Revista mangalarga agosto 2014 (1)

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E DITORIAL

80 Anos de Tradição Amigos mangalarguistas, A raça Mangalarga vem vivendo uma fase muito boa. Temos constatado um expressivo crescimento no nĂşmero de exposiçþes, provas de andamento e cavalgadas, alĂŠm de observarmos ano a ano o crescimento no nĂşmero de potros registrados. O mercado da raça tambĂŠm vive Ăłtima fase. Este ano, teremos cerca de 35 leilĂľes, nĂşmero bastante superior ao que vĂ­nhamos registrando nas temporadas anteriores. O mais importante, entretanto, ĂŠ que esses remates vĂŞm tendo liquidez e preços extremamente razoĂĄveis, representando uma importante porta de entrada na raça para muitos novos criadores. A Associação tem, aliĂĄs, procurado prestigiar esses novos criadores, dando incentivos para que cada vez mais pessoas venham se associar e recepcionando aqueles que chegam Ă Mangalarga. Exemplo disso foi o coquetel de boas-vindas promovido no mĂŞs de junho para receber os novos associados na sede da ABCCRM. Este resultado positivo ocorre em função das excepcionais qualidades do nosso cavalo e da constante diVULGA”O DESSES ATRIBUTOS !kNAL AS pessoas encontram no Mangalarga um andamento cĂ´modo, temperamento calmo e disposição de andar, qualidades que o tornam o cavalo ideal para quem quer passear, fazer cavalgadas ou utilizar o cavalo em disputas hĂ­picas e na lida no campo. A funcionalidade do nosso cavalo tambĂŠm esteve recentemente em destaque com a Etapa Aberta de Orlândia da Copa de Andamento. Realizada na Fazenda Boa Esperança, do Dr. Geraldo Diniz Junqueira, a competição possibilitou aos conjuntos participantes exibirem toda sua potencialidade em uma prova de cross country nos moldes do Coronel Edwin Day e na disputa de andamento, que contou com uma

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CONkGURA”O ESPECIAL UNINDO O JULgamento em pista ao percurso em estrada. Por sua vez, o calendĂĄrio comemorativo do octogĂŠsimo aniversĂĄrio da ABCCRM continua movimentado. No mĂŞs de julho, tivemos o Raid Mangalarga 80 Anos, cavalgada que percorreu um trajeto de 186 quilĂ´metros entre Campos de JordĂŁo e Paraty, contando em seu encerramento com uma homenagem a Dom JoĂŁo VI, que trouxe ao Brasil os cavalos da Coudelaria de Alter que deram origem ao Mangalarga, o cavalo de sela brasileiro. A solenidade foi inclusive prestigiada por seu descendente Dom JoĂŁo Henrique de OrlĂŠans e Bragança. JĂĄ neste mĂŞs de agosto, ocorreu a Festa da FamĂ­lia, evento que novamente proporcionou um congraçamento especial da comunidade mangalarguista, promovendo uma merecida homenagem aos ex-presidentes Clodoaldo Antonangelo, Felippe de Paula Cavalcanti de Albuquerque Lacerda Filho e Reginaldo Bertholino. AlĂŠm disso, mais atraçþes estĂŁo por vir, como o Jantar Comemorativo, previsto para acontecer durante a 36ÂŞ Nacional, e o SimpĂłsio Mangalarga, que proMOVERÂś UMA PROFUNDA RElEXÂťO SObre o passado, presente e futuro do Cavalo de Sela Brasileiro. Em Assembleia ExtraordinĂĄria, REALIZADA NO kM DE JULHO TIVEMOS aprovadas importantes alteraçþes no Estatuto da Associação. Entre outras mudanças, a categoria SĂłcio UsuĂĄrio passou a admitir que o associado possua criação prĂłpria de atĂŠ cinco animais, enquanto a Diretoria Executiva teve sua composição alterada, passando a ser formada por um Diretor Presidente e seis Vice-Presidentes. O nosso cavalo estĂĄ ganhando ainda um importante meio de divulgação: o programa “TV Mangalarga – O Cavalo de Sela Brasileiroâ€?. A atração irĂĄ ao ar nas noites

de domingo pelo Canal Terra Viva, levando a todo Brasil um rico panorama da história, das aptidþes e dos eventos da nossa raça. O cavalo Mangalarga alcança, assim, um novo patamar, fazendo jus aos criadores que tanto se empenharam para a evolução da raça nesses 80 anos de trabalho em prol da ABCCRM. 0OR kM CONCLAMO TODOS OS APAIxonados pelo Cavalo de Sela Brasileiro a prestigiarem a 36ª Nacional Mangalarga, em Franca (SP). Este grande evento vai muito alÊm das provas e julgamentos. Trata-se de uma ocasião ímpar de congraçamento na qual podemos encontrar velhos amigos, fazer novas amizades e conversar sobre o nosso cavalo, entrando em contato com distintos pensamentos e visþes, tudo de forma descontraída e prazerosa. Ganhar ou perder são possibilidades às quais todos os participantes estão sujeitos. O importante Ê irmos com espírito observador, atento e isento, para podermos analisar de forma objetiva o que pode ser realizado para aprimorar cada vez mais a nossa raça. Assim, vamos nos unir em torno do nosso querido Mangalarga, participando ativamente da Nacional que se aproxima e levando família e amigos para que possam vivenciar conosco este incrível momento do Cavalo de Sela Brasileiro.

Grande abraço e pÊ no estribo, Mårio Barbosa

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ร NDICE TERRITร RIO CAVALGADA Festa da Famรญlia Mangalarga .............. 08 Raid da Amizade ................................. 11 Raid Mangalarga 80 Anos................... 12 Cuecada 2014 ..................................... 14 Cavalgada Amigos do Mangalarga ......................................... 16

CIRCUITO DE EXPOSIร ร ES Expoingรก 2014 .................................... 18 Expo Londrina 2014 ............................ 20 12ยช Feicampo ...................................... 22 Expoagro Franca 2014 ........................ 24 Exposiรงรฃo de Guaratinguetรก............... 26 Exposiรงรฃo de Mococa......................... 28 Exposiรงรฃo Brasileira 2014 ................... 30 Exposiรงรฃo de Atibaia .......................... 32 Facilpa 2014 ........................................ 34 Expo Jequiรฉ 2014................................ 36 Expo Vitรณria da Conquista ................... 38 Expo Braganรงa 2014........................... 40 37ยช Expointer ....................................... 42 36ยช Nacional Mangalarga .................... 44 Exposiรงรฃo de Itapetinga ..................... 48 Exposiรงรฃo de Brasรญlia .......................... 50

PANORAMA MANGALARGA Gustavo Diniz Junqueira ..................... 52 Joaquim Romero Fontes ..................... 54 Simpรณsio Mangalarga 2014 ................ 55 8ยช Copa de Jundiaรญ .............................. 56 Copa de Campos do Jordรฃo............... 60 Copa de Andamento de Orlรขndia ....... 66 Mangalarga no Caribe ........................ 68 Livro de Mรฉrito..................................... 70 Livro Aberto ......................................... 70

E XPEDIENTE ABCCRM 80 ANOS O Mangalarga em Sรฃo Paulo .............. 96

LAZER & CULTURA Mangalarga ganha programa

ABCCR MANGALARGA !V &RANCISCO -ATARAZZO s 0AVILHร O h$R &AUSTO 3IMร ESv s 0ARQUE DA ยซGUA "RANCA 3ร O 0AULO 30 s %NVIO DE #ORRESPONDร NCIAS %XCLUSIVAMENTE #AIXA 0OSTAL #%0

de TV ................................................... 98 Uma travessia na Mongรณlia ............... 100 O Cavalo Mangalarga em Goiรกs ....... 106

HARAS EM DESTAQUE Haras A.E.J........................................ 110

PROFISSIONAL DE SUCESSO Josรฉ Aparecido Freire ....................... 116

MERCADO & FINANร AS Leilรฃo Mangalarga da Origem .......... 120 Leilรฃo Prestรญgio Otnacer .................... 121 Leilรฃo Precioso & F1.......................... 122 Leilรฃo Toada Mangalarga .................. 123 Leilรฃo Haras Atibaiense .................... 124 Leilรตes movimentam a Expo Brasileira............................................ 125 2ยบ Leilรฃo Virtual Reserva Especial ..... 125

RADAR EQUESTRE Um breve panorama das notรญcias que movimentam o setor................................................ 126

MANGALARGA COLORIDO Pelagens na 36ยช Nacional ................. 127 6ยบ Leilรฃo Celebridades ...................... 128 Expo Preto 2014 ................................ 129

ESPAร O Tร CNICO Mais um pouco de adequaรงรฃo nas rรฉdeas........................................... 74 Memรณrias de um cavalo ...................... 81 Histรณria da Genรฉtica............................ 82 O Fornecimento de Volumoso na Entressafra .......................................... 86 Avaliaรงรฃo e seleรงรฃo do cavalo Mangalarga ......................................... 90 Mundo Agro......................................... 94 O Cavalo de SELA Internacional x O Cavalo de Sela Brasileiro.............. 95

ASSOCIAร ร O BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAVALOS DA RAร A MANGALARGA

MOMENTO SOCIAL Leilรฃo Haras Precioso & F1 ............... 130 Leilรฃo Haras Origem Mangalarga ..... 132 Leilรฃo Haras Atibaiense .................... 134 7ยบ Leilรฃo Prestรญgio Otnacer ................ 136 Leilรฃo Toada Mangalarga .................. 138 Copa de Sรฃo Sebastiรฃo da Grama ... 141 Exposiรงรฃo de Guaratinguetรก............. 144 Presenรงa Feminina ............................ 146

DIRETORIA EXECUTIVA - TRIร NIO 2012/2014 PRESIDENTE Mรกrio A. Barbosa Neto 1ยบ VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO Nelson Antรดnio Braido 2ยบ VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO Francisco Marcolino Diniz Junqueira 1ยบ VICE-PRESIDENTE OPERACIONAL Joรฃo Pacheco Galvรฃo de Franรงa 2ยบ VICE-PRESIDENTE OPERACIONAL Gabriel F. Junqueira de Andrade

DIRETORIA ADJUNTA s $IRETORIA DE #AVALGADA s *AIRO (AMILTON $OMINGUES s ,EANDRO 0ASQUALINI DE #ARVALHO DIRETORIA DE COMUNICAร ร O E MARKETING s *Oร O ,UIS 2IBEIRO &RUGIS s ,UIZ 'USTAVO !LVES %STEVES DIRETORIA DE EVENTOS s -ARCOS 3AMPAIO DE !LMEIDA Prado DIRETORIA DE EXPOSIร ร O E COPAS s !LMIRO %STEVES .ETTO s %DUARDO ( 3OUZA DE &RANร A s *OSร ,AMARTINE -OREIRA #INTRA &ILHO s 0AULO &RANCISCO 'OMES Della Torre DIRETORIA DE FOMENTO s $ANTON 'UTTEMBERG DE Andrade Filho s ,Uร S !UGUSTO DE #AMARGO ยปPICE DIRETORIA JOVEM s *Oร O 0ACHECO 'ALVร O de Franรงa Filho s *OSร "UENO DE #AMARGO Filho s ,UIZ !LBERTO 0ATRIOTA DE !RAUJO #OSTA DIRETORIA JURร DICA s !NTร NIO #ARLOS 0ESTILI Fonseca s ,AURO #ร SAR 'OULART Fonseca s 2ENATO 4ARDIOLI ,UCIO DE ,IMA DIRETORIA DE NOVOS CRIADORES s 0EDRO 2OBERTO DE 0AULA s 2ICARDO DA 3ILVA %RTHAL DIRETORIA DE Nร CLEOS s !DALBERTO "ORGES #UNHA s *IVAGO .ASCIMENTO 1UEIROZ DIRETORIA DE PELAGEM s -ARISA )ร RIO #ORREA DA #OSTA DIRETORIA DE PLANEJAMENTO ESTRATร GICO s #ASSIANO 4ERRA 3IMร O 2ENATO $INIZ *UNQUEIRA

CONSELHO SUPERIOR DE ADMINISTRAร ร O MEMBROS ELEITOS s !RNALDO DE !LMEIDA 0RADO Filho s #RISTINA *UNQUEIRA &LEURY s *Oร O #ARLOS -ATTA s ,Uร S #INTRA 3UTHERLAND s /SVALDO *ULIANO MEMBROS EFETIVOS s #ร LIO !SHCAR s #ELSO 'ALETTI -ONTALVร O s #LODOALDO !NTONร NGELO s %DUARDO $INIZ *UNQUEIRA s ยฒLIO 3ACCO s &ELIPE DE 0AULA #AVALCANTI de Albuquerque s ,ACERDA &ILHO s &Lร VIO $INIZ *UNQUEIRA s &RANCISCO -ARCOLINO $INIZ Junqueira s 'ERALDO $INIZ *UNQUEIRA s )VAN !NTร NIO !IDAR s ,UIZ %DUARDO "ATALHA s -ร RIO !LVES "ARBOSA .ETO s /TTORINO -ARINI s 2EGINALDO "ERTHOLINO s 2ENATO $INIZ *UNQUEIRA s 3ERGIO ,UIZ $OBARRIO DE Paiva - Presidente CONSELHO DELIBERATIVO Tร CNICO Tร CNICOS s !TTร LIO $ !NGIERI .ETO s *Oร O "ATISTA DA 3ILVA 1UADROS s *OSIANE #ARDOSO -ATTA Vidotti s -ARCELO ,EITE 6ASCO DE Toledo s -ARIA !RACY 4AVARES DE /LIVA s 4HOMAS .OGUEIRA .EGRร O $ !NGIERI Nร O Tร CNICOS s )SRAEL )RAร DES DA #OSTA s *OSร ,UIZ 0RANDINI s -ARCELO #RUZ -ARTINS Junqueira s 0AULO #ร SAR 0UTTINI s 6ICTOR !RNALDO 4ORRESAN Jรบnior SERVIร O DE REGISTRO GENEALร GICO STUD BOOK SUPERINTENDENTE DO SERVIร O DE REGISTRO GENEALร GICO s *AYME )GNร CIO 2EHDER .ETTO REVISTA MANGALARGA PUBLICIDADE .ORBERTO #ร NDIDO NORBERTO CANDIDO ABCCRM COM BR EDIร ร O E REDAร ร O 0EDRO #AMARGO 2EBOUร AS PEDRO REBOUCAS ABCCRM COM BR REDAร ร O E ARTE #LEBER 0EREIRA CLEBER PEREIRA ABCCRM COM BR DEPARTAMENTO DE EXPOSIร ร ES s &RANCISCO "EZERRA

s 6ICTOR "IANCHI s 6ALDIR !LVES DIAGRAMAร ร O E PROJETO GRร FICO Marcelo de Brito DBRITO DESIGN MARCELO DBRITODESIGN COM Fone: 11 2506-8637 IMPRESSร O -AIS 4YPE

Copa de Campos do Jordรฃo............. 148 REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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Xilindró da Nata

A capa desta edição da Revista Mangalarga apresenta o belo e funcional garanhão Xilindró da Nata, retratado pela sempre hábil lente do fotógrafo Márcio Mitsuishi. Produto de Príncipe da Nata em Macaúba da Nata, o Grande Campeão voltou e está de casa nova, a HIC Agropecuária, onde chega para dar continuidade ao compromisso do criatório de produzir animais com excelência em andamento. Em seu premiado currículo, Xilindró da Nata traz marcantes conquistas, responsáveis por inscrevê-lo entre os principais nomes da raça Mangalarga. São elas os títulos de Grande Campeão Nacional de Andamento e Grande Campeão Nacional Cavalo, ambos conquistados na XXVII Exposição Nacional da Raça Mangalarga, no ano de 2005. Por sua vez, a HIC Agropecuária está localizada no município paulista de Mogi Mirim, onde vem realizando uma criteriosa seleção sob o comando dos mangalarguistas Israel Iraídes da Costa e Dirceu José Thomaseto, cuja paixão pelo Cavalo de Sela Brasileiro pode ser comprovada agora pelo resgate e volta à raça deste importantíssimo reprodutor.

Temporada Movimentada

A Revista Mangalarga apresenta nesta edição um abrangente panorama do primeiro semestre de 2014. Nas próximas páginas, além de conferir um balanço das mostras que movimentaram o circuito de exposições da raça, o leitor encontrará todos os detalhes das etapas abertas da Copa de Andamento realizadas nas cidades paulistas de Jundiaí, Campos do Jordão e Orlândia. Já a seção Território Cavalgada destaca os raids e cavalgadas que agitaram a comunidade mangalarguista, em especial a 24ª Cuecada e a Festa da Família Mangalarga. Por sua vez, os leilões que movimentaram os negócios da raça neste aquecido primeiro semestre estão na seção Mercado & Finanças. O conteúdo da publicação, no entanto, não se restringe ao factual, apresentando também interessantes textos de um seleto grupo de colaboradores, com destaque para o prosseguimento do ciclo de artigos sobre os 80 anos da ABCCRM e para a continuação do artigo sobre rédeas e equitação de Sergio Lima Beck que tanto sucesso fez na edição passada. Boa leitura e um grande abraço, Equipe Revista Mangalarga

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T ERRITĂ“RIO C AVALGADA

Por Pedro Rebouças

Festa da FamĂ­lia Mangalarga

A cavalgada do sĂĄbado percorreu 22,7 quilĂ´metros.

Grupo de cavaleiros coloca a conversa em dia.

aldo Antonangelo, Felippe de Paula Cavalcanti de Albuquerque Lacerda Filho e Reginaldo Bertholino.

Ponto alto

PÊ no estribo, confraternização e homenagens marcaram a terceira edição do evento 2ODNEI ,EME PARTICIPOU DO EVENTO NA COMPANHIA DOS kLHOS Fotos: Pedro Rebouças.

Realizada entre os dias 7 e 10 de agosto, no Hotel Dona Carolina, em Itatiba (SP), a Festa da Família Mangalarga esteve envolta em um animado clima de confraternização, oferecendo um agradåvel momento de convívio entre os criadores e seus familiares e amigos. AlÊm de uma programação variada, que contou com duas cavalgadas e com atraçþes para todas as idades, o evento promoveu uma bonita homenagem a três criadores com marcante trajetória na raça, os ex-presidentes da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) ClodoA família Kalitzki novamente esteve presente.

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Pausa para descanso da tropa.

O ponto alto do evento ocorreu no sĂĄbado (9). O dia começou com uma agradĂĄvel cavalgada que percorreu 22,7 quilĂ´metros por trilhas e estradas rurais da regiĂŁo, partindo da Fazenda Rio Manso, passando pela charmosa Fazenda Lajeado e chegando ao Hotel Dona Carolina. Na sequĂŞncia, o grupo desfrutou de um gostoso almoço, seguido pelas emocionantes homenagens comandadas pelo presidente MĂĄrio Barbosa. “Essas reuniĂľes estĂŁo entre as atividades mais importantes da raça, pois permitem que as pessoas se encontrem em um ambiente de festa, sem competição e no qual podem estreitar os laços de amizade que as unem. AlĂŠm disso, as cavalgadas nos permitem usar o nosso cavalo, o que ĂŠ fundamental para desenvolver o mercado da raçaâ€?, destacou o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga MĂĄrio Barbosa. A Festa da FamĂ­lia Mangalarga tambĂŠm foi elogiada pelo criador Dirk Kalitzki, que, como jĂĄ havia acontecido nos dois anos anteriores, compareceu ao evento na compa-

Estrutura montada para a parada na fazenda Lajeado.

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T ERRITĂ“RIO C AVALGADA Fotos: Divulgação.

Raid da Amizade Tradicional cavalgada contou com um ambiente de muita união, festa e descontração Evento proporcionou um verdadeiro encontro de geraçþes.

Animado grupo de mangalarguistas agitou o passeio.

Participantes acompanham as homenagens.

Reginaldo Bertholino com familiares e amigos.

NHIA DA ESPOSA E DAS DUAS kLHAS g! Associação estĂĄ de parabĂŠns por iniciativas como essa que possibilitam que toda famĂ­lia possa desfrutar do convĂ­vio com o cavalo Mangalarga em um ambiente alegre e descontraĂ­doâ€?, destaca o mangalarguista.

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Clodoaldo Antonangelo agradece aos presentes na companhia de MĂĄrio Barbosa.

Por sua vez, o Diretor de Comunicação e Marketing da ABCCRM JoĂŁo Luis Ribeiro Frugis comemorou o sucesso desta terceira edição do evento. “O hotel Dona Carolina virou a casa do Mangalarga no Dia dos 0AIS !kNAL ESSA Âź UMA FESTA MUITO

bacana, que tanto a criançada como os jovens e adultos adoramâ€?, destacou o dirigente, lembrando ainda que esse ĂŠ um dos eventos preferidos pela nova geração de mangalarguistas.

A Horse Trail Eventos promoveu durante o feriado prolongado da Semana Santa o Raid da Amizade 2014. Em sua 12ÂŞ edição, a tradicional cavalgada mangalarguista percorreu 92 quilĂ´metros de belas trilhas e estradas rurais entre os municĂ­pios sul-mineiros de Bom Jesus da Penha e GuaxupĂŠ. Segundo Eduardo Leite Cintra, diretor da Horse Trail, o Raid da Amizade reuniu este ano 108 conjuntos. “Foi uma cavalgada muito boa e que fez justiça ao nome do EVENTO AkNAL TODO PERCURSO FOI marcado por um clima de muita uniĂŁo, festa e descontração, oferecendo uma Ăłtima oportunidade para os participantes fazerem novos amigos e reencontrarem os antigosâ€?, destacou o organizador. O raid teve inĂ­cio na manhĂŁ da quinta-feira 17 de abril, dia em que a comitiva percorreu um trajeto de trinta quilĂ´metros em uma regiĂŁo repleta de belas paisagens e clima agradĂĄvel, partindo do Parque de Exposiçþes de Bom Jesus da Penha rumo Ă Fazenda SĂŁo JoĂŁo, localizada no municĂ­pio de SĂŁo Pedro da UniĂŁo (MG) e pertencente ao criador Joaquim Ivelson da Costa. Na Sexta-feira Santa (18 de abril), segundo dia de evento, o grupo cavalgou por outros 31 quilĂ´metros, tendo como destino a Fazenda Santa Helena, tambĂŠm localizada no municĂ­pio de SĂŁo Pe-

Um clima de muita alegria marcou a cavalgada.

A famĂ­lia Mangalarga novamente prestigiou o evento. Pausa para o lanche durante o percurso.

dro da UniĂŁo e pertencente a Joaquim Ivelson da Costa. JĂĄ no terceiro dia de raid, realizado durante o SĂĄbado de Aleluia (19 de abril), o grupo voltou a percorrer 31 quilĂ´metros, tendo COMO PONTO kNAL O (ARAS #ERÂśVOlo Paoliello, em GuaxupĂŠ, onde os cavaleiros e amazonas foram recepcionados pelos criadores Celso e SĂŠrgio CerĂĄvolo Paoliello. REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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T ERRITÓRIO C AVALGADA

Por Pedro Rebouças

Raid Mangalarga 80 Anos Cavalgada percorreu 185 quilômetros pelas belas paisagens da Serra da Mantiqueira, Vale do Paraíba, Serra da Quebra-Cangalha e Serra do Mar

Cavalgada celebrou os 80 anos da Associação.

O calendário de atividades comemorativas do octogésimo aniversário da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) incluiu uma cavalgada muito especial: o Raid Mangalarga 80 Anos. Realizada no período de 21 a 25 de julho, a cavalgada partiu de Campos do Jordão (SP), percorrendo também o trajeto entre as cidades de Guaratinguetá (SP) e Paraty (RJ), que integrava o Caminho Antigo da Estrada Real, também conhecido como Caminho do Ouro. Foram 185 quilômetros de muita beleza natural através da Serra da Mantiqueira, Vale do Paraíba, Serra da Quebra-Cangalha e Serra do Mar. Além disso, o Raid ofereceu aos participantes a oportunidade de reviver um pouco da história do Brasil.

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#ONkRA A SEGUIR COMO FOI O DIA A dia deste aguardado Raid Equestre. 21 de julho – Saída de Campos do Jordão (SP) com destino ao distrito de Pedrinhas, em Guaratinguetá (SP). Trajeto de 31 quilômetros descendo a Serra da Mantiqueira. 22 de julho – Saída de Pedrinhas, pausa para lanche na Basílica de Aparecida do Norte (SP) e chegada na Fazenda Recanto do Bosque, do criador Joaquim Galvão, em Guaratinguetá (SP). Trajeto de 38 quilômetros pelo vale do rio Paraíba do Sul. 23 de julho – Saída da Fazenda Recanto do Bosque, em Guaratinguetá (SP), com destino à Fazenda Serrana, do criador Hamilton França Leite, em Lorena (SP). Trajeto de 32 quilômetros subindo a Serra do Quebra-Cangalha. 24 de julho – Partida da Fazenda

Serrana, em Lorena (SP), com pausa para lanche no Recinto de Exposições de Cunha (SP) e chegada na Fazenda Santa Bárbara, também localizada no município de Cunha (SP). Trajeto de 48 quilômetros. 25 de julho – Partida da Fazenda Santa Bárbara, no município de Cunha (SP), com destino ao Centro Histórico de Paraty (RJ), onde a cavalgada foi encerrada com uma homenagem a Dom João VI, da qual fez parte o príncipe Dom João Henrique de Orléans e Bragança. Trajeto de 36 quilômetros através da Serra do Mar. Mais informações podem ser obtidas com Eduardo Leite Cintra, diretor da Horse Trail Eventos, empresa responsável pela organização do Raid, pelo telefone (19) 99388-6384, ou com Patrícia, pelo e-mail pcar2002@terra.com.br. REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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T ERRITÓRIO C AVALGADA

Cuecada 2014

A 24ª edição do evento contou com a participação de cerca de 95 cavaleiros e foi marcada, como sempre, por um ambiente de alegria e relaxamento Escrever sobre as “Cuecadas” é sempre um prazer renovado, pois, a cada edição, seus participantes, embora “veteranos”, têm a sensação de estar cavalgando pela primeira vez numa “Cuecada”. A vigésima quarta edição do evento foi realizada nos dias 11, 12 e 13 de Abril deste ano e, como sempre, sua organização, capitaneada pelos perfeccionistas Jairo Hamilton e Toni Malta, foi impecável. Como sempre, saímos dos arredores de São João da Boa Vista (SP), desta vez da Fazenda Laranjeiras, do AM¶VEL ANkTRI»O *OAQUIM g"OIu EM direção à Poços de Caldas, trilhando os morros que separam essas duas importantes cidades de seus respectivos Estados e regiões. Cruzamos várias fazendas com suas colônias voltadas à produção de café, macadâmia, milho e outras lavouras, tais como as Fazendas Água Limpa, Cristalina, Córrego das Pedras, Santa Lina, Recreio, Chiqueirão, todas de membros da tradicional família Carvalho Dias (o Maurício Carvalho Dias, como sempre, cavalga conosco no segundo dia contando estórias interessantes sobre a região), até o PONTO kNAL DA CAVALGADA QUE NESTE ano, foi na Fazenda Morro Grande, de propriedade do José Luiz Amaral.

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Opice e seus amigos formaram um dos grupos mais animados.

A tropa novamente mostrou sua qualidade.

A comunidade mangalarguista marcou presença novamente.

Acompanhados pela infraestrutura de apoio, com veterinário - Dr. “Cebola”, ferreiro - o especialista Robson, guiados pelo ponteiro Jurandir, aquele que nunca se perde..., pelo culatreiro Pedrinho, que emPURRA AQUELES QUE kCAM BEBENDO “água” e jogando conversa fora..., do pessoal dos bares instalados no Jipe ano mais ou menos “1945”, guiado “prudentemente” pelo G Cabral e pela Toyota conduzida pelo Juninho, éramos uns 95 cavaleiros e, como sempre, parecendo estar cavalgando numa excursão de acampamento de

férias escolares da turma do ginásio, tamanha era a alegria e relaxamento de todos! A cozinha, liderada pelo nosso “Chef” Chico Preto, seja no almoço a campo ou no jantar no Hotel Nascentes da Serra, mais uma vez foi espetacular! Nos almoços foram servidos os tradicionais arroz e feijão, feijão tropeiro, saladas, frango ao molho PARDO MAIONESE CONTRA kL¼ NA CHApa e o imperdível ovo frito do “Tista”, tudo feito no meio da estrada, debaixo de uma árvore ou num estábulo encontrado no meio do caminho; nos

Os exemplares da raça ofereceram a costumeira comodidade aos participantes.

Foram três dias de passeio pela divisa de Minas e São Paulo.

jantares, preparados e servidos no carramanchão do hotel, à beira de uma linda piscina e de frente para a Represa Bortolan, o Chico nos brindou com pernil de cordeiro com ervas variadas, “steaks” ao “poivre”, ao MOLHO DE GORGONZOLA E MOSTARDA kL¼ de tilápia ao molho de ervas e espaguete à carbonara. Por sua vez, a seleção de vinhos que o nosso “sommelier” Luiz Orlando, o “Lo”, assessorado pelo Marcos Germano, ambos exclusivos da “confraria equestre” do Rancho da Bela Vista, harmonizou perfeitamente com o cardápio preparado pelo Chico! Como sempre, nosso grupo teve que fornecer vinhos para a turma do “cavalo árabe”, liderada pelo Silvio Cesarino e Serginho Iasi, pois eles, além de não conhecerem o que é um bom cavalo, não sabem nada sobre bons vinhos!! Por falar no meu grupo, neste ano ele aumentou substancialmente. Éramos 22 amigos e cavaleiros, acompanhados por dois peões e dois

Luis Opice e amigo desfrutam o passeio.

cavalos reservas, todos montados em animais do Rancho da Bela Vista, dos quais nove deles “crioulos” do Rancho. Importante registrar que no grupo de amigos do Rancho da Bela Vista, tivemos as presenças dos renomados criadores da nossa Raça, Nissin Kalili, Nelson Braido e Marcelo Barbará que, creio eu, gostaram muito do programa. Fica aqui o convite para que no ano que vem, sempre no mesmo mês de abril, na 25ª “Cuecada”, co-

memorando suas “bodas de prata”, mais amigos e criadores bloqueiem suas agendas para poder participar desse programa imperdível que vem a ser a “Cuecada”! Quero registrar meu agradecimento à equipe do Rancho da Bela Vista, composta pelo Flávio, Matheus e João Paulo, pelo preparo e estado da tropa alojada no Rancho e ao Dil por preparar e me “ceder” os meus animais de exposição, Pilar, Eterna e Fábula!

Luis Opice

As refeições eram sempre muito aguardadas.

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Por Regina Buzo

Cavalgada Amigos do Mangalarga

Fotos: Divulgação

T ERRITÓRIO C AVALGADA

Chegada ao Haras Califórnia.

Em sua segunda edição, passeio realizado entre as cidades de Arceburgo (MG) e Mococa (SP) contou com a participação de 200 conjuntos Os cavaleiros puderam apreciar belas paisagens. Danton Gutemberg recebeu os participantes em sua propriedade.

Aconteceu no domingo 18 de maio a 2ª Cavalgada Amigos do Mangalarga. Saída de Arceburgo, Centro Poliesportivo Municipal , seguindo pela estrada Arceburgo – Canoas - Mococa, chegando ao Haras Califórnia. Belas paisagens, boa conversa, contato direto com a natureza exuberante da região, integração de familiares, as cavalgadas sempre aconteceram aqui pela região. As cavalgadas nos integram com a natureza, nelas, assim como no turismo, muitos de nós trabalhamos para que aconteçam cada vez mais uma postura diante do meio ambiente, dos animais, do convívio entre as famílias. Cavaleiros e suas famílias vieram de longe para participar da segunda edição da Cavalgada Amigos do Mangalarga, que neste

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O evento recebeu participantes de diversas cidades.

Os jovens de Arceburgo marcaram presença no evento.

A família Ferraz de Siqueira prestigiou o evento.

Rose Quessada na companhia do marido.

Amigos mangalarguistas vieram de Santa Isabel.

ano de 2014 contou com 200 inscrições. A entrada foi a camiseta do evento e muito bem organizada, teve música jovem sertaneja, com a cantora Cíntia Moura e banda. A alimentação foi com a equipe do Restaurante Panela de Ferro, e o cardápio o famoso bauru especialidade da casa, espetinho de carne, sem esquecer é claro da cervejinha gelada, porque ninguém é de ferro. Os animais foram recebidos no Haras Califórnia com banho merecido, água fresquinha e muita sombra, pois a estrela da cavalgada era sem dúvida o cavalo. Incentivando a atividade das cavalgadas, Danton Gutemberg de Andrade Filho, proprietário do Haras Califórnia, criador do cavalo Mangalarga, preza pelo bom acolhimento de todos os animais e incentiva e valoriza a raça. Fabiano Camargo, especializado em veterinária equina, organizador da cavalgada com a colaboração de parceiros e patrocinadores merece parabéns tanto pela preparação do evento como pela condução do mesmo. Fiquem com algumas fotos deste evento organizado para curtir os amigos, onde a estrela é o cavalo Mangalarga e seus amigos!! REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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E XPOSIÇÕES

Por Carolina Rodrigues

ExpoingĂĄ 2014 Fotos: Arquivo

Congraçamento e boa qualidade em pista reunidos no norte paranaense

Evento reuniu 73 animais de muita qualidade.

A 42ÂŞ Exposição Feira AgropecuĂĄria, Industrial e Comercial de MaringĂĄ (ExpoingĂĄ), realizada no perĂ­odo de 08 a 18 de maio e que estĂĄ entre uma das cinco maiores Feiras AgropecuĂĄrias realizadas no Brasil, recebeu a raça Mangalarga entre os dias 16 e 18 de maio. Organizada pelos mangalarguistas JoĂŁo Batista da Silva Quadros e Jucival Pereira de SĂĄ, a Exposição Mangalarga de MaringĂĄ (PR) foi recepcionada no Parque de Exposiçþes Francisco Feio Ribeiro. A mostra contou com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) e da Sociedade Rural de MaringĂĄ (SRM). Para JoĂŁo Quadros, a confraternização e bom ambiente contribuĂ­ram para garantir o sucesso do evento. “Um dos pontos altos na exposição foi o congraçamento dos criadores. Todos os anos tradicionalmente nĂłs fazemos um jantar e este ano tivemos trĂŞs reuniĂľes festivas, acredito que a relação social complementa e muito a exposição, agrega a parte zootĂŠcnica dos animais, comparar a quali-

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Belos exemplares passaram pela pista de julgamento.

dade dos animais com outros ĂŠ muito bom, merece destaqueâ€?. A participação e prestĂ­gio de criadores ativos ĂŠ uma excelente representação da raça. “Tivemos a presença e participação de vĂĄrios criadores, entre eles expositores de Minas Gerais, ParanĂĄ e SĂŁo Paulo, na pista bons animais, tudo transcorreu normalmente, a exposição representou BEM A RA”Au kNALIZOU *OÂťO 1UADROS Nove tradicionais criatĂłrios mangalarguistas levaram seus exemplares para serem avaliados sob a experiĂŞncia do jurado Marcelo Boaro Junior, que conduziu o julgamento de 73 animais nas categorias de Morfologia e Andamento. Para Marcelo, o fato da Expo Ma-

ringĂĄ ter coincidido com outros dois eventos da raça nĂŁo comprometeu a qualidade dos animais em pista. “Os animais que estavam em MaringĂĄ, apesar da coincidĂŞncia com mais duas exposiçþes, apresentaram um bom nĂ­vel zootĂŠcnico, sĂŁo animais com qualidade. AlĂŠm disso, os exemplares que geralmente competem em MaringĂĄ sĂŁo animais premiados na Nacional.â€? Marcelo ainda ressaltou a visibilidade da ExpoingĂĄ. â€œĂ‰ um cenĂĄrio muito bom para o mercado do cavalo, a ExpoingĂĄ tem uma festa muito boa, tem um bom nome, uma boa visibilidade, ĂŠ uma Ăłtima referĂŞncia para o criador cujo animal ganha em MaringĂĄâ€?. REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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Por Carolina Rodrigues

Fotos: SRP/Arquivo.

Expo Londrina 2014

Qualidade dos animais foi muito elogiada.

Mangalarga ocupa lugar de destaque na pista central e garante sucesso do evento O Cavalo Mangalarga foi mais uma vez um dos destaques da 54ª Exposição Agropecuåria e Industrial de Londrina (Expo Londrina), e o Parque Governador Ney Braga foi palco desta grande festa. A raça Mangalarga marcou presença entre os dias 04 a 06 de abril com a participação de aproximadamente 100 animais em pista, exibidos por 17 renomados criatórios. A condução do julgamento, QUE AGRADOU OS PRESENTES PELA EkCœCIA kCOU A CARGO DA EXPERI½NCIA de Maria Aracy Tavares de Oliva no quesito Andamento e Leandro Canedo Guimarães Santos no item Morfologia.

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Promovida pelo NĂşcleo Mangalarga Norte do ParanĂĄ, a mostra contou com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) e da Sociedade Rural do ParanĂĄ (SRP). Para Adauto Quintanilha, presidente do NĂşcleo Norte do ParanĂĄ, o nĂ­vel dos animais estava admirĂĄvel. “A qualidade dos animais estava excelente, os melhores exemplares da raça estavam em Londrina, inclusive animais cotados para campeĂľes nacionais. Eles kZERAM BONITO EM PISTA u Quintanilha ressaltou tambĂŠm o impacto positivo que a mostra causou no pĂşblico. “Esta exposição foi

muito importante para o fomento da raça, tanto que o presidente da Sociedade Rural do ParanĂĄ Moacir Sgarioni veio pessoalmente me cumprimentar e elogiar a vitrine da raça que montamos.â€? A Expo Londrina ĂŠ um evento muito grande, um dos mais importantes do agronegĂłcio. O Cavalo de Sela Brasileiro ganhou destaque na pista central ĂŠ o que destaca o organizador. “Este ano nĂłs tivemos o prazer de ter pela primeira vez todos os animais, incluindo conjunto de raça, progĂŞnies de pai e mĂŁe, TODOS NA PISTA CENTRAL A PISTA kCOU lotada, foi um sucesso, muito bonito de se ver.â€? REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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12ª FEICAMPO IV Exposição do Cavalo Mangalarga de TaubatÊ colocou as qualidades da raça em evidência na importante feira agropecuåria do Vale do Paraíba

Fotos: Cristiano Gati.

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Apresentação das Êguas jovens para julgamento.

A pista da Feicampo recebeu belos exemplares da raça.

A cidade de TaubatÊ sediou a IV Exposição do Cavalo Mangalarga, realizada dentro da programação da 12a Feicampo, evento dos mais importantes do Vale do Paraíba, importante região do estado de São Paulo, com exposição e venda de animais, måquinas e implementos

agrícolas, leilþes, shows, torneio leiteiro, provas equestres e muares. Contou com a presença de animais do mais alto nível tÊcnico, oriundos de criatórios tradicionais e de novos criadores que estão investindo muito na raça na região. Organizada pelo criador Pedro

Sessão de abertura do evento com presença da Diretoria do Sindicato Rural, representantes da ABCCRM, tÊcnicos e expositores.

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Roberto de Paula e pelo diretor do sindicato Rural de TaubatĂŠ Paulo Botossi, a mostra contou com a presença e o prestĂ­gio dos criadores do Vale do ParaĂ­ba e regiĂľes vizinhas, sendo realizada no perĂ­odo de 5 a 7 de junho. Esta exposição ĂŠ ranqueada pela Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Mangalarga, que este ano comemora 80 anos. O Sindicato Rural de TaubatĂŠ tem estimulado essa parceria com a ABCCRM, sendo a exposição hoje, segundo o seu Presidente Ricardo de AraĂşjo Barbosa, uma parte da PROGRAMA”O OkCIAL DA FEIRA 0OR sua vez, Botossi destaca que a parceria do sindicato com a Mangalarga deu certo. Dessa maneira, espera que essa mĂştua colaboração possa a cada ano colaborar na divulgação e na conquista de mais interessados e apaixonados pelo cavalo de sela brasileiro na regiĂŁo.

Paulo Botossi dando as boas vindas aos presentes.

Cordialidade e descontração Os apresentadores foram recepcionados na chegada dos animais com um tradicional churrasco fogo de chĂŁo, num clima de muita cordialidade e descontração o que permitiu um maior entrosamento dos representantes dos haras presentes. A famĂ­lia Mangalarga tem sido nesses quatro anos recepcionada na “casa do Mangalargaâ€?, ponto da feira organizado e coordenado por Vania Calçada, da Eqqus, conceituado centro de equoterapia da regiĂŁo que desenvolve um importante trabalho na ĂĄrea. Para o criador Alexandre de Oliveira Ribeiro a exposição foi um sucesso. O mangalarguista fez, aliĂĄs, muitas sugestĂľes construtivas para a comissĂŁo organizadora, que com

Marcelo Pistarino participando de entrega de premiação à família Kalitzki.

certeza serão aceitas e farão parte da quinta edição da exposição, prevista para o ano de 2015. Segundo o organizador Pedro Roberto de Paula, esta Ê uma forma de fortalecer a união dos criadores da região, engrandecendo e fomentando ainda mais a raça Mangalarga no Vale do Paraíba. Os animais foram julgados pelo Juiz Adaldio JosÊ Castilho Filho,

de maneira muito criteriosa e didåtica, acrescentando muito aos criadores presentes com seus comentårios claros e objetivos. AlÊm de criadores e tÊcnicos presentes, a exposição contou com um público interessado em conhecer o cavalo Mangalarga, que não os decepcionou pela beleza, docilidade e funcionalidade dos animais participantes apresentados.

Miro, Pedro e Alexandre atentos ao julgamento.

Criadora Maristela Boccara de Paula e Pedro Roberto de Paula fazendo entrega de premiação.

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Por Carolina Rodrigues

Expoagro Franca 2014 Evento mostrou sua força com a participação de 117 exemplares da raça com todos os páreos sendo muito concorridos (várias sub divisões de categorias) e animais destacados. Tivemos inclusive grandes campeões nacionais (potras) concorrendo nas categorias de éguas.” Outro ponto de destaque foi a recepção feita para os mangalarguistas, é o que assegura Paulo Della Torre. “A receptividade da organização foi outro ponto alto do evento, tivemos um camarote no estilo do utilizado na Nacional, onde foram servidos petiscos, cafés, sucos e lanches, sem custo algum para o público presente. Além disso, houve o famoso porco no rolete servido a todos, que une demais os expositores e apresentadores em um clima de confraternização.” A mostra contou com o expressivo número de 130 inscrições e de 33 criatórios participantes. Além disso, os pontos dos julgamentos, conduzidos por Caroline Golin Porto, no quesito Morfologia, e Emerson Luiz Bartoli,

no item Andamento, foram válidos para o Ranking Mangalarga 2014. O fato da Expo Franca ter coincidido data com a Exposição Mangalarga Brasileira não comprometeu EM NADA O EVENTO ¼ O QUE AkRMA O jurado Emerson Luiz Bartoli. “Apesar de ter divido as atenções com a Brasileira, que aconteceu em Goiânia (GO), a Exposição de Franca foi muito boa. Tivemos muitos animais em pista. Até o presidente da ABCCRM esteve presente e levou animais para participar. Foi muito bom mesmo”. Por sua vez, o organizador já se mostra animado com a edição de 2015. “Este foi um evento muito bom e esperamos repetir isto no ano que vem”, destaca Della Torre, lembrando ainda que a Expoagro também é uma possível prévia da 36ª edição da Exposição Nacional, uma vez que pelo terceiro ano consecutivo a mais importante mostra da raça será sediada no Parque Fernando Costa. Foto: Norberto Cândido/Arquivo.

O Cavalo de Sela Brasileiro foi novamente um dos destaques da Exposição Agropecuária de Franca (SP), a Expoagro, que aconteceu no kM DO M½S DE MAIO NAS DEPEND½Ncias do Parque de Exposições Fernando Costa. Realizada nos dias 30 e 31, a Exposição Mangalarga de Franca foi organizada pelo mangalarguista Paulo Francisco Gomes Della Torre e contou com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) e da Prefeitura Municipal de Franca. Para Paulo Della Torre, a mostra superou as expectativas. Além do público, também mereceram destaque tanto a qualidade da tropa como a quantidade de animais presentes. “Gostaria de destacar a qualidade dos animais que estiveram presentes. Também a quantidade de animais (117) e expositores participaram da exposição. Tivemos aqui dois dias de julgamentos

Todos os páreos foram muito concorridos.

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EXPOSIĂ‡ĂƒO DE GUARATINGUETĂ

Evento comprovou a força do Cavalo de Sela Brasileiro no Vale do Paraíba

Fotos: Norberto Candido.

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Vista geral da pista de julgamento.

O andamento esteve em evidência. A versatilidade da raça tambÊm esteve em destaque.

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Durante a Feira Agropecuåria de Guaratinguetå (Expoguarå) foi realizada novamente a Exposição do Cavalo Mangalarga. A mostra aconteceu nos dias 17 e 18 de maio nas dependências do Recinto de Exposiçþes Manoel Soares de Azevedo. %M UM kNAL DE SEMANA MUITO movimentado com quatro exposiçþes simultâneas da Mangalarga, o Vale do Paraíba fez bonito tendo a presença de 116 animais inscritos, expostos por 16 tradicionais criadores dos estados de São Paulo e Minas Gerais. O julgamento foi conduzido com competência e didåtica pelos jurados Luiz Paulo Arantes Ramos Neto no quesito andamento e Eduardo Leite Cintra no item morfologia. Este ano tivemos uma nova pista de

grama para o evento que foi muito elogiada por todos. Estiveram presentes pessoalmente no evento os expositores : Ademar JosĂŠ GalvĂŁo CĂŠsar, Alexandre Oliveira Ribeiro, AnĂ­bal Batista Teixeira Rodrigues, AntĂ´nio Carlos Ferreira, Claudio Mente, Dirk Helge Kalitzki, Israel IraĂ­des da Costa, Marcelo Ă‚ngelo da Silva, Marcelo Vegas Barbosa, Marisa Iorio CorrĂŞa da Costa, Rodnei Pereira Leme, alĂŠm de vĂĄrios outros criadores. Na sexta-feira apĂłs a entrada dos animais foi oferecido um gostoso churrasco de confraternização aos PEÉES .O SÂśBADO š NOITE OS ANkTRIĂľes Dirk e Ilda Kalitzki ofereceram uma recepção agradĂĄvel no Haras Forsteck, reunindo expositores, Dirk e Ilda Kalitzki com os jurados Eduardo Cintra e Luiz Paulo.

A pelagem pampa foi uma das atraçþes do julgamento.

criadores, familiares e amigos, com presença de tradicionais criadores do Vale do ParaĂ­ba. Segundo o organizador do evento Dirk Kalitzki, “a Exposição foi um grande sucesso, graças Ă parceria

com a Associação AgropecuĂĄria de GuaratinguetĂĄ e gostaria de agradecer aos criadores, expositores, peĂľes e amigos, que abrilhantaram nossa exposição. Aguardamos todos vocĂŞs no prĂłximo ano!â€?

Muitos mangalarguistas prestigiaram a exposição.

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Exposição de Mococa

Foto: Maciel.

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Comunidade mangalarguista marcou presença nesta importante mostra do interior paulista

Cerca de 70 animais passaram pela pista de julgamento.

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to da raça. Nesta exposição, novos criadores estiveram presentes. Além disso, havia um grupo de jovens que demonstrou muito interesse em entrar para a raça, inclusive um deles comprou uma égua com um potro na barriga, resultando em um novo associado para a ABCCRM”, explica o satisfeito organizador. No total, quase 70 animais, provenientes de 17 tradicionais criatórios da raça, passaram pela pista de julgamento sob a avaliação da jurada Maria Aracy Tavares de Oliva nos quesitos de morfologia e andamento. Excelentes exemplares em pista deram trabalho para a jurada, que ressalta a importância de uma região forte como essa para a raça. “Mococa é uma região histórica para o nosso cavalo, com um público sempre muito participativo. Este ano o julgamento estava muito bom. Tivemos excelentes categorias, compostas por exemplares de bom níVEL ENkM MUITA QUALIDADE TANTO EM morfologia quanto em andamento.” Aracy Oliva destaca ainda o excelente trabalho técnico que vem sendo

desenvolvido pelos mangalarguistas. “Gostaria de parabenizar os expositores, criadores e apresentadores pelo excelente trabalho na melhoria dos aprumos dinâmicos de posteriores dos animais ao cabresto.” Com o objetivo de promover o congraçamento entre os admiradores do Cavalo de Sela Brasileiro, a programação do evento incluiu ainda um gostoso jantar de confraternização para os expositores e apresentadores. Além disso, comprovando o prestígio da raça na região, a mostra recebeu a visita de autoridades como a prefeita Maria Edna, o vice-prefeito Adilson Guisso e o presidente do Sindicato Rural Wagner Becker. Wagner Becker (Sindicato Rural), prefeita Maria Edna, vice-prefeito Adilson Guisso e Carlos Cambra prestigiaram o evento.

Foto: Maciel.

Toda a beleza e funcionalidade do Cavalo de Sela Brasileiro estiveram presentes na Exposição Mangalarga de Mococa (SP), realizada nos dias 07 e 08 de junho no Recinto de Exposições José André de Lima, durante a 32ª Expoam (Exposição Agropecuária de Mococa). A mostra, organizada pelos mangalarguistas Archibald Rehder Netto e Danton Guttemberg de Andrade Filho, contou ainda com o apoio da Prefeitura Municipal de Mococa, do Sindicato Rural de Mococa e da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM). Segundo Archibald Netto, a Expo Mococa fomenta a raça Mangalarga na região nordeste do estado de São Paulo e Sul de Minas Gerais, incentivo que acaba atraindo novos criadores para a raça. “A Expo Mococa é um evento importante, pois é mais um grande acontecimento da raça na região, contando com a expressiva participação de criadores de Guaxupé (MG) e São João da Boa Vista (SP), o resultado é o fomen-

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Por Adalberto Borges Cunha (Presidente do Núcleo Mangalarga de Goiás)

Foto: Silvio Calazans.

Exposição Brasileira 2014

Foto: Silvio Calazans.

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Sucesso da mostra realizada na capital goiana comprova o crescimento da raça na região Centro-Oeste Sucesso! Esse foi o resultado da Exposição Brasileira do Cavalo Mangalarga, edição 2014, que aconteceu em maio do corrente ano, na cidade de Goiânia (GO). Os trabalhos da mostra - realizada durante a 69ª Expo Goiânia, principal feira agropecuária do Centro-Oeste, no Parque Doutor Pedro Ludovico Teixeira - se desenvolveram em três dias de julgamento dos animais na pista e agradáveis confraternizações entre expositores, criadores e o público em geral, do lado de fora. A exposição contou com mais de uma centena de inscrições de alguns dos melhores animais, ex-

poentes da raça. A qualidade impressionou e exigiu muito dos conhecimentos técnicos dos juízes. Não raros foram os campeonatos decididos nos detalhes. Fizeram-se presentes criadores e expositores de diversos estados da federação, que abrilhantaram a festa e mostraram a força e evolução do cavalo mangalarga. O presidente do Núcleo Mangalarga de Goiás, Adalberto Borges Cunha, destaca vários aspectos positivos dessa mostra, enfatizando o crescimento dos admiradores e consequentemente do mercado do cavalo de sela brasileiro. De início, em nome do Núcleo

Mangalarga de Goiás, ressalto a presteza e apoio da ABCCRM, em CONkAR NOS A RESPONSABILIDADE DE organizar tão grandioso evento. A Associação enviou inclusive alguns de seus funcionários, como Francisco Bezerra e Jayme Rehder, que tanto colaboraram para o sucesso dos trabalhos e a quem agradeço. Os juízes, André Fleury Azevedo Costa e Maria Aracy Tavares de Oliva, exímios conhecedores da raça, conduziram o julgamento com maestria. Fora da pista, compartilhamos todos de agradáveis momentos, trocando ideias, informações; realizamos negócios; tudo acompanhado

A ZCM Agropecuária também prestigiou o evento.

da nossa já tradicional costelada, oferecida durante o julgamento. Impressionou-me positivamente a quantidade de criadores presentes na exposição. Criadores como Armando Raucci, Ronaldo Bichuette, Nelson Braido, Almiro Esteves, Emiliano Sampaio, Guilherme Saad, Almir Campos, e muitos outros expoentes da raça não mediram esforços e compareceram em Goiânia. Avalio que o cenário é de crescimento, especialmente no Centro-Oeste. Rompendo fronteiras, hoje temos uma gama de interessados no cavalo mangalarga, passando

por pecuaristas, usuários para cavalgadas, cavalhadas, novos criadores e mesmo criadores que utilizam éguas mangalargas para a produção de mulas de nível superior. Parabéns aos expositores, em especial aos Srs. Nelson Antonio Braido e Almiro Esteves Júnior, que faturaram os grandes campeonatos, com o cavalo Regalo do Braido e com a égua Africa do A.E.J, respectivamente. Houve ainda a realização do stud-book itinerante, com a presença do técnico Marcelo Sampaio de Almeida Prado (Kiko), que tra-

tou de vistoriar mais de uma centena de animais, para então regularizá-los junto à Associação. Outro ponto positivo foi a realização, durante a exposição, de um leilão de coberturas e barrigas do Haras Vale do Sol, Haras Água Vermelha e convidados, que rendeu média de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), além do leilão presencial desses haras e convidados que divulgou média superior a R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais), com destaque para o Haras Vale do Sol que faturou média superior a R$ 32.000,00 (trinta e dois mil reais).

Armando Raucci entrega premiações a Almiro Esteves e à equipe A.E.J..

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Foto: Silvio Calazans.

Foto: Arquivo.

A raça esteve entre os destaques da 69ª Expo Goiânia.

André Fleury, Aracy Oliva e Adalberto Borges Cunha.

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Por Carolina Rodrigues

Exposição de Atibaia

Foto: Arquivo.

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Qualidade e Beleza do Grande Campeão Nacional

Renomados criadores participaram da mostra atibaiense

Mostra apresentou as qualidades da raça ao público de Atibaia.

Raça Mangalarga (ABCCRM). No total, 22 expositores levaram cerca de 60 animais para serem avaliados nos julgamentos de morfologia e andamento conduzidos pelo jovem jurado Emerson Luiz Bartoli. Para Emerson, a proximidade do local do evento com a capital paulista foi um ponto positivo. “Por Atibaia ser perto de São Paulo, proporcionou que

grandes criadores pudessem comparecer e participar, eles estavam lá com animais de qualidade muito boa.” O jurado destacou ainda o momento que a raça Mangalarga vive. “O evento foi muito bom para a raça, pois a participação de grandes criadores mostra que a raça está cresCENDO E EM ASCEND½NCIAu kNALIZOU Bartoli. Foto: Equipe Expoagro Atibaia.

A Exposição Mangalarga de Atibaia (SP), realizada nos dias 16 e 17 de maio, foi uma das atrações da programação da sexta edição da Expoagro Atibaia. A mostra, que teve o Parque Municipal Edmundo Zanoni como palco, contou com a organização do mangalarguista Paulo Sergio Tricolli Patara e apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da

Don Juan 42 Istambul da Jauaperi X Quiçaça Mangalarga

Grande Campeão Nacional Cavalo 2012

Evento foi válido para o Ranking Mangalarga 2014.

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Fazenda Bom Jesus - Uberaba - MG (34) 9643-4242 / (31) 99820455 Ronaldo Andrade Bichuette REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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Por Carolina Rodrigues

Fotos: Equipe Facilpa.

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Facilpa 2014

"OA QUALIDADE DOS ANIMAIS E NĂŠMERO SIGNIkCATIVO DE INSCRIӃES marcaram a participação da raça no evento

Participantes aguardam o inĂ­cio do julgamento.

Vista geral da pista de julgamento.

A Facilpa (Feira AgropecuĂĄria, Comercial e Industrial de Lençóis Paulista) movimentou, no perĂ­odo de 27 de abril a 11 de maio, a regiĂŁo centro-oeste do Estado de SĂŁo Paulo. Em sua 37ÂŞ edição, a tradicional feira do interior paulista abriu um importante espaço em sua programação para a Exposição Mangalarga de Lençóis Paulista, cujos julgamentos ocorreram entre os dias 02 e 04 de maio. Promovida pela Associação Rural de Lençóis Paulista, a mostra contou com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) e tambĂŠm da Prefeitura Municipal de Lençóis Paulista. Segundo o organizador do evento, JosĂŠ Oliveira Prado, a mostra atingiu seu principal objetivo. “A Facilpa ĂŠ uma das exposiçþes pioneiras da raça ManGALARGA NA QUAL TEMOS A kNALIDAde de fomentar novos criadores na regiĂŁo de Lençóis Paulista, Bauru

e Botucatu, assim como ativar os mais antigos. Creio que mais uma vez conseguimos cumprir essas duas metas.â€? Boa qualidade da tropa e envolvimento do pĂşblico tambĂŠm foram destaque na mostra de acordo com o organizador. “O evento foi muito bom, com aproximadamente 82

animais de muito boa qualidade. AlĂŠm disso, os julgamentos foram muito bem conduzidos e tivemos muito boa a participação do pĂşblico e dos criadores.â€? No total, vinte e sete tradicionais criatĂłrios da raça expuseram seus ANIMAIS QUE ALCAN”ARAM O SIGNIkcativo nĂşmero de 100 inscriçþes. Os

O andamento esteve em destaque na Facilpa.

exemplares da raça se apresentaram na pista do Recinto de Exposiçþes JosÊ Oliveira Prado, somando pontos para o Ranking Mangalarga 2014. Por sua vez, os julgamentos foram conduzidos por Benedito Carlos da Silva, no quesito Andamento, e Maria Aracy Tavares de Oliva, no item Morfologia. Para Aracy, Ê uma satisfação poder julgar em um local

tĂŁo tradicional. “Ao lado do colega juiz Benedito Carlos, tive o prazer em julgar nossa raça, em uma cidade que jĂĄ foi um dos grandes polos da nossa raça.â€? Aracy ainda destacou a qualidade dos animais em pista. “Tivemos grandes disputas nos pĂĄreos, boa qualidade, tanto morfolĂłgicas como DIN¡MICASu kNALIZA A JURADA

A jurada Aracy analisa exemplares da raça.

A pelagem pampa tambĂŠm esteve presente.

Criadores e jurados abrilhantaram o evento.

Belos exemplares estiveram em Lençóis Paulista.

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Expo JequiĂŠ 2014

Fotos: Divulgação.

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Participação da família mangalarguista foi um dos destaques da mostra da raça Mangalarga na 35ª edição do evento

Vista geral da pista de julgamento.

O interior baiano recebeu, nos dias 23 e 24 de maio, o Cavalo de Sela Brasileiro na Exposição Mangalarga de JequiĂŠ (BA). O evento, que teve o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) e do Sindicato Rural de JequiĂŠ, foi um dos destaques da 35ÂŞ Exposição AgropecuĂĄria, Industrial e Comercial de JequiĂŠ. Segundo Dorival Santana Andrade Filho, criador responsĂĄvel pela organização do evento, a mostra deste ano foi diferenciada. “Todos OS PRESENTES kZERAM QUESTÂťO DE RESsaltar esta exposição como a melhor dos Ăşltimos anos. A famĂ­lia mangalarguista teve, aliĂĄs, uma presença MARCANTE COM AS ESPOSAS E kLHOS dos criadores tendo uma participação efetiva, o que abrilhantou nossa exposição como nunca antes visto.â€? O organizador ressalta ainda que a mostra teve um total de 56 exemplares da melhor qualidade, provenientes dos mais diversos criatĂłrios da Bahia e de SĂŁo Paulo. “Disputas acirradas mantiveram o pĂşblico atento durante todo o julgamento. Devemos destacar, aliĂĄs, a excelente participação do jurado Paulo Lenzi, que aniversariou durante o evento e

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O ambiente familiar marcou o evento.

Os amigos mangalarguistas se encontraram em JequiĂŠ.

Criadores de diversos regiþes baianas prestigiaram a exposição.

A comunidade mangalarguista prestigiou a mostra.

O público pôde conferir a beleza da raça.

O Camarote VIP recebeu os criadores.

nos deu de presente um espetĂĄculo de aprendizagem sobre o nosso maravilhoso cavalo Mangalarga.

Dorival destaca tambĂŠm as novidades que movimentaram a programação do evento. “Este ano, tive-

mos uma surpresa a mais, que foi o Camarote VIP Mangalarga, onde os criadores puderam desfrutar de deliciosos petiscos e bebidas, durante todo o julgamento. Jå na parte da noite, a confraternização continuava na sede do núcleo e os presentes podiam ouvir uma boa música e conferir a apresentação dos campeþes e demais cavalos participantes do evento, o que aglomerava gran-

de pĂşblico para ver de perto o verdadeiro Cavalo de Sela Brasileiro. Por sua vez, o jurado Paulo Lenzi lembra que o estado ĂŠ um importante polo do cavalo Mangalarga, detentor de muito potencial. “Na minha opiniĂŁo, a Bahia tem o segundo melhor nĂşcleo da raça, acho atĂŠ que se iguala a SĂŁo Paulo. AlĂŠm disso, jĂĄ teve Grande CampeĂŁo Nacional que saiu daqui. Eles

tĂŞm bastante fomento e precisam de valorização para nĂŁo morrer aos poucos.â€? Paulo ainda ressalta o importante trabalho dos nĂşcleos regionais. “De uma maneira geral o mercado de SĂŁo Paulo estĂĄ saturado, e ĂŠ muito importante que os nĂşcleos distantes tenham apoio para dar continuidade ao bom desenvolvimento DA RA”Au kNALIZA O JURADO REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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Expo VitĂłria da Conquista Foto: Arquivo ABCCRM.

Qualidade da tropa destaca a raça no cenårio equestre do Nordeste brasileiro A raça foi um dos destaques da 48ª Expo Conquista.

Realizada nos dias 28 e 29 de março, a Exposição Mangalarga de VitĂłria da Conquista (BA) foi uma das principais atraçþes da programação da 48ÂŞ Expo Conquista (Exposição AgropecuĂĄria, Industrial e Comercial de VitĂłria da Conquista). A mostra, que contou com a organização dos mangalarguistas Rafael Augusto Almeida Ladeia e Jivago Nascimento Queiroz, teve o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) e foi vĂĄlida para o Ranking Mangalarga 2014. Segundo Rafael, os animais da Bahia sĂŁo referĂŞncias para outros estados no que se refere Ă genĂŠtica da RA”A g%U POSSO AkRMAR QUE A "AHIA Âź o segundo maior polo do cavalo Man-

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galarga no paĂ­s. Os animais daqui sĂŁo de primeira linha, tanto que tem pessoas que saem de outros estados e vĂŞm buscar aqui a genĂŠtica da raça Mangalarga.â€? Rafael destaca tambĂŠm que VitĂłria da Conquista ĂŠ um destacado centro do agronegĂłcio baiano, ocupando notĂłrio lugar na economia do Estado. “O evento foi bem positivo e bastante RELEVANTE AkNAL ESTA EXPOSI”O Âź UM dos grandes eventos da Bahia.â€? Pela pista do Parque Teopompo de Almeida, 53 animais, provenientes de dez conceituados criatĂłrios da raça, passaram pela anĂĄlise de Leandro Canedo GuimarĂŁes Santos, jurado responsĂĄvel pelos julgamentos nos quesitos de Morfologia e Andamento. Leandro acredita que a Expo Vi-

tĂłria da Conquista representou bem a raça. “A tropa deu um nĂşmero expressivo de animais de boa qualidade. Eles tiveram um bom desenvolvimento na prova do patrĂŁo. AlĂŠm disso, acho que o evento cumpriu a PARTE SOCIAL kNANCEIRA E TÂźCNICA u O jurado tambĂŠm destacou o bom trabalho que vem sendo desenvolvido pelos criadores do Estado. “O trabalho do NĂşcleo da Bahia merece destaque, os integrantes envolvem seus familiares nos serviços dos nĂşcleos, ĂŠ muito marcante.â€? A programação do evento contou ainda com uma Etapa Regional da Copa Mangalarga de Andamento, que transcorreu muito bem, contando com 8 tradicionais expositores.

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Por Carolina Rodrigues

Foto: Arquivo.

Expo Bragança 2014 Mostra bragantina foi uma das mais movimentadas da raça no primeiro semestre do ano

A Exposição Mangalarga de Bragança Paulista (SP), que acontece desde 1950 e ĂŠ considerada uma das mostras mais tradicionais da raça, foi sucesso absoluto em sua edição de 2014. Recepcionado nas dependĂŞncias do Parque de Exposiçþes Dr. Fernando Costa, popularmente conhecido como Posto de Monta, no perĂ­odo de 11 a 13 de abril, o Cavalo de Sela Brasileiro bateu recorde com o expressivo nĂşmero de 191 inscriçþes. Segundo Rodnei Pereira Leme, margalarguista responsĂĄvel pela organização da mostra, a raça Mangalarga estĂĄ sempre presente na programação da Expoagro Bragança, que este ano alcançou a 49ÂŞ edição. “A Expo Bragança ĂŠ um evento muito tradicional, o Mangalarga participou da primeira exposição em 1950, e desde entĂŁo ĂŠ a Ăşnica raça que participa todos os anos desde entĂŁo.â€? Provenientes de 48 tradicionais criatĂłrios da raça, os quase 200 exemplares passaram pela anĂĄlise da experiente dupla de jurados composta por Marcelo Leite Vasco

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Exemplares de qualidade passaram pela anĂĄlise dos jurados.

de Toledo (Morfologia) e JosĂŠ Rodolfo Brandi (Andamento). De acordo com JosĂŠ Rodolfo, alĂŠm do sucesso, a Expo Bragança ĂŠ uma boa vitrine para apresentar a raça para outros pĂşblicos. “O evento foi um sucesso, a tropa com qualidade muito boa. Acho esse evento muito importante tanto pelo nĂşmero de animais como pela regiĂŁo em que estĂĄ localizado. Estavam acontecendo exposiçþes de outros animais e outros pĂşblicos puderam ver o Mangalarga.â€?

Este destacado evento, que contou ainda com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), teve como ponto alto o clima de confraternização e qualidade da tropa, ĂŠ o que ressalta o organizador. “O ponto alto do evento foi o congraçamento entre os criadores, o Ăłtimo ambiente e tambĂŠm a quaLIDADE DOS ANIMAIS %NkM FOI UM evento em que correu tudo bem e QUE AGRADOU OS PARTICIPANTESu AkRma Rodnei. REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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Por Núcleo Riograndense

Fotos: Arquivo NRCCRM.

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37ª Expointer

Uma programação especial está sendo preparada para receber os criadores de todo Brasil Evento contará com a tradicional disputa Mangalarga contra moto.

O Núcleo Riograndense de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga está se preparando para receber os Mangalarguistas de todo o país, para a maior exposição agropecuária da América Latina, a 37ª Expointer, a ser realizada no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, no período de 28 de agosto a 07 de setembro. Neste ano, será de fomento, a exposição Mangalarga, cuja programação já foi enviada à Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), juntamente com um convite aos associa-

dos. Um detalhe importante, os expositores de fora do estado poderão retirar seus animais em 01 de setembro, se não quiserem participar de todo o período da feira. Além dos julgamentos e campeonatos, estão programadas diversas provas de agilidade, com grande presença de público nas arquibancadas e, este é, sem dúvida, um dos melhores meios de divulgação da raça. A Expointer é o melhor palco para a apresentação de qualquer criatório, e as estrelas, são os cavalos. Uma programação social

para esperar os amigos está sendo cuidadosamente preparada. O Mangalarga sempre fecha a feira com “chave de ouro”! No último sábado da programação, este ANO DIA DE SETEMBRO A PISTA kCA lotada para assistir uma disputa que já se tornou tradicional e esperada pelo público, a prova de Cavalo Mangalarga versus Motos, disputada em seis balisas em espelho. Amigos Mangalarguistas de todo o Brasil, venham disfrutar da nossa hospitalidade e participar desta festa. Aguardamos vocês!

A disputa contra as motos é o momento preferido pelo público.

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Por Pedro Rebouças

36ª Nacional Mangalarga Fotos: Norberto Cândido

Evento, que elegerå os Grandes Campeþes Nacionais de 2014, celebrarå o octogÊsimo aniversårio da ABCCRM com uma programação muito especial

taque. A partir das 10h da manhã acontecerão as provas mini mirim, mirim, juvenil, feminina e do patrão, que oferecerão a toda família mangalarguista a oportunidade de participar do maior evento promovido pela raça. Entretanto, o momento mais aguardado do dia, a escolha dos Grandes Campeþes Nacionais de 2014, terå início às 13h, sendo conduzida pelos jurados Paulo Francisco Gomes Della Torre e Marcelo Leite Vasco de Toledo e prometendo atrair a atenção de todo público presente. Congraçamento e Amizade O andamento serå um dos itens em julgamento.

Programação especial

Vista geral da pista de julgamento da 35ÂŞ Nacional.

A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) promoverå, entre os dias 17 e 27 de setembro, no Parque Doutor Fernando Costa, em Franca (SP), a 36ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga. A programação da mostra incluirå, alÊm dos julgamentos que elegerão os novos grandes campeþes da raça, uma sÊrie de atraçþes como provas funcionais, leilþes e atividades sociais. O evento, alÊm disso, celebrarå este ano o octogÊsimo aniversårio da entidade, que estå entre as mais tradicionais do agronegócio brasileiro e Ê referência para a equinocultura do país. Este, aliås, serå o terceiro ano consecutivo que a maior mostra do Cavalo de Sela Brasileiro acontecerå em Franca. A excelente estrutura oferecida pelo município, o apoio da prefeitura local e o sucesso da edição anterior do evento foram pontos deCISIVOS PARA DEkNIR A ESCOLHA DO 0ARque Fernando Costa como sede da

Nacional 2013. Segundo o Diretor de Exposiçþes da ABCCRM, Paulo Francisco Gomes Della Torre, que tambĂŠm integra a comissĂŁo organizadora do evento, a comunidade mangalarguista encontrarĂĄ este ano uma estrutura ainda melhor. “O parque passou por reformas e adequaçþes que com toda

certeza irĂŁo proporcionar uma infraestrutura ainda melhor tanto para o pĂşblico como para os expositores E PROkSSIONAIS QUE VIEREM A PASSAR pelo parque durante os onze dias de atividades. AlĂŠm disso, a programação tambĂŠm passou por ajustes para kCAR AINDA MAIS ATRAENTE PARA TODA A comunidade mangalarguista.â€?

A entrada dos animais no recinto de exposiçþes acontecerĂĄ nos dias 17 e 18 de setembro. Por sua vez, os julgamentos tanto da classe geral como da classe de pelagens terĂŁo inĂ­cio na manhĂŁ da sexta-feira 19 de setembro. Neste mesmo dia, Ă s 16h30, estĂĄ marCADA A CERIMÆNIA OkCIAL DE ABERTURA durante a qual ocorrerĂĄ o tradicional DESkLE DAS BANDEIRAS DOS CRIATĂ…RIOS participantes. Em seguida, Ă s 18h, o NĂşcleo Feminino Mangalarga promoverĂĄ um coquetel de recepção, cujo programa incluirĂĄ uma exposição de fotos da criadora Guta Alonso e um leilĂŁo de coberturas em prol da ABCCRM. No sĂĄbado (20), como no decorrer da semana, os julgamentos terĂŁo INĂ€CIO šS H PROSSEGUINDO ATÂź O kM da tarde. Ainda nesta mesma data, ocorrerĂĄ uma palestra sobre ferrageamento com o especialista no tema e mĂŠdico veterinĂĄrio Edson Pagoto, alĂŠm de um agradĂĄvel momento de confraternização entre os criadores e visitantes com o “happy hour Mangalargaâ€?. Como de hĂĄbito na Nacional, a agenda reservarĂĄ um momento especial para os apresentadores, o famoso “jantar de confraternização dos peĂľesâ€?. Este aguardado encontro ocorrerĂĄ na noite da segunda –feira (22), oferecendo uma noite de saudĂĄvel convivĂŞncia e descontração a esses

PROkSSIONAIS TO IMPORTANTES PARA O sucesso da raça e da Nacional. Jå a noite da quinta-feira (25) promete ser muito movimentada com a realização do tradicional jantar dos criadores, que este ano celebrarå os 80 anos da Associação com atraçþes muito especiais. A primeira delas serå o leilão de barrigas em prol da ABCCRM, que serå seguida pelo ponto alto da noite, o espetåculo com a dupla Rio Negro e Solimþes. A sexta-feira (26), por sua vez, promete agitar o mercado do Cavalo de Sela Brasileiro, que este ano vive uma temporada muito aquecida, com a edição 2014 do Leilão Gênesis Mangalarga, organizado pela Fênix Leilþes. A agenda do såbado (27) colocarå a funcionalidade da raça em des-

Para MĂĄrio Barbosa, presidente da ABCCRM, a Exposição Nacional vai muito alĂŠm das provas e julgamentos. “Trata-se de uma ocasiĂŁo Ă­mpar de congraçamento, na qual podemos encontrar velhos amigos, fazer novas amizades e conversar sobre o nosso cavalo, entrando em contato com distintos pensamentos e visĂľes, tudo de forma descontraĂ­da e prazerosa. Dessa maneira, conclamo todos os apaixonados pelo Cavalo de Sela Brasileiro a prestigiarem este grande evento.â€? Com 321 mil habitantes, Franca estĂĄ situada a cerca de 400 quilĂ´metros da capital paulista, no Nordeste do estado de SĂŁo Paulo, regiĂŁo conhecida por sua forte ligação com as origens do Cavalo de Sela Brasileiro. Dotada de uma pujante economia e conhecida como a capital nacional do / $ESkLE DAS "ANDEIRAS OCORRERÂś DURANTE A ABERTURA OkCIAL

As pelagens novamente estarĂŁo em destaque no evento.

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www.harasgermana.com.br

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AMPEĂ•ES GERAM CAMPEĂ•ES. www.jota-erre.com

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MATRIZES: Ä•Ç? Ç? $' ) $)# Ç? Ç? '1*- Ä•Ç? (a) * Ç? Ä•Ç? ) 50 ' Ç? *Ç? Ä•Ç? - )/ Ç? Ä•Ç? ' 3 ) -$ Ç? Ä•Ç? . *'/ Ç? *Ç? Ä•Ç? ' -$ Ç? *Ç? Ä•Ç? 0( Ç? GARANHĂƒO Ä•Ç? 6.Ç? Ç? 0-*Ç?ÿý

A prova dos patrþes estarå entre as atraçþes.

calçado masculino, a cidade possui uma ampla rede de hotĂŠis e restaurantes e ĂŠ servida por boas rodovias e um aeroporto regional. AlĂŠm disso, estĂĄ perto de outros importantes polos urbanos, como RibeirĂŁo Preto (SP) e Uberaba (MG). Para obter uma cĂłpia da Circular 03/2014, que apresenta todos os detalhes da 36ÂŞ Nacional, visite o portal www.cavalomangalarga.com.br . JĂĄ para ter informaçþes adicionais visite o “hotsiteâ€? do evento ou consulte o Departamento de Exposiçþes pelo endereço eletrĂ´nico francisco.bezerra@abccrm.com.br ou pelo telefone (11) 3866-9866. O pĂşblico encontrarĂĄ Ăłtima estrutura no Parque Fernando Costa. A dupla Rio Negro e SolimĂľes serĂĄ uma das atraçþes da Nacional. Foto: Assessoria Rio Negro e SolimĂľes

O Leilão Gênesis promete movimentar o mercado da raça.

A

recente histĂłria do Haras Germana vem somar paixĂŁo e conquistas ao aprimoramento do Mangalarga, atravĂŠs da escolha criteriosa de suas matrizes e garanhĂľes: crias dos maiores representantes da raça no Brasil. Venda permanente de embriĂľes, potros, coberturas e barrigas: 11 99321-2300 – Alexandre de Oliveira Ribeiro 12 99762-0024 – Diego

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Por Carolina Rodrigues

Exposição de Itapetinga Fotos: Norberto Cândido.

Importante polo do agronegócio baiano volta a receber a raça Mangalarga

Evento recebeu este ano um número recorde de animais.

Nos dias 15 e 16 de maio, o Cavalo de Sela Brasileiro esteve em destaque na Exposição Agropecuária de Itapetinga (BA), realizada nas dependências do Parque Juvino Oliveira. A Exposição Mangalarga de Itapetinga reuniu cerca de 80 exemplares da raça, mostrados por 17 expositores. De acordo com Jivago Nascimento Queiroz, organizador do evento e membro do Núcleo Mangalarga da Bahia, foi o maior evento da raça no estado. “Esta foi a maior exposição Mangalarga da Bahia. Tivemos 80 animais participantes e, em um dado momento da mostra, conseguimos reunir 98 animais da raça Mangalarga em pista, por isso acredito que a exposição foi brilhante.” Jivago também deu destaque para outros pontos altos do evento como homenagens e a participação ativa dos mangalarguistas. “Gostaria de destacar a quantidade de

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criadores presentes. Tivemos tanto criadores da Bahia como também de São Paulo, que foram recebidos em um estande montado na beira da pista para que eles pudessem acompanhar tudo de perto. A Expo também contou com homenagens para Paulo Lenzi, Roberto Trevisan e Rogério Nigro, por serem pessoas que sempre nos prestigiam.” A mostra mangalarguista, que foi promovida pelo Núcleo de Criadores do Sudoeste Baiano, contou com o conhecimento de João Tolesano Junior como jurado de Morfologia e José Rodolfo Brandi como jurado de Andamento. A visibilidade da raça na Expo Itapetinga merece ênfase, é o que garante José Rodolfo. “Este evento é muito importante para a raça, pois fomenta o Mangalarga na região. Haviam muitos criadores de gado no local e nós pudemos mostrar o cavalo Mangalarga para eles.” José Rodolfo ainda ressaltou o

interesse que os criadores têm em evoluir na raça. “Os criadores da Bahia têm uma vontade de entender o porquê do julgamento, o que está bom ou o que não está, eles são muito interessados em entender para poder melhorar. Foi uma exposição muito boa, com um bom desempenho da organização e um bom número de animais em pista”, conclui o jurado. O 2º Leilão Aliança, realizado no sábado 17 de maio, também integrou a programação da Expo de Itapetinga. Com organização do Haras NJT, comandado por Nivaldo e Jivago Queiroz, o leilão ofertou 18 lotes especialmente selecionados, movimentando o mercado da raça em território baiano. Jivago comemora o resultado do remate. “O leilão foi um sucesso, tivemos compradores de todo o Brasil. O lote mais valorizado foi composto pela matriz alazã Lady do São Roberto, ofertada pelo Haras NJT”. REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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Por Carolina Rodrigues

Exposição de Brasília Boa qualidade da tropa marca o retorno do circuito de exposiçþes da raça Mangalarga à capital federal

Fotos: Divulgação.

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O evento foi prestigiado pelo presidente do NĂşcleo de GoiĂĄs Adalberto Borges.

: Jorge Euståquio e família recebem trofÊu das mãos do sr. Valença.

Sueli Barbosa (Haras à guas Lindas) recebe premiação das mãos de Jorge Euståquio.

JosĂŠ JĂşnior AraĂşjo e a esposa Rejane AraĂşjo.

Cena do julgamento realizado na Granja do Torto.

A regiĂŁo Centro-Oeste do paĂ­s recebeu, nos dias 24 e 25 de maio, toda a funcionalidade e beleza do Cavalo de Sela Brasileiro na Expo-

sição Mangalarga de Brasília (DF). A mostra, realizada no Parque de Exposiçþes Granja do Torto, foi organizada pelo Núcleo Mangalar-

Fernando Pessoa Cantarino recebe trofĂŠu das mĂŁos de MĂĄrcio AraĂşjo.

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ga de BrasĂ­lia e contou com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM). Para Sueli Maria Barbosa Moreira, presidente do NĂşcleo Mangalarga de BrasĂ­lia e organizadora do evento, ĂŠ muito bom ter a Expo BrasĂ­lia de volta. “O retorno da Expo em BrasĂ­lia foi um ponto bastante positivo. AlĂŠm disso, tudo transcorreu bem e o nĂ­vel zootĂŠcnico estava muito bom. Depois de um tempo sem a realização da Exposição de BrasĂ­lia, achei que a mostra foi satisfatĂłria, com poucos animais, porĂŠm com qualidade muito boa. Foi um evento bem legal, bem positivoâ€?, declara a dirigente. No total, 17 expositores levaram 43 animais para serem avaliados nos

-OMENTO kNAL DA COPA DE ANDAMENTO REGIONAL

julgamentos de morfologia e andaMENTO QUE kCARAM SOB A CONDU”O de Emerson Luiz Bartoli. Emerson comenta o bom resultado do evento: “Tinham alguns criadores regionais, alĂŠm de criadores de outros estados, que levaram animais com boa qualidade. AlĂŠm disso, a recepção para os criadores foi muito boa e a presença deles marcante.â€? A organizadora Sueli aproveita o espaço para registar seu agradeci-

Sr. Valença, sócio fundador do Núcleo de Brasília, e Maurílio (Haras Kopenhagen), duas geraçþes de mangalarguistas.

mento a todos os envolvidos. “GosTARIA QUE kCASSE REGISTRADO MEU agradecimento ao jurado Emerson Luiz Bartoli pelo excelente julgamento, bem como a todos que prestigiaram a Exposição de BrasĂ­lia.â€? A programação da mostra da capital federal contou tambĂŠm com uma etapa regional da Copa Mangalarga de Andamento que transcorreu muito bem e comprovou o alto nĂ­vel alcançado pela tropa da regiĂŁo.

Juscelmo (Haras TrĂŞs Rios) recebe trofĂŠu das mĂŁos de Kleber Evangelista e MaurĂ­lio.

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Com informaçþes da Assessoria de Imprensa da Sociedade Rural Brasileira

O novo presidente da SRB Gustavo Diniz Junqueira.

O jovem Gustavo Diniz Junqueira, 41 anos, foi recentemente eleito pelo Conselho Superior da Sociedade Rural Brasileira (SRB) para presidir a entidade no perĂ­odo de 2014 a 2017. Dessa forma, sucede Cesario Ramalho da Silva, que esteve Ă frente da Rural nos Ăşltimos sete anos. Nascido em 1972, no municĂ­pio de Orlândia, na regiĂŁo da Mogiana, importante polo agrĂ­cola do Estado de SĂŁo Paulo, Gustavo possui um vĂ­nculo familiar histĂłrico com a agricultura. AlĂŠm disso, ĂŠ formado em administração de empresas, Âź MESTRE EM kNAN”AS PELA 4HUNderbird School of Management dos Estados Unidos, e trilhou carreira SĂ…LIDA NA ÂśREA kNANCEIRA “Minha famĂ­lia tem raĂ­zes histĂłricas com a agricultura e a pecuĂĄria, com destaque para fundação de duas usinas de cana-de-açúcar (a Vale do RosĂĄrio, pelo meu bisavĂ´, NhonhĂ´ de Almeida Prado), e a MandĂş (pelo meu pai, Roberto Diniz Junqueira). Hoje atuamos na agricultura com o cultivo de cana, soja e milho e na pecuĂĄria com a cria, recria e engorda de gado nelore selecionado com propriedades

nos Estados de SĂŁo Paulo, ParĂĄ e Minas Gerais. AlĂŠm disso, temos uma paixĂŁo que ĂŠ a criação de cavalos Mangalarga. Uma raça criada PELA MINHA FAMĂ€LIA NO kNAL DO SÂźCUlo XVIII em Minas Gerais e depois difundida por todo o PaĂ­s.â€? Segundo o novo dirigente, a construção de um projeto claro de nação para o Brasil passa pelo agro, estando mais do que na hora do setor acentuar a sua participação nas discussĂľes dos mais relevantes temas da agenda pĂşblica nacional, de segurança pĂşblica, saĂşde, passando pela educação e combate Ă corrupção, por exemplo. No entanto, para ser ouvido, pondera o novo presidente da Rural, o agro precisa desenvolver sua visĂŁo do Brasil e seu projeto no contexto da economia como um todo. “Os mesmos proble-

Geraldo Alckmin e Gustavo Diniz Junqueira durante a cerimonia.

Ruth Villela e o presidente MĂĄrio Barbosa estiveram no evento.

Roberto Diniz Junqueira, Ruth Villela e Gustavo Diniz Junqueira. Foto: Alex Rosa.

mas – senĂŁo piores – que atingem as cidades tambĂŠm atingem o campoâ€?, ressalta, acrescentando: “atĂŠ a falta de mobilidade – algo antes restrito Ă s grandes cidades – avança pelo interiorâ€?. Junqueira assinala ainda que o agro brasileiro ĂŠ um grande produto de inovação, e que tem o que o mundo mais quer e precisa: ALIMENTO kBRAS E ENERGIA RENOVÂśvel. “O Brasil tem a vantagem de poder contar com diversos ‘agronegĂłcios’ bem sucedidos. NĂłs temos o estilo norte-americano - da produ”O EM LARGA ESCALA TECNIkCADA DE commodities -, bem como o formato europeu - pautado por fazendas menores, especializadas em nichos de mercado e produtos de maior valor agregadoâ€?, mas lembra: “nĂłs temos, tambĂŠm, que nos preocupar com o desenvolvimento dos produtores rurais que operam na margem da subsistĂŞnciaâ€?. O novo presidente da Rural alerta que o estrangulamento da renda do produtor rural nĂŁo ĂŠ sĂł um proBLEMA DA CLASSE E SIM UM DESAkO para toda a sociedade que precisa comer, se vestir, e necessitarĂĄ cada vez mais de novas fontes de energia limpa. De acordo com Junqueira, o agro BRASILEIRO ORGANIZADO PROkSSIONAL E sĂŠrio ĂŠ comprometido com o tecido social e com o meio ambiente. Para

PELA NEGA”O E SIM PELA AkRMA”O de nossas instituiçþesâ€?, enfatiza. Realizada no dia 17 de março, na sede social da SRB no centro de SĂŁo Paulo, a cerimĂ´nia de posse da nova diretoria foi prestigiada por diversas autoridades e personalidades de destaque no cenĂĄrio nacional. Entre os presentes estavam o ex-presidente da repĂşblica Fernando Henrique Cardoso, o governador de SĂŁo Paulo Geraldo Alckmin, o senador Eduardo Suplicy, o presidente da ABCCRM MĂĄrio Barbosa e o ex-presidente da ABCCRM Sergio Paiva.

Foto: Alex Steiner.

Foto: Alex Steiner.

Mangalarguista comandarĂĄ a Sociedade Rural Brasileira (SRB) atĂŠ 2017

mĂŠdio e longo prazo dentro do seTOR kNANCIAMENTO SEGURO LEGISlação) e fora dele (infraestrutura, EDUCA”O FORMA”O PROkSSIONAL etc). Articular e integrar estes pensamentos e açþes ĂŠ o papel da Rural.â€? Segundo o novo presidente da SRB, para ser realmente um paĂ­s desenvolvido, o Brasil vai precisar produzir tanto produtos agrĂ­colas [commodities e de valor agregado], bem como ter uma indĂşstria forte nos nichos onde isso for possĂ­vel e um setor de serviços focado em inovação. “A correção de rota nĂŁo passa Foto: Alex Rosa.

Gustavo Diniz Junqueira

o novo presidente da Rural, o Brasil tem que fazer escolhas e reformas. “O setor produtivo nĂŁo pede ajuda, pede mudanças, que serĂŁo fundamentais para todos, e imprescindĂ­veis para o nosso futuro.â€? Contudo, na avaliação de Junqueira, antes de pedir ou exigir mudanças, o prĂłprio setor precisa fornecer projetos concretos jĂĄ com avaliação dos seus impactos nos outros segmentos da economia e sociedade. “NinguĂŠm melhor posicionado que a inteligĂŞncia do agro (entidades, institutos, lĂ­deres) para formular o que se precisa a curto, Foto: Alex Rosa.

P ANORAMA M ANGALARGA

Fernando Henrique cumprimenta o novo dirigente da SRB.

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P ANORAMA M ANGALARGA

Por Pedro Rebouças (Com informaçþes adicionais da Sociedade Rural de Maringå)

Foos: Sociedade Rural do ParanĂĄ.

Falecido aos 97 anos de idade, o ilustre criador deixa um importante legado à raça Mangalarga e ao agronegócio do Paranå

O criador manteve-se sempre atuante na raça Mangalarga

A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) comunica, com grande pesar, o falecimento do Sr. Joaquim Romero Fontes. Titular do Haras e Fazenda à gua Limpa, propriedade localizada no município de Presidente Castelo Branco, na região paranaense de Maringå, o conceituado criador faleceu no mês de fevereiro, aos 97 anos de idade. A pesarosa notícia, entretanto, só foi comunicada recentemente à ABCCRM. Associado nº 01670, o Sr. JoaQUIM 2OMERO &ONTES kLIOU SE š ABCCRM em 14 de julho de 1980, iniciando nessa ocasião uma respeitada seleção que gerou 395 aniMAIS E CONSAGROU O SUkXO */& NA

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raça Mangalarga. Entre os destaques de sua criação estĂŁo as fĂŞmeas Birmanha JOF, Gazela JOF, Gala JOF, BrasĂ­lia JOF e Condessa JOF, alĂŠm de machos como Almirante JOF, Navegante JOF, Destaque JOF e ValadĂŁo JOF. Nos Ăşltimos anos, apesar da idade avançada, Fontes manteve-se atuante na raça Mangalarga, fazendo questĂŁo de participar das decisĂľes sobre os rumos da ABCCRM, como aconteceu na Ăşltima eleição, quando veio pessoalmente Ă sede da entidade para votar. O Presidente da ABCCRM MĂĄrio Barbosa destaca, por sua vez, a paixĂŁo do criador pelo cavalo Mangalarga. “Quando ele estava com 92, 93 anos de idade, ainda me telefo-

nava com frequĂŞncia para conversarmos sobre os cruzamentos mais indicados para a sua tropa. Nessa mesma ĂŠpoca, chegou tambĂŠm a enviar algumas ĂŠguas Ă minha propriedade para serem cobertas. %NkM FOI SEMPRE UM GRANDE APAIxonado pelo Cavalo de Sela Brasileiroâ€?, relembra o presidente. Paulista de nascimento, o Sr. Joaquim Romero Fontes foi pioneiro na prĂłspera MaringĂĄ e uma das mais importantes personalidades do agronegĂłcio paranaense, tendo sido sĂłcio-fundador e primeiro presidente da Sociedade Rural de MaringĂĄ (1979-1981). No ano de 1949, chegou Ă cidade paranaense para trabalhar com cafĂŠ e esteve, expressivamente, presente na construção da Catedral BasĂ­lica Menor Nossa Senhora da GlĂłria e foi um dos primeiros associados do Sindicato Rural de MaringĂĄ. Presidiu o Clube HĂ­pico e foi um dos principais articuladores na fundação da Cooperativa Agroindustrial de MaringĂĄ (Cocamar). Joaquim Romero Fontes tambĂŠm fez parte da comissĂŁo que se dirigiu atĂŠ o governo estadual no ano de 1951 para solicitar a emancipação do municĂ­pio, que na ĂŠpoca, pertencia a Mandaguari. Na Sociedade Rural de MaringĂĄ (SRM), dedicou-se voluntariamente Ă estruturação do Parque Internacional de Exposiçþes, ao fortalecimento da SRM, Ă consolidação da ExpoingĂĄ como uma das mais importantes feiras agrĂ­colas do PaĂ­s e, tambĂŠm, Ă valorização de MaringĂĄ no contexto do agronegĂłcio brasileiro. De 2004 a 2008, presidiu novamente a entidade, permanecendo por duas gestĂľes.

SimpĂłsio Mangalarga 2014 Desenvolvido para celebrar o aniversĂĄrio de 80 anos da ABCCRM, evento OFERECERÂś UMA OPORTUNIDADE Ă€MPAR DE RElEXÂťO SOBRE O PASSADO O PRESENTE E O futuro do Cavalo de Sela Brasileiro Fotos: Norberto Cândido.

Joaquim Romero Fontes

Por Pedro Rebouças

para a conclusão das conversaçþes sobre os temas abordados e para a formulação das açþes que deverão levar a raça na direção dos objetivos propostos pelo Simpósio Mangalarga 2014. Dessa maneira, alÊm de possibilitar um profundo exame da trajetória da raça desde seus primórdios atÊ o momento atual, o evento oferecerå uma ocasião ímpar para uma intenSA RElEXO SOBRE O RUMO A SER SEGUIdo pelo Cavalo de Sela Brasileiro. A ABCCRM e o CDT contam com a participação de todos os criadores e apaixonados pelo Mangalarga neste encontro que promete ser um marco histórico para a raça. Mais informaçþes no portal www. cavalomangalarga.com.br ou pelo telefone (11) 3866-9866.

O SimpĂłsio possibilitarĂĄ um profundo exame da trajetĂłria da do cavalo Mangalarga.

A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) promoverĂĄ, em parceria com o Conselho Deliberativo TĂŠcnico (CDT), o SimpĂłsio da Raça Mangalarga 2014. Marcado para acontecer nos dias 8, 9 e 10 de novembro, no Parque da Ă gua Branca, em SĂŁo Paulo (SP), o evento proporĂĄ aos participantes TR½S PERGUNTAS CHAVE g/ QUE kZEmos atĂŠ hoje?â€?, “O que desejamos para o nosso cavalo?â€? e “Como vamos chegar a este objetivo?â€?. O primeiro dia da programação contarĂĄ com uma introdução histĂłrica, seguida pela apresentação de dados relativos Ă s caracterĂ­sticas da raça. O segundo dia, por sua vez, serĂĄ dedicado Ă avaliação morfolĂłgica e dinâmica de animais da raça. 0OR kM O TERCEIRO DIA ABRIRÂś ESPA”O

%VENTO OFERECERœ UMA OCASIO ÀMPAR PARA UMA INTENSA RElEXO SOBRE O RUMO A SER SEGUIDO PELA RA”A

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P ANORAMA M ANGALARGA

Por Pedro Rebouças

Fotos: Nelson Servilheira.

8ª Copa de Jundiaí

Atraentes premiações e alto nível dos concorrentes garantiram o sucesso da prova jundiaiense

O julgamento foi muito concorrido.

A Fazenda Rio das Pedras recebeu, entre os dias 1 e 3 de maio, a 8ª Copa de Jundiaí e Região. Válida como primeira etapa aberta da Copa Mangalarga de Andamento 2014, a competição contou na classe geral com a participação de 83 animais, expostos por 32 conceituados criatórios da raça, enquanAnimais de muita qualidade passaram pela pista jundiaiense.

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to na classe de pelagem registrou a participação de 17 exemplares, provenientes de 13 renomados haras mangalarguistas. Para Thiago D’Angieri, responsável pela organização da Copa de Jundiaí, o evento repetiu o êxito das edições anteriores. “A Copa foi um sucesso tanto no número

de inscrições como na qualidade dos animais. Tivemos um julgamento de altíssimo nível, acompanhado por um ótimo público”, destacou o organizador em entrevista ao programa Horse Brasil, do Canal Rural. A qualidade dos concorrentes também foi ressaltada pelo jurado

Cem animais participaram do julgamento.

José Roberto Pires de Campos Filho, que conduziu o julgamento na companhia dos também jurados José Rodolfo Brandi e Roque Carlos Nogueira. “Todos os páreos foram cheios e com um alto nível de andamento. Tivemos que nos pegar principalmente nos detalhes para definir as classificações, pois A classe de pelagem esteve entre os destaques do evento.

os animais estavam muito próximos tanto vistos do chão como na montada. Além disso, todos estavam muito bem preparados na equitação”, ressaltou José Roberto ao programa Horse Brasil. Por sua vez, Attílio D’Angieri Neto (Tióca), presidente do Núcleo de Jundiaí e Região, come-

morou a constante evolução do evento jundiaiense. “A cada ano que passa, temos uma expectativa melhor, porque a premiação que nós damos aqui é excelente, com dois carros, oito motos e bons prêmios em dinheiro em todas as categorias. Isso causa uma grande atração sobre os criadores, que

A garotada também marcou presença no evento.

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Beldade do AEJ esteve entre os destaques do evento.

querem vir e conquistar as premiações, dessa maneira só animais de altíssimo nível participam da Copa de Jundiaí.” Os principais destaques da Copa de Jundiaí foram a Grande Campeã Beldade do AEJ, proveThiago D’Angieri concede entrevista ao Horse Brasil.

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niente da seleção de Almiro Esteves Junior, e o Grande Campeão Protegido do Otnacer, exposto por Guilherme Pompeu Piza Saad. O evento abriu espaço ainda para uma movimentada agenda social, que incluiu um coquetel

de recepção, realizado no fim da tarde da quinta-feira 1º de maio, e o Leilão de Barrigas e Coberturas, promovido no sábado 2 de maio com renda em prol da premiação da Copa de Jundiaí.

Attílio D’Angieri e Fátima.

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Redação Revista Mangalarga (Com a colaboração da Matriz da Comunicação)

Copa de Campos do Jordão

Pista concorrida

Fotos: Norberto Cândido.

Evento colocou o Cavalo de Sela Brasileiro em evidência no mais badalado e charmoso destino turístico do inverno brasileiro

Onze categorias estiveram em disputa.

Uma tropa de muita qualidade passou pela pista de julgamento.

O Núcleo Feminino Mangalarga promoveu, nos dias 23 e 24 de maio, na Hípica Tarundu, a 1ª Copa de Campos do Jordão (SP). O evento, válido como segunda etapa aberta da Copa Mangalarga de Andamento 2014, incluiu em sua programação o 1º Leilão Núcleo Feminino & Convidados. Os objetivos do time formado por Beatriz Biagi, Camila Glycerio, Heloísa Freitas, Josiane Vidotti, Natália Lois, Perla Fleury e Sônia Torresan - as integrantes do Núcleo Feminino Mangalarga - foram plenamente conquistados durante a primeira edição da Copa de Campos do Jordão (SP). O evento reuniu, durante os julgamentos, um público de cerca de 300 pessoas que prestigiaram tanto a pista pesada com julgamento de animais de altíssimo nível, bem como o primeiro leilão organizado pelo Núcleo Feminino. O remate, que aconteceu no sá-

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bado, ofertou 26 lotes especiais, entre eles cinco doações de barriga com renda revertida em prol das ações do Núcleo Feminino. A média geral do leilão foi de R$ 30 mil. O lote melhor valorizado do leilão foi a fêmea Dália da Araxá TE, vendida por Josiane Vidotti para o criador Pedro Salla, de São Paulo (SP), por R$ 57,6 mil. A oferta das barrigas, que foram doadas em prol do Núcleo Feminino, foi um sucesso. O lote 01, Victória da Araxá TE, foi vendido para o criador Ronaldo Bichuette; o lote 02, Tél Kelly da SLG, foi arrematado pela criadora Josiane Vidotti; o lote 03, Porcelana da Braido, foi levado para o Haras Lagoinha, de Paulo Eduardo Correa da Costa; o lote 04, Carrara VAT TE, foi vendido para o criador e presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga Mário Barbosa e o lote 07, Nobreza RB, foi arrematada por Natália Lois.

O remate foi aberto pelo leiloeiro Marcelo Pardini e coordenado pelo leiloeiro Marcelo Junqueira. A leiloeira responsável foi a Fênix Leilões. “Estamos muito felizes, pois tanto a nossa Copa como nosso primeiro leilão foi prestigiado por toda família Mangalarga, e com isso, conquistamos nosso objetivo de reunir a todos num ambiente agradável e positivo para o enaltecimento da nossa raça!”, declarou Josiane Matta Vidotti, presidente do Núcleo Feminino Mangalarga, que também agradeceu o apoio de diversas forças que permitiram a realização do evento, como a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a Prefeitura de Campos do Jordão, os patrocinadores Guabi e Cobasi, os tratadores, jurados, expositores e os criadores que doaram as barrigas para o leilão do Núcleo Feminino.

Nas pistas, 72 animais competiram em onze categorias. Os criadores acompanharam todo o evento em uma tenda aconchegante, organizada pelo Núcleo Feminino, aonde foram servidos quitutes salgados e bebidas quentes para espantar o friozinho médio de 13º durante os dois dias de competição. Exposta por Cassiano Terra Simão, a égua Faceira NLB sagrou-se Grande Campeã da Copa de Campos do Jordão. A disputa consagrou ainda as fêmeas Libra JF, de Almiro Esteves Junior, eleita 1ª Reservada Grande Campeã, e Homenagem do HIC, da HIC Agropecuária Ltda., eleita 2ª Reservada Grande Campeã. Já entre os machos, Protegido do Otnacer, exposto por Guilherme Pompeu Piza Saad, sagrou-se Grande Campeão. Por sua vez, Regalo da Braido, de Nelson Antonio Braido, foi eleito 1º Reservado Grande Campeão, enquanto Tigre do Mont Serrat, de Luis Augusto de Camargo Opice, conquistou o título de 2º Reservado Grande Campeão.

Evento foi válido como segunda etapa aberta da temporada. O Núcleo Feminino realizou novamente um belo trabalho.

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O Leilão do Núcleo Feminino foi uma das atrações da Copa.

O Grande Campeão Protegido do Otnacer.

O corpo de jurados foi composto pelos técnicos Maria Aracy Oliva, Paulo Francisco Della Torre e José Rodolfo Brandi. “Reunimos em Campos de Jordão um altíssimo nível zootécnico nos animais montados: comodidade, facilidade de condução e qualidades em suas movimentações vistas do chão, e houve grande disputa! O Núcleo Feminino tem realizado um papel importante pois as esposas e as crianças têm se sentido mais acolhidas nos eventos aonde elas atuam”, declarou Aracy Oliva, jurada e técnica da ABCCRM.

A Grande Campeã Faceira NLB.

A comunidade mangalarguista prestigiou o evento.

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Disputa de cross movimentou a programação.

Programação do evento tambĂŠm incluiu uma prova de cross country e o aguardado 26Âş LeilĂŁo MangalargĂŁo #OPA DE !NDAMENTO TEVE CONkGURA”O ESPECIAL

por todo o dia. Em seguida, no início da noite, foi a vez dos promotores do Leilão Mangalargão oferecerem um coquetel de confraternização à comunidade mangalarguista, durante o qual ocorreu a cerimônia de premiação do Concurso Magdalena Diniz Junqueira e da 6ª Etapa da Copa de Andamento. A agenda do evento incluiu ainda o retorno do Leilão Mangalargão Raízes de Orlândia, um dos mais tradicionais remates do mercado do Cavalo de Sela Brasileiro. Em sua 26ª edição, o evento aconteceu no

O presidente da ABCCRM MĂĄrio Barbosa com Beatriz Biagi e Victor Torresan.

berto Diniz Junqueira Filho (Fazenda Boa Vista), Renato Diniz Junqueira (Haras Fazenda Boa Vista), Francisco Marcolino Diniz Junqueira (Fazenda Santana da Estiva), FlĂĄvio Diniz Junqueira (Fazenda Santa Rita) e Gilberto Diniz Junqueira (Fazenda YporĂŁ).

Beatriz Biagi, presidente do NĂşcleo da Alta Mogiana, com integrantes da equipe Beabisa.

Vista geral do recinto da Copa de Orlândia. Foto: ZZN Peres.

Foto: ZZN Peres.

A prova de cross distribuiu atraentes premiaçþes.

Foto: Air Fly Imagens.

niz Junqueira, uma disputa especial de cross country nos moldes da prova do Coronel Edwin Day. No mesmo dia, apĂłs a pausa para o almoço, ocorreu o inĂ­cio da disputa da Copa de Andamento, que teve nesta etapa UMA CONkGURA”O ESPECIAL CONCIliando um percurso em estrada de 4,2 quilĂ´metros com o julgamento tradicional em pista. Para encerrar o dia, o NĂşcleo Feminino ofereceu um agradĂĄvel coquetel de recepção aos participantes. Na sexta-feira (18), o julgamento da Copa de Andamento prosseguiu

Organizado pela Djalma Leilþes, o Leilão Mangalargão foi promovido por um conceituado grupo de criadores da região de Orlândia. AlÊm DO ANkTRIO 'ERALDO $INIZ *UNQUEIRA (Fazenda Boa Esperança), participaram do remate os selecionadores RoFoto: ZZN Peres.

O Núcleo Mangalarga da Alta Mogiana promoveu, com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) e da Fazenda Boa Esperança, a 6ª Etapa Aberta da Copa Mangalarga de Andamento. O evento, que contou com uma sÊrie de atraçþes, aconteceu nos dias 17, 18 e 19 de julho, nas dependências da própria Fazenda Boa Esperança, em Orlândia (SP). A programação, que colocou em evidência a funcionalidade da raça, foi aberta na manhã da quinta-feira (17) com o Concurso Magdalena Di-

Evento tambÊm contou com a participação feminina.

Foto: ZZN Peres.

início da tarde do såbado (19), ofertando produtos da pura genÊtica de Orlândia, largamente procurada pelos criadores com o objetivo de manter os fundamentos båsicos da raça, muito especialmente o andamento progressivo e confortåvel.

Foto: ZZN Peres.

Foto: ZZN Peres.

Copa de Andamento de Orlândia

Foto: ZZN Peres.

Por Pedro Rebouças

Concorrentes aguardam o início da competição.

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Mangalarga no Caribe

A Martinica, ilha conhecida como a Flor do Caribe, kRMOU RECENTEMENTE UMA PARCERIA COM CRIADORES paraenses para adquirir animais da raça A ilha caribenha é famosa por sua beleza.

O estado do Pará recebeu neste mês de abril a visita de uma comitiva comercial da Martinica, território ultramarino francês situado na região do Caribe cuja economia está fortemente ligada ao turismo. Liderada pela Embaixadora da Martinica no Brasil Manuella Toussay, a delegação da ilha caribenha incluiu em seu roteiro uma reunião nas dependências da Federação da Agricultura do Pará (FAEPA), localizada na cidade de Belém, capital paraense. Durante o encontro, realizado no dia 23 de abril, a embaixadoRA 4OUSSAY CONkRMOU O INTERESSE do país na raça Mangalarga, concluindo, assim, negociação levada A Embaixadora foi presenteada por Rodrigo Façanha e Guilherme Minssen com uma edição da Revista Mangalarga.

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a cabo pelo criador e presidente do Núcleo Mangalarga do Pará Rodrigo Façanha, por intermédio da GMinssen Assessoria Rural, de Guilherme Minssen. Os animais da raça Mangalarga serão utilizados na ilha caribenha justamente de modo a promover o turismo, por meio de práticas de ecoturismo e turismo equestre. Ademais, serão utilizados para promover a prática das mais diversas modalidades equestres na região, informa a embaixadora. Mais do que isso, a senhora Toussay declarou o interesse de que a Martinica se torne um polo irradiador da raça Mangalarga para os demais países do Caribe. Para tanto,

ela lembrou que a Martinica tem o segundo maior porto de toda a região do Caribe, fato este que facilita a comercialização do Mangalarga para os países vizinhos. !kRMOU DE IGUAL MODO QUE Santa Lúcia, país irmão e vizinho de Martinica, é a sede da ‘Comunidade dos Paises do Caribe’, o que torna a visibilidade do Mangalarga muito atrativa para todos os membros dessa importante instituição política internacional. Segundo o criador Rodrigo Façanha, de imediato serão enviados cinco animais adultos, mansos de sela, para a Martinica. Num futuro próximo, destaca o mangalarguista, a quantidade vai ser bem superior.

O presidente do Núcleo do Pará Rodrigo Façanha com empresários da Martinica.

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Por Pedro Rebouças

Foto: Modesto Wielewicki.

Livro de Mérito Novidade destina-se a animais que tenham reconhecido merecimento na raça Mangalarga O Serviço de Registro Genealógico da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) divulgou no início de junho que já estão abertas as inscrições para o Livro de Mérito da Raça Mangalarga, uma vez que o mesmo recebeu recentemente a aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Segundo o Regulamento do Serviço de Registro Genealógico, documento responsável por regular os trabalhos do Stud Book da raça, o Livro de Mérito “destina-se à inscrição de animais de ambos os sexos,

O Livro de Mérito ganhou a aprovação do Ministério da Agricultura.

COM REGISTRO DEkNITIVO VIVOS OU MORtos, que pelo desempenho próprio e ou de sua descendência, ou somente destas, tenham-se destacado por méritos morfológicos e funcionais, de tal forma a alcançar a pontuação mínima estabelecida no presente regimento”. Para conhecer de forma mais APROFUNDADA A kNALIDADE DO ,IVRO de Mérito, assim como os requisitos para inscrição no mesmo e o sistema de pontuação dos animais, consulte

LIVRO ABERTO

o Anexo II do Regulamento do Serviço de Registro Genealógico. O referido documento pode ser acessado por meio do item “Regulamento do S.R.G.”, disponível no ícone “ABCCRM”, localizado no alto da página do portal www.cavalomangalarga. com.br. #ASO PREkRA TAMB¼M ¼ POSsível obter mais informações pelo endereço eletrônico atendimento. studbook@abccrm.com.br ou pelo telefone (11) 3866-9866.

Por Pedro Rebouças

Já estão abertas as inscrições para o Livro Aberto Para Registro de Fêmeas. Veja como inscrever sua égua. O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) homologou recentemente o Livro Aberto Para Registro de Fêmeas no Stud Book da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM). Segundo o Regulamento do Serviço de Registro Genealógico (SRG), o Livro Aberto tem por objetivo o resgate de éguas pertencentes a agrupamentos étnicos COM CARACTERIZA »O RACIAL DEkNIDA do Mangalarga, conforme as exigências estabelecidas no padrão OkCIAL DA RA A E DE ACORDO COM as normas do regulamento do SRG, devidamente aprovadas pelo

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MAPA. O Regulamento estabelece ainda que as éguas candidatas ao registro no Livro Aberto deverão, obrigatoriamente, ser inspecionadas e aprovadas por um técnico ou por uma comissão técnica composta por três membros, especialmente credenciados pelo SRG. Os proprietários ou criadores interessados em registrar suas éguas no Livro Aberto deverão fazer uma solicitação por escrito para o SRG, fornecendo todos os dados possíveis do animal e da propriedade onde o mesmo se encontra, para as providências cabíveis por parte do SRG.

Ainda de acordo com o RegulaMENTO A kM DE QUE SEJA ATINGIDO o objetivo exclusivo de resgatar as éguas supostamente puras, de alto valor zootécnico e que por diversos motivos não foram registradas, o Livro Aberto será mantido pelo prazo de cinco anos, a contar da data de aprovação do Regulamento pelo MAPA. Para mais informações, consulte o Capítulo XVIII do Regulamento do Serviço de Registro Genealógico. O referido documento pode ser acessado por meio do item “Regulamento do SRG”, disponível no ícone “ABCCRM”, localizado no alto da página do portal www.cavalomangalarga.com.br. REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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E SPAÇO T ÉCNICO Comprimento das rÊdeas

Mais um pouco de adequação nas rĂŠdeas 0ARA CADA OCASIÂťO E OU FUN”O ESPECĂ€kCA EXISTE uma rĂŠdea mais adequada. O bom cavaleiro sabe diferenciar e valorizar esses detalhes.

Sergio Lima Beck ĂŠ o autor do artigo.

É possĂ­vel jogar bola calçando sapatos sociais, assim como ĂŠ possĂ­vel ir bailar de terno e gravata calçando tĂŞnis. PoderĂ­amos dar outros exemplos de inadequação na escolha dos calçados. Botas, chuteiras, chinelos, etc., todos sĂŁo calçados que nos servem de prote-

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ção quando caminhamos. Mas para bem desempenharmos determinadas funçþes hĂĄ que se escolherem os calçados mais adequados. Com as rĂŠdeas do arreamento do cavalo passa praticamente o mesmo. Para cada ocasiĂŁo e/ou FUN”O ESPECĂ€kCA EXISTE UMA RÂź-

dea mais adequada. NĂŁo haviam pensado nisso? Pois ĂŠ. NĂŁo ĂŠ tudo a mesma coisa e nem tudo dĂĄ no mesmo, embora se trate de rĂŠdeas. As diferenças nas rĂŠdeas fazem sentido e tĂŞm razĂŁo de ser. NĂŁo ĂŠ qualquer rĂŠdea que serve adequadamente para qualquer função ou qualquer ocasiĂŁo. No artigo anterior falamos da questĂŁo das rĂŠdeas unidas ou nĂŁo unidas e na maneira adequada de segurĂĄ-las. Desta feita, como a gPORTEIRAu kCOU ABERTA VAMOS FAlar mais um pouco de rĂŠdeas. O assunto nĂŁo ĂŠ complicado, mas, por incrĂ­vel que pareça, escapa das mĂŁos, para nĂŁo dizer do conhecimento, da maioria dos cavaleiros. Abordaremos agora a adequação das rĂŠdeas em termos de: comprimento; formato; espessura; material; relação com as embocaduras. Este ĂŠ outro tema pouco conhecido e sobre o qual se vĂŞ, na prĂĄtica, muita confusĂŁo. É verdade que para conduzir um cavalo qualquer rĂŠdea serve, assim como para caminhar qualquer calçado serve. Mas, por outro lado, para montarmos com estilo e adequação, usando rĂŠdeas de acordo com a função a desempenhar, com o estĂĄgio de treinamento do cavalo, com a embocadura a ser usada e, se possĂ­vel, combinando com a sela em que montamos, hĂĄ que se saber escolher as rĂŠdeas mais adequadas. SenĂŁo vejamos.

Qual ĂŠ o comprimento adequado das rĂŠdeas? Esta ĂŠ uma boa pergunta. O comprimento varia com o tamanho do equino. Por exemplo, o comprimento para um pĂ´nei ĂŠ um e para um cavalo normal ĂŠ outro. Mas essencialmente o comprimento da rĂŠdea deve ser tal que permita ao cavaleiro montado, sem ter que se encurvar, deixar seu cavalo estirar o pescoço para baixo atĂŠ o focinho CHEGAR AO CHÂťO A kM DE BEBER ĂĄgua ou mesmo atĂŠ para pastar um pouco. Este ĂŠ o tamanho adequado, nem muito mais nem muito menos. Exceção feita Ă s rĂŠdeas usadas em vaquejada, se ao baixar o pescoço para beber ĂĄgua, o cavalo precisa puxar o cavaleiro junto com as rĂŠdeas ĂŠ sinal que elas sĂŁo curtas. É sinal que se escorrerem nas mĂŁos vĂŁo acabar escapando delas, por falta de mais comprimento. DaĂ­ o cavaleiro ter que se inclinar PARA FRENTE A kM DE NÂťO PERDER AS rĂŠdeas quando for deixar o cavalo baixar o pescoço. Mas isso ĂŠ incĂ´modo, imprĂłprio e sinal de rĂŠdea curta, inadequada. AlĂŠm disso, vale lembrar que a baixada de pescoço ĂŠ uma tĂŠcnica muito recomendada nos trabalhos de descontração/ alongamento e tem que ser conseguida sem desaprumo do cavaleiro. Portanto precisa-se de uma rĂŠdea com comprimento adequado, nem curto nem longo demais. Longo demais seria quando o cavalo com o focinho no chĂŁo o cavaleiro ainda tiver muita sobra de rĂŠdea na mĂŁo. Isso seria peso sem função. Mas ĂŠ bom que se diga que estamos nos referindo Ă s rĂŠdeas unidas esquerda com direita. Com rĂŠdeas abertas, isto ĂŠ, nĂŁo unidas, ĂŠ diferente. Nelas o comprimento curto ĂŠ totalmente imprĂłprio, inviĂĄvel. O mediano ou justo, como citado acima nas rĂŠdeas unidas, nĂŁo ĂŠ o ideal para as rĂŠdeas abertas. Nesse tipo de rĂŠdeas, nĂŁo unidas, os comprimentos devem ser longos e atĂŠ bem lon-

gos para, pelo menos, não caírem nem escaparem das mãos. Quando as rÊdeas forem cruzadas sobre o pescoço do cavalo elas não devem cair, mesmo que soltas das mãos do cavaleiro. Isto porque o peso do longo comprimento após o cruzamento sobre o pescoço impede a queda. Por isso as rÊdeas não unidas dos cowboys, por exemplo, são bem compridas.

Espessura das rĂŠdeas RĂŠdeas sĂŁo sempre tiras de algum material, as quais servem para transmitir as ajudas de mĂŁo do cavaleiro Ă embocadura do cavalo ou Ă focinheira de comando. Resumidamente podemos dizer que a espessura dessas tiras vaRIA DE GROSSA A kNA PASSANDO PELA mĂŠdia. As espessuras grossas sĂŁo, geralmente, mais adequadas para doma (iniciação com bridĂŁo) ou para uso com focinheiras de comando, tipo buçal hackmore, side pool e outras, que substituem as embocaduras. E por que, nesses casos, devem ser assim grossas? Porque nesses estĂĄgios de ainda pouco treino ou nesses usos sem embocaduras, as ajudas (comandos) dos cavaleiros automaticamente tendem a serem menos REkNADAS E MENOS SUTIS 0RECISA-se entĂŁo de rĂŠdeas grossas, que encham bem as mĂŁos para serem SEGURADAS COM MAIS kRMEZA E MAIS SEGURAN”A A kM DE QUE NÂťO escorreguem. Como o cavalo estĂĄ em doma ou por estar sem embocadura (sĂł com focinheira) ele pode nĂŁo atender de maneira leve os comandos e entĂŁo precisamos SEGURAR MAIS kRME AS RÂźDEAS 2Esumindo, espessura grossa ĂŠ apropriada para quem precisa segurar kRME A RÂźDEA Espessura mediana ĂŠ para uma equitação mediana e para um cavalo medianamente treinado, seja com bridĂŁo seja com freio. %SPESSURA kNA Âź PARA UMA %QUITA”O MAIS REkNADA PARA UM CAVALO MAIS kNAMENTE TREINADO E

para um conjunto cavalo e cavaLEIRO MAIS AkNADO .ORMALMENTE A ESPESSURA kNA Âź MAIS TĂ€PICA DE estilos que usam freio de boas proporçþes e que empregam uma sĂł mĂŁo nas rĂŠdeas. TambĂŠm ĂŠ tĂ­pica de uso com embocadura dupla, isto ĂŠ, com freio e bridĂŁo ao mesmo tempo (quatro rĂŠdeas). E por que? Porque nesses usos e com embocadura de freio os comandos devem ser bem suaves. Portanto os comandos devem ser feitos, muitas das vezes, com os dedos e nĂŁo com os braços. Outras vezes, segurando as rĂŠdeas em uma sĂł das mĂŁos, a ação diferenciada numa ou noutra rĂŠdea ĂŠ feita pelo trabalho dos dedos. Sendo de esPESSURA kNA AS RÂźDEAS PASSAM E SE acomodam melhor entre os dedos. Estamos falando de uma Equita”O kNA ISTO Âź LEVE DISCRETA SUave e entĂŁo a espessura da rĂŠdea DEVE SER gkNAMENTEu DE ACORDO 3E O CAVALEIRO FOR kNO E O CAVALO bom isso vale inclusive para uso com bridĂŁo.

Formato das rÊdeas Os formatos vão do redondo ao chato, passando pelo quadrangular. Os formatos chatos são para RŸDEAS kNAS GERALMENTE PARA MElhor passar e sentar entre os dedos das mãos dos cavaleiros. O formato quadrangular, geralmente fruto de trançado quadrado de quatro tentos, Ê bonito, mas nunca muito adequado seja para que função for. Por que? Porque não senta tão bem na mão ou entre os dedos, como ocorre com os outros formatos. Formatos redondos e espessuras mÊdias são mais apropriados para uso em cavalo jå domado, mas ainda com bridão e/ou sem MAIOR REkNAMENTO NAS AJUDAS DE mão. São mais próprios de ajudas de mão emanadas de marcada movimentação de braço ou punho e não de dedos como na Equitação MAIS REkNADA 6ALE DIZER TAMBŸM que na maior parte do ambiente do REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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E SPAÇO T ÉCNICO Hipismo clĂĄssico, no qual o bridĂŁo ĂŠ praticamente uma constante, os formatos redondos sĂŁo substituĂ­dos por formato chato, mas com material relativamente ĂĄspero, isto ĂŠ, nĂŁo escorregadio. Estamos falando de embocadura do grupo dos bridĂľes, portanto normalmente as rĂŠdeas nĂŁo devem escorregar muito. Formatos chatos e espessuras kNAS CORRESPONDEM COMO JÂś DISSEMOS A UMA %QUITA”O MAIS REkNAda, na qual muitas vezes o cavaleiro quase nĂŁo movimenta os braços, apenas os dedos e, mesmo assim, pouco. SĂŁo apropriados para cavalos bem treinados e mais ainda se portarem freios de boas proporçþes entre braço e perna das hastes laterais. Com freio, cedo ou tarde, o cavaleiro vai acabar segurando as rĂŠdeas numa sĂł das mĂŁos e para que possa diferenciĂĄ-las dedilhando-as elas nĂŁo devem encher a mĂŁo. Espessuras grossas nĂŁo favorecem a sensibilidade e a diferenciação entre uma e outra rĂŠdea (esquerda e direita). No uso de quatro rĂŠdeas ao mesmo tempo, isto ĂŠ, duas do bridĂŁo e duas do freio, normalmente o formato ĂŠ chato e a espessura kNA MUITO EMBORA ALGUNS POUCOS e raros modelos usem o formato chato para as do bridĂŁo e o redondo para as do freio, porĂŠm sempre TODOS DE ESPESSURA kNA PARA MANter a elegância, a sensibilidade e o REkNAMENTO 2ESUMINDO %QUITA”O kNA E CAVALO kNO RÂźDEAS CHATAS E kNAS Equitação incipiente e/ou grosseira corresponde a cavalo novo e/ ou pesado na mĂŁo e nesses casos as rĂŠdeas mais adequadas sĂŁo as grossas e redondas. Claro que isso nĂŁo ĂŠ regra, mas ĂŠ o mais comum e geralmente o mais adequado.

Materiais das rÊdeas Os materiais das rÊdeas têm a ver com a espessura delas e tambÊm com o tipo e estågio da Equitação. Todo material deve ser cômodo ao ser segurado pelo cavaleiro e

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quando nĂŁo o ĂŠ leva-nos ao uso de luvas para amenizar o desconforto. HĂĄ materiais apropriados para nĂŁo escorregarem na mĂŁo do cavaleiro. SĂŁo os mais usados com as embocaduras do grupo dos bridĂľes e das focinheiras de comando. Por que? Porque com focinheiras de comando ou com bridĂŁo e conforme o trabalho, o cavalo se apoia muito nas rĂŠdeas. Pelo menos apoia muito mais do que com freio. EntĂŁo, com focinheira de comando ou com bridĂŁo, o material deve ser tal que nĂŁo escorregue muito. LĂŁ, lona, sisal, lona com travas de pedaços de couro costurados nela, couro transado, couro transpassado por tiras do prĂłprio couro, plĂĄstico enrugado, borracha rĂ­gida, crina de cavalo, material sintĂŠtico variado, etc. SĂŁo muitos os materiais possĂ­veis, uns melhores do que os outros. Nylon, todavia, nĂŁo se presta adequadamente para uso com bridĂŁo ou focinheira de comando, porque escorrega muito. Por outro lado hĂĄ materiais adequados para, propositalmente, escorregarem nas mĂŁos ou deslizarem entre os dedos dos cavaleiros. SĂŁo os materiais usados com as embocaduras do grupo dos freios de boas proporçþes. E por que ? Porque se o freio ĂŠ de boas proporӃES ELE Âź EkCIENTEMENTE POTENTE E sendo potente o cavaleiro deve, de preferĂŞncia, transmitir ajudas de maneira suave, as quais sĂŁo amaciadas pelo escorregar comedido ou controlado das rĂŠdeas nas mĂŁos de quem as segura. O controle do tanto que se quer deixar escorregar se faz apenas pela regulagem da pressĂŁo dos dedos nas rĂŠdeas chatas que passam entre eles. Esses materiais que escorregam funcionam como um amortecedor nas rĂŠdeas. Amaciam a mĂŁo do cavaleiro e, ao mesmo tempo, se tornam mais gostosos de serem pegos. HĂĄ muitos materiais com essa função. Os cowboys modernos, que sĂŁo eminentemente prĂĄticos, fazem uso de muitos materiais sintĂŠticos de boa textura, confortĂĄveis, relativamente escorregadios e com

a vantagem de nĂŁo necessitarem conservação, alĂŠm de serem bem resistentes e, portanto, durarem mais tempo. Mas para freio o material de rĂŠdea mais tradicional, mais internacional, mais apropriado e mais nobre de todos ĂŠ o couro e couro liso, sem transado nem transpassamento. Tem seus inconvenientes, pois exige mais conservação e nĂŁo dura para sempre. Mas o couro liso, quando as rĂŠdeas sĂŁo DE TIRAS kNAS E CHATAS DESQUINADAS (sem quinas) e bem untadas com cera ou Ăłleo apropriado, portanto macias, se torna um material que ĂŠ uma delĂ­cia de ser segurado. Um bom freio com uma boa rĂŠdea de couro ĂŠ como uma cobertura de chantily num bolo de nozes. Sendo de couro bom e bem conservado, as mĂŁos do cavaleiro deslizam sobre as rĂŠdeas, como as mĂŁos de um pianista deslizam sobre as teclas DE UM BOM PIANO ! MĂŠSICA lUI melhor quando a mĂŁo do artista desliza sobre o instrumento musical. Da mesma forma, na Equitação que usa freio de boas medidas o deslizar das mĂŁos (ou dos dedos) nas rĂŠdeas de couro faz com que AS AJUDAS lUAM DE MANEIRA MAIS suave e as respostas do cavalo se tornem mais harmoniosas, isto ĂŠ, sem reaçþes bruscas. SĂŁo detalhes SUTIS MAS QUE SIGNIkCAM A DIFErença entre, de um lado, o simples mandar fazer e, do outro, o indicar, o sugerir, o pedir com delicadeza e com prazer. O bom cavaleiro sabe diferenciar e valorizar esses detalhes. E o cavalo, certamente, agradece. PĂŠ no estribo e mĂŁos nas rĂŠdeas. AtĂŠ a prĂłxima cavaleiros. Por Sergio Lima Beck *O autor ĂŠ proprietĂĄrio de Mangalargas, cavaleiro PROkSSIONAL E INSTRUTOR DE $OMA E %QUITA”O ÂŁ TAMBÂźM AUTOR ENTRE OUTROS LIVROS E $6$S DO -ANUAL DE 'ERENCIAMENTO %QUESTRE #ONTATOS SBECKEQUINOS YAHOO COM BR

(41) 9953-0317. REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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E SPAÇO T ÉCNICO - N UTRIĂ‡ĂƒO

Conheça a trajetĂłria de um cavalo que veio puro, foi estragado, recuperou as ideias saudĂĄveis e vai agora seguir sua carreira Era uma vez um cavalo. Nasceu como os outros, potrinho, bonito, ao pĂŠ da mĂŁe. Foi desmamado como todos, domado. Um treinamento para cavalos novos, onde a força se unia a um talento raro, digno de poucos cavalos vistos no mundo. Onde vivia, treinamento era coisa sĂŠria, respeitosa aos limites de cada cavalo, com pessoas absolutamente preparadas para tais atividades. “Dar tempo ao tempo, dar tempo ao potroâ€?, este era o lema. Como todo cavalo top de esporte, destacou-se, e a uniĂŁo treinamento – talento – beleza – genĂŠtica, resultou na venda deste cavalo. Foi para bem longe de sua cidade natal, numa viagem longa, cansativa e demorada. Chegando ao “novo larâ€? teve seu tempo de descanso e começou a trabalhar. Logo no inĂ­cio algo de diferente ele sentiu – as pessoas olhavam muito sua cor, seu tamanho, seu porte. Uma ou outra olhava para seu talento. Quando montado ou puxado as coisas se inverteram por completo – o que era menos virou mais, e o que era mais, virou menos. Explico – tempo, que era algo que era curto em termos de trabalho, feito aos poucos, em leves solicitaçþes, virou a tĂ´nica do trabalho. “Quanto mais temPO MELHORu 5M LADEAR UMA lEXÂťO um angajamento, eram feitos com objetivo, clareza e tĂŠcnica, somente de vez em quando, virou movimento do todo dia. Tudo o que era parte de uma sessĂŁo de trabalho, virou trabalho de todo dia. Enquanto isso, o passo de qualidade, a descontração, a cadĂŞncia e os trabalhos bĂĄsicos de musculatura dorsal viraram raridades. O cavalo saĂ­a da cocheira - local onde ele morava e nunca saĂ­a - com mĂŁos indo e vindo nas rĂŠdeas e logo uma andadura em velocidade se estendia ao longo da pista para delĂ­rio das pessoas que o assistiam. O que era menos virou mais. NĂŁo demorou muito, o cavalo virou assunto no meio em que vivia. Ao mesmo tempo, nĂŁo demorou nada para que algumas reaçþes de resistĂŞncia aos movimentos aparecessem,

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e juntamente com ela o aumento das ESPORAS DOS CHICOTES /S PROkSSIONAIS em torno do cavalo diziam que o cavalo deveria fazer tudo, e que quando nĂŁo “queriaâ€? fazer, o cavaleiro deveria entrar mais forte com as pernas e com o chicote “colocando o cavalo para frenteâ€?. Paro aqui para lhe pedir leitor um retorno ao primeiro parĂĄgrafo deste artigo – peço que o leia e pense como o cavalo, que nasceu e foi treinado como descrito neste primeiro parĂĄgrafo... Continuando... como consequĂŞncia disto tudo, o cavalo lesionou-se. Continuou sendo o craque de sempre, mas lesionado. Ficou parado por meses e retornou ao trabalho. Lindo, imponente, talentoso e com verdadeiras caracterĂ­sticas de um cavalo top. Em dois meses o plano da gEQUIPE DE PROkSSIONAISu ERA CHEGAR ao topo. Qualquer consideração acerca de musculatura dorsal, retorno das habilidades, mente, etc., eram meras ideias de algumas pessoas que nĂŁo entendem do “negĂłcioâ€?. Iniciam-se os treinamentos e o cavalo chama a atenção de todos pela rara beleza. O cavaleiro entĂŁo começa a apertar o trabalho sem que o cavalo tenha condiçþes para isto. Novamente uma lesĂŁo, mas esta diferente – uma lesĂŁo comportamental. Quando o corpo dizia aos cavaleiros que nĂŁo ia aguentar, ninguĂŠm deu bola. Mas, quando a mente deu seu recado, quando o cavalo começou a jogar cavaleiros no chĂŁo, e a ser “meio incontrolĂĄvelâ€?, SEGUNDO ALGUNS PROkSSIONAIS O CAvalo virou problema para as pessoas. Diversas teses – desde “ele nĂŁo quer trabalhar...â€?, passando por “ele estĂĄ com algum stress...â€?, indo para o lado mais sensitivo “percebo que ele tenta...â€? foram apresentadas, mas nenhuma solução. Marcaram uma reuniĂŁo com uma destas pessoas que “consertam cavalosâ€? (sim, as pessoas ainda pensam que os cavalos sĂŁo como os carros e computadores – deu defeito, manda consertar...). Na reuniĂŁo, foi solicitado um perĂ­odo para o traba-

Aluisio Marins, MV Universidade do Cavalo www.universidadedocavalo.com.br Foto: Divulgação.

MemĂłrias de um cavalo

lho, onde o cavalo deveria ir morar na fazenda. Uma resistĂŞncia em “morar na fazendaâ€?, mas foi. Nos meses que kCOU TRABALHANDO SEQUER LEMBROU DO que fazia antes. Sequer galopou reunido, nem tampouco fez as manobras todas que sabia fazer. O tempo que kCOU NA FAZENDA SERVIU PARA QUE ELE tivesse a chance de reconstruir seu pensamento. Isto mesmo, a reconstrução do pensamento, das ideias boas, do processamento do stress. O cavalo chegou um, retorna agora outro. DescontraĂ­do, relaxado, musculado, saudĂĄvel fĂ­sica e mentalmente. Retorna para onde? Na verdade nĂŁo retorna, vai para um treinador de alto nĂ­vel, com os mesmos pensamentos da equipe que reconstruiu o pensamento DO CAVALO 3ERIA ESTE O kM DA HISTĂ…RIA de um cavalo que veio puro, foi estragado, recuperou as ideias saudĂĄveis e vai agora seguir sua carreira com alguĂŠm de gabarito. Antes porĂŠm um pequeno caso dentro dos muitos que TEMOS SOBRE ELE m UM DOS PROkSSIONAIS antigos do cavalo foi vĂŞ-lo. Entrou no redondel, sob as vistas dos funcionĂĄrios da fazenda. O cavalo olhou para ele, deixou-o chegar, deixou-o passar a mĂŁo e em um segundo partiu para cima atacando, dando coices e manotadas, colocando a pessoa literalmente para correr em direção Ă cerca, fazendo com que tivesse que pular para fora. Tudo isto aos olhos de todos os funcionĂĄrios da fazenda e principalmente aos olhos de um cavalo que com certeza por algum motivo tinha guardado em si uma grande mĂĄgoa dos acontecimentos de parte de sua vida. ApĂłs o “ataqueâ€?, um dos meninos entrou no redondel, acalmou o cavalo como se dizendo que tudo bem, estĂĄvamos ali. Sorte da nossa “turma da fazendaâ€?, que joga limpo e faz da reconstrução dos pensamentos dos cavalos algo gostoso, leve e de muita diversĂŁo. Para nĂłs e para os cavalos...

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Fotos: Moravia Museum.

HistĂłria da GenĂŠtica SĂŠrie de artigos do criador JosĂŠ OtĂĄvio irĂĄ apresentar aos leitores da Revista Mangalarga a importância da genĂŠtica para a REPRODU”O EQUINA #ONkRA NESTA edição uma breve introdução sobre os primeiros passos deste importante ramo da ciĂŞncia.

O cientista Gregor Mendel.

A genĂŠtica começou a ser estudada e pesquisada por volta dos anos de 1860, quando GREGOR MENDEL, monge agostiniano, nasceu em Moravia, que fazia parte do ImpĂŠrio da Ă ustria e Hungria. Iniciou vĂĄrias experiĂŞncias que naquela ĂŠpoca, jĂĄ indicavam a existĂŞncia de elementos biolĂłgicos que hoje sĂŁo chamados de GENES. Essa palavra tem origem do termo grego “genetiKOSu QUE TEM UM SIGNIkCADO COMO SENDO CAPAZ DE REPRODUZIR 6ERIkCAmos que a palavra GENE estĂĄ contida nessa capacidade de reproduzir, ou seja, ĂŠ responsĂĄvel pela transmissĂŁo dos caracteres aos seus descendentes. Mendel em sua “reclusĂŁo religiosaâ€?, que neste local ensinavam ciĂŞncias juntamente com pesquisas, e decorrido algum tempo, foi ele entĂŁo transferido para a Universidade de Viena, para obter grau e condiçþes de conhecimentos que poderiam dar lhe o tĂ­tulo de Professor. PorĂŠm esse cientista nĂŁo foi aprovado nos exames regulares

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para obter o tĂ­tulo de Mestre. Assim sendo, de volta Ă sua “reclusĂŁo religiosaâ€?, começou a desenvolver suas pesquisas em plantas. Parece-nos que os grandes cientistas tĂŞm algo em comum, pois tiveram alguma decepção no inĂ­cio de seus estudos, como ocorreu tambĂŠm com Albert Einstein, que no colĂŠgio nĂŁo era um aluno brilhante. Em seus estudos e pesquisas, Mendel coletou boa quantidade de material, e com os resultados de suas experiĂŞncias, utilizou anĂĄlise MatemĂĄtica e EstatĂ­stica, que demonstravam a uniformidade tĂŠcnica dos resultados de seus experimentos. Hoje, sabemos que a ciĂŞncia BiogenĂŠtica ĂŠ “irmĂŁ gĂŞmea da MatemĂĄticaâ€?, sendo que esta ĂŠ usada para interpretarmos os resultados da GenĂŠtica. Inicialmente, escolheu Mendel as ervilhas por estarem mais facilmente disponĂ­veis nos mercados e apresentarem uma grande variabilidade de formas e cores. As ervilhas tinham facilidade de se autofe-

cundar, assim elas se reproduziam pela fertilização de seus próprios óvulos, com os espermatozoides de seu próprio pólen. As ervilhas, naquela Êpoca do experimento, eram facilmente encontradas e de custo baixo, alÊm disso, ocupavam pouco espaço, tendo um tempo de reprodução curto e gerando muitos descendentes, dando assim informaçþes adequadas dos resultados de seus experimentos de forma råpida e segura. Mendel, então, iniciou seus experimentos com duas linhagens : as Ervilhas Puras com característica de Cor. Uma Linhagem de planta de cor VERMELHA, e outra DE lORES "2!.#!3 1UANDO CRUZAvam com a mesma linhagem, cor Vermelha com cor Vermelha, apresentavam a mesma característica. Isso acontecia tambÊm com as erviLHAS DE lORES "2!.#!3 QUE GERAvam somente caråter de cor BRANCA, em todas as geraçþes. Assim, uma Linhagem Pura Ê uma amostra universal com aquela característica, que se reproduz por ela mesma,

sem apresentar alguma variação de sua caracterĂ­stica. Observem que para fundamentar as caracterĂ­sticas genĂŠticas dos resultados, ĂŠ necesSÂśRIA UMA QUANTIkCA”O NUMÂźRICA dos experimentos, acompanhado de uma anĂĄlise MatemĂĄtica, para interpretação dos resultados, o que foi realizado por Mendel Ă ĂŠpoca. Assim, Mendel cruzou estas duas PLANTAS AS %RVILHAS DE lORES 6%2MELHA e BRANCA, e o resultado foi que todas as plantas tinham caracterĂ­stica da cor VERMELHA. Podemos assim chamar de 1ÂŞ Geração F1. Observou que a caracterĂ­stica de cor VERMELHA em F1, que corresponde a cruza de VERMELHO PURO com BRANCO PURO, era idĂŞntica Ă cor VERMELHA de ervilhas puras. Ainda com seu experimento, constatou que nĂŁo havia diferença dos genitores serem de cor VERMELHA e BRANCA, e nem a ordem como eram cruzadas, pois todos os resultados eram de cor VERMELHA. Nas ervilhas, a cor das sementes ĂŠ determinada por uma composição biolĂłgica e genĂŠtica das sementes. Na sequĂŞncia de seus trabalhos,

Fazenda ItuaĂş.

E SPAÇO T ÉCNICO - G ENÉTICA

As cores dos pimentþes são determinadas pela interação de vårios genes.

começou a autofecundar a geração F1, cruza do VERMELHO e BRANCO, e o resultado foi ervilhas de cor BRANCA. Assim o caråter BRANCO, que tinha desaparecido, reaparece nessa segunda geração F2, pois es-

CRUZAMENTO

GERACĂƒO F1

GERACĂƒO F2

ERVILHAS LISAS x RUGOSAS

LISA: DOMINANTE RUGOSA: RECESSIVO

5747 LISAS 1850 RUGOSAS

ERVILHAS AMARELAS x VERDES

AMARELA: DOMINANTE VERDE: RECESSIVO

6022 AMARELA 2001 VERDE

ERVILHAS C/PÉTALAS VERMELHAS e BRANCAS

VERMELHA: DOMINANTE BRANCA: RECESSIVO

705 VERMELHA 224 BRANCAS

VAGEM: AMARELA E VERDE

VERDE: DOMINANTE AMARELA: RECESSIVO

428 VERDES 152 AMARELAS

tava oculto em F1. Com isso, MenDEL DEkNIU OS TERMOS $/-).!.4% e RECESSIVO. O dominante era o carĂĄter que preponderava sobre o outro na geração F1. O recessivo era o carĂĄter que estava presente em F1, mas que ainda nĂŁo se manifestava nesta geração, e somente iria se manifestar em F2. 0ODEMOS AkRMAR QUE O 0RINCĂ€PIO da TransmissĂŁo GenĂŠtica depende das caracterĂ­sticas dos ancestrais que sĂŁo portadores de genes, que irĂŁo se manifestar nas prĂłximas geraçþes. %STE CIENTISTA kCOU SURPRESO COM os resultados, e talvez nĂŁo esperasse o que tinha ocorrido Ă ĂŠpoca, PASSOU ENTÂťO A QUANTIkCAR OS RESULtados dos experimentos da geração F2, e concluiu que nesta geração F2, tinha dois tipos de carĂĄter com aspecto diferente. Com a mesma metodologia, Mendel utilizou sementes com caracterĂ­stica Lisa e Rugosa, Amarela e Verde, Vermelha e Branca, Vagem Verde e Vagem Amarela. Trazemos alguns valores de seus resultados de pesquisas, listados nesta planilha. REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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Fotos: Moravia Museum.

E SPAÇO T ÉCNICO - N UTRIĂ‡ĂƒO lulas germinativas do Macho e da FĂŞmea. Os gametas representam 50% para cada um. 1-5 Fertilização AleatĂłria: A uniĂŁo (fusĂŁo) das cĂŠlulas germinativas do Macho e da FĂŞmea ĂŠ aleatĂłria, pois os gametas (cĂŠlulas germinativas do Macho e da FĂŞmea) se combinam e se mesclam, independente da relação entre eles, para o fenotĂ­pico que foi transportado ou conduzido. !SSIM SENDO -ENDEL DEkNIU sua 1a Lei: “Os dois membros de um par de genes se segregam para os gametas; logo, metade dos gametas leva um dos membros do par e outra metade dos gametas, o outro membro do parâ€?. A 2a Lei DE -ENDEL DEkNIU DA SEGUINTE maneira: “Que pares diferentes de genes se distribuem independentemente na formação dos gametasâ€?. Na versĂŁo moderna da 2a Lei de Mendel, temos: Pares de genes em cromossomos diferentes se distribuem independentemente da formação dos Gametas (CĂŠlulas reprodutoras do Macho e da FĂŞmea). 2EFER½NCIA "IBLIOGRÂśkCA

6ERIkCAMOS UMA CONSIST½NCIA nas proporçþes com a relação 3:1. Interessante que a caracterĂ­stica da cor Amarela nas ervilhas ĂŠ Dominante; na espĂŠcie Vagem passou a ser Recessivo. Seus experimentos deram a base de toda ciĂŞncia genĂŠtica, como: 1.1 Da existĂŞncia de Genes (poder de reproduzir): Pequenas partĂ­culas hereditĂĄrias: Pelas diferenças de forma apresentada FENOTĂ€PICOS QUE SIGNIkCA A FORMA de como ĂŠ mostrado). A existĂŞncia dos genes foi originalmente deduzida, observando-se proporçþes matemĂĄticas de caracterĂ­sticas de forma, fenotĂ­picos diferentes. 1.2 Os genes estĂŁo aos pares: Por apresentar fenotĂ­picos alternativos de uma determinada ca-

racterĂ­stica. Estas formas diferentes dos fenotĂ­picos sĂŁo chamadas de Alelos. 1.3 Metade dos Pares de Genes estĂŁo situados nos Gametas: Os gametas sĂŁo as cĂŠlulas reprodutivas que irĂŁo se fundir para formar o primeiro EmbriĂŁo chamado Zigoto. Assim os gametas sĂŁo chamados de cĂŠlula Haploides (palavra de origem grega que tem como SIGNIkCADO HAPLOOS SIMPLES POR ter um Ăşnico tipo de cĂŠlula germinativa. O Gameta (cĂŠlula reprodutora) do Macho chama-se espermatozĂłide, enquanto o da fĂŞmea chama-se Ă“vulo. 1.4 Separação dos Gametas Igual: Os pares dos genes responsĂĄveis pela transmissĂŁo genĂŠtica se separam igualmente para as cĂŠ-

Fotos: Moravia Museum.

Jardim de Gregor Mendel no MonastĂŠrio da Moravia.

1 - INTRODUĂ‡ĂƒO Ă€ GENÉTICA, de: !NTHONY * & 'RIFkTHS 3USAN 2 7ESSLER 2ICHARD # ,EWONTIN 7ILLIAM - 'ELBART $AVID 4 3UZUKI *EFFEREY ( -ILLER ")/,/')! $% !RM½NIO 5ZUNIAN Ernesto Birner. 3 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS, DE: R. D. Frandson.

O autor do artigo JosĂŠ OtĂĄvio.

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E SPAÇO T ÉCNICO - N UTRIĂ‡ĂƒO

O Fornecimento de Volumoso na Entressafra É fundamental ter em mente que o cavalo ĂŠ um animal herbĂ­voro, que se alimenta especialmente de vegetais, normalmente chamados de volumosos, ou simplesmente “verdeâ€?. Para preservar o equilĂ­brio psicolĂłgico e neurovegetativo do cavalo, ĂŠ importante a manutenção de uma quantidade mĂ­nima de 1% do peso vivo do animal, ou 5 kg de MatĂŠria Seca (alimento sem ĂĄgua) por dia por animal (de 500 kg), em manutenção (o que equivale a aproximadamente 5,5 a 6 kg de feno ou 16 a 18 kg de capim fresco). Para animais com algum tipo de atividade, crescimento, reprodução ou trabalho, hĂĄ uma necessidade maior ainda, que varia conforme algumas caracterĂ­sticas individuais. A ocupação alimentar ĂŠ para o cavalo um fator de tranquilização. 0OR ISSO AS kBRAS QUE AUMENTAM A duração da ingestĂŁo e da digestĂŁo dos alimentos, sĂŁo tĂŁo importantes para a integridade do cavalo. O aparelho digestivo do cavalo possui particularidades onde sĂŁo EXIGIDOS ALTOS TEORES DE kBRAS NA dieta para que ele possua uma Ăłtima digestĂŁo. A consistĂŞncia das fezes do cavalo, principal indicador da saĂşde digestĂ­vel do animal, estĂĄ diretamente LIGADA AO TEOR DE kBRA NA ALIMENTAção. Uma boa consistĂŞncia de fezes, nem pastosas nem ressecadas, indiCA QUE O ALIMENTO kCOU TEMPO SUkCIENTE NO APARELHO DIGESTIVO PARA ter seus nutrientes aproveitados ao mĂĄximo pelo animal. Capins muito novos, recĂŠm rebrotados ou plantados, normalmente provocam quadros de diarreias leves devido aos baixos teores de kBRA EM SUA COMPOSI”O / MESmo ocorre com uma alimentação muito rica em concentrado (raçþes, milho, trigo, etc., superior a 50 %

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DA DIETA TOTAL ONDE AS FEZES kCAM semelhantes Ă s de vaca, pastosas, SEM CONSIST½NCIA kRME INDICANDO um baixo aproveitamento dos alimentos. Por outro lado, volumosos muito secos tambĂŠm podem causar quadros de desconforto digestivo devido a uma aceleração exagerada do peristaltismo, estimulada pelo ELEVADĂ€SSIMO TEOR DE kBRAS INDIGESTĂ€VEIS NA DIETA kCANDO AS FEZES com aparĂŞncia ressecada, as cĂ­balas apresentam-se com pouca consistĂŞncia, desfazendo-se facilmente. E o fornecimento de volumosos ĂŠ exatamente um dos grandes problemas que enfrentamos quando chega o outono/inverno. Nessa ĂŠpoca, diminui-se consideravelmente a oferta de volumosos em quantidade e qualidade, especialmente em regiĂľes mais distantes dos trĂłpicos, onde as estaӃES SÂťO MAIS DEkNIDAS .O .ORDESte brasileiro, isso nĂŁo ĂŠ exatamente um problema, pois o ciclo de luz e temperatura varia pouco no decorrer do ano, sendo a chuva o maior determinante de disponibilidade de pastagens nessa regiĂŁo. O grande problema que ocorre na ĂŠpoca da entressafra de disponibilidade de volumosos ĂŠ decorrente de temperatura, Ă­ndice pluviomĂŠtrico (chuvas) e comprimento do dia (incidĂŞncia de luz) que afeta o desenvolvimento das gramĂ­neas em geral e de algumas leguminosas, com ciclo em primavera-verĂŁo. Por outro lado, se isso for possĂ­vel, podemos utilizar nessa ĂŠpoca as plantas cujo ciclo ocorra exatamente em no outono/inverno, como aveia forrageira, azevĂŠm, muito comum na regiĂŁo dos pampas gaĂşchos, entre outros. Mas essa alternância entre cultivares sazonais nem sempre ĂŠ possĂ­vel, atĂŠ mesmo porque nem sempre

temos ĂĄreas disponĂ­veis para soltar nossos cavalos, quanto mais para deixĂĄ-los pastar e ter ĂĄrea de capineiras de reserva. Para o fornecimento deste volumoso na entressafra, pode-se utilizar diversas formas: capineira, feno, silagem, haylage e prĂŠ secado.

Capineira Capineira ĂŠ uma forma de fornecimento da forrageira “in naturaâ€?, mas o animal nĂŁo se alimenta diretamente sobre ela. O capim, normalmente um capim elefante, napier ou coloniĂŁo, ou mesmo coast-cross, ĂŠ plantado e cortado somente no momento do fornecimento. Como as pastagens, deve ser tratada como cultura, com anĂĄlise de solo e correção sempre que necessĂĄrio. Um bom manejo de capineira deve permitir que, praticamente toda semana, o cavalo receba alimento de qualidade. Raramente as propriedades fazem uso racional da capineira, que permite o corte semanal sempre no mesmo ponto, mas acabam deixando parte da capineira como reserva para o inverno. As capineiras sĂŁo muitas vezes formadas por capim elefante, que ĂŠ uma variedade de gramĂ­nea que tem alguns pequenos inconvenientes para cavalos, mas que pode perfeitamente ser utilizada, desde que tomadas os devidos cuidados: deve ser tratada como cultura (adubada corretamente), deve ser plantada VISANDO UM OBJETIVO ESPECIkCO QUE ĂŠ alimentar cavalo), deve ser cortada no ponto certo (algo entre 1,50 e 2,30 m de altura), deve ser cortada na hora certa (isto ĂŠ, diariamente, preferencialmente Ă tarde), deve ser administrada inteira ou no mĂĄximo picada e nĂŁo triturada (dife-

rença: picar – reduzir a pequenos pedaços / triturar: reduzir a pĂł), deve ser administrada do jeito certo (inteiro ou picado e disponibilizado vĂĄrias vezes ao dia) e deve-se disPONIBILIZAR SAL MINERAL ESPECIkCO š vontade, para equilibrar a relação cĂĄlcio e fĂłsforo, normalmente desequilibrado em diversas gramĂ­neas. AlĂŠm disso, muitos criatĂłrios ou centros hĂ­picos utilizam capineiras de capim elefante de reserva para o inverno, mantendo uma ĂĄrea para ser cortada somente nessa ĂŠpoca, sem preocupação alguma com as caracterĂ­sticas que devem ser preservadas. Desta forma, quando chega o outono/inverno, cortam uma capineira mais parecida com bambu do que com alimento para cavalos, pois os capins elefantes “de reservaâ€?, chegam a ser cortadas com mais de 3 e atĂŠ 4 metros de altura, com baixĂ­ssimo valor nutritivo e altĂ­ssimo risco de cĂłlica pelo excesso DE LIGNINA kBRA INDIGESTĂ€VEL QUE estĂĄ presente neste capim nesse ponto de corte.

Feno de Gramíneas Outra forma de disponibilizarmos volumoso para os cavalos no outono/inverno Ê atravÊs do feno de gramínea, como tífton ou coast-cross, de ótima qualidade nutritiva quando possui entre 9 e 11% de proteína bruta. A imensa maioria dos proprietårios de cavalos e centros hípicos não tem uma preocupação antecipada da baixa disponibilidade de volumosos no inverno. AlÊm do ciclo de vida da planta estar em ritmo mais lento, fazendo com que haja menos cortes que na primavera/verão, a procura por este tipo de volumoso aumenta, pois quase todos precisão adquiri-lo para suprir as necessidades de seus animais, o que encarece o produto e o torna mais escasso, deixando, muitas vezes, os cavalos sem o devido acesso a sua alimentação habitual. A melhor forma de precavermos contra a escassez ou os elevados preços do feno no outono/inverno Ê

abastecendo a propriedade do produto na Êpoca da oferta elevada, o que ocorre na primavera/verão, onde os estoques dos produtores estão elevados sendo disponibilizado por melhores preços. AlÊm disso, a qualidade nutritiva do produto Ê muito superior na primavera/verão que no outono/inverno. Pelo próprio ciclo de vida da planta, ela consegue mais e melhores nutrientes na estação das chuvas que na seca. Seu crescimento Ÿ MAIS UNIFORME COM kBRAS MAIS tenras, palatåveis e com melhor digestibilidade, o que eleva o aproveitamento dos nutrientes, podendo ainda, desta forma, reduzir a complementação com raçþes e suplementos comerciais, o que diminui o custo em duas frentes: feno mais barato e de melhor qualidade, menos ração e suplemento, sem perda de desempenho de meu animal. Obviamente o inverso ocorre na estação das secas. Os volumosos disponíveis são mais grosseiros, menos palatåveis, com menor disponibilidade de nutrientes, o que alÊm de poder aumentar as chances de cólicas, devido ao excesso DE kBRAS GROSSEIRAS EXIGE UMA MElhor e maior complementação com raçþes e suplementos comerciais. Lembre-se apenas que essa complementação não deve ultrapassar 50% das necessidades do cavalo (em matÊria seca), senão o risco de cólica aumenta consideravelmente. Lembre-se que a relação volumoso/concentrado deve variar conforme a qualidade do volumoso e tambÊm do concentrado: quanto melhor a qualidade de um, menor serå a quantidade de outro. Deve-se sempre priorizar um concentrado de melhor qualidade para que possamos reduzir consideravelmente sua quantidade. Para se fazer um estoque de forma adequada de feno para a estação de seca, deve-se em primeiro lugar pensar em disponibilizar local adequado para armazenar o produto. O feno deve ser armazenado em local seco, ventilado, sem contato direto com o sol ou chuva, preferencial-

mente sobre estrados, longe do chĂŁo. Cuidado ao armazenar para nĂŁo fazĂŞ-lo em um galpĂŁo muito quente, ou encher este galpĂŁo atĂŠ o teto, deixando o feno em contato com a telha, pois o aquecimento exagerado de um produto com baixa umidade, pode provocar, em situaçþes extremas, incĂŞndios por combustĂŁo espontânea. Tendo local adequado para o armazenamento, resta saber a quantidade adequada de feno que preciso estocar. Devemos entĂŁo proceder aos cĂĄlculos conforme as necessidades de meu cavalo. É preciso saber qual o peso do animal e a atividade (crescimento – e suas devidas fases; reprodução – e suas devidas fases; trabalho – e sua intensidade). De posse desses dados, estabelece-se, atravĂŠs de tabelas nutricionais (citadas resuMIDAMENTE NO kNAL DO ARTIGO OU softwares de dieta, quais as necessidades diĂĄrias de volumoso do cavalo e entĂŁo multiplica-se pelos dias necessĂĄrios para deixar volumoso armazenado. Por exemplo, um cavalo de 400 kg de peso, em trabalho mĂŠdio, necessita entre 8,0 e 9,6 kg de matĂŠria seca por dia de alimento. O volumoso mĂ­nimo que deve-se disponibilizar para ele sĂŁo 4,0 a 4,8 kg de matĂŠria seca (50% da necessidade, no mĂ­nimo). Como estĂĄ se fornecendo feno, que tem em media 15% de umidade (variĂĄvel dependendo do produtor e da variedade do feno), esses 4 a 4,8 kg representam 4,7 a 5,7 kg de feno “in naturaâ€?. Supondo que pretende-se armazenar feno por 5 meses – 150 dias, deve-se entĂŁo estocar 700 a 850 kg de feno ou 58 a 71 fardos de 12 kg para um cavalo por esse perĂ­odo. O restante das necessidades do cavalo deve ser complementado com ração de qualidade ou mais feno, conforme a qualidade da ração e do feno (quanto melhor a qualidade de um, menor serĂĄ a quantidade de outro).

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E SPAÇO T ÉCNICO - N UTRIĂ‡ĂƒO Feno de Alfa Alfafa Uma alternat alternativa tambĂŠm que pode ser utilizada para complementar o volumoso do cavalo ĂŠ o uso de feno de alfafa. A alfafa, jĂĄ aclamada como rainha das forrageiras para cavalos, pode ser utilizada, mas com parcimĂ´nia, pois traz benefĂ­cios, mas tambĂŠm pode trazer prejuĂ­zos ao animal. Entre os principais problemas da alfafa estĂĄ no elevado teor de proteĂ­na e a elevada relação cĂĄlcio fĂłsforo. Elevados teores de proteĂ­na na dieta do cavalo podem trazer conseqßências nefastas tais como: r %NTEROTOXEMIA PRODU”O DE toxinas no Intestino) r 0ROBLEMAS (EPÂśTICOS r %MAGRECIMENTO DO !NIMAL r 0ROBLEMAS 2ENAIS COM URNA abundante r -Âś RECUPERA”O APĂ…S O ESforço: mais facilmente observado em cavalos de esporte, com atividade fĂ­sica regular r 0ROBLEMAS DE FERTILIDADE EM garanhĂľes: queda na espermatogĂŞnese (processo de produção de espermatozĂłides) r 4RANSPIRA”O %XCESSIVA EM alguns animais ĂŠ facilmente observado atravĂŠs do suor “espumanteâ€?, o que leva a uma perda excessiva de eletrĂłlitos (minerais) fundamentais para o animal r #Ă…LICAS E 4IMPANISMO PROdução de gases) O desequilĂ­brio na relação cĂĄlcio/fĂłsforo, pela riqueza da alfafa em cĂĄlcio, pode levar a desordens esquelĂŠticas tais como aumento da densidade Ăłssea, levando a ossos rĂ­gidos e quebradiços, predispĂľe a Doenças OrtopĂŠdicas Desenvolvimentares (conjunto de patologias que afetam o sistema mĂşsculo-esquelĂŠtico) e comprometem a absorção de zinco e manganĂŞs. Desta forma, a alfafa, como qualquer alimento rico em proteĂ­na, deve ser utilizada com parcimĂ´nia. Pode-se complementar a dieta do

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cavalo com alfafa, seja sob a forma de feno ou fresca, mas sempre pensando e calculando a quantidade total de proteína que o cavalo recebe para saber se estå dentro dos limites aceitåveis e não prejudiciais. Na estação das åguas, normalmente a quantidade måxima de feno de alfafa estå por volta de 2 kg diårios. Na seca, essa quantidade pode ser mais elevada, pois o teor protÊico do feno de gramínea cortada nessa Êpoca tem menor valor.

Silagem TambÊm pode-se oferecer o volumoso para os equinos sob a forma de silagem. A silagem Ê o alimento feito pelo processo denominado ensilagem, utilizando forrageira de boa qualidade que armazena o alimento com alto teor de umidade e submetido à fermentação anaeróbica (sob ausência de ar), guardado em silos para posterior utilização. Normalmente a silagem Ê feita de milho, sorgo, capim elefante, cana ou mesmo alfafa. Quando bem feita e armazenada nas condiçþes ideais, pode ser administrada ao cavalo sem maiores problemas. Deve-se proceder a um fornecimento gradativo para que os animais se habituem a este novo alimento e pode ser a única forma de volumoso para equino, desde que observadas algumas condiçþes: alÊm de ser de ótima qualidade, a silagem deve ser fornecida ao cavalo vårias vezes ao dia, sob risco de perda de sua qualidade e apetecibilidade. A silagem Ê armazenada em silos que devem ser bem fechados, sob condiçþes de fermentação anaeróbica, o que favorece sua palatabilidade. Ao se abrir o silo e deixå-lo em contato com o ar, a silagem passa por um processo de fermentação aeróbica que diminui sua qualidade, fazendo com que o cavalo recuse o alimento. Portanto, deve-se fornecer no cocho a quantiDADE SUkCIENTE QUE O ANIMAL DEVERœ ingerir nos próximos 90-120 minu-

tos. Se necessårio, após este período de tempo, pode-se fornecer mais ao animal, atÊ atingir a quantidade SUkCIENTE PARA SUPRIR SUAS NECESSIdades. PorÊm, as qualidades nutritivas das silagens em geral são baixas e se desejar melhor desempenho do animal, quer seja reprodutivo, crescimento ou no esporte, a complementação com uma ração concentrada de qualidade se torna imprescindível. Eventualmente, em cavalos estabulados, a silagem não ingerida no período de duas horas após ser colocada no cocho, pode causar indisposição gåstrica nos animais. Em animais soltos, isso raramente ocorre.

Haylage ou Silagem PrĂŠ-Secada O haylage ĂŠ erroneamente denominada de prĂŠ-secado (denominação americana que, traduzida ao pĂŠ da letra, pode ser feno-silagem). Este ĂŠ um processo de preservação do volumoso onde se retira parcialmente a umidade do alimento e utiliza-se um inoculante para estimular o processo fermentativo anaerĂłbico. Em geral, os alimentos volumosos in natura possuem 70% de umidade; no prĂŠ-secado realiza-se uma secagem parcial a campo, onde diminui-se a umidade para 40-50% e embala-se EM kLME PLÂśSTICO COM INOCULANTES formando medas de 50, 300 ou 500 kg, o que preserva o alimento por determinado perĂ­odo, dependendo das condiçþes climĂĄticas. A vantagem deste tipo de PRESERVA”O Âź QUE O ALIMENTO kCA secando ao sol por algumas horas, dependendo das condiçþes climĂĄticas, e pode ser armazenado a camPO POIS O kLME PROTEGE O CONTEĂŠdo, alĂŠm de facilitar no transporte, onde um caminhĂŁo que transporta sete toneladas de feno pode transportar 18 toneladas de silagem prĂŠ-secada. Quando bem produzido, possui Ăłtima palatabilidade e bom

valor nutricional para o equino. $EPOIS DE ABERTO O kLME O ideal ĂŠ que o produto seja consumido em 3 a 4 dias e o produto seja mantido em local coberto e ventilado, longe da luz solar e de chuvas. É um tipo de mĂŠtodo de preservação muito utilizado para fornecimento de volumoso a campo para gado em climas temperados, onde as estaçþes do ano sĂŁo bem DEkNIDAS ISTO Âź INVERNO SECO E FRIO comum na Europa e algumas regiĂľes dos EUA e sul do Brasil. Nessas condiçþes, o alimento chega a ser preservado por meses, porĂŠm no Brasil, o tempo de preservação ĂŠ menor, especialmente depois de aberto, pois o inverno ĂŠ Ăşmido e com variaçþes de clima frio e quente na mesma semana. As forrageiras mais utilizadas no Brasil sĂŁo as do gĂŞnero Cynodon, como coast-cross e tĂ­fton ou o azevĂŠm, mais comum na regiĂŁo Sul do paĂ­s. AlĂŠm disso, deve-se observar bem o custo deste produto, pois metade do que se compra ĂŠ ĂĄgua. O feno possui 12-15% de ĂĄgua, 8588% de alimento seco. Essa baixa umidade ĂŠ que permite sua preservação por atĂŠ 12 meses com pouquĂ­ssima perda de qualidade nutricional (desde que armazenado em condiçþes ideais). Fazendo contas, se a mĂŠdia de preço do kg do feno estiver ao redor de R$ 0,60/kg (dependendo da qualidade e do fornecedor), o kg de matĂŠria seca sai por cerca de R$ 0,68 - 0,70. O haylage possui entre 40-50% de ĂĄgua, 5060% de alimento seco; se o custo por kg bruto estiver ao redor de R$ 0,40 a R$ 0,50, o kg de matĂŠria seca sai por, na melhor das hipĂłteses (40% de ĂĄgua) R$ 0,67, podendo chegar a R$ 1,00 (com 50% de umidade).

PrÊ-secado O prÊ-secado Ê um processo semelhante ao haylage, mas neste processo o produto não recebe o inoculante, portanto o processo fermentativo que ocorre Ê aeróbico e não anaeróbico. A fermentação ae-

róbica traz muito pouca preservação das qualidade nutritivas para o produto por um período longo, apenas poucos dias. O problema da preservação deste tipo de volumoso Ê que possui muito mais matÊria seca (50-60%) que as silagens convencionais (30 a 35%), alÊm de não passar pelo processo de compactação que retira o oxigênio no processo de ensilagem, nem recebe o inoculante apropriado, o que não propicia ambiente favoråvel (anaerobiose) para crescimento das bactÊrias låcticas transformarem açúcares solúveis presentes na planta em åcidos orgânicos e consequentemente baixar o pH e preservar o material enfardaDO DE FORMA TO EkCIENTE Em um país tropical, devido ao elevado teor de umidade do volumoso e à elevada temperatura ambiente, assim que Ê embalado, inicia-se o processo de fermentação aeróbica que produz åcidos não palatåveis ao equino e que propicia o aparecimento de fungos, com riscos de cólicas e intoxicaçþes elevados. AlÊm disso, possui os inconvenientes, jå citados no tópico haylage, sobre custos.

Qualquer que seja o volumoso escolhido, lembre-se sempre de fazer os cĂĄlculos das necessidades do animal baseado na dieta total do cavalo, isto ĂŠ, em tudo que o cavalo ingere em um perĂ­odo de 24 horas. !NDRÂź 'ALVÂťO #INTRA

MV, Prof. Esp. Autor do Livro “O Cavalo: CaracterĂ­sticas, Manejo e Alimentaçãoâ€? #OAUTOR DO LIVRO “Manual de Gerenciamento Equestreâ€?. E-mail: andre@vongold.com.br. Site: www.vongold.com.br

Necessidades Diårias de MatÊria Seca conforme a Categoria Animal (As necessidades sempre têm um mínimo e um måximo, respeitando-se as individualidades de cada animal) (Lembre-se que o volumoso deve representar no mínimo 50% da dieta total) Categoria Animal Manutenção 1º ao 8º mês Gestação 9º ao 10º mês 11º mês 1º mês Lactação 2º ao 3º mês 4º ao 6º mês 3º ao 6º mês Crescimento 7º ao 12º mês 13º ao 36º mês Leve Trabalho MÊdio Intenso Leve a MÊdia Garanhão em Monta MÊdia a Intensa

INRA 1,4 a 1,7 % 1,2 a 1,7 % 1,3 a 1,8 % 1,5 a 2,2 % 2,4 a 3,0 % 2,0 a 3,0 % 1,6 a 2,5 % 1,7 a 2,5 % 1,7 a 2,5 % 1,6 a 2,2 % 1,9 a 2,3 % 2,1 a 2,7 % 2,0 a 2,4 % 1,8 a 2,1% 2,0 a 2,5%

NRC 1,5 a 2,0 % 1,5 a 2,0 % 1,5 a 2,0 % 1,5 a 2,0 % 2,0 a 3,0 % 2,0 a 2,5 % 2,0 a 2,5 % 2,0 a 3,5 % 2,0 a 3,0 % 1,7 a 2,5 % 1,5 a 2,5 % 1,7 a 2,5 % 2,0 a 3,0 % 1,5 a 2,3 % 2,0 a 2,5 %

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E SPAÇO T ÉCNICO

Avaliação e seleção do cavalo Mangalarga Este artigo traz a primeira parte das explanaçþes da palestra ministrada pelo tÊcnico e jurado Eduardo Cintra durante o 1º Simpósio dos Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga do Núcleo Sul de Minas e MÊdia Mogiana, evento realizado no mês de março, na Fazenda da Onça, em GuaranÊsia (MG). A continuação do presente texto serå publicada na próxima edição da Revista Mangalarga. 1-

HISTĂ“RICO E CARACTERĂ?STICAS

A criação do cavalo Mangalarga iniciou-se no começo do sÊculo XIX, cruzando-se Êguas jå existentes com garanhþes da Raça Lusitana vindos com a chegada de Dom João VI ao Brasil. Posteriormente houve um direcionamento atravÊs da fundação da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) em 1934. 0ODEMOS DEkNIR O CAVALO -ANGALARga como mediolíneo, eumÊtrico e retilíneo, destinado principalmente ao trabalho, esporte e lazer. A principal característica da raça Mangalarga Ê a Marcha Trotada, Ê o que a diferencia das demais raças de cavalos do mundo. Sem ela não existe o cavalo Mangalarga. Muito se tem discutido o porquê da marcha trotada, alguns defendem a tese de adaptação morfológica ao meio, outros consequência de angulação de garupa e aprumos, outros, fatores neurológicos, outros, inlU½NCIA DO CAVALO HOLAND½S VINDO atravÊs da Bahia ao redor de 1700.

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Por ocasião do ciclo do ouro, havia poucos cavalos em São Paulo, Minas e Rio de Janeiro, assim, foram trazidos muitos cavalos do Sul e do Nordeste, onde havia a presença do cavalo holandês (em decorrência da invasão holandesa), que por ser de origem de regiþes baixas e alagadiças, teria desenvolvido a marcha como adaptação ao meio, outro indício Ê que Ê comum no nordeste os cavalos de marcha picada serem conhecidos como cavalos que esquipam, palavra abrasileirada que EM HOLAND½S SIGNIkCARIA CAVALOS QUE MARCHAM %NkM O IMPORTANTE Ê que hoje a Marcha Trotada Ê um ATRIBUTO RACIAL kXADO HEREDITARIAmente transmissível e exclusivo do cavalo Mangalarga.

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MÉTODOS DE SELEĂ‡ĂƒO a. GenĂŠtica b. Morfologia c. Funcional

A criação do Mangalarga atingiu um estĂĄgio, que jĂĄ faz alguns anos, em que se faz necessĂĄrio algumas modificaçþes para um melhor direcionamento de sua seleção. Em termos de seleção o que temos hoje ĂŠ a feita pela premiação dos animais em exposiçþes e copas de andamento. Este critĂŠrio, quando feito por tĂŠcnico competente, ĂŠ de grande valia mas incompleto e subjetivo, pois, nĂŁo testa a coragem, franqueza, resistĂŞncia, carĂĄter, enfim, as qualidades fundamentais de um bom cavalo de sela. Praticamente, com pequenas exceçþes isoladas de alguns criadores, nĂŁo se faz nada em termos de seleção funcional. Alguns o fazem atravĂŠs de cavalgadas, provas esportivas, trabalho no campo, etc, servem como instrumentos auxiliares, mas nenhum com direcionamento tĂŠcnico e seletivo para fins de registro e qualificação perante a ABCCRM. É evidente que a evolução tem sido uma constante, mas sem uma prova funcional adequada, nĂŁo conseguimos medir e mostrar o quanto estamos caminhando nes-

ta melhora. Existem aqueles que defendem uma maior valorização de provas funcionais nas exposiçþes com definição do campeão atravÊs de uma prova ao cronômetro. Acredito que este não Ê o melhor caminho, uma vez que a morfologia Ê absoluta enquanto que o desempenho do cavalo depende do condicionamento e de quem o estå montando e treinando. Podemos correr o risco de valorizarmos demais animais compensados, bem treinados mas sem qualidades zootÊcnicas absolutas, que são realmente o que define um animal melhorador. Em sua característica principal, a marcha trotada, achamos necessårio que ele tenha consistência genÊtica mas só vamos melhorå-la atravÊs de um melhor deslocamento, que se consegue somente atravÊs da morfologia.

GENÉTICA DE ANDAMENTO + MORFOLOGIA = MANGALARGA MODERNO E FUNCIONAL Existem raças em que a seleção funcional ĂŠ bĂĄsica, pois existem provas concretas e objetivas para sua avaliação, seja ao cronĂ´metro ou atravĂŠs de Ă­ndices (PSI, Hipismo, QM, e outras), mas todas possuem linhagens genĂŠticas especĂ­ficas para determinado fim. Entre as raças nacionais o Crioulo foi a que mais teve evolução, basicamente atravĂŠs de prova funcional, o Freio de Ouro, mas somente obteve resultados concretos e objetivos quando teve

um peso maior no item morfologia e usou genÊtica chilena. No caso do cavalo Mangalarga, sua seleção funcional Ê muito subjetiva, pois sua principal característica não Ê a velocidade, nem sua agilidade e sim a marcha trotada. Assim sendo, se vamos buscar uma frente leve, ela tem sua função, a de dar maior elegância e leveza ao seu deslocamento, se queremos uma paleta forte, comprida, bem angulada, peitos amplos e bom arqueamento, boas passagens de ar, de cilha e de rim, Ê para favorecer uma maior profundidade, melhor centro de gravidade, melhor pulmão, consequentemente melhor resistência, melhor agilidade, melhor comodidade; garupa ampla, comprida, para favorecer uma melhor musculatura, melhor proporção, melhor propulsão; ossos, articulaçþes, musculaturas e cascos fortes, bons aprumos, Ê para melhor sustentação em seu desempenho. Enfim o que queremos mostrar Ê que qualquer parte de sua morfologia, por menor que seja, estå diretamente ligada ao desempenho do cavalo. Uma seleção não se faz por compensaçþes mas principalmente por qualidades zootÊcnicas absolutas. Não tenho dúvidas que se deva criar e fomentar as provas funcionais, mas elas servem como um instrumento a mais na avaliação de seleção e não como instrumento principal. Sem uma boa conformação aliada a uma consistência genÊtica de bons andamentos não temos base para iniciar um criação, nenhuma outra característica serå realmente importante. Quanto à genÊtica, se buscamos um produto final, com maior

vigor, a heterose pode trazer melhores resultados, mas geralmente os animais de melhor performance não são os melhores reprodutores. Numa criação a homozigose Ê fundamental para fixarmos as características desejåveis, sem a consanguinidade Ê impossível se desenvolver a homozigose, que Ê quem traz qualidade a um programa de seleção. Os beduínos do deserto utilizaram o cruzamento linear nas melhores Êguas e desenvolveram o que tem sido chamado de linhagens, para eles o que interessava era apenas a linha baixa, o garanhão era importante apenas por sua mãe. Foi utilizada para a estabilização na Raça Morgan e no Quarto de Milha atravÊs de garanhþes. Ao usarmos a consanguinidade devemos ter bastante atenção para não fixarmos características indesejåveis.

CONSANGUINIDADE - USE SEM DĂ“, DESCARTE SEM PIEDADE. Por outro lado temos o Outcrossing, que tende a aumentar a heterose, mesmo sem criação cruzada. É o cruzamento de duas linhagens sem relação em uma mesma raça, ĂŠ o contrĂĄrio de Cruzamento Linear. Outro mĂŠtodo ĂŠ denominado Cruzamento Absorvente, usando animais de outra raça que possuam qualidades desejĂĄveis para o tipo de cavalo que se busca. É fundamental utilizarmos animais de alta performance, e atravĂŠs de cruzamentos sucessivos fixarmos essas qualidades. É importante que o padrĂŁo racial seja mantido e a segregação eliminada. ApĂłs REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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E SPAÇO T ÉCNICO seis gerações p praticamente haverá uma substituição substi por genes da raça pura, a totalidade ocorre após treze gerações. Modo semelhante, foi utilizada pelos poloneses duzentos anos atrás, cruzando éguas polonesas com garanhões árabes, hoje apesar dos árabes puristas chamarem o cavalo árabe Polonês de uma corrupção ou desgraça, são considerados puros, possuindo um pouco mais de altura e estrutura, perdendo um pouco em sua beleza e expressão, mas é a linhagem de melhores resultados no esporte. A consanguinidade deve ser sempre com uma seleção cuidadosa para se obter um animal dominante desejado. Um criador de sucesso deve conhecer o balanceamento entre heterose e predominância, ambas são importantes no desenvolvimento de uma criação. Este balanço tem sido comumente citado como a CIÊNCIA DA CRIAÇÃO DO CAVALO. Seu sucesso depende de sensibilidade, conhecimento zootécnico e genético, prática, vivência com a raça e persistência. Os padrões de julgamento evoluem ou simplesmente mudam, um bom criador deve diferenciar essas mudanças para decidir se é necessária para sua criação. Os criadores com programa a longo prazo (verdadeiros criadores) não devem se preocupar com mudanças radicais ou excessivas, normalmente essas mudanças levam a círculos que dificultam seus objetivos. Um criador de sucesso inicia definindo claramente que tipo de cavalo deseja e esta definição deve ser extremamente detalhada, de outro modo, a tendência é mudar seu objetivo a cada dificuldade que surge. Nenhum progresso pode ser feito quanto a um tipo ideal sem que o criador mantenha seu objetivo pré-determinado e

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projetar o que realmente é importante, sem levar em conta os modismos. Os objetivos poderão ser alterados ou desaparecerem nos criadores que estão preocupados somente com os ganhadores de exposições anuais e como esses se comparam aos seus. O processo simples e caro de se cruzar um garanhão famoso com éguas caras e premiadas não se constitui necessariamente em um programa de seleção, geralmente ajuda quando as mais caras são as melhores. Deve ser escolhido um plantel com características específicas ao invés de preço e com base em objetivos claros e definidos. Um criador ou assessor, capaz, honesto e consciente, é um avaliador muito melhor que qualquer jurado, pois tem observado o animal desde o seu nascimento, assim como seus pais e irmãos, e sabe a diferença entre um estágio ruim e defeitos permanentes. As exposições são uma ferramenta importante para o criador se situar entre os demais criadores. O jurado avalia o animal e seu potencial através do que ele apresenta no momento. O JURADO VÊ A FOTOGRAFIA, O CRIADOR VÊ O FILME. Outro item auxiliar importante é o registro do animal. No Mangalarga precisava ser mais detalhado, mostrando suas maiores qualidades e seus problemas, além de sua performance. Uma vez que os melhores animais de performance geralmente não são os melhores reprodutores é importante conhecer a sua progênie. A performance mostra as suas qualidades, a progênie o que produzirá ou transmitirá. Esses registros podem ser feito pelo criador. Existem raças em que é registrado o que cada garanhão imprime, se é cabeça, estrutura, garupa, etc.

São poucos os criadores que tem objetivo em seus programas de seleção, a maioria só vai até o nascimento dos potros (1ª geração), um bom criador pensa nos netos. Os criadores de sucesso pensam num tipo de cavalo em que serão necessárias várias gerações até que se atinja o objetivo. Todo criador deve ter sua meta, sua tropa deve ter “sua cara”. Existem várias características para se buscar o “cavalo ideal”, tamanho, tipo muscular, cor, belezas relativas, padrão, andamento, conformação, rusticidade, etc. Mesmo aqueles que se importam somente com a marcha trotada ou morfologia precisam dividir esta característica em várias específicas para que se façam progressos. Logicamente, não basta somente uma avaliação através de sua morfologia. Existem características, como caráter, disposição, índole e outras que só podem ser observadas através de sua função. Um cavalo não pode ser bom sem bom temperamento. A GENÉTICA MOSTRA O QUE IDEALIZAMOS, A MORFOLOGIA MOSTRA O QUE PODE SER, A PERFORMANCE FUNCIONAL MOSTRA O QUE ELE É, SUA PROGENIE MOSTRA O QUE TRANSMITE. Eduardo Cintra é técnico e jurado da ABCCRM.

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E SPAÇO T ÉCNICO

A

MUNDO AGRO

O Cavalo de SELA Internacional Foto: Modesto Wielewicki.

A Economia do Cavalo Movimentando o Brasil

As provas hĂ­picas estĂŁo entre as atividades que movimentam a cadeia do agronegĂłcio do cavalo.

Existe pouca coisa tão bonita quanto um cavalo em movimento. A relação do Homem com o cavalo Ê tão antiga que para muitos o cavalo provoca uma paixão atåvica ao ser humano. O envolvimento emocional provocado pelo cavalo ofusca outros aspectos pouco comentados no dia a dia das pessoas ligadas ao agronegócio brasileiro. Normalmente não se associa ao cavalo seu enorme impacto econômico no país, uma vez que num Brasil cada dia mais urbano, mais motorizado, parece estranho imaginar que o emprego e a renda de diversos brasileiros sejam impactados pelo negócio do cavalo. Na verdade se pararmos para pensar um pouco, veremos que a cadeia do agronegócio do cavalo Ê muito ampla e complexa. Nossos cavalos são usados para trabalho, lazer e pråtica esportiva. A lida com o gado, o transporte de cargas, o uso militar são exemplos de trabalhos exercidos por nossos cavalos, muares e asininos. Na pråtica esportiva existem diversas competiçþes de corridas, salto, laço, baliza e tambor, vaquejadas, apartação, enduro etc. Crescem a cada dia as cavalgadas que envolvem,

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por vezes, centenas de cavaleiros que se deslocam por diversas regiĂľes do paĂ­s. O turismo equestre vem se desenvolvendo nas regiĂľes litorâneas, no pantanal, nas montanhas e planĂ­cies de norte a sul do Brasil. De acordo com os dados da Produção PecuĂĄria Municipal divulgado pelo IBGE o paĂ­s possui hoje cerca de 5,5 milhĂľes de cavalos, 1 milhĂŁo de asininos e 1,3 milhĂŁo de muares espalhados em todos os estados brasileiros. Esse contingente expressivo de animais envolve uma cadeia ampla de produtos e serviços cada vez MAIS SOkSTICADOS %XISTE UMA INDĂŠStria de nutrição associada ao cavalo. Nossos animais necessitam medicamentos veterinĂĄrios, tais como vacinas, vermĂ­fugos, anestesias, etc. Para transportar os animais pelo paĂ­s requer-se um conjunto de exames que demanda serviços de laboratĂłrios especializados. Para produzir esse leque de insumos emprega-se um nĂşmero expressivo de pessoas. A cadeia de nutrição necessita milho, soja, trigo. Esses produtos por sua vez mobilizam a produção agrĂ­cola que por sua vez faz uso de fertilizantes, defensivos, mĂĄquinas, diesel. Os

VOZ DO CRIADOR

serviços reprodutivos, de sanidade, de intervenção cirĂşrgica empregam milhares de mĂŠdicos veterinĂĄrios. Os animais sĂŁo transportados para as cavalgadas, provas, leilĂľes o que por sua vez mobiliza o mercado de caminhĂľes, caminhoneiros, consumo de diesel. O Brasil conta com grande indĂşstria de selaria, que emprega mĂŁo-de-obra especializada para cada tipo de atividade equestre. Conta tambĂŠm com ferreiros que vem sendo treinados em cursos que surgem em muitas regiĂľes graças, especialmente, ao trabalho do Senar. DĂĄ para ver, portanto, que as atividades econĂ´micas associadas ao agronegĂłcio do cavalo sĂŁo, de fato, inĂşmeras. O professor Roberto Arruda de Souza Lima da ESALQ/USP conduziu um estudo pioneiro no intuito de tentar estimar o PIB gerado pelo negĂłcio do cavalo no Brasil. Seu trabalho ĂŠ bastante interessante e competente, ainda que tenha que SUPERAR GRANDES DESAkOS DE ESTIMAR todo esse leque de atividades em um paĂ­s tĂŁo amplo quanto o Brasil. Seus resultados indicam o PIB do agronegĂłcio do cavalo em suas diferentes atividades ĂŠ da ordem de R$ 13 bilhĂľes, gerando cerca de 600 a 700 mil empregos diretos. Essa renda bruta se multiplica de maneira indireta por todos os setores com os quais as pessoas que trabalham na cadeia do agronegĂłcio do cavalo se envolvem, “puxandoâ€? um leque ainda mais amplo de produtos, serviços, insumos, promovendo o efeito multiplicador de renda e emprego tĂŁo conhecido pelos economistas. É o Brasil se movendo pela marcha trotada dos nossos cavalos. Por Alexandre Mendonça de Barros Engenheiro agrĂ´nomo, doutor em economia, sĂłcio da MB Agro e associado da ABCCRM nÂş 08116.

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O Cavalo de Sela Brasileiro Desde que entrei na raça sempre me interessei muito em ler e conversar com os criadores e tĂŠcnicos mais antigos, em pouco mais de cinco anos posso garantir que jĂĄ exauri a nossa biblioteca disponĂ­vel na ABCCRM e a paciĂŞncia de quase todos os tĂŠcnicos e juĂ­zes de nossa raça. De modo que vou poupar esforços aos mais novos! A cartilha ĂŠ padrĂŁo e bem fĂĄcil de resumir: O Mangalarga ĂŠ um cavalo de sela “internacionalâ€? e a descrição desse padrĂŁo ĂŠ repetida sem alteraçþes, sequer linguĂ­sticas, de modo bastante ensaiado. EumĂŠtrico, mediolĂ­neo, conjunto de frente leve, garupa e membros fortes, etc. Diz ainda, o cavalo deve ser olhado de baixo para cima! Cascos e membros sĂŁo importantĂ­ssimos! Por aĂ­ vai... De fato, academicamente falando, essas diretrizes sĂŁo inegĂĄveis, no entanto, agora que estou começando a avaliar meus primeiros exemplares na sela, tem algo que me incomoda muito em tudo isso: Quem garante que toda essa cartilha escrita nos livros, decorada por tĂŠcnicos e julgada nas exposiçþes e registros dos nossos animais, por si sĂł, funciona?! Quem garante que o animal que se enquadra nela DESEMPENHA melhor do que o outro? Xenofonte? Sinto como se estivĂŠssemos construindo uma casa pelo telhado! Ou pelos acabamentos! Zootecnicamente a função determina a forma, mas qual avaliação funcional

estamos aplicando Ă tropa? Quando uma pessoa procura um cavalo de curral e provas, vai atrĂĄs da ABQM, quando quer um animal de adestramento talvez procure o Lusitano, se gostar de corridas com certeza deve comprar um PSI, e o Mangalarga? Qual sua função caRACTERĂ€STICA 1UAL PROVA O DEkNE QUAL A SUA IDENTIDADE? Enquanto raças igualmente jovens e desenvolvidas no Brasil como o Crioulo aprimoram cada vez mais suas tĂŠcnicas de avalição e seleção com o Freio de Ouro e as Provas de Marcha de ResistĂŞncia, continuamos discutindo as angulaçþes de jarretes como denominador do melhor cavalo de sela do Brasil. Penso que o Mangalarga ĂŠ um marchador de sela esportivo! Um “Hunter Caipiraâ€? como dizem os Junqueiras! É uma animal que deve aguentar trabalho e deve carregar de maneira confortĂĄvel e habilidosa cavaleiros exigentes mas deve ser um cavalo para ser montado por todo aquele que queira e nĂŁo sĂł por equitadoRES OU PEÉES kSICAMENTE PREPARAdos. O Mangalarga ĂŠ o generalista mais cĂ´modo e apaixonante do mundo! É isso que me encantou na minha primeira cavalgada em 2005 quando saĂ­ de Campos do JordĂŁo (SP) com destino a Parati (RJ). Foram cinco dias e descobri que o mundo em um Mangalarga era muito maior do que a hĂ­pica onde montava os especializados Warmbloods europeus e que o ca-

valo era uma mĂĄquina de trabalho e um companheiro muito mais fortes e prestativos do que jamais sonhei. Nunca tinha conhecido um animal com tamanho carĂĄter e inteligĂŞncia como ĂŠ o Mangalarga, e nĂŁo trotava. Foi PaixĂŁo Ă primeira montada!!! De modo que deixo as PERGUNTAS r 3ERÂś QUE NÂťO ESTÂś NA hora de começarmos a escolher os melhores exemplares da raça pelo seu DESEMPENHO e nĂŁo somente pelo seu enquadramento MORFOLĂ…GICO r 3ERÂś QUE NÂťO ESTÂś na hora de começarmos, ao invĂŠs de estudar a cartilha europeia de hipologia, começarmos a escrever e avaliar a cartilha do Mangalarga “O Cavalo de Sela Brasileiroâ€? com suas peculiaridades e identidades prĂłprias? CRIAR NOSSA IDENTIDADE!!! De uma coisa tenho certeza, estrada a fora em cima da sela, somos incomparĂĄveis!!! Luiz Alberto Patriota de Araujo Costa SĂłcio 07646

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ABCCRM – 80

ANOS

Por Geraldo Diniz Junqueira e Filhos

Fotos: Arquivo Gilberto Diniz Junqueira.

O Mangalarga em SĂŁo Paulo

Aquela marcha picada, batida, ao passo esquipado, tĂŁo Ăşteis nas grandes caminhadas, nas montanhas e terrenos acidentados de Minas Gerais, onde nos seus campos limpos, de fĂĄcil visĂŁo e audição, a caçada ao veado – esporte favorito da ĂŠpoca – podia-se acompanhar NESTA TOADA FOI MODIkCADA COM A vinda dos primeiros criadores para SĂŁo Paulo. As terras planas da Mogiana e a vegetação do cerrado obrigaram o criador a selecionar animais bons galopadores e, em consequĂŞncia desta seleção, o andar do Mangalarga evoluiu para marcha trotada. / GRANDE ARTĂ€kCE DESTA FORMIDÂśVEL evolução foi, sem dĂşvida, Francisco

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Marcolino Diniz Junqueira – o “CapitĂŁo Chicoâ€? – trabalhador obstinado, fazendeiro entusiasmado e evoluĂ­do, caçador infatigĂĄvel e insuperado, e, sobretudo, apaixonado incondicional por sua criação de cavalos. Homem de espĂ­rito empreendedor, “CapitĂŁo Chico“ conseguiu um desenvolvimento notĂĄvel em todas suas propriedades e criaçþes. Relacionou-se em todo o Estado com as mais eminentes pessoas e constituiu um patrimĂ´nio tal que, junto com

seus descendentes, liderou a implantação do cafĂŠ na regiĂŁo. O progresso possibilitou o conhecimento de outros paĂ­ses e outras raças de cavalos que o “CapitĂŁo Chico“ e sua famĂ­lia nĂŁo mediam esforços em testar e confrontar com os de sua prĂłpria criação; mas nĂŁo os utilizou em linhagem masculina por revelarem-se inferiores aos seus, em nossas condiçþes. Em toda criação feita com orientação, determinação e perseverança, nascem, de tempos em tempos, indivĂ­duos proeminentes, capazes de marcar toda uma raça. Na Mangalarga tambĂŠm foi assim. E, esse agente que transformou totalmente a raça Mangalarga foi COLORADO. Linhagem paterna dos g&ORTUNAu kLHO DE &ORTUNA 6 #OLOrado tambĂŠm descendia de Telegrama, GregĂłrio, Joia da Chamusca, Sublime e AlazĂŁo, trazendo em si a mais nobre herança da Mangalarga que veio engrandecer as raças nacionais. Em 1917, no Rio de Janeiro, Colorado foi CampeĂŁo de Todas as Raças Nacionais; e deixou em seus inĂşmeros descendentes a correção impecĂĄvel de suas formas e a marca indelĂŠvel de sua presença: a pelagem “alazĂŁâ€?, atĂŠ entĂŁo muito rara e que hoje ĂŠ a marca registrada da raça Mangalarga. Podemos dizer, com toda segurança, que a totalidade da raça descende de Colorado, o alazĂŁo bronzeado com listra na testa e pĂŠ direito branco, crioulo de um dos mais importantes criadores, o Coronel Francisco Orlando, fundaDOR DA CIDADE DE /RL¡NDIA E kLHO DO “CapitĂŁo Chico“. A fundação da ABCCRM Orientados pelo zootecnista Paulo Lima CorrĂŞa, que em 1928 sugeriu no seu livro “A Criação do Cavaloâ€? as bases da caracterização do Mangalarga, e inspirados no trabalho do zootecnista argentino EmĂ­lio Solanet, que lançou as bases do cavalo CRIOULO ARGENTINO, os criado-

Coronel Francisco Orlando com o famoso Colorado.

Capitão Chico teve papel fundamental na formação da raça.

res Dr. Celso Torquato Junqueira e Renato Junqueira Netto reuniram um grupo de criadores que doaram 15 Êguas à Estação Experimental de Sertãozinho para que fossem iniciados os estudos tÊcnicos sobre a raça Mangalarga e posteriormente estabeleceram-se as bases de sua seleção. Em 25 de setembro de 1934 foi fundado o Registro Genealógico do Cavalo Mangalarga em São Paulo e eleita sua primeira diretoria. Foi constituída a Comissão Julgadora para selecionar os animais

a serem aceitos no Livro Aberto. Todos os criadores podiam requerer o exame de seus animais e, se preenchessem as exigências para registro, seriam inscritos no Livro. O recebimento de animais em Livro Aberto encerrou-se em 31 de Dezembro de 1943, com o registro em Livro Fechado, onde só seriam admitidos kLHOS DE PAIS REGISTRADOS Esta providência, bastante questionada por muitos que a julgaram precipitada, foi que ocasionou a criação da Associação dos Criadores dos Cavalos Marchadores da Raça Mangalarga, para que aqueles criadores possuidores de animais em condiçþes de registro no Livro Aberto, mas QUE POR QUALQUER MOTIVO NO O kZEram, pudessem optar por um outro registro.A alegada diferença de anDARES NO SE JUSTIkCA UMA VEZ QUE a princípio a Associação de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga admitia a marcha em três tempos e, só a retirou do padrão por uma interferência indevida do MinistÊrio da Agricultura, pressionado por criadores da nova raça que queriam exclusividade no andamento. REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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Por Pedro Rebouças

Fotos: Horse Brasil.

Mangalarga ganha programa de TV

O presidente MĂĄrio Barbosa esteve entre os entrevistados.

Pertencente ao Grupo Bandeirantes de Comunicação, o canal Terraviva Ê transmitido para todo Brasil via parabólica, por meio das TVs por assinatura Sky (Canal 158), Claro TV

Geraldo Diniz Junqueira abordou os primórdios da raça.

(Canal 113) e Sim TV (Canal 71) e pelo portal www.tvterraviva.com.br. O Departamento de Comunicação e Marketing destaca ainda que o ACERVO DOS PROGRAMAS kCARœ DISPO-

nível no canal da ABCCRM no YouTube, possibilitando que os apaixonados pelo Cavalo de Sela Brasileira possam rever as ediçþes do programa na internet.

Atração vai ao ar nas noites de domingo pelo canal Terraviva, levando para todo país a funcionalidade e beleza do Cavalo de Sela Brasileiro Marcelo Pardini apresenta o novo programa.

A raça Mangalarga estĂĄ ganhando as telas de televisores em todo paĂ­s com a chegada do programa “Mangalarga – O Cavalo de Sela Brasileiroâ€?. A produção, realizada pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) em parceria com o NĂşcleo Feminino Mangalarga, vai ao ar todos os domingos a partir das 20h30, com reprise Ă s quartas-feiras a partir das 8h da manhĂŁ, no canal Terraviva. A programação inclui a cobertura dos eventos que agitam a comunidade mangalarguista nos mais diferentes cantos do PaĂ­s, como cavalgadas, provas de andamento, leilĂľes e exposiçþes. AlĂŠm disso, apresenta reporAtração exibiu o trabalho da Fazenda SĂŁo Pedro.

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tagens especiais sobre a raça e abre espaço para a apresentação de haras e animais consagrados dentro da seleção do cavalo Mangalarga. Produzido pelo Horse Brasil Chanel, com apresentação do jornalista e leiloeiro rural Marcelo Pardini, o programa de estreia foi transmitido na noite de 10 de agosto. AlÊm de apresentar os diversos departamentos da ABCCRM, a atração abordou a história da raça, demonstrou a importância do Núcleo Feminino e contou com uma entrevista com o presidente Mårio Barbosa. Jå no bloco dedicado aos criatórios da raça, os telespectadores puderam conhecer melhor o trabalho desenvolvido pela Fazenda

SĂŁo Pedro, no municĂ­pio paulista de EspĂ­rito Santo do Pinhal. Segundo a ABCCRM, o novo programa estĂĄ entre as açþes adotadas para celebrar o octogĂŠsimo aniversĂĄrio da entidade, representando ainda um importante esforço de divulgação DA RA”A !kNAL A ATRA”O EXIBE AS qualidades do Cavalo de Sela Brasileiro para pessoas que vivem nos mais diferentes pontos do paĂ­s, ampliando a visibilidade da raça e estimulando o surgimento de novos criadores e usuĂĄrios. AlĂŠm disso, trata-se de uma importante ferramenta para levar informação aos associados, mantendo-os atualizados sobre as novidades do universo mangalarguista.

Josiane Matta falou sobre o NĂşcleo Feminino.

Jayme Rehder concede entrevista a BĂĄrbara Siviero.

O programa mostrou os departamentos da ABCCRM.

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Uma travessia na MongĂłlia

A tradição equestre mongol Ê um patrimônio cultural vivo desde o tempo dos hunos e Genghis Khan Trechos de deserto integram o percurso.

Confortåveis acomodaçþes esperam os participantes.

Guia Yurt com seu cavalo.

Para quem tem forte ligação com cavalos como eu (e vocĂŞ leitor), a MongĂłlia ĂŠ um destino que deve estar em nossa lista de lugares para conhecer um dia. Eu jĂĄ cavalguei em mais de 15 paĂ­ses, em quatro continentes e no prĂłximo mĂŞs de julho, vou poder realizar esse desejo de cavalgar na MongĂłlia. Localizada entre a RĂşssia e a China, a MongĂłlia ĂŠ um paĂ­s de muitos contrastes. PaĂ­s com a menor população do mundo e com quase um cavalo por habitante, na MongĂłlia o cavalo faz parte da famĂ­lia. Eu jĂĄ vi cavalos chamados de “selvagensâ€? em vĂĄrios paĂ­ses, Argentina, CanadĂĄ, Estados Unidos, NamĂ­bia e

Portugal mas na realidade sĂŁo cavalos que estĂŁo “em estado selvagemâ€? a vĂĄrias geraçþes. Na MongĂłlia ĂŠ aonde vamos encontrar os Ăşltimos e Ăşnicos cavalos considerados realmente selvagens, os Takhi, raça que tambĂŠm ĂŠ conhecida como o cavalo de Przewalski. Segundo relatos chineses que remontam a sĂŠculos antes de Cristo, a regiĂŁo correspondente Ă MongĂłlia atual foi ocupada por diversas tribos nĂ´mades. Os Hunos, que foram os maiores cavaleiros da histĂłria, aparentemente migraram para oeste a partir das estepes da MongĂłlia. No kNAL DO SÂźCULO 8)) UM JOVEM CHAMADO 4EMUJIN UNIkCOU ALGUMAS TRIBOS mongĂłis e turcas, e depois de vencer vĂĄrias batalhas, foi aclamado por todos os mongĂłis como Genghis Khan (“poderoso governanteâ€?) e a partir daĂ­ saiu com a maior cavalaria de todos os tempos, para conquistar parte do mundo. A tradição equestre mongol ĂŠ um patrimĂ´nio cultural vivo desde o tempo dos hunos e Genghis Khan. Ainda hoje, os mongĂłis criam seus cavalos livremente em uma condição semi-selvagem em grupos de ĂŠguas com um garanhĂŁo. Boa parte do territĂłrio do paĂ­s ĂŠ ocupada por estepes e desertos. A Estepe do Gobi ĂŠ o Ăşnico remanescente

Fotos: Cavalgadas Brasil.

L AZER & C ULTURA de estepe intacto no mundo. Tendo mantido grande parte da sua milenar tradição nĂ´made, a MongĂłlia ĂŠ um dos Ăşnicos lugares do mundo aonde vocĂŞ pode realmente interagir com povos nĂ´mades, com sua cultura Ăşnica (centrada na vida de pastoreio), a paisagem agreste e a vida selvagem. Os pastores que representam quase metade da população do paĂ­s, levam uma vida semi-nĂ´made, mudando os seus animais com as estaӃES DO ANO COMO kZERAM DURANTE sĂŠculos. Essa cavalgada ĂŠ uma experiĂŞncia impressionante. Cavalgar por zonas de transição do Gobi com estepes, semi estepes ĂĄridas, dunas e formaçþes rochosas gigantes. Gobi no idioMA MONGOL SIGNIkCA DESERTO E O DEserto de Gobi ĂŠ uma ĂĄrea totalmente inĂłspita que cobre um terço do paĂ­s. Trata-se de uma ĂĄrea de extremos em que no verĂŁo a temperatura chega a 40Âş e no inverno menos 40Âş. Na MongĂłlia existem milhares de camelos bactrianos (asiĂĄtico) sendo que dois terços estĂŁo no Gobbi e muitos deles ainda sĂŁo selvagens. Mesmo que lentos para nossos parâmetros equestres, eles cobrem 5 km por hora, com capacidade de carga e resistĂŞncia incrĂ­veis. Carregam TRANQUILAMENTE KG E PODEM kcar uma semana sem ĂĄgua e um mĂŞs sem comida! (em compensação um camelo sedento pode tomar 200 litros de ĂĄgua em um dia). No convĂ­vio com esse povo vamos entender a importância desses animais na vida deles. Junto com os cavalos, os camelos fazem parte da famĂ­lia, deles vem a lĂŁ e o leite. O contato com este povo muitas vezes se dĂĄ pela linguagem da mĂ­mica, mas para ter aulas de arquearia, basta observar como lidam com o ARCO E A lECHA 4OMAR UM TARÂťG IOgurte de leite de iaque, com o jolooch (guia), acompanhar as disputas festivas que envolvem arquearia e lutas tradicionais sĂŁo sĂł algumas das experiĂŞncias inesquecĂ­veis desta viagem. Vamos cavalgar no Parque Nacional Hustai, que abrange 50 000 hectaRES DE ESTEPE E lORESTA DE MONTANHA e ĂŠ lar de muitas espĂŠcies de mamĂ­-

Cavalos em momento de descanso durante a cavalgada.

A cultura e a religiosidade local tambĂŠm estĂŁo em destaque.

Participantes fazem pausa para a refeição.

Cabana tĂ­pica dos semi-nĂ´mades mongĂłis.

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O povo mongol possui forte ligação com o cavalo.

Interior de uma típica residência mongol.

feros e aves. Ele é mais conhecido por sediar o projeto de conservação para proteger o Takhi, raça ameaçada de extinção. Esta que é a ultima raça de cavalos realmente selvagens, também é conhecida como o cavalo de Przewalski, e tinha desaparecido

completamente de seu habitat natural. Apenas alguns exemplares ainda estavam presentes em zoológicos ao redor do mundo. Um programa de reprodução e reintrodução foi iniciado em 1992, resultando em uma população selvagem e sustentável dentro do Parque Khustai, que agora está em cerca de 300 indivíduos. Para observar o Takhi, o melhor é viajar de carro até as margens dos rios onde eles vêm beber no início da manhã e à noite. O resto do dia, eles se dispersam pelas montanhas em busca de alimento. Também vamos a Karakorum antiga capital do Império Mongol, FUNDADA EM POR /GODEI kLHO de Genghis Khan. Lá vamos visitar o Mosteiro Erdene Zuu, que duran-

te séculos foi o templo religioso mais importante na Mongólia. O Parque Khogno Khan surpreende a todos com suas formações rochosas, falésias moldadas pela erosão e vastas planícies semi-desérticas que lembram o arenito da cidadela de Wadi Rum, na Jordânia. O Parque também tem enormes dunas de areia, oferecendo uma variedade de paisagens deslumbrantes que deram à região o apelido de “Mini Gobi” ou seja “mini deserto”. É a única oportunidade para cavalgar na típica paisagem do deserto de Gobi, já que não existem cavalos mais ao sul do deserto de Gobi. Vamos cavalgar entre os paredões do Mini-Gobi, através de estepes semi-desérticas, até chegar a uma área de imensas dunas de areia dourada chamado Elsentasarhaï, onde nossos cavalos vão mostrar sua resistência notável. $URANTE A CAVALGADA VAMOS kCAR em acampamentos Yurt, acompanhar suas atividades e conhecer o lar das famílias cuja vida diária é pontuada pelo cuidado dos rebanhos: ordenha de éguas, ovelhas, cabras e dris (fêmea de iaques), cuidar de animais doentes ou debilitados e mover animais para novas pastagens. As mulheres também cuidam das crianças, cozinham, preparam diferentes produtos lácteos (manteiga, queijo, leite fermentado de égua) e mantém o interior da tenda. Os homens cuidam dos animais, manutenção de equipamentos e arreios. Eles também cortam lenha para cozinhar.

Diferentes paisagens acompanham os cavaleiros.

Paulo Junqueira Arantes www.cavalgadasbrasil.com.br

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Por Pedro Rebouças

O Cavalo Mangalarga em GoiĂĄs O criador AntĂ´nio Celso Ramos JubĂŠ promoveu, na noite de 23 de maio, o lançamento do livro O Cavalo Mangalarga em GoiĂĄs. Realizada no SalĂŁo do Produtor Rural da Sociedade Goiana de PecuĂĄria e Agricultura, localizado nas dependĂŞncias do Parque de Exposiçþes de Goiânia (GO), a cerimĂ´nia foi prestigiada pela comunidade mangalarguista da regiĂŁo e tambĂŠm por inĂşmeras autoridades do Estado de GoiĂĄs. ! OBRA CUJA EDI”O kCOU A CARGO da Editora KĂŠlps, apresenta a histĂłria e a trajetĂłria do Cavalo de Sela Brasileiro em territĂłrio goiano, mostrando ainda um rico panorama dos criadores que colaboraram para a difusĂŁo da raça no Estado. Segundo Celso JubĂŠ (Fazenda Serra Dourada), autor e idealizador do livro, todos os criadores de Mangalarga do Estado colaboraram na produção da obra, com especial participação de Adalberto Borges Cunha (Haras ABC), ArĂŠdio Alves Neve (Haras Cachoeira), JosĂŠ Carlos Mendonça (Haras Cruzeiro de SĂŁo JosĂŠ) e FĂĄbio da Veiga Jardim (Fazenda Ouro Quente). AlĂŠm disso, o livro contou com os patrocĂ­nios da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), Cical VeĂ­culos Ltda., SGPA e Editora KĂŠlps. No prefĂĄcio da obra, o presidente da ABCCRM MĂĄrio Barbosa destaca a importância do novo livro no cenĂĄrio do Cavalo de Sela Brasileiro. “Agora, graças a uma notĂĄvel iniciativa do criador AntĂ´nio Celso Ramos JubĂŠ, a trajetĂłria da raça nesse prĂłspero Estado brasileiro passa a contar com um importante registro, que deve estar presente nas bibliotecas de todos

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Fotos: Silvio Calazans.

Novo livro apresenta a evolução do Cavalo de Sela Brasileiro em território goiano

Celso JubĂŠ e Adalberto Borges Cunha.

Celso JubÊ autografa exemplar do novo livro. O Vice-Governador de Goiås JosÊ Éliton de Figueirêdo Júnior cumprimenta o casal JubÊ.

JubĂŠ. O Vice Governador do Estado de GoiĂĄs, JosĂŠ Éliton de FigueirĂŞdo JĂşnior, representou o Governador Marconi Perillo, que ĂŠ sĂłcio benemĂŠrito da ABCCRM e usuĂĄrio do cavalo Mangalarga. O evento contou ainda com a presença do Presidente do Tribunal De Justiça de GoiĂĄs, o Desembargador Ney Teles de Paula. AlĂŠm disso, ouTRAS IMPORTANTES kGURAS DO UNIVERSO jurĂ­dico do estado estiveram presentes, como os desembargadores Amaral Wilson de Oliveira, Itaney Francisco Campos, Fausto Moreira

Diniz, Gilberto Marques Filho, Norival de Castro SantomÊ e Elcy Santos de Melo. Por sua vez, a comunidade agropecuåria fez-se representar pelo Presidente da Sociedade Goiana de Pecuåria e Agricultura (Ricardo Yano), pelo Presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuåria (Antenor de Amorim Nogueira) e pelo Presidente do Núcleo Mangalarga de Goiås (Adalberto Borges Cunha), que representou no evento o Presidente da ABCCRM Mårio Barbosa. Segundo JubÊ, o lançamento da obra foi prestigiado ainda pelo Diretor da Editora KÊlps Antônio Almeida e pelo Diretor da Cical Veículos Wady Cecílio Neto, alÊm de juízes de Direito, advogados, mÊdicos, mÊdicos veterinårios, jornalistas, usuårios e criadores do Mangalarga e de outras raças, assim como por amigos e familiares. Fazendo uso da palavra, primeiraMENTE O ANkTRIO DA 3OCIEDADE 'OIAna de Pecuåria e Agricultura, Ricardo Yano, cumprimentou todos os presentes, dando as boas vindas ao local do evento, e cumprimentou o criador pela iniciativa. Em seguida, Adalberto Borges Cunha anunciou a repre-

Celso JubĂŠ com FĂĄbio da Veiga Jardim.

os mangalarguistas, tornando-se fonte de consulta obrigatória para aqueles que desejam conhecer de forma mais aprofundada o cavalo Mangalarga.�

sentação do Presidente da ABCCRM, ressaltando que o mesmo prefaciou o livro, enaltecendo a iniciativa do autor pela pesquisa realizada. Depois, o Vice-Governador cumprimentou os presentes e anunciou que jĂĄ conhecia o autor por sua atuação como advogado no Tribunal Regional Eleitoral, destacando ainda o trabalho hora lançado vem dar uma importante contribuição para a equinocultura do Estado e principalmente para o cavalo Mangalarga. AlĂŠm DISSO AkRMOU QUE PROVIDENCIARIA A aquisição de um exemplar da raça PARA PRESENTEAR SEU kLHO E LEVÂś LO para sua fazenda no municĂ­pio de Posse (GO). !O kNAL O AUTOR AGRADECEU A PRESEN”A DE TODOS E AkRMOU QUE COM esse trabalho todos irĂŁo entender a sua paixĂŁo pelo cavalo, em especial pelo Mangalarga. Celso JubĂŠ alegou estar tambĂŠm muito surpreso com a quantidade de pessoas que prestigiaram o evento, dentre autoridades, criadores, usuĂĄrios, amigos e, em especial, seus familiares, agradecendo AO kNAL SUA MÂťE SUA ESPOSA SEUS DOIS kLHOS E PRINCIPALMENTE A $EUS por proporcionar um momento tĂŁo GRATIkCANTE Celso JubĂŠ recebeu o apoio da famĂ­lia.

Exemplares do livro O Cavalo Mangalarga em GoiĂĄs. Um bom pĂşblico prestigiou o evento.

O evento foi prestigiado por autoridades e personalidades goianas.

Presenças ilustres Com a presença de muitas personalidades de destaque na sociedade goiana, a cerimônia de lançamento do livro comprovou o enorme prestígio da raça e tambÊm do autor Celso REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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EM DESTAQUE

Por Pedro Rebouças

Haras A.E.J.

0ROkSSIONALISMO PLANEJAMENTO E UNI»O familiar são alguns dos ingredientes do sucesso deste vitorioso criatório da raça Mangalarga

sivo salto de qualidade na criação do Haras A.E.J.. “Oito anos atrás, resolVEMOS PROkSSIONALIZAR A CRIA »O E INIciamos um árduo trabalho diário. Esse processo proporcionou as condições para que chegássemos ao patamar no qual estamos hoje”, revela Luiz GusTAVO !LVES %STEVES kLHO DOS TITULARES do haras e responsável pelo projeto de PROkSSIONALIZA »O AO LADO DOS IRM»OS Nendo, Marcello e Almiro, além da cunhada Priscila e dos sobrinhos Antonio e Luísa.

Foto: Marcio Mitsuishi.

Foto: Divulgação.

H ARA S

0LANEJAMENTO E PROkSSIONALISMO A história do Haras A.E.J. teve início no ano de 1988, quando foram adquiridas seis éguas do criador Osvaldo Sampaulo. O Haras, então situado em Monte Mor, sempre contou com a ajuda de Divino Alves, que, através de Valentina do A.E.J. foi eleita Grande Campeã Nacional de Andamento. Foto: Norberto Cândido.

A união e a vibração estão entre as marcas do criatório.

O belo cenário do Haras A.E.J..

trabalho realizado pelo Haras A.E.J.. !kNAL O CRIATÅRIO COMANDADO POR !Lmiro Esteves Junior e Ildete Esteves, no município paulista de Amparo, teve Foto: Nelsinho Servilheira.

Beldade do A.E.J. sagrou-se Grande Campeã da Copa de Jundiaí.

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um desempenho memorável na mais recente edição do principal evento da raça. Na ocasião, além de conquistar o Grande Campeonato Nacional Potro, com Atlântico do A.E.J., e o Grande Campeonato Nacional Égua de Andamento, com Valentina do A.E.J., o Haras obteve dois dos títulos mais cobiçados entre os selecionadores de Mangalarga, sagrando-se Melhor Expositor e Melhor Criador da Nacional 2013. As conquistas, entretanto, não pararam por aí. No início de maio deste ano, o criatório voltou a celebrar uma importante conquista, o Grande Campeonato Égua da 8ª Copa de Andamento de Jundiaí e Região, obtido pela égua Beldade do A.E.J. e que rendeu um carro zero quilômetro como premiação. Este momento especial foi o ápice de uma longa e exigente trajetória e também o fruto de uma importante decisão, responsável por um expres-

Pódio das premiações de Melhor Expositor e Melhor Criador da 35ª Nacional. Foto: Norberto Cândido.

A 35ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga, realizada na cidade de Franca (SP) em setembro do ano passado, colocou em evidência o

seus ensinamentos, fez crescer ainda mais a paixão por cavalos em todos os integrantes da família Esteves. Os primeiros anos, entretanto, não foram fáceis. Nesse período, com poucos animais, a criação era mais um passatempo e um lazer, oferecendo a oportunidade de ver nascerem os potrinhos e escolher as coberturas. No entanto, a decisão de investir de forma PLANEJADA E PROkSSIONAL NA SELE »O viria a mudar esse panorama, dando logo bons frutos e proporcionando ainda uma união familiar maior, com o envolvimento de todos para a busca de melhor qualidade e resultados. A evolução da tropa pôde ser logo notada e trouxe consigo expressivas conquistas no Circuito de Exposições da Raça Mangalarga, como vários títulos Nacionais na pelagem e o Grande Campeonato Nacional Égua 2008 com Escócia RAA. Na Nacional 2012, esse trabalho resultou na inédita conquista do título de Melhor Expositor, pressagiando os excepcionais resultados que viriam a ser obtidos na edição do ano seguinte da mais relevante mostra do calendário de eventos da ABCCRM. Aprimoramento Constante Segundo Luiz Gustavo, esses resultados só foram possíveis graças a uma EQUIPE T¼CNICA QUALIkCADA AO DIA A DIA SUPER ENTROSADO E PROkSSIONAL E AO esforço constante por aprimoramento. Hoje, em uma busca permanente por melhoramento genético, o criaREVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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EM DESTAQUE

Por Pedro Rebouças

Foto: Marcio Mitsuishi.

H ARA S

O garanhĂŁo TopĂĄzio JMJ ĂŠ um dos destaques do plantel.

tório investe em animais de exceção dentro da raça, procurando reunir em seu plantel as mais diversas linhagens e aliando sempre morfologia e andamento. Prova disso Ê o incrível time de matrizes formado pelo haras, no qual se destacam nomes como Escócia RAA, Graça NLB, Zaga ACF, Uberlândia do A.E.J., Havana JF e Dalila MM Jamaya, entre outras. A mesma qualidade e variedade podem, aliås, ser observadas no seleto grupo de reprodutores do criatório, que inclui garanhþes como Atlântico do A.E.J., Barão JES, Jaguar JF, Mundo Novo 42, Topåzio JMJ, Vaticano do A.E.J. e Veleiro do A.E.J.. O criatório, alÊm disso, deu recen-

temente outro importante passo, adquirindo um haras em Amparo pronto para abrigar os animais. A nova propriedade oferece ótima estrutura e estå disposta em 28 alqueires, formados de coast-cross e tifton, com mais de 35 piquetes, campo de feno, esteira e lago para exercitar os cavalos. O criatório conta ainda com cinco pavilhþes de cocheiras (totalizando 53 baias) para animais de pista e leilão, duas lanchonetes, pista para treinamento, pista para apresentação e toda a infraestrutura para a parte clínica e veterinåria, com laboratório e farmåcia. Luiz Gustavo ressalta ainda a importância dos tÊcnicos AndrÊ e Silas

Atlântico do A.E.J. sagrou-se Grande Campão Nacional Potro 2013. Foto: Marcio Mitsuishi.

Foto: Marcio Mitsuishi.

EscĂłcia RAA ĂŠ um dos destaques do time de matrizes.

Freire para o sucesso do trabalho desenvolvido pelo A.E.J.. “Oito anos atrĂĄs, eles acreditaram conosco nesSE SONHO DE PROkSSIONALIZAR A TROPA E O HARAS ! CONkAN”A E A PARCERIA QUE eles depositaram no nosso projeto foi fundamental para que alcançåssemos este novo patamar de qualidade. AlĂŠm disso, contamos com um notĂĄvel empenho do Luciano, do JoĂŁo, do Giovanni e de toda equipe do Haras A.E.J..â€? Dessa maneira, o projeto desenvolvido pela famĂ­lia Esteves demonstra que reĂşne todos os ingredientes para uma trajetĂłria vitoriosa e duradoura, capaz de estabelecer a marca A.E.J. como uma verdadeira referĂŞncia de qualidade na raça Mangalarga.

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P ROFISSIONAL

DE

S UCESSO

Mais conhecido entre os amigos como Zequinha, JosĂŠ Aparecido Freire ĂŠ um dos mais respeitados PROkSSIONAIS DA raça Mangalarga. !kNAL O CAVALEIRO e apresentador, de 58 anos de idade, construiu uma premiada carreira no universo do Cavalo de Sela Brasileiro, acumulando a expressiva marca de 17 Grandes CampeĂľes Nacionais. No texto a seguir, ele relata um pouco dessa rica e duradoura convivĂŞncia. “Convivo com a raça Mangalarga hĂĄ 48 anos, confesso que ĂŠ uma das minhas paixĂľes, pois aos trĂŞs anos de idade tive a graça de ir morar na Fazenda Porangaba, da famĂ­lia do Dr. Roberto Sampaio de Almeida Prado, onde meu pai trabalhava no campo com o gado e jĂĄ montava o Mangalarga, com a famĂ­lia convivi ao longo de 23 anos.â€? “Na dĂŠcada de 1970, Raul SamPAIO DE !LMEIDA 0RADO kLHO DO $R Roberto, foi para Portugal para se aperfeiçoar com cursos de equita-

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Fotos: Arquivo pessoal.

JosĂŠ Aparecido Freire

Escultura RB e Feiticeiro LMN com Silas e AndrĂŠ Freire. Comprovando a funcionalidade da tropa com IngĂĄ CR.

Apresentando o premiado Protegido JO. Apresentação na Equitana.

ção, trazendo novas tĂŠcnicas. Assim, fomos juntos colocando em prĂĄtica na fazenda e daĂ­ eu tive toda base tĂŠcnica na minha formação PROkSSIONAL u “Com o cavalo Mangalarga tive a alegria de participar de duas grandes provas de resistĂŞncia, a primeira foi a de Novo Horozinte (SP) Ă Goiânia (GO), na qual montei o cavalo Esteio da Porangaba.â€? “Em 1978, a histĂłrica prova de garanhĂľes de Colina onde montei o cavalo Baluarte, e com esta experiĂŞncia me ajudou bastante na minha trajetĂłria de apresentação e conquistas com animais em pista.â€? “Em 1980, conheci o Sr. Reginaldo Bertholino, proprietĂĄrio do Haras RB. Nascia ali uma grande parceria de amizade e companheirismo, a qual jĂĄ dura 34 anos. Ao longo destes anos, tivemos a felicidade de conquistarmos 14 tĂ­tulos de melhor expositor em Exposiçþes Nacionais e 17 tĂ­tulos de Grande REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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P ROFISSIONAL

DE

S UCESSO

Em 1998, apresentando Cascata JO.

CampeĂŁo Nacional, sendo o primeiro conquistado em 1981 com garanhĂŁo IngĂĄ CR.â€? “Outro momento muito especial no Haras RB foi a parceria com a ĂŠgua Lemar RB, com a qual conquistamos o tĂ­tulo de Grande CampeĂŁ Nacional de 1987 e tivemos a oportunidade de representar a raça Mangalarga na maior feira de equinos do mundo, a alemĂŁ Equitana.â€? “AlĂŠm disso, o Mangalarga e o Sr. Reginaldo me proporcionaram a grande alegria de trabalhar com MEUS kLHOS !NDRÂź E 3ILAS &REIRE OS QUAIS TIVERAM SUA FORMA”O PROkSsional no Haras RB. Costumo dizer que sou uma pessoa abençoada por Deus por ter minha esposa (Lourdes Freire) que sempre me deu suPORTE NA MINHA VIDA PROkSSIONAL E

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Em 1978, na histĂłrica prova de garanhĂľes de Colina.

na formação e educação dos meus kLHOS u “Agradeço a Deus por todas as minhas conquistas, por todos com-

panheiros de trabalho e todas as grandes amizades que conquistei ao longo da minha vida, com esta maravilhosa raça Mangalarga.â€? REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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M ERCADO & F INANÇA S

LeilĂŁo Mangalarga da Origem

Leilão Prestígio Otnacer Edição deste ano superou em quase 20% o faturamento do leilão de 2013 Fotos: Norberto Cândido.

Evento movimentou uma receita total de R$ 905,4 mil

Por Pedro C. Rebouças

Fotos: Norberto Cândido.

Por Pedro C. Rebouças

Remate ofertou diversos destaques da seleção do Haras Origem.

O LeilĂŁo Mangalarga da Origem agitou o mercado da raça na tarde do sĂĄbado 29 de março. Promovido pelo Haras Origem, comandado pelo criador Fernando Ferruccio Rivaben, o remate aconteceu nas prĂłprias dependĂŞncias do criatĂłrio, no municĂ­pio paulista de Batatais. De acordo com Rivaben, o evento ofertou animais de altĂ­ssimo nĂ­vel, provenientes das melhores linhagens da raça e escolhidos minuciosamente pelo tĂŠcnico JoĂŁo Quadros e sua equipe. “O leilĂŁo foi preparado com

muito esmero para oferecer o melhor da criação do Haras Origem, fruto de uma seleção criteriosa que jĂĄ completa 28 anosâ€?, explica o selecionador. Segundo a FĂŞnix LeilĂľes, empresa leiloeira responsĂĄvel pela organização do evento, a receita total obtida foi de R$ 905,4 mil, enquanto o valor mĂŠdio foi de R$ 28 mil. Com um lance de R$ 72 mil, a jovem fĂŞmea alazĂŁ Valsa da Origem, ofertada pelo Haras Origem, foi a recordista do leilĂŁo. Por sua vez, a tambĂŠm jovem Viena da

O público acompanhou com grande atenção a apresentação dos lotes.

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Origem compĂ´s o segundo lote mais valorizado do evento, sendo negociada por R$ 57,6 mil. Conduzido pelos leiloeiro rural Marcelo Junqueira, o LeilĂŁo Mangalarga da Origem contou com chancela da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), fotos e vĂ­deos da Mitsu Assessoria e transmissĂŁo da TV LeilĂŁo. AlĂŠm disso, teve a assessoria dos tĂŠcnicos JoĂŁo Quadros, JoĂŁo Tolesano e Geraldo Castro Filho. /S ANkTRIÉES :ELENA E &ERNANDO 2IVABEN

Antonio Caetano e esposa recepcionaram os amigos mangalarguistas. Evento ofertou 37 lotes na tarde de 26 de abril.

O mercado mangalarguista viveu um momento marcante na tarde do sĂĄbado 26 de abril, quando aconteceu a sĂŠtima edição do LeilĂŁo PrestĂ­GIO /TNACER !kNAL O EVENTO PROMOvido pelo criador Antonio Caetano Pinto, no Helvetia Riding Center, em Indaiatuba (SP), alcançou uma cotação mĂŠdia de R$ 51 mil, movimentando um valor total de R$ 1,929 milhĂŁo. De acordo com a FĂŞnix LeilĂľes, empresa leiloeira responsĂĄvel pela organização do remate, o recorde da tarde coube a Manchete do Otnacer. A matriz alazĂŁ, proveniente do plantel do Haras Otnacer e detentora do Grande Campeonato Nacional Égua 2006, obteve a cotação de R$ 468 mil. Por sua vez, a promissora potranca Xâmbia OTN, tambĂŠm ofertada pelo Haras Otnacer, mereceu o segundo melhor lance do evento, sendo negociada por R$ 255,6 mil. O 7Âş LeilĂŁo PrestĂ­gio Otnacer

contou ainda com um seleto grupo de convidados especiais, entre os quais estavam: Alexandre de Oliveira Ribeiro, Annelise Agropecuåria, Antonio Carlos Ferreira, Armando e Fernando Raucci, Corumbau Participaçþes, Emiliano Novais, Fernando Tardiolli, Geraldo Zinato, Guilherme Saad, Haras Ceråvolo Paoliello, Hic Agropecuåria, JosÊ Borges da Cruz Filho, JosÊ Eduardo Costa, Josiane Matta, Leandro Pasqualini, Luis

Fernando Toledo, MĂĄrio Barbosa, Roberto Buzato e Ronaldo Bichuette. A condução do LeilĂŁo PrestĂ­gio Otnacer esteve a cargo do leiloeiro rural Marcelo Junqueira, com assessoria a cargo dos tĂŠcnicos JoĂŁo Quadros, JoĂŁo Tolesano, Geraldo Castro e Thiago D’Angieri. AlĂŠm disso, o evento teve fotos e vĂ­deos da Mitsu Assessoria e transmissĂŁo em tempo real da TV LeilĂŁo, sob o comando do apresentador Marcelo Pardini.

Um bom pĂşblico compareceu ao Helvetia Riding.

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Evento movimentou o mercado da raça no início de abril Calcutta da Jauaperi foi o principal destaque do remate.

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obteve a segunda maior cotação do evento: R$ 72 mil. O Leilão Haras Precioso e Haras F1, cuja condução esteve a cargo do leiloeiro rural Marcelo Junqueira, contou tambÊm com a chancela da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM). AlÊm disso, o evento teve a assessoria tÊcnica do zootecnista João Quadros, fotos e vídeos da Mitsu Assessoria e transmissão ao vivo da TV Leilão, sob o comando do apresentador Marcelo Pardini. Vista geral do recinto do leilão.

%DUARDO &RAN”A NA COMPANHIA DE %DUARDO 2ABINOVICH E kLHO

Leilão Toada Mangalarga Quatro conceituados criatórios da raça se uniram para promover este evento de sucesso do mercado do Cavalo de Sela Brasileiro O Helvetia Riding Center, localizado às margens da rodovia Santos Dumont, no município de Indaiatuba (SP), foi o palco da primeira edição do Leilão Toada Mangalarga. Realizado na tarde do såbado 10 de maio, o evento movimentou uma receita total de R$ 1,275 milhão, alcançando a expressiva cotação mÊdia de R$ 37 mil. Promovido pelos amigos Mårio Barbosa (Fazenda São Pedro), João Pacheco Galvão de França (Haras da Bica), Sergio Paiva (Haras Mont Serrat) e Eduardo França (Haras F1), o remate contou com a organização da Fênix Leilþes e com a chancela da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM). O evento, alÊm disso, teve a participação dos convidados especiais Fernando Tardiolli, Antônio Carlos Ferreira e Gabriel Francisco Junqueira de Andrade. Segundo a Fênix Leilþes, o lote mais valorizado entre os 34 ofertados no evento foi composto pela Êgua Sapoti MAB. Originåria da seleção da Fazenda São Pedro, do presidente da ABCCRM Mårio Barbosa, a premiada alazã obteve a cotação de R$ 216 mil. Por sua vez, Sabatina do Mont Serrat, ofertada pelo Haras Mont Serrat, do ex-presidente da ABCCRM Sergio Paiva, mereceu o segundo maior investimento do leilão, sendo negociada por R$ 150 mil. A condução do Leilão Toada Mangalarga esteve a cargo do leilo-

Fotos: Norberto Cândido.

Fotos: Norberto Cândido.

LeilĂŁo Precioso & F1

O Helvetia Riding Center, localizado no município paulista de Indaiatuba (SP), foi o recinto escolhido para receber a primeira edição do Leilão Haras Precioso e Hara F1. O evento, realizado na tarde do såbado 5 de abril, alcançou a expressiva cotação mÊdia de R$ 29 mil, movimentando uma receita total de R$ 973,5 mil. Promovido pelos criadores Eduardo Rabinovitch e Eduardo França, titulares respectivamente do Haras Precioso e do Haras F1, o leilão ofertou 34 lotes selecionados, entre os quais estavam ventres, potros, potras, garanhþes e especialmente matrizes de destaque na raça Mangalarga. O evento, alÊm disso, teve como convidado especial o criatório DL Mangalarga. Segundo a Fênix Leilþes, empresa leiloeira responsåvel pela organização do remate, o lote mais valorizado do evento foi composto por Calcutta da Jauaperi. A matriz alazã tostada, ofertada pelo Haras Precioso, mereceu um investimento de R$ 75mil. Por sua vez, a fêmea Nicole da Jauaperi (TE), tambÊm originåria da seleção do Haras Precioso,

Por Pedro C. Rebouças

Por Pedro C. Rebouças

Evento ofertou 34 lotes especialmente selecionados.

MĂĄrio Barbosa com a neta e os amigos Sergio Paiva e JoĂŁo Pacheco.

Um bom pĂşblico esteve no Helvetia Riding Center.

eiro rural Marcelo Junqueira. AlĂŠm disso, o evento teve a assessoria tĂŠcnica do zootecnista JoĂŁo Quadros e

contou com transmissĂŁo ao vivo da TV LeilĂŁo, comandada pelo apresentador Marcelo Pardini. REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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M ERCADO & F INANÇA S

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Criatório abriu as portas para receber a comunidade mangalarguista em grande estilo

Os leilões Embryo e Água Vermelha Vale do Sol agitaram o mercado da raça na região Centro-Oeste

Luiz Fernando Pugliesi e Marcelo Pardini.

Evento ofertou 32 lotes selecionados.

da melhor cotação do evento, sendo comercializadas por R$ 54 mil cada uma. “Foi com grande satisfação que abrimos as portas do haras para que nossos convidados conhecessem a ESTRUTURA A kLOSOkA OS ANIMAIS E acima de tudo o ambiente em que vivemos e nos divertimos quando o assunto é cavalo”, destaca Luiz FerO Haras Atibaiense recebeu um bom público.

nando Pugliesi. Conduzido pelos leiloeiros rurais Marcelo Junqueira e Marcelo Pugliesi, o Leilão Haras Atibaiense contou com chancela da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), patrocínio da Qualy Rações, fotos e vídeos da Mitsu Assessoria e transmissão da TV Leilão.

A Exposição Brasileira 2014, que ACONTECEU EM 'OI·NIA '/ NO kM de maio, teve uma programação de negócios muito movimentada. O 1º Leilão Embryo Mangalarga abriu a agenda de remates do evento, ofertando barrigas e embriões de matrizes de destaque na raça Mangalarga, na noite da sexta-feira 30 de maio. Promovido pela Prime Selection, com organização da Julio Paixão Leilões e transmissão da TV Leilão, o remate obteve uma cotação média de R$ 19,4 mil, gerando um faturamento total de R$ 485,6 mil. Por sua vez, o 1º Leilão Água Vermelha Vale do Sol Mangalarga e Pampa aconteceu na noite do sábado 31 de maio. Realizado pelos criadores Rogério Cruz Dias Teixeira (Prime Selection e Haras Água Vermelha) e Antônio Carlos Vale (Haras Vale do Sol), o evento também contou com a organização da Julio

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Paixão Leilões e com a transmissão em tempo real da TV Leilão. No total, o remate movimentou a expressiva receita de R$ 752,6 mil, alcançando o valor médio de R$ 19,2 mil. Para Rogério Cruz, os dois leilões realizados durante a Expo Brasileira atingiram um ótimo resultado e quebraram paradigmas dentro do mercado equestre. “Quero agradecer aos amigos criadores, às empresas parceiras, às competentes

equipes da Prime Selection, da Júlio Paixão Leilões, da TV Leilão, e ao imenso público mangalarguista, pampista e apaixonados pelo cavalo de sela em todo o Brasil que nos prestigiaram com sua presença ou audiência, resultando em sucesso absoluto de público e faturamento, com vendas para os Estados de São Paulo, Goiás, Bahia, Mato Grosso, Tocantins, Amapá, Pará e Paraíba”, destaca o promotor.

2º Leilão Virtual Reserva Especial Evento obteve 95% de liquidez e movimentou a expressiva receita de R$ 800 mil Realizado na noite de 30 de julho, o 2º Leilão Virtual Reserva Especial superou sua edição anterior, aquecendo ainda mais o mercado da raça Mangalarga. O evento, promovido pela Business Leilões em parceria com o Haras Gadu, do criador Guilherme Pompeu Piza Saad, contou com a presença de importantes nomes do cenário nacional, reunidos no ponto de encontro no bar Mercearia, no Jockey Club de São Paulo (SP). Além disso, criadores e usuários de diversos estados do Brasil puderam acompanhar o evento pelo Canal

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O Leilão Água Vermelha Vale do Sol recebeu grande público.

Terra Viva. Segundo a Business Leilões, foram ofertados 43 lotes entre reprodutores, matrizes, potros e potras de grande futuro, criteriosamente selecionados e retirados das cabeceiras dos haras Gadu, A.E.J., EFI, HIC, Piratininga, Atibaiense e ZCM. Com tanta qualidade ofertada, o resultado não poderia ser diferente: 95% de liquidez e R$ 800 mil comercializados. O Haras Gadu, por sua vez, alcançou a expressiva marca de 100% de lotes vendidos. Para mais informações, entre em

contato com a Business Leilões pelo endereço eletrônico atendimento@ canalbusiness.com.br ou pelo telefone (21) 2491-3808. (Com informações da Business Leilões) Guilherme Saad foi um dos participantes do evento. Foto: Norberto Cândido.

O criador Luiz Fernando Pugliesi promoveu, na tarde do sábado 12 de abril, a primeira edição do Leilão Haras Atibaiense. Realizado na sede do criatório, localizada no município paulista de Atibaia, o evento alcançou a cotação média de R$ 25 mil, movimentando uma receita geral de R$ 799,2 mil. O Leilão Haras Atibaiense contou ainda com a organização da Fênix Leilões e com a participação de seis convidados especiais: Mangalarga da Tarlim, Haras Gadu, HIC Agropecuária, Haras RM, Haras Orgin e ZCM Agropecuária. No total, o evento ofertou 32 lotes, compostos por cobertura, ventres, potros, matrizes, garanhão, potros e cavalos castrados. O lote mais valorizado do remate, de acordo com a Fênix Leilões, foi a égua pampa de alazão Austrália do Pec (TE), ofertada pelo Haras Atibaiense por R$ 64,8 mil. Por sua vez, as alazãs Ambiciosa LFP (TE) e Atriz LFP (TE), ambas provenientes DA SELE »O DO (ARAS !TIBAIENSE kCAram empatadas na posição de segun-

Foto: Divulgação.

Leilões movimentam a Expo Brasileira Fotos: Norberto Cândido.

Leilão Haras Atibaiense

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R ADAR E QUESTRE

M ANGALARGA C OLORIDO

O Parque da à gua Branca, na capital paulista, receberå, de 11 a 14 de setembro, a Expocavalos 2014, evento que tem como objetivo fomentar o desenvolvimento da criação de cavalos, dos esportes hípicos, do turismo equestre e da oferta de produtos e serviços para o setor. Segundo os organizadores, o público poderå interagir com esse maravilhoso mundo, num contato direto com cavalos de diversas raças, com equipamentos, produtos e serviços do segmento.

Foto: Modesto Wielewicki.

Expocavalos 1

Foto: Divulgação.

Interesse Estrangeiro 1

Pelagens na 36ÂŞ Nacional Foto: Modesto Wielewicki.

Um breve panorama das notĂ­cias que movimentam o setor

Evento terĂĄ classe conjunta para animais pretos, zainos e castanhos

Expocavalos 2

O Cavalo de Sela Brasileiro vem despertando cada vez mais interesse entre O PĂŠBLICO DE OUTROS PAĂ€SES .O kM DE SEMANA DOS DIAS E DE MAIO UM grupo de trinta empresĂĄrios do agronegĂłcio da Nova Zelândia esteve no Haras CalifĂłrnia, localizado no municĂ­pio paulista de Mococa, para conhecer melhor as qualidades da raça Mangalarga.

Foto: Divulgação.

Interesse Estrangeiro 2

O evento tambÊm tem como meta oferecer oportunidades de lazer a aprendizado e gerar oportunidades de negócios para os participantes, patrocinadores e expositores. Segundo Paulo Junqueira, colaborador da Revista Mangalarga e um dos organizadores da Expocavalos, uma das principais atraçþes da programação serå o Simpósio de Equideocultura ExpoCavalos/Universidade do Cavalo. Mais informaçþes podem ser obtidas no portal www.expocavalos.com. br.

0ROkSSIONAL DE 3UCESSO

Segundo Danton Guttemberg de Andrade Filho, titular do Haras CalifĂłrnia, os empreendedores neozelandeses assistiram a uma apresentação de animais da raça e tiveram oportunidade de fazer um “test-driveâ€? em alguns exemplaRES !LÂźM DE SE ENCANTAREM COM A BELEZA DA RA”A OS VISITANTES TAMBÂźM kCAram impressionados com o diferenciado andamento do cavalo Mangalarga.

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O apresentador SĂŠrgio Luiz SanTOS 3ILVA DESTAQUE DA SE”O g0ROkSsional de Sucessoâ€? na edição passada desta publicação, recordou Ă equipe da Revista Mangalarga que uma passagem de sua carreira de 40 anos na raça acabou por nĂŁo ser mencionada na matĂŠria. Trata-se da fase em que integrou a equipe da Fazenda Morro Agudo. Segundo Serginho, o curto perĂ­odo em que esteve na propriedade foi muito importante para sua carreira e serviu para estabelecer uma forte amizade com o titular do criatĂłrio, o criador ClĂĄudio Mente.

A pelagem preta tambĂŠm estarĂĄ em destaque.

As categorias de pelagens estarĂŁo novamente em destaque na mais importante mostra da raça, a Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga, cuja 36ÂŞ edição acontecerĂĄ de 17 a 27 de setembro, nas dependĂŞncias do Parque Fernando Costa, no municĂ­pio paulista de Franca (SP). A programação do evento contarĂĄ, entretanto, com uma novidade EM RELA”O AO ANO PASSADO !kNAL a Diretoria Executiva da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) deferiu, por deliberação unânime

entre os Diretores, a sugestão da Diretora de Pelagem Marisa Iorio Corrêa da Costa para que o julgamento das pelagens preta, castanha e zaina seja realizado em uma classe conjunta nesta Nacional. A medida tem como objetivo fortalecer a respectiva categoria, reunindo um maior número de animais e viabilizando desta maneira a realização de Grandes Campeonatos para a mesma. A Diretoria esclarece ainda que não haverå nenhuma alteração no que diz respeito às pelagens pampa, alazã amarilha, tordilha e etc., cujas

categorias permanecerão como julgadas na edição anterior da Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga. 0OR kM A !"##2- LEMBRA QUE só poderão inscrever animais para julgamento na 36ª Exposição Nacional os associados que tiverem participado da Exposição Brasileira 2014 ou que tenham participado de duas exposiçþes regionais ao longo da temporada 2014. Para mais informaçþes, consulte o portal www. cavalomangalarga.com.br ou telefone para (11) 3866-9866.

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M ANGALARGA C OLORIDO

6Âş LeilĂŁo Celebridades

&OTOS $' 0ARTY &OTOGRAkA

A comunidade pampa mostra a sua força vendendo mais de R$ 1 milhão com liquidez absoluta

Evento recebeu um grande pĂşblico.

cionaram inúmeras inovaçþes e surpresas agradåveis ao eufórico grupo de participantes. A realização ficou a cargo da Business Leilþes e do Canal Business e contou com o apoio da Fênix Leilþes tendo na batida do martelo, o leiloeiro Guillermo Sanchez.

Nesse clima de festa com a apresentação de cantores, shows, vídeos e performances, contando a história da criação do Haras Lagoinha, o que encantou os presentes, mangalarguistas e pampistas e tambÊm animadíssimos usuårios adeptos dessa pelagem, o evento faturou R$ 1.004.000,00 atingindo

uma mÊdia de R$ 25.100,00 para os 40 lotes ofertados. Os destaques foram as fêmeas Rochelle do PEC (Monteblanco do PEC em Unidade de G) e Babel do PEC (Quartzo JES em Urca do PEC), vendidas respectivamente por R$ 86,6 mil para Marcelo Malzone e por R$ 80,6 mil para Guilherme Pizza Saad. Outras vendas importantes foram as Êguas Alaska do PEC e Bianca da Fazenda Pinhal, ambas vendidas por R$ 37,2 mil. Para os proprietårios o mais importante foi que o leilão contou com 37 compradores para 40 lotes, sendo muitos deles novos criadores e usuårios, proporcionando cada vez mais consistência para o segmento da pelagem pampa, um dos que mais cresceram nos últimos anos no mercado de equinos do Brasil. Agora Ê aguardar a próxima edição na qual se esperam novas inovaçþes como sempre ocorre na comunidade pampa.

Expo Preto 2014

Terceira edição do evento tambÊm abriu espaço para a participação das pelagens alazã amarilha e castanha

Remate teve liquidez total.

Com mais de 620 pessoas presentes, o Haras Lagoinha de Marisa IĂłrio e Paulo Eduardo CorrĂŞa da Costa, em parceria com o Haras EFI, Haras Gadu e Haras Orgin, O evento teve uma marcante cerimĂ´nia de abertura.

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protagonizou uma recepção memoråvel na sexta edição do leilão Celebridades, o qual jå Ê um evento imperdível do concorridíssimo calendårio da pelagem pampa.

Desta vez, o leilĂŁo ocorreu em 31 de Maio e a exemplo do ano anterior foi realizado nas instalaçþes do Haras Lagoinha, em JacareĂ­ 30 ONDE OS ANkTRIÉES PROPOR-

/S ANkTRIÉES 0AULO %DUARDO E -ARISA )ÅRIO

O Parque de Exposiçþes de Jacareí (Fapija), município localizado na região do Vale do Paraíba, no interior paulista, recebeu a 3ª Exposição Mangalarga de Pelagem Preta e Pelagens Especiais. O julgamento do evento, organizado pelo Núcleo Mangalarga de Criadores de Cavalo de Pelagem Preta .-##00 ACONTECEU NO kM DE semana dos dias 2 e 3 de agosto. De acordo com Rodrigo Paradeda Nunes, integrante do núcleo e um dos responsåveis pela organização, alÊm dos animais de pelagem preta, o evento este ano abriu espaço para a participação de exemplares das pelagens alazã amarilha e castanha. O evento teve ainda um im-

portante diferencial, com o julgamento ocorrendo em pista coberta, novidade que ofereceu uma dose extra de conforto tanto aos animais participantes como aos expositores e ao público. Mais informaçþes sobre este aguardado evento da raça podem ser obtidas pelo endereço eletrônico mangalarga. rpn@hotmail.com ou pelo telefone (11) 99156-3660.

Belos exemplares participaram do evento em JacareĂ­.

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M OMENTO S OCIAL

Leil찾o Haras Precioso & F1 Fotos: Norberto C창ndido.

HELVETIA RIDING CENTER 05 de abril de 2014

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M OMENTO S OCIAL

Leilão Haras Origem Mangalarga Fotos: Norberto Cândido.

HARAS ORIGEM 29 de março de 2014

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Leil찾o Haras Atibaiense Fotos: Norberto C창ndido.

HARAS ATIBAIENSE - 12 de abril de 2014

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7º Leilão Prestígio Otnacer HELVETIA RIDING CENTER 26 de abril de 2014

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Fotos: Norberto Cândido.

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Leil찾o Toada Mangalarga Fotos: Norberto C창ndido.

HELVETIA RIDING CENTER 10 de maio de 2014

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M OMENTO S OCIAL

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Copa de S찾o Sebasti찾o da Grama Fotos: Norberto C창ndido.

RANCHO BIGORNA 14 e 15 de junho de 2014

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Exposição de Guaratinguetá RECINTO MANOEL SOARES DE AZEVEDO 17 e 18 de maio de 2014

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REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

Fotos: Norberto Cândido.

M OMENTO S OCIAL

REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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M OMENTO S OCIAL

Presença Feminina Fotos: Norberto Cândido.

HÍPICA TARUNDU 22 a 24 de maio de 2014

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REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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M OMENTO S OCIAL

Copa de Campos do Jordão Fotos: Norberto Cândido.

HÍPICA TARUNDU 22 a 24 de maio de 2014

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REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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M OMENTO S OCIAL

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E SPAÇO E MPRESARIAL

REVISTA MANGALARGA r Agosto/2014

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Í NDICE

DE

A NUNCIANTES

R EVISTA M ANGALARGA

E DIÇÃO

DE

A GOSTO

Mangalarga AC

Núcleo Feminino

Julio Paixão Leilões

Página 02

Página 43

Página 85

Condomínio Haras Três Reys e Quatro Lagoas

Haras Germana

JLC Projetos

Página 05

Página 47

Haras JAÓ & EPL

Página 93

Página 49

Mangalarga Patriota

Página 07

Mangalarga Mangabaia

Auto Import

Haras HEF

Página 53

Página 103

Haras EFI

Fazenda Morro Agudo

Haras Precioso

Página 99

Página 13

Haras Machado

Página 59

Página 19

Wilson Rosa Haras Corumbau

Página 63

Haras Forsteck

Haras Otnacer

Páginas 108 e 109

Página 21

Haras Pitanga

Páginas 64 e 65

Sítio Santa Elvira

Fábrica de Camisas Porto BR

Página 69

Página 113

Nova Vedovati

Haras Três Rios

Página 25

Haras Orgin

Páginas 104 e 105

Página 29

Fazenda Bom Jesus

Página 71

Página 33

DTL Mangalarga

HIC Agropecuária Páginas 72 e 73

Páginas 114 e 115

Mangalarga da Tarlim

Página 39

Estância Remaza Página 41

P ARA

ANUNCIAR LIGUE :

Haras Gadu Páginas 77, 78, 79, 80 e 4ª Capa

11 3866-9866 / 9 9449-4341 (T RATAR

Página 119

Haras Anauê Terceira Capa

COM

N ORBERTO )



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