma expectativa enorme, pois ele já vinha cotado para ser Grande Campeão. Havia ainda uma disputa acirrada com o Saturno. A primeira exposição que nós fomos naquele ano foi em Bragança e o Uruguai ganhou. Fomos para Brasília, o Uruguai perdeu. Fomos em Ourinhos, o Uruguai perdeu. Fomos em São João, o Uruguai ganhou. Então o desempate veio na Nacional e nós ganhamos. Foi uma verdadeira realização.” Na opinião de Bira, a principal virtude que um profissional deve ter para se destacar nessa área é, sem dúvida, dedicação. “É preciso fazer tudo bem feito porque o que a gente faz é sempre para os olhos Foto: Norberto Cândido.

Com Ereu JES, Grande Campeão Nacional Pampa de Andamento 2014.

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dos outros”, acrescenta o premiado apresentador e treinador, que, aliás, inspirou seus dois filhos a seguirem a profissão. “O Raul trabalha no Haras HIC com o Israel Iraídes da Costa. Já o Rogério trabalha conosco aqui no Haras CASS, do Cassiano Terra Simão. Para o pai, isso é muito gratificante. Meus moleques são o maior orgulho da minha vida. O cavalo realmente ajuda você a educar uma família.” Para o jovem cavaleiro Raul Aparecido Ramos, o pai é uma inspiração tanto na profissão como na própria vida. “A principal inspiração do meu pai vem justamente da pessoa que ele é. Todo mundo fala dele. Então, eu e o meu irmão fomos nos espelhando nele pelo herói que ele é para nós. E, graças a Deus, com humildade e batalhando, nós estamos chegando onde estamos hoje.” Com Diva da Piratininga, Grande Campeã Nacional Potra 2012. Foto: Norberto Cândido.

de

Foto: Arquivo Pessoal.

P rofissional



em

D estaque

Por Pedro C. Rebouças

Haras Gadu

Guilherme Saad e família no Haras Gadu.

Com uma seleção focada na busca por um excepcional andamento e pelo melhoramento morfológico constante, o criatório itapetiningano se firma entre os novos expoentes da raça Mangalarga O Haras Gadu, comandado pelo criador Guilherme Pompeu Piza Saad, no município paulista de Itapetininga, obteve em curto espaço de tempo uma posição de destaque no panorama do Cavalo de Sela Brasileiro. Afinal, em apenas cinco anos de dedicação à raça, o criatório construiu um premiado currículo, no qual se sobressaem quatro Grandes Campeonatos Nacionais e um Grande Campeonato da Copa Mangalarga de Andamento. Esse impressionante desempenho é resultado de uma acertada combinação de fatores, que inclui criteriosos investimentos em genética de ponta, em mão de obra es-

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pecializada e em uma ampla infraestrutura, além, é claro, da grande paixão pelo cavalo Mangalarga que une a família Saad e é a causa principal de todo este sucesso. Outra característica que não pode ser esquecida é o poder de superação diante das dificuldades demonstrado pelo titular do haras e por sua equipe. Afinal, a trajetória do criatório foi marcada por momentos de muita alegria mas também por ocasiões de grande tristeza.

Vista aérea do Haras Gadu, em Itapetininga (SP).

Foto: Norberto Cândido.

H ara s


Foto: Norberto Cândido. Guilherme Saad monta seu primeiro cavalo durante a infância.

Protegido do Otnacer é um dos destaques do criatório.

Tangará 42, o Grande Campeonato Nacional de Andamento com o Protegido do Otnacer e o 1º Reservado Grande Campeonato Nacional de Andamento Égua Pampa com a Babel do Pec”, relembra Guilherme Saad. Entretanto, apesar de todos esses premiados animais, o titular do criatório acredita que não é possível quantificar se são muitos ou poucos os expoentes de seu plantel. “O que temos é uma linha de trabalho focada em andamento e também cruzamentos que visam aprimorar cada vez mais o nosso querido Mangalarga. Dessa maneira, acredito que os expoentes vão surgir naturalmente. Este ano e já no ano passado, conse-

“Tivemos dois episódios negativamente marcantes que foram a perda do Estádio ME, em 2014, e a perda do Tangará 42, em 2015, que quase me fez parar de criar. Graças a Deus também tivemos vários momentos marcantes positivamente, a começar pela nossa primeira Exposição Nacional, no ano de 2012, quando tivemos o congraçamento do Grande Campeonato Égua de Andamento com a Badalada RB. Já em 2013 tivemos a satisfação de ver o Estádio ME sagrar-se Grande Campeão Nacional de Andamento e Grande Campeão da Copa Mangalarga de Andamento. Além disso, em 2014, nós obtivemos o Grande Campeonato Nacional Potro com o

Paixão antiga Guilherme Saad conta que sua paixão pelos equinos nasceu ainda na infância. “Nossa história com o cavalo vem de gerações. Meu avô tinha fazenda e a gente sempre gostou do convívio com esses animais. Assim, quando eu tinha seis anos, meu pai me deu meu primeiro cavalo, um pampa de alazão. Foi um período muito gostoso, eu cresci andando a cavalo e depois, quanFoto: Programa Mangalarga.

Foto: Mairo Wellington.

A bela sede do Haras Gadu .

guimos fazer vários animais Gadu campeões regionais e nacionais, o que nos mostra que o caminho está correto. Mesmo assim, sabemos que precisamos aprimorar cada vez mais nossa seleção.”

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em

D estaque Foto: Norberto Cândido.

H ara s

Equipe Gadu celebra o Grande Campeonato Nacional de Andamento conquistado por Protegido do Otnacer em 2014.

Pódio do Grande Campeão Nacional Potro 2014 Tangará 42.

O confortável pavilhão de baias do criatório.

Guilherme Saad e sua família compartilham uma forte paixão pela raça.

Foto: Programa Mangalarga.

Estádio ME fez história no haras itapetiningano.

da nossa logomarca, para que a homenagem ficasse completa.” Nessa fase inicial, o Haras Gadu também realizou aquisições importantes no Haras RB e em outros criatórios de destaque na raça, sempre buscando melhoramento morfológico e um excepcional andamento. Esse investimento resultou em um time de matrizes com genética de ponta e proporcionou ao criatório os garanhões que serviram de base para o desenvolvimento da seleção, como o Estádio ME e o Tangará 42. “Na seleção, a gente sempre quer aprimorar ao máximo. Mas Foto: Norberto Cândido.

do meu filho mais velho, o Gabriel, completou seis anos, há cerca de cinco anos, veio de novo essa vontade de ter cavalo, de andar, cavalgar e até criar. Acabamos optando então pelo Mangalarga devido ao seu carisma, docilidade e funcionalidade.” Em seguida, foi decidido o nome do haras, Gadu, uma composição com os nomes Gabriel e Duda (Maria Eduarda), dos filhos mais velhos do casal Guilherme e Karen. “Daí, quase três anos depois, veio a nossa caçula, a Maria Isabel, e a gente colocou um pinguinho no i, no meio

agora nós estamos numa fase gostosa da criação. Está bem claro o que nós queremos, nosso conceito da criação já está bem mais formado. Na nossa tropa, nós procuramos sempre aliar um ótimo andamento a uma boa morfologia”, explica Guilherme Saad. O criador ressalta ainda que a raça agregou ótimos momentos à sua vida. “O cavalo Mangalarga me proporcionou a possibilidade de conhecer pessoas novas e de curtir os animais com a minha família, que adora esse convívio. Além disso, este é um equino extremamente dócil e amigo, que nos proporciona paz, tranquilidade e ótimos momentos para recarregar as baterias.” O titular do Haras Gadu aproveita ainda para destacar que o criatório itapetiningano está sempre de portas abertas para atender aos amigos mangalarguistas. “Convido a todos que tem interesse pelo cavalo Mangalarga ou que querem conhecer melhor a raça a virem nos visitar. Será uma honra recebê-los”, conclui Saad.

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L azer & C ultura

Cavalgar pelas trilhas do estado indiano de Rajastão é uma verdadeira experiência para os sentidos Viajar a Cavalo pela Índia está na lista dos desejos de qualquer viajante a cavalo do mundo. As razões variam de uma pessoa para outra; porém, a história milenar Indiana conta muito nessa hora de colocar o país no topo da lista. Cavalgar através de antigos reinos de Shekhawati é uma rica experiência; poder conhecer como vivem seus habitantes, da vida simples dos agricultores ao luxo da vida privilegiada dos príncipes. O estado indiano de Rajastão, onde cavalgamos, já foi conhecido como Registhan, “terra de deserto”. Historicamente esta é uma das regiões mais ricas da Índia, repleta de fortalezas e palácios magníficos que já foram casa, e em muitos casos continuam sendo, de príncipes reais. Alguns destes palácios são agora

Cavalgada d

A cavalgada é uma ótima oportunidade de conhecer o modo de vida local.

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O Rajastão é uma região com uma rica história.


Fotos: Divulgação.

Por Paulo Junqueira Arantes (www.cavalgadasbrasil.com.br)

dos Marajás O imponente Taj Mahal é um dos destaques do passeio.

hotéis, onde ficamos durante a cavalgada. Nossa viagem percorre grande variedade de cenários, incluindo deserto, campos, desfiladeiros rochosos, florestas de acácia, matas e as Aravali - colinas férteis. Para os amantes dos cavalos, não se pode esquecer o forte atrativo que os cavalos Marwari despertam nas pessoas. É um animal exótico que apenas pode ser cavalgado na Índia. O cavalo Marwari costumava ser o cavalo do rei e de seus nobres. Criados para a guerra, eles ainda exibem muitas de suas características originais. Na Índia vaca é sagrada, mas o cavalo Marwari é divino. Apresentam uma característica física que os diferencia, suas orelhas são curvadas para dentro, muitas vezes se encontrando nas pontas, o que os torna únicos. Cavalgamos com cavalos e organização de uma família nobre na Índia. Cavalgar em trilhas no Rajastão é uma experiência para os sentidos. Um roteiro cheio de cor e esplendor. Ao final da cavalgada, um passeio pela região conhecida como Triângulo de Ouro da Índia, formada pelas localidades de Delhi, Agra (cidade considerada patrimônio da humanidade onde está situado o famoso palácio Taj Mahal) e Jaipur, capital do Rajastão. Fundada no século XVIII, Jaipur é conhecida como cidade cor-de-rosa por causa das construções revestidas de arenito rosa. Além disso, as casas róseas possuem janelas estilizadas e vazadas que, ao entardecer, mostram toda sua beleza.

O final da cavalgada inclui um passeio pela região do Triângulo de Ouro.

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Fotos: Divulgação.

L azer & C ultura

Belos cenários acompanham os cavaleiros.

O cavalo Marwari pode ser cavalgado apenas na Índia.

Dono de exóticas orelhas, o cavalo Marwari é uma das atrações do passeio.

A cavalgada indiana figura inclusive na lista “Top 10 Horseback Rides” da revista National Geographic. “A Cavalgada de Palácio a Palácio no Rajastão, realizada nos excelentes cavalos da raça Marwari, é considerada uma viagem exótica. Os Palácios são preciosidades arquitetônicas. A comida e os serviços, especiais”, destaca a conceituada publicação. A cavalgada figura na “Top 10 Horseback Rides” da National Geographic.

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Fotos: Norberto Cândido.

Galeria dos Grandes Campeões da Copa Mangalarga de Marcha 2015

Suprema do EFI 1ª Reservada Grande Campeã da Copa de Marcha 2015 Criador - Eduardo Figueiredo Augusto Expositor - Eduardo Figueiredo Augusto

Orca Mangalarga 2ª Reservada Grande Campeã da Copa de Marcha 2015 Criador - Geraldo Diniz Junqueira Expositor - João Pacheco Galvão de França

Milonga Mangalarga Grande Campeã da Copa de Marcha 2015 Criador - Geraldo Diniz Junqueira Expositor - Elcio Eduardo Mantovani Gobatti

Urú do Mont Serrat 2º Reservado Grande Campeão da Copa de Marcha 2015 Criador - Sérgio Luiz Dobarrio de Paiva Expositor - Hélio Korman

Heron RBV 1º Reservado Grande Campeão da Copa de Marcha 2015 Criador - Luis Augusto de Camargo Opice Expositor - Luis Augusto de Camargo Opice

Diamante Negro França (T.E.) Grande Campeão da Copa de Marcha 2015 Criador - Eduardo Henrique Souza de França Expositor - Eduardo Henrique Souza de França



Fotos: Norberto Cândido.

FAÇANHA LPC (T.E.) GRANDE CAMPEÃ POTRANCA PELAGEM PRETA OU ZAINA CRIADOR: LEANDRO PASQUALINI DE CARVALHO EXPOSITOR: LEANDRO PASQUALINI DE CARVALHO

FOGGIA DO PEC (T.E.) GRANDE CAMPEÃ POTRANCA PELAGEM PAMPA CRIADOR: PAULO EDUARDO CORREA DA COSTA EXPOSITOR: MARISA IORIO CORREA DA COSTA

LUA NEGRA DO EPL (T.E.)

PANTERA DO ORGIN (T.E.)

2ª RES. GRANDE CAMPEÃ POTRANCA PELAGEM PRETA OU ZAINA CRIADOR: EUGENIO PACELI LOPES EXPOSITOR: PEDRO DIAS NETO

1ª RES. GRANDE CAMPEÃ POTRANCA PELAGEM PRETA OU ZAINA CRIADOR: ROGERIO CAMARA NIGRO EXPOSITOR: MARCELO ANGELO DA SILVA

CARTAGENA DO A.E.J.

DIVA DO GADU (T.E.)

2ª RES. GRANDE CAMPEÃ POTRANCA PELAGEM PAMPA CRIADOR: ALMIRO ESTEVES JUNIOR EXPOSITOR: LUIZ GUSTAVO ALVES ESTEVES

1ª RES. GRANDE CAMPEÃ POTRANCA PELAGEM PAMPA CRIADOR: GUILHERME POMPEU PIZA SAAD EXPOSITOR: GUILHERME POMPEU PIZA SAAD

CINGAPURA DO A.E.J. (T.E.)

EVITA DA ARAXÁ (T.E.)

2ª RES. GRANDE CAMPEÃ POTRANCA CRIADOR: ALMIRO ESTEVES JUNIOR EXPOSITOR: LUIZ GUSTAVO ALVES ESTEVES

1ª RES. GRANDE CAMPEÃ POTRANCA CRIADOR: JOSIANE CARDOSO MATTA VIDOTTI EXPOSITOR: JOSIANE CARDOSO MATTA VIDOTTI


ELEGÂNCIA DO A.E.J. (T.E.) GRANDE CAMPEÃ POTRANCA CRIADOR: ALMIRO ESTEVES JUNIOR EXPOSITOR: ALMIRO ESTEVES JUNIOR

CORCEL DO GADU (T.E.) GRANDE CAMPEÃO POTRO PELAGEM PRETA OU ZAINA CRIADOR: GUILHERME POMPEU PIZA SAAD EXPOSITOR: GUILHERME POMPEU PIZA SAAD

NOTURNO DO EPL

NEGRO ZCM (T.E.)

2º RES. GRANDE CAMPEÃO POTRO PELAGEM PRETA OU ZAINA CRIADOR: EUGENIO PACELI LOPES EXPOSITOR: EUSTÁQUIO LIMA CASTRO

1º RES. GRANDE CAMPEÃO POTRO PELAGEM PRETA OU ZAINA CRIADOR: ZCM AGROPECUÁRIA LTDA EXPOSITOR: ZCM AGROPECUÁRIA LTDA

BALUARTE AOR (T.E.) 2º RES. GRANDE CAMPEÃO POTRO PELAGEM PAMPA CRIADOR: ALEXANDRE DE OLIVEIRA RIBEIRO EXPOSITOR: ALEXANDRE DE OLIVEIRA RIBEIRO

FIDJI DO PEC (T.E.) GRANDE CAMPEÃO POTRO PELAGEM PAMPA CRIADOR: PAULO EDUARDO CORREA DA COSTA EXPOSITOR: MARISA IORIO CORREA DA COSTA

GESTOR DO ORDEC GRANDE CAMPEÃO POTRO CRIADOR: ROBERTO BUZATO EXPOSITOR: ALMIRO ESTEVES JUNIOR

LUAR DO H.I.C. (T.E.) 2º RES. GRANDE CAMPEÃO POTRO CRIADOR: HIC AGROPECUÁRIA LTDA EXPOSITOR: HIC AGROPECUÁRIA LTDA

CALAIS LFT 2ª RES. GRANDE CAMPEÃ ÉGUA DE MARCHA PELAGEM PRETA OU ZAINA CRIADOR: LUIS FERNANDO TOLEDO EXPOSITOR: MARCELO VEGAS BARBOSA

HERODES TRÊS RIOS (T.E.) 1º RES. GRANDE CAMPEÃO POTRO PELAGEM PAMPA CRIADOR: ARMANDO RAUCCI EXPOSITOR: ARMANDO RAUCCI

FRANCO DO MORRO AGUDO (T.E.) 1º RES. GRANDE CAMPEÃO POTRO CRIADOR: FAZENDA MORRO AGUDO LTDA EXPOSITOR: FAZENDA MORRO AGUDO LTDA


Fotos: Norberto Cândido.

LOTERIA R.M. (T.E.) 2ª RES. GRANDE CAMPEÃ ÉGUA DE MARCHA PELAGEM PAMPA CRIADOR: ROBERTO MONTENEGRO E FILHOS EXPOSITOR: RICARDO URBANO NASSAR

JABUTICABA DO H.I.C. (T.E.)

SOTA R.A.A. (T.E.)

1ª RES. GRANDE CAMPEÃ ÉGUA DE MARCHA PELAGEM PRETA OU ZAINA CRIADOR: HIC AGROPECUÁRIA LTDA EXPOSITOR: RODRIGO PARADEDA NUNES

GRANDE CAMPEÃ ÉGUA DE MARCHA PELAGEM PRETA OU ZAINA CRIADOR: RICARDO AUGUSTO ALONSO EXPOSITOR: MARCELO ANGELO DA SILVA

CELTA DO PEC (T.E.) 1ª RES. GRANDE CAMPEÃ ÉGUA DE MARCHA PELAGEM PAMPA CRIADOR: PAULO EDUARDO CORREA DA COSTA EXPOSITOR: PAULO EDUARDO CORREA DA COSTA

PRIMAVERA DO EFI (T.E.) GRANDE CAMPEÃ ÉGUA DE MARCHA PELAGEM PAMPA CRIADOR: EDUARDO FIGUEIREDO AUGUSTO EXPOSITOR: DÉCIO RUPOLO

KÊNIA DO H.I.C.

NAVE DO CALDEIRÃO

BARBACENA ACF (T.E.)

2ª RES. GRANDE CAMPEÃ ÉGUA DE MARCHA CRIADOR: HIC AGROPECUÁRIA LTDA EXPOSITOR: HIC AGROPECUÁRIA LTDA

1ª RES. GRANDE CAMPEÃ ÉGUA DE MARCHA CRIADOR: ROBERTO PENNA FACHINETTI EXPOSITOR: ALMIRO ESTEVES JUNIOR

GRANDE CAMPEÃ ÉGUA DE MARCHA CRIADOR: ANTONIO CARLOS FERREIRA EXPOSITOR: FERNANDO TARDIOLI LÚCIO DE LIMA/FÁBIO TARPINIAN


LUAU FVR

OURO PRETO 42 (T.E.)

1º RESERVADO GRANDE CAMPEÃO CAVALO DE MARCHA PELAGEM PRETA OU ZAINA CRIADOR: MARIA CECILIA VILLA REAL EXPOSITOR: JOSÉ LUIZ DORING

GRANDE CAMPEÃO CAVALO DE MARCHA PELAGEM PRETA OU ZAINA CRIADOR: RONALDO ANDRADE BICHUETTE EXPOSITOR: FERNANDO PALUDO

ELDORADO DO CORUMBAU (T.E.) 1º RES. GRANDE CAMPEÃO CAVALO DE MARCHA PELAGEM PAMPA CRIADOR: CORUMBAU PARTICIPAÇÕES E SERVIÇOS LTDA EXPOSITOR: CORUMBAU PARTICIPAÇÕES E SERVIÇOS LTDA

DIAMANTE NEGRO FRANÇA (T.E.) 1º RES. GRANDE CAMPEÃO CAVALO DE MARCHA CRIADOR: EDUARDO HENRIQUE SOUZA DE FRANÇA EXPOSITOR: EDUARDO HENRIQUE SOUZA DE FRANÇA

JABUTICABA DO H.I.C. (T.E.) 1ª RES. GRANDE CAMPEÃ ÉGUA PELAGEM PRETA OU ZAINA CRIADOR: HIC AGROPECUÁRIA LTDA EXPOSITOR: RODRIGO PARADEDA NUNES

XINGU DO PEC 2º RES. GRANDE CAMPEÃO CAVALO DE MARCHA PELAGEM PAMPA CRIADOR: PAULO EDUARDO CORREA DA COSTA EXPOSITOR: PAULO EDUARDO CORREA DA COSTA

FERRAGAMO DA PIRATININGA (T.E.)

REGALO DA BRAIDO (T.E.)

GRANDE CAMPEÃO CAVALO DE MARCHA PELAGEM PAMPA CRIADOR: LUIZ APARECIDO DE ANDRADE EXPOSITOR: CASSIANO TERRA SIMÃO

2º RES. GRANDE CAMPEÃO CAVALO DE MARCHA CRIADOR: NELSON ANTONIO BRAIDO EXPOSITOR: NELSON ANTONIO BRAIDO

PORRE VARGEDO GRANDE CAMPEÃO CAVALO DE MARCHA CRIADOR: HERDEIROS DE GERALDO DE SOUZA RIBEIRO EXPOSITOR: ALMIRO ESTEVES JUNIOR

JAVA PITANGA GRANDE CAMPEÃ ÉGUA PELAGEM PRETA OU ZAINA CRIADOR: PEDRO CESAR SERAPHIM PITANGA EXPOSITOR: FERNANDO PALUDO

SOTA R.A.A. (T.E.) 2ª RES. GRANDE CAMPEÃ ÉGUA PELAGEM PRETA OU ZAINA CRIADOR: RICARDO AUGUSTO ALONSO EXPOSITOR: MARCELO ANGELO DA SILVA

NUVEM DA PIRATININGA (T.E.) 2ª RES. GRANDE CAMPEÃ ÉGUA PELAGEM PAMPA CRIADOR: LUIZ APARECIDO DE ANDRADE EXPOSITOR: CARLOS CEZAR PERES IEMBO


Fotos: Norberto Cândido.

VALSA OTN (T.E.) 2ª RES. GRANDE CAMPEÃ ÉGUA CRIADOR: OTNACER AGROPECUÁRIA LTDA EXPOSITOR: OTNACER AGROPECUÁRIA LTDA

LUAU FVR 1º RES. GRANDE CAMPEÃO CAVALO PELAGEM PRETA OU ZAINA CRIADOR: MARIA CECILIA VILLA REAL EXPOSITOR: JOSÉ LUIZ DORING

NEVADA NDM

NAVE WRP

1ª RESERVADA GRANDE CAMPEÃ ÉGUA PELAGEM PAMPA CRIADOR: NELSON DE MARCHI/ MILTON JOSÉ DE MARCHI EXPOSITOR: NELSON DE MARCHI

GRANDE CAMPEÃ ÉGUA PELAGEM PAMPA CRIADOR: WALDECI DA ROCHA PEREIRA EXPOSITOR: RODRIGO RODRIGUES DA COSTA

BOLONHA DT (T.E.)

ESFERA DO CORUMBAU (T.E.)

1ª RES. GRANDE CAMPEÃ ÉGUA CRIADOR: PAULO CORNÉLIO DELLA TORRE EXPOSITOR: ALMIRO ESTEVES JUNIOR

GRANDE CAMPEÃ ÉGUA CRIADOR: CORUMBAU PARTICIPAÇÕES E SERVIÇOS LTDA EXPOSITOR: CORUMBAU PARTICIPAÇÕES E SERVIÇOS LTDA

OURO PRETO 42 (T.E.)

LASTRO DA PIRATININGA (T.E.)

GRANDE CAMPEÃO CAVALO PELAGEM PRETA OU ZAINA CRIADOR: RONALDO ANDRADE BICHUETTE EXPOSITOR: FERNANDO PALUDO

2º RES. GRANDE CAMPEÃO CAVALO PELAGEM PAMPA CRIADOR: LUIZ APARECIDO DE ANDRADE EXPOSITOR: LUIZ APARECIDO DE ANDRADE


EDIMBURGO DO PEC (T.E.) 1º RES. GRANDE CAMPEÃO CAVALO PELAGEM PAMPA CRIADOR: PAULO EDUARDO CORREA DA COSTA EXPOSITOR: PAULO EDUARDO CORREA DA COSTA

FERRAGAMO DA PIRATININGA (T.E.) GRANDE CAMPEÃO CAVALO PELAGEM PAMPA CRIADOR: LUIZ APARECIDO DE ANDRADE EXPOSITOR: CASSIANO TERRA SIMÃO

REGALO DA BRAIDO (T.E.)

FERRAGAMO DA PIRATININGA (T.E.)

1º RES. GRANDE CAMPEÃO CAVALO CRIADOR: NELSON ANTONIO BRAIDO EXPOSITOR: NELSON ANTONIO BRAIDO

GRANDE CAMPEÃO CAVALO CRIADOR: LUIZ APARECIDO DE ANDRADE EXPOSITOR: CASSIANO TERRA SIMÃO

LUAU FVR 1º RES. GRANDE CAMPEÃO DO CONCURSO CAVALO COMPLETO CRIADOR: MARIA CECILIA VILLA REAL EXPOSITOR: JOSÉ LUIZ DORING

REVOADA ZCM (T.E.) 1ª RES. GRANDE CAMPEÃ CONCURSO ÉGUA COMPLETA CRIADOR: ZCM AGROPECUÁRIA LTDA EXPOSITOR: ZCM AGROPECUÁRIA LTDA

ELDORADO DO CORUMBAU (T.E.) GRANDE CAMPEÃO DO CONCURSO CAVALO COMPLETO CRIADOR: CORUMBAU PARTICIPAÇÕES E SERVIÇOS LTDA EXPOSITOR: CORUMBAU PARTICIPAÇÕES E SERVIÇOS LTDA

BELA JES (T.E.) GRANDE CAMPEÃ CONCURSO ÉGUA COMPLETA CRIADOR: JOSÉ EDUARDO DE SOUZA EXPOSITOR: MAURÍCIO CORRÊA GALHANONE

PENSAMENTO DA PROVÍNCIA 2º RES. GRANDE CAMPEÃO CAVALO CRIADOR: NILO WANDER VIEIRA EXPOSITOR: ZCM AGROPECUÁRIA LTDA

IMIGRANTE DO H.I.C. (T.E.) 2º RES. GRANDE CAMPEÃO DO CONCURSO CAVALO COMPLETO CRIADOR: ISRAEL IRAÍDES DA COSTA EXPOSITOR: CORUMBAU PARTICIPAÇÕES E SERVIÇOS LTDA

JADE DO H.I.C. (T.E.) 2ª RES. GRANDE CAMPEÃ CONCURSO ÉGUA COMPLETA CRIADOR: HIC AGROPECUÁRIA LTDA EXPOSITOR: MARCELO ANGELO DA SILVA


37ª Exposição Nacional

Parque Ney Braga – Londrina (PR) 18 a 26 de setembro de 2015

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Fotos: Norberto Cândido.

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Presença Feminina 37ª Exposição Nacional 18 a 26 de setembro de 2015

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Fotos: Norberto Cândido.

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Fotos: Norberto Cândido

Jantar dos Criadores

Buffet Planalto - Londrina (PR) 24 de setembro de 2015

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Presença Infantil 37ª Expo Nacional

18 a 26 de setembro - Londrina (PR)

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Fotos: Norberto Cândido.

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Happy Hour Mangalarga 37ÂŞ Expo Nacional

18 a 26 de setembro - Londrina (PR)

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Espaço Núcleo Feminino 37ª Expo Nacional

18 a 26 de setembro - Londrina (PR)

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Fotos: Norberto Cândido.

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Fotos: Norberto Cândido.

jantar dos peões 37ª Expo Nacional

Londrina (PR) - 21 de setembro de 2015

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Etapa Final da Copa Mangalarga de Marcha 2015 21 e 22 de novembro - Fazenda Barrinha EspĂ­rito Santo do Pinhal (SP) 18 a 26 de setembro - Londrina (PR)

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Fotos: Norberto Cândido.

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Í ndice

de

A nunciantes

Haras Braido

R evista M angalarga

Ed.

de

D ezembro 2015

Haras São Bento

Haras Araxá

Página 57

Página 101

Haras FAT

Haras Equus

Haras Montanhêz

Página 7

Página 59

Página 105

Fazenda Caldeirão da Serra

Haras Otnacer

Haras da Chave

Página 2

Página 11

Fazenda São Pedro Página 15

Haras Gadu Página 18

Página 61

Haras Alvorada Página 63

Haras Três Rios

Haras EFI

Página 30

Página 74

AC Mangalarga

Rancho da Bela Vista

Página 44

Haras do Lobo Página 49

Página 111

Haras DM

Página 71

Página 73

Fazenda São José

Haras RR

Haras Belo Monte

Página 23

Página 35

Página 109

Página 67

Mader Silva

CASS Mangalarga

Haras Germana

Haras Vegas

Haras Lagoinha

Página 33

Página 107

Página 113

Mangalarga da Tarlim Página 117

Haras A.V.O. Página 121

Estância Ezaninotto

Página 79

Página 123

Haras A.E.J.

Espaço Empresarial

Página 81

Página 155

Haras Águia do Vale

Fidelidade Mangalarga

Página 94

Página 156

Haras Iguatemi

Mangalarga da Tarlim

Página 97

Página 159

Haras da Terra

Vansil

Haras Cerávolo Paoliello

Página 52

Página 99

Página 160

P ara

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