Revista Mangalarga - Edição de Abril de 2019

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ABRIL

2019

R$15,00

REVISTA OFICIAL

Xingu do PEC O sucessor de Monteblanco do PEC à venda no

11º Leilão Celebridades

NOVA TEMPORADA PROMETE MUITA ADRENALINA NAS TRILHAS DA RAÇA



Palavra do Presidente ente

JÁ COMEÇOU A MARCHA DE 2019! I

niciamos 2019 com expectativas redobradas. No Brasil temos um novo Governo, democraticamente eleito em 2018, com uma proposta clara de mudanças que foram amplamente entendidas e aceitas pelos seus mais de 55 milhões de eleitores. Creio que, se abstrairmos as idiossincrasias contra a pessoa do Presidente eleito, as bandeiras por ele desfraldadas contariam com a adesão de mais de 70 milhões de eleitores. Ou seja, a esmagadora maioria da população votante quer a viabilidade econômica do País, geração de empregos, renda, segurança, combate e punição aos corruptos, previdência social justa e equilibrada e outras reformas. Esperamos que os projetos que estão sendo enviados à votação no Congresso sejam aprovados, sem grandes alterações que enfraqueçam os objetivos pretendidos. Por que estou iniciando este editorial falando da política nacional? Porque ela interfere diretamente no ânimo, orçamento e interesse pela criação, manutenção e utilização dos nossos Mangalargas. As ações e investimentos em marketing e fomento podem ser muito mais efetivas e multiplicadoras do número de novos usuários do nosso cavalo se o ambiente econômico do País for de crescimento, confiança, geração de emprego e renda. Mesmo com o quadro atual, incerto no front político-econômico, a ABCCRM iniciou o ano com a implantação de dois novos programas de comunicação e informação aos Associados e adeptos da Raça

Mangalarga. No dia 04 de abril, às 20:00 hs, estreamos o programa de rádio, “PROSA MANGALARGA”, que será transmitido quinzenalmente, com imagens em vídeo (live stream), no Youtube, voltado ao debate de temas e “causos” em torno do Cavalo Mangalarga e a sua história, com entrevistas de personalidades que contribuem ou contribuíram para a grandeza da Raça Mangalarga. Participaram nesse programa inaugural o Bié, o Benedito Carlos e o Poleca, que debateram os temas atuais e contaram “causos” do interesse de todos nós. Os ouvintes puderam participar diretamente fazendo suas perguntas, por intermédio do WhatsApp. Espero que tenham gostado! Também no início de Abril daremos início à veiculação do TV Mangalarga, que será um programa mensal, transmitido nas nossas mídias sociais, site e Youtube, além das mídias dos nossos patrocinadores e parceiros. Será um programa no qual iremos mostrar os eventos realizados durante o mês, com entrevistas, informações e divulgação dos eventos futuros da Raça. Essas duas iniciativas, fruto do trabalho da Diretoria e Departamento de Marketing da ABCCRM, estavam previstas no nosso Programa Trienal de Gestão e de Metas quando da eleição da atual Diretoria, constituindo-se, portanto, em mais uma meta cumprida. Terminamos o ano de 2018 com todas as dívidas pagas e com recursos em caixa, o que possibilitou

atravessarmos o primeiro trimestre de 2019 sem nenhuma dificuldade financeira, vez que, nesse período, temos um menor ingresso de contribuições e serviços decorrentes de registros no Stud Book. Estamos com um atraso no cronograma de implantação do Projeto “Stud Book On Line”, devido às questões técnicas apresentadas durante a fase de testes. Já estão disponibilizados alguns Módulos para testes por parte dos Associados. A Diretoria de Fomento, coordenadora do Projeto, e as áreas técnicas da Associação estão trabalhando para a finalização e implantação definitiva do novo sistema de comunicação do Associado com o Serviço de Registro Genealógico da ABCCRM. Renovamos o patrocínio com a Guabi Nutrição e Saúde Animal S.A. em condições melhores do que havíamos pactuado em 2018, o que nos enche de satisfação e de responsabilidade, por termos como “Ração Oficial” da ABCCRM uma empresa do porte e qualidade da Guabi, hoje associada à ALLTECH, empresa americana de alta tecnologia em nutrição animal e vegetal. Poderemos, em 2020, renovar esse patrocínio, com mais benefícios à Associação, se vocês, Associados, procurarem dar preferência à marca Guabi na compra de rações para o seu plantel, obviamente dentro de condições que atendam seus requisitos e interesses. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que administra o Parque da Água Branca, enviou para todas Abril, 2019

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Palavra do Presidente Palav as Ass Associações e Entidades do setor d do agronegócio paulista que mantêm sedes no Parque, uma carta informando o reajuste dos aluguéis das casas ocupadas, os quais estavam suspensos desde fevereiro de 2018. O aluguel da nossa sede, que fora definido em 2017 e que se encontrava congelado por acordo celebrado em 2018, passará de R$ 15.845,04 para R$ 23.764,58. Face a esse reajuste totalmente despropositado decidido pelo Governo passado e mantido por esse novo Governo, se torna inviável a permanência da ABCCRM dentro do Parque da Água Branca, bem como de praticamente todas as demais Associações e Entidades do setor. Tentamos propor, como contrapartida para a cobrança de um aluguel justo e condizente com a situação do Parque e das casas ocupadas, a formação de um Museu do Agronegócio Paulista, num trabalho conjunto entre as Associações e o Governo Paulista, com o intuito de preservar a Memória e a História desse setor que foi a mola propulsora do crescimento e desenvolvimento econômico e cultural dos Paulistas e brasileiros que em nossas terras vieram cultivar seus sonhos e esperanças de uma vida de realizações. Porém, os responsáveis por esse assunto entendem que, como o Governador Dória pretende conceder, no prazo de 01 ano, a administração do Parque para a iniciativa privada não cabe qualquer discussão. Teremos, certamente, pelas mãos da iniciativa privada um Parque da Água Branca mais limpo, bem zelado, com praças de alimentação, divertimento para os usuários, mas será um Parque totalmente alienado das razões e objetivos que nortearam a Condessa Germaine Burchard a doar, ao Governo do Estado de São Paulo, o terreno em que foi edificado o Parque e em cujas instalações pulsaram o dinamismo 4

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Abril, 2019

da agricultura paulista. Triste País que não cuida da sua memória e não zela pela disseminação da cultura do seu povo! Revisamos o Regulamento de Exposições de 2019, promovendo pequenas mudanças na forma de julgamento da Prova Funcional realizada como etapa de julgamento das exposições. Essas mudanças foram objeto de estudos por uma Comissão formada pela Diretoria Técnica, técnicos e jurados da Raça, e o resultado desse trabalho foi levado a debate durante a reunião de Jurados, realizada no mês de fevereiro, em Amparo. Algumas sugestões apresentadas pelo plenário dos Jurados em Amparo foram aceitas e outras a Diretoria entendeu que deveriam ter sua análise mais aprofundada no curso de 2019. Para tanto, logo após o término da Exposição Nacional em setembro próximo,a Diretoria proporá à discussão dos Expositores, ativos nos últimos 05 anos, uma série de inovações e sugestões no sentido de tornar nossas Exposições mais dinâmicas e atraentes ao público em geral, buscando melhorar o nível de preservação e bem-estar dos animais. Como já me referi acima, realizamos, via Colégio de Jurados com apoio do Diretor Técnico, Alessandro Procópio, um Encontro de Jurados,nos dias 01 e 02 de fevereiro deste ano, na Hípica Hipocampo, na cidade de Amparo, a quem agradeço a gentiliza por recepcionar esse evento da ABCCRM, visando a atualização e reciclagem dos critérios técnicos de julgamento de nossas provas, dentro do que preconizam nossos Regulamentos e padrão racial. Tivemos no dia 23 de fevereiro o primeiro evento oficial da Raça, em São João da Boa Vista, a II Copa de Marcha de Inéditos e de Fomento, com mais de 55 animais inscritos e grande presença de criadores, familiares, crianças e sanjoanenses adeptos e amantes do cavalo Mangalarga, o que tornou aquele sábado num dia

agradável e produtivo para todos que lá estiveram presentes. No dia 23 de março passado, foi realizada, sob os auspícios, organização e carinho da Família Emiliano Sampaio Novais e equipe do Haras Espinhaço, a 1ª Etapa do Circuito Mangalargada 2019. Sob um sol aprazível de outono, tivemos 53 conjuntos inscritos que competiram percorrendo uma linda trilha de 20,5 km, majoritariamente demarcada dentro do Haras Espinhaço, o que tornou a prova muito segura e agradável de ser realizada. É de se ressaltar, a adesão cada vez maior de criadores com seus familiares participando de uma Mangalargada e, também de usuários do nosso cavalo da região em que a prova foi organizada, como foram as presenças da família CJ, capitaneada pelo Celso Torquato Junqueira Franco, e da usuária Claudia Moos, de São Manuel. Parabéns e o nosso muito obrigado ao Emiliano, Gláucia, Bruna e Rodrigo pela generosidade na acolhida da trupe Mangalargada! Queremos voltar ao Haras Espinhaço em 2020! Em Balneário Camboriú, Santa Catarina, nos dias 29 e 30 e em Mococa, São Paulo, realizamos, concomitantemente, as duas primeiras Exposições Regionais de 2019 com grande participação de Expositores e de animais inscritos. Em Balneário Camboriú, foram 48 inscrições e nove expositores. Já em Mococa, obtivemos 177 inscrições decorrentes de 65 expositores, dentre os quais, mais de 20 Associados Usuários. Esses eventos já realizados neste início de ano nos deixam com um certo otimismo, pois com toda a crise política e econômica referida no início deste editorial, os Mangalarguistas estão dando uma demonstração de entusiasmo e otimismo no crescimento da Raça Mangalarga. Participei, acompanhado


Palavra do Presidente ente pelos Diretores Adjuntos Danton Gutemberg de Andrade, Luiz Fernando Sianga, no dia 09 de março, de uma reunião organizada por um grupo de Associados da região de Orlândia, na qual tive a oportunidade de esclarecer as dúvidas a respeito de eventual interesse da Diretoria em promover uma proposta de mudança de padrão racial da Raça, bem como elucidar as razões que levaram a Diretoria a apresentar ao Ministério de Agricultura, Pecuária e de Abastecimento – MAPA recursos contra decisões e questionamentos do Conselho Deliberativo Técnico – CDT. Pude, na oportunidade, ler aos presentes as manifestações do MAPA, dando razão à Associação quanto aos assuntos submetidos à análise ministerial. Esclareci aos Associados presentes no encontro de Orlândia, que nunca foi e será intenção da atual Diretoria da ABCCRM propor qualquer alteração no padrão racial da Raça Mangalarga. Disse que, se em algum dia, uma Diretoria qualquer da ABCCRM pretender propor qualquer alteração do padrão racial, deverá promover, previamente, um estudo, designando, para tanto, um Grupo de Trabalho, formado por representantes dos Criadores Associados (verdadeiros donos e responsáveis pelos destinos da Raça Mangalarga), integrantes do corpo técnico da Raça, membros do Conselho Deliberativo Técnico, hipólogos de renomada qualificação, além do envolvimento e apoio de Faculdades de Zootecnia ou Veterinária, para auxiliar os estudos com análises técnicas, científicas, dentro do que permite o uso dos melhores recursos técnicos. Após as conclusões desse trabalho, o que não pode ser realizado em menos de 16 ou 12 meses, aí sim a Diretoria terá elementos para propor aos Associados, dentro do que dispõe o Estatuto Social da Entidade, a discussão da proposta de alteração do Padrão Racial, apresentando

todas as justificativas técnicas e econômicas para tanto. Também durante esse encontro em Orlândia, chamei a atenção aos presentes para as repercussões técnicas, de fomento e econômicas decorrentes da nova regra determinada pelo Conselho Deliberativo Técnico quanto ao registro e certificação de Garanhões, principalmente para o pequeno e médio criadores poderem ter um garanhão que possa servir aos seus amigos ou mesmo vender coberturas, se houver interesse do mercado. Nesse mesmo diapasão, o novo regulamento do CDT trata da questão da gestação natural de éguas doadoras, trazendo sérias consequências para o fomento das Exposições em geral, com sensível diminuição do número de animais inscritos, pois essa norma tira das pistas, durante dois anos, as éguas de 36 meses. Enfatizamos aos membros do CDT presentes ao encontro de Orlândia que reflitam melhor sobre essas normas, procurando debater com os Associados para se chegar numa solução satisfatória a todos, embora acredite que se não houver uma mobilização por parte de um grupo expressivo de Criadores Associados dificilmente essas regras serão alteradas. Lembramos, para encerrar esse assunto, que pretender qualificar Garanhões como aptos à Reprodução, sem examinar sua progênie, além de enganoso ao mercado, não tem embasamento técnico e, tampouco, condiz com as boas práticas de outras raças. Para fechar este editorial, não poderia deixar de registrar e parabenizar os Criadores Cassiano Terra Simão, Haras CASS, e Fernando Tardioli Lúcio de Lima, Haras TARLIM, e as duas equipes dos respectivos Haras, pelos majestosos e vitoriosos Leilões por eles promovidos recentemente na Hípica Paulista e Haras TARLIM. Foram dois remates que

de dos ofereceram muita qualidade ndições animais selecionados, condições comerciais inovadoras e, acima de tudo, duas festas muito concorridas pelos Mangalarguistas e amigos do Mangalarga, com organizações impecáveis. Importante ressaltar que, em ambos leilões, tivemos a entrada de novos criadores, com grande potencial e interesse em selecionar tropas de alta qualidade e rendimento. São eles, Celso Oliveira Ruston, Rodolfo Tadeu Pousa e Rover José Ribeiro, cuja entrada na raça aconteceu no Leilão CASS, e José Carlos Semenzato e Erik Cavalheri, que ingressaram no nosso convívio durante o Leilão TARLIM. Sejam bem-vindos à Raça Mangalarga! No mês de abril teremos mais dois Leilões muito importantes que irão oferecer aos criadores atuais e aos novos o que de melhor temos em genética, apresentando animais superiores em Marcha e Morfologia. Serão os Leilões Haras A.E.J, do Haras A.E.J, e Grandes Marcas, dos Haras Braido, Precioso, F1 e Três Rios, os quais serão realizados, respectivamente, em 06 de abril e 23 de abril. Abraços a todos! Somos Todos Mangalarga.

Luis Opice Presidente da ABCCRMangalarga Abril, 2019

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Índice Território Cavalgada

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE ASS CAVALOS DA RAÇA MANGALARGA

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Palavra do Presidente

Av. Francisco Matarazzo, 455, Pavilhão 4, “Dr. Simões” Parque da Água Branca - SP - CEP:05001-300 Telefone: (11) 3673-9400

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Índice

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Cavalgada da Serra Dourada

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Apresentação da capa

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Cavalgada das Areias

Exposições, Copas e Provas

DIRETORIA EXECUTIVA - TRIÊNIO 2018/2020 Diretor Presidente Luis Augusto de Camargo Opice Vice-Presidente Administrativo Financeiro Nelson Antonio Braido Vice-Presidente Técnico Hamilton de França Leite Vice-Presidente de Fomento Alexandre de Oliveira Ribeiro

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Mangalargada

14

Copa Serra da Mantiqueira

18

Fenagro

22

Equitação de Trabalho

26

Team Penning

Espaço Técnico 66

Provas de Resistência

70

Maciez e Comodidade

71

Genética Equina

Vice-Presidente de Relações Institucionais Marcelo Cintra Zarif DIRETORIA ADJUNTA - TRIÊNIO 2018/2020

Haras em Destaque

Diretor Adjunto Danton Guttemberg de Andrade Filho Diretora Adjunta de Esportes Camila Glycerio de Freitas

28

Haras Lagoinha

Diretores Adjuntos de Exposição Carlos Cesar Perez Iembo Guilherme Pompeu Piza Saad Diretor Adjunto Financeiro Eduardo Rabinovich

Mercado e Finanças

Diretores Adjuntos de Fomento Felipe Angelin Luís Fernando Sianga Pedro Luiz Suarez Castedo Youssef Haddad Diretores Adjuntos Jurídicos Cristiano Rêgo Benzota de Carvalho Renato Tardioli Lucio de Lima

34

Leilão CASS

36

Leilão Tarlim

Diretores Adjuntos de Marketing João Luis Ribeiro Frugis Jorge Eduardo Beira Rodrigo Pedrosa Sampaio Novais Luiz Gustavo Alves Esteves

A Voz do Criador 72

Diretor Adjunto de Núcleos Cauê Costa Hueso

A Voz do Criador

Diretores Adjuntos de Pelagem Alberto Veiga Junior Leandro Pasqualini de Carvalho Diretores Adjuntos Técnicos Alessandro Moreira Procópio João Paulo Fogaça de Almeida Fagundes Rodrigo Dias de Moraes Orlando

Momento Social

CONSELHO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO - TRIÊNIO 2018/2020 Membros Eleitos Eduardo Figueiredo Augusto Emiliano Abraão Sampaio Novais Fernando Tardioli Lúcio de Lima Pedro Salla Ramos Filho Silvio Torquato Junqueira Membros Efetivos Célio Ashcar Celso Galetti Montalvão Clodoaldo Antonângelo Eduardo Diniz Junqueira Élio Sacco Felippe de Paula Cavalcanti de Albuquerque Lacerda Filho Flávio Diniz Junqueira Francisco Marcolino Diniz Junqueira Ivan Antônio Aidar Luiz Eduardo Batalha Mário A. Barbosa Neto Reginaldo Bertholino Renato Diniz Junqueira Sergio Luiz Dobarrio de Paiva CONSELHO DELIBERATIVO TÉCNICO - TRIÊNIO 2018/2020 Técnicos Geraldo Santos Castro Neto João Batista da Silva de Quadros João Pacheco Galvão de França Filho João Tolesano Junior Marcos Sampaio de Almeida Prado Paulo Lenzi Souza Leite Criadores Dirk Helge Kalitzki Roberto Antonio Trevisan Rodnei Pereira Leme Rogério Camara Nigro Roque Carlos Noqueira SERVIÇO DE REGISTRO GENEALÓGICO - STUD BOOK Superintendente do Serviço de Registro Genealógico Jayme Ignácio Rehder Neto

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Revista Mangalarga

Abril, 2019

75

Social Leilão CASS

78

Social Recepção Novos Criadores

80

Social Leilão Tarlim

Panorama Mangalarga

Painel de Negócios

38

Dia de Campo Faz. Santa Cecília

84

Espaço Empresarial

42

Novos Jurados

85

Fidelidade Mangalarga

44

Núcleos em alta

86

Índice de Anunciantes

47

Cadastro de Muares

48

Nova Parceria

50

Stéphane Bigo

52

Ranking Mangalarga

54

União em foco

56

Encontro de Jurados

57

Reginaldo Bertholino

58

Mangalarga Fest



Apresentação da Capa Apres

Xingu do PEC

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REVISTA OFICIAL

Xingu do PEC 2 VXFHVVRU GH 0RQWHEODQFR GR 3(& j YHQGD QR

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NOVA TEMPORADA PROMETE MUITA ADRENALINA NAS TRILHAS DA RAÇA

REVISTA MANGALARGA Edição e Redação Pedro Camargo Rebouças (MTB 31427) pereboucas@hotmail.com Representante Comercial Norberto Cândido norberto.candido@abccrm.com.br Desenho Gråfico Daniel Bertti daniel.bertti@bertti.com.br Departamento de Marketing Sara Feliciano sara.feliciano@abccrm.com.br Thamiris Freitas thamiris.freitas@abccrm.com.br Departamento de Exposição Francisco Bezerra francisco.bezerra@abccrm.com.br Lucas Diniz lucas.diniz@abccrm.com.br 8

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A

capa desta edição apresenta o reprodutor Xingu do PEC, o mais importante sucessor do Monteblanco do PEC a disseminar sua genÊtica no âmbito mangalarguista da pelagem pampa. Vale dizer que o Xingu do PEC foi Campeão Potro Pampa na Nacional 2008, Reservado Campeão Nacional 2009, Reservado Campeão de Marcha Cavalo Pampa Nacional 2010, 2º Grande de Marcha Nacional 2011, 1º Reservado Nacional Pampa 2012, 1º Reservado Grande Cavalo Nacional Pampa 2013, Reservado Grande Nacional de Marcha e Raça 2014, 2º Reservado Grande Pampa em 2015, uma trajetória impecåvel

na raça Mangalarga. Na sequência, importante reprodutor, produziu inúmeros campeþes como Celta do PEC, Calåbria do PEC e muitos outros destaques nas exposiçþes da raça Mangalarga. Sua beleza e suas conquistas, agregadas ao sucesso de seus descendentes, significam um importante diferencial para um posicionamento verdadeiro. Na capa desta edição, Xingu do PEC aparece retratado pela câmara da talentosa fotógrafa e criadora Marisa Iorio, na pista do Haras Lagoinha, em Jacareí (SP).

Temporada promissora Prezado leitor, nas próximas påginas você encontrarå um variado panorama dos acontecimentos que movimentaram a raça no finzinho de 2018 e no primeiro trimestre de 2019. São cavalgadas, provas, copas, exposiçþes, dias de campo e leilþes que mostram a força do cavalo Mangalarga e indicam um ano promissor à frente. Entre os destaques desta edição, estão a cobertura do Dia de Campo do Núcleo da Alta Mogiana, evento que promoveu um produtivo encontro entre diversas vertentes da raça, e a primeira etapa do Circuito

Mangalargada 2019, responsåvel por proporcionar um alegre momento de adrenalina e união familiar à comunidade mangalarguista. Jå na seção Espaço TÊcnico, aproveitando o crescente interesse pela Mangalargada, o leitor irå encontrar um interessante artigo sobre os preparativos para as provas de resistência, de autoria dos mÊdicos veterinårios especializados em enduro Paulo Eduardo Fasano e Roberto Turato. Boa leitura e um forte abraço da Equipe Mangalarga!


Por Pedro C. Rebouças

Exposições, Copas & Provas ovas

CIRCUITO MANGALARGADA 2019 Fotos: Divulgação

Boa organização, recepção acolhedora e disputas emocionantes marcaram a primeira etapa da competição da família mangalarguista

Competidores aguardam o início da competição.

O

Haras Espinhaço, localizado no município de Botucatu, no interior paulista, foi palco da etapa de abertura da Mangalargada 2019. Realizada na manhã do sábado 23 de março, a competição contou com a participação de 53 cavaleiros e amazonas das mais diversas idades, que puderam desfrutar de um dia muito especial de amizade, integração familiar e convívio com o cavalo Mangalarga. A calorosa acolhida do criador Emiliano Novais e de sua família foi outro destaque da prova botucatuense, cuja programação teve início às 7h com um delicioso café da manhã servido aos competidores. Na sequência, os participantes apresentaram seus animais para o exame dos

A Equipe Espinhaço garantiu uma ótima acolhida a todos.

veterinários no “vet-check” e, às 9h, foi dada a largada para a prova. Por fim, após concluírem uma trilha de 20,5 quilômetros pelos belos cenários da Espinhaço

Agropecuária, os cavaleiros e amazonas puderam repor as energias com um saboroso almoço e vibraram com as premiações dos melhores do dia.

Os participantes puderam curtir as belas paisagens da região. Abril, 2019

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Exposições, Copas & Provas Expo

Momento de alegria no pódio da primeira etapa da competição.

O êxito da prova de abertura do campeonato foi celebrado nas redes sociais pelo Presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) Luis Augusto de Camargo Opice. “A organização, a recepção acolhedora e a beleza do Haras Espinhaço transformaram a Mangalargada de hoje em um evento maravilhoso e que atingiu todos os objetivos dessa prova: união familiar em torno do Mangalarga, com a participação de filhos competindo ao lado de seus pais criadores, e um ambiente acolhedor para amigos e usuários do Mangalarga!” O criador Pedro Castêdo também elogiou nas redes sociais a primeira etapa da competição. “Essa foi realmente uma edição especial da Mangalargada! Minha classificação não foi das melhores, mas de fato foi um dia especial. Notamos o cuidado em cada detalhe preparado por toda a equipe do Haras Espinhaço. Desde a chegada ao haras, a organização, o almoço, enfim estava tudo impecável. Parabéns para todos envolvidos no preparo deste dia de alegria e até a próxima!” O mangalarguista Rodrigo 10

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Premiação da turma menor de 18 anos com os pais fazendo a festa.

Novais, filho de Emiliano Novais e Diretor de Marketing da ABCCRM, também mostrou-se satisfeito com o evento e ressaltou a alegria de toda a sua família por receber a comunidade mangalarguista. “A vinda calorosa de todos, trazendo

família e amigos, acordando de madrugada e se desdobrando para participar de um evento como esse é de grande satisfação para nós! Pena que passa muito rápido. Agradecemos a todos pela presença!”

A união familiar novamente deu o tom à competição.


Exposições, Copas e Provas ovas

Participantes refrescam suas montarias durante a prova.

Adrenalina e lindas paisagens Criada no ano passado, a Mangalargada é definida como uma cavalgada com ares de competição, aventura, velocidades e tempos controlados e realizada em lindas trilhas. Além disso, a nova disputa mangalarguista, que vem conquistando cada vez mais praticantes dentro da raça, representa uma oportunidade ímpar para reunir cavalos, família, amigos, diversão, natureza, competição e companheirismo em uma mesma atividade. De acordo com a ABCCRM, qualquer pessoa pode participar das etapas da Mangalargada, a

Vista geral da estrutura montada no Haras Espinhaço.

única exigência é gostar de uma boa cavalgada em um cavalo Mangalarga. As provas podem ser feitas sozinho, em dupla ou em trio, embora o tempo do competidor seja marcado individualmente. E até mesmo a criançada mais nova pode participar, desde que contando com a companhia de um responsável. Ao longo de 2019, outras provas da modalidade estão previstas para acontecer. No dia 05 de maio, o município de Altinópolis, no interior paulista, receberá a etapa organizada pelo Núcleo Mangalarga da Alta Mogiana. No dia 25 de maio, será a vez da Fazenda do Lago, em Dourado (SP), receber uma etapa da competição. Depois,

Pedro Castêdo foi um dos participantes da etapa de Botucatu.

no dia 06 de julho, uma nova etapa acontecerá no Haras CASS, em São José dos Campos (SP). Por fim, o Haras Malagueta, localizado em Sorocaba (SP), será palco de uma prova da competição, no dia 10 de agosto. A programação, entretanto, ainda está sujeita a alterações. Dessa maneira, os interessados devem acompanhar as novidades no portal oficial da ABCCRM (w w w.cavalomangalarga.com. br) ou entrar em contato com o Departamento de Exposições pelos e-mails francisco.bezerra@abccrm. com.br e lucas.diniz@abccrm.com. br.

A família Novais recepcionou os amigos no Haras Espinhaço. Abril, 2019

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Exposições, E xp po Copas & Provas

Por Pedro C. Rebouças Fotos: J. Eduardo Grespan

2ª COPA SERRA DA MANTIQUEIRA Com grande adesão do público local, o “test-ride” foi a sensação do evento sanjoanense

O

município de São João da Boa Vista (SP) recebeu, no dia 23 de fevereiro, a 2ª Copa de Marcha Serra da Mantiqueira de Inéditos e Fomento. Realizada pelo Núcleo Mangalarga da Serra da Mantiqueira, em parceria com a Sociedade Sanjoanense de Esportes Hípicos (SSEH), a competição aconteceu 14

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nas dependências do Recinto José Ruy de Lima Azevedo, contando com um formato diferenciado, cujo objetivo principal estava voltado ao fortalecimento do segmento de usuários e pequenos criadores do Cavalo de Sela Brasileiro. Para alcançar esse objetivo, o evento incluiu duas etapas distintas em sua programação: a Copa de

Inéditos, voltada a animais que nunca haviam sido montados em provas oficiais da raça, e a Copa de Fomento, direcionada a proprietários de exemplares da raça e a criadores com até dez animais. Em ambas a tarefa de julgar os concorrentes ficou a cargo do jurado José Rodolfo Brandi.


Exposições, Copas & Provas ovas Qualidade em pista Na opinião de Josué Eduardo Grespan, diretor do Núcleo da Serra da Mantiqueira, a 2ª Copa de Inéditos e Fomento foi ótima especialmente em relação à qualidade dos animais. “Este ano tivemos um número de participantes menor do que o registrado no ano passado. Foram 38 expositores com 45 animais e 50 inscrições. Entretanto, acredito que a qualidade dos animais presentes ao evento conseguiu superar a primeira edição, mesmo muitos deles sendo ainda inéditos em pista.” A boa presença de público é outro aspecto positivo do evento destacado pelo dirigente mangalarguista. “O número de visitantes foi novamente muito bom. Cerca de 800 pessoas passaram pelo recinto ao longo do dia para acompanhar os julgamentos e aproveitar a estrutura montada pela organização, que contou com ‘Espaço Kids’ e uma confortável praça de alimentação com refeições, lanches, refrigerantes e cerveja bem gelada.” Ainda de acordo com Grespan, o “test-ride” foi a sensação do evento, permitindo aos visitantes desfrutarem do prazer de cavalgar em um Mangalarga. “O criador Luis Augusto Opice, do Rancho da Bela Vista, cedeu quatro éguas extremamente mansas e dóceis para o ‘test-ride’. Assim, crianças, mulheres e também homens puderam experimentar a montaria no Cavalo de Sela Brasileiro ao longo de todo o dia. Os passeios começaram às 9h, ainda antes dos julgamentos terem início, e seguiram sempre muito concorridos até as 18h, quando o evento foi encerrado oficialmente.”

A qualidade da tropa foi muito elogiada.

A presença feminina foi destaque na copa sanjoanense.

Trabalho coletivo O diretor do núcleo destaca que o bom resultado do evento é

Cerca de 800 pessoas prestigiaram a Copa da Mantiqueira. Abril, 2019

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Exposições, Copas & Provas Expo resultado de um intenso trabalho coletivo dos integrantes da comissão organizadora. “A nossa equipe, formada também pelo Youssef Haddad, pela Juliana Cobrinha e por seu marido Felipe, trabalhou como sempre sem medir esforços. Tivemos várias transmissões ao vivo pelo Instagram, tivemos também um vídeo institucional chamando para a copa e agora vamos ter outro contando como foi o evento, então eu acredito que tudo isso é fomento para o Mangalarga, é uma maneira de divulgar o cavalo e a raça em si. Além disso, é importante ressaltar o apoio incondicional que tivemos por parte da Guabi, na pessoa do Sigismundo Fassbender, como já havia acontecido na copa do ano passado e na mostra da raça na Eapic.” Responsável por abrir o calendário de eventos da raça na atual temporada, a 2ª Copa da Serra da Mantiqueira teve o apoio de um seleto grupo de empresas e

Estande da Guabi, parceira oficial do evento.

instituições, entre os quais estavam a já mencionada Guabi Equinos e também a Unifeob, a Pec Cereais, a Nutrivet, a Agropet, o Sindicato Rural de São João da Boa Vista, a Ecolore, o Movimento Marcha Mangalarga, o Rancho da Bela Vista, o criatório JUC Mangalarga, o Haras Fabuloso, o Haras JEG e a

O evento contou com um importante grupo de apoiadores.

O “test-ride” foi a sensação da programação em São João. 16

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Prefeitura Municipal de São João da Boa Vista (SP). Para conferir os resultados completos da 2ª Copa da Serra da Mantiqueira, visite o portal oficial da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM): www. cavalomangalarga.com.br.

Mangalarguistas acompanham o julgamento no Recinto da Eapic.

A comunidade mangalarguista também prestigiou o evento.



Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

31ª FENAGRO

A copa de marcha foi uma das atrações da programação

O

Cavalo de Sela Brasileiro esteve novamente em destaque na Fenagro, uma das mais importantes feiras agropecuárias da região Nordeste. Durante o evento, realizado nas dependências do Parque de Exposições de Salvador (BA), no período de 24 de novembro a 02 de dezembro, a raça contou com uma diversificada agenda de atividades, que incluiu a realização de disputas funcionais, copa de marcha e leilão, além dos julgamentos válidos para o Ranking Mangalarga 2019. Organizada pela Associação Baiana dos Criadores de Mangalarga (ABCM), a programação mangalarguista foi aberta na noite da quarta-feira 28 de novembro, ocasião em que aconteceu a festa de confraternização dos peões e a entrega dos kits para os competidores inscritos nas provas funcionais. Na manhã de quinta (29), teve início a Exposição Mangalarga de Salvador, cujos julgamentos se estenderam por todo o dia e também ao longo da sexta-feira (30). A mostra soteropolitana rece18

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Foto: ABCM

Foto: ABCM

Leilão Haras MAP & TA esteve entre as atrações da programação da raça na tradicional feira soteropolitana

Evento premiou os melhores do criatório baiano

beu um total de cem inscrições e teve a participação de 19 expositores, provenientes dos estados da Bahia, Pará e São Paulo. Em pista, as atividades foram comandadas pela jovem dupla de jurados composta por Jorge Roberto Pires de Campos, responsável pela análise dos quesitos marcha e dinâmica, e Thomas Nogueira Negrão D’Angieri, a quem coube a tarefa de avaliar o item morfologia. No sábado 1º de dezembro, a programação foi voltada à funcionalidade da raça, com a realização da Copa de Andamento Doutor Leandro Canedo, na parte da manhã, e da 2ª Prova Funcional Organnact Mangalarga, no período da tarde. Já à noite foi a vez do aguardado Leilão Haras MAP & TA e Convidados, cujo catálogo contou com 28 lotes, compostos por embriões, barrigas, potrancas, potros, matrizes e garanhões de alto nível genético.

Qualidade em pista Na opinião de Antonio José

Seabra, o Tonzé, presidente da Associação Baiana, a participação da raça na Fenagro foi muito positiva. “Nós tivemos uma boa presença de participantes e bons animais em pista, o que fez com que o julgamento agradasse a todos. Além disso, tivemos um bom leilão e provas de funcionalidade e de marcha que mostraram como o nosso cavalo vem sendo bem utilizado e bem treinado, o que faz com que a nossa raça melhore a cada dia na Bahia.” O dirigente baiano destaca ainda outra importante ação realizada durante a mostra mangalarguista. “Esse ano nós trouxemos o Jayme Rehder, Superintendente do Serviço de Registro Genealógico da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), para fazer a avaliação e o credenciamento de duas novas técnicas para o nosso estado. Antes nós só contávamos com um técnico e estava difícil atender todo o estado da Bahia, que abrange um território muito grande. Agora, essas duas veterinárias irão se unir


Mais liquidez Ainda na opinião do dirigente baiano, o Mangalarga precisa ampliar seu mercado dentro do universo equestre brasileiro. “A raça precisa crescer para que a gente possa ter mais possibilidade de venda e um mercado com mais liquidez. Hoje, nós temos um mercado um pouco mais restrito e que está em níveis altíssimos de preço, o que me parece que não é condizente com o desenvolvimento da raça. Mas não tenha dúvida que zootecnicamente nós estamos em um nível fantástico, com a nossa marcha trotada tradicional e com animais de uma beleza morfológica muito boa. Na Bahia, nós estamos nessa mesma evolução, só que em número menor que São Paulo, então a gente sofre mais ainda os efeitos da difícil liquidez do mercado.” Promovida pela Central das Exposições, em parceria com o Governo do Estado da Bahia, a 31ª

Um ambiente de amizade e descontração marcou o evento

Feira Internacional da Agropecuária (Fenagro) recebeu cerca de cem mil pessoas ao longo de seus nove dias de programação. Participaram do evento, que este ano comemorou o quadragésimo aniversário do Parque de Exposições de Salvador, 2,5 mil expositores e 4 mil animais entre bovinos, equinos, bubalinos, caprinos e ovinos. Segundo dados da Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri), o agronegócio possui uma relevante posição no cenário econômico local, representando um quarto da economia do estado

e movimentando uma receita total de R$ 30,8 bilhões. O setor, além disso, é responsável por 37% das exportações realizadas pelos empreendedores baianos. Para conferir os resultados completos da Exposição Mangalarga de Salvador, consulte o portal oficial da ABCCRM: www. cavalomangalarga.com.br. Já para obter mais informações sobre as atividades ligadas à raça em território baiano, entre em contato com a Associação Baiana pelo endereço eletrônico ajseabra@terra. com.br.

Foto: Equipe Organnact

ao outro técnico que já atuava em nossa região, o que deve ajudar no cumprimento de prazos por parte dos criadores, permitindo que os registros fluam melhor em nosso estado.” Tonzé também faz um balanço da presença da raça em território baiano. “A raça Mangalarga sofreu uma queda expressiva em nossa região nos últimos anos. Nós chegamos a ter cem criadores na Bahia e hoje não chegamos a ter 25 criadores ativos. Entretanto, eu diria que estamos no topo em termos de padrão zootécnico e qualidade de animais. Nossos animais são muito bons. Além disso, temos alguns criadores novos e alguns antigos investindo de forma expressiva, como é o caso do Haras MAP, que recentemente trouxe para cá o premiado garanhão Quântico da Janga e também fez o leilão da raça durante a Fenagro.”

Foto: ABCM

Exposições, Copas & Provas ovas

Entrega de kits para os participantes da Prova Organnact Mangalarga

Abril, 2019

Revista Mangalarga

19




Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

EQUITAÇÃO DE TRABALHO Quatro representantes da raça subiram ao pódio na prova que abriu o Campeonato Paulista da modalidade

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Revista Mangalarga

Abril, 2019

Foto: Divulgação

A

Júlia Lourenzon com Catarata LFP na fase de Maneabilidade.

habilidades atléticas do cavalo. A fase de Maneabilidade objetiva pôr em evidência a capacidade do conjunto em superar com precisão alguns obstáculos que reproduzem dificuldades encontradas no campo,

enquanto a fase de Velocidade é similar à maneabilidade, mas precisa ser cumprida ao cronômetro. Para obter mais informações, visite o portal www.abetbrasil.com. br.

Foto: Divulgação

raça Mangalarga fez bonito na primeira etapa do Campeonato Paulista de Equitação de Trabalho. A competição, realizada no Haras das Mangueiras, no município de Itapira (SP), no sábado 16 de março, contou com a participação de 35 conjuntos, entre os quais também estavam cavalos Lusitanos, Mangalargas Marchadores, Crioulos e Quarto de Milha. Na categoria Aberta Amadores da Prova Completa, o conjunto Camila Glycerio de Freitas e Bronze RAA Mangabaia, representante do Haras Mangabaia, conquistou a terceira colocação, enquanto o conjunto Júlia Lourenzon e Catarata LFP, do Centro Hípico Vinhedo, obteve a quinta colocação. Já na categoria Aberta Amadores da Prova de Tempo Ideal, o conjunto Marcelo dos Santos Chagas e Forrest do PEC, do Centro de Treinamento Pinheiro, arrebatou a segunda colocação. Nessa mesma disputa, a amazona Helena Botelho Gomes e o alazão Imperabor Mangabaia conquistaram a terceira posição, representando o Haras Mangabaia. A Equitação de Trabalho é uma modalidade cuja finalidade é simular o trabalho diário no campo. Em sua versão completa, é composta por três etapas distintas: Ensino, Maneabilidade e Velocidade. A fase de Ensino é similar à prova de adestramento e demonstra as

Professor Billy Souza com suas alunas mangalarguistas.


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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças Fotos: Daymon Grocheviski

SUCESSO NO TEAM PENNING

Trio mangalarguista superou 29 competidores para conquistar título em disputa realizada no Paraná

Trio mangalarguista vencedor da prova de Palmeira (PR).

O

Mangalarga fez bonito na 1ª Festa Campeira Amigos do Cavalo, realizada no período de 07 a 10 de fevereiro, na cidade paranaense de Palmeira. Demonstrando muita técnica, concentração e agilidade, o trio do Haras VJC, que representou a raça no evento, obteve o título da prova de Team Penning, após uma concorrida disputa na pista do Parque de Rodeio Caminho das Tropas. Segundo Fernando Antunes, gerente do Haras VJC e um dos integrantes do time mangalarguista, mais de trinta trios participaram da disputa. “O nosso trio era o único que estava representando a raça Mangalarga, todos os outros competidores eram da raça Crioula, sendo que entre eles estavam representantes de cabanhas de grande prestígio em nossa região. Creio que isso realça o valor da 26

Revista Mangalarga

Abril, 2019

Os mangalarguistas mostraram destreza e concentração na prova.

nossa conquista e mostra todo o potencial do cavalo Mangalarga.” Team Penning é uma modalidade originária dos ranchos norte-americanos, que simula a lida com o gado e que ganhou grande popularidade no Brasil. Nas competições desse diferenciado esporte equestre, conhecido na região Sul pelo nome de Campereada, os competidores são divididos em equipes com três integrantes. Cada uma delas tem um tempo de até três minutos para separar três bovinos numerados de um rebanho de 30 cabeças. Vence a prova o grupo que, no tempo determinado, apartar e colocar o maior número de bois na mangueira. Além de Fernando Antunes, o trio mangalarguista na prova palmeirense foi composto pelos cavaleiros Robson Antunes e Jhonatas Antunes, tendo como montaria os animais Oklahoma

VJC, Imagem VJC e Nuvem VJC. Comandado pelo criador Vinicius João Curi, o Haras VJC está localizado no município de Tijucas do Sul (PR) e é um dos grandes incentivadores da funcionalidade da raça na Grande Curitiba (PR), ao lado dos companheiros do Núcleo União Mangalarga, representação regional responsável por fomentar o Cavalo de Sela Brasileiro na região sul-paranaense e no estado de Santa Catarina. Promovida pelo Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Caminho das Tropas, a 1ª Festa Campeira Amigos do Cavalo contou com uma diversificada programação que incluiu também disputas de paleteada, gineteada e laço, além de um gostoso momento de confraternização com uma saborosa costela no fogo de chão na noite do sábado (09).



Haras em destaque

O SONHO DA MARCHA MANGALARGA PRESENTE NO LEILÃO CELEBRIDADES

Na edição deste ano, o tema do Celebridades será “O SONHO”, transformado em realidade aos novos criadores e usuários, na aquisição de um Mangalarga pampa de qualidade

C

A qualidade da marcha Com instalações primorosas e pessoal qualificado, o Haras Lagoinha é conhecido por seu grande profissionalismo e critério de seleção. Com a assessoria de Cynthia Feliciano e agora nos últimos anos, com a dupla de técnicos, Jorge e José 28

Revista Mangalarga

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Foto: Equipe Lagoinha

omo faz todos os anos, o Haras Lagoinha, de Jacareí (SP), promove o Leilão Celebridades e traz no conteúdo um novo tema. Depois da “Democracia Genética”, “O Reencontro”, “A Evolução”, “O Compromisso”, e tantos outros, o tema deste ano é “O Sonho”. Segundo os proprietários, Marisa Iorio e Paulo Eduardo Corrêa da Costa, além da qualidade genética, disponível aos tradicionais e novos criadores de Mangalarga pampa, o foco deste ano é demonstrar, aos usuários e admiradores de cavalos, que o sonho acalentado por anos, de possuir um cavalo de qualidade, poderá se transformar em realidade, nesta oportunidade especial e festiva, propiciada pelo leilão Celebridades.

“O sonho!” será o tema deste ano do Leilão Celebridades.

Pires de Campos, foi desenvolvido um incrível trabalho de seleção, com prioridade na marcha de excelência. Segundo Paulo, o centro do trabalho dos irmãos Pires de Campos consistiu no trabalho de aprimoramento do material genético, que foi introduzido nos últimos anos, orientando e treinando a equipe de apresentadores e cavaleiros. Na última Nacional Mangalarga, esse trabalho apareceu com grande

destaque, pois o Haras Lagoinha conquistou todos os quatro Grandes campeonatos de marcha pelagem pampa, a Potra, o Potro, a Égua e o Cavalo, sem falar nos Grandes da Raça, o Potro e o Cavalo.

A seleção da pelagem pampa Nesse tema, Paulo faz questão de ressaltar as grandes dificuldades enfrentadas para selecionar a pelagem pampa, por muito tempo pouco prestigiada, para não dizer


Haras em destaque aque Foto: Equipe Lagoinha

largada, e que por isso mesmo, significou um verdadeiro desafio. Como ele mesmo afirma: “Fazer um cruzamento de uma égua barriga de ouro com um reprodutor consagrado é muito fácil” mas, como essa combinação era impensável no início da pelagem pampa, nosso projeto caminhou para o cruzamento “de égua barriga de ouro sólida” com o cavalo pampa e para o cruzamento do reprodutor consagrado sólido com a égua pampa. Segundo afirma o criador, esse trabalho levou em cada cruzamento pelo menos mais quatro gerações do que se leva em um cruzamento entre sólidos, para se obter resultados de excelência, e só com muito critério e persistência, conseguiram avançar na seleção. E é isso mesmo, diz Marisa: “Agora o potencial genético dos garanhões pampas e o nível das éguas pampas disponíveis no mercado já apresentam qualidade equiparável ao sólido, podendo o criador da pelagem pampa e aqueles que queiram ingressar partirem firmes para cruzamentos entre pampas, pois muito certamente agora, o progresso genético ano a ano, já é uma realidade.” Após mais de dez anos liderando o ranking de melhor expositor e melhor criador do Mangalarga pampa, nas Nacionais, e no desempenho anual, uma nova conquista aconteceu na Nacional

Paulo Eduardo aguarda os amigos mangalarguistas no 11º Leilão Celebridades.

Mangalarga 2018, quando o Haras Lagoinha logrou conquistar no Geral, no meio dos sólidos, o 1º Reservado Campeonato Nacional de Marcha Geral, com a pampa Ímola do PEC e, o 1º Reservado Campeão Nacional Cavalo Mirim Geral, com o pampa Hisdano do PEC, cavalo que deixou a todos impressionados com sua marcha de exceção, o que inclusive confirmou conquistando o Grande Campeonato Nacional de Marcha e de Raça na pelagem pampa. Também trouxeram imensa satisfação ao criatório, além do desempenho nas categorias da classe Geral da Nacional, a posição de quarto melhor expositor e criador de 2018, no Geral, aí concorrendo com os pampas entre os sólidos. São exatamente esses resultados que levam, cada vez mais, novos criadores a apostarem na seleção do Haras Lagoinha.

O projeto do Haras Lagoinha Para poder dar continuidade a seu arrojado projeto de praticamente reconstruir a genética da pelagem pampa, foi preciso muita insistência e dedicação. Procurando compensar a área restrita a 20 alqueires, foi preciso implantar uma estrutura diferenciada, hoje composta por 140 baias, andador mecanizado, esteiras, piscina hípica, vários equipamentos de laser, pista profissional e auxiliar, sem falar no sofisticado aparato de reprodução, a dar a retaguarda, para cerca de 80

Foto: Marisa Iorio

Foto: Marisa Iorio

Hisdano do PEC sagrou-se Grande Campeão Nacional de Marcha Cavalo Pampa 2018.

Nas edições do Celebridades, cada vez mais aparecem novos criadores da pelagem pampa, que se lastreiam na genética PEC, já selecionada por anos, para a partir dela, desenvolverem as suas criações nesse segmento.

Fenícia do PEC sagrou-se Grande Campeã Nacional de Marcha Égua Pampa 2018. Abril, 2019

Revista Mangalarga

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Haras em destaque

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Vista geral das instalações do Haras Lagoinha em Jacareí (SP). Foto: Marisa Iorio

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Foto: Marisa Iorio

nascimentos a cada ano. Este ano o criatório, com 32 éguas selecionadas, já vem concentrando seus cruzamentos, com seus garanhões próprios, de onde vem obtendo gratas surpresas, a solidificar as conquistas genéticas da marca PEC. O próximo objetivo do criatório é conseguir igualar definitivamente os cavalos da pelagem pampa ao nível dos sólidos, não só no andamento, onde isso já é realidade, mas também na morfologia, onde os avanços têm sido significativos. Como nos disse Marisa, “o aprimoramento genético não vai parar nunca, pois nosso compromisso foi sempre o de selecionar, ficando a parte comercial para um segundo plano”. Mas ressalva: “Tenho que admitir, porém, que esse enorme interesse do mercado, a nos fazer partilhar quase que toda a produção, do mamando ao caducando, só veio a gratificar ainda mais, a nossa opção pela pelagem pampa.” Conversando com Paulo e Marisa, sentimos “um brilho nos olhos” quando falam de seu projeto, a quererem ser lembrados no futuro, e não como mais um criatório que criou e passou, ao selecionar, ao obterem títulos e conquistas, mais ainda o sonho deles é representar algo ainda maior, talvez significarem um marco ou pilar, no renascimento do Mangalarga pampa contemporâneo. Nesse caminho, se sentem gratificados de verificar que nas últimas Nacionais Mangalarga entre 80% e 90% dos pampas que lá participaram tinham, de uma forma ou de outra, um ascendente da genética PEC. A essa altura o olhar de Marisa se fixa no horizonte, fala do Monteblanco do PEC, sua paixão, e sente que seu garanhão formador, um dia terá o justo reconhecimento, pelo que representa na genética do moderno Mangalarga pelagem

A piscina hípica faz parte da estrutura diferenciada do haras.

pampa.

O mercado Talvez neste aspecto resida o grande motivador a impulsionar o crescente interesse pela criação do Mangalarga da pelagem pampa. É sabido que as linhagens da pelagem pampa trazem animais de muito bom andamento, e se a isso agregarmos a beleza plástica da pelagem, onde cada animal é único, já se tem um importante diferencial, a despertar interesse ao mercado consumidor. Como Paulo nos assegura, no Mangalarga pelagem pampa, existe procura para todos os níveis

de animais, desde o potrinho desmamado, até a égua ou garanhão de elite, o que garante grande consistência para o aspecto comercial da criação. Para eles, parece cada vez mais difícil a realização de um leilão anual, já que a procura por compras diretas tem sido muito grande, a trazer dificuldades para preencher os lotes do remate, até porque, a manutenção da qualidade da oferta, é compromisso do criatório.

A festa É desnecessário qualificar o leilão Celebridades e seu significado na raça Mangalarga.


Haras em destaque aque Foto: Equipe Lagoinha

As edições do Celebridades, já em sua 11ª edição, se iniciaram em 2009 e vieram a se reeditar, após 6 anos sem eventos, substituindo os leilões do antigo 5 Estrelas, iniciados em 1991 e que, em suas 12 edições, ocorrendo 8 delas no Rio de Janeiro, obtiveram recordes de vendas e realizaram festas realmente apoteóticas, em outra fase do criatório. Ao todo, em 36 anos de criação, que se iniciou em 1983, já foram realizados 22 leilões exclusivos, doze do 5 Estrelas e dez do Celebridades, o qual terá agora, em sua 11ª edição, o difícil desafio de tentar superar os resultados do ano anterior. O grande diferencial do evento, sempre presencial, é repetir o encontro da chamada comunidade pampa. Ali se reúnem anualmente, criadores antigos, criadores novos, esportistas, usuários, adeptos de copas de marcha, poeirões, cavalgadas, eventos hípicos, e sobretudo admiradores de cavalos. Esse evento, que reúne todos os anos um número mínimo de 800 pessoas presentes, se constitui em uma autêntica celebração do cavalo Mangalarga pampa, uma confraternização sem igual, onde os lances, e estes sempre autênticos, se repetem e se concluem, com esfuziantes celebrações dos lances vencedores. Explicar esse sucesso que atinge todas as formas de público e de preço, mas sempre com ofertas a valorar o trabalho de seleção, onde

Marisa Iorio se sente muito gratificada pelo interesse do mercado pelos animais do haras.

o potencial genético do potrinho de 6 meses e a qualidade do cavalo castrado de passeio recebem o justo reconhecimento, certamente se reside no trabalho criterioso, decorrente do ambicioso projeto de criação da marca PEC. Nesse aspecto, Paulo nos confidenciou: “Uma realidade gratificante que nos asseguraram os clientes usuários é que, sendo produto da marca PEC, para eles quase uma grife, lhes fica assegurada uma garantia de excelente valor de mercado, se precisarem se desfazer do animal.” Nesta edição, o grande destaque

será o garanhão Xingu do PEC, filho do pilar Monteblanco do PEC e da lendária Sucupira do Bonfim, o mais representativo herdeiro do pilar, seu sucessor, pois além dos inúmeros campeonatos conquistados, tem uma produção já comprovada a lhe trazer credenciais incontestáveis. Vamos agora aguardar a grande festa, que se realizará no dia 18 de maio de 2019, sábado, na sede do Haras Lagoinha, onde os anfitriões, Marisa e Paulo, esperam mais uma vez proporcionar momentos agradáveis de muita confraternização e bons negócios.

Foto: Equipe Lagoinha

Foto: Equipe Lagoinha

A grande festa do Mangalarga pampa acontecerá no dia 18 de maio em Jacareí (SP).

O Leilão Celebridades recebe anualmente um público superior a 800 pessoas. Abril, 2019

Revista Mangalarga

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Para isso, a Guabi Equinos criou o Programa Guabi para Condicionamento de Campeões, com base no que há de mais avançado em nutrição para levá-los ao máximo desempenho.


Programa Guabi para Condicionamento de Campeões

Na hora de preparar os seus cavalos, fale com a Guabi. Você vai comprovar no manejo, no bolso e no podium a diferença que a nutrição correta pode fazer.


Mercado & Finanças Merc

Por Pedro C. Rebouças

2º LEILÃO CASS FEST

O remate ofertou produtos de alta qualidade genética.

O

2º Leilão CASS Fest proporcionou aos mais de 400 convidados que estiveram na Sociedade Hípica Paulista, na noite de 21 de fevereiro, um momento especial de celebração do Cavalo de Sela Brasileiro. O evento, promovido pelo Haras CASS com organização da Programa Leilões, foi aberto com um pequeno espetáculo do cantor Léo Chaves. Em seguida, teve início o remate, cujo catálogo incluiu 35 lotes de alta genética, entre os quais estavam doadoras, matrizes, potrancas, potros, embriões, ventres e coberturas. O grande momento da noite na capital paulista foi a venda de 50% da potra Estampa CASS (Lyon da Piratininga em Faceira NLB), uma das grandes promessas da raça 34

Revista Mangalarga

Abril, 2019

Foto: Programa Leilões

Foto: Equipe CASS

Foto: Equipe CASS

Responsável por abrir o calendário de remates da raça, evento movimentou receita superior a R$ 3 milhões

Estampa CASS foi o principal destaque da noite.

para a temporada 2020. Segundo a Programa Leilões, a potranca de 27 meses de idade mereceu um investimento de R$ 847.600,00, sendo adquirida por Haras Tarlim, Nova Coqueiro Agropecuária e Felipe Loureiro. Outro destaque foi a venda de Cintura RB (Regalo J.O. em Platina RB), égua eleita Grande Campeã Potranca de 2010, que teve 50% de suas cotas adquiridas pela Nova Coqueiro Agropecuária. Ainda de acordo com a empresa leiloeira, o remate movimentou uma receita total superior a R$ 3 milhões, comprovando a força do mercado do cavalo Mangalarga. As fêmeas alcançaram uma cotação média de R$ 98 mil enquanto os machos foram negociados pelo valor médio de R$ 26 mil. Os embriões, por sua vez, obtiveram

uma valorização média de R$ 100 mil. Já os ventres mereceram um investimento médio de R$ 55 mil.

Retribuição à raça Segundo Cassiano Terra Simão, titular do Haras CASS, o leilão foi uma forma de retribuir à raça a carinhosa acolhida que recebeu quando iniciou sua seleção. “Hoje, o Haras CASS pode se orgulhar de ser o Melhor Criador e o Melhor Expositor do Ranking Mangalarga, mas isso só foi possível graças ao desprendimento dos criadores tradicionais, que abriram suas baias e permitiram que eu tivesse acesso a uma genética de altíssimo nível. Assim, tivemos oportunidade com o leilão de retribuir à comunidade


Foto: Equipe CASS

Foto: Equipe CASS

Mercado & Finanças nças

A equipe CASS foi homenageada durante o leilão.

primeira edição da Liga deverá chegar a R$ 100 mil em premiações. Conduzido pelo leiloeiro rural João Antonio Gabriel, em companhia do jovem profissional dos púlpitos Marcelo Pardini, o 2º Leilão Cass Fest teve transmissão do Canal Rural e retransmissão

de Remate Web. Para mais informações sobre este e outros remates realizados pela Programa Leilões, visite o portal www. programaleiloes.com ou telefone para (43) 3373-7077. (Com informações adicionais do Portal Programa Leilões)

Foto: Programa Leilões

O cantor Léo Chaves e o leiloeiro João Gabriel na abertura do leilão. Foto: Equipe CASS

mangalarguista, disponibilizando animais que ajudaram a compor o nosso plantel e nos levaram a importantes conquistas nas pistas de julgamento.” De acordo com o gerente do Haras CASS, Thomas D’Angieri, a qualidade dos lotes ofertados nesse segundo leilão conseguiu superar a primeira edição. “O Cassiano disponibilizou uma tropa realmente excepcional nesse segundo leilão, abrindo mão de muita genética, de animais de alta qualidade, de Grandes Campeões Nacionais e até de exemplares do time de pista do haras.” Já o diretor da Programa Leilões, Paulo Horto, destacou o sucesso do evento, responsável por abrir o calendário de negócios da raça em 2019. “Nós tivemos um leilão com casa cheia e tudo muito caprichado. Parabéns Cassiano, parabéns Patrícia, parabéns Thom e parabéns a toda a família CASS, esse é um evento que realmente marca o início desta temporada que promete ser um momento de ouro para a raça Mangalarga.” A programação da noite trouxe ainda uma importante novidade, o lançamento oficial da Liga Cass, que será um evento de julgamento exclusivo para animais com a marca Cass, previsto para ocorrer sempre nos anos subsequentes aos leilões Cass Fest. Para o ano de 2020, a

Mais de 400 convidados estiveram na Hípica Paulista.

Organizadores e assessores celebram o êxito do leilão. Abril, 2019

Revista Mangalarga

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Mercado & Finanças Merc

Por Pedro C. Rebouças Fotos: Norberto Cândido

4º LEILÃO HARAS TARLIM

Evento se consolida a cada ano como uma das grandes vitrines da raça Mangalarga, apresentando muita qualidade, criatividade e inovação

O

Leilão Haras Tarlim Mangalarga mostrou em sua quarta edição toda a força e vitalidade do mercado da raça Mangalarga. Realizado na tarde do sábado 16 de março, na sede do criatório, em Jaguariúna (SP), o evento provou que, realmente, “com paixão, tudo acontece”, conforme sugeria o slogan desse ano, ao alcançar a expressiva cotação média de R$ 194,7 mil por animal e movimentar uma receita total de R$ 3 milhões. Comprovando a postura inovadora do evento, o principal destaque do dia foi a venda do clone em gestação da matriarca Poesia

RB, matriz que se notabilizou por ser mãe de inúmeros grandes campeões da raça Mangalarga e por sua capacidade de transmitir a seus filhos a excelência de sua marcha. Fruto das mais avançadas técnicas de reprodução equina, o lote mereceu um investimento de R$ 483,6 mil, realizado pelo criador Guilherme Pompeu Piza Saad, de Itapetininga (SP). Outro grande momento da tarde foi a venda de 50% das cotas da premiada Barbacena ACF. A bela alazã, cujo currículo ostenta os títulos de Grande Campeã Nacional Égua de Marcha, Grande Campeã da Final da Copa de

Marcha e Reservada Grande Campeã Nacional Potra, atraiu um investimento de R$ 408 mil da parte do criador Vinicius João Curi, de Tijucas do Sul (PR).

Disputas acirradas Na avaliação do criador Fernando Tardioli, promotor do evento e titular do Haras Tarlim, o remate deste ano conseguiu repetir o êxito da edição do ano passado, quando foi apontado como um dos grandes destaques do mercado da pecuária seletiva brasileira. “O 4º Leilão Haras Tarlim foi um sucesso,

O evento alcançou a cotação média de R$ 194,7 mil por animal. 36

Revista Mangalarga

Abril, 2019


Mercado & Finanças nças com a presença dos amigos, com liquidez, casa cheia e os principais criadores da raça disputando cada lote lance a lance. Além disso, o evento confirmou sua vocação de trazer novos criadores para a raça”, ressaltou Tardioli, ao se referir à chegada dos novos investidores. Os destaques do remate, entretanto, não pararam por aí. A nova geração de animais com a marca Tarlim também mostrou sua força e potencial durante o evento. A potra Discoteca da Tarlim, uma filha de Delírio RB em Gênova DL, teve 50% de suas cotas adquiridas por R$ 312 mil por José Carlos Semenzato, de São Paulo (SP), que está iniciando na raça Mangalarga. Por sua vez, o potro Dogma da Tarlim, um filho de Delírio RB em Eleita da Araxá, teve 50% de suas cotas adquiridas por R$ 156 mil pelos criadores Felipe Loureiro, de Quadra (SP), e Josiane Matta

Vidotti, de Severínia (SP). Outro destaque foi a potra Dama da Tarlim. Filha de Universo MAB em Platina RB, a fêmea foi adquirida por R$ 150,8 mil por Erik Cavalheri, de São Paulo (SP), também estreante na raça. Na opinião de Paulo Horto, diretor da empresa leiloeira Programa Leilões, o Leilão Haras Tarlim é um dos remates mais importantes do mercado brasileiro. “No ano passado, o evento foi um verdadeiro ícone, batendo diversos recordes e ficando entre os principais destaques da pecuária seletiva brasileira. Este ano não foi diferente, com uma festa grandiosa, uma tropa maravilhosa e grandes destaques. Aliás, é muito importante ressaltar o desprendimento do criador Fernando Tardioli em relação aos lotes ofertados, sempre extremamente inovadores, criativos e de altíssima qualidade. Este é

um leilão realmente diferenciado e muito importante para a raça Mangalarga.”

Inovação e tecnologia Não foram somente os lotes criativos que despertaram a atenção pelo trabalho inovador que vem sendo realizado no Haras Tarlim, já que além da venda de clones, direitos reprodutivos, a escolha de um casal de potros ainda a nascer e a venda inédita de doses de sêmen, o criatório anunciou o lançamento do programa de melhoramento “Genômica Tarlim”. O programa já foi iniciado para realizar o mapeamento genético de todo o plantel, buscando somar a tecnologia à intuição do criador, trazendo ainda mais credibilidade e certeza genética aos produtos da marca Tarlim.

A equipe Tarlim garantiu o sucesso da quarta edição do leilão.

Um grande público acompanhou o remate no Haras Tarlim.

Fernando Tardioli celebra o êxito do leilão com amigos e familiares.

O público confere os lotes do leilão durante apresentação na pista do haras. Abril, 2019

Revista Mangalarga

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Panorama Mangalarga Pano

Por Pedro C. Rebouças Fotos: Pedro C. Rebouças

DIA DE CAMPO DA

FAZENDA SANTA CECÍLIA Programação incluiu a apresentação de destaques dos planteis da região, proporcionando um rico intercâmbio entre os criadores presentes ao evento

O

Núcleo Mangalarga da Alta Mogiana promoveu no sábado 16 de fevereiro, em São Joaquim da Barra (SP), o Dia de Campo da Fazenda Santa Cecília. Além dos dirigentes e associados da entidade, o encontro reuniu apaixonados pela raça de toda a região, que foram recepcionados com muita atenção pelos anfitriões Silvio Torquato Junqueira, Claudia Montolar Junqueira, Stella Junqueira e Vera Helena Junqueira. As atividades foram abertas às 11h da manhã com a primeira assembleia do núcleo na atual temporada. O presidente Sergio Serio apresentou as demonstrações contábeis e financeiras de 2018 e fez um balanço das realizações e dos eventos promovidos no último triênio. Em seguida, apresentou e deu posse à nova diretoria da entidade, cuja presidência estará a cargo do criador Silvio Torquato Junqueira. No decorrer da assembleia, foi anunciada também a criação do Conselho Consultivo do Núcleo da Alta Mogiana, órgão que dará suporte às decisões da entidade e será composto por todos os expresidentes do núcleo: Roberto Maestrello, Fernando Ferrucio Rivaben, José Luís Junqueira Barros, Sérgio Luiz Dobarrio de Paiva, Wilson Facioli Rosa, Beatriz Biagi Becker e Sergio Serio. 38

Revista Mangalarga

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Evento abriu a programação do núcleo na nova temporada.

Os criadores puderam experimentar os animais no evento.


Panorama Mangalarga arga

Mangalarguistas conferem a apresentação dos animais.

Os ex-presidentes Roberto Maestrello, José Luís Junqueira Barros, Fernando Rivaben, Wilson Facioli Rosa, Beatriz Biagi Becker e Sergio Serio com o novo presidente Silvio Junqueira.

Silvio Junqueira fala aos criadores na assembleia do núcleo.

Cerca de cem pessoas estiveram na Fazenda Santa Cecília.

A programação do dia teve continuidade com um novo formato de evento adotado pelo núcleo, em que não há competição ou julgamento e no qual os criadores podem mostrar uns aos outros os principais destaques de suas seleções. No total, 49 animais de 14 criadores participaram da apresentação e puderam ser montados pelos mangalarguistas da região, permitindo assim que todos reconhecessem o forte potencial funcional, morfológico e racial do criatório da Alta Mogiana. Entre os criadores que expuseram seus animais, estavam Arnaldo Almeida Prado Filho (Papu), Beatriz Biagi Becker, Felipe Torquato Junqueira Franco, Flávio Diniz Junqueira, Francisco Marcolino Diniz Junqueira (Quico), José Luiz Junqueira Barros (Bi), Luiz Lacerda Biagi, Otavio Junqueira Motta Luiz, Renato Diniz

Junqueira, Roberto Diniz Junqueira Filho, Rodrigo de Azevedo Rezende, Sergio Serio, Antônio Carlos Tinoco Cabral Neto e Jorge Resende. Os anfitriões serviram ainda uma deliciosa feijoada, seguida por uma caprichada mesa de doces típicos, às cerca de cem pessoas que participaram desse dia muito especial na Fazenda Santa Cecília, que contou também com a presença do Presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) Luis Augusto de Camargo Opice.

Intercâmbio produtivo Segundo Silvio Torquato Junqueira, a proposta do dia de campo foi reunir o pessoal da Alta Mogiana - Ribeirão Preto, Bebedouro, Barretos, Franca, enfim toda a região - para todos trazerem seus animais para serem mostrados

em um lugar só, independente de julgamento ou de prova. “Dessa maneira, os criadores puderam mostrar suas produções, fazer eventuais comparações e avaliar a tropa que vem sendo selecionada pelos demais integrantes do núcleo, o que com certeza viabilizará um maior intercâmbio entre os criadores, permitindo por exemplo que eles encontrem barrigas e garanhões que podem agregar aos seus próprios criatórios. Eu espero que essa iniciativa una todos os que participaram, pois o Mangalarga precisa mais do que nunca dessa união.” O anfitrião destacou ainda que nem a chuva que insistiu em cair ao longo do dia atrapalhou o evento. “Nós tínhamos o projeto de fazer toda a programação na grama, com área para as pessoas experimentarem os cavalos. Até certa hora deu certo, mas depois Abril, 2019

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Panorama Mangalarga Pano a chuva caiu torrencialmente e tivemos que partir para dentro do armazém e fazer as apresentações dos animais puxados ao cabresto. Entretanto, assim que a chuva passou as pessoas logo puderam voltar a montar os animais.” Na opinião da criadora Beatriz Biagi Becker, o evento foi de extrema relevância. “A Alta Mogiana é o berço da raça. E a confraternização entre várias tendências que nós tivemos aqui foi da maior importância para a Mangalarga. Além disso, as pessoas puderam ver uma parte da tropa da região e assim puderam constatar todo o potencial que a nossa seleção possui. Por conta disso, eu tenho a certeza que as pessoas estão saindo daqui hoje com a ideia de usar o cavalo um do outro. Isso é muito bacana!” O jovem criador Antônio Carlos Tinoco Cabral também faz uma avaliação positiva do Dia de Campo. “Acho que a troca de informações em um encontro de criadores como esse é muito legal, porque a gente vê diferentes criatórios, com propostas diferentes da nossa. Isso independentemente de estar certo ou errado, pois cada criador segue um tipo de seleção. O importante é que a gente vê e leva pra casa como um parâmetro, como um exemplo, e tenta aproveitar as coisas boas e observar as coisas que não são tão boas para o nosso criatório. O que vale é sempre somar. O importante é trocar informação e tentar agregar para o criatório da região.”

O locutor Marcelo Pardini conversa com os anfitriões Silvio, Stella e Vera Helena Junqueira.

Durante o evento, Cabral compartilhou com os demais criadores sua vivência na raça e forma de entender a seleção do Mangalarga. “Sou bisneto do Nhonhô de Almeida Prado, sufixo SP, e quando da morte do meu bisavô, o meu pai herdou o sufixo SP e uma égua, a Sardinha SP, que é filha do Calú na Lagosta. Dali em diante ele fez o criatório dele, tirou a Cabrocha, uma filha do Zaire na Sardinha. Hoje, grande parte da linhagem dele vem justamente dessas duas éguas, a Sardinha e a Cabrocha. Eu também gosto muito de cavalo, joguei polo por mais de dez anos e hoje trabalho com o meu pai. Estou super envolvido com o Mangalarga, criando linhagem castiça pura sem infusão, cavalos criados a campo no pastejo, sem a necessidade de suprir a alimentação com ração, alfafa ou feno. São todos cavalos rústicos, criados a

Mangalarguistas preparam os animais para a apresentação no evento. 40

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campo, bem castiços, bem puros, Mangalarga do tradicional.”

Espírito de união Em seu depoimento durante a assembleia que abriu a programação, o Presidente da ABCCRM Luis Opice fez questão de recordar o decano criador Plínio Brotero Junqueira, antigo proprietário da Fazenda Santa Cecília, falecido em setembro do ano passado. “O que o doutor Plínio nos legou é um pouco do que o seu filho Silvio vai agora levar à frente. Trata-se justamente desse espírito familiar, desse espírito da união, da inserção de todos os apaixonados pela raça. Esse é o espírito do Mangalarga, nós só cresceremos como raça se essa inserção, se essa união, se esse espaço para todos os tipos de gosto, para todos os tipos de cavalo vier efetivamente a acontecer e crescer.

Criadores acompanham a apresentação dos animais no Dia de Campo.


Panorama Mangalarga arga

Rubens Meirelles, Luis Opice e Fernando Rivaben prestigiaram o evento.

É isso que vai tornar a nossa raça pujante novamente.” O presidente também fez votos de sucesso para a próxima gestão do Núcleo da Alta Mogiana. “Gostaria de desejar ao Silvio e a todos os dirigentes hoje eleitos uma ótima gestão. Contem com todo o nosso apoio, todo o nosso entusiasmo em tudo que vocês precisarem, pois vocês merecem. Também gostaria de agradecer ao Sergio Serio pela maravilhosa gestão e pelo apoio que eu tive dele desde a primeira hora. Parabéns pelo trabalho!” Já o criador Sergio Serio fez uma breve avaliação de sua gestão. “Sem dúvida, esses três anos à frente do núcleo foram uma experiência sensacional. Afinal, este é o núcleo mais antigo e aquele que congrega o maior número de associados da raça. Durante esse triênio, eu e a diretoria conseguimos alcançar as metas que nos havíamos proposto, então creio que o resultado foi muito positivo.” O dirigente regional destacou também o balanço financeiro do núcleo. “Nós estamos deixando um caixa e uma quantidade de associados maior do que quando a gente assumiu, então creio que foi um resultado muito bom. Além disso, tivemos nesse período um ótimo desempenho dos criadores do núcleo nas pistas da raça país afora e uma movimentada agenda de eventos, com cavalgadas, provas funcionais e provas de marcha, além da criação do Mangalarga

Beatriz Biagi, Silvio T. Junqueira, Claudia Junqueira e Sergio Serio integram a nova diretoria do núcleo.

Day, que talvez seja o maior evento de fomento da raça, responsável por reunir três mil pessoas em 2017, quando 300 crianças e cem adultos puderam experimentar o prazer de montar em um exemplar da raça no ‘test-ride’. Agora, chegou ao fim o mandato, eu estou muito satisfeito, agradeço a todos os associados e à diretoria que me ajudou. O Silvio vai assumir o núcleo mas nós vamos continuar juntos na diretoria neste próximo triênio, do mesmo modo que ele esteve me apoiando nesses três anos que passaram.” Na opinião de Beatriz Biagi, esse é um momento novo e muito promissor para o núcleo. “O Silvio está se propondo a realizar muitas atividades no campo da funcionalidade, como Mangalargada, provas de maneabilidade e cavalgadas, com o intuito de dar realmente função para o nosso

Por conta da chuva, o armazém da fazenda recebeu a parte final das atividades.

cavalo. Diante disso, eu estou vendo tudo com bastante otimismo, a turma está motivada e muito unida em prol do fortalecimento do cavalo Mangalarga na Alta Mogiana.” Responsável por comandar o núcleo no triênio que se estende de 2019 a 2022, a nova diretoria é composta pelos seguintes criadores: Silvio Torquato Junqueira (Presidente); Arnaldo Almeida Prado Filho (VicePresidente); Francisco Marcolino Diniz Junqueira (Vice-Presidente); Josiane Cardoso Matta Vidotti (Vice-Presidente); Renato Diniz Junqueira (Vice-Presidente); Sergio Serio (Vice-Presidente); Claudia Magalhães Montolar Junqueira (Diretora Secretária); José Luís Junqueira Barros (Diretor Tesoureiro); Rodrigo Dias de Moraes Orlando (Diretor de Concursos, Exposições e Fomento); Rodrigo de Azevedo Rezende (Diretor Financeiro); Beatriz Biagi Becker (Diretora Social); Wilson Facioli Rosa (Diretor Técnico); Gilberto Diniz Junqueira (Diretor de Preservação e Memória); Leonel Mafud Neto, Vinícius Mazza da Silva e Felipe Torquato Junqueira Franco (Diretores de Cavalgada). Para obter mais informações sobre o Núcleo da Alta Mogiana, escreva para nucleoaltamogiana@ gmail.com ou visite a página oficial da entidade no Facebook: www. facebook.com/NucleoMangalargadaAltaMogiana/. Abril, 2019

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Panorama Mangalarga Pano

Por Pedro C. Rebouças Fotos: Francisco Bezerra

SELEÇÃO DE NOVOS JURADOS

Cinco candidatos foram aprovados na quarta fase do processo seletivo que definirá os novos integrantes do quadro de jurados da raça

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Colégio de Jurados promoveu, no dia 14 de dezembro, no município de Quadra (SP), a quarta fase da seleção para credenciamento de novos jurados da raça Mangalarga. As atividades aconteceram nas dependências do Haras Dino, contando com a participação de 16 dos 17 candidatos aprovados nas três primeiras fases do processo seletivo. Segundo relatório apresentado pelo Colégio de Jurados, os participantes foram separados por ordem alfabética em dois grupos de oito participantes cada. Pela manhã, o grupo 1 ficou na morfologia e o grupo 2 no andamento e à tarde os grupos se inverteram. No andamento, as avaliações ficaram sob a responsabilidade do jurado José Rodolfo Brandi e na morfologia a responsável foi a coordenadora do Colégio de Jurados Maria Aracy Tavares de Oliva. Ambos foram acompanhados e auxiliados pelos membros do Conselho Deliberativo Técnico (CDT) João Pacheco Galvão de França Filho, Roque Carlos Nogueira e Geraldo Santos Castro Neto.

Coordenação dos trabalhos A coordenação dos trabalhos ficou a cargo do Superintendente 42

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Candidatos e organizadores durante pausa na avaliação.

do Serviço de Registro Genealógico e membro do CDT Jayme Ignácio Rehder (que não esteve presente no dia por motivos de força maior, mas realizou acompanhamento constante à distância além do planejamento prévio), do Presidente do Colégio de Jurados Marcos Sampaio de Almeida Prado (também componente do CDT) e do Diretor Adjunto Técnico da ABCCRM Alessandro Moreira Procópio com auxílio do funcionário da ABCCRM Francisco Bezerra. Conforme o Colégio de Jurados, com a apresentação de animais cedidos pelos Haras Dino, HIC e F1, os candidatos foram orientados a fazer as avaliações dos itens previstos no regulamento de eventos

tendo como base o Padrão Racial da raça Mangalarga. Nesta fase o que se objetivou foi avaliar a capacidade de visualização e avaliação das virtudes e defeitos de cada um dos itens preconizados no Padrão da Raça Mangalarga. Posteriormente os candidatos tiveram que fazer análise comparativa dos animais e ponderar cada item avaliado

Aracy Oliva e Alessandro Procópio também estiveram presentes.


Panorama Mangalarga arga para classificá-los de acordo com o regulamento de eventos. Por último fizeram as justificativas de suas classificações aos avaliadores. Já na fase de andamento os jurados tiveram que montar os animais quando foi efetuada a avaliação da equitação. De acordo com o relatório, os avaliadores aplicaram notas de 0 a 5 para os itens avaliados, baseandose nas orientações apresentadas nas planilhas. Para apuração foram observadas as notas separadamente de Andamento e de Morfologia e posteriormente calculada a média geral. Em reunião realizada com a participação dos avaliadores, membros do CDT presentes e coordenadores do processo que acompanharam as atividades, os resultados foram imediatamente discutidos e referendados. Foram aprovados nessa quarta fase os candidatos que obtiveram média geral acima de 75% dos pontos e pelo menos 70% de desempenho em cada um dos dois quesitos avaliados.

Quarta fase do processo seletivo teve caráter prático.

Cinco fases O processo seletivo para credenciamento de novos jurados teve início no fim de julho do ano passado, seguindo um protocolo em cinco etapas estabelecido pela Diretoria Técnica e pelo Colégio de Jurados. A Fase 1 incluiu análise de currículo dos candidatos, para cumprir a exigência do Ministério da Agricultura quanto à formação em Medicina Veterinária, Zootecnia ou Agronomia. A Fase 2 foi composta por prova teórica, para avaliar o conhecimento geral em equinocultura e específico da raça Mangalarga. A Fase 3 compreendeu um exame psicotécnico feito por empresa especializada e independente, para se certificar do perfil e aptidão do candidato ao posto de jurado. A

Os haras HIC, F1 e Dino cederam animais para o evento.

Fase 4, como já mencionado, foi composta por prova prática, para se certificar que, além de conhecer do Mangalarga, o jurado tem as habilidades e competências para realizar o julgamento. Já a Fase 5, que ocorrerá no decorrer deste ano, compreenderá estágios em eventos, para o participante do processo seletivo sentir a situação real do julgamento e finalmente demonstrar estar apto para as pistas.

No total, 32 candidatos se inscreveram para participar do processo seletivo, sendo que 17 deles foram aprovados nas três primeiras fases. Agora, cinco participantes foram aprovados na quarta fase e irão prosseguir para a quinta fase, são eles: Agnaldo de Andrade, Claudia Iorio Budweg, Hosana Oliveira Silva, João Miguel da Silva Giurni e Pedro Henrique Bueno de Camargo. Abril, 2019

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Por Pedro C. Rebouças Fotos: Norberto Cândido

NÚCLEOS EM ALTA Primeira edição do Campeonato de Núcleos proporcionou um expressivo aumento no número de eventos realizados pela raça país afora

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Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) promoveu, na noite da sexta-feira 15 de março, na sede da entidade em São Paulo (SP), um coquetel para a distribuição dos diplomas referentes ao Campeonato de Núcleos 2018 e também para a entrega do repasse financeiro anual a que tem direito as representações regionais da raça Mangalarga. A solenidade foi conduzida pelo Presidente da ABCCRM Luis Augusto de Camargo Opice em companhia do Diretor Adjunto de Núcleos Cauê Costa Hueso, do Diretor Adjunto de Exposição Carlos Cesar Perez Iembo e do Diretor Adjunto de Marketing João Luís Ribeiro Frugis. A programação do dia incluiu, além disso, uma reunião entre a Diretoria Executiva da ABCCRM e diretores dos diversos núcleos regionais da raça existentes nos mais diferentes pontos do país. O encontro, que aconteceu na parte da tarde antecedendo o coquetel, teve como finalidade apresentar o novo Regulamento de Núcleos e também as regras para o Campeonato de Núcleos de 2019.

Disputa concorrida Realizado pela primeira vez na temporada passada, o Campeonato de Núcleos computou os eventos promovidos por cada uma das representações regionais da 44

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Luis Opice, João Antônio, Fellipe Araújo e Cauê Hueso durante a premiação do Núcleo da Grande São Paulo, primeiro colocado no Campeonato de Núcleos 2018.

Diretores da ABCCRM e dirigentes de Núcleos no coquetel em São Paulo.

raça ao longo do ano, incluindo exposições, provas funcionais, poeirões e cavalgadas. Após realizar oito eventos, responsáveis por lhe conferir um total de 68 pontos, o Núcleo Mangalarga da Grande São Paulo conquistou o primeiro lugar da competição. A segunda colocação na disputa coube ao Núcleo do Vale do Paraíba

com seis eventos promovidos e 57 pontos somados enquanto a terceira posição foi conquistada pelo Núcleo do Sul de Minas e Média Mogiana com quatro eventos e 37 pontos somados. O pódio do Campeonato de Núcleos 2018 contou ainda com a participação das representações regionais de Goiás (quarto colo-


Panorama Mangalarga arga

A reunião dos núcleos com a diretoria da ABCCRM abriu a agenda do dia.

cado com três eventos e 30 pontos somados), da Alta Mogiana (quinto colocado com três eventos e 29 pontos somados) e de Jundiaí e Região (sexto colocado com um evento e nove pontos somados). Segundo o Presidente Luis Opice, a ideia do Campeonato de Núcleos foi lançada no início do ano passado com o objetivo de motivar a atuação dessas entidades. “Para o meu contentamento, a ideia foi comprada pelos dirigentes dos núcleos e teve grande adesão da parte de todos. Prova disso é que o número de exposições e de animais inscritos nelas aumentou significativamente. Além disso, nunca havíamos tido o registro de tantas cavalgadas e provas funcionais organizadas

Silvio Junqueira (ao centro) recebe o repasse financeiro do Núcleo da Alta Mogiana das mãos de Luis Opice e Cauê Hueso.

pelos núcleos. Isso tudo graças ao empenho mostrado pelos dirigentes de núcleos regionais às ações de suas respectivas entidades.” Ainda de acordo com o presidente da ABCCRM, a revitalização dos núcleos é fundamental, pois eles podem se transformar na ponta de lança das ações de fomento e organização de eventos da raça pelo país afora. “É preciso entender afinal que a ABCCRM é uma entidade cuja sede está em São Paulo, mas que não possui a capilaridade necessária para que a árvore chamada Mangalarga floresça. Isso quem tem que fazer são os núcleos. Felizmente, os integrantes dos núcleos regionais entenderam a nossa mensagem e a resposta foi super positiva,

Luis Opice, Cauê Hueso e Thiago D’Angieri na premiação do Núcleo de Jundiaí.

por isso só tenho a agradecer aos presidentes, dirigentes e associados, que compreenderam e estão fazendo seus eventos na medida do possível.”

Muita satisfação Na opinião do criador João Antônio Rodrigues Caldas, VicePresidente do Núcleo da Grande São Paulo, a conquista do primeiro lugar na disputa do ranking entre os núcleos é motivo de muito orgulho. “Nós estamos muito satisfeitos pois esse resultado é fruto de bastante esforço de todos os integrantes do nosso núcleo. Afinal, ainda que tenha sido um esforço agradável, uma vez que todos os eventos que realizamos nos deram muita

Luis Opice, Leonardo Manatta, Cauê Hueso e Celso Jubé na premiação do Núcleo de Goiás. Abril, 2019

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Panorama Mangalarga Pano satisfação, é sempre necessário abrir mão de outras coisas para se dedicar a esse trabalho.” O dirigente da região metropolitana destaca ainda que o repasse financeiro realizado pela ABCCRM será útil para a realização de mais eventos no ano de 2019. “Esse repasse é algo que sempre é bom, pois é uma ajuda para as nossas atividades e uma forma de dar valor ao trabalho dos núcleos. Assim, acredito que esse dinheiro poderá ser aplicado na promoção de novos eventos da raça em nossa região, como cavalgadas, provas funcionais ou exposições.” Para Silvio Torquato Junqueira, novo Presidente do Núcleo da Alta Mogiana, o encontro na capital paulista foi muito produtivo. “Acredito que os repasses financeiros que aconteceram hoje são absolutamente necessários e incentivadores. Além disso, acho que as regras para o novo ranking, que foram discutidas essa tarde, ficaram bem claras, o que nos permite saber como proceder ao longo da temporada.” Silvio também conta que a reunião dos núcleos abordou temas muito pertinentes ao desenvolvimento da raça. “Hoje muitas ideias foram colocadas na mesa no sentido de ampliar a quantidade de sócios e usuários da nossa Associação. Foram propostas muito positivas, que agora estão na mesa para serem discutidas nos nossos próximos encontros. Tudo isso é muito importante, pois nós temos que ampliar a quantidade de sócios e ampliar o uso do nosso cavalo nas mais diversas modalidades.”

relação às atuais ações da ABCCRM voltadas às representações regionais da raça. “No meu ponto de vista, a criação do ranking de núcleos é sem dúvida nenhuma um fator estimulante. É um incentivo que nós temos para trabalhar mais e melhor, ter novas ideias, promover novos eventos e criar oportunidades para que pessoas que ainda não tem acesso à raça possam participar e estar juntos das nossas atividades.” Manatta também considera que os repasses financeiros são uma iniciativa muito importante. “Eu ressalto, aliás, que a atual gestão tem mérito nessa questão, porque reconhece os núcleos como uma extensão da própria ABCCRM. A Associação soube entender que os núcleos têm vital importância para romper fronteiras com o cavalo Mangalarga. Nós não podemos pensar que a raça está restrita a uma região, afinal o cavalo Mangalarga é um dos melhores equinos do mundo, então é preciso que isso seja interiorizado, e é isso que eles estão fazendo ao compreenderem esta situação e fazerem esse repasse de verbas para que os núcleos possam melhorar seu desempenho e levar o cavalo para mais e mais pessoas país afora.”

Na opinião do Diretor de Núcleos Cauê Hueso, um sinal do sucesso do Campeonato de Núcleos e das demais políticas voltadas ao setor é o conflito de datas que começou a ocorrer no calendário de eventos da Associação. “Esse é um sinal claro do crescimento da raça, pois com núcleos mais ativos e envolvidos na organização de exposições, provas e cavalgadas, é natural que passe a haver dificuldade para conciliar todas as datas. Tratase de um problema positivo, fruto do empenho de todos em fomentar a raça em suas respectivas regiões.” Cauê ressalta ainda que os núcleos representam uma ferramenta essencial para a expansão da raça pelo país. “Como o Opice já mencionou, a associação não tem condições para chegar a todos os cantos do país. Então, quando você distribui essas funções aos núcleos e fortalece essas entidades, possibilita que elas cheguem aos usuários, a partir dos quais surgirão também vários novos criadores. Esse é o ponto essencial desse tema, pois todas as raças que cresceram no país possuem núcleos fortes e muito ativos na organização de eventos em suas regiões.”

Fator estimulante O criador Leonardo Bruno de Santana Manatta, Presidente do Núcleo Mangalarga de Goiás, também tem uma visão positiva em 46

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Detalhe do telão com os valores de repasses financeiros aos núcleos.


Panorama Mangalarga arga

Por Pedro C. Rebouças

CADASTRO DE MUARES Medida visa valorizar os muares filhos de éguas Mangalargas registradas

Fotos: Divulgaçao

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Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) realizou, nos dias 08 e 09 de dezembro, o lançamento oficial do novo cadastro para fomento de muares Mangalargas. A ação aconteceu no Parque de Exposições Doutor Fernando Costa (Posto de Monta), em Bragança Paulista (SP), durante a 11ª Prova de Marcha de Muares e Equinos, promovida pela Associação Brasileira de Provas de Muares e Equinos de Marcha (Abpmem). Durante o evento, o primeiro animal a ser cadastrado na ABCCRM e marcado com o novo ferro especialmente desenvolvido para identificar muares filhos de éguas Mangalargas registradas foi a mula ruana Lavareda JAR, filha da égua Mangalarga Homenagem de Orlândia (Duque do Rosário em Batalha de Orlândia), proveniente da seleção de Osmar Bracalente. Segundo a ABCCRM, o novo cadastro visa aproximar a raça

Técnico marca a mula Lavareda JAR com o ferro de muares Mangalargas.

do crescente mercado de muares, no qual as éguas Mangalargas são muito utilizadas nos cruzamentos justamente por imporem sua boa morfologia e andamento a seus descendentes. Dessa forma, a medida proporciona uma dose extra de credibilidade aos muares provenientes de fêmeas da raça, estimulando a utilização das mesmas.

Proprietários do animal aguardam a marcação feita pela ABCCRM.

Os interessados em obter mais informações podem consultar o “Manual de regras para cadastro de muares Mangalarga” disponível na seção do Stud Book no portal da ABCCRM (www.cavalomangalarga. com.br) ou entrar diretamente em contato com a equipe do Stud Book da Associação pelo telefone (11) 3677-9866.

Detalhe da nova marca de muares Mangalargas sob sufixo do criador. Abril, 2019

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Panorama Mangalarga Pano

NOVA PARCERIA

Foto: Divulgação

Firmado acordo entre ABCCRM e UFRPE para estudos com a raça

Integrantes da equipe GEQUAM: Professor Jorge Lucena, Pós Doc Iaçanã Ferreira, Mestrandas Juliete Almeida e Caline Menezes e Professor Juliano Santiago.

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lgumas associações de criadores utilizam a escrituração zootécnica e genealógica, contidas no banco de dados do sistema de registro genealógico, para analisar as características demográfica, morfológica e genética do rebanho, gerando informações de estimado valor para o direcionamento da raça. Contudo, a dificuldade em ter nas associações um setor específico para trabalhar estatisticamente estes dados, leva à omissão de importantes informações. Neste contexto, a Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), objetivando atender ao que determina o Art 2º do Capítulo I do seu estatuto Social em termos de finalidade básica que aborda o fomento, o desenvolvimento e o melhoramento, por todos os meios ao seu alcance; assim como o Art 3ºdo Capítulo I que menciona que a referida Associação deve manter os serviços de pesquisas, estudos e publicações técnicas, referente aos animais da Raça Mangalarga, encontrou como alternativa a parceria com uma instituição nacional de pesquisa. Em dezembro de 2018 foi firmado acordo de cooperação técnico-científica entre a ABCCRM e a 48

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Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em sua Unidade Acadêmica de Garanhuns (UAG), através do Programa de Pós Graduação em Ciência Animal e Pastagem (PPGCAP) e do Grupo de Estudos do Agreste Meridional (GEQUAM), grupo este coordenado pelos Professores Doutores Jorge Eduardo Cavalcante Lucena e Juliano Martins Santiago. O referido acordo visa fornecer à ABCCRM e aos criadores e técnicos, informações consistentes sobre o histórico da raça, aspectos demográficos e características biométricas, genéticas e de desempenho do rebanho Mangalarga. Para tanto, foram disponibilizados pela ABCCRM dados armazenados no Sistema de Registro Genealógico, tais como: sexo, data de nascimento, pelagem, ascendência, pontuações e mensurações dos equinos, assim como os resultados das exposições oficializadas pela entidade. Esses dados estão sendo analisados por uma equipe de pesquisa composta por professores doutores na área de equinocultura, discentes de mestrado do PPGCAP e por alunos dos cursos de graduação em Zootecnia e Medicina Veterinária da UFRPE. Embora o acordo seja


Panorama Mangalarga arga o Correlações entre as características avaliadas e recente, os primeiros resultados, divulgados inicialmente disponibilizadas; no meio científico, despertaram atenção da academia, o Número de filhos por garanhão, número de resultando em premiação para a monografia intitulada “Características morfométricas da Raça Mangalarga, filhos por matriz, precocidade reprodutiva dos animais, longevidade reprodutiva dos animais; baseada em índices”. • Número de animais por criador; Como metas pré-estabelecidas no acordo firmado • Mobilidade/migração dos animais via criadores e entre a ABCCRM e a UFRPE destacam-se: proprietários. • Evolução das medidas lineares dos equinos Parcerias como essa já foram realizadas por outras Mangalarga ao longo dos anos; associações de criadores e universidades federais, • Correlação entre medidas e premiações de registrando-se êxito para ambas as instituições e morfologia; • Correlações entre medidas e premiações de comunidades envolvidas. Se por um lado, estudos realizados por grupos de pesquisa fornecem informações andamento; • Correlações entre genealogia e premiações de técnicas consistentes para os criadores, árbitros, técnicos e demais profissionais envolvidos; por outro lado, ao morfologia; • Correlações entre genealogia e premiações de disponibilizar os registros zootécnicos de uma raça, as associações de criadores fomentam a pesquisa nacional andamento; • Correlações entre animais premiados jovens e na área de equinocultura, enriquecem o ensino e a formação dos futuros zootecnistas e médicos veterinários animais premiados adultos; e contribuem para a promoção da produção animal • Análise de estrutura de população brasileira no cenário internacional. o Tamanho efetivo da população; o Intervalo de gerações; Professor Dr. Jorge Lucena e o Coeficiente de endogamia médio e individual; Professor Dr. Juliano Santiago o Herdabilidade das características avaliadas e disponibilizadas; Universidade Federal Rural de Pernambuco

NOVOS ASSOCIADOS Conheça os 42 novos integrantes da Família Mangalarga Novos associados de novembro de 2018: Edenilson Vieira – nº 09568 – Usuário – Tanabi/SP Eduardo Pivaro de Oliveira – nº 09569 – Usuário – Tanabi/SP Antonio Machado Filho – nº 09570 – Usuário – Guaxupé/MG Gustavo Oliveira Machado – nº 09571 – Usuário – Areado/MG Fernanda Abreu – nº 09572 – Contribuinte – Jacareí/SP Ariadne Castro S. Pires – nº 09573 – Usuária – S. J. da Boa Vista/SP Edson Fernando Seguessi – n 09576 – Usuário – Santa Adélia/SP Romeu Cianciarulo Junior – nº 09577 – Usuário – São Paulo / SP Rodrigo José Assi – nº 09579 – Usuário – São João da Boa Vista/SP

Novos associados de dezembro de 2018:

Luiz Guilherme C. Gonçalves – Usuário – nº 09595 – Andradas/SP Andryws Ricardo Targino – Usuário – nº 09596 – Hortolândia/SP Clercio Minzão – Usuário – nº 09597 – Limeira/SP Simone Pereira Bastos – Usuária – nº 09598 – Limeira/SP Felipe Augusto Ferreira – Usuário – nº 09599 – Jundiaí/SP Claudinei Honório Silva – Usuário – nº 09600 – Muzambinho/MG Guilherme Gervasio Angelini – Usuário – nº 09602 – Campinas/SP Andre Luiz Ioris – Usuário – nº 09603 – Curitiba/PR Nazen Daher – Usuário – nº 09604 – Goianápolis/GO

Novos associados de fevereiro de 2019:

Edson de Castro – Usuário – nº 09601 – Jaraguá/GO Roberto Franchin D. de Souza – Usuário – nº 09582 – São Carlos/SP Fernanda Costa Faria – Usuária – nº 09612 – São J. dos Campos /SP Marcos Aloysio P. da Silva – Usuário – nº 09583 – Piracicaba/SP Jaime Augusto Aleixo – Usuário – nº 09613 – Guaranésia/MG João Vitor Correa – Usuário nº 09584 – Jundiaí/SP Denis Antonio de Lima – Usuário – nº 09615 – Pariquera-Açu/SP Diego Balloni Guzella – Usuário nº 09585 – Limeira/SP Roberta Carvalho Aguilera Kuhl – Usuário nº 09586 – Paulicéia/SP Deolindo José de Freitas Jr – Contribuinte – nº 09616 – Goiânia/GO Fuad Dahrouge – Usuário – nº 09617 – Hortolândia/SP Flavio de Oliveira Santarém – Usuário nº 07728 – São Manuel / SP Gregory de Melo R. Gonçalves – Usuário nº 09590 – Sacramento/MG Jorge A. Perissotto – Usuário – nº 09618 – Sta. Cruz da Conceição/SP Lorena Ribeiro de Andrade – Usuária – nº 09619 – Piracicaba/SP Adriano Pereira – Usuário – nº 09591 – Salesópolis/SP Paulo Henrique Piccoli – Usuário – nº 09620 – Rio Claro/SP Bruno Henrique B. B. Algarte – Usuário – nº 09592 – Franca/SP Anderson Brito Vieira – Usuário – nº 09621 – Virgínia/MG Silas Santos Pimenta – Usuário – nº 09624 – Passos/MG Novos associados de janeiro de 2019: Raul Kairallah de O. e Silva – Usuário – nº 09625 – São Paulo/SP Erick Pimentel Ribeira – Usuário - nº 09593 – Bebedouro/SP Carlos Roberto M. Pinto – Usuário – nº 09594 – S. J. do Rio Preto/SP Roberto Antenor Cagnin – Usuário –nº 09626 – São Paulo/SP Abril, 2019

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Panorama Mangalarga Pano

Por Pedro C. Rebouças

STÉPHANE BIGO Em visita ao Brasil após 25 anos, o cavaleiro francês mostrou grande satisfação com a popularização das cavalgadas

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Foto: Pedro Rebouças

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equitador francês Stéphane Bigo é um homem apaixonado por cavalos e cavalgadas, ostentando em seu currículo seis grandes viagens a cavalo, cujos roteiros percorreram muitos milhares de quilômetros e atravessaram regiões fascinantes como o Oriente Médio, a América do Norte, a América do Sul, a África, os Montes Pirineus e o Extremo Oriente. Bigo possui também uma forte ligação com o cavalo Mangalarga, estabelecida justamente em uma de suas viagens, a jornada pelo continente sul-americano, quando escreveu um dos capítulos mais fascinantes da história da raça e da equinocultura brasileira. O feito aconteceu entre os anos de 1984 e 1985, quando partiu do Brasil para uma cavalgada de doze meses pela região, percorrendo alguns dos lugares mais inóspitos e desafiadores do planeta na companhia da amazona francesa Michele Corson. Para concretizar essa viagem, cujo objetivo era realizar um estudo sócio-econômico do continente para a Unesco, Bigo e sua companheira requisitaram o empréstimo de alguns cavalos. Confiantes nas qualidades do Mangalarga, dois criadores da raça se ofereceram então para ceder animais aos pesquisadores. Arnaldo de Almeida Prado cedeu para a empreitada o tordilho Iamani SP1, na época com oito anos, enquanto Adaldio José de Castilho forneceu o jovem alazão Urutau de NH, então

Luis Opice e Stéphane Bigo na sede da ABCCRM.

com três anos e dez meses de idade, além do burro Lampari, responsável pelo transporte das provisões e equipamentos do grupo. Ao longo dos 8.500 quilômetros de jornada pela América do Sul, a comitiva teve pela frente grandes desafios como a travessia da Cordilheira dos Andes, onde foi preciso enfrentar altitudes superiores a cinco mil metros, e um percurso de 800 quilômetros pelo Deserto do Atacama, o mais árido do mundo, em que foi necessário encarar variações térmicas extremas que iam de 45º durante o dia a -20º durante a noite.

Forte relação com a raça A viagem pelas paisagens sulamericanas selou uma forte relação de Stéphane Bigo com a raça, dando início a uma grande admiração

pelo Cavalo de Sela Brasileira. Terminada a viagem, o cavaleiro francês ainda voltou mais algumas vezes ao Brasil, mas com o passar do tempo essas visitas rarearam e há mais de 25 anos ele não visitava o país. Assim, foi com grande satisfação que o Presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) Luis Augusto de Camargo Opice o recebeu para uma visita, no dia 18 de dezembro, na sede da entidade, em São Paulo (SP). Ocasião em que a Revista Mangalarga aproveitou para bater um papo com Stéphane Bigo sobre a sua rica vivência no mundo do cavalo. Ao longo da conversa, o cavaleiro de 81 anos de idade revelou que a viagem pela América do Sul representou o maior desafio de sua vida. “Em termos geográficos, essa foi a cavalgada mais difícil que fiz, pois atravessar os Andes, o Altiplano, o deserto do Atacama e o Pantanal não é um feito comum de ser feito com cavalos. Mas com os Mangalargas foi possível fazer isso. Foram esses dois grandes animais, o Iamani e o Urutau, que me permitiram fazer essa viagem excepcional e atravessar seis países: Brasil, Paraguai, Argentina, Chile, Peru e Bolívia.” Bigo contou ainda que, após a experiência na América do Sul, continuou sua vida de cavaleiro de longo percurso em outras regiões do mundo. “Em 1994, viajei pela África, passando por Camarões, Etiópia e Quênia, indo de Adiz


Foto: Acervo ABCCRM

Panorama Mangalarga arga

Bigo com Urutau de NH e Iamani SP1 na Cordilheira dos Andes

Abeba até Naiorobi. Mais tarde, em 1999, fiz minha última grande viagem, no oeste da China, onde existe um deserto que se chama Teclamakam e onde estão o Himalaia e o Tibet. É uma região de turcosmulçumanos que foi colonizada pela China, também conhecida como Turquistão Oriental. Nessa ocasião, viajamos com três cavalos e dois camelos de carga.” Depois dessa experiência em território chinês e de duas décadas cavalgando mundo afora, o cavaleiro francês achou que era hora de começar a se dedicar à educação equestre. O forte laço que o unia aos equinos e o interesse cada vez maior por saber mais sobre esses animais o levaram a se aprofundar nesse caminho.

Mudanças significativas Agora, em seu reencontro com a raça, o cavaleiro francês observou mudanças significativas na relação dos mangalarguistas com seus animais. “No início da década de 1990, eu voltei algumas vezes ao Brasil para desenvolver o turismo equestre e o enduro, atividades que ainda não existiam aqui, mas já eram famosas na Europa. Contudo, a cultura daquela época era diferente, poucas pessoas costumavam montar em seus cavalos. Não havia aqui o costume

de ir à natureza para liberar seu espírito e estar em contato com os cavalos. Então passei a desenvolver essa atividade apenas com as comunidades francesa, inglesa, americana e alemã radicadas em São Paulo.” Stéphane Bigo também se mostrou muito satisfeito por ver que atualmente os criadores e seus familiares estão montando mais seus animais, realizando passeios e participando de provas. “Eu vi que na revista Mangalarga agora existe uma seção para as cavalgadas dos cavaleiros mangalarguistas, isso me dá um grande prazer, porque o cavalo Mangalarga sempre possuiu essa qualidade para passear, para estar em contato com a natureza. Trata-se de um cavalo feito para isso, entretanto nas décadas de 80 e 90 não havia essa cultura de montar o cavalo, essa era uma tarefa reservada apenas aos peões, aos profissionais, então é muito bom ver que isso mudou e hoje há muito mais gente montando.” Ainda na avaliação do equitador francês, provas como a Mangalargada são muito boas para o cavalo mostrar sua qualidade. “Me traz grande prazer ver que o Mangalarga está fazendo enduro equestre e que é companheiro dos cavaleiros para passear e para participar de provas. Essa é uma evolução que deve continuar. Creio

que o prazer da relação com o cavalo é algo que pode sempre ser desenvolvido.” Bigo contou também que no momento seu foco está voltado ao aprimoramento da relação entre homem e cavalo. “Hoje, em qualquer coisa que eu faça, seja uma cavalgada, dressage ou salto, meu interesse primordial está na relação que eu crio com o meu cavalo e para isso é essencial a educação do cavalo e do cavaleiro. Esta é minha especialidade agora, organizo clínicas na França justamente para ensinar os cavaleiros a criarem uma relação com seu cavalo, e uma vez que se cria uma relação com o cavalo de respeito e de confiança, ele deixa de se opor e estabelece uma integração muito interessante com o cavaleiro. Assim você passa a ver o animal de outra maneira. O cavalo deixa de ser um instrumento e vira um companheiro de vida. Por isso acredito que aqui no Brasil, sobretudo agora com as atividades equestres ganhando força, esse tipo de relação passa a ser naturalmente importante. É preciso aprofundar essa relação para que o cavalo se torne um verdadeiro companheiro.” Ao fim do bate-papo, o aventureiro lamentou apenas que ainda não haja na sede da ABCCRM um monumento homenageando os cavalos Iamani SP1 e Urutau de NH. “Pela façanha que eles realizaram e por sua relevância para a raça, creio que deveria haver uma estátua lembrando esses dois animais, como existe na Argentina um monumento em honra dos cavalos Gato e Mancha, protagonistas de outra grande viagem equestre pelas Américas. Creio que seria muito bom se a Associação também fizesse uma homenagem a esses dois incríveis cavalos.” Para obter mais informações sobre a trajetória e as atividades de Stéphane Bigo, visite o portal www. stephanebigo.com. Abril, 2019

Revista Mangalarga

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Panorama Mangalarga Pano

Por Pedro C. Rebouças Fotos: Norberto Cândido

RANKING MANGALARGA

Evento na capital paulista premiou os melhores da temporada 2018 e deu as boas-vindas aos novos associados da ABCCRM

Guilherme Saad e Cesar Iembo entregam certificado de Melhor Criador de 2018 ao Haras CASS, representado por Thom D’Angieri (ao centro).

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Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) realizou, na noite de 10 de dezembro, a premiação oficial dos criadores e expositores que mais se destacaram no Ranking Mangalarga 2018. A solenidade aconteceu na sede da instituição, localizada no Parque da Água Branca, em São Paulo (SP), incluindo também um coquetel de boas-vindas aos associados que ingressaram na entidade ao longo da atual temporada. A abertura da cerimônia foi conduzida pelo Presidente da ABCCRM Luis Augusto de Camargo Opice. Em seu pronunciamento o dirigente mangalarguista destacou que era um prazer ter a oportunidade de recepcionar os novos associados e ao mesmo tempo premiar aqueles 52

Revista Mangalarga

Abril, 2019

Guilherme Saad, Marisa Iorio, Paulo Eduardo Costa e Cesar Iembo durante a entrega do certificado de Melhor Criador da Pelagem Pampa.

criadores que se empenharam e se destacaram ao longo do ano na disputa do Ranking Mangalarga 2018. “Este é um momento muito especial, pois proporciona aos novos associados a oportunidade de interagir com os criadores mais experientes. Nossa expectativa é que os sócios mais antigos possam abrir as portas da associação para aqueles que estão chegando, afinal não há nada melhor do que ter a chance de conversar e trocar experiências com quem já tem uma vivência mais longa na raça”, destacou o dirigente mangalarguista. Opice também aproveitou a ocasião para dar uma importante notícia à comunidade mangalarguista. “Nós acabamos de renovar o contrato de patrocínio firmado com a Guabi para o ano de 2019. Assim, poderemos

contar ao longo de toda a nova temporada com o apoio dessa importante empresa, cuja parceria foi fundamental para o sucesso das ações da raça no ano que passou.

Luis Opice anuncia a renovação de contrato com a Guabi.


Panorama Mangalarga arga

Felipe Angelin dá as boas-vindas aos novos associados.

Esperamos agora que todos vocês prestigiem essa marca que tanto nos prestigia e cujos produtos são de excepcional qualidade.” Em seguida, Felipe Angelin, Diretor Adjunto de Fomento da ABCCRM, destacou que a Associação está de braços abertos para receber e dar toda a assistência necessária aos novos amigos mangalarguistas. O dirigente fez ainda uma breve explanação sobre as origens e o desenvolvimento da raça e apresentou aos novos associados os integrantes da diretoria presentes ao evento e os funcionários que compõem a equipe Mangalarga. A programação do evento prosseguiu então sob o comando dos Diretores Adjuntos de Exposição da ABCCRM Carlos Cesar Perez Iembo e Guilherme Pompeu Piza

Diretores e criadores acompanham a solenidade.

Saad, que realizaram a entrega dos certificados aos criadores e expositores que mais se destacaram nas diversas categorias que integram o Ranking Mangalarga. Realizado anualmente, o Ranking Mangalarga considera a somatória dos resultados obtidos por expositores, criadores e animais nos eventos promovidos pela raça em todo o país ao longo da temporada. Em 2018, o calendário mangalarguista contou com um total de 30 exposições e 10 copas de marcha, além de provas funcionais, poeirões e cavalgadas planilhadas. Os principais momentos da temporada foram a 40ª Exposição Nacional, realizada em setembro na cidade paulista de São João da Boa Vista, a Exposição Brasileira 2018, que aconteceu no fim de maio no município paulista de Bauru, e a

A Equipe Mangalarga foi apresentada aos novos associados.

Etapa Final da Copa Mangalarga de Marcha, cuja disputa ocorreu no município mineiro de Areado. O Ranking Mangalarga proporciona ainda uma importante diretriz aos selecionadores da raça, apontando, por exemplo, os garanhões e matrizes que mais se destacaram e os animais que mostraram-se mais promissores para as diferentes atividades praticadas pelo Cavalo de Sela Brasileiro. Responsáveis por levar a raça às diversas regiões do país, os eventos válidos para o ranking exercem, por sua vez, um papel importante na divulgação do cavalo Mangalarga e na atração de novos associados da ABCCRM, como os cerca de 190 usuários e contribuintes que ingressaram no quadro da entidade em 2018.

Vista geral da plateia durante a abertura do evento. Abril, 2019

Revista Mangalarga

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Panorama Mangalarga Pano

Por Pedro C. Rebouças Fotos: Divulgação

UNIÃO EM FOCO Criadores de Piracicaba e arredores promoveram encontro para estreitar laços e fomentar o uso da raça na região

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Núcleo Mangalarga de Piracicaba promoveu, no sábado 23 de fevereiro, no Haras Novo Tempo, em Araras (SP), um movimentado dia de confraternização entre os criadores da região. O evento foi aberto com uma reunião para traçar as metas para a nova temporada e para estreitar os laços de amizade entre os integrantes da entidade. Em seguida, um saboroso almoço antecedeu a disputa da prova funcional que encerrou a programação mostrando toda a versatilidade do Cavalo de Sela Brasileiro. Segundo Nei Remédio, titular do Haras Novo Tempo e dirigente do núcleo, o grupo que prestigiou O criador Nei Remédio recebeu os amigos em Araras (SP).

Encontro procurou unir os criadores da região. 54

Revista Mangalarga

Abril, 2019

Os mangalarguistas puderam desfrutar de um saboroso almoço.


Panorama Mangalarga arga o evento era composto por um total de 50 pessoas, entre as quais estavam 30 criadores da raça. “Esse foi um dia muito especial, no qual tivemos oportunidade de conhecer melhor os nossos colegas de núcleo e fortalecer a união entre todos, ouvindo o que cada um pensa sobre as possibilidades funcionais da raça em nossa região, especialmente em relação às cavalgadas e provas.”

Ampliação do mercado O anfitrião considera ainda que o encontro foi fundamental também para estimular o uso do cavalo Mangalarga na região. “Acredito que o foco não pode estar apenas na beleza do animal. Isso é importante, mas também precisamos tirar os cavalos das baias e estimular sua utilização, incentivando os mais jovens a participarem e fazendo com que mais pessoas se interessem pela raça. Dessa forma, vamos deixar o nosso cavalo mais atraente para o usuário e ampliar o nosso mercado em Piracicaba e nos municípios vizinhos. É uma semente que estamos plantando e esperamos que o fruto cresça com força.” Ainda de acordo com o dirigente mangalarguista, os objetivos para o decorrer do ano já estão definidos. “Nossa ideia é a cada 90 dias promover um evento para movimentar o núcleo e ao mesmo tempo mostrar as qualidades e incentivar o uso do nosso cavalo. Pode ser tanto uma cavalgada como uma prova funcional, poeirão ou mangalargada. Já temos aliás uma cavalgada marcada para acontecer no próximo dia 27 de abril.” Mais informações sobre as atividades do Núcleo Mangalarga de Piracicaba podem ser obtidas com o criador Nei Remédio pelo whatsapp (19) 99922-6699.

Conjunto mostra habilidade na prova funcional.

Cerca de 50 pessoas participaram do evento.

Participantes da prova funcional que agitou a programação. Abril, 2019

Revista Mangalarga

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Panorama Mangalarga Pano

Por Pedro C. Rebouças

ENCONTRO DE JURADOS

Fotos: ABCCRM

Reunião abriu as atividades dos integrantes do quadro de jurados da raça na nova temporada

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Centro Hípico Hipocampo, localizado em Amparo, no interior paulista, recebeu o mais recente encontro de jurados da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM). Promovido de forma conjunta pela Diretoria Técnica e pelo Colégio de Jurados, o evento aconteceu nos dias 01 e 02 de fevereiro, com o intuito de preparar os integrantes do quadro de árbitros da instituição para as diversas exposições, copas e provas que terão pela frente no ano de 2019. O encontro foi conduzido pelo Diretor Adjunto Técnico Alessandro Moreira Procópio, pelo Presidente do Colégio de Jurados Marcos Sampaio de Almeida Prado, pela Coordenadora do Colégio de Jurados Maria Aracy Tavares de Oliva e pelo Supervisor do Colégio de Jurados Jayme Ignácio Rehder Neto, contando ainda com a participação de 12 jurados efetivos da ABCCRM e dos representantes do Conselho Deliberativo Técnico

Alessandro Procópio, Jayme Rehder, Marcos Almeida Prado, Aracy Oliva e Francisco Bezerra estiveram presentes ao encontro.

(CDT) Roque Carlos Nogueira e Geraldo Santos Castro Neto. Tendo sempre em vista a busca pela excelência e homogeneidade nos julgamentos da raça Mangalarga, a reunião teve como pauta a apresentação e discussão do Regulamento Geral de Exposições de 2019, assim como dos procedimentos de julgamento

Encontro abriu as atividades do quadro de jurados em 2019. 56

Revista Mangalarga

Abril, 2019

que deverão ser adotados ao longo da temporada. O calendário da raça Mangalarga possui, até o momento, 25 exposições e oito copas previstas para acontecerem em diferentes estados do país, nas cinco regiões brasileiras. Para mais informações, visite o portal www. cavalomangalarga.com.br.

Participantes realizam atividade durante o encontro em Amparo.


Por Pedro C. Rebouças

Panorama Mangalarga arga

REGINALDO BERTHOLINO sonho, colocou em prática seu amor incondicional ao cavalo. Certa vez, procurei refazer sua trajetória, fui até sua cidade natal, São Carlos (SP), sentei-me na calçada e fiquei imaginando como um garotinho, cheio de sonhos, via a sua maior paixão, o cavalo, desfilar aos domingos pelas ruas e praças. Essa visão lhe despertou tanta comoção que o acompanhou ao longo dos anos. Eu vivi os momentos mais intensos de sua vida, por isso posso dizer que ele escolheu a perfeição do Cavalo Mangalarga para realizar seu sonho!”, comentou Rinaldo em depoimento concedido à Revista Mangalarga, em setembro de 2011, quando foi veiculada uma reportagem especial em homenagem a Reginaldo Bertholino.

Bertholino foi 14 vezes o Melhor Expositor da Nacional.

Foto: Norberto Cândido

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Família Mangalarga perdeu, no dia 13 de dezembro, um dos expoentes da criação da raça nas últimas décadas, o empresário Reginaldo Bertholino. Associado desde 14 de junho de 1972, Bertholino desenvolveu um notável trabalho de seleção no Haras 3R, localizado em Santo Antônio da Posse (SP). Ao longo dos 46 anos em que se dedicou à seleção do Cavalo de Sela Brasileiro, o criador foi responsável por celebrizar a marca RB, fazendo inúmeros Grandes Campeões Nacionais e sagrando-se por catorze vezes Melhor Expositor da Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga. Reginaldo Bertholino dedicouse ainda ao desenvolvimento da raça, tendo ocupado a presidência da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) no biênio 2002/2003. Durante sua gestão, entre outros feitos, promoveu um importante trabalho de reestruturação, instituiu os campeonatos de pelagem nas mostras da raça e levou a Exposição Nacional para o Clube Hípico de Santo Amaro. Segundo Rinaldo Bertholino, um dos filhos do criador, a paixão pelo cavalo esteve presente ao longo de toda a vida de seu pai. “A infância sempre nos traz boas recordações, seja um doce, um brinquedo ou um bom momento com parentes e amigos. Ele fez do passado a porta para o seu futuro. Realizou seu

Foto: Norberto Cândido

Criador deixa um legado de paixão e dedicação à raça Mangalarga

Criador nutria uma grande paixão pela raça Mangalarga. Abril, 2019

Revista Mangalarga

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Panorama Mangalarga Pano

Por Pedro C. Rebouças

3ª MANGALARGA FEST DE TIJUCAS DO SUL Evento divulgou as qualidades do Mangalarga aos apaixonados por cavalos da região sul do Paraná

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Núcleo União Mangalarga promoveu, em parceria com o Haras VJC, de Vinicius João Curi, a 3ª Mangalarga Fest de Tijucas do Sul (PR). O evento, realizado nos dias 08 e 09 de dezembro, com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), teve uma diversificada programação com cavalgada, disputas funcionais, provas sociais e uma etapa oficial da Copa Mangalarga de Marcha. A programação foi aberta na manhã do sábado (08), com uma animada cavalgada que reuniu apaixonados por cavalos de toda a região, situada na divisa entre os estados do Paraná e Santa Catarina. A comitiva partiu do Haras Estrela Energia, propriedade que concentra os trabalhos de reprodução e cria de potros da seleção VJC, com destino ao Haras VJC, onde está localizada a sede do criatório e onde todos foram recebidos com muita atenção para o prosseguimento das atividades programadas para o fim de semana. Segundo Fernando Antunes, gerente do Haras VJC, esta terceira edição da Mangalarga Fest de Tijucas do Sul foi muito 58

Revista Mangalarga

Abril, 2019

A cavalgada abriu a programação em Tijucas do Sul.

O passeio contou com grande adesão de usuários da região.


Panorama Mangalarga arga

Fotos: Gerson Jes

A criançada também marcou presença nas provas.

Vinicius João Curi (primeiro à direita) recebeu os amigos mangalarguistas no Haras VJC.

Os mangalarguistas da região novamente prestigiaram o evento.

A programação incluiu concorridas provas funcionais.

boa, comprovando que o evento paranaense vem crescendo ano a ano. “Nós novamente conseguimos alcançar o objetivo de mostrar o nosso cavalo e suas qualidades para os usuários da região e para os adeptos de outras raças. Assim, além dos nossos amigos mangalarguistas, que vieram de toda a Grande Curitiba, de Santa Catarina e de São Paulo, nós tivemos a presença de muitas pessoas novas, que tiveram aqui seu primeiro contato com o Cavalo de Sela Brasileiro.” Antunes revela ainda que a cavalgada foi aberta a todas as raças justamente para atrair um número maior de participantes. “Nossa intenção era que o pessoal viesse participar do nosso evento e isso felizmente deu certo. Várias pessoas vieram para a cavalgada e acabaram se empolgando e participando

também das provinhas sociais de marcha, das provas mirins e das disputas funcionais. Então, na minha avaliação, foi tudo muito positivo.”

Participação familiar Outro aspecto marcante apontado pela organização do evento foi a presença de muitas famílias ao

O ambiente familiar foi um dos destaques do encontro paranaense. Abril, 2019

Revista Mangalarga

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Panorama Mangalarga Pano longo dos dois dias de atividades. “Nós tivemos muitas crianças e mulheres participando das provas. Além disso, a prova do patrão teve a participação de 12 patrões, um número muito bom para uma copa regional. Afinal, o que o cavalo mais faz é unir a família e o nosso objetivo é trabalhar sempre em um ambiente bem familiar e aconchegante”, avalia Antunes. O gerente destaca também que a estratégia de buscar selecionar animais funcionais e dóceis, adotada pelo Haras VJC e pelo Núcleo União Mangalarga, vem tendo reflexo positivo no número de usuários da raça em Tijucas do Sul e nos municípios vizinhos. “Hoje, nós podemos notar um número crescente de adeptos do cavalo Mangalarga. Na nossa avaliação, isso se deve principalmente ao fato de estarmos proporcionando ao mercado um cavalo funcional com o qual as pessoas se sentem à vontade e seguras para montar.” Justamente com o intuito de incentivar a funcionalidade da raça, a programação do evento tijucano contou com provas nas modalidades de Seis Balizas, Três Tambores, Três Tambores Incentivo, Três Tambores Cavalos Inéditos, Marcha, Marcha Feminina e Marcha do Patrão. Além disso, os três primeiros colocados de cada uma dessas disputas foram premiados com dinheiro e também

Parte das atividades foi aberta a outras raças.

com troféus. A Etapa da Copa Mangalarga de Marcha de Tijucas do Sul contou, por sua vez, com a participação de 32 animais expostos por nove conceituados criatórios mangalarguistas dos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Para conduzir o julgamento desses concorrentes foi convidado o experiente jurado André Fleury Azevedo Costa. Um novo encontro do núcleo, que congrega criadores do sul do Paraná e também de Santa Catarina, estava marcado para acontecer nos dias 30 e 31 de março, logo após a conclusão desta edição da Revista

As mulheres fizeram bonito na pista da Mangalarga Fest. 60

Revista Mangalarga

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Mangalarga, na 5ª Expo Verão. A cobertura completa dessa mostra, prevista para acontecer na Hípica e Haras Beija Flor, na charmosa cidade catarinense de Camboriú, estará na próxima edição da publicação oficial do Cavalo de Sela Brasileiro. Para conferir os resultados completos da Etapa de Tijucas do Sul da Copa Mangalarga de Marcha, visite o portal oficial da ABCCRM: www.cavalomangalarga.com.br. Já para saber mais detalhes sobre as atividades da raça na região, visite a página oficial do Núcleo União Mangalarga no Facebook.

A programação incluiu a Copa de Marcha de Tijucas do Sul.


#FERIASCOMMANGALARGA

/MANGALARGA_OFICIAL

/ABCCRMANGALARGA

CAVALOMANGALARGA.COM.BR


Território Cavalgada Territ

Por Pedro C. Rebouças

CAVALGADA DA FAZENDA

SERRA DOURADA Segunda edição do passeio proporcionou um dia especial de integração com a natureza e com o cavalo Mangalarga nos belos cenários da Serra Dourada

A

2ª Cavalgada da Fazenda Serra Dourada, realizada no sábado 26 de janeiro, na cidade de Goiás (GO), abriu o calendário de passeios equestres da comunidade mangalarguista na temporada 2019. Promovido pelo criador Antonio Celso Ramos Jubé, em parceria com o Núcleo Mangalarga de Goiás, o evento percorreu um trajeto de 23 quilômetros pelas incríveis paisagens dessa bela região goiana, localizada nos contrafortes da Serra Dourada. O ponto de partida da cavalgada ocorreu na sede da Fazenda Serra Dourada, onde os 25 cavaleiros e amazonas que participaram do passeio foram recepcionados com muito carinho pela família Jubé e puderam desfrutar de um saboroso café da manhã com iguarias goianas, como o bolo de arroz e o inigualável pastelzinho de carne.

Celso Jubé recebeu os amigos na Fazenda Serra Dourada.

Amizade e confraternização Revigorados e prontos para encarar a cavalgada, os participantes fizeram uma oração conjunta antes de colocar a tropa na estrada sob uma leve garoa, que em nada atrapalhou o passeio do grupo. 62

Revista Mangalarga

Abril, 2019

A comunidade mangalarguista novamente prestigiou o evento.


Território Cavalgada gada

Fotos: Divulgação

Os participantes saborearam uma gostosa feijoada.

Nesse primeiro trecho da jornada, os mangalarguistas percorreram um trajeto de doze quilômetros com destino à Fazenda Morada da Serra, onde foram recepcionados para o almoço pelo advogado Donaldo Messias Rodrigues, por sua esposa e demais familiares. Na acolhedora propriedade, os participantes da cavalgada puderam saborear uma suculenta feijoada, acompanhada por uma saborosa caipirinha e cerveja bem gelada. Logo em seguida, os anfitriões serviram à animada comitiva goiana sobremesa com arroz doce e doce de leite. E, depois de descansar um pouco, os cavaleiros e amazonas novamente montaram em seus animais para percorrer os onze quilômetros finais do percurso de retorno até a Fazenda Serra Dourada, onde encerraram mais um dia de muita amizade e confraternização em torno do Cavalo de Sela Brasileiro.

A comitiva contou com 25 cavaleiros e amazonas.

bastante movimentada também nesta nova temporada. Afinal, o calendário oficial da entidade conta ainda com três exposições e mais uma tradicional cavalgada previstas para ocorrer ao longo do ano. Nos dias 27 e 28 de abril, acontecerá a Exposição Mangalarga de Anápolis (GO). Por sua vez, a Exposição Mangalarga de Goiânia (GO) está agendada para o período de 22 a 24 de maio, enquanto a Exposição Mangalarga de Palmeiras de Goiás (GO) ocorrerá nos dias 03

e 04 de agosto. Já a 22ª Cavalgada da Cidade de Goiás irá acontecer nos dias 15 e 16 de novembro, fechando as atividades da representação regional no ano de 2019 com um passeio pelas ruas, trilhas e estradas rurais desta histórica cidade goiana. Para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo Mangalarga de Goiás, escreva para o endereço eletrônico n.mangalargago@gmail.com ou telefone para (62) 3268-3028.

Júlia Veiga e Fábio Veiga estiveram presentes.

Cavaleiros aguardam o início do passeio pela Serra Dourada.

Agenda movimentada Quarto colocado na disputa do concorrido Ranking de Núcleos Mangalarga 2018, o Núcleo de Goiás promete ter uma agenda de eventos

Abril, 2019

Revista Mangalarga

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Território Cavalgada Territ

Por Núcleo Riograndense (NRCCRM) Fotos: NRCCRM

20ª CAVALGADA DAS AREIAS

Muita festa, confraternização e aprendizagem marcaram a vigésima edição do passeio equestre mais aguardado pelos mangalarguistas riograndeses

A Cavalgada das Areias acontece anualmente no mês de dezembro.

A

tradicional “Cavalgada das Areias”, em sua vigésima edição, encerrou as atividades do Núcleo Riograndense de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (NRCCRM), patrocinador e apoiador do evento junto com o Haras da Lagoa Branca, no ano de 2018. Há um dito popular que diz: “o mais importante é esperar pela festa”. E foi assim, com os cavaleiros e suas montadas chegando na sexta-feira (15 de dezembro), recepcionados e acomodados na Lagoa Branca. Começou a festa com um jantar cujo prato principal foi “Pato à Pequim” feito no forno “Maria Fumaça”, regado a chope e vinhos da serra gaúcha. No sábado pela manhã “cedito”, 64

Revista Mangalarga

Abril, 2019

O passeio percorreu 18,5 quilômetros de túneis verdes da região.

após a ceia matinal, partiram os cavaleiros em suas lindas montadas Mangalarga e raças co-irmãs. O roteiro foi a travessia dos túneis verdes, em 22,3 quilômetros,

especialmente agradável em função do escaldante calor, já que atravessou 18,5 quilômetros em sombra prazerosa para aquele momento.

O Núcleo Riograndense convida a todos para a 21ª Cavalgada das Areias.


Território Cavalgada gada Festa e aprendizagem Ao término da cavalgada, um churrasco de costela e picanha “gorda” aguardavam os cavaleiros, não antes do tradicional banho dos cavaleiros e suas montadas na bela e límpida Lagoa Branca. Refeitos do banho, todos saborearam e degustaram o churrasco e complementos, sim são estes os termos empregados pois o almoço durou

duas horas e meia. Como cavalgada não é só festa, aconteceu uma palestra sobre “bem-estar animal em cavalgadas” sob patrocínio do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), (re)lembrando os cuidados no manuseio, ferrageamento e alimentação de nossos equinos. À noite, foi servida uma macarronada, com massa caseira, na beira da Lagoa. Vinhos chilenos

Cavaleiros e montarias participaram do tradicional banho na Lagoa Branca.

e gaúchos foram servidos com inúmeros “vivas” de alegria e satisfação pela participação na Cavalgada das Areias. Em 2019, o Núcleo Riograndense convida para a 21ª Cavalgada das Areias que ocorrerá no período de 06 a 08 de dezembro, lembrando que “quando dois estribos se batem uma amizade se sela”.

A programação incluiu uma palestra sobre bem-estar animal em cavalgadas.

TODOS OS CLASSIFICADOS EM UM CLICK

OS ANÚNCIOS DOS ANIMAIS ESTÃO DISPONÍVEIS EM: cavalomangalarga.com.br/classificados fb.com/classificadosabccrm


Espaço Técnico Espa

PROVAS DE RESISTÊNCIA EQUESTRE

Foto: Equipe Catetinho

Competições do gênero, como a Mangalargada, exigem atenção tanto na escolha do animal como na preparação para as provas e nos cuidados veterinários com os equinos

A melhor maneira de se escolher um cavalo para qualquer tipo de esporte é testar a aptidão de cada indivíduo.

A

s provas de resistência são uma modalidade esportiva originária do turismo equestre, onde cavalo e cavaleiro devem cumprir um percurso de trilhas pré-estabelecido, com obstáculos naturais e em tempo determinado pela organização. O enduro equestre na forma como é conhecido atualmente teve sua origem nos Estados Unidos em 1955, objetivando simular as viagens do Pony Express (correio a cavalo americano), cumprindo 66

Revista Mangalarga

Abril, 2019

um percurso de 160 km em 24 horas em um único cavalo. A partir daí, o esporte ganhou o mundo sendo disputado hoje nos cinco continentes por milhares de adeptos. No Brasil, o esporte começou a ser praticado no final da década de 80, tendo conquistado uma grande quantidade de amantes do cavalo, que se encantaram com seu caráter familiar e pela possibilidade de contato próximo com a natureza. O esporte é dividido em duas

modalidades: Velocidade livre: Percurso prédeterminado, velocidade é livre para os competidores. Os cavalos largam juntos, ganha quem chegar primeiro, sendo obrigatória a parada nos postos de controle ( vet cheks) para avaliação dos animais pela equipe veterinária. Regularidade: percurso e velocidade são determinados pela organização. Cavaleiros podem


Espaço Técnico cnico Foto: Divulgação

largar em grupos e devem seguir a velocidade pré-determinada, sendo esta checada por postos de controle espalhados pela trilha. Obrigatória parada nos postos de controle veterinário

Qual o cavalo ideal? A definição de um biotipo ideal é pura presunção, pois qualquer animal pode ter aptidão para este tipo de esporte; basta lembrarmos que há poucos anos, Usain Bolt quebrou todos paradigmas das corridas de velocidade, onde os ganhadores sempre foram de baixa estatura e compleição muscular característica. Apesar disso, podemos buscar algumas características para minimizar problemas de lesão e aumentar as chances de sucesso. • • • • •

Idade acima de quatro anos Correto de aprumos Cascos saudáveis Ossatura forte Temperamento dócil

Entretanto, a melhor maneira de se escolher um cavalo para qualquer tipo de esporte é, sem dúvida, testar a aptidão de cada indivíduo, dando a ele as condições ideais de desenvolver seu potencial. Importante lembrar que deverá haver um equilíbrio entre o peso do cavalo e do cavaleiro - estudos demonstram que um cavalo carrega até 20 % de seu peso sem sofrer um desgaste exacerbado. Uma vez escolhido o cavalo, se faz necessário elaborar um programa de treinamento que respeite as capacidades de cada animal em particular. Descreveremos um protocolo que servirá como base para a iniciação de qualquer animal. Vale lembrar, que a predominância do exercício em questão deve ser aeróbica (longa distância e

O controle veterinário é parte essencial das competições de resistência.

baixa Intensidade), pois estamos pensando em longos períodos de esforço, no qual o gasto energético deverá ser comedido, ou não haverá reserva energética suficiente para suprir esta exigência. Isso tudo é como se equiparássemos um carro de fórmula 1 a um carro de passeio. Se dispusermos de 20 litros de combustível para cada um, o carro de passeio percorreria pelo menos 200 km, enquanto o carro de fórmula 1 não passaria de 20 km. Portanto, um protocolo deverá priorizar o condicionamento aeróbico, o que significa exercícios de baixa intensidade e longa duração. Porém, de acordo com o sistema de recrutamento de fibras musculares que ocorre conforme a exigência do esforço (fibras do tipo 1 para fibras do tipo 2), nos exercícios de alta intensidade o condicionamento aeróbico é pleno. Entretanto, o risco de lesões estruturais aumenta conforme a intensidade do exercício, o que nos faz concluir que um protocolo de treinamento sempre deve considerar risco de lesão frente ao condicionamento em si. De qualquer forma, afirmamos

que o uso de exercício de alta intensidade sempre deverá ser assistida por um profissional capaz de estimar os riscos mediante aos ganhos efetivos (custo x benefício). Por fim, de acordo com estas ponderações, daremos uma sugestão de treinamento considerando minimizar os riscos de lesões com ganho de desempenho satisfatório. Semana 1 Dia 1: 1 hora a passo Dia 2: descanso Dia 3: 1 hora passo Dia. 4: descanso Dia 5: 1:30 hora passo Dia 6 e 7: descanso Semana 2 Dia 1: 1:30 hora passo Dia 2: descanso Dia 3: 8 km passo trote galope Dia 4: descanso Dia 5: 1:30 hora passo Dias 6 e 7: descanso Semana 3 Dia 1: 8 km passo trote galope Dia 2: descanso Dia 3: 1:30 hora passo Dia4: descanso Abril, 2019

Revista Mangalarga

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Espaço Técnico Espa Dia 5 : 12 km passo trote galope Dias 6 e 7: descanso

Dicas: • Descer morro sempre ao passo • Procurar uma trilha mais plana para os dias de passo, trote e galope. • Procurar trilha de morro para dia de passo. • Monitorar sempre a Frequência Cardíaca após o treinamento. Número muito acima de 64 bpm pode significar excesso de esforço. Uma vez cumpridas as três etapas e o cavalo adaptado, seguir com treinamento da terceira semana. Este protocolo semanal de treinamento é suficiente para participar de provas de regularidade de 25 a 30 km.

veterinária geralmente acontece no exame pré-largada. Todos devem ter noção da importância desse primeiro encontro, pois é nesta hora que deve se estabelecer uma relação de confiança entre cavaleiro e veterinário. É importante que o cavaleiro perceba com clareza que o papel do MV é garantir que cada animal participante da prova esteja em condições físicas ideais, livre de qualquer doença infecciosa, lesões ou manqueira.

Exames clínicos realizados nos Vet Cheks:

1-Batimento Cardíaco: Reflete o nível de condicionamento, e por isso, é o principal parâmetro avaliado. Um cavalo em condições de saúde normais tem uma média de batimento cardíaco basal (em descanso) entre 28 e 44 BPM. Quanto mais condicionado estiver o animal mais baixo tende a ser o número de batimentos/ minuto. Alterações no número de batimentos podem ser reflexo de alguma dor, febre ou excesso de treinamento. Animais nervosos podem também apresentar alterações. Pelo regulamento, todos os cavalos, para serem aprovados em qualquer etapa da prova, devem

Controle Veterinário

Foto: Divulgação

Atualmente, o enduro equestre é regulamentado por rigorosas normas da FEI, Federação Equestre Internacional, com o propósito de manter a integridade física do animal, que é controlada sistematicamente em postos veterinários denominados Vet Cheks instalados ao longo do percurso. Normalmente este controle é feito antes da largada verificando se o animal está apto para iniciar a competição, durante o percurso em ponto ou pontos pré-determinados e no término da competição. Vale lembrar que durante o percurso o veterinário tem autonomia para parar e examinar qualquer cavalo que possa não estar em condição de seguir na prova. Papel do Médico Veterinário nas provas de resistência: O primeiro contato entre cavalos, cavaleiros e comissão 68

Revista Mangalarga

Dezembro, 2018

Os veterinários analisam itens como frequência cardíaca e claudicação.


Espaço Técnico cnico apresentar batimentos cardíacos iguais ou inferiores a 64 bpm. 2-Frequência Respiratória: Juntamente com a FC reflete o grau de condicionamento do animal. A frequência é tomada pela movimentação respiratória abdominal ou pela movimentação das narinas. Nos cavalos em descanso a frequência varia em torno de 7 a 10 movimentos/min. Normalmente a relação é de quatro batimentos cardíacos para um movimento respiratório.

Foto: Divulgação

3-Hidratação: Este parâmetro reflete a quantidade de água presente

no organismo. É fundamental para o bom desempenho do animal durante a prova que os níveis de hidratação sejam satisfatórios, pois a perda de líquido resulta em diminuição do volume de sangue circulante, podendo inclusive levar o animal a estado de choque e morte. O grau de hidratação pode ser medido através da prega de pele, tomada na tábua do pescoço, pelo tempo de preenchimento capilar (TPC) e pelo refil jugular. Estes parâmetros podem ser avaliados em conjunto ou individualmente. A diminuição dos movimentos intestinais também pode estar relacionada à desidratação.

4-Sensibilidade e Tensão Muscular: Deve ser avaliada através da apalpação dos grandes grupos musculares, principalmente dorso, lombo, garupa e parte posterior da coxa. Qualquer alteração muscular pode afetar o desempenho e a saúde do animal. 5- Claudicação: Todos os animais deverão trotar em um local determinado pela comissão veterinária para que possa ser observada a qualidade da movimentação. Animais que apresentarem alguma anomalia devem ser avaliados com mais rigor, podendo inclusive ser retirado da prova. 6- Lesões e escaras: Deve ser observado o grau e a localização de tais lesões evitando-se que as mesmas possam comprometer o desempenho ou se agravar durante a competição. Além dos aspectos acima citados, cabe ao médico veterinário observar a presença de sinais clínicos de doenças infecto contagiosas, tais como, gripe, garrotilho, etc... Patologias Relacionadas As principais patologias relacionadas às provas de resistência são: •Síndrome de exaustão •Lesões no aparelho locomotor •Lesões musculares •Miopatia de esforço •Feridas e escaras

MV Paulo Eduardo Fasano MV Roberto Turato Veterinários especializados em Enduro Equestre A hidratação é fundamental para o bom desempenho dos animais. Abril, 2019

Revista Mangalarga

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Espaço Técnico Espa

MACIEZ E COMODIDADE Para muitos, maciez e comodidade são a mesma coisa, porém quando analisados de forma rigorosa temos a certeza que não

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horizontais, frontais ou laterais -, ou seja, temos qualidades que nos proporcionam conforto pleno. Dessa maneira, listamos algumas definições que irão nos ajudar a entender um pouco melhor o que se busca na avaliação dos animais. Maciez - Uma marcha equilibrada, movimentos sincronizados, aliados a uma estabilidade corpórea, que permitem que o animal mostre sua maciez. Com traços suaves, brandos e muito conforto. Temperamento - Docilidade, responsivo, sem rebeldia, sem reações inesperadas às ajudas do cavaleiro, afinal um animal tenso tira a comodidade e conforto ao ser avaliado. Comodidade - Entendemos que ao ser avaliado o animal tem que ter equilíbrio na movimentação, o que mantém sua estabilidade de tronco e a ausência de oscilações, impactos, atritos ou qualquer outro desconforto. Importante lembrar que o comportamento do animal também interfere na avaliação. Temperamento, equilíbrio, franqueza e apoio adequado na embocadura oferecem, sem dúvida, comodidade. Equitação - Um animal des-

contraído, relaxado, com apoio ideal, sem pesar, ou até mesmo leve demais. Animal franco, quando exigido por qualquer comando do cavaleiro, sem reações nas ajudas das pernas ou rédeas, que reaja no bocado. Hoje temos acompanhado a evolução nas pistas de julgamentos, na criação e apresentação, temos visto animais solícitos, bem equitados, muito preparados, que nos dão prazer ao serem montados. Mas vale afirmar que mesmo com tanta qualidade e evolução, maciez e comodidade nem sempre andam juntas. Cavalo Mangalarga, um verdadeiro espetáculo! Foto: Divulgação

U

ma grande evolução dos animais tem sido notada nas copas e exposições da raça no decorrer dos anos. Progresso semelhante tem acontecido com os treinadores e apresentadores, que vêm buscando cada vez mais aprimorar e aperfeiçoar suas apresentações. Vale lembrar que esta evolução vem ocorrendo na criação também. Vemos criadores apurando sua genética em busca de uma seleção de alto nível, o que acaba intensificando cada vez mais o trabalho dos jurados nas competições. Sabemos que o sonho do apresentador e do criador é chegar o mais próximo possível da perfeição. Buscamos um animal equilibrado, com um bom diagrama, seguido de rendimento e regularidade, um animal com estilo e claro uma boa equitação para se ter um animal solícito, “macio e cômodo”, porém esses quesitos acabam em determinado momento gerando polêmica pois nem sempre um animal macio pode estar cômodo. Para muitos, maciez e comodidade são a mesma coisa, porém quando analisados de forma rigorosa temos a certeza que não. Quando falamos em maciez, sentimos um animal suave, sem asperezas. Ausência de impactos, atritos - sejam verticais ou

Dalva Marques Treinadora e apresentadora do Rancho Bigorna Jurada de muares e equinos de marcha


Espaço Técnico cnico

Por Matriz da Comunicação Fotos: Matriz da Comunicação

GENÉTICA EQUINA Biotecnologia que otimiza a utilização do sêmen equino já está disponível no mercado brasileiro

E

stá ganhando força no país uma nova técnica de reprodução equina. Tratase da ICSI – sigla que abrevia, em inglês, Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide –, responsável pela produção de embriões in vitro a partir de uma injeção de um único espermatozoide dentro de cada óvulo. Até pouco tempo, a reprodução de animais de alto valor genético por meio da técnica ICSI era oferecida por apenas cinco laboratórios em todo o mundo, localizados nos EUA e Europa. Agora, essa técnica pioneira também já está disponível comercialmente para os criatórios de equinos de todo país por meio do trabalho desenvolvido pelo embriologista Marc Maserati e pela médica veterinária Perla Fleury. De acordo com Perla Fleury, “na inseminação artificial convencional, necessitamos de um mínimo de 150 milhões de espermatozoides viáveis, enquanto na ICSI só precisamos de um. Sendo assim, essa técnica tem a vantagem de permitir a produção de gestações utilizando um sêmen de baixa qualidade, ou raro, ou ainda de alto custo, como é o caso de sêmen congelado comercializado por palheta”. Ela ressalta, complementando que a tecnologia também possibilita a produção de embriões de éguas, que não respondem mais à técnica convencional de transferência de embriões por diversos problemas reprodutivos. O processo ocorre em quatro

etapas: inicialmente é realizada a aspiração folicular das éguas, recuperando os óvulos; o segundo processo é a maturação in vitro, ou seja, o preparo do óvulo até o ponto de fertilização; em seguida, os óvulos maduros recebem uma injeção de um único espermatozoide, dando a eles o potencial de se transformar em embriões, o que ocorre em até oito dias. A porcentagem final de embriões produzidos é de 20%. Perla já contabiliza 34 potros nascidos pela técnica e mais 98 gestações em andamento, o que posiciona o país como líder na América Latina. Financeiramente falando, a veterinária calcula que, para a produção de uma gestação através da ICSI, o criador investe

em torno de R$ 19.000,00, valor considerado baixo se comparado ao alto ganho genético no criatório.

Preparo dos óvulos para a utilização da técnica ICSI.

Veterinários realizam a aspiração folicular das éguas. Abril, 2019

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A voz do criador

LIDERANÇA NACIONAL ADIADA POR UMA FRAÇÃO DE SEGUNDO

Um equívoco conceitual e a vaidade associada à cultura do cavalo generalista, exclusivo e completo construíram juntos o maior erro mercadológico da história da equinocultura nacional

S

abemos que o consumidor se guia por mensagens objetivas e fáceis de assimilar, que possam permitir com absoluta eficiência que ele identifique no produto oferecido as características, atributos e funcionalidades que vão de encontro à sua expectativa e que possam suprir efetivamente suas necessidades. Deixar de se conferir, aos olhos do público consumidor, uma identidade ao produto, prescindindo-se de mensagens transmitidas de forma clara e objetiva, constitui erro primário e grotesco, independente das prioridades transitórias de uma gestão ou da espécie de atividade mercantil, pois significa subtrair da percepção do consumidor qualquer possibilidade de que este associe as qualidades e particularidades do produto apresentado ao atendimento de seus desejos e necessidades. Neste contexto, o potencial consumidor leigo do cavalo de função se permitirá guiar pela mensagem objetiva que lhe for transmitida, em prejuízo de quaisquer outras menos eficientes, e saberá de forma intuitiva encontrar o produto que supostamente melhor atenda à sua expectativa. Da mesma forma a mensagem clara e transparente associada ao cavalo de marcha será absorvida sem dificuldades por seu público potencial consumidor, 72

Revista Mangalarga

Abril, 2019

que ignorará aquelas que falharem, seja por força da ineficiência de um conteúdo pouco persuasivo, seja por equívocos no propósito elementar de melhor transmitir as características do produto que lhe conferem identidade. Com base nesse fundamento agiram estratégica e inteligentemente as raças ditas especialistas. O idealismo audacioso e até muito bem intencionado de se

produzir um cavalo genuinamente brasileiro, que preservasse suas características precípuas, mas que seguisse o modelo internacional do cavalo de sela, sugeriu um norte promissor, mas que falhou tanto por subvalorizar as linhagens castiças e os principais atributos associados à identidade de nosso animal, a exemplo de sua marcha, quanto por menosprezar a expectativa do público consumidor em relação ao nosso cavalo, subestimando também as naturais e previsíveis modificações do perfil deste público ao longo do tempo. O conceito clássico da famigerada “marcha trotada” com seu “tempo ínfimo de suspensão” afrontou não apenas o entendimento consensual de grandes estudiosos internacionais da dinâmica do movimento dos equinos, o que se depreende facilmente de tratados e artigos internacionais que buscaram perscrutar e dissecar o tema, cujos conteúdos associam a suspensão

Foto: Divulgação

Detalhe de movimentação de animal da raça.


A voz do criador ador invariável e exclusivamente a uma característica privativa do trote e do galope, mas jamais da marcha. A retórica impactante e o discurso sedutor e persuasivo do “andamento único no mundo” (contra o qual argumentos não caberiam em um único artigo), frase pronta de tradicionalistas e música aos ouvidos dos vaidosos, assim como o receio infundado de se aproximar, ainda que vagamente, dos preceitos e normas preconizadas no cartório da concorrência, não permitiram reconhecer que animais morfologicamente superiores e com marcha predominantemente diagonal mas com ligeira dissociação, portanto dentro do padrão racial, podiam ser, além de macios, também cômodos, equilibrados, progressivos e funcionais. Sugiro que você, mangalarguista apaixonado como eu, respire fundo antes de ler o próximo parágrafo. Na verdade, ainda que se conceba a hipótese de que seu estímulo tenha encontrado justificativa em fatores circunstanciais, os quais subsistiram por um lapso temporal, a cultura e o fomento histórico da “marcha trotada”, símbolo maior do cavalo originalmente idealizado como completo e multifuncional, além de inflarem egos e alimentarem vaidades, trouxeram consequências desastrosas ao posicionamento da raça no mercado nacional do cavalo. A fração de segundo que identifica a nefasta ínfima suspensão, marca registrada do andamento alardeado e propalado por anos como conquista zootécnica pela doutrina conservadora, edificou um paradoxo que se transformou no maior erro mercadológico da história da equideocultura nacional: a característica de andamento concebida originalmente como um selo racial ou um registro de identidade, trunfo maior de uma malfadada tese que posteriormente se revelou inócua tanto para o selecionador quanto para o

mercado, e que celebrou o cavalo generalista perfeito e multiuso, mostrou-se determinante de fato na idealização de um produto final completamente sem identidade aos olhos do público consumidor leigo. Este, habituado às mensagens objetivas e facilmente assimiláveis, revelou-se confuso em meio às parcas e atropeladas mensagens do cavalo que teoricamente faria de tudo embora não fosse especialista em nada, não teve condições sequer de identificar o cavalo Mangalarga como um animal de marcha (termo até pouco tempo preterido pelos próprios mangalarguistas), muito menos como um animal de esporte ou função, e natural e espontaneamente preferiu guiarse pela assertividade e pelas mensagens objetivas de raças que melhor souberam transmitir sua identidade. Somam-se a essa triste constatação, e como forma de se consubstanciar a absoluta incoerência deste modelo, quatro fatos

incontestes: - o primeiro, que não há um único selecionador que almeje o êxito em pistas ou a viabilidade financeira de sua atividade, que selecione como produto final o andamento conforme descrição clássica da marcha trotada; - o segundo, que as circunstâncias que décadas atrás ensejaram a adoção da marcha trotada como modelo de andamento eram completamente distintas; de um lado o padrão de comportamento do consumidor era outro, e suas modificações no decurso do tempo são inquestionáveis; de outro, as características morfológicas qualificantes associadas ao cavalo de sela almejado, e que imaginavam à época privativas de cavalos com algum nível de suspensão e sem dissociação (à qual associavam por sua vez incorreções de conformação), hoje não guardam relação direta com a variabilidade do Abril, 2019

Revista Mangalarga

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A voz do criador diagrama de marcha e da frequência de apoios para o universo dos indivíduos que se enquadram no padrão racial; - o terceiro, que nossos melhores animais, assim reconhecidos por técnicos e árbitros devidamente credenciados a julgá-los, registram comprovadamente, através de recursos tecnológicos de análise biomecânica, uma frequência de tríplices, e por consequência de dissociação muito superior à suspensão;

Em outras palavras, o pensamento conservador e retrógrado que tornou indissociáveis o cavalo generalista “completo” e a marcha trotada, além de destituído da mais elementar fundamentação técnica, extrapolou o flagrante equívoco conceitual sob a ótica internacional, ou a mera contradição intrínseca sugerida pelo nome “padrão” do andamento de nossos animais, para de fato ignorar-lhes as mais genuínas virtudes, desconsiderar suas naturais limitações e subtrairlhes a identidade, privando-os por consequência e por longo tempo de qualquer perspectiva de reposicionamento no mercado. Tudo em nome do propósito de se defender um modelo que se revelou incapaz de contemplar tanto os interesses e a sobrevida do selecionador quanto a percepção do principal agente imprescindível ao crescimento, o consumidor. A notícia fantástica a ser 74

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efusivamente comemorada por todos nós mangalarguistas, além da notória evolução zootécnica de uma raça reconhecida nacionalmente seja pela contribuição genética aos mais diversos projetos de seleção do cavalo de sela, seja pelo nível de equitação ou pelas irrefutáveis qualificações morfológicas e dinâmicas de seu plantel, é que o resgate da identidade do cavalo Mangalarga, iniciado em administrações anteriores e impulsionado nesta gestão, bem como a valorização de preciosas linhagens castiças hoje são uma realidade. Da mesma forma devemos comemorar o fato de que o público consumidor que se multiplica em todos os Estados do Brasil já absorve com facilidade a mensagem que se quer e que se precisa transmitir. Isso significa também que nossos criadores vêm cumprindo com excelência sua missão, inclusive aqueles mais conservadores, cujo apego emocional a uma nomenclatura não afeta o bom senso

que os impede da aplicação prática de sua descrição conceitual. Todo este quadro favorável coloca a raça Mangalarga em uma posição de proeminência dentre as raças do segmento, com a melhor perspectiva a médio prazo de ampliação de sua participação percentual no mercado do cavalo de marcha no Brasil. Vamos em frente, rumo à liderança do mercado nacional do cavalo de sela e de marcha, da qual nos distanciamos, literalmente, por uma fração de segundo! Foto: Divulgação

- o quarto, que aqueles indivíduos notabilizados em pista e tidos consensualmente como superiores, de comodidade e maciez acima da média haja vista que infimamente dissociados, registram indicadores relacionados às demais variáveis do andamento, como progressão, equilíbrio, rendimento e regularidade igualmente acima da média.

Por Rogério Cruz Dias Teixeira Sócio Nº 07109


Fotos: Marcio Mitsuishi

Momento Social - 2º Leilão CASS Fest

Geraldo Castro Filho, Rodrigo Paradeda, Thom D’Angieri, Marcelo Pardini, Paulo Horto, Cassiano Terra Simão, Thiago D’Angieri e Atillio D’Angieri

Ivan Costa, Geraldo Castro Filho, Thom D’Angieri, Marcelo Pardini, Paulo Horto, Beto Pilnik, Patrícia Simão, Cassiano Simão, Rebeca Simão, Catarina Simão, Thiago e Attilio D’Angieri

Ivan Costa, Beto Pilnik e Paulo Eduardo Corrêa da Costa

Ivan Costa, Beto Pilnik, Cassiano Terra Simão, Eduardo Silvestre e Thom D’Angieri

João Paulo Fagundes, Cassiano Terra Simão e Thom D’Angieri

Kadão, Samuel, Thom D’Angieri e Cassiano Terra Simão

Plínio, Marco Paulo e Emiliano Novais

Geraldo Castro Filho, Thom D’Angieri, Cassiano Terra Simão e Kleber Leite

Patrícia Simão e Daniela

Rubinho, Cassiano Terra Simão, Rubens Furlan, Thom D’Angieri, Thiago D’Angieri e Jorge

Paulo Puttini, Vanderli Puttini, João Paulo Puttini, Thom, Thiago e Attilio D’Angieri, Gerson Franceschini e Tatiana Franceschini, Fausto D’Angieri e Fernando

Geraldo Zinato, Fernando e Lourenço Botelho

Thiago D’Angieri, Cassiano Terra Simão, Gabriel Marques, Cristiano Benzota, Thom D’Angieri e amigo

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Revista Mangalarga

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Momento Social - 2º Leilão CASS Fest Mome

Cassiano Terra Simão, Luís Fernando Pugliese, Thiago e Thom D’Angieri

Dirk Kalitzki, Patrícia Simão, Cassiano Simão e Ilda Kalitzki

Cassiano Terra Simão e Fernando Tardioli

Bruno, Leo e Eduardo Augusto Figueiredo, Marco Cosi e amigo e Beto Pilnik

Cassiano Terra Simão e Felipe Loureiro

Ari Borsato, Cassiano Terra Simão, Alexandre Borsato, Thom D’Angieri e amigo e Geraldo Castro Filho

Cassiano Terra Simão, João Paulo Fagundes, Daniela Fagundes e filhas Bruna e Rodrigo Novais

Cassiano Terra Simão, Rodolfo Pousa, Lucas Fayad e Thom D’Angieri

Cassiano Terra Simão, Thom D’Angieri e Stella Junqueira

Alexandre Ribeiro, Cassiano, César e Thom D’Angieri

Cintia, Mônica, Cassiano, Patrícia, Marjorie, Gabriela e Daniela

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Cassiano Terra Simão e Paulo Puttini


Momento Social - 2º Leilão CASS Fest

Thiago e Thom D’Angieri, Fabio Tarpinian e Cassiano Terra Simão

Thom D’Angieri, Cassiano Terra Simão e Paulo Puttini

Marcelo, Ricardo, Cassiano, Marcelo e Alexandro

Marco Paulo e Plínio

Marcos Vinícius e esposa, Cassiano Terra Simão, Marcelo e esposa e Thom D’Angieri

Nelson e família

Cassiano Terra Simão, Thom D’Angieri, Moisés e José Sabá

Claudia Iorio Budweg, Paulo Eduardo Corrêa da Costa e Marisa Iorio

Thom D’Angieri, Cassiano Terra Simão, Paulo Eduardo Corrêa da Costa, Marisa Iorio e Marina Iorio

Thom D’Angieri, Tito e esposa e Joel Gonçalves

Marcelo Barbará e esposa

Catarina e Patrícia Simão

Thom D’Angieri, Cassiano Terra Simão, Joel Gonçalves e Mayara

Sarah e Luciana

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Momento Social - Recepção aos novos associados e Premiação do Ranking 2018 Mome

Guilherme Saad, Nelson Braido, João Frugis e Eduardo Rabinovich

Dirceu Thomaseto, Pedro Castedo e Luís Sianga

Cauê Hueso, Rodrigo Orlando, Felipe Angelin e Guilherme Saad

Camila Glycerio, Cristiano Benzota e Paulo Pacheco

Willian Machado, Eduardo Rabinovich e Paulo E. C. da Costa

João Frugis, Luis Opice, Felipe Angelin e Thom D’Angieri

Paulo Eduardo C. da Costa, Marisa Iorio e Camila Glycerio

Jacira Meneses e Andreza Jackelline

Os representantes da Guabi Natália Schimidt e Cláudio Sabadini

Jéssica Lopes, Lúcio Inocêncio, José Benedito e Eliana Aquino

Fellipe Araujo, Rodrigo Orlando e Lúcio Inocêncio

Eudes Pedro e Deusdeta Pedro

Thom D’Angieri e Dirceu Thomaseto

João Frugis, Felipe Angelin, Cauê Hueso, Luís Sianga e Youssef Haddad

Thiago D’Angieri, Attilio D’Angieri e Thom D’Angieri

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Revista Mangalarga

Abril, 2019


Fotos: Norberto Cândido

Momento Social ocial

Joel Fernandes e Mayara Gonçalves

Artur Silva e Ecléia Fernandes

Felipe Angelin, Joel Fernandes, Fellipe Araujo, Deusdeta Pedro, Artur Silva e Marcelo Junqueira

Sérgio Rodrigues, Jéssica Miorim e Rosangela Miorim

Nadia Andrea e Marcelo Junqueira

Vera Almeira, Dione Marcondes, Marcelo Vegas e Jacira Meneses

Almiro Esteves Junior e Paulo Pacheco

Paulo E. C. da Costa e Eduardo Figueiredo Augusto

Thom D’Angieri, Felipe Angelin, Joel Fernandes, Attilio D’Angieri e Marcelo Mastrobuono

Sarah Zinato e Geraldo Zinato

Nelson Braido, Cláudio Sabadini, Natália Schimidt e Luis Opice

Nilson Costa, Anderson Cristiano e Pedro Rebouças

Luís Sianga, Cristiano Benzota e Romeu Cianciarulo

Ronaldo de Souza, Fernanda Moura e Ingredi Moura

Ramon Amaral, Felipe Amaral e Madja Amaral

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Fotos: Norberto Cândido

Momento Social - 4º Leilão Haras Tarlim Mome

Oduvaldo , José Luiz e Cleyton Rosa.

Fernando Tardioli, Arnaldo A. Prado e Carolina de A. Prado.

Caio Ribeiro, Marina M. Ribeiro, Natália Marques, Ana Marques e Dil Marques.

Mateus Marques, Gabriel Marques, Graziela Marques, João Marques e Pedro Marques.

José R. Brandi, Rafaela A. Brandi, Antônio A. Brandi, Luís Brandi e Rita Brandi

Fernando Tardioli, Toni Thomé, Adib Ismael, Sérgio Henrique e Miguel Piva.

Josué E. C. V. Grespan, Dil Marques, Felipe Lopes e Juliana Cobrinha.

Carol Alves, Guilherme Barbeitos e Josué E. C. V. Grespan.

Almir Campos, Guilherme P. P. Saad, Gabriel Saad e Beatriz Biagi Becker.

José Poerchi, Antonio Poerchi e Cleber Yamamura.

Caico Cintra, Gabriel Saad, Guilherme P. P. Saad, Eduardo Rabinovichi, João Paulo Fagundes e José Luiz de Andrade Neto.

Robson Adriano, Angélica de Paula, Tiago de Paula e Clara de Paula.

Vinicíus J. Curi, Geraldo de Castro, Roberto Pilnik e Eduardo Augusto.

José Lamartine Cintra, Conrado Cintra, Renata M. P. P. Cintra e José Lamartine Cintra Filho

Rafaela Jala, Guilherme Salla, Hislaine Salla e Pedro Salla.

Fábio Tarpinian, Murilo Leite, Renata Leite e Kleber Leite

Eduardo Leite Cintra e Marcelo Zarif.

Josué E. C. V. Grespan, Beth Junqueira de Andrade, Dalva Marques e Carla Leandra.

Dalva Marques, Silvio Parizi, Carla Leandra e Luiz Fernando.

Linda Ferreira, Antônio Carlos Ferreira Filho e Antônio Carlos Ferreira.

Sérgio Paoliello, Fernando Antunes, Celso Paoliello, Vinicius J. Curi, Leno Gabriel, José R. P. de Campos, João P. G. F. Filho e Eloi de A. Prado

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Momento Social - 4º Leilão Haras Tarlim arlim

Rodrigo Bertti e Julio Paixão.

José Larmatine Cintra Filho, José Lamartine Cintra, Maria Rita e Jeferson Jardim.

Paulo Eduardo Correa da Costa, Jeferson Camilo, Marisa Iorio, Maria Sueli Lince, Ana Cristina e Ricardo Erthal.

Gilberto Piovesan, Rodrigo Paradeda, Frederico Xavier, Larissa Cândido e Rover Ribeiro.

Antoniele Fernando, Josiane Cardoso Matta Vidotti, Luís Brandi e Alaor Vidotti.

Andréia Raucci, Fernando Raucci, Paulo Horto e Sandra Horto.

Hermann Alex Mahnke, Marcelo Toledo, Luís Opice e Armando Raucci.

Mirella Bergamini e Cristiano Benzota.

Luís Brandi, Alaor Vidotti, Josiane Cardoso Matta Vidotti e Perla Fleury.

Lucimara Ribeiro e Marina Ribeiro Siqueira.

Leandro Pasqualini e Oscar Jannes.

Gabriel Fleury, Israel Iraides da Costa, Marcelo Cerqueira e Nadya Cristiane.

Beto Falcão, Benedito Carlos e Lucas Schiavi.

Sérgio Luiz, Geraldo Castro Netto, Rodrigo Novais e Cristiano Benzota.

José Mário, Rodrigo Orlando, Adaldio J. Castilho Filho e Paulo Roberto de Oliveira Vilela Filho.

Natália M. Cury Lois, Roberto Pilnick e Claudio Mente.

André Lisboa, Rodrigo Bertti e Rodrigo Orlando.

Conrado de Almeida Prado e Marcos S. de Almeida Prado.

Miguel Piva, Adib Ismael, Beto Cassiano, Fernando Soubhia, Marcelo Biroli, Sérgio Henrique e Toni Thomé.

Simone Loureiro e Felipe Hamilton Loureiro.

Pedro de Paula e Vânia de Paula.

Bruno Augusto, Eduardo Figueiredo Augusto e Leonardo Augusto.

Helena Miranda, Carlos Miranda, Lucca Tardioli e Renato Tardioli

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Momento Social - 4º Leilão Haras Tarlim Mome

Evandro Albino, Almiro Esteves Netto e Valmiro Junior.

Attilio D’Angieri Neto, Flávia B. A. D’Angieri e Thiago D’Angieri.

Luís Opice, Gabriel Saad, Guilherme P. P. Saad e Pedro Castedo.

Marcelo Toledo e Hermann Alex Mahnke.

Renato Tardioli, Mariana Tardioli, Arlindo Lima e Carolina Garrafa

Emiliano Abraão Sampaio Novais, Fernando Tardioli e Rodrigo Novais.

Felipe Novais, Alice Novais, Glaucia Novais, Rodrigo Novais e Carlos André Darrós

Eduardo Silvestri e Ivan Costa.

Arnaldo Pereira, Ana Heloisa, Sueli Lince e Jacira Meneses.

Jeferson Ferreira Jardim, Valdomiro Junior, Ricardo Erthal, Ana Cristina e Evandro Albino.

Guto Souza, Rodney Pereira Leme e Sidney Ferreira.

Ana Maria, Sueli Lince e Jacira Meneses. Paulo Pacheco Silveira e Camila Glycerio.

Célia Grandella, Bia Meireles Bertholino, Rinaldo Bertholino e Zequinha Freire.

Mônica R. da S. Ferreira e Antônio Carlos Ferreira Neto.

Carolina Garrafa, Pietro Zalcmann, Davi Monteiro Ribeiro, Andrea Monteiro e Alexandre de Oliveira Ribeiro. Alexandre Fonseca e Stephanie Zalcmann

Leslie De Nigris, Sérgio Paiva e Cleber Yamamura.

João Carlos Consolini, Edna Consolini, Pietro Zalcmann e Stephanie Zalcmann

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Abril, 2019

José Luiz de Andrade Neto e FernandoTardioli.

Fernando Tardioli e José Rubens.


Momento Social - 4º Leilão Haras Tarlim arlim

Fernando Tardioli, Márcia Duarte, Maurício Pimentel e João Teixeira Filho.

Arlindo Lúcio, Fernando Tardioli e Renato Tardioli.

Geraldo Franco e Martin Herman.

João Carlos Consolini, Edna Consolini e Arlindo Lúcio

Laerte Martinez, Almiro Esteves Netto, Camila R. Martinez Iembo, João Pedro Iembo e Cesar Iembo.

Roberto Pilnick, Fernando Tardioli, Vanesa Mesquita. Thom D’Angieri, Cassiano Terra Simão e Alaor Vidotti

Eduardo Magalhães, Atos Magalhaes, Carolina Garrafa e Fernando Tardioli

Bruno V. Petrucci e José Roberto Petrucci.

Fernando Tardioli, Mirella Tardioli, Isabella Tardioli e Beatriz Tardioli.

Claudia e Sabine.

Rodrigo Paradeda, Angelica Paradeda e Manuela Paradeda

Josiane Cardoso Matta Vidotti, Alaor Vidotti e Fernando Tardioli.

Juliana Campos, Dimetri Campos, Almir Campos e Marelea Campos.

Jânio Junior, Jânio Caruzo e Paulo Roberto de Oliveira Vilela Filho.

Fernando Montenegro, Júlia e Emiliano Novais

Davi Monteiro Ribeiro, Andrea Monteiro e Mônica R. da S. Ferreira.

Cassiano Terra Simão, Fernando Tardioli e Vinicius João Curi.

Renato Tardioli, Lucca Tardioli, Mariana Tardioli e Gabriela Tardioli

Abril, 2019

Revista Mangalarga

83


Momento Social - 4º Leilão Haras Tarlim Mome

Kika Guimarães, Sigismundo Fasssbender, Luís Opice e José Puerchi.

Beatriz Tardioli, Mirella Tardioli, Lorena Tardioli e Isabella Tardioli

Fernando Tardioli e José Carlos Semenzato

Daniela Fagundes, João Paulo Fagundes, Joaquim, André, Manuela e Joana Gregorin Fagundes.

Felipe Hamilton Loureiro, Simone Loureiro, Fernando Tardioli, Josiane Cardoso Matta Vidotti, José Luiz de Andrade Neto e Alaor Vidotti.

Revista Mangalarga

Abril, 2019

Luíz G. Alves Esteves, Cesar Iembo, Nendo Alves Esteves, Almiro Esteves Netto, Geraldo S. Castro Neto e João Pedro Iembo.

Luiz Fernando Magnabosco, Cristina Franco, André e Luciana Friedhein, Fernando e Mirella Tardioli, Celina Levy. Renato Tardioli, Lucca Tardioli, Cristina Franco, Fernando Tardioli, Beatriz Tardioli, Luiz Fernando Magnabosco e Juninho Bessa

Espaço Empresarial Esp

84

Fernando Antunes, Vinicius J. Curi, Dil Marques, Thom D’Angieri, Cassiano Terra Simão, Almiro Esteves Netto, Fernando Tardioli, Norberto Cândido e Beth Menezes.


Fidelidade Mangalarga ga

www.harasitape.com.br Tel.: 19 99232-7733

Abril, 2019

Revista Mangalarga

85


Índice de Anunciantes Haras Lagoinha

JLC Projetos

Página 1 (Capa)

Página 27

Haras Braido

Guabi

Pág. 2 (2ª Capa)

Págs 32 e 33

Leilão Haras Paradise

Férias Mangalarga

Página 7

Página 61

Leilão ACF

Classificados ABCCRM

Pág. 12

Página 65

Prime Selection Página 13

Espaço Empresarial Página 84

Haras Lagoinha

Fidelidade Mangalarga

Páginas 17

Página 85

Haras EFI

Fazenda Nova Esperança

Págs 20 e 21

87 (3ª Capa)

Mader Silva

Fazenda São Gregório

Página 23

Página 88 (4º Capa)

Portas para Baia

General Motors Página 24 e 25

86

Revista Mangalarga

Abril, 2019




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