Revista Mangalarga Julho de 2016

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Portas abertas aos novos associados e pé no estribo

N

o último dia 10 de maio, a Diretoria Executiva teve a honra de recepcionar os novos integrantes de nossa Associação. Tratou-se de um agradável momento de confraternização com o objetivo de acolher os associados que estão chegando à raça, apresentando-lhes o ambiente de amizade e companheirismo que caracteriza a Família Mangalarga. Desde o início da atual gestão, em janeiro de 2015, tivemos a chegada de 258 novos sócios. Boa parte deles é composta por usuários, que encontram no Mangalarga o equino ideal para viver bons momentos de lazer, tanto em cavalgadas com os amigos e a família como participando das mais variadas provas hípicas. Dessa forma, além de olhar para os criadores que são nossos associados, acredito que devemos, também, ter os olhos bem voltados a esse grupo, cujo potencial de crescimento é expressivo nas mais diversas regiões do País. Também é importante ressaltar o bom desempenho do mercado da raça neste ano de 2016. Afinal, mesmo em uma crise econômica como a atual, nossos leilões têm registrado bons preços, mantendo um elevado nível de liquidez. Como já mencionei em outras ocasiões, acredito que essa situação se deve à incontestável qualidade alcançada por nossa tropa. Afinal, o temperamento calmo, o andamento cômodo, a disposição de andar e a funcionalidade fazem do

nosso cavalo uma montaria realmente ímpar. Por sua vez, a agenda de exposições esteve muito movimentada com 19 mostras acontecendo ao longo do primeiro semestre em diferentes Estados brasileiros. Um dos destaques da programação da raça nesta primeira metade do ano foi a Exposição Brasileira. Realizada pela primeira vez na cidade baiana de Itapetinga, esta importante mostra divulgou as qualidades do nosso cavalo ao público do interior baiano, ao mesmo tempo em que proporcionou dias especiais de confraternização e convívio para os criadores e admiradores da raça Mangalarga. Tivemos ainda a realização da 1ª Exposição Funcional, no município de Orlândia (SP), berço de nossa raça. Essa iniciativa foi sem dúvida de suma importância para colocar em evidência o cavalo completo, valorizando a funcionalidade, a marcha e a beleza zootécnica do nosso plantel. Além disso, ela também desempenhou um relevante papel no sentido de honrar a memória e o trabalho de pioneiros da seleção do Mangalarga, como os criadores Geraldo e Roberto Diniz Junqueira, que ao longo de suas vidas foram sempre entusiastas do andamento e da função do nosso cavalo. A Exposição Funcional de Orlândia mostrou ainda que, com um pouco de treino, pelas qualidades natas do Mangalarga, os animais fazem mui-

Editorial to bem essa prova, cujas exigências ajudam a avaliar o equilíbrio e a agilidade de nosso cavalo. Além disso, a Diretoria Executiva está implantando medidas no sentido de incentivar a prova do cavalo completo e aprimorar os profissionais da raça neste quesito. Uma dessas ações é a realização de cursos com o experiente equitador Paulo Canabrava, previstos para serem realizados pela ABCCRM em parceria com os Núcleos Regionais de Criadores. O primeiro deles, aliás, já está programado para acontecer em Jacareí (SP), no início de julho. Por fim, conclamo todos a participarem dos eventos que irão movimentar a raça neste segundo semestre, em especial a 38ª Exposição Nacional, cuja sede este ano será a cidade de São João da Boa Vista (SP), que possui uma longa tradição com a raça e concentra um número expressivo de apaixonados pelo Cavalo de Sela Brasileiro. Vamos juntos seguir trabalhando para que a toada do Mangalarga se espalhe por cada vez mais regiões do nosso País, conduzindo a raça rumo a um futuro cada vez mais promissor.

Forte abraço e pé no estribo, Mário Barbosa


Índice Exposições & Copas

08

Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga

Profissional de Sucesso 56

Jucelmo Coelho de Paiva

Espaço Técnico 60 64 67

Proteína na Dieta dos Cavalos Diferenças do Trabalho Cotidiano Dez Dicas para o Inverno

Mercado & Finanças 68 70

Exposição Brasileira 2016 14 18 20 24 26 30

10ª Copa de Jundiaí Expo Guará 2016 39ª Facilpa 1ª Copa de Mogi Mirim 71ª Expo Agro de Goiás Exposição de Anápolis

Leilão Celebridades Leilão Gadu

Lazer & Cultura

72

A voz do criador 50 Artigo Luiz Alberto Patriota

Haras em destaque 52

Espinhaço 30 Anos

Vice-Presidente Administrativo Financeiro Renato Diniz Junqueira Vice-Presidente de Marketing Eduardo Henrique Souza de França Vice-Presidente Técnico Gabriel Francisco Junqueira de Andrade Vice-Presidente de Fomento Flávio Diniz Junqueira Vice-Presidente de Exposições e Esporte João Pacheco Galvão de França Vice-Presidente de Relações Institucionais Armando Raucci Diretoria Adjunta - Triênio 2015/2017 Diretores Jurídicos Antonio Carlos Pestili Fonseca Pedro Amaral Salles Renato Tardioli Lucio de Lima Diretor de Fomento Danton Guttemberg de Andrade Filho

Diretores de Marketing Flávia Raucci Facchini João Luis Ribeiro Frugis Diretor de Núcleo Luiz Alberto Patriota de Araujo Costa Diretora Social Natalia Maria Cury Lois Diretor Técnico Lourenço de Almeida Botelho Diretor Financeiro Leonardo Novaes Figueiredo Augusto

Cavalgada do Sertão ao Mar

Encontro no Vale do Paraíba Mangalarga na Mídia Coquetel de Recepção Enduro Equestre Poeirão Encontro de Jurados Boutique Mangalarga Novidades Virtuais

Diretor Presidente Mário A. Barbosa Neto

Diretor de Pelagem Jeferson Ferreira Jardim

Conselho Superior de AdministraçÃO Triênio 2015/2017

Panorama Mangalarga 38 40 42 44 46 47 48 48

DIRETORIA EXECUTIVA - TRIÊNIO 2015/2017

Diretor de Exposição Cassiano Terra Simão José Lamartine Moreira Cintra Filho

Território Cavalgada 34

Av. Francisco Matarazzo, 455, Pavilhão 4, “Dr. Simões” Parque da Água Branca - SP, CEP:05001-300, Telefone: (11) 3673-9400

Cavalgando pelo Wyoming

Momento Social 74 76 77 78

Social Expo Brasileira 2016 Social Coquetel de Recepção Social Leilão Gadu Social Expo Guará

Painel de Negócios 79 80

Espaço Empresarial Fidelidade Mangalarga

Membros Eleitos Arnaldo de Almeida Prado Filho Cristina Junqueira Fleury Azevedo Costa Luís Cintra Sutherland Osvaldo Juliano Roberto Diniz Junqueira Filho - Presidente Membros Efetivos Célio Ashcar Celso Galetti Montalvão Clodoaldo Antonângelo Eduardo Diniz Junqueira Élio Sacco Felippe de Paula C. de Albuquerque L. Filho Flávio Diniz Junqueira Francisco Marcolino Diniz Junqueira Ivan Antônio Aidar Luiz Eduardo Batalha Mário A. Barbosa Neto Reginaldo Bertholino Renato Diniz Junqueira Sergio Luiz Dobarrio de Paiva Conselho Deliberativo Técnico Triênio 2015/2017 Técnicos Luiz Alberto Patriota de Araújo Costa Marcelo Leite Vasco de Toledo Marcos Sampaio de Almeida Prado Maria Aracy Tavares de Oliva Paulo Lenzi Souza Leite Sérgio Diniz Junqueira Criadores José Luiz Prandini Rodnei Pereira Leme Roque Carlos Nogueira Serviço de Registro Genealógico Stud Book Superintendente do Serviço de Registro Genealógico Jayme Ignácio Rehder Neto


Godiva do Espinhaço A capa desta edição apresenta um dos destaques do time de matrizes da Espinhaço Agropecuária, a grande matriarca Godiva do Espinhaço, em foto de autoria do jovem e renomado fotógrafo baiano Beto Falcão. Produto do cruzamento de Quilate de Floreal e Tapera de N.H., Godiva do Espinhaço possui um premiado currículo nas pistas de julgamento da raça, tendo como ponto alto o cobiçado título de Grande Campeã Égua de Andamento da Exposição Nacional de 2002. A bela alazã, além disso, é uma matriz com produção comprovada, cujo principal expoente é a fêmea Roma do Espinhaço, detentora do título de Grande Campeã Nacional Égua de 2012. A Espinhaço Agropecuária, por sua vez, é comandada pelo criador Emiliano Abraão Sampaio Novais no município paulista de Botucatu. Parte da história deste conceituado criatório, que chega agora ao seu 30º aniversário, pode ser conhecida na seção “Haras em destaque” desta edição da Revista Mangalarga. Edição de Julho/2016

Agenda Movimentada O segundo trimestre do ano é sempre um período muito movimentado para a raça Mangalarga. Exposições, copas, leilões e cavalgadas levam as qualidades do Cavalo de Sela Brasileiro às cinco regiões do País. Assim, a Revista Mangalarga procura apresentar um amplo panorama dos eventos que movimentaram o calendário mangalarguista. Revista Mangalarga Coordenação de Marketing Adriana Moura adriana.moura@abccrm.com.br Editor Pedro Camargo Rebouças pereboucas@hotmail.com Publicidade Norberto Cândido norberto.candido@abccrm.com.br Assistência de Marketing Marina Vicentin marina.vicentin@abccrm.com.br Projeto Gráfico Agência Calibre

O principal destaque desta edição é a matéria sobre a Expo Brasileira, evento que congregou a comunidade mangalarguista em uma grande festa no interior baiano. Além disso, nas próximas páginas você irá conferir reportagens especiais a respeito da Copa de Jundiaí, que completou dez edições de muito sucesso, e da Cavalgada do Sertão ao Mar, cujos integrantes vem refazendo o histórico trajeto da Estrada Real com o intuito de divulgar a questão do bem-estar equino. A Revista Mangalarga, no entanto, não descuida da informação técnica, trazendo a seus leitores uma série de ricos artigos voltados ao aprimoramento da equinocultura. Esperamos, dessa maneira, que você desfrute deste material e fique por dentro de tudo aquilo que é notícia na raça.


Expo

Exposições & Copas

Por Pedro C. Rebouças

Beto Falcão

Exposições & Copas

A programação do evento contou ainda com uma variada programação social, que incluiu atrações como almoço beneficente, churrasco de confraternização e coquetéis com shows ao vivo. A agenda da mostra, além disso, reservou um momento especial para os negócios, com o Leilão Haras NJT 30 Anos. Realizado na noite do sábado (14), com a presença de um expressivo público e a participação de um seleto grupo de convidados, o remate negociou 25 lotes, alcançando o faturamento de R$ 626.400,00.

O Cavalo de Sela Brasileiro foi o principal destaque da programação da 46ª Expo Agro Itapetinga (BA).

O

Parque de Exposições Juvino Oliveira, localizado na cidade baiana de Itapetinga, recebeu no mês de maio a mais importante mostra do calendário da raça no primeiro semestre do ano. Promovida pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), em parceria com o Sindicato Rural de Itapetinga, a Exposição Brasileira do Cavalo Mangalarga reuniu uma tropa de muita qualidade, composta por 130 animais provenientes de 26 conceituados criatórios mangalarguistas.

A funcionalidade da raça também esteve em destaque.

Beto Falcão

Beto Falcão

Brasileira 2016

As atividades da mostra ocorreram entre os dias 12 e 15 de maio, dentro da programação de um dos mais concorridos eventos agropecuários do interior baiano, a 46ª Expo Agro Itapetinga. Na ocasião, a tarefa de conduzir os julgamentos ficou a cargo da dupla de jurados composta por José Rodolfo Brandi, a quem coube a incumbência de avaliar a dinâmica e a marcha dos animais, e Emerson Luiz Bartoli, responsável pela análise do quesito morfologia.

Criadores acompanham o concorrido julgamento de morfologia.

Na opinião de Jivago Nascimento Queiroz, titular do Haras NJT e um dos organizadores da mostra, a Brasileira 2016 foi muito bem-sucedida. “Esse evento foi um sucesso em todos os aspectos, a festa foi bonita, a quantidade de animais foi significativa e o mais importante de tudo foi o número de criadores e expectadores, que superou toda a expectativa”, destaca o mangalarguista. O organizador lembra ainda que a idéia de levar a Expo Brasileira para Itapetinga foi motivada especialmente por seu grande amor


Exposições & Copas

Exposições & Copas

Beto Falcão

Jivago Queiroz concede entrevista à mídia local.

Beto Falcão

A organização da mostra destaca também a significativa participação de criadores e animais do estado de São Paulo no evento baiano. Afinal, os sete expositores paulistas presentes ao evento levaram 50 animais para partici-

Beto Falcão Beto Falcão

pela raça e pela celebração de uma data muito especial, o aniversário de 30 anos do Haras NJT. Além disso, Jivago destaca a importância da mostra itapetinguense para o criatório baiano da raça. “Esse evento serve como vitrine para a Bahia exibir todo potencial do cavalo Mangalarga baiano e toda a vibração dos criadores por essa raça.”

A nova geração de mangalarguistas baianos fez bonito na Expo Brasileira.

A qualidade da criação baiana ficou em evidência no evento.

par das atividades da Expo Brasileira 2016. Esse contingente foi composto pelos criatórios CASS Mangalarga, Fazenda Morro Agudo, Espinhaço Agropecuário, Haras Três Rios, Haras A.E.J., Haras Tarlim e Corumbau Participações e Serviços.

lho de Andrade, Pedro Pitanga, Maurício Pimentel, Jayme José de Souza, Roberto Fachinetti, Carlos Mascarenhas, Tourinho de Abreu e Filhos, Paulo Sergio Wildberg, Luiz Alberto Falcão, Rafael Ladeia, Agropecuária Sinhá Maria e Alfredo Luiz Passos Bezerra.

Por sua vez, os criadores baianos também fizeram questão de prestigiar o evento em sua terra natal. Segundo os organizadores, participaram da mostra os seguintes expositores da Bahia: Nivaldo Batista Queiroz, Marcelo Zarif, Ricardo Falcão, José Marcos Costa, Emerson Santana, André Pedreira, Murilo Xavier, André Luiz Carva-

Ao fim dos quatro dias de julgamento, o ranking de Melhor Expositor da Expo Brasileira 2016 foi encabeçado por Cassiano Terra Simão (CASS Mangalarga), seguido por Nivaldo Batista Queiroz (Haras NJT), na segunda colocação, e Corumbau Participações (Marcelo Barbará), na terceira posição. Já o ranking de Melhor

Criador foi liderado por Nivaldo Batista Queiroz (Haras NJT), tendo na segunda colocação Cassiano Terra Simão (CASS Mangalarga) e na terceira posição a Corumbau Participações (Marcelo Barbara). Por fim, vale ressaltar que a 46ª Expo Agro Itapetinga recebeu um público de 50 mil pessoas ao longo de seus seis dias de programação, mostrando assim sua relevância no cenário do agronegócio baiano. De acordo com o sindicato rural do município, passaram pela pista de julgamento da mostra 1093 bovinos, 323 equinos e 36 ovinos.



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A

10ª Copa de Marcha de Jundiaí Por Pedro C. Rebouças

Tradicional evento jundiaiense distribuiu mais de R$ 150 mil em prêmios

Evento contou com a participação de 110 animais.

Entre os machos, o principal destaque foi o animal Diamante Negro França. O belo exemplar de pelagem preta, proveniente da seleção de Eduardo Henrique Souza de França, sagrou-se Grande Campeão da 10ª Copa de Jundiaí, título agraciado com um carro zero e com o cobiçado troféu transitório Eduardo Figueiredo Lima Filho “Dado”. A disputa entre os machos consagrou também o 1º Reservado Grande Campeão Emblema LPC, exposto por Josiane Cardoso Matta Vidotti e originário da criação de Leandro Pasqualini de Carvalho, e o 2º Reservado Grande Campeão Protegido do Otnacer, proveniente da criação de Antonio Caetano Pinto e exposto pela Otnacer Agropecuária.

Norberto Cândido.

Beto Falcão

No total, 110 animais, expostos por 46 conceituados criatórios da raça Mangalarga, foram analisados pelo trio de jurados composto por José Rodolfo Brandi, Leandro Canêdo Guimarães Santos e Jorge Roberto Pires de Campos. O evento contou ainda com atraentes premiações, distribuindo entre os participantes dois carros e sete motos zero quilômetro, além de premiações em dinheiro.

Norberto Cândido.

Fazenda Rio das Pedras recebeu, entre os dias 29 de abril e 1º de maio, a 10ª Copa Royal Horse de Marcha de Jundiaí (SP). O tradicional evento, organizado pelo Núcleo Mangalarga de Jundiaí e Região, com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), foi válido também como primeira etapa oficial da Copa Mangalarga de Marcha 2016.

O julgamento reuniu uma tropa de muita qualidade.


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Norberto Cândido

Por sua vez, o julgamento envolvendo as fêmeas teve como principal expoente a experiente égua Faceira NLB. Exposta por Cassiano Terra Simão e proveniente da seleção do Haras Leni, a alazã foi eleita Grande Campeã da 10ª Copa de Jundiaí, conquistando assim um carro zero quilômetro e o troféu transitório Josué Rosa “Zoé”. O pódio do Grande Campeonato Égua contou ainda com a presença da 1ª Reservada Grande Campeã Glamur RB, exposta por Fernando Tardioli Lúcio de Lima e proveniente da seleção de Reginaldo Bertholino, e com a 2ª Reservada Grande Campeã Suprema do EFI, criada e exposta por Eduardo Figueiredo Augusto.

Além disso, outra novidade promovida pelo Núcleo Mangalarga de Jundiaí, entidade presidida pelo criador Atílio D’Angieri Neto, foi a realização do julgamento da Categoria Amador, na qual os animais deviam ser apresentados obrigatoriamente pelo proprietário ou por um usuário comprovadamente não profissional. Para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo de Jundiaí, escreva para mangalargajundiai@ gmail.com. Já para conferir os resultados completos do evento jundiaiense acesse o portal www.cavalomangalarga.com.br.

Animais de 46 criatórios participaram dos julgamentos. Beto Falcão

A 10ª Copa de Jundiaí contou ainda com acirradas disputas envolvendo animais de pelagens diferenciadas. No total, 26 animais coloridos, expostos por 22 tradicionais criadores da raça, passaram pelo crivo dos jurados.

Beto Falcão

Pista de julgamento da Fazenda.

Beto Falcão

A comissão de jurados na companhia dos organizadores da copa.

A Copa contou com ótimo público.

Beto Falcão

Premiação do Grande Campeão Diamante Negro França.


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Por Pedro C. Rebouças

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Norberto Cândido

Norberto Cândido

abriram as porteiras do Haras Forsteck para receber a Família Mangalarga. A agradável recepção proporcionou um animado momento de confraternização aos expositores, criadores, familiares e amigos presentes.

Expo Guará 2016 Programação do evento guaratinguetaense também incluiu uma animada prova funcional

O

cavalo Mangalarga esteve novamente entre as atrações da Expo Guará, a Feira Comercial, Industrial e do Agronegócio de Guaratinguetá (SP). A participação da raça neste tradicional evento agropecuário do Vale do Paraíba, no interior paulista, aconteceu nos dias 11 e 12 de junho, com concorridos julgamentos válidos para o Ranking Mangalarga 2016. Organizada pelo casal Ilda e Dirk Kalitzki, com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), do Núcleo do Vale do Paraíba e da Associação Agropecuária de Gua-

ratinguetá, a mostra reuniu cerca de 60 animais, expostos por 14 criatórios mangalarguistas, originários dos estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Os julgamentos aconteceram na pista de grama do Recinto de Exposições Manoel Soares de Azevedo, sob a condução dos jurados João Pacheco Galvão de França Filho, responsável pela análise do quesito andamento, e João Tolesano Júnior, a quem coube a tarefa de avaliar a morfologia dos animais participantes. Na noite do sábado (11), como fazem todos os anos durante a Exposição Mangalarga de Guaratinguetá, os anfitriões Ilda e Dirk Kalitzki

Segundo os organizadores, a Expo Guará foi novamente um sucesso, com muita qualidade em pista. “Durante os dois dias de julgamento, a exposição transcorreu num clima de muita harmonia. Além disso, tivemos a realização de uma animada prova funcional no domingo noite adentro, com premiação de R$ 1.000,00 entre os três primeiros colocados na prova de tambor e de baliza”, comenta o anfitrião.

Norberto Cândido

A comunidade mangalarguista novamente prestigiou a mostra de Guaratinguetá. Norberto Cândido

Por fim, o criador parabeniza os julgamentos consistentes dos jurados e deixa um agradecimento especial à comunidade mangalarguista. “Agradecemos a todos que direta ou indiretamente participaram do nosso evento. Festa boa, cavalos maravilhosos e amigos melhores ainda. Aguardamos a todos novamente no próximo ano.” Norberto Cândido

Um bom público acompanhou os julgamentos no Recinto Manoel Soares. Norberto Cândido

A qualidade da tropa chamou a atenção. Norberto Cândido

O casal Ilda e Dirk Kalitzki recepcionou os amigos mangalarguistas.

A funcionalidade do Mangalarga Original esteve em destaque na Expo Guará.


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Equipe Facilpa

Por Pedro C. Rebouças

39ª Facilpa

Mangalarga Original novamente brilhou na pista de julgamento da tradicional feira agropecuária de Lençóis Paulista

A

Exposição Mangalarga de Lençóis Paulista (SP) apresentou mais uma vez toda beleza e funcionalidade do Cavalo de Sela Brasileiro ao público da região centro-oeste do estado de São Paulo. Realizada na sextafeira 13 de maio, nas dependências do Recinto de Exposições José Oliveira Prado, a mostra mangalarguista foi um dos principais destaques da programação da 39ª Facilpa (Feira Agropecuária, Comercial e Industrial de Lençóis Paulista). Segundo José Oliveira Prado, Coordenador da Facilpa, apesar do momento difícil vivido pelo país a

mostra da raça Mangalarga foi muito boa. “Mesmo diante desse cenário econômico complicado, muitos criadores prestigiaram o nosso evento. Assim, nossa exposição teve a participação de 76 animais de muita qualidade, que protagonizaram julgamentos bastante concorridos sob a supervisão do jurado André Fleury Azevedo Costa.”

Belos exemplares passaram pela pista do Recinto José Oliveira Prado.

Ainda de acordo com Prado, a raça possui uma relação antiga com a Facilpa. “A Mangalarga esteve presente já na primeira edição do evento e desde então tem sido uma parceira frequente da Feira de Lençóis Paulista. Ela ficou ausente apenas por um breve período de tempo, em uma fase em que eu havia deixado

de criar a raça e não havia quem pudesse organizar a exposição. Entretanto, há três anos, quando voltei à criação, decidi retomar a organização da mostra novamente. Assim, temos conseguido um bom resultado, contando sempre com o apoio dos demais criadores da cidade e dos municípios da região.”

Equipe Facilpa


Exposições & Copas

Equipe Facilpa

Equipe Facilpa

Equipe Facilpa

Antonio Carlos Pestili conduz entrega de prêmios durante a 39ª Facilpa.

O jurado André Fleury durante o julgamento do quesito marcha.

A região centro-oeste paulista concentra um plantel de qualidade.

O coordenador destaca ainda que o centro-oeste paulista é um polo tradicional de seleção do Cavalo de Sela Brasileiro. “Ao longo das últimas décadas, a região sempre contou com criadores de relevância na raça, como o Tatinho (Clodoaldo Antonângelo, ex-presidente da ABCCRM), o Bentoca (João Leite de Sampaio Ferraz Júnior), o Luiz Eduardo Batalha e o José Martha Neto, além do pessoal aqui de Lençóis Paulista e do sempre ativo Núcleo de Jaú (SP).”

40ª edição, por isso a intenção é ampliar a participação da raça no evento e alcançar um número de animais participantes ainda mais expressivo. “Nossa ideia é fazer uma grande festa, que supere as mostras realizadas nos últimos anos, assim acredito que deveremos ter ao menos cem animais em pista”, projeta José Oliveira Prado.

de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) e da Prefeitura Municipal de Lençóis Paulista. A mostra lençoense, além disso, foi válida para o Ranking Mangalarga 2016.

www.cavalomangalarga.com.br. Já para obter mais informações sobre a Facilpa, escreva para o e-mail jop@facilpa.com.br ou visite o portal www.facilpa.com.br. Equipe Facilpa

Em 2017, a Facilpa chegará à sua

Organizada pela Associação Rural de Lençóis Paulista, a Exposição Mangalarga da Facilpa contou ainda com o importante apoio da Associação Brasileira de Criadores

Para conferir os resultados completos da Exposição de Lençóis Paulista, acesse o portal oficial da ABCCRM:

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Carlos Almeida

Por Pedro C. Rebouças

1ª Copa de Mogi Mirim Evento teve como objetivo principal proporcionar um agradável momento de convivência para a Família Mangalarga e para os novos apreciadores da raça

O

Centro Comunitário Rural de Mogi Mirim (SP) recebeu, nos dias 21 e 22 de maio, uma tropa de muita qualidade para a disputa da Etapa Oficial de Mogi Mirim da Copa Mangalarga de Marcha 2016. No total, 67 animais, provenientes de 35 conceituados criatórios da raça, passaram pela análise do jurado André Fleury Azevedo Costa. Estreante no calendário da competição, a Copa de Mogi Mirim ofereceu ainda uma oportunidade ímpar para o público da região conferir o melhor da Marcha Mangalarga. O evento, organizado pelo criador Pedro Luiz Suarez Castedo, contou

ainda com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) e do Núcleo Mangalarga de Amparo (SP).

Na opinião de Castedo, a primeira edição da etapa mogimiriana obteve ótimos resultados.“Tivemos casa cheia, com todas as vagas de inscrições completas e um público grande e heterogêneo que não se intimidou com o mau tempo”, destaca o organizador.

Agora, após o sucesso dessa primeira empreitada, já começam os preparativos para a segunda edição do evento, programada para acontecer no próximo ano. “O planejamento para a 2ª Copa Mangalarga de Marcha de Mogi Mirim já está iniciado e com certeza teremos um evento ainda maior com mais cavalos, mais famílias e mais criadores. Viva o Mangalarga!”, celebra com entusiasmo o organizador. No mês de julho, a Copa Mangalarga de Marcha 2016 contará com mais dois aguardados eventos: a tradicional Etapa Oficial de Amparo (SP), organizada pelo Núcleo Mangalarga de Amparo e prevista para acontecer entre os dias 22 e 24, e a Etapa Regional de Jaú (SP), cujo julgamento está programado para acontecer no dia 23 sob a coordenação do Núcleo Mangalarga de Jaú.

Carlos Almeida

Castedo ressalta ainda que a principal motivação para realização do evento foi seu amor pela raça. “A 1ª Copa de Marcha de Mogi Mirim é fruto de minha paixão pelo cavalo Mangalarga. Desde o início dos preparos deste evento, com o apoio do Núcleo Mangalarga de Amparo, foquei em trazer a família e novos apreciadores da raça para nossa festa e acredito que o resultado foi além das expectativas.”

A etapa mogi-miriana contou com a participação de 67 animais.

Carlos Almeida

Criadores de Mogi Mirim e de outras regiões prestigiaram a copa.

Evento foi marcado por um alegre ambiente familiar.

Carlos Almeida

Para obter mais informações sobre a Copa Mangalarga de Marcha 2016, assim como para conferir os resultados completos da Etapa de Mogi Mirim, visite o portal oficial da ABCCRM: www.cavalomangalargacombr.

Carlos Almeida

Carlos Almeida

Detalhe das escarapelas e troféus da 1ª Copa de Mogi Mirim.

Pedro Castedo foi o responsável pela organização da etapa.


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Por Luis Henrique de Oliveira Campos (Diretor de Exposição, Pista e Leilão do Núcleo de Goiás)

71ª Expo Agro de Goiás A raça Mangalarga esteve entre as principais atrações da programação do mais importante evento do agronegócio goiano

E

m Maio, o Núcleo Mangalarga de Goiás organizou, promoveu e realizou a Exposição Mangalarga do Estado de Goiás. O evento ocorreu durante a 71ª Exposição Agropecuária do Estado de Goiás, no Parque de Exposições de Goiânia.

todos os expectadores. A Diretoria do Núcleo Mangalarga de Goiás firmou parceria com a concessionária de máquinas e implementos agrícolas Planalto, que patrocinou parte da confraternização noturna e forneceu tendas para o julgamento. Também firmou parceria com a Panificadora Della que patrocinou o Café da manhã na pista de julgamentos, para todo o público, expositores e organizadores.

acomodação dos convidados para a já tradicional “Costelada”, sempre providenciada pelo Presidente Leonardo Bruno Santana Manata, que providenciou juntamente com o Diretor de Fomento Antônio Carlos Vale e o Diretor Secretário Claudio Bisinoto a devida organização, não deixando faltar a cervejinha gelada ao público presente convidado.

O plantel goiano pôde exibir toda sua qualidade.

São Paulo também marcou presença no evento, com exemplares dos expositores ZCM Agropecuária e Sérgio Sério, que trouxeram seus animais do mais alto padrão da raça Mangalarga para prestigiar o evento goiano, obtendo excelentes classificações nos julgamentos.

A Marcha Original também esteve em destaque na Expo Goiás.

Com os julgamentos ocorridos no dia 21 de maio, a Exposição transcorreu dentro de muita descontração, por parte dos expositores e público presente. A jurada Aracy Oliva, sempre categórica no quesito profissionalismo, repassou sua experiência ao público presente, comentando cada campeonato, a

A Exposição Mangalarga do Estado de Goiás contou com o apoio do Núcleo dos Muladeiros, na pessoa de Dr. Mauricio Antonio do Vale Faria, que prontamente cedeu o espaço para a confraternização noturna, durante os dias do evento Mangalarga. A Associação dos Criadores de Tabapuã de Goiás cedeu suas tendas para a

Entre os expositores, muita descontração com a presença de nosso grande Roque Carlos Nogueira, o Mamão, e seu parceiro Zeca, acompanhados pelo carismático grande Zequinha e de expositores do Núcleo Mangalarga de Brasília, como Ilair Antonio Tumeleiro e Fernando Pessoa Cantarino. Goiás tam-

Assessoria da SGPA

Núcleo de Goiás


Exposições & Copas bém mostrou a que veio, na pessoa dos expositores Dr. Leandro Canêdo Guimarães dos Santos, Antonio Batista Vilas Boas, Sandro Dos Reis, Leandro Garcia de Almeida, Kleber Evangelista Leite, Murilo Marques Praxedes Lobo e Leonardo Bruno Santana Manata, que trouxeram seus animais competindo com muita categoria.

Núcleo de Goiás

José Lamartine Filho recebe premiação durante o evento.

Núcleo de Goiás

A ZCM Agropecuária prestigiou a mostra goiana.

Entre os apresentadores, a equipe ZCM Agropecuária - composta por Juninho, Edson e Carlinhos - e a equipe do Expositor Sérgio Sério demonstraram profissionalismo e categoria na apresentação dos animais, o que também ficou evidenciado por parte dos apresentadores de Goiás, na pessoa do apresentador e domador “Chiquinho” do Haras A Casa Do Cavalo, de propriedade do Expositor Antônio Batista Vilas Boas e da equipe de Brasília. O mestre Leandro Canêdo Guimarães dos Santos fez questão de apresentar todos os seus animais trazidos para a mostra em pista durante os julgamentos, demonstrando toda sua experiência em conduzir o bom cavalo de sela, concorrendo e obtendo a premiação na categoria cavalo Master com seu Garanhão Romeiro ZC TE.

Assessoria da SGPA

Exemplares de qualidade passaram pela pista de julgamento.

O Núcleo Mangalarga de Goiás fechou a segunda exposição do ano de 2016 com um balanço positivo e muito animador, e com motivação redobrada para a próxima mostra do Mangalarga em pista, que se dará durante os dias 4 e 7 de agosto, na cidade de Palmeiras de Goiás. Até lá!

Núcleo de Goiás

Fábio Veiga e Roque Carlos Nogueira (Mamão).


Exposições & Copas

Por Luis Henrique de Oliveira Campos (Diretor de Exposição, Pista e Leilão do Núcleo de Goiás)

Exposição de

Anápolis I dealizada pelo Vice-Presidente do Núcleo Mangalarga de Goiás Antônio Vilas Boas, a Exposição Mangalarga de Anápolis (GO) ocorreu entre os dias 14 e 17 de abril. A mostra, que contou com o apoio do Núcleo Mangalarga de Goiás, foi realizada nas instalações do Centro Equestre Equus Ville, que dispõe de uma estrutura composta por pista de areia de aproximadamente 6.000 m², sendo esta 50% coberta juntamente com as arquibancadas, proporcionando conforto aos animais, à equipe participante e a todo público presente. Localizado na saída para Brasília (DF), próximo à cidade de Anápolis, o recinto oferece ainda 60 baias para alojamentos dos animais com requinte e segurança. O jurado Marcelo Leite Vasco de Toledo conduziu os julgamentos com todo o profissionalismo digno de uma Exposição da Raça Mangalarga. A presença dos criadores de Anápolis foi em massa, trazendo como sempre um público animado e interessado em interação a cada

Núcleo de Goiás

Público do interior goiano pôde conferir de perto toda qualidade do Cavalo de Sela Brasileiro

Vista geral da pista de julgamento da Exposição de Anápolis.

dia mais, no convívio com gente do cavalo. O Haras E.F.I. marcou presença com seus renomados animais, mantendo boas classificações em suas categorias e o Núcleo Mangalarga de Goiás firmou mais uma dentre muitas outras parcerias com a presença de Eduardo Fiqueiredo e seu Filho Leonardo Augusto, que se farão presentes em muitos outros eventos da raça Mangalarga em nosso Estado.

Núcleo de Goiás

O clima de interação foi marcante do início ao fim do evento.


Exposições & Copas Núcleo de Goiás

Núcleo de Goiás

O Haras E.F.I., de São Paulo, prestigiou a mostra de Anápolis.

Os criadores goianos fizeram bonito na mostra. Núcleo de Goiás

Diversas gerações de mangalarguistas marcaram presença na exposição. Núcleo de Goiás

O Equus Ville ofereceu ótima estrutura para todos.

O clima de interação foi marcante do início ao fim, contando com a alegria dos criadores do Núcleo de Brasília, como Ilair Antonio Tumeleiro e sua esposa e também criadora Imar Guimarães, e Fernando Cantarino, que sempre são os primeiros a chegarem nos eventos do Núcleo de Goiás, seguido pela presença de Jose Júnior Dias de Araújo e seu sobrinho, que se mostra um exímio apresentador, Jorge Eustáquio, que é presidente do Núcleo Mangalarga de Brasília, além dos expositores de Goiás que não deixaram passar em vão a mostra de seus animais, como Dr. Leandro Canêdo, Antônio Vilas Boas, Sandro dos Reis, Wgmar Rua Sobrinho, Leonardo Divino, Djalma Barbosa Pereira, David da Silva Rocha, Celso Donizete, Adalberto Borges Cunha e Luiz Carlos Frattari, representados por seus filhos Marcelo Frattari e Fernando Frattari, cujos animais foram montados em pista por um casal de alemães que estava em visita no Brasil.

ZAGAIA DA BICA

VERDADE DO EFI

7 Campeonatos e 6 Res. Campeonatos Bi-Campeã da Etapa Final de Marcha 15/16 Campeã de Jundiaí/16 Reservada Campeã Nacional/14

TANGO DO FEI

3 Campeonatos em 2016 Essa não anda ...voa!

SUPREMA do EFI

8 Campeonatos e 6 Reservados em Exposições Recentemente Grande Campeão de Marcha 1º Res. Grande Campeão Cavalo Ourinhos/ 2016

8 Campeonatos e 8 reservados 1ª Res.Gde Campeã da Etapa Final da Copa de Marcha/2015 2ª Res. Gde Campeã de Jundiaí/2016

A Exposição Mangalarga de Anápolis no Centro Equestre Equus ville, foi a primeira de uma série de eventos que se dará na gestão do Presidente Leonardo Manata, com o cunho de promover o Mangalarga com o requinte, categoria, profissionalismo e o padrão que O Cavalo de Sela Brasileiro nos cobra. Leonardo Augusto 11 99938-9041 contato@harasefi.com.br www.harasefi.com


Da Redação (Com a colaboração de Matriz da Comunicação)

Marcelo Mastrobuono

Território Cavalgada

Cavalgada

do Sertão ao Mar

Ressaltar a importância do bem-estar animal e incentivar a valorização histórico-cultural da Estrada Real são os principais objetivos desta diferenciada empreitada

A

Cavalgada “Do Sertão ao Mar Pelos Caminhos da Estrada Real”, cujo trajeto percorrerá 1780 quilômetros num período estimado em 51 dias, teve início na manhã de 9 de maio, na cidade mineira de Diamantina. A viagem, que passará pelos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, teve como trecho inicial o Caminho dos Diamantes, um dos quatro que serão percorridos ao longo da jornada e que compõem a antiga Estrada Real. Neste começo de aventura, os quatro cavaleiros que integram a comitiva ganharam a companhia da criadora Beatriz Biagi Becker (Bia), que fez questão de acompanhá-los nos primeiros dias de estrada. Afinal, os sete animais da raça Mangalarga que formam a tropa da cavalgada possuem o sufixo Vassoural, que identifica os exemplares provenientes da seleção da mangalarguista, titular da Agropecuária Beabisa.

Fagner Almeida

Alguns dos exemplares da raça selecionados para participar da cavalgada.

Vista geral do município de Catas Altas.

Território Cavalgada O grupo iniciou a viagem atravessando Diamantina, município que dispensa apresentações por sua beleza histórica e mais de 30 pontos turísticos para se visitar e conhecer, entre eles, a Serra do Espinhaço, a Basílica Sagrado Coração de Jesus, a Cachoeira das Fadas e o Caminho dos Escravos, cuja estrada era usada pelos tropeiros no transporte de cargas e diamantes.

taque para a Cachoeira Rabo de Cavalo, cujos 170 metros de queda estão divididos em três saltos, formando um grande poço cercado de pedras em meio à beleza exuberante da região. Já no fim da primeira semana, a Cavalgada partiu rumo a Morro do Pilar e Itambé do Mato Dentro.

No dia seguinte (10), a comitiva passou por São Gonçalo do Rio das Pedras, Milho Verde e Três Barras, onde, além das paisagens exuberantes, cachoeiras e igrejas são alguns atrativos. Em São Gonçalo do Rio das Pedras, o turista encontra, por exemplo, o Pico do Raio, e em Milho Verde, o Chafariz das Goiabeiras, onde, diz a lenda, Chica da Silva costumava banhar-se. Em seguida, no dia 11 de maio, a cavalgada passou por Serro, cidade famosa pelo queijo, seguindo depois para as cidades de Alvorada de Minas e Itapanhaoacanga. Nesta localidade, as paisagens são deslumbrantes e pode-se apreciar as vistas para a Serra do Monteiro e a Serra do Sapo.

A paixão pela cavalgada, pela natureza e pelo caminho histórico da Estrada Real foi o que motivou e uniu os experientes cavaleiros que integram a comitiva da cavalgada: José Henrique Castejon, Paulo Junqueira Arantes, Sergio Lima Beck e Frederico Castejon Simioni. Segundo o quarteto, esse diferenciado raid tem dois objetivos principais, ressaltar a importância do bem-estar animal e incentivar a valorização do patrimônio histórico-cultural dos quatro caminhos da Estrada Real, por intermédio do turismo equestre. Ao longo dos 51 dias de aventura, os cavaleiros passarão por cenários históricos em 60 cidades, começando por Ipoema, Catas Altas, Mariana e Ouro Preto (Caminho dos Diamantes), seguindo depois por Congonhas do Campo, Tiradentes, São João Del-Rey, Cruzília, Caxambu, Cunha, Paraty (Caminho Velho) e continuando por Petrópolis, Juiz de Fora, Barbacena e Lavras Novas (Caminho Novo), para depois realizar o trecho final da odisseia de Sabará a Cocais (Caminho Sabarabuçu).

Por sua vez, Santo Antonio do Norte e Córregos foram as paisagens vislumbradas pelos cavaleiros durante o dia 12 de maio. As duas cidades, aliás, ainda apresentam características do período colonial, valorizando muito a arquitetura local. Além disso, Santo Antonio do Norte faz parte do circuito nacional Serra do Cipó. Na sexta-feira (13), os cavaleiros chegaram em Conceição do Mato Dentro, local que apresenta cerca de 15 pontos turísticos, com des-

Fonte de Pesquisa

De acordo com Frederico Simioni, um dos quatro cavaleiros e, também, responsável pela avaliação do bem-estar animal dos cavalos que participam da jornada, os ani-


Território Cavalgada mais quando bem tratados são mais fáceis de serem manejados e cavalgados. “Uma das formas de fortalecimento do vínculo entre cavalo e cavaleiro é a adoção das boas práticas de bem-estar animal, pois desta forma, aumentamos a frequência de interações positivas com os animais, tornando-os mais confiantes na presença do cavaleiro”, ressaltou Frederico, que é zootecnista e contribui com trabalhos científicos ligados ao tema do bem-estar animal em parceria com universidades, como a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) da Unesp de Jaboticabal (SP). É importante destacar também que sete profissionais renomados e experientes da FCAV-Unesp, avaliarão o bem-estar animal desta cavalgada, sob dois aspectos fundamentais: comportamental e fisiológico. O Professor Dr. Mateus Paranhos da Costa e os médicos veterinários Pedro Henrique Esteves Trindade e Paula Moreira da Silva estarão a cargo dos testes comportamentais, enquanto o Professor Dr. José Corrêa de Lacerda Neto e os mestres em ciência Nara Bernardi, Vinícius Canello e Karina Calciolari terão os testes de esforço sob sua responsabilidade.

Marcelo Mastrobuono

Padre abençoa os participantes antes do início da jornada.

Juntamente aos quatro cavaleiros, esses especialistas atuam com o objetivo de avaliar, de forma prática e eficiente, os procedimentos que foram definidos para esta cavalgada,

procurando assegurar o bem-estar dos cavalos, mesmo após um dia de cavalgada intensa. Com a finalidade de preparar fisicamente os animais para esta longa viagem, durante os 105 dias que antecederam a cavalgada, os cavalos realizaram intenso treinamento, seguindo plano de condicionamento elaborado pelo médico veterinário Paulo Fasano. Além disso, exames clínicos e fisiológicos foram realizados em 14 de abril para avaliar as condições dos cavalos, explica Simioni. Marcelo Mastrobuono

O belo cenário de Santa Rita Durão também recebeu a comitiva mangalarguista.

O cavaleiro finaliza lembrando que é importante ressaltar que a cavalgada tem um caráter inovador ao estudar e avaliar o bem-estar animal pois, nas longas cavalgadas realizadas no Brasil, os cavaleiros geralmente dirigem a atenção para as condições físicas dos animais. Entretanto, segundo ele, elucidar a questão do bem-estar animal é muito mais complexo do que analisar o condicionamento físico, pois envolve aspectos como reações de medo, interação humano -animal e reconhecimento de limites (físicos e psicológicos).

Características Marcantes Os cavalos que foram selecionados para esta empreitada são todos da raça Mangalarga, identificados mais especificamente com a marca B do

plantel Beabisa, da Fazenda Vassoural, localizada em Pontal (SP), na região de Ribeirão Preto. De acordo com os organizadores, os sete animais possuem em comum características marcantes. São animais de excelente temperamento, muito mansos, cômodos e funcionais para as cavalgadas, além de serem também rústicos e resistentes a longos percursos. Os dois animais que pertencem a Paulo Junqueira Arantes - Elmo do Vassoural e Garantido do Vassoural são os mais experientes da comitiva. De acordo com Bia Biagi, estes dois cavalos já acompanharam o cavaleiro em cavalgadas por vários estados do Brasil, sendo seus cavalos de confiança. O grupo conta ainda com dois cavalos pertencentes ao cavaleiro José Henrique Castejon: Honrado do Vassoural e Horneiro do Vassoural. Segundo Bia, são dois animais brilhantes, de muita potência e funcionalidade e que já participaram de muitas provas representando a Beabisa. Júpiter do Vassoural e Ianque do Vassoural são mais dois cavalos presentes na Cavalgada do Sertão ao Mar. Este ano, ambos participaram das apresentações do Global Equus International, em Porto Feliz (SP). Bia, que teve Ianque como sua montaria na primeira semana da jornada, destaca que ambos são emprestados da equoterapia e, por isso, são muito mansos e dóceis, afinal participam de trabalho com crianças, sendo ótimos parceiros de estrada. Por fim, o último animal a destacar é Mangarito do Vassoural. “É o cavalo mais jovem da equipe, que apresenta um ótimo temperamento de sela, amadurecendo nesta cavalgada”, finaliza a titular da Beabisa Agropecuária.


Panorama Mangalarga

Panorama Mangalarga Vale do Paraíba e região e de outros Núcleos amigos, tudo correu num ambiente descontraído, alegre e com muita conversa em torno do cavalo, que se estendeu noite adentro”, revelou o anfitrião.

Encontro no

Vale do Paraíba Núcleo Vale do Paraíba

Núcleo Vale do Paraíba

Mangalarguistas desta pujante região do interior paulista foram recepcionados pela família Kalitzki no Haras Forsteck

O

Núcleo Mangalarga do Vale do Paraíba promoveu um agradável momento de confraternização no dia 02 de abril. O encontro aconteceu nas dependências do Haras Forsteck, localizado no município de Guaratinguetá (SP), onde o casal Dirk e Ilda Kalitzki e suas filhas prepararam uma bela recepção à família mangalarguista.

Mitsu Image

Segundo Dirk Kalitzki, foi oferecido na ocasião um churrasco de confraternização para os amigos, criadores, usuários e apaixonados pelo cavalo mangalarga. “Compareceram cerca de 100 pessoas, do

Os anfitriões ofereceram um agradável almoço aos criadores. Núcleo Vale do Paraíba

A animação e a conversa seguiram noite a dentro. Mitsu Image

Jovem amazona experimenta a marcha de exemplar do haras.

Luiz Patriota, Ilda e Dirk Kalitzki, Marcelo Junqueira e Heloísa Freitas. Núcleo Vale do Paraíba

Pedro Roberto de Paula, José Roberto Angelin e Dirk Kalitzki. Núcleo Vale do Paraíba

A comunidade mangalarguista prestigiou o evento.

A programação do evento incluiu ainda a apresentação da tropa Forsteck. Entre os animais apresentados aos visitantes estavam os potros, os garanhões e as principais éguas doadoras do haras. Além de apreciar o plantel do criatório, os presentes tiveram a oportunidade de montar e experimentar os animais, ficando encantados com a beleza, a qualidade do andamento e a docilidade dos cavalos. Atual presidente do Núcleo do Vale do Paraíba, o titular do Haras Forsteck destaca a importância do ambiente de companheirismo e camaradagem que caracteriza a comunidade mangalarguista. “Como amantes de cavalos e de cavalgadas, a família Kalitzki acredita que a amizade que surge em torno do Mangalarga nos motiva a continuar criando cavalos e fazendo amigos de sela!” A programação do Núcleo do Vale do Paraíba previa ainda mais dois aguardados eventos na região, a Exposição de Taubaté (SP) e a Exposição de Guaratinguetá (SP), ambas previstas para acontecer durante o mês de junho. A cobertura completa dessas duas mostras estará na próxima edição da Revista Mangalarga. Mais informações sobre esta atuante representação regional da raça podem ser obtidas pelo e-mail kalitzki@uol.com.br ou pelo telefone (12) 99145-2085.


Panorama Mangalarga

Por Pedro C. Rebouças

Mangalarga na Mídia Importantes revistas do meio rural vem destacando inovadora iniciativa adotada pela ABCCRM

O estudo científico da marcha original, promovido pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) em parceria com o Professor Alessandro Moreira Procópio, mereceu nos últimos meses espaço de destaque em conceituadas publicações do segmento agropecuário.

atuação da mão de obra dos haras. O assunto foi também o tema principal de um informe especial veiculado na edição de abril da revista Globo Rural. O diferenciado material ressaltou como o foco na marcha e a utilização de novas tecnologias estão fazendo a raça crescer mesmo com o país atravessando um momento de crise econômica. Além disso, apresentou aos leitores desta importante publicação do segmento rural os dados inéditos revelados pelo estudo.

Ouro Preto 42 (T.E.)

Já a Revista da Marcha dedicou três páginas ao assunto em sua edição de abril. Com um foco um pouco diferente das demais publicações, a matéria “Marcha original por excelência” destacou também o trabalho de orientação para o melhoramento e seleção dos animais da raça promovido pela ABCCRM.

Grande Campeão Nacional

Cavalo Pelagem Preta 2015.

Grande Campeão Nacional de Marcha

Cavalo Pelagem Preta 2015.

Campeão Brasileiro Cavalo

Pelagem Preta 2015.

Campeão Brasileiro Cavalo de Marcha

Pelagem Preta 2015.

Capa da edição de maio da revista Horse destacou o estudo promovido pela ABCCRM.

Reprodução do informe especial publicado pela revista Dinheiro Rural.

Capa da edição de maio do jornal Cavaleiro News.

A revista Horse, por exemplo, abordou o assunto em uma reportagem especial, que mereceu a capa de sua edição de maio. Intitulada “Marcha: do empirismo à comprovação científica”, a matéria destaca, entre outros aspectos, como a tecnologia pode dar maior precisão e assertividade nas ações de avaliação dos animais, favorecendo também o trabalho de seleção nos criatórios, o treinamento do corpo técnico e a

Por sua vez, a revista Dinheiro Rural trouxe, em sua edição de dezembro do ano passado, três páginas de um informativo especial sobre esta diferenciada iniciativa da ABCCRM. Com o título “O salto do cavalo Mangalarga”, o material destacava como a raça revolucionou sua história a partir do resgate da marcha original e da adoção de novas tecnologias de avaliação dos animais.

Por fim, o jornal Cavaleiro News, referência no meio equestre, trouxe em sua edição de junho uma matéria especial sobre as Copas de Marcha e Função, competições que promovem a constante valorização da Marcha Original do Cavalo Mangalarga.

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Panorama Mangalarga

Panorama Mangalarga

Por Pedro C. Rebouças

Coquetel de

Recepção Novos criadores foram recepcionados em um agradável momento de confraternização e informação

A

Diretoria Executiva da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) promoveu uma nova edição do Coquetel de Recepção a Novos Associados. O evento aconteceu no fim da tarde do dia 10 de maio, na sede da entidade, localizada no Parque da Água Branca, na zona oeste da capital paulista. Na ocasião, além de desfrutarem de um agradável momento de confraternização, os novos sócios da ABCCRM puderam obter mais informações sobre o Cavalo de Sela Brasileiro e tiveram a oportunidade de conhecer melhor os integrantes da Diretoria Executiva. Segundo o Diretor de Marketing da ABCCRM João Luis Ribeiro Frugis, a Associação vem dando uma grande ênfase à entrada de novos sócios. “Nosso quadro de associados tem crescido em torno de 20% ao ano. Entre eles há muitos usuários mas também há muitos novos criadores. Todos, aliás, são fundamentais para a história de sucesso da Mangalarga”, destacou o dirigente mangalarguista em entrevista ao programa Zona Rural, cuja equipe realizou uma ampla

cobertura jornalística do evento. A programação da noite contou ainda com um momento especial para trazer importantes informações aos mangalarguistas recémchegados. Ministrada pelo Doutor Gerson Franceschini, da Total Support & Royal Horse, a palestra “Nutrição Geral - Conhecer para respeitar” expôs valiosos dados sobre o manejo alimentar dos equinos. Norberto Cândido

Evento permite que os novos associados estreitem os laços com a diretoria.

“O objetivo é realmente aproximar os novos criadores, abrindo as portas da Associação para que eles tirem suas dúvidas e saibam que a diretoria está aqui à disposição para auxiliar. Aliás, palestras como a de hoje são sempre muito interessantes para quem está começando e uma forma de ajudá-los a ser bem-sucedidos em suas criações”, explicou o dirigente.

Direção e Acolhimento Na opinião do novo criador Alberto Veiga Júnior, a iniciativa da Associação é essencial, pois permite que o sócio se sinta acolhido e receba um importante direcionamento. “O começo é difícil, o novo associado tem muitas dúvidas e a associação tem que estar disponível para auxiliar nesse momento, iniciando o novo criador para um trabalho já direcionado para os acertos e evitando assim que ele cometa alguns erros naturais no início de uma criação”, ressaltou o mangalarguista em entrevista ao Zona Rural. Por sua vez, o novo sócio João Pacheco explicou os motivos que o levaram a se tornar criador da raça. “Eu trabalho com turismo rural, fazendo passeios a cavalo. E o Mangalarga é um equino muito bonito, de boa índole e cômodo para fazer passeio, isso é o principal. Há grandes cavalos de outras raças mas o animal geralmente é duro e depois de algum tempo de passeio você já está todo doendo. Com o Mangalarga isso não acontece, pois ele é um cavalo realmente confortável.” Também novo associado da ABC-

CRM, Sergio Lopes destacou o poder de união familiar proporcionado pela raça. “O Mangalarga é um cavalo que hoje comporta qualquer atividade, seja esportiva ou de lazer. Além disso, ele tem como usuário final aquele camarada que gosta de no fim de semana passear com seus filhos, sua esposa e os amigos. Trata-se do melhor cavalo que tem. Morfologicamente bem composto, dócil e, enfim, fantástico”, exaltou o criador em seu depoimento ao Zona Rural. Ao longo dos seis primeiros meses do ano, a ABCCRM registrou a entrada do expressivo número de 93 novos sócios. O ápice desse movimentou ocorreu nos meses de fevereiro, quando a raça ganhou 23 associados, e abril, quando a Associação teve a adesão de 22 pessoas. A relação completa dos novos integrantes da Família Mangalarga pode ser conferida na relação que acompanha esta matéria. Norberto Cândido

Programação incluiu palestra sobre a nutrição equina.

Realizado de forma periódica pela ABCCRM, o Coquetel de Recepção tem como objetivo principal dar as boas-vindas aos novos sócios, apresentando-lhes o ambiente de amizade e companheirismo que caracterizam a comunidade mangalarguista. Para mais informações, visite o portal www.cavalomangalarga.com.br ou ligue para (11) 3866-9866.

JANEIRO Adalberto Dantas Lopes Filho Airton Paulino de Freitas Benone Evaristo Rezende Araújo Lacerda Jorge Eduardo Beira José Augusto Cavalcanti Melo Marcos Paulo de Carvalho Vilson Ribeiro Nunes Sandro dos Reis Gomes Fernanda Cristina Lopes

FEVEREIRO Amarildo de Oliveira Aparecido Rodrigues de Jesus Claudio Elder Della Coletta Dirceu Vendramel Eduardo Tiveron Veludo Fazenda São Pedro Fernando Sampaio Rodrigues Flavio Augusto Lopes Rodrigues Gabriel de Bom Lemos de Ávila Henrique Lemos de Moraes Hudson Honorio de Araujo Gomes Joaquim Francisco da Costa José Antonio Borja Ribeiro Lima Luis de Oliveira Marcelo de Jesus Aparecido Monaro Marcos Antonio Teixeira Marcos Diniz Junqueira Otávio César Chagas Perez Pedro de Souza Carvalho Rafael Glauco Craveiro Fruchi Sigmar Valentim Miqueletti Thiago Eduardo Miranda Walter Cassio Co

Vanusa Cristina Salatino Wilson Roberto Figueiredo Lima

ABRIL Alan Da Silva Padilha Anderson Luis Muniz Barbosa Cristian Cesar Do Amaral Daniel César Torati Eduardo Oliveira de Barros Eduardo Perrenoud Francisco Antonio do Nascimento Neto Francisco Geraldo Franco Junior Francisco de Godoy Bueno Geraldo Carvalho Marra João Henrique Brunheroto José Dante Baboni Júnior Luis Gustavo Ferraz Gallina Maria Do Carmo Eserian Mauro Sérgio Tiveron Veludo Pedro Odecio Zavan de Oliveira Rafael André Pellegrini Renato França Vieira Ribeiro Ricardo Barbosa da Silva Rogério Koch Uilson Ferreira de Almeida Veridiana Carla Francisco

MAIO Fabio Lima Quinto Leandro Kleber Grilo Luciano Augusto Feliciano Murillo MarquezPraxedes Lobo Noêmia de Oliveira Menezes Roberto de Carvalho Aprigliano Vander Vieira Couto

MARÇO

JUNHO

Alexandre Andrade Barbieri Ana Luiza Costa Esteves André Silva Leahy Cesar Henrique Affonso Ward Christina Schmidt Gallas Fabio Antonio Barbosa Fábio Martins Siqueira Gustavo Farah Noronha José Donizeti Gonçalves Luiz Roberto Bueno Junior Rogéria Cristina Batagim Rogério Augusto De Toledo Rubem Cesar Lopes de Andrade Sandro Roberto Perussi Sérgio Lopes

Ariádine Diniz Pinto Breno Dornelas Alvares Bruna Knoth Stefanin Carlos Coelho Fabio Roberto Capuano Fernando Henrique de Oliveira Francisco Cesar Meneghetti João Felipe Cesar Angelin Manoel de Lima Ramalho Mateus Sergio Chaves Solange Barbosa Rogerio Tiago Alves Cardoso Tiago José Rizziolli Valdir Marques Zain Mohamad Saleh


Panorama Mangalarga

Panorama Mangalarga

Por Pedro C. Rebouças

Enduro Equestre Matheus Porto

Representantes da raça alcançaram o lugar mais alto do pódio na categoria Controlada Aberta Adulto da 2ª Etapa da Copa Chevaux Brasília

Os representantes da raça, no entanto, não se limitaram a atrair a atenção dos demais participantes por conta de suas diferenciadas características zootécnicas. Afinal, eles também tiveram um bom desempenho na trilha da Copa Chevaux, obtendo relevantes conquistas. Na classe Controlada Aberta Adulto, por exemplo, os três primeiros lugares foram conquistados por conjuntos mangalarguistas. O primeiro lugar dessa categoria foi obtido pelo próprio Jorge Eustáquio, montando Gazela Catetinho (Gesso J.O em Duna da Capelinha). O conjunto completou os 17 quilômetros do percurso dentro de uma velocidade média de

11,722 km/h. Por sua vez, o conjunto formado por Luciana Rodrigues e Héstia Hal (Gesso J.O. em Anatólia da Capelinha) conquistou a segunda colocação, enquanto o conjunto integrado por Godofredo Diniz e Marfim Catetinho (Prateado da Província em Duna da capelinha) obteve o terceiro lugar do pódio. “Trabalhamos muito pra chegar a esse resultado. É uma grande comprovação da capacidade esportiva da nossa raça. Além disso, mostra qualidades como temperamento, sela e resistência fundamentais para que fossem obtidas essas classificações”, destaca o presidente do Núcleo Brasiliense.

Matheus Porto

As enduristas também fizeram bonito na trilha.

Matheus Porto

Cerimônia de premiação da Copa Chevaux Brasília.

Matheus Porto

O

Cavalo de Sela Brasileiro esteve em destaque na segunda etapa da Copa Chevaux Brasília de Enduro Equestre, realizada no dia 16 de abril, nas dependências do Haras 21, na capital federal. A competição, que também foi válida como segunda etapa do Ranking da Federação Hípica de Brasília (FHB), contou com a participação de nove animais da raça Mangalarga, que fizeram muito bonito nas trilhas brasilienses.

Conjuntos percorreram um trajeto de 17 quilômetros.

“A raça chamou a atenção de todos no evento. Primeiro pela beleza diferenciada, mas principalmente pela marcha e por não precisarmos fazer trote elevado, graças à comodidade do cavalo Mangalarga. Isso intrigou os enduristas, pois a grande maioria deles só conhecia cavalos da raça Árabe, equinos de trote puro, característica que torna impossível o andar no trote sem a prática do trote elevado”, enfatiza Jorge Eustáquio de Miranda Araujo, Presidente do Núcleo Mangalarga de Brasília.

Matheus Porto

Participante apresenta seu animal no “vet check”.

Matheus Porto

Enduristas e integrantes da equipe de apoio Mangalarga na Copa Chevaux.

A Copa Chevaux Brasília estava prevista para prosseguir no fim de maio, nas dependências do Brasília Country Club, com a realização de sua terceira prova na temporada. Além disso, a quarta etapa da competição está agendada para o dia 09 de julho, em local a definir.

Matheus Porto

Momento de pausa para o resfriamento dos animais.

Para obter mais informações visite o portal www.chevaux.com.br ou entre em contato com o Núcleo Mangalarga de Brasília pelo e-mail mangalargajovem@yahoo.com.br ou pelo telefone (61) 9827-4661.


Panorama Mangalarga

Por Pedro C. Rebouças

Levantando Poeira

Encontro de Jurados

A Marcha Original conquista novos adeptos no Poeirão 2016

A

s provas de marcha vêm ganhando cada vez mais força no interior do Brasil. Um bom exemplo deste sucesso é o Poeirão, competição realizada em diversas etapas na região de Mococa (SP), na divisa entre os estados de São Paulo e Minas Gerais.

Emidionho Madeira

Segundo Fabiano Camargo, idealizador e organizador da competição, o Poeirão é dividido em categorias conforme o tipo de andamento. Além da classe de Marcha Mangalarga, existem mais duas categorias para equinos (Marcha Batida e Marcha Picada) e três para muares (muar marcha diagonal, muar dente de leite e muar adulto).

Emidionho Madeira

animais muito bons, tudo depende do dia e da hora em que o animal está andando, principalmente do final da prova, quando observamos o cavalo que termina melhor o julgamento”, ressaltou a juíza em entrevista ao TVD, canal regional que dá ampla cobertura ao Poeirão. Já o mangalarguista Archibald Rehder Netto destaca que é importante participar dos Poeirões para poder mostrar o trabalho feito no dia a dia da fazenda. “É bastante gratificante participar e trazer seu animal para que as pessoas conheçam. Afinal, na região nós temos muitos criadores da raça Mangalarga e de outras raça”, explicou Archibald também em entrevista à TVD.

Jurada analisa marcha de animal durante a etapa de Nova Resende (MG).

A prova de Nova Resende contou com público expressivo e participação de 120 animais.

Somente no primeiro semestre deste ano, foram realizadas quatro provas válidas para o Poeirão 2016. Além de Mococa, berço do evento, a diferenciada disputa, que conta com a participação de equinos de diversas raças e também de muares, passou pelas cidades de Divinolândia (SP), Arceburgo (MG) e Nova Resende (MG). Sempre, aliás, com o Mangalarga ocupando uma posição de destaque e contando com uma categoria exclusiva, a Marcha Mangalarga, que reúne animais de usuários e criadores da raça.

O organizador destaca ainda que a principal meta do Poeirão é incentivar a participação de usuários e fomentar o comércio de cavalos. “Nossa ideia é popularizar as provas de marcha e disseminar o uso do cavalo, por isso as inscrições são a baixo custo, permitindo que o usuário participe e possa comparar seus animais com os demais da região.”

Para a amazona Natália Fávero, os Poeirões proporcionam uma ótima forma para o proprietário mostrar e avaliar seus animais. “Se você fica com seu cavalo em casa, no seu rancho, ninguém vai ver o que você tem. Essa é uma forma de você ter uma avaliação da sua tropa como um todo e analisar como está sendo a sua criação, como está sendo o seu treinamento”, destacou a mangalarguista também em entrevista à TVD.

Por sua vez, Alice Junqueira, uma das juradas da competição, ressalta que os julgamentos costumam ser decididos no detalhe. “Como tem

Para obter mais informações sobre o Poeirão, entre em contato com Fabiano Camargo pelo telefone (19) 99220-1877.

Reuniões regulares proporcionam a constante reciclagem do quadro técnico da ABCCRM e formam novos profissionais para atuar nos eventos da raça

O

Cursos preparam o corpo de jurados para atuar nas pistas de julgamento.

Cavalo de Sela Brasileiro vem vivendo uma temporada muito movimentada. O número de exposições, copas de marcha e provas funcionais tem evoluído de forma significativa nas cinco regiões do País, comprovando o crescente interesse despertado pela raça Mangalarga e pela Marcha Original. Esta situação faz com que cresça também a necessidade por jurados aptos a conduzir todos esses eventos. Dessa forma, a Diretoria Executiva da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) tem adotado como uma de suas diretrizes a constante atualização e preparação dos profissionais que atuam em seu quadro de juízes. Para alcançar este objetivo, a entidade vem promovendo cursos regulares para o aprimoramento dos jura-

dos. No ano passado, o primeiro da atual gestão da raça, foram realizados quatro encontros de reciclagem. O mesmo número, aliás, está previsto para acontecer ao longo de 2016, sendo que dois deles já ocorreram. O primeiro curso deste ano aconteceu nos dias 19 e 20 de fevereiro, na Fazenda Boa Vista, do criador Renato Diniz Junqueira, de Orlândia (SP). O segundo ocorreu nos dias 10 e 11 de junho, na Agropecuária Espinhaço, localizada no município de Botucatu (SP) e de propriedade do mangalarguista Emiliano Abraão Sampaio Novais. Segundo Lourenço de Almeida Botelho, Diretor Técnico da ABCCRM, essas reuniões têm objetivos diversos, como aferir o nível de informação dos técnicos da raça, promover a reciclagem de conhecimentos desses profissionais, realizar um contínuo treinamento do corpo de jurados e uniformizar os critérios de

julgamento. Os encontros, além disso, procuram ampliar o quadro de profissionais deste importante setor da Associação. “Uma das preocupações da diretoria é justamente formar novos jurados, que venham a atender a essa demanda crescente de maneira profissional e em consonância com as diretrizes que vêm sendo dadas à raça pela atual gestão”, explica Botelho. O Diretor Técnico esclarece ainda que os cursos são divididos em três partes. A primeira, de caráter teórico, oferece aos participantes diferenciadas palestras técnicas, com o intuito de trazer novas e aprofundadas informações sobre o cavalo Mangalarga. A segunda fase, por sua vez, possui um caráter eminentemente prático, com atividades de análise a campo e a simulação do trabalho na pista de julgamento. Por fim, a terceira parte do encontro possui caráter discursivo. É quando os participantes tiram suas dúvidas e debatem o conteúdo oferecido ao longo dos dois dias de trabalhos. As próximas reuniões estão previstas para acontecer nos meses de agosto (dias 19 e 20) e de novembro (dias 25 e 26), em local ainda a ser definido. Mais informações podem ser obtidas no portal www.cavalomangalarga.com.br ou pelo telefone (11) 3866-9866.

Facilpa 2016

Panorama Mangalarga


Panorama Mangalarga

Boutique Mangalarga

A loja oficial da raça está lançando nova coleção para a temporada 2016

A

Por Pedro C. Rebouças ainda uma grande variedade de camisas sociais e camisas polos, tanto masculinas como femininas, especialmente confeccionadas para o público mangalarguista. O catálogo inclui ainda uma variada oferta de bonés e fivelas com a marca Mangalarga, assim como livros e revistas voltadas aos criadores da raça. Além disso, a garotada encontra produtos exclusivos, como a linha infantil de camisas polos.

Boutique Mangalarga acaba de ganhar uma nova coleção. A novidade promete agradar os muitos apaixonados pela raça que aguardavam ansiosamente por novos produtos com a grife do Cavalo de Sela Brasileiro.

Para realizar suas compras, os clientes da loja virtual da raça contam com a comodidade de poder utilizar diversas formas de pagamento, além de poder trabalhar com as principais bandeiras de cartão de crédito. Tudo isso com a garantia de segurança oferecida pela tecnologia SSL (Secure Socket Layer).

Um dos destaques da nova linha preparada para a loja virtual da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) é o colete masculino, cujo elegante caimento promete ser uma boa opção para enfrentar os meses de inverno que estão chegando. Há

Conheça a linha completa de produtos com a grife do cavalo de sela brasileiro e as promoções especiais preparadas pela Diretoria de Marketing da ABCCRM no portal www.boutiquemangalarga.com.br.

Novidades virtuais Mangalarguistas agora podem desfrutar da nova versão do APP Mangalarga e de um espaço de classificados exclusivo para a raça

O

Departamento de Marketing da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) continua implementando inovações para tornar cada vez melhor e mais rico o conteúdo sobre a raça disponibilizado na internet e nas redes sociais. No mês de maio, a novidade foi a apresentação dos Classificados ABCCRM. Já em junho foi a vez de ser apresentada a nova versão do aplicativo oficial da raça. Com plataformas em duas populares redes sociais – Facebook e Instagram -, os Classificados ABCCRM chegam trazendo a proposta de facilitar o contato entre potenciais compradores e associados interessados em disponibilizar para a venda animais da raça Mangalarga. Dessa forma, o vendedor expõe a foto do animal, acompanhada por informações relevantes, como gene-

Anúncio da nova versão do Aplicativo.

Divulgação.

alogia, data de nascimento e número de registro, além de um breve descritivo das características do equino em questão. Por sua vez, o APP Mangalarga permite que o mangalarguista tenha sempre à mão, em seu “smart phone” ou “tablet”, informações úteis, distribuídas por assuntos, como: A Raça, Ranking, Classificados, Facebook, Instagram, Eventos, Galeria de Imagens, Youtube, Sede e Núcleos. Desenvolvido com o intuito de fomentar a raça, o aplicativo está disponível para os sistemas IOS e Android, podendo ser encontrado tanto na APP Store como na Google Play. Para mais informações, entre em contato pelo endereço eletrônico marina.vicentin@abccrm.com.br ou pelo telefone (11) 3866-9866.


A voz do criador

Luiz Alberto Patriota de Araujo Costa

Mangalarga e Mangalarga Marchador dois Cartórios! Duas Raças? Dizer que os Mineiros abriram seu cartório por causa do fechamento precoce do livro de São Paulo é uma meia verdade.

E

stive outro dia lendo, em primeira mão, mais um dos “papiros” do meu querido amigo escritor, competente criador de Mangalarga Marchador e historiador quase profissional Ricardo Casiush. A nudez das informações históricas e sua honestidade implacável ainda sim não conseguem esconder as opiniões apaixonadas e as meias verdades que muitos criadores tentam dar a versões que se perpetuam pétreas pela história. Tratava o livro em questão sobre as origens da tropa de Minas e suas linhagens primordiais.

Fortuna, Joia da Chamusca, Sublime, Gregório, Telegrama Velho, Rosilho/Abismo estão lá incontestes como sementes primeiras a darem frutos no Mangalarga e no Mangalarga Marchador e disso ninguém pode argumentar diferente. Mas quase que aproveitando desta origem comum, surge o grifo de um iminente criador, disse ele: “...uma raça com dois registros”.Sob o argumento de fechamento do livro de

maneira precoce na ABCCRM em 1943 os criadores de Minas foram obrigados a fundar a ABCCMM. Pus-me a pensar!!! Seria essa a verdadeira versão da história? Pelo que compilei de muitos registros históricos, creio que não... Dizer que os Mineiros abriram seu cartório por causa do fechamento precoce do livro de São Paulo é uma meia verdade. As divergências deram-se muitos mais por questões político-econômicas (SP X MG), e mais ainda por divergências ZOOTÉCNICAS. O cartório de São Paulo em 1934 foi o primeiro a lançar bases zootécnicas sob a tropa e a observar e selecionar prodigiosamente, digase de passagem, o galope e a MARCHA TROTADA, selo racial da tropa paulista e um dos cernes da discórdia entre mineiros e paulistas até hoje. De lá pra cá, infelizmente, foram muitos os desvios de rumo, mudanças de modelo e o contrabando

Coronel Chico Orlando com Colorado, um dos pilares da raça Mangalarga.

genético nos dois cartórios, muitas vezes sob o argumento do melhoramento racial ou novamente sob o argumento, “uma raça com dois registros”, de modo que penso ser primordial entender de uma vez por todas o dilema ORIGEM COMUM X MODELOS DIFERENTES, para criarmos identidades e modelos de cavalo sólidos em ambos os cartórios e para que talvez num futuro próximo sem sombra de dúvidas possamos todos, mineiros e paulistas, estarmos convictos de que são dois Cartórios e duas Raças, patrimônios nacionais e cada qual com sua beleza, função e banco genético!!! É minha Opinião!


Haras em destaque

Beto Falcão

Por Pedro C. Rebouças

Espinhaço 30 anos Criatório celebra seu trigésimo aniversário mantendo sempre o foco na busca por uma tropa que equilibre consistência genética, temperamento de sela, excelência em marcha e boa morfologia

A

Espinhaço Agropecuária, com sede no município paulista de Botucatu, é hoje um dos principais centros de seleção do cavalo Mangalarga. Por seus piquetes e pastagens, desfila uma tropa de muita qualidade, fruto de um expressivo investimento em genética de ponta e infraestrutura, realizado ao longo de trinta anos de uma bem-sucedida trajetória. Responsável por legar à raça Grandes Campeãs Nacionais como Godiva do Espinhaço e Roma do Espinhaço, esta história de sucesso nasceu, no entanto, de forma despretensiosa, apenas para o lazer da família do titular do criatório, Emiliano Abraão Sampaio Novais. “Foi na década de 80, quando frequentava o sítio de minha mãe e para incentivar meus filhos e sobrinhos decidi

comprar alguns cavalos de sela para a diversão da família, e em 1986 adquiri do criador Daio Teixeira duas éguas, e as alojamos nesta propriedade na cidade de Botucatu. Porém minha mãe pediu que retirássemos os animais da propriedade. Devido a isso, comprei o sítio vizinho, onde começou a Espinhaço. A partir daí, vi a possibilidade de fazer uma criação, e encontrei na raça Mangalarga as características ideais para servir a minha família”, conta o apaixonado criador. “Neste mesmo ano de 1986, fomos a um leilão no Palace, onde compramos do criador Orpheu José da Costa três potras: Meta OJC, Mirra OJC e Molpadia OJC, e como novo criador que era, não atentava para detalhes técnicos, sendo que esta última tinha problemas de aprumos e cascos encastelados. No segundo leilão

em que fui, novamente no Palace, época em que os preços de cavalos Mangalarga eram ótimos, compramos um animal de preço mais acessível vendido por Paulo Toscani, a égua Tapera de N.H. de criação de Adáldio José de Castilho, fêmea essa que viria a ser a base de nosso criatório”, rememora o criador. Emiliano destaca ainda o importante papel que essa aquisição teve para a formação do plantel Espinhaço. “Sem dúvida considero que a Tapera de N.H. foi o principal animal formador da base de nossa tropa, pois, além de outros filhos e netos premiados, é mãe de Godiva do Espinhaço (Grande Campeã Nacional Égua de Andamento 2002), que por sua vez é mãe de Roma do Espinhaço (Grande Campeã Nacional Égua 2012) e de Xinguara do Espinhaço (Grande Campeã Brasileira Potran-

Beto Falcão

Beto Falcão

Norberto Cândido

O investimento em genética de ponta proporcionou um plantel de muita qualidade.

A Espinhaço busca reunir uma tropa com excelência em marcha.

Pódio da Grande Campeã Nacional Égua Roma do Espinhaço.

ca 2014), animais com os quais a marca Espinhaço conquistou alguns dos títulos mais importantes da raça Mangalarga.”

do Espinhaço, mãe e filha de minha criação e fruto da primeira égua da raça Mangalarga que adquiri, a Tapera de N.H.”, lembra com emoção o criador.

A Espinhaço também procurou ao longo desses trinta anos nunca perder de vista a essência da raça. “O Mangalarga é um cavalo de sela, então buscamos aprimorar nossa seleção em animais de consistência genética, com temperamento de sela e de excelência em marcha, que sirva a cavaleiros de todas as idades e graus de equitação, sempre em equilíbrio com uma boa morfologia.”

Questionado sobre os principais destaques da tropa Espinhaço, Emiliano faz questão de ressaltar a qualidade do time de matrizes e do time de pista do criatório. “Sem dúvida a Godiva do Espinhaço e a Roma do Espinhaço são dois expoentes da Espinhaço Agropecuária devido aos títulos conquistados e também pela qualidade de sua prole. Mas sempre investimos em matrizes de alto padrão genético, assim podemos destacar Alegria do HAB, Vencedora DL, DL Lei da Alvorada, Manchete do Otnacer e Manada Saint Clair J.O., além das matrizes mais novas nascidas na fazenda cuja produção vem se destacando, como a Quincy do Espinhaço e a Vitrine do Espinhaço. Já no nosso time de pista podemos destacar Xinguara do Espinhaço, Alegria do Espinhaço, Anabel do Espinhaço e Atlântico do Espinhaço, originários de nossa criação, e os animais que adquirimos recentemente como Folia ACF (em sociedade com Vinicius João Curi) e Alethea Z.F. (em sociedade com Fábio Martins Siqueira), além das éguas em parceria com o Haras NJT, de Jivago Queiroz, Safira NJT e Quéops NJT.”

“Um exemplo de animal que buscamos é Roma do Espinhaço, que um mês após se sagrar Grande Campeã Nacional Égua, fez uma cavalgada com meu filho Rodrigo de Jundiaí ao Santuário de Aparecida do Norte, num total de 280 quilômetros, e hoje é a sela de meus filhos e meus netos.”

Emiliano revela ainda que a raça Mangalarga lhe proporcionou muitos momentos marcantes na companhia da família e de grandes amigos, mas há dois momentos que estão marcados de forma especial em sua memória. “São as conquistas dos Grandes Campeonatos da Godiva do Espinhaço e da Roma

O titular da Espinhaço Agropecuária ressalta ainda que os investimentos para aprimorar a tropa foram constantes ao longo das últimas três décadas. “Sempre buscamos genética de ponta através da compra de grandes matrizes, embriões, ventres e de coberturas de reprodutores comprovados, para formar uma base de criação de qualidade. E no decorrer destes anos tivemos outras bases formadoras de nossa seleção, como a Alegria do HAB e a Vencedora DL, entre outras.”

O titular da Espinhaço Agropecuária faz questão de ressaltar, entretanto, que a maior alegria proporcionada pela criação está mesmo no convívio familiar proporcionado pela raça. “Mais importante do que os campeonatos e conquistas é, além de meus filhos terem aproveitado a convivência do cavalo junto a mim, viver a alegria em ver hoje meus cinco netos montando cavalos Mangalarga. Isto é minha maior satisfação e paga todos os investimentos!” O dedicado criador lembra ainda do compromisso que existe na Espinhaço Agropecuária em prol do desenvolvimento do Cavalo de Sela Brasileiro. “Há trinta anos a Espinhaço Agropecuária vem participando dos grandes eventos da raça Mangalarga, sendo eles exposições, copas, provas, leilões, confraternizações e eventos técnicos, sempre procurando fomentar a raça em todo território nacional.” Prova dessa postura diferenciada é o recente investimento que a Espinhaço vem fazendo na técnica de transferência de ovócito, iniciativa inédita no Brasil e responsável por garantir à raça Mangalarga o pioneirismo de mais um importante campo da reprodução equina.


Haras em destaque

Por Thiago D’Angieri

Primeiro potro nascido de transferência de ovócito é Mangalarga Espinhaço A Espinhaço Agropecuária utilizou os serviços da Genetic Jump – Central de Reprodução Equina – para produzir o primeiro potro nascido no Brasil resultante de transferência de ovócito

A

Espinhaço Agropecuária sempre primou em ter em seu plantel doadoras de embrião de alto padrão zootécnico, éguas consagradas tanto em pista como em sua vida reprodutiva. Um destes casos é a Grande Campeã Nacional Égua 1993 Alegria do HAB. Um patrimônio genético da raça Mangalarga, nascida no ano de 1989, e que devido a sua idade avançada, já não conseguia bons resultados reprodutivos. Porém no dia 13 fevereiro de 2015, mais um potro da raça Mangalarga nasceu forte e saudável na Central de Reprodução Genetic Jump, em Itapetininga (SP). Seria mais um dentre centenas de potrinhos que já vieram à luz nesta tradicional central de reprodução de equinos no Brasil, não fosse pelo fato de que este é o primeiro animal em território brasileiro – e um de poucos no mundo – a ter nascido a partir de uma transferência de ovócito, chamado de Belmonte do Espinhaço, filho de Alegria do HAB com o garanhão Voluntário de N.H.. A transferência de ovócito, ou seja, do óvulo não-fecundado da matriz (mãe biológica) que foi transferido ao aparelho reprodutor da receptora (“barriga de aluguel”) para só ali ser fecundado pelo sêmen do garanhão. Esta é uma significativa diferença em relação à já bastante conhecida técnica de transferência de embriões (TE), onde a doadora é inseminada e a fertilização e o desenvolvimento embrio-

nário até o dia da colheita de embrião (por volta do 8º dia) ocorre no trato reprodutivo da doadora. O embrião então é colhido de seu útero, para só então ser transferido à receptora.

Beto Falcão

Belmonte do Espinhaço é o primeiro potro nascido no Brasil a partir da técnica de transferência de ovócito.

A principal vantagem da transferência de ovócito (TO) é permitir que éguas que não produzem embriões em programas de TE, portanto até aí consideradas inférteis, podem voltar a se reproduzir. Falando um pouco dos aspectos técnicos, a transferência de ovócito consiste na aspiração do folículo pré-ovulatório da doadora, para a obtenção do óvulo. Esta aspiração resulta na obtenção de um óvulo em média 60% das tentativas. O óvulo é cultivado em laboratório por um período entre duas e doze horas, e na sequência é transferido para a trompa da receptora por cirurgia realizada com a égua em pé, com acesso pelo flanco. A receptora deve estar em cio e ter sido inseminada, com o garanhão de escolha, seis a doze horas antes da cirurgia.

Assim, a principal diferença entre TE e TO é que nesta a fecundação do óvulo pelo espermatozóide ocorre na receptora, e não na doadora. Isto também explica o fato da inseminação ser feita antes da TO, considerando a velocidade de deslocamento dos espermatozóides pelo útero até as trompas, onde ocorrerá a fecundação. Tecnicamente, a TO apresenta um nível de dificuldade muito maior do que a TE. As dificuldades já se iniciam no momento da aspiração dos folículos, onde apenas um técnico com bastante prática e treinamento consegue os resultados mínimos esperados. Ao contrário do embrião, o óvulo é bastante sensível, exigindo destreza e treinamento de quem o manipula, além de um laboratório equipado e meios específicos. Tudo isto contrasta com a TE, que pode ser feita a campo sob condições bem mais simples. Com tudo isto, o custo da TO ainda é bastante elevado, o que de modo geral deverá restringir seu uso às matrizes muito valiosas e cujo grande potencial zootécnico esteja se perdendo por problemas de fertilidade ou de idade avançada, por exemplo. Isto é verdade no mundo todo, tanto que no momento apenas uma central de reprodução do Colorado, EUA, está oferecendo a transferência de ovócito comercialmente. Há semelhanças entre o protocolo e procedimentos técnicos do Colorado e aqueles utilizados pela Genetic Jump, mas há também diversas adaptações feitas pelos profissionais brasileiros. O nascimento deste potro foi fruto de diversos anos de pesquisas e estudos, trabalho desenvolvido pela a equipe Genetic Jump, e patrocinado pela Espinhaço Agropecuária, que sempre investe em tecnologia de ponta.


Profissional de Sucesso

Profissional de Sucesso

Por Pedro C. Rebouças

Jucelmo Coelho de Paiva

Acervo pessoal

Em trinta anos de atuação, este consagrado apresentador contruiu uma sólida carreira na raça, conquistou muitos prêmios e fez amigos do Norte ao Sul do País

Segundo suas contas, foram 22 mostras em 2015 e outras 27 em 2014. O que significa também muitos dias longe de casa e milhares de quilômetros percorridos, tendo sempre de estar atento à integridade e ao bem -estar da tropa para garantir o bom desempenho dos animais nas pistas de julgamento. O resultado de todo esse esforço, como não poderia deixar de ser, se refletiu no desempenho do Haras Três Rios. O criatório, que conta há 15 anos com o trabalho deste dedicado profissional, conquistou o título de Melhor Expositor do Ranking Mangalarga tanto em 2014 como em 2015. Jucelmo explica que a paixão pela raça é o que justifica esse esforço. “A convivência com o cavalo Mangalarga e com os amigos da raça compensa todo esse sacrifício. Em agosto do ano passado, eu estava

indo para o Rio Grande do Sul, correndo o ranking, quando numa pausa da viagem em Balneário Camboriú (SC) fui surpreendido por um telefonema da minha esposa.”

garé, nunca tinha visto um animal de raça. Os cavalos então me encantaram. O primeiro garanhão que eu conheci se chamava Fandango do Barreiro. Isso lá na fazenda do Sadala e do Édson Nader.”

Pedro Rebouças

A

o longo dos últimos dois anos, Jucelmo Coelho de Paiva foi realmente uma presença constante nas pistas de julgamento da raça Mangalarga. Nesse período, o experiente apresentador esteve presente em 49 exposições, nos quatro cantos do Brasil, como se orgulha de dizer.

O apresentador conduz a bandeira do Haras Três Rios no desfile da 29ª Expo Nacional.

“Ela me contou que meu pai tinha falecido. Mas não havia como eu voltar para ir ao enterro. Foi um momento muito difícil, mas pela raça, por aquilo que a gente faz e gosta, decidi seguir adiante. Afinal, meu pai também gostava e ensinou a gente a gostar”, confidencia o mangalarguista, com os olhos marejados e sem conseguir esconder a emoção com a lembrança. O pai do consagrado apresentador foi, aliás, fundamental para que ele iniciasse sua carreira no mundo do cavalo Mangalarga. “Até 1985, quando eu tinha 16 anos, nunca havia visto um cavalo de raça. Naquela época eu morava em Mogi Guaçu (SP), onde fui criado e trabalhava como garçom. Mas meu pai recebeu um convite e foi trabalhar em uma fazenda de Jacareí (SP). Depois de um mês, eu fui morar com ele”, conta o cavaleiro. Logo veio o primeiro contato e a paixão instantânea pela raça. “Meu pai foi criado em fazenda, por isso eu sempre gostei dessa vida, mas até chegar a Jacareí eu só conhecia pan-

O mangalarguista participou de 49 exposições nas temporadas de 2014 e 2015. Acervo pessoal

Jucelmo apresenta Triunfo Três Rios na 29ª Exposição Nacional.

Essa paixão à primeira vista fez com que Jucelmo decidisse abandonar as bandejas e se lançasse em uma nova carreira profissional. “Eu pedi para o meu pai falar com eles para eu mexer com cavalo. Mas havia apenas uma vaga para trabalhar com o gado de leite, pois o cargo com os cavalos estava ocupado naquele momento. Assim, eu fui trabalhar com o gado leiteiro e recebi a promessa de que assim que surgisse uma oportunidade eu seria chamado. Dois meses depois, o rapaz que cuidava dos cavalos saiu e me arrumaram o emprego.” Naquela época, entretanto, Jucelmo não possuía conhecimento nem experiência no trato com cavalos. “Eu estava com 16 anos, nunca tinha visto um cavalo de raça, mas gostava, queria montar e eles não deixavam. Um belo dia, faltou o rapaz que buscava o gado e então eu selei o garanhão e falei ‘vou buscar as vacas nesse cavalo’. Meu pai achou que eu não deveria fazer aquilo: ‘Você é novo, vai cair desse cavalo’. Mas eu montei e fui reunir o gado. Aí,

estava reunindo as vacas no curral quando chegou o dono, o Edson. Ele perguntou o que eu estava fazendo em cima do garanhão e explicou que era perigoso. Mas eu expliquei que já tinha ido buscar o gado. No fim, a partir desse dia eles passaram a acreditar que eu levava jeito para coisa e começaram a me levar para cursos, uma hora em cada lugar.”

Início Vitorioso A estreia nas pistas veio pouco tempo depois, em 1986, na Fapija, a Feira Agropecuária e Industrial de Jacareí. “Algum tempo antes da exposição, o Édson veio e falou que nós íamos levar dois cavalos para a Fapija. Mas eu não estava muito seguro e falei que não sabia apresentar, que nunca tinha feito isso. Ele falou que não tinha problema e me levou para ficar alguns dias treinando com um rapaz com mais experiência, em uma hípica de Jacareí.” O resultado dessa primeira participação em um julgamento da raça não poderia ser melhor. “Eu fui apresentar um potro chamado Campeiro RN, filho do Atlas RN na Gazela. Eles pagaram caro nesse animal, que até então ninguém conhecia, e deram na minha mão para apresentar. Eu fui com o potro na Fapija sem compromisso. Cheguei lá e estava o doutor Tióca (Attílio D’Angieri) julgando. No fim, eu fui primeiro prêmio, fui campeão na categoria e fui grande campeão com esse potro, pois naquela época havia a disputa de grande campeonato na Fapija. Isso tudo me entusiasmou e então eu resolvi realmente me dedicar a trabalhar com cavalo.” Após essa bem-sucedida experiência, Jucelmo continuou a se aprimorar, participando de diversos cursos.

Acervo pessoal

Em 1989, ainda na fase inicial da promissora carreira.

Além disso, deu sequência a uma carreira muito vitoriosa com o potro. “Eu devo muito ao Sadala e ao Edson Nader, que apostaram em mim. Minha trajetória na raça começou com eles, depois eu fui para o Haras Deco, onde fiquei por nove anos, e também passei pelo Olinto por um período curto até ir para o Haras A.E.J., onde trabalhei por seis anos e meio. Em 2001, eu mudei para o Haras Três Rios e estou aqui até hoje.” O premiado apresentador traz na memória outra importante lembrança da Fapija de 1986. “Naquela exposição eu conheci uma égua que me encantou, a Xalana JO. Lembro que naquela época eu fiquei me perguntando se um dia teria chance de montar um animal como aquele. No fim, eu acabei perdendo a trajetória dessa égua. Mas, logo que cheguei aqui no Três Rios, me pediram para eu Acervo pessoal

Para Jucelmo, a funcionalidade é um dos grandes diferenciais da raça Mangalarga.

julho, 2016 Revista Mangalarga 03


Profissional de Sucesso ir buscá-la em outro haras. Ela chegou aqui muito gorda e com dificuldade para dar embrião. Aí, o senhor Armando Raucci virou para mim e perguntou por que eu não colocava o meu filho, que estava com oito anos na época, para andar nela. Então eu o coloquei para andar. Ele também ainda não tinha muito conhecimento, estava começando a andar a cavalo mas começou a montar todo dia. Aí, uma ocasião ele veio andar na pista e eu vi aquela cena. Veio então toda a lembrança de 1986, afinal aquela foi a égua que mais me marcou naquela época e naquele momento o meu filho estava montando nela. Foi um prazer muito grande, chorei muito no dia, porque a gente não imaginava que faria toda essa trajetória até chegar a essa égua.” Essa experiência deixa clara a importância do Cavalo de Sela Brasileiro na vida de Jucelmo. “O Mangalarga é tudo pra mim. Tudo o que eu tenho hoje, a família que eu construí, foi em cima do cavalo Mangalarga. Hoje eu não saberia viver sem o cavalo, porque o cavalo está no sangue mesmo, é uma cachaça e da boa ainda. Aqui pelo Haras Três Rios eu já fui para os quatro cantos do Brasil levar a raça, fazer fomento da raça, isso é muito gratificante.” Acervo pessoal

Com Campeiro RN, estreia vitoriosa na pista da Fapija de 1986.

Os momentos marcantes, no entanto, não pararam por aí. “A experiência na raça que mais me marcou foi com o Triunfo Três Rios, que foi 1º Re-

servado Grande Campeão, perdendo o Grande Campeonato Nacional por apenas 0,4 pontos. Foi um momento muito marcante, com uma vibração muito boa. Depois, teve o filho dele, o Romano Três Rios, que foi o primeiro potro no ranking no geral em 2012 e que no ano seguinte foi Grande Campeão Nacional Potro Pampa. Esses dois animais nasceram na minha mão, o que tornou essas experiências ainda mais gratificantes. Essas são coisas que só nos dão mais prazer para trabalhar, então eu com 46 anos não penso em parar tão já, enquanto eu estiver com saúde quero estar montado a cavalo”, ressalta o apresentador. Acervo pessoal

Conduzindo o renomado garanhão Saturno OJC.

Jucelmo também faz questão de ressaltar a admiração que sente pelo trabalho de outro apresentador de destaque na raça Mangalarga. “Eu sempre falo do Zequinha (José Freire) para o meu filho e para as pessoas de quem eu gosto, pois ele é um profissional diferente no qual todo mundo deveria se espelhar. Hoje, aliás, eu tenho os filhos dele, o Silas e o André, como parceiros. Eles também são ótimos como veterinários, como pessoas e como técnicos. Eu realmente sou suspeito para falar deles.” O consagrado apresentador também não esconde o carinho que sente pelo criador Armando Raucci e por sua família. Afinal, são quinze anos de uma relação carinhosa e muito

produtiva. “Eu os considero não só como patrões mas como se fossem pessoas da família mesmo. O doutor Armando, a dona Lília, o Fernando e a Flávia são pessoas que têm um coração muito grande e a quem eu só tenho que agradecer.” Por fim, Jucelmo destaca sua admiração pelo cavalo Mangalarga. “O que mais me agrada é o andamento, a beleza e a rusticidade desse cavalo. O interessante é que só de escutar a batida do Mangalarga, a toada dele no cimentado, você já sabe que o animal é bom. Não é preciso nem ver, só de escutar você já sabe.” Além disso, ele aponta a convivência com os amigos e colegas da comunidade mangalarguista como algo que não tem preço. “O cavalo e especialmente a raça Mangalarga estão no meu sangue. Fiquei uma época dois anos no Marchador, em Barra dos Garças. Era um lugar muito bom de morar, mas o pessoal é diferente, não era esse convívio que a gente tem na raça. Hoje eu só tenho amigos na raça. Vou em Goiás, sou muito bem recebido. Bahia, Rio Grande do Sul, Brasília, a mesma coisa. O pessoal não sabe o que faz pra gente quando a gente chega lá. Isso é um prazer muito grande e tudo o cavalo que trouxe. A raça Mangalarga que me deu tudo isso. Os amigos que eu tenho, minha família, tudo o cavalo que me deu”, conclui Jucelmo. Acervo pessoal

A preparação constante da tropa é um dos objetivos de Jucelmo.


Espaço Técnico

Espaço Técnico

Proteína na dieta dos cavalos A proteína tem que ser vista como parte de um esquema nutricional que leva em conta diversos nutrientes, todos necessários à boa saúde dos equinos

Dentro da Molécula de Proteína As proteínas são “cadeias”, compostas de várias combinações dos vinte e dois aminoácidos diferentes que existem na natureza.

Divulgação.

A proteína funciona principalmente para fornecer aminoácidos para o crescimento e reparação.

De

todos os componentes que compõem a dieta do cavalo, a proteína é o mais incompreendido. Há tempos a proteína assumiu a função como fonte de energia para o corpo, porém a proteína funciona principalmente para fornecer aminoácidos (construção de ossos, músculos e tecidos moles) para o crescimento e reparação. Para que servem os aminoácidos? Praticamente para todos os processos vitais do cavalo. Os aminoácidos estão envolvidos na síntese e liberação de hormônios, síntese de neurotransmissores e enzimas, regulação do sono, apetite, pres-

são arterial, essas são algumas das funções. Mas principalmente os aminoácidos são necessários para formação e reparação de tecido muscular e outros tecidos moles. Eles são responsáveis por 80% da estrutura de um cavalo. Equinos em crescimento, que estão em “construção”, desenvolvem novos tecidos a medida que amadurecem, e cavalos em reprodução, têm requisitos mais elevados de proteína do que os cavalos adultos sendo destinados para o lazer ou desempenho atlético. Sendo para passeio ou para trabalho, a maioria dos cavalos adultos precisa, surpreendentemente, de pequenas quantidade de proteína.

Quando um cavalo ingere proteínas, enzimas e ácidos rompem a cadeia de aminoácidos no trato digestivo, e os aminoácidos individualmente são absorvidos através da parede do intestino delgado, e para a corrente sanguínea através do fígado. De lá, eles viajam para os locais onde eles são necessários para o crescimento e reparação dos tecidos. Embora os aminoácidos sejam absorvidos no intestino delgado de uma forma relativamente inalterada a partir da sua composição química original, o corpo do cavalo tem a capacidade de alterar alguns aminoácidos conforme a sua necessidade, este processo ocorre no fígado. No entanto, o corpo não tem a capacidade de criar todos os tipos de aminoácidos de que necessita. Alguns aminoácidos só podem ser sintetizados por microrganismos ou plantas verdes. Estes são chamados aminoácidos “essenciais”, e o cavalo deve obtê-los no seu ambiente. (“Não essenciais” são aqueles aminoácidos que o cavalo pode sintetizar). Uma boa fonte e qualidade de proteína é o alimento que proporciona quantidade suficiente destes ami-

noácidos essenciais, em especial os aminoácidos Lisina e Metionina. A Lisina muitas vezes é chamada de “o primeiro aminoácido limitante” que se fornecido em quantidades insuficientes, provoca dificuldades em utilizar qualquer um dos outros aminoácidos disponíveis. Ela também limita o crescimento dos potros, o que quer dizer que se não for fornecida em quantidades adequadas, o potro não atingirá seu potencial de altura; entretanto, se fornecida a mais, não provoca crescimento além da capacidade genética do potro. A Metionina é o segundo em ordem de importância.

na, em busca de uma vantagem de desempenho. A melhor maneira é aumentar os níveis de carboidratos e gorduras.

O perfil de aminoácidos de um alimento para animais é mais importante para o crescimento de um potro, que para um cavalo adulto. A Lisina e a Metionina são frequentemente deficientes no alimento do cavalo, e como eles podem ser sintetizados de uma forma barata, é comum que as empresas de nutrição adicionem estes ingredientes para melhorar o perfil global do aminoácido bioquimicamente. (Nem todos os aminoácidos podem ser facilmente sintetizados.)

A Lactação exige níveis de proteína mais elevados.

Proteína pode ser uma fonte de energia? Pode-se dizer que sim, mas metabolicamente é um processo caro, produzindo de três a seis vezes mais calor do que a quebra de carboidratos ou gorduras e rendendo muito menos energia. O fator de aquecimento pode ser benéfico somente em ambientes muito frios, mas também pode contribuir para a transpiração excessiva e possível exaustão pelo calor durante o trabalho, especialmente em um clima mais quente. E porque a proteína é um dos ingredientes mais caros em uma ração, é impraticável para alimentar os níveis mais elevados de proteí-

Quanto de proteína é suficiente?

Guta Alonso

Você sabe quanto de proteína o seu cavalo deve consumir? Tanto deficiências quanto excessos de proteínas podem ser danosos aos cavalos. Os cavalos que recebem quantidades inadequadas de proteína em sua dieta podem sofrer vários efeitos prejudiciais, como: deficiência no crescimento e desenvolvimento, redução de apetite, perda de score corporal, deficiência no casco, deficiência energética, e problemas de pele e pelo associados à queda. Éguas prenhas com deficiência de proteína estão mais sujeitas a aborto, queda de produção na lactação, degeneração muscular, especialmente nos grandes grupos musculares da garupa, e muitas vezes começam apresentar comportamento de coprofagia. A ingestão reduzida de proteína na dieta causa deficiências, fazendo com que o organismo do cavalo se esforce para encontrar um meio compensatório. As deficiências normalmente ocorrem quando a pastagem e/ ou for-

necimento de volumoso é pobre em nutrientes e não está associado a nenhum outro tipo de complemento alimentar por um período de tempo prolongado. Com uma dieta balanceada e correta a maior parte dos sinais da deficiência proteica nos cavalos adultos são compensados em algumas semanas. O dano causado num cavalo em crescimento, no entanto, pode ser mais severo. O mais comum, e igualmente prejudicial, é o excesso de proteína na dieta, especialmente em cavalos adultos que recebem uma sobrecarga no equívoco de que a proteína é igual à energia. A proteína que não é utilizada imediatamente pelo organismo do cavalo é dividida para liberar átomos de nitrogênio, esses átomos ligam-se a amônia e ureia. Essas são excretadas pela urina, o que leva a um aumento de ingestão de água, aumentando a micção, associada a um odor forte e característico de uréia. Antes de serem excretadas, elas são filtradas pelo sangue, sobrecarregando os rins. Estes processos diminuem a função renal, e a amônia e ureia que não foram filtradas pela corrente sanguínea sobrecarregam o fígado e rins. Queda na performance atlética é um outro fator causado pelo excesso de proteína na dieta. Recentemente foi demonstrado que cavalos com pH arterial baixo em repouso ou durante exercícios físicos foram alimentados com um nível elevado de proteína. Além disso, o excesso de proteína pode interferir na absorção de cálcio e fosforo. Pesquisadores diferem, no entanto, quanto a o quê uma dieta rica em proteína pode causar e quanto tempo leva para os sinais da intoxicação aparecerem.


Espaço Técnico Há evidências que determinam os efeitos nos cavalos em crescimento – um estudo mostra que potros lactentes e desmamados alimentados com 25% a mais que o recomendado tiveram a taxa de crescimento mais lenta e uma incidência maior no desenvolvimento ósseo e problemas articulares, o que certamente é muito mais relacionado à maior ingestão de energia em conjunto com a proteína em excesso. Quanto é suficiente? Qual o nível apropriado de proteína para o seu cavalo? A quantidade de Proteína Bruta na dieta varia de acordo com a necessidade de cada cavalo, mas a primeira pergunta é: seu cavalo está em crescimento? Além disso, também influenciam na resposta a digestibilidade e biodisponibilidade da proteína na dieta consumida. Éguas prenhas não necessitam de suplementação proteica no primeiro trimestre, mas a partir do quinto mês, quando o feto atinge seus 60- 65% de crescimento, as necessidades de proteína aumentam. A Lactação exige níveis de proteínas ainda mais elevados. O teor de proteína do leite da égua é maior logo após o parto e diminui gradualmente pelo período de lactação. Num estudo em que éguas lactantes foram alimentadas com menos de 2,8g de Proteína Bruta/ kg de PV por dia, elas perderam peso e produziram menos leite em ralação às éguas alimentadas com pelo menos 3,2g de Proteína Bruta/ kg de PV/ dia. Deficiência de proteína nas dietas das éguas também tem um efeito adverso no crescimento e desenvolvimento dos potros. Após os três meses de lactação, as éguas produzem pequenas quantidades de

leite – e os potros começam a comer mais alimentos sólidos. Nesse momento, um retorno aos níveis de proteína regulares é apropriado para a maioria das éguas. Os potros, entretanto, passam nesse momento a ter necessidade crucial de receber alimentos que forneçam nutrientes adequados a seu crescimento. Alguns pesquisadores acham que, durante a época de reprodução, garanhões também podem se beneficiar de um maior nível de proteína na dieta, que foi mensurado na estação de monta. E o exercício pesado (como corrida, de três dias de eventos, ou corridas de endurance) faz aumentar as necessidades de proteína na dieta de cavalos adultos, para suportar o desenvolvimento e aumento de massa muscular, e para substituir nitrogênio perdido no suor. Mas o total do aumento nas exigências é bastante baixo - apenas 1% a 2%.

perfis de aminoácidos geralmente pobres e requerem suplementação com aminoácidos. Os próprios grãos (como aveia, milho e cevada) podem conter entre 8% e 20% de proteína, mas tem perfil aminoácido pobre, e por isso a maioria das empresas de alimentação utilizam fontes nobres de proteína vegetal como a soja em combinação com outros cerais ricos em energia como a aveia. Em resumo, a Proteína, enquanto uma parte crucial da dieta dos cavalos, tem que ser vista como apenas uma parte de um trabalho total de um esquema nutricional que leva em conta diversos nutrientes, todos eles necessários à boa saúde dos equinos.

Qual alimento oferece a melhor proteína? As fontes animais, como leite, proteína do ovo, e mesmo peixe e farinha de carne, oferecem o melhor perfil de aminoácidos e os mais altos níveis de lisina. A proteína do leite é usada frequentemente como a principal fonte de proteína nos alimentos dos potros, porém é muito cara (os cavalos adultos são muito menos sensíveis às diferenças de qualidade de proteínas), e raramente é encontrado em alimentos para animais adultos. Entre as fontes vegetais, a soja e o farelo de canola são os próximos melhores, eles são os dois únicos produtos de proteína vegetal que contêm quantidades adequadas de lisina e metionina. Outras fontes de proteína são a farinha de linhaça e farelo de algodão, mas que têm

M.V.Liana Lepka Graduação Medicina Veterinária Pós Graduação em Marketing Supervisora Técnica de Equinos Royal Horse


Espaço Técnico

Espaço Técnico

Diferenças do trabalho cotidiano com cavalos no primeiro mundo O manejo de equinos no Velho Continente possui características próprias que poderiam inspirar produtivas mudanças na cultura equestre brasileira

A

convite do empresário Marcelo Baptista de Oliveira e da Cavalgadas Brasil, em 2011 fui à Alemanha buscar dois cavalos brasileiros para levá-los à Espanha, a fim de fazermos o Caminho de Santiago de Compostela. Os cavalos eram M. Marchador de afixo Maripá, criação e propriedade do Marcelo Baptista. Na ocasião, tive oportunidade de ver como era manejo dos cavalos no Centro Equestre Diter Mader, onde eles estavam alojados. A presidente da Associação Europeia do M. Marchador, Astrid Obnemyer , gentilmente me levou para conhecer também vários estabelecimentos equestres, inclusive de outras raças, na Alemanha. Depois tive uma experiência muito rica viajando junto com os dois cavalos brasileiros em caminhão da Alemanha até a Espanha. No caminho paramos em alguns haras e hipódromos da França para descansar e também para carregar mais cavalos. Foi uma oportunidade de observar mais um pouco do manejo por lá. Na Espanha, que já conhecia por ter estagiado na Escola Caballos Españoles S.A., em Albacete, ficamos alojados, por uns vinte dias no Centro Equestre de Cova Rúbias, região norte, com a finalidade de aclimatação dos animais antes de iniciarmos a viagem à Santiago de Compostela. Depois de concluída, com sucesso, a caval-

gada até Santiago de Compostela, aproveitei para fazer um estágio na Inglaterra, no Hartleburi Equestrian Center, antes de voltar ao Brasil. O que vou comentar aqui, portanto, são algumas importantes diferenças que tive oportunidade de observar nesses quatro países ditos do primeiro mundo, comparando com o Brasil. Quase ninguém escreveu sobre isso. Daí a razão de ser dos comentários abaixo. Muita coisa poderá ser aproveitada para melhorar o trabalho e o uso do cavalo no Brasil. 1) Predominância de mulheres A primeira e mais interessante diferença que chama logo a atenção é que, quanto mais desenvolvido o país, mais a atividade equestre está nas mãos femininas. Tratador (cavalariço), veterinário, criador, cavaleiro, treinador, concursista, domador, aluno, motorista de caminhão para transporte de cavalos, tratorista do estabelecimento, etc., em tudo há o predomínio do sexo feminino. E faz sentido. Com cavalo é preciso muito mais de jeito e delicadeza do que de força e coragem. Daí o predomínio das mulheres. 2) Equipamentos Nos equipamentos de trabalho, da rotina diária, as diferenças são muitas.

2.1) Garfo de limpar cama das cocheira Só quem já fez o serviço diário de retirar os estrumes das camas das cocheiras, sabe o quanto esse trabalho é pesado, principalmente quando as cocheiras são muitas. Nem tanto pelo estrume, mas principalmente pelo peso dos nossos garfos que são sempre de ferro e grossos. Mas os garfos deles, do primeiro mundo, são levíssimos, todos de plástico ou alumínio, facilitando muito o trabalho e evitando lesões por esforço repetitivo. E os plásticos são tão resistentes que nunca quebram. O trabalho rende mais e dá até mais disposição para se fazer o serviço. 2.2) Cabresto O modelo mais usado de cabresto para manejo, cujo nome em inglês é head color, em espanhol é cabeçada de quadra e no sul do Brasil ébuçal, parece com aquele que temos de tiras chatas de nylon com fivela de ajuste na faceira esquerda da cabeçada, muito comum nos jóqueis clubes brasileiros. Mas lá, além da diferença de ser um cabresto para cada cavalo, ademais da fivela de abrir, de fechar e de regular, como têm nos nossos, há também na faceira o diferencial de um mosquetão. Esse mosquetão é para facilitar a rotina de colocar e tirar o cabresto do cavalo. Se tivessem só a fivela, como os nossos, cada vez que se vai colocar o cabresto novamente é preciso aten-

tar para o ajuste ideal. Procurar esse ajuste quando o cabresto já está na cabeça do cavalo que, normalmente, não fica estático, facilmente leva a erros ou involuntárias variações de ajuste no tamanho. Exige, no mínimo, mais tempo e atenção para o ajuste correto. Então com o modelo deles, que possui o mosquetão, depois de uma vez devidamente ajustado o tamanho do cabresto através da fivela, não se meche mais nela. Apenas abrimos e fechamos o mosquetão e o cabresto estará sempre com o mesmo e adequado ajuste de tamanho ideal. Muito prático. Ganha-se tempo e é melhor para o cavalo, pois o cabresto nunca fica apertado nem grande demais. Supondo que o mosquetão poupa o gasto de ½ minuto no ajuste do cabresto por animal, temos então poupados quinze minutos por mês ou três horas por ano por animal. Agora multiplique isso por uns dez ou vinte cavalos e veja quanto tempo se poupa ou se ganha usando este tipo de cabresto. É verdade que podemos encontrar esses cabrestos também no Brasil, mas são difíceis de achar no comércio, geralmente importados e ainda constituem raridade entre nós. Todavia o modelo pode ser facilmente copiado por nossos fabricantes. Basta apenas acrescentar o mosquetão na mesma faceira do cabresto, sem dispensar a fivela. 2,3) Balde para urina Assim como se educa cachorro para não urinar dentro de casa, lá é comum eles acostumarem os equinos a urinarem em baldes. Sempre há um balde por perto dos boxes ou cocheiras e até nas repartições internas dos caminhões de transporte. Enquanto os animais são alimentados, escovados, encilhados, medicados, etc., se algum equino resolver urinar a pessoa põe logo um balde em baixo,

a fim de evitar molhar a cama ou o piso. Poupam cama e trabalho, além de aumentar a higiene. 2.4) Cilhas As cilhas das selas, diferente da maioria das nossas, sempre têm uma parte de elástico. Isso facilita muito para quem estiver colocando a sela, pois evita ter que fazer força para que ela fique bem ajustada e, ademais, é muito mais confortável para o cavalo que, nos momentos de necessidade de grande inspiração de ar, não fica tolhido pela rigidez comum das nossas cilhas. É verdade que já temos no Brasil esse tipo de cilha, mas geralmente é importada. Entre nós ainda é uma grande minoria, enquanto lá é a totalidade ou a grande maioria. 2.5) Capas de abrigo Como o clima naqueles países é muito frio em certas épocas do ano e como nem todos os animais ficam encocheirados, um recurso muito comum é o uso de capas para abrigá-los no inverno. Há capas contra frio, contra chuva e até contra moscas no verão. Como os invernos são rigorosos e longos, às vezes cada animal precisa ter mais de uma capa para o mesmo fim. Enquanto uma é lavada e secada, outra semelhante precisa estar disponível. Agora imaginem um haras ou centro equestre com muitos cavalos. Isso demanda um grande depósito só para capas e uma lavanderia só para elas. Mesmo assim é, muitas vezes, mais econômico e mais saudável do que manter o cavalo trancafiado numa cocheira. Não requer camas, não requer construção para cada animal e, principalmente, não enseja os tristes distúrbios de comportamento no equino que fica injusta e indevidamente muito tempo encocheirado.

Em algumas regiões do Sul do Brasil, onde seria mais adequado usar essas capas, poucas pessoas fazem uso desse recurso e, mesmo assim, geralmente sem a finalidade de substituir cocheiras. 3) Local de treinamento Diferentemente do Brasil, praticamente todo haras lá tem pista de treinamentos, seja para salto ou, pelo menos e principalmente, para Adestramento. Entre nós a única instalação que já se tornou comum mesmo é o redondel. Para eles lá não se concebe criar cavalos sem, pelo menos, uma pista de treinamentos. Não tê-la seria como uma fábrica de automóvel não possuir sua pista de teste. Como vai vender sem primeiro testar se o produto funciona bem? No Brasil ainda são poucos os haras que dispõem de pista ou picadeiro, enquanto lá a maioria ou totalidade possui. 4) A figura do cavaleiro profissional Diferentemente daqui, lá também não se concebe um haras sem a figura de um cavaleiro profissional, seja ele residente ou prestador permanente de serviços de treinamento dos animais. Aqui entre nós não há a incorporação da figura do cavaleiro profissional e o mais comum é o tratador ou cavalariço abraçar, e geralmente mal, as funções de cavaleiro ou treinador profissional. Montar profissionalmente lá, diferentemente daqui, é uma profissão comum, muito requisitada e bem remunerada. Também nisso poucos haras no Brasil estão adiantados. Temos bons cavalos, mas falta-nos bons cavaleiros para treinar tantos cavalos. A única escola regular e permanente de Equitação que possuímos é a do Exército


Espaço Técnico

Naqueles quatro países, além de quase todo proprietário ter o seu veículo para transporte dos seus cavalos, há uma infinidade de opções. Há inclusive camionetes ou vans como as nossas, mas lá adaptadas de fábrica para transportar dentro os cavalos. Os caminhões têm porta de acesso com abaixamento e recolhimento automático e todos têm divisórias internas para cada animal. Muitos deles possuem, em cada divisória, cochos para água e para feno durante a viagem, além de câmera que transmite para o motorista a imagem dos animais a todo o momento. Outros chegam a ter inclusive repartição para uma pessoa viajar confortavelmente na caixa ou carroceria junto com os cavalos. Assim viajei da Alemanha para a Espanha. 6) O montar e o desmontar Nem tanto na Espanha, mas nos outros países, principalmente na Inglaterra, não se monta nem se desmonta pelo estribo. Sempre há por perto uma escadinha, um banquinho, um pedestal, para o cavaleiro subir e depois montar ou desmontar sem precisar se suspender pelo estribo. Quando estão nalgum lugar em que não há esses objetos específicos para montar, os cavaleiros se valem de algum desnível, cerca, barranco, pedra, porteira, etc., mas não usam o estribo para isso. E para desmontar treinam, como no Volteio, jogar a perna direita por cima da garupa e saltar caindo de pé no chão flexionando os joelhos. Não gostam de usar estribo para desmontar. Desmontar dessa maneira faz parte do ensinamento de Equitação, não in-

um apreço e uma reverência muito grande pelo cavalo e pelo cavaleiro. Quase todos acenam sorrindo para quem está montado. É simplesmente encantador.

7) O cavalgar

Conclusão

Fora das pistas e como por lá o cavalgar quase não se faz pelos campos particulares, já que as propriedades quase sempre são pequenas, normalmente os passeios são pelas margens das estradas e pelas ruas das cidades. E aí reside a grande diferença. É impressionante e maravilhoso o respeito que os motoristas de lá, principalmente na Inglaterra, demonstram pelos cavalos e pelos cavaleiros. Primeiro porque há parques planejados só para cavalgadas.

Claro que existem muitas outras diferenças. Nem tudo que lá é bom tem, necessariamente, que ser também bom aqui. Neste artigo procurei comentar apenas as diferenças mais fáceis de copiar e mais úteis de adotar. Temos no Brasil algumas vantagens como mais espaço e mais cavalos, mas estamos longe de alcançar o nível de cultura equestre desses países mais desenvolvidos. Pelo menos no que se refere ao respeito e ao bem-estar equino poderíamos passar, desde já, a trabalhar para nos igualarmos. É só uma questão de consciência e de educação equestre.

Nos outros parques, não específicos para essa atividade, sempre há trilhas demarcadas para esse fim. Mas o cavalgar é aceito e comum até nas ruas da maioria das cidades. Há legislação para isso. Todos os motoristas quando se aproximam de um cavaleiro, diminuem a velocidade e rodam bem devagar. Alguns motoristas chegam a parar e outros, como presenciei, chegam a dar ré para facilitar a vida dos cavaleiros. Há

Certa feita quando fomos atravessar uma autopista os carros e caminhões quando, de longe, nos viam aguardando na beira da estrada, iam logo diminuindo a velocidade e chegavam a parar para que pudéssemos atravessar a rodovia em segurança. Incrível. Acreditem se quiserem, mas é incrível e realidade. Outra vez, numa rua estreita de um vilarejo, o motorista de um belo carro conversível chegou a parar e desligar o motor para que pudéssemos passar tranquilamente. Agradeci, mas ele retrucou e disse - não agradeça, é meu prazer e meu dever!

Dez dicas para seu Cavalo passar bem o inverno O período mais frio do ano exige cuidados especiais para evitar lesões e preservar a saúde dos equinos. Confira a seguir dez tópicos fundamentais para garantir uma tropa saudável neste inverno

Sergio Lima Beck

Domador, treinador e instrutor de Equitação. sbeckequinos@yahoo.com.br

1. Dê banhos somente nas horas mais quentes do dia; 2. Não deixe seu cavalo secar no vento – utilize as capas de secagem furadinhas para auxiliar; 3. Quando você montar depois das 14 horas, lembre-se que você não deve dar banho, por isto uma boa escovação deve ser feita e o banho deve vir no outro dia pela manhã; 4. Aqueça seu cavalo ao passo por um bom tempo. O risco de lesões aumenta com o frio, especialmente as musculares; 5. Lembre-se que no inverno chove pouco. Isto significa que o piso está mais duro, e que seu cavalo corre mais risco de lesões de articulações e casco. Pense sempre em piso no inverno; 6. Hidrate os cascos do seu cavalo com produto especializado para isto. Vai auxiliar no crescimento e na saúde dos cascos; 7. Coloque capas à noite. No inverno é importante não termos a gripe rondando nossas cocheiras;

Divulgação

5) Veículos para transporte dos cavalos

teressa o tamanho do cavalo, pois o fazem até mesmo com pôneis. Estribo é principalmente para firmar o cavaleiro quando montado, não para montar ou para desmontar. Isso tem, pelo menos, duas vantagens. Primeira, prolonga bastante a durabilidade do loro esquerdo da sela. Segunda e mais importante, montando e desmontando daquela maneira não castigamos a coluna do cavalo colocando todo nosso peso, ainda que por instantes, só de um lado. Se pensarmos quantos milhares de vezes um cavalo de sela é montado e desmontado ao longo da sua vida, esse cuidado certamente faz diferença na preservação da coluna do animal e, consequentemente, da saúde geral e vida útil dele. A preocupação com o bem-estar e a saúde do cavalo deve vir em primeiro lugar.

8. Analise bem o feno que você dá ao seu cavalo. Isto porque normalmente nesta época o feno não tem tanta qualidade como no verão, pois são estocados por longo período de tempo; 9. Faça seu cavalo beber água. Normalmente os cavalos não gostam de água gelada – comum no inverno –, o que aumenta o risco de cólicas pela pouca ingestão de água.

Noberto Cândido

no Rio de Janeiro e, obviamente, não atende todas as nossas necessidades.

Espaço Técnico

Aluisio Marins, MV

Universidade do Cavalo www.universidadedocavalo.com.br

10. As pastagens tendem a enfraquecer nesta época do ano. Preste atenção na qualidade do capim dado a seu cavalo. Consulte sempre um agrônomo.


Marisa Iorio

Mercado & Finanças

Marisa Iorio

Umuarama do PEC foi a recordista do leilão.

Equipe Lagoinha

A pelagem pampa surpreende e o Leilão Celebridades supera R$ 1.200.00,00

Nesse contexto, os ex-compradores de edições anteriores e principalmente as mulheres que compareceram ao evento participaram de sorteios incríveis de bolsas Louis Vuitton e Michael Kors, jóias estilizadas, Iphone 6 e caneta Montblanc.

E

m evento magistralmente divulgado e organizado, a pelagem pampa atingiu vendas de R$ 1.220.780,00 em 42 lotes e uma média de R$ 29.066,19. Realizado no dia 14 de maio, no Haras Lagoinha, em Jacareí (SP), o 8º Leilão Celebridades contou com o público surpreendente de 864 pessoas auferidas na portaria,

segundo afirmou a empresa leiloeira responsável pela organização do remate. A realização do leilão foi comandada por Marisa Iório e Paulo Eduardo Corrêa da Costa, titulares do criatório e teve como coorganizadores os haras EFI e ORGIN. Todos os anos o Leilão Celebridades tem um tema, que nesta 8ª edição se intitulou o “Reencontro” ao trazer de volta à comunidade pam-

O mais incrível no remate é que ele foi composto em sua maioria por machos e animais jovens e atingiu uma substancial média em decorrência da grande atratividade que a pelagem pampa vem causando aos novos criadores e usuários. O recorde do leilão foi a égua Umuarama Do PEC vendida pelo Haras Lagoinha para Marcelo Mal-

Um público recorde de 864 pessoas prestigiou o evento em Jacareí (SP).

zone pelo preço de R$ 100.440,00. Também merece destaque o potro de apenas dois anos comprado por R$ 93.000,00 pelo criador Felipe Loureiro, grande admirador de pelagem pampa.

tentaram comprar antes do leilão sem sucesso, acabaram conseguindo até preços melhores e elogiaram muito essa atitude.

Houveram inumeráveis animais de excelente preço e para comprovar que ali reinaram os usuários basta dizer que um cavalo castrado, Bilbao do PEC, foi muito disputado e rapidamente arrematado por R$ 31.000,00. Segundo o criador Paulo Eduardo Corrêa da Costa, todos os anos o evento supera o sucesso do ano anterior, pautado que é na transparência, sem qualquer venda antecipada de animais e sem defesas camufladas. “Tanto isso é verdade que a única defesa foi a dos 50% do garanhão Zatec do PEC que por R$ 100.000,00 a metade, não poderia deixar o haras. O criador também ressaltou que vários criadores que

Já para Marisa que organizou a festa, regada a champagne o dia inteiro, com shows de músicos e muita alegria, o grande chamariz foi o filme promocional do evento feito pelo grande fotógrafo Raphael Macek, o qual aborda as qualidades do cavalo Mangalarga pampa, e do leilão e, que já foi traduzido para ser divulgado internacionalmente. Essa edição esteve a cargo da Business Leilões e teve na batida do martelo o leiloeiro Guillermo Sanches, que já vislumbrou no ano que vem um evento ainda superior, se é que será possível, pois o Haras Lagoinha e a marca PEC dão uma dedicação personalizada todos os anos, para a realização do remate. É o que esperam os mangalarguistas da pelagem pampa que sabem

ser este evento, o principal marco e ponto de encontro da comunidade pampa.

Equipe Lagoinha

8º Leilão Celebridades

pa e homenagear antigos pilares do reinício do trabalho com essa pelagem, como os criadores mangalarguistas Jamir Alves de Oliveira e Jonas Montezel, que também participaram do evento como vendedores convidados.

Homenagem à equipe do Haras Lagoinha.

Jamir Alves, Paulo Eduardo, Jonas Montezel e Marisa Iório na abertura do leilão. Equipe Lagoinha

Mercado & Finanças

Franco do PEC também esteve entre os destaques do Leilão Celebridades.

Equipe Lagoinha

Paulo Eduardo (ao centro) entrega alguns dos atraentes brindes do leilão. Crédito: Equipe Lagoinha.


Mercado & Finanças

Gadu & Amigos

Evento alcançou a cotação média de R$ 25.000,00.

Ponto alto do evento ficou por conta da venda de 50% da doadora Hebe da Marazul por R$ 93.000,00

O

“Eu faço uma boa avaliação des-

te leilão. Afinal, registramos uma boa liquidez e alcançamos uma cotação média de R$ 25.000,00”, destaca o criador Guilherme Pompeu Piza Saad, promotor do evento e titular do Haras Gadu, criatório localizado na cidade paulista de Itapetininga. “Nós já havíamos realizados três leilões virtuais. Desta vez, no entanto, optamos por fazer um evento presencial, afinal constatamos que estávamos com uma boa geração de animais com a nossa marca e com grande potencial para as pis-

tas”, explica Saad. O ponto alto do Leilão Haras Gadu e Amigos ficou por conta da doadora Hebe da Marazul (Quântico da Janga em Catarina da Marazul), cuja cota de 50% foi comercializada pelo valor de R$ 93.000,00. Além disso, brilharam no evento a promissora potranca alazã Diagramada do Gadu (Vermute ACF em Pamonha da Matta), que teve metade de sua propriedade adquirida por R$ 52.000,00, e o potro pampa de preto Capitel do Gadu (Galileu

Norberto Cândido

RM em Nairana do Otnacer), que também teve metade de seus direitos comprados por R$ 43.800,00. Segundo a Business Leilões, empresa leiloeira responsável pela organização do remate, o Leilão Gadu alcançou ainda o recorde de média para potras em eventos da raça Mangalarga, alcançando uma cotação de R$ 31.210,00 neste quesito. O evento, além disso, recebeu um público de 400 pessoas e foi acompanhado por cerca de 200 pessoas por meio da transmissão via internet. O criador Guilherme Saad ressalta também a força da raça mesmo em um cenário econômico turbulento como o que o País atravessa no momento. “A situação de um modo geral está difícil mas o Mangalarga vem passando bem por ela. De um modo geral temos obtido liquidez, em especial no que se refere aos animais mais qualificados.”

A estrutura montada no Road Shopping recebeu um público de 400 pessoas.

Norberto Cândido

Norberto Cândido

Leilão Haras

Leilão Haras Gadu e Amigos movimentou o mercado do Cavalo de Sela Brasileiro no dia 09 de abril. Realizado nas dependências do Road Shopping, localizado no município paulista de Itu, o evento ofertou 27 lotes compostos por embriões, óvulos, matrizes e cavalos, além de potrancas e potros com futuro promissor nas pistas de julgamento da raça Mangalarga.

Mercado & Finanças

Por Pedro C. Rebouças

Dessa forma, o titular do Haras Gadu conta que pretende continuar organizando de forma regular os remates com a marca do criatório. “Nossa ideia é promover um leilão por ano. Em 2017, teremos uma nova geração para apresentar à raça”, conclui o criador. Para obter mais informações sobre o Leilão Haras Gadu & Amigos, que contou com patrocínio de Guabi Nutrição Animal, transmissão ao vivo do Canal Business e assessoria de marketing da Lasf Propaganda, entre em contato com a Business Leilões pelo endereço eletrônico atendimento@canalbusiness.com.br ou pelo telefone (21) 2491-3808.

Este foi o primeiro leilão presencial realizado pelo Haras Gadu. Norberto Cândido

Guilherme Saad e família recepcionaram os amigos mangalarguistas.

Norberto Cândido

O potro Capitel do Gadu foi um dos destaques do remate.


Lazer & Cultura

Os grupos são divididos de acordo com o grau de experiência. Todo dia uma trilha diferente. Abaixo as principais:

As Trilhas Wyoming contam com 260 mil hectares de terras privadas e públicas para cavalgar.

S

ituado na região das Montanhas Rochosas, o Wyoming é um dos poucos lugares dos Estados Unidos onde o oeste é, de fato, ainda selvagem. Sua geografia é repleta de montanhas intocadas e regiões despovoadas. Além disso, mais de 48% de seu território é propriedade do governo americano, o que equivale a uma área de cerca de 121.808 km². O rancho base das cavalgadas pela região está localizado na Cordilhei-

ra Big Horn, no norte do estado, a cerca de uma hora de Cody e a duas horas do Yellowstone National Park. Numa das áreas menos povoadas da América do Norte, em mais de 260 mil hectares de terras privadas e públicas para cavalgar, as Trilhas Wyoming percorrem grande diversidade de paisagens em trilhas que variam de 1.200 metros de altitude no vale a 4.200 metros de altitude nas famosas montanhas Big Horn. Uma variedade raramente vista de cenários devido às muitas formações da região, algumas com

bilhões de anos. Na Trilha Wyoming, além de ótimos cavalos de raças americanas, podemos cavalgar em Mustangs. Eu, aliás, montei num verdadeiro Mustang. São cavalos que foram selecionados por suas qualidades e treinados de acordo com os princípios AH Horsemanship, em colaboração com a BLM, a Fundação Heritage Mustang. Os Mustangs muitas vezes são menores em tamanho que um Quarto

Deserto e Canyons: Variando de 1.280m a 1.650m de altitude, cavalgada em pradarias abertas, bosque, desfiladeiros rochosos e canyons escondidos aonde correm riachos. Alamos seculares oferecem uma sombra bem merecida. Alta Montanha: cavalgada de 2.600 a 4.000m, passando por áreas de florestas alpinas, lagos de montanha, córregos e formações rochosas de granito. Devilsleap: Trilha em montanhas de barro vermelho, cobertas de gramas silvestres, sálvia e cactus. A cavalgada culmina com uma vista de tirar o fôlego do alto do famoso Devils Leap que cai 250 metros abaixo de nós. Os mais corajosos podem dar uma olhada na borda. Mollycropsy: a cavalgada começa

Pausa para descanso da tropa em uma das belas paisagens do Wyoming.

Paulo Junqueira

País com a segunda quantidade de cavalos no mundo, os Estados Unidos oferecem muitas e excelentes opções para uma boa cavalgada

Paulo Junqueira

Wyoming

Além disso, são muitas as opções de trilhas espetaculares na região do Big Horn. Uma das razões é sua diversidade de paisagens raramente vista. As trilhas variam de 1.280 metros no vale a 4.000 metros na área chamada de Cloud Peak Wilderness, reserva com 765 km², criada em 1984 para preservar a região mais selvagem das montanhas Big Horn.

As cavalgadas pela região percorrem trilhas que variam de 1.200 a 4.200 metros de altitude. Paulo Junqueira

Cavalgando pelo

As famosas montanhas Big Horn estão entre as atrações deste estado americano. Paulo Junqueira

de Milha. Eles são sobreviventes de tropas que cresceram em estado selvagem, o que os torna muito intuitivos e sensíveis. Em sua maioria, os Mustangs são muito confortáveis devido à sua conformação e ao seu tamanho compacto.

Paulo Junqueira

Lazer & Cultura

A trilha Devilsleap percorre montanhas de barro vermelho, cobertas de gramas silvestres, sálvia e cactus.

no canyon e oferece uma trilha desafiadora para aqueles que gostam de aventura. Curvas fechadas, declives íngremes e passagens ousadas desafiam até o cavaleiro mais experiente. Black Mountain: Trilha cênica de tirar o fôlego que leva os cavaleiros através de grande variedade de terrenos a partir do deserto de Trapper Creek, seguindo por trechos sinuosos, terminando com uma visão dramática sobre toda a bacia do Big Horn e até mesmo parte do Parque Nacional de Yellowstone. The Mail Trail: Cavalgada de dia inteiro ao longo de uma antiga trilha do correio. A trilha sai a 2.300m de altitude cruzando floresta alpina, com belas vistas do Shell Canyon. A Mail Trail, além disso, é parte de uma antiga trilha do século passado, usada para transportar o correio a cavalo e mulas de Sheridan a Cody. Copman: Esta rocha espetacular que você pode ver todos os dias a partir do Lodge é uma das trilhas mais populares por seu piquenique com vista cênica. Olhando para cima do vale você nunca pensaria que poderia chegar lá a cavalo. A vista é espetacular, em um dia claro, você pode ver até o Parque Nacional de Yellowstone. Trilhas Big Horn Wyoming, um paraíso para cavalgar nos Estados Unidos!

Paulo Junqueira Arantes www.cavalgadasbrasil.com.br


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