Revista Mangalarga - Edição de Setembro de 2016

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Extraordinário Momento O Mangalarga vem vivendo um momento extraordinário na atual temporada. Os indicadores da raça são um bom exemplo desta auspiciosa fase. Afinal, mesmo no cenário de crise vivido pelo País, os números de nossa Associação continuam a crescer de forma constante, com aumento no número de registros de animais e em especial com a expressiva chegada de novos associados. Além disso, o número de exposições é cada vez maior e os leilões da raça continuam apresentando muita liquidez e registrando boas médias de preço. Todo este sucesso se deve às muitas ações realizadas para divulgar as qualidades do nosso cavalo, um equino de bom temperamento, marcha cômoda e muito funcional, ideal para a prática de cavalgada, provas de função e lida com o gado. O incremento da participação da raça nas redes sociais, por exemplo, permitiu que alcançássemos um público novo e muito interessado por nosso cavalo. Assim, em pouco mais de um ano, observamos um crescimento exponencial no número de seguidores das páginas oficiais da ABCCRM. No Facebook, nossos fãs passaram nesse período de cinco mil para 22 mil. Já o número de pessoas que seguem a página oficial da ABCCRM no Instagram saltou de 3,9 mil para 15 mil. Interesse semelhante também pudemos constatar na mídia voltada ao agronegócio. Ao longo deste ano, diversas publicações abriram espaço para ressaltar as qualidades da raça e o intenso trabalho realizado pela Associação para valorizar a funcionalidade e a marcha do Mangalarga. Entre as publicações que deram destaque para o tema, podemos destacar a Dinheiro Rural, a Globo Rural, a Revista Horse, a Revista da Marcha e o jornal Cavaleiro News. Além disso, também estivemos em evidência em

portais de internet, como o Zona Rural, e em programas de conceituados canais de televisão, como Terra Viva, Canal Rural e Canal do Boi. Entretanto, acredito que as iniciativas mais relevantes têm acontecido mesmo com o pé no estribo. Afinal, a Associação tem procurado valorizar e estimular as provas que demonstram a funcionalidade do nosso cavalo. Dois bons exemplos foram as Exposições Funcionais realizadas em Orlândia, no mês de junho, e em Amparo, no mês de julho. Além de serem de suma importância para colocar em evidência o cavalo completo, valorizando a funcionalidade, a marcha e a beleza zootécnica do nosso plantel, esses eventos têm o mérito de apresentarem o Mangalarga a um público novo, despertando o interesse de um expressivo número de pessoas e motivando muitos usuários a se associarem à ABCCRM. Aproveito para ressaltar também que a adrenalina das provas funcionais terá um amplo espaço no mais tradicional evento da raça, a Exposição Nacional, que acontecerá no período de 16 a 24 de setembro, na cidade de São João da Boa Vista (SP). Em sua trigésima oitava edição, a aguardada mostra incluirá em sua programação uma dose extra de emoção, com provas de team penning, seis balizas, três tambores e maneabilidade, além de uma apresentação de ranch sorting, nova modalidade de apartação de gado que vem ganhando espaço no País. As atrações da Nacional, entretanto, não param por aí. Durante os nove dias de atividades, a Família Mangalarga poderá desfrutar de concorridos julgamentos e de uma ampla programação, com leilões, provas sociais, “test-drive” de animais e agradáveis momentos de confraternização, como happy hours e o sempre aguardado Jantar dos Criadores. Outro diferencial desta Nacional será a visita de um dos principais nomes do cenário musical brasileiro, a cantora Paula Fernandes, uma apaixonada pela raça que aceitou com muito entusiasmo

Editorial

o título de madrinha de nossa mais importante mostra.

É importante ressaltar também a paixão com que os criadores e a população de São João da Boa Vista abraçaram a 38ª Nacional Mangalarga. A cidade, que tem uma longa e histórica relação com a raça, irá proporcionar aos apaixonados pelo Cavalo de Sela Brasileiro uma exposição realmente ímpar. Para isso, estão sendo feitos muitos investimentos e preparativos, em especial na reformulação do Parque de Exposições José Ruy de Lima Azevedo, cujas instalações estão sendo aprimoradas para proporcionar mais conforto tanto para o público como para os criadores, apresentadores e animais que participarão do evento. Assim, é com muita honra que convido todos a prestigiarem esta Exposição Nacional, inscrevendo seus animais para os julgamentos, participando das provas e também levando seus amigos e familiares para viverem dias muito especiais. Vamos estreitar os laços de amizade que nos unem e celebrar juntos o incrível momento vivido por nosso cavalo. Afinal, a participação ativa de todos é de suma importância para o sucesso deste evento que com toda certeza marcará época na raça. Nos encontramos em São João da Boa Vista.

Forte abraço e pé no estribo, Mário Barbosa


Índice Exposições & Copas

Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga

Haras em destaque 74

Haras F1

Profissional de Sucesso 78

Ivan Rogério Costa

Mercado & Finanças 86 88

Leilão Pérolas da S.L.G. 3º Leilão Expo Preto

Lazer & Cultura 38ª Exposição Nacional

Av. Francisco Matarazzo, 455, Pavilhão 4, “Dr. Simões” Parque da Água Branca - SP, CEP:05001-300, Telefone: (11) 3673-9400

DIRETORIA EXECUTIVA - TRIÊNIO 2015/2017 Diretor Presidente Mário A. Barbosa Neto Vice-Presidente Administrativo Financeiro Renato Diniz Junqueira Vice-Presidente de Marketing Eduardo Henrique Souza de França Vice-Presidente Técnico Gabriel Francisco Junqueira de Andrade Vice-Presidente de Fomento Flávio Diniz Junqueira Vice-Presidente de Exposições e Esporte João Pacheco Galvão de França Vice-Presidente de Relações Institucionais Armando Raucci Diretoria Adjunta - Triênio 2015/2017 Diretores Jurídicos Antonio Carlos Pestili Fonseca Pedro Amaral Salles Renato Tardioli Lucio de Lima Diretor de Fomento Danton Guttemberg de Andrade Filho

08 12 14 17 17 20

38ª Exposição Nacional Ligação Histórica Paula Fernandes Dicas de Hospedagem Atrações Turísticas Coquetel de Apresentação

Diretor de Exposição Cassiano Terra Simão José Lamartine Moreira Cintra Filho Diretor de Pelagem Jeferson Ferreira Jardim Diretores de Marketing Flávia Raucci Facchini João Luis Ribeiro Frugis Diretor de Núcleo Luiz Alberto Patriota de Araujo Costa Diretora Social Natalia Maria Cury Lois

Exposições & Copas 22 26 28 32 36 42 46 48

Copa de Amparo Expo Funcional de Orlândia Expoagro Guaxupé Eapic 2016 Exposição de Jacareí Feicampo Expo Preto Exposição de Avaré

Travessia na Islândia 90

Espaço Técnico 94 98 102 104

Território Cavalgada 50 54 60

Cavalgada Amigos do Mangalarga Cavalgada Zero Grau Cavalgada Sertão ao Mar

Panorama Mangalarga 66 70 72 72

Curso Mangalarga Funcional Festival do Cavalo Novos Associados Obra de Arte

Travessia na Islândia

Manejo e Alimentação em Eventos Preparação de Equinos para Mostras Dez Dicas de Transporte Alimentando Cavalos

Momento Social 106 110

Social Coquetel de Apresentação Social Expo Funcional de Orlândia

Painel de Negócios 111 112 114

Espaço Empresarial Fidelidade Mangalarga Índice de Anunciantes

Diretor Técnico Lourenço de Almeida Botelho Diretor Financeiro Leonardo Novaes Figueiredo Augusto Conselho Superior de AdministraçÃO Triênio 2015/2017 Membros Eleitos Arnaldo de Almeida Prado Filho Cristina Junqueira Fleury Azevedo Costa Luís Cintra Sutherland Osvaldo Juliano Roberto Diniz Junqueira Filho - Presidente Membros Efetivos Célio Ashcar Celso Galetti Montalvão Clodoaldo Antonângelo Eduardo Diniz Junqueira Élio Sacco Felippe de Paula C. de Albuquerque L. Filho Flávio Diniz Junqueira Francisco Marcolino Diniz Junqueira Ivan Antônio Aidar Luiz Eduardo Batalha Mário A. Barbosa Neto Reginaldo Bertholino Renato Diniz Junqueira Sergio Luiz Dobarrio de Paiva Conselho Deliberativo Técnico Triênio 2015/2017 Técnicos Luiz Alberto Patriota de Araújo Costa Marcelo Leite Vasco de Toledo Marcos Sampaio de Almeida Prado Maria Aracy Tavares de Oliva Paulo Lenzi Souza Leite Sérgio Diniz Junqueira Criadores José Luiz Prandini Rodnei Pereira Leme Roque Carlos Nogueira Serviço de Registro Genealógico Stud Book Superintendente do Serviço de Registro Genealógico Jayme Ignácio Rehder Neto



Apresentação

Paula Fernandes A capa desta edição traz a consagrada cantora Paula Fernandes, um dos principais nomes da música brasileira, acompanhada por seu cavalo favorito, o belo pampa de castanho Irerê da Lira, em registro feito pela sensível lente do fotógrafo e diretor de arte Lucas Uroz. Apaixonada por cavalos e em especial pela raça Mangalarga, Paula Fernandes aceitou o convite para ser a madrinha da 38ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga, evento que acontecerá de 16 a 24 de setembro, na cidade de São João da Boa Vista (SP). Edição de Setembro/2016

O Mangalarga Irerê da Lira, por sua vez, é originário da seleção do criador goiano Leandro Canedo Guimarães dos Santos e fruto do cruzamento entre Jornal CRJ e Electra da Lira.

Nacional em foco A 38ª Exposição Nacional é o principal destaque da edição de setembro da Revista Mangalarga. Nas próximas páginas, você irá encontrar reportagens especiais sobre esta aguardada mostra da raça e sua cidadesede, além de uma interessante matéria com a madrinha do evento, a cantora Paula Fernandes.

Revista Mangalarga Coordenação de Marketing Adriana Moura adriana.moura@abccrm.com.br Editor Pedro Camargo Rebouças pereboucas@hotmail.com Publicidade Norberto Cândido norberto.candido@abccrm.com.br Assistência de Marketing Marina Vicentin marina.vicentin@abccrm.com.br Projeto Gráfico Agência Calibre

O clima de Nacional contagia também a seção Espaço Técnico, cujos artigos trazem importantes dicas sobre a alimentação, o manejo, a preparação e o transporte de animais para exposições. Trata-se de um rico material especialmente preparado por nossos colaboradores para o mangalarguista evitar contratempos neste grande evento que se aproxima. O leitor, além disso, encontrará uma rica cobertura sobre os eventos que movimentaram a raça, como cavalgadas, exposições, copas e leilões. Tudo preparado com muito carinho e dedicação para a Família Mangalarga. Boa leitura, Equipe Mangalarga



Por Pedro C. Rebouças

38ª Nacional

Mangalarga Vista Geral da cidade de São João da Boa Vista.

Momento de intenso crescimento, sucesso na mídia e nas redes sociais e carinho do povo sanjoanense são alguns dos fatores que prometem transformar a Nacional 2016 em um evento histórico

Modesto Wielewicki.

Edson Lopes Jr./A2 Fotografia.

38ª Exposição Nacional

A cerimônia oficial de abertura acontecerá no sábado 17 de setembro.

A

cidade paulista de São João da Boa Vista será palco, entre os dias 16 e 24 de setembro, de um dos mais tradicionais eventos da equinocultura brasileira, a 38ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga. A mostra, cujas atividades acontecerão nas dependências do Parque de Exposições José Ruy de Lima Azevedo, promete entrar para a história, coroando o momento de forte expansão vivido pela raça. “Esta será uma exposição que vai marcar época. Afinal, as expectativas são as mais favoráveis possíveis, pois a raça vem vindo em


um momento de crescimento, com aumento do plantel e um expressivo aumento no número de sócios nesses últimos três anos”, ressalta Mário Barbosa, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM). A evolução da ABCCRM também é ressaltada por Eduardo França, vice-presidente de Marketing da entidade. “Mesmo em um momento de crise como o que o país vem atravessando, a raça tem registrado um crescimento de 12,5% ao ano. Todo mês temos a chegada de 25 a 30 novos associados, provenientes de diferentes estados brasileiros, como Ceará, Santa Catarina, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Pará, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, além de São Paulo, principal centro de seleção da raça. Este cenário nos deixa muito otimistas em relação a esta Nacional”, destaca o dirigente, lembrando ainda que o mercado do cavalo Mangalarga permanece aquecido e com muita liquidez. O crescimento da raça pode, aliás, ser creditado a importantes medidas adotadas pela Associação. Uma delas, iniciada há cerca de 12 anos, foi o forte trabalho de resgate e valorização da marcha e da funcionalidade do Cavalo de Sela Brasileiro, iniciativa que colocou em evidência as diferenciadas características do Mangalarga, atraindo muitos novos usuários e criadores. A atual gestão, além disso, procurou se aprofundar em rigorosos estudos para determinar os melhores rumos a serem tomados pela raça. Dessa maneira, a entidade encomendou no ano passado uma rele-

Norberto Cândido.

38ª Exposição Nacional

A marcha da raça estará em destaque nos julgamentos.

vante pesquisa de mercado à Insper Jr. Consulting, consultoria ligada ao Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), que desenvolveu o Plano Estratégico de Marketing da Raça Mangalarga, traçando importantes diretrizes para aprimorar o posicionamento da raça no segmento equestre nacional. Já na área técnica a Associação promoveu uma importante análise da marcha da raça, conduzida pelo professor Alessandro Moreira Procópio. O estudo utilizou câmeras especiais para avaliar em “slow motion” os movimentos dos animais da raça, coletando relevantes informações que trazem diretrizes objetivas para o trabalho de criação da raça. A seleção do cavalo Mangalarga vem ainda sendo marcada pelo pioneirismo de seus criadores, em especial no campo da reprodução equina. A raça, afinal, foi a primeira a utilizar no país técnicas revolucionárias como a inseminação artificial, a clonagem e, mais recente-

mente, a transferência de ovócito.

Destaque na mídia O amplo espaço alcançado pela raça na mídia e nas redes sociais é outro fato que permite prever o sucesso da 38ª Exposição Nacional. No primeiro semestre do ano, por exemplo, o bom momento do cavalo Mangalarga foi tema de reportagens em conceituadas publicações, como Globo Rural, Dinheiro Rural e Revista da Marcha. Além disso, mereceu matérias de capa no jornal Cavaleiro News e na Revista Horse, dois veículos de comunicação que são referência no segmento equestre. A raça vem ainda conquistando um espaço cada vez maior nas redes sociais, graças ao intenso trabalho desenvolvido pelo Departamento de Marketing da ABCCRM. No Facebook, as ações realizadas pela Associação para ampliar a divulgação da raça resultaram em um expressivo salto no número de seguidores, que passou de cinco mil, há cerca


38ª Exposição Nacional

Além disso, o Departamento de Marketing da ABCCRM está preparando uma ampla campanha na mídia especializada e na imprensa regional para divulgar a mais importante mostra do Cavalo de Sela Brasileiro. Uma das iniciativas neste sentido foi o coquetel de apresentação da Nacional realizado na noite de 9 de agosto, na sede da Associação, em São Paulo, com a participação de diversos veículos de comunicação, como Cavaleiro News, Revista Horse, portal Zona Rural e canal Terra Viva.

Hotsite e App da Nacional Os apaixonados pela raça também poderão obter inúmeras informações nas ferramentas para a divulgação nos meios eletrônicos da mais importante mostra da raça. No Hotsite da Nacional, por exemplo, é possível conhecer a programação da exposição

Além disso, vale ressaltar que São João da Boa Vista será o grande diferencial da 38ª Expo Nacional. A cidade, afinal, está se preparando intensamente para acolher a Família Mangalarga. Segundo o criador Luís Ópice, integrante da comissão organizadora do evento, os mangalarguistas irão se surpreender ao chegar na cidade com o desejo do sanjoanense de receber bem a comunidade mangalarguista. “Esta é uma região absolutamente apaixonada pelo cavalo e em especial pelo Mangalarga, onde somos queridos e seremos muito bem recebidos e tratados. Além disso, São João tem uma relação histórica com a raça, tendo sido a primeira cidade a receber uma mostra regional do nosso cavalo, no ano de 1943. É realmente um local em que se respira Mangalarga”, ressalta Luís Ópice. Por sua vez, o presidente da Sociedade Sanjoanense de Esportes Hípicos, Jairo Hamilton, destaca que receber a Nacional era um antigo anseio dos criadores e usuários de cavalo da região. O dirigente ressalta também o forte apoio que o evento vem recebendo dos núcleos regionais de criadores da raça e de influentes entidades locais,

como a Associação Comercial e o Sindicato Rural. A cidade oferece ainda a ampla estrutura do Parque de Exposições José Ruy de Lima Azevedo. O recinto, que leva o nome de um criador pioneiro na região e que anualmente recebe a tradicional Eapic (Exposição, Agropecuária, Industrial e Comercial de São João da Boa Vista), passará por uma ampla reforma para receber a 38ª Expo Nacional. Os recursos para esta importante obra foram

Reprodução.

“Hoje, graças às redes sociais e à ampla divulgação na mídia, a raça chega a um público que nós nunca havíamos sonhado em alcançar”, destaca Eduardo França. O vice -presidente de Marketing lembra ainda que este movimento ganhou um significativo reforço no mês de agosto, a cantora Paula Fernandes, que fez uma ampla divulgação nas redes sociais de sua participação como madrinha da 38ª Exposição Nacional, atraindo ainda mais pessoas para as páginas oficiais do cavalo Mangalarga.

e manter-se informado sobre todas as novidades preparadas pelos organizadores. Já o APP da Nacional, que pode ser baixado nas lojas Google Play e Apple Store, conta com um guia completo de São João da Boa Vista, no qual o mangalarguista pode obter informações diversas, como as melhores opções de hospedagem e de alimentação na cidade.

Página de entrada do aplicativo oficial da 38ª Nacional. Norberto Cândido.

de um ano, para 22 mil, no início de agosto deste ano. Fenômeno parecido ocorreu no Instagram, onde o número de seguidores passou de 3,9 mil para 15 mil.

O Parque José Ruy de Lima Azevedo está passando por melhorias para receber o evento.


Norberto Cândido.

38ª Exposição Nacional

O julgamento de pelagem também estará entre as atrações da exposição.

Programação da 38ª Expo Nacional

levantados por meio do Leilão Unidos pela Mangalarga. O remate, que aconteceu no mês de julho, durante a mostra da raça na Eapic, arreca-

dou R$ 250 mil em prol do evento. Diante deste animador cenário, é natural que os organizadores estejam aguardando uma expressiva participação dos criadores da raça. “Nós acreditamos que esta Nacional vai ter cerca de 700 inscrições, um número bastante alto para uma exposição de cavalos. Além disso, esta será uma ótima oportunidade para as pessoas conhecerem a conformação, a marcha cômoda, a funcionalidade e o temperamento do nosso cavalo. Será, enfim, uma exposição que irá reunir diversos

atrativos, como a prova de galope e a prova contra o relógio, que devem despertar bastante interesse das pessoas que gostam de cavalo. Assim, convidamos todos a estarem conosco de 16 a 24 de setembro, em São João da Boa Vista, neste evento que promete ser inesquecível”, conclui o presidente Mário Barbosa. Para obter mais informações sobre a 38ª Expo Nacional, acesse o hotsite oficial do evento: www.cavalomangalarga.com.br/ nacional.

14/09/2016 (Quarta-feira)

07h00 às 18h00 – Chegada dos animais.

15/09/2016 (Quinta-feira)

07h00 às 18h00 – Chegada dos animais.

16/09/2016 (Sexta-feira)

09h00 – Início do julgamento de progênie jovem de pai e progênie jovem de mãe e conjunto de raça geral e pelagem. 19h00 – Início do Leilão de Barrigas.

17/09/2016 (Sábado)

08h00 – Continuação do julgamento geral e pelagem. 17h00 – Abertura oficial com desfile das bandeiras. 18h00 – Happy hour

18/09/2016 (Domingo)

08h00 – Continuação do julgamento geral e pelagem. 19h30 – Confraternização dos apresentadores.

19/09/2016 Segunda-feira)

08h00 – Continuação do julgamento geral e pelagem. 18h00 – Happy Hour

20/09/2016 (Terça-feira)

08h00 – Continuação do julgamento geral e pelagem. 18h00 – Happy Hour.

21/09/2016 (Quarta-feira)

08h00 – Continuação do julgamento geral e pelagem. 20h00 – Leilão Nacional Mangalarga – Leiloeira Business.

22/09/2016 (Quinta-feira)

08h00 – Julgamento dos campeonatos: geral e pelagem. 19h30 – Confraternização dos Criadores.

23/09/2016 (Sexta-feira)

08h00 – Julgamento dos campeonatos: geral e pelagem. Progênie de pai adulta e mista, progênie de mãe adulta e mista. 18h00 – Prova Concurso Cavalo Completo 21h00 – Leilão Elite Mangalarga – Leiloeira Business

24/09/2016 (Sábado)

10h00 – Prova mini mirim, mirim, juvenil, feminina e patrão. 13h00 – Encerramento do Leilão de Barrigas 13h30 – Julgamento dos grandes campeonatos: geral e pelagem. Encerramento oficial.

25/09/2016 (Domingo)

Saída dos animais.


38ª Exposição Nacional

Por Pedro Rebouças

Ligação Histórica

São João da Boa Vista foi a primeira cidade a receber uma exposição regional da raça, no ano de 1943

Acervo ABCCRM

O garanhão Fogo foi selecionado pelo sanjoanense José Ruy de Lima Azevedo.

O município também concentra muitos usuários que encontram no cavalo Mangalarga sua melhor opção de lazer. Além disso, é um tradicional centro de seleção da raça, sendo a terra natal de criadores pioneiros que desempenharam um importante papel nos primórdios da raça. Entre eles, o mais destacado foi José Ruy de Lima Azevedo, que hoje dá nome ao recinto de exposições que anualmente recebe a Eapic, a Exposição, Agropecuária, Industrial e Comer-

cial de São João da Boa Vista. Aliás, pode-se dizer que a Eapic e o cavalo Mangalarga são indissociáveis. Segundo Marcelo Bertoldo Motta, Diretor de Equinos da Sociedade Sanjoanense de Esportes Hípicos, a raça esteve presente em todas as edições do evento e é o carro-chefe da tradicional feira agropecuária da cidade desde a criação do evento, em 1943. O criador Luis Augusto de Camargo Opice, que integra a comissão organizadora da 38ª Nacional, também destaca esta histórica relação de São João com a raça Mangalarga. “A nossa Associação foi fundada em 1934 e até o ano de 1943 todas as nossas exposições aconteciam no Parque da Água Branca, em São Paulo (SP). Não havia exposições regionais. Em 1943, data de fundação do parque de exposições, pela primeira vez ocorreu uma exposição fora da capital paulista, justamente aqui em São João, por iniciativa do grande mangalarguista sanjoanense José Ruy de Lima Azevedo”, recordou Opice durante o coquetel de apresentação da Nacional realizado no fim de julho na Exposição Mangalarga de Jacareí (SP). Marcelo Bertoldo, por sua vez, lembra que “a região da Média Mogiana tem um envolvimento muito grande com a história da raça. O José Ruy,

por exemplo, foi um criador com uma atuação muito relevante no início da ABCCRM. Ele também teve muitos bons animais. Foi inclusive o criador do famoso Fogo, garanhão que virou referência na raça e pertenceu posteriormente ao Ruben Novaes, outro importante criador da região.” A cidade de São João da Boa Vista, além disso, é sede de uma das cavalgadas mais aguardadas pela comunidade mangalarguista, a Cuecada.

Michel Sisvet.

E

scolhida como sede da 38ª Exposição Nacional, São João da Boa Vista (SP) pode ser definida como um verdadeiro reduto de apaixonados pelo Cavalo de Sela Brasileiro. Isso não poderia ser diferente, afinal, a cidade dos crepúsculos maravilhosos, como é conhecida na região da Média Mogiana, é palco frequente de cavalgadas, exposições e copas de marcha nas quais a raça Mangalarga é a principal protagonista.

A Cuecada é a cavalgada preferida pelos mangalarguistas da região.

Com 26 edições já realizadas, essa tradicional cavalgada recebe todos os anos muitos usuários e criadores da raça, inclusive integrantes da diretoria da ABCCRM, como o próprio presidente Mário Barbosa. Dessa forma, fica claro que uma grande festa estará esperando pela Família Mangalarga na 38ª Exposição Nacional. Assim, é hora de preparar a tropa e se preparar para este encontro que promete ser inesquecível.



Por Pedro C. Rebouças

Lucas Uroz

38ª Exposição Nacional

Paula

Fernandes Irerê da Lira é um dos xodós de sua criação.

“Acho uma grande honra ser madrinha de um evento tão grandioso como a 38ª Nacional Mangalarga. Agradeço a todos os organizadores e estarei presente na exposição com todo carinho”

A

Lucas Uroz

Família Mangalarga recebeu no início de agosto a feliz notícia de que a cantora Paula Fernandes, um dos principais nomes da música brasileira, será a madrinha do principal evento da raça nesta temporada, a 38ª Exposição Nacional. A consagrada artista respondeu com entusiasmo ao convite feito pelo Presidente Mário Barbosa e por toda Diretoria Executiva da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM).

A cantora começou a montar a cavalo com apenas cinco anos de idade.


Lucas Uroz

38ª Exposição Nacional cia com os cavalos, que serviram até mesmo de cupido em sua vida amorosa. “Ando a cavalo desde os dois meses de idade. Meu avô era tropeiro e me ‘ninava’ em cima do cavalo. Quando me desciam, eu acordava e começava a chorar. Sozinha, comecei a andar com cinco anos. Ainda não conseguia selá-lo, mas buscava no pasto, colocava o cabresto, subia no cupinzeiro e voltava montada no pelo. Minha mãe ficava louca. Conheci meu namorado andando a cavalo em Brasília. Ele também ama essa raça.”

Inspiração constante

Ligação com os cavalos começou ainda na infância.

“Fiz festa quando recebi o convite. Eu amo esses animais e tudo que se refere a eles. Acho uma grande honra participar e ser madrinha de um evento tão grandioso. Agradeço a todos os organizadores e estarei presente na exposição com todo carinho”, comenta a cantora, que recentemente tornou-se sócia da ABCCRM e não esconde sua paixão pelo cavalo Mangalarga. Paula Fernandes explica também que foram as marcantes características da raça que despertaram seu interesse e a levaram a adquirir seus primeiros animais. Assim,

ao ser questionada sobre as qualidades dos cavalos Mangalarga que mais a atraíram, ela responde sem titubear: “Além da beleza, o porte, a docilidade, índole, morfologia e andamento. Eles são um espetáculo!” A cantora revela ainda que sua relação com os equinos começou muito, muito cedo. Além disso, mesmo com uma rotina atribulada, com shows por todo país e entrevistas aos principais veículos de comunicação do Brasil, ela nunca deixou de lado a convivên-

Os cavalos e a raça Mangalarga são também uma fonte constante de inspiração para a talentosa cantora. “Tenho pelos cavalos o mesmo amor que pela música. Não vivo sem esse contato. Eles fazem parte da minha vida desde sempre e estão até nos meus sonhos. Me inspiram muito, inclusive, tenho ótimas ideias enquanto cavalgo”, revela Paula Fernandes. A jovem artista também conta que gosta de participar de diversas atividades com seus animais e preza muito pelo bem-estar de todos eles. “Amo cavalgadas, provas de enduro e andar de charrete. Mas o cavalo é tão importante na minha vida que fico feliz só de soltá-lo no piquete e vê-lo curtir sua liberdade. Proporciono pra eles a vida que acho digna e feliz. Construí baias com pé direito alto, com todo conforto que eles merecem. Amo dar banho neles. Pra mim é uma terapia.”


Lucas Uroz

38ª Exposição Nacional Paula Fernandes destaca ainda a capacidade dos cavalos, e em especial da raça Mangalarga, de agregar as pessoas e unir as famílias. “Conheci meu namorado montando, né? Isso faz toda diferença. E minha família toda curte cavalos. Esse amor está no sangue.” Agora, no papel de nova criadora da raça, ela traça suas primeiras metas. “Quero tirar crias dos meus garanhões. Eles são de ótima índole, além de lindos! Sereno (Irerê da Lira) foi campeão em sua primeira exposição, em Jaú, e ficou em 4º lugar na Nacional em Londrina. Mas foi primeiro lugar no Galope, pra orgulho da mãe coruja. Quero levar o nome da raça a todos! Por experiência própria, tenho certeza de todas as suas qualidades”, destaca a mangalarguista, que adotou para os futuros animais de sua seleção o sufixo “de Minas”. Ela, entretanto, explica que sua criação ainda está em fase inicial, mas deixa em aberto a possibilidade de que o projeto venha a ganhar uma proporção maior em um futuro próximo. “Não tenho muitos cavalos ainda. Mas os que eu tenho são muito bem tratados e felizes. Quem sabe não adquiro uma grande fazenda pra criar muitos Mangalargas um dia, né?” A celebrada cantora deixa também um recado sobre a raça para todos os seus fãs. “Sei que sou referência pra muita gente e me sinto muito feliz por isso. Falar de cavalos para os meus fãs dá gosto por motivos óbvios. Eles são completos, maravilhosos, nos dão alegria, mesmo tão grandes e

O cavalo Mangalarga é uma constante fonte de inspiração para Paula Fernandes.

muito mais fortes que nós, nos levam para passear, contribuem na qualidade de vida, são excelentes nos tratamentos de pessoas deficientes e especiais. Pena que não podemos criá-los dentro de casa... Mas os meus sonham em entrar na varanda”, se diverte a cantora. A vida no campo, aliás, está intimamente ligada ao trabalho e ao estilo de vida de Paula Fernandes. “Sou movida pela energia da natureza. Fui criada nesse ambiente, e é onde me sinto de verdade feliz. Os temas rurais e do sertão fazem parte de mim e fazem minhas canções tocarem o mundo. Minha raiz é sertaneja, com muito orgulho, mas sinto que a cada dia que passa, minha música se torna mais universal”, destaca a cantora. O atual momento de seu trabalho, marcado por diversas inovações, também é celebrado por Paula

Fernandes. Ela conta que em seu oitavo disco, “Amanhecer”, lançado no segundo semestre do ano passado, procurou apresentar “um novo momento, o frescor e a maturidade de 24 anos de carreira. Inovamos no figurino, nos arranjos, na direção, no cenário. Vida nova, DVD e CD novos!” Este trabalho, aliás, irá ganhar muito em breve um novo formato, aguardado com ansiedade pelos fãs. “Lançarei meu DVD ‘Amanhecer Ao Vivo’ no final de setembro e acredito que ele me trará ótimos frutos”, conclui esta importante representante da música brasileira, que tem encontro marcado com a Família Mangalarga na cidade de São João da Boa Vista (SP), entre os dias 16 e 24 de setembro, para a mais aguardada mostra da temporada, a 38ª Exposição Nacional.


38ª Exposição Nacional

Dicas de Hospedagem Hotel Del Rey

Rua João Cassiano Neto, 110, Jd. Santarém. Telefone: (19) 3638-1111 (Não há mais vagas)

Pça Bento Gonçalves, 107, Bairro Rosário. Telefone: (19) 3623-3059

Rua Saldanha Marinho, 429, Centro. Telefone: (19) 3622-2587

Hotel Giordano Centro

Líbero Hotel

Grande Hotel Prata

Rua Benjamin Constant, 370, Centro. Telefone: (19) 3633-1844

Rua Getúlio Vargas, 38, Centro. Telefone: (19) 3631-1891

Av. Washington Luís, 9, Águas da Prata. Telefone: (19) 3642-2229

Pousada Mansão dos Nobres

Pousada do Bosque

Hotel Bandeirantes

Rua João Paulo II, 55, Santo Antônio. Telefone: (19) 3631-5455

Rod. José Rui de Lima Azevedo, s/n. Telefone: (19) 3623-4963

Rua Senador Saraiva, 137, Centro. Telefone: (19) 3622-2012

Atrações Turísticas Conheça algumas das atrações de São João da Boa Vista (SP), município repleto de riquezas naturais e um rico patrimônio histórico e cultural Theatro Municipal

Estação Ferroviária

Catedral São João Batista

Inaugurado em 1914, época áurea do café, foi projetado pelo arquiteto italiano J. Pucci e construído por Antonio Lanzac. Praça da Catedral, Centro. Telefone: (19) 3631-7653

Construída em 1886 pela Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, é sede do Espaço Cultural Fernando Arrigucci. Rua São João, 41, Centro. Telefone: (19) 3631-0313

A história desta igreja se confunde com a da cidade. A atual construção foi erguida em 1890 e ampliada em 1912. Praça da Catedral, sem número. Telefone: (19) 3622-2105

Cemitério Municipal

Senac

Pedra Balão

O local conta com mais de 300 túmulos, jazigos e capelas de grande valor histórico, artístico e arquitetônico. Rua da Saudade, 106, Vila Conrado. Telefone: (19) 3633-5253

Inaugurado em 1887, foi projetado pelo engenheiro militar Euclides da Cunha para abrigar a cadeia e a câmara municipal. Rua São João, 204, Centro. Telefone: (19) 3366-1100

Distante quatro quilômetros da cidade, oferece uma incrível vista da Serra da Mantiqueira e do pôr do sol. Estrada Rural.

Serra da Paulista

Paço Municipal

Santuário de Nossa Senhora

Encantador trecho da Serra da Mantiqueira com cachoeiras e florestas preservadas, além de ótimos restaurantes rurais. Estrada do Córrego Fundo.

Construído na década de 1930, a sede do Poder Executivo Municipal era o palacete de um barão do café local. Rua Marechal Deodoro, 366, Centro. Telefone: (19) 3634-4300

A construção, que se trata do maior templo neocolonial do país, conta com um impressionante conjunto barroco. Praça do Santuário,11. Telefone: (19) 3622-2644

Giordano Mantiqueira é o hotel oficial da Nacional.

Fritz Foto.

Magnólia Hotel

Vista geral do interior do Theatro Municipal.

Fritz Foto.

Hotel Giordano Mantiqueira

Divulgação.

Veja onde se hospedar em São João da Boa Vista, cidade-sede da 38ª Nacional Mangalarga

Sem número

Prédio do Senac foi projetado por Euclides da Cunha.




38ª Exposição Nacional

Por Pedro Rebouças

Coquetel de Apresentação da

38ª Nacional Mangalarga Evento apresentou à comunidade mangalarguista os preparativos para o mais aguardado evento da temporada 2016

O evento também foi prestigiado pela mídia especializada. Entre os veículos de comunicação presentes ao evento estavam o jornal Cavaleiro News, a revista Horse, o portal Zona Rural e o canal Terra Viva, do Grupo Bandeirantes de

Norberto Cândido.

A

Diretoria Executiva da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) realizou, na noite da terçafeira 9 de agosto, a apresentação oficial da 38ª Exposição Nacional. A solenidade aconteceu na sede da entidade, localizada no Parque da Água Branca, na zona oeste da capital paulista, contando com a presença de diretores, representantes de núcleos regionais, criadores e integrantes da comissão organizadora da mais importante mostra do calendário mangalarguista.

Criadores acompanham as apresentações sobre a 38ª Nacional.

Comunicação, que realizou uma entrada ao vivo em sua programação exibindo entrevistas com os dirigentes da ABCCRM. A programação da solenidade foi

aberta com um agradável coquetel de confraternização. Em seguida, o vice-presidente de Marketing da ABCCRM, Eduardo França, deu início à apresentação destacando a boa expectativa para esta Nacio-


Norberto NorbertoCândido. Cândido.

Norberto Cândido.

Norberto Cândido.

38ª Exposição Nacional

Norberto Cândido.

O presidente Mário Barbosa convidou a todos para o principal evento da temporada.

Na sequência, o presidente da ABCCRM, Mário Barbosa, ressaltou que a exposição deste ano reúne todos os ingredientes para marcar época na raça. Por sua vez, o presidente Sociedade Sanjoanense de Esportes Hípicos, Jairo Hamilton Domingues, contou aos presentes que ser sede da Nacional era um anseio muito antigo dos criadores da região, destacando ainda que o evento contará com o apoio de todos os núcleos regionais da raça, assim como do Sindicato Rural e da Associação Comercial de São João da Boa Vista. A apresentação contou ainda com a participação dos criadores

Luis Augusto Opice e Guilherme Barbeitos, ambos integrantes da comissão organizadora da 38ª Nacional. Opice lembrou aos presentes a longa e histórica relação existente entre a raça Mangalarga e a região de São João da Boa Vista, ressaltando também os principais preparativos para o evento, como o lançamento de um aplicativo para “smart phones” especialmente desenvolvido para o evento. Já Barbeitos destacou a estrutura que os mangalarguistas irão encontrar para a mostra no Parque de Exposições José Ruy de Lima Azevedo. Por fim, o vice-presidente Eduardo França apresentou relevantes dados sobre a evolução da raça nos últimos anos e sobre o êxito das ações de marketing promovidas pela ABCCRM tanto nos meios de mídia tradicionais como em redes sociais como Instagram

Norberto Cândido.

nal e a garra com que a cidade de São João da Boa Vista (SP) assumiu a responsabilidade de receber o principal evento do Cavalo de Sela Brasileiro.

Eduardo França destacou o crescimento da raça.

Jairo Hamilton lembrou que ser sede da Nacional era um antigo anseio dos criadores da região.

Norberto Cândido.

A comunidade mangalarguista pôde desfrutar de um agradável momento de confraternização.

Luís Opice destacou que o povo sanjoanense está de braços abertos para receber a Família Mangalarga.

e Facebook. Além disso, ressaltou a importância da participação de todos, lembrando que é união que faz a força da raça.


Exposições & Copas

Por Pedro C. Rebouças

Núcleo de Amparo.

Expo Funcional e Copa de Marcha de Amparo

Vista geral da pista de julgamento do Centro Hípico Hipocampo.

Evento distribuiu mais de R$ 90 mil de premiação e promoveu uma grande festa para a comunidade mangalarguista

O

Centro Hípico Hipocampo foi palco, nos dias 22, 23 e 24 de julho, de dois relevantes eventos do calendário da raça Mangalarga, a 10ª Copa de Marcha e a Exposição Funcional de Amparo (SP). As disputas, que contaram com a participação de um total de 88 animais, distribuíram mais de

R$ 90 mil em premiações. Preparada pelo Núcleo Mangalarga de Amparo, a programação também incluiu uma série de atividades sociais, como “happy hour”, noite do carneiro, espaço “kids” e leilão de coberturas, além das aguardadas provas mirim, feminina e do patrão. “Este foi um evento realmente diferenciado.

Afinal, além de recebermos um tropão de muita qualidade, tivemos três dias de uma grande confraternização. Na sexta-feira, por exemplo, tivemos uma noite muito especial em que assamos quase 90 quilos de carneiro na brasa, ao som de ótima música de viola. Já no decorrer dos julgamentos, recebemos um bom público com muita gente adepta do cavalo”, destaca


Núcleo de Amparo.

Exposições & Copas

Núcleo de Amparo.

Um ótimo público acompanhou os três dias de atividades.

Núcleo de Amparo.

Competidor supera obstáculo da prova de maneabilidade.

Os cobiçados troféus da Exposição Funcional e da 10ª Copa de Amparo.

Marcelo Leite Vasco de Toledo, integrante do Núcleo de Amparo e um dos organizadores da Copa e da Exposição Funcional. Toledo ressalta ainda a expressiva adesão dos criadores da raça ao evento. “Tivemos este ano a participação de 41 expositores, um número muito satisfatório, que comprova o interesse despertado pelas ações realizadas pelo Núcleo de Amparo. Além disso, o leilão de coberturas foi um sucesso, arrecadando R$ 90 mil para a realização de futuros projetos do Núcleo e revelando dois promissores leiloeiros, pois o Léo Figueiredo e especialmente o Fernando Tardiolli se saíram muito bem nessa função”, brinca o organizador fazendo referência aos criadores que se voluntariaram para conduzir o remate. Ainda na opinião de Marcelo Toledo, a Copa de Amparo veio ao longo desses dez anos agregando cada vez mais pessoas, o que ajudou a competição a se tornar referência no calendário da raça. “Em suas duas últimas edições, o evento ganhou um impulso a mais com a retomada do Núcleo de Amparo, que possibilitou que mais pessoas viessem ajudar na organização. Hoje, temos muitas pessoas envolvidas, todos estão participando e trazendo um novo gás para as nossas atividades. Justamente por isso, acredito que este foi um encontro com uma animação ímpar, que há muito tempo eu não via.” O organizador elogia também a exposição funcional realizada durante a programação. “Foi uma disputa muito bonita, acompa-


Núcleo de Amparo.

Núcleo de Amparo.

Exposições & Copas

A prova feminina esteve entre as atrações da programação.

Núcleo de Amparo.

Carneiro na brasa foi um dos destaques da programação social.

Núcleo de Amparo.

A ABCCRM ofertou R$ 18 mil de premiação ao concurso cavalo completo.

Marcelo Toledo foi um dos organizadores do evento.

nhada com muita vibração pelo público presente. Além disso, os participantes do concurso cavalo completo tiveram um estímulo extra com a premiação de R$ 18 mil ofertada pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM).” Lançado oficialmente há cerca de um ano, o Núcleo de Amparo vem mantendo uma agenda movimentada na temporada 2016. “Este ano, nós já promovemos a Exposição de Amparo, a Copa de Marcha e a Exposição Funcional. Além disso, tivemos importantes leilões na região este ano. Agora, pretendemos continuar nesta toada e quem sabe trazer eventos ainda maiores para Amparo”, conclui o mangalarguista, sem esquecer de elogiar a ótima estrutura oferecida pelo Centro Hípico Hipocampo tanto para o público como para apresentadores, expositores e animais. Em sua décima edição, a Copa de Marcha de Amparo contou com importantes apoiadores, como a ABCCRM, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a Royal Horse e a Nutrivet. Para conferir os resultados completos do evento visite o portal: www.cavalomangalarga.com.br.


VERDADE DO EFI

3 Campeonatos em 2016 Essa nĂŁo anda ...voa!

Leonardo Augusto


Exposições & Copas

Por Equipe Mangalarga

1ª Exposição Funcional de Orlândia Programação do evento, realizado com o objetivo de avaliar e valorizar as qualidades funcionais da raça, também incluiu a Etapa de Orlândia da Copa Mangalarga de Marcha 2016

A

No total, 59 animais, provenientes de 23 conceituados criatórios da raça, participaram da Exposição Funcional, cujos julgamentos foram conduzidos pela dupla de jurados composta por José Rodolfo Brandi, a quem coube a tarefa de analisar a marcha dos animais, e Antonio Thomé Filho, responsável por avaliar os quesitos morfologia e funcionalidade. Para o presidente da ABCCRM, Mário Barbosa, a Exposição Funcional de Orlândia foi de suma importância para colocar em evidência o cavalo completo, valorizando a funcionalidade, a marcha e a beleza zootécnica do plantel da raça Mangalarga. “Além disso, ela também desempenhou um relevante papel

Fernando Calzzani.

Fazenda Boa Esperança foi o palco escolhido para receber, no período de 22 a 25 de junho, a 1ª Exposição Funcional de Orlândia (SP). A programação da mostra, promovida pelo Núcleo Mangalarga da Alta Mogiana com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), incluiu ainda a aguardada Copa de Marcha de Orlândia.

Evento aconteceu nas dependências da Fazenda Boa Esperança.

no sentido de honrar a memória e o trabalho de pioneiros da seleção do Mangalarga, como os criadores Geraldo e Roberto Diniz Junqueira, que ao longo de suas vidas foram sempre entusiastas do andamento e da função do nosso cavalo”, destacou o dirigente mangalarguista. O presidente Mário Barbosa ressaltou ainda que com um pouco de treino, pelas qualidades natas do Mangalarga, os animais fazem muito bem a prova do cavalo completo, cujas exigências ajudam a avaliar o equilíbrio e a agilidade do cavalo

Mangalarga. Por sua vez, a Copa de Marcha de Orlândia contou com a participação de 93 animais, expostos por 34 criadores provenientes da Alta Mogiana e de outras regiões do Estado de São Paulo. Válida como etapa oficial da Copa Mangalarga de Marcha 2016, a competição foi palco de concorridos julgamentos, comandados pelo jurado José Rodolfo Brandi. A programação também abriu espaço para os negócios com a realização do Leilão Mangalargão. O tradi-


Exposições & Copas

Fernando Calzzani.

Os mangalarguistas da região são grandes incentivadores da funcionalidade da raça.

Fernando Calzzani.

Berço da raça Mangalarga, o município de Orlândia vem se destacando cada vez mais como um importante polo de resgate e valorização da marcha e das características funcionais do Cavalo de Sela Brasileiro.

Fernando Calzzani.

cional remate, que chegou este ano à sua 28ª edição, foi prestigiado por um ótimo público e apresentou boa liquidez, negociando 34 dos 36 lotes colocados à venda. Segundo Josué Cunha, diretor da Fênix Leilões, o leilão obteve a cotação média de R$ 17,3 mil e movimentou uma receita total de R$ 588,2 mil.

Evento aconteceu no mês de junho em Orlândia.

Fernando Calzzani.

Fernando Calzzani.

Conjuntos mostraram muita habilidade para superar os obstáculos.

Fernando Calzzani.

A Exposição Funcional contou com a participação de 59 animais.

Criadores acompanham as exibições na pista de maneabilidade.

Um bom público prestigiou o 28º Leilão Mangalargão.


Exposições & Copas

Susi Freitas.

Por Equipe Mangalarga

Expoagro Guaxupé 2016

Exposição de Guaxupé recebeu 113 animais.

Participação de novos criadores e programação funcional foram os principais diferenciais da tradicional mostra sul-mineira marcha dos participantes, e Benedito Carlos da Silva, a quem coube a tarefa de avaliar o quesito morfologia. André Monteiro.

A

Exposição Mangalarga de Guaxupé (MG) colocou a funcionalidade e beleza do cavalo de sela brasileiro em destaque na programação da 42ª Expoagro (Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Guaxupé). Os julgamentos da raça aconteceram na pista do Parque Dr. Geraldo Souza Ribeiro, no período de 01 a 03 de julho, sob o comando dos jurados André Fleury Azevedo Costa, responsável pela análise da

Mostra contou com o apoio do Departamento de Exposição da ABCCRM.

“Com todas as dificuldades que o país vem passando, o Mangalarga está conseguindo superar tudo e aqui não seria diferente, tivemos uma ótima participação em nossa exposição”, disse Luiz Henrique Souza Ribeiro, o Ninho, presidente do Núcleo Mangalarga Sul de Minas e Média Mogiana, realizador da mostra que reuniu 113 animais. O número de inscritos, aliás, ficou dentro da expectativa dos organizadores, que estavam preparados para receber até 130 animais.


Exposições & Copas

Belos exemplares passaram pela pista de julgamento.

Susi Freitas.

Uma confortável estrutura foi preparada para receber os mangalarguistas.

Susi Freitas.

O ponto forte este ano em Guaxupé foi a presença de novos criadores, ressaltando não somente aqueles que estão iniciando na raça, como também os que vieram pela primeira vez com seus animais na festa. Lucas Schiavi, do Haras da Chave (Jundiaí/SP), foi um deles, que estreou com vitória na Exposição.

André Monteiro.

O diferencial este ano foi o grande número de novos criadores prestigiando a mostra, o que sinaliza que a raça está em pleno crescimento. “Mais uma vez recebemos pessoas de diversas regiões do país, sendo que o amigo e criador Almir Campos veio pelo segundo ano à festa. Não temos dúvidas que ele foi o criador que trouxe animais de mais longe, oriundos de Castanhal, no Pará”, continuou o dirigente mineiro.

André Fleury analisa a marcha de animal participante.


Susi Freitas.

Exposições & Copas

Susi Freitas.

A pelagem pampa também esteve em destaque na Exposição de Guaxupé.

Muitos criatórios participaram pela primeira vez da Expoagro.

“Trouxemos três animais para Guaxupé e estou muito contente com os resultados, pois levamos o título de Maior Grande Campeã com a potra pampa Fiorela WRP; fizemos a campeã Senior de Marcha com a égua Granfina e fomos segundo reservado com o potro Meteoro WRP, nesta tradicional exposição da raça. Guaxupé é a mostra mais receptiva que já participei, com seu povo hospitaleiro que não sabe o que fazer para te agradar, sem dizer no nível dos animais apresentados que foi excelente”, disse Lucas. A prova de Maneabilidade foi realizada pela primeira vez na Expo-

agro. Além disso, o Núcleo encerrou a programação com uma prova contra o cronômetro, na qual cada animal realizou um percurso pré -estabelecido, ganhando o conjunto que cruzou a linha de chegada no menor tempo. “Conseguimos viabilizar esta competição que vai trazer adrenalina, mais uma novidade na nossa Exposição”, ressaltou Ninho. Para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo Sul de Minas e Média Mogiana visite o portal www.mangalargasuldeminas. com.br ou ligue para (35) 35513254. (Com informações de Susi Freitas/Êxito Assessoria)



Por Pedro C. Rebouças

Eapic 2016 Vista geral da pista de julgamento da Eapic 2016.

Participação da raça na tradicional feira sanjoanense incluiu leilão em prol da 38ª Nacional Mangalarga Eduardo Grespan.

Eduardo Grespan.

Exposições & Copas

A jurada Aracy Oliva comenta páreo da Eapic.

A

Exposição Mangalarga de São João da Boa Vista colocou o cavalo de sela brasileiro em destaque na 43ª Eapic, a Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial de São João da Boa Vista (SP). Promovida pela Sociedade Sanjoanense de Esportes Hípicos (SSEH)em parceria com a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a mostra mangalarguista aconteceu nos dias 14 e 15 de julho, nas dependências do Parque de Exposições José Ruy de Lima Azevedo.


Exposições & Copas

O organizador também elogiou a participação dos jurados Emerson Luiz Bartoli, responsável pela avaliação dos quesitos dinâmica e marcha, e Maria Aracy Tavares de Oliva, a quem coube a tarefa de analisar a morfologia dos equinos participantes. “Apesar do grande número de animais, o julgamento aconteceu em dois dias, com tudo bem feito e sem afobação”, explicou o diretor da SSJH.

Unidos pela Mangalarga A Exposição de São João contou

A marcha da raça esteve em destaque em São João.

Eduardo Grespan.

Bertoldo ressalta também o sucesso da disputa funcional realizada durante a exposição. “A prova funcional foi muito positiva, com boas apresentações dos conjuntos participantes. Creio que, além da pista em boas condições, o fato dos cavaleiros estarem se acostumando com essa competição contribuiu muito para o bom resultado que tivemos. Assim, o público da região pôde vibrar bastante com essas disputas contra o relógio.”

Eduardo Grespan.

“Nossa expectativa em relação à participação da Mangalarga na Eapic é sempre muito boa, por isso posso dizer que todos os nossos prognósticos novamente se confirmaram. Este ano, tivemos a participação de 120 animais, além de termos recebido um total de 131 inscrições. Mas o que mais chamou atenção foi mesmo o elevado número de expositores presentes, que este ano chegou a 51, comprovando o prestígio da Exposição de São João entre os criadores da raça”, destaca Marcelo Bertoldo Motta, diretor de equinos da SSEH e um dos organizadores do evento.

A Exposição de São João recebeu 131 inscrições.

ainda com outra importante atração, o 1º Leilão Unidos Pela Mangalarga. Realizado na noite de 15 de julho, o remate teve o intuito de gerar recursos para a reforma e modernização do Parque de Exposições José Ruy de Lima Azevedo, que será palco no mês de setembro da mais importante mostra da raça, a 38ª Expo Nacional.

De acordo com Guilherme Barbeitos, um dos organizadores do remate, o leilão alcançou um ótimo resultado. “Ele superou todas as expectativas, tanto minhas pessoalmente como da SSEH e da Business Leilões. Foram negociados 41 lotes, com extra catálogos também, e o remate movimentou R$ 250 mil na comercialização de co-


Exposições & Copas Barbeitos destaca ainda que a ideia da realização do leilão se deu simultaneamente ao projeto da Nacional. “Eu, o Ópice e o Eduardo Grespan pensamos em uma maneira de gerar receita para a Nacional, para fazermos desta mostra aqui em São João, a ‘Nacional das Nacionais’. Afinal, esperamos receber 500 animais, gerando quem sabe umas 600 inscrições, entre categorias de geral

Eduardo Grespan.

berturas e barrigas, com destaque para cobertura de Vermute ACF, doada por Antonio Carlos Ferreira e comercializada por R$ 18 mil, e a barriga de Sapoti MAB, doada por Luis Augusto de Camargo Ópice e comercializada por R$ 27,5 mil. A comunidade mangalarguista realmente se mobilizou, tanto os compradores quanto os doadores, em prol da festa maior do cavalo Mangalarga.”

Eduardo Grespan.

Mangalarguistas reunidos no 1º Leilão Unidos Pela Mangalarga.

Receita do remate será revertida em prol da 38ª Expo Nacional.

e pelagem. Além disso, faremos também dois grandiosos leilões, a cargo da Business Leilões. O leilão Nacional Mangalarga, que acontece na quarta-feira 21 de setembro, e o Elite Mangalarga, marcado para ocorrer na sextafeira 23 de setembro.” Ainda segundo Barbeitos, o parque receberá diversas obras de melhoria. As melhorias incluirão a instalação de painéis de iluminação com refletores de alta potência ao redor da pista de julgamento, construção e reforma de banheiros sociais e para os peões, pintura da fachada do parque, melhora do gramado da pista de julgamento, entre diversas outras medidas de adequação, para que seja realizada uma Nacional inesquecível a toda família Mangalarguista. O organizador do leilão em prol da principal mostra da raça dá ainda outras dicas dos preparativos para o maior evento do cavalo de sela brasileiro. “Faremos passeios turísticos por toda nossa região, com saída de vans direto do parque. Além disso, teremos espaço Kids para a criançada, uma ampla praça de alimentação e animais para ‘test-drive’, entre outras diversas atrações. Com isso, pretendemos que a raça Mangalarga, quem sabe, fixe residência aqui na cidade dos crepúsculos maravilhosos!”



Exposições & Copas

Núcleo Grande SP.

Por Pedro C. Rebouças

Exposição

Evento recebeu uma tropa de muita qualidade.

de JacareÍ

A

O Núcleo Mangalarga da Grande São Paulo promoveu, entre os dias 29 e 31 de julho, a Exposição Mangalarga de Jacareí (SP). Realizada nas dependências do Agrocentro, o novo recinto da Fapija (Feira Agropecuária e Industrial de Jacareí), a mostra reuniu 121 animais, expostos por 37 conceituados criató-

Núcleo Grande SP.

Tropa de qualidade, programação social movimentada e grande interesse do público garantiram o sucesso da primeira mostra organizada pelo Núcleo da Grande São Paulo

A pelagem pampa também esteve em destaque em Jacareí.

rios mangalarguistas. Segundo Marcelo Vegas, presidente do Núcleo, o balanço do evento é o melhor possível. “Foi tudo muito bom, com um ambiente muito agradável e sem nenhum tipo de problema. Além disso, tivemos um público muito bom, que incluiu, além dos criadores da raça, muitas pessoas que passaram para assistir e conhecer melhor o nosso cavalo. No total 1270 pessoas passaram pelo parque nos três dias de programação.” Válida para o Ranking Mangalarga 2016, a Exposição de Jacareí contou com a participação da dupla de jurados composta por Maria Aracy Tavares de Oliva, responsável pela análise da marcha e da dinâmica


Núcleo Grande SP.

Exposições & Copas dos animais participantes, e Antonio Thomé Filho, a quem coube a tarefa de analisar o quesito morfologia. Na opinião de Marcelo Vegas, a mostra jacareiense reuniu uma tropa de altíssima qualidade. “Tivemos em pista vários campeões nacionais e grandes campeões nacionais. O julgamento esteve realmente bem interessante.”

O Leilão Pilares da Raça movimentou o mercado da região.

O dirigente revela ainda que uma programação especial foi preparada para receber a família mangalarguista nesta primeira exposição da raça no novo recinto da Fapija. “A parte social teve muitas atrações diferenciadas. Tivemos show ao vivo patrocinado pelo núcleo, passeio a cavalo e espaço criança com pipoca grátis, algodão doce grátis e monitores com brinquedos. O evento teve também a presença de importantes empresas, como a Valtra e a Ford, que estava lá com seu ‘test drive’. A mostra, além disso, mereceu uma grande atenção da imprensa, contando com cobertura da Revista Horse, do Horse Brasil Channel e da TV Band Vale, que deu amplo destaque ao evento no seu telejornal do início da noite de sextafeira.”

Empresas renomadas também prestigiaram o evento.

A programação também abriu espaço para os negócios. Realizado na tarde do sábado (30), o 1º Leilão Pilares da Raça contou com transmissão ao vivo do Horse Brasil Channel e do portal da Pupio Leilões, empresa leiloeira responsável pela organização do remate. “O leilão foi ótimo. Alcançamos uma cotação média de R$ 24 mil e tivemos quase 90% dos lotes vendidos, contando inclusive com a participação de quatro novos compradores que nunca haviam participado de eventos da raça. Já o lote mais valorizado foi composto pela

Núcleo Grande SP.

Núcleo Grande SP.

A funcionalidade da raça atraiu a atenção do público.


Exposições & Copas

Vale ressaltar ainda que a primeira exposição realizada pelo Núcleo da Grande São Paulo, entidade fundada no início deste ano, também foi muito bem aceita pelo município que a acolheu e pelo Sindicato Rural de Jacareí. “Tanto a mostra quanto o leilão tiveram grande sucesso, tanto de público quanto de divulgação e principalmente de fomento da raça. Essa foi uma iniciativa ímpar e de grande visão estratégica, merecedora de nosso reconhecimento, demonstrando a seriedade dos trabalhos desenvolvidos por esse laborioso núcleo”, destacou o presidente do Sindicato, Paulo Fernando Mercadante Turci. As atividades do Núcleo da Grande São Paulo, entretanto, não se restringirão à exposição. A diretoria desta nova e atuante representação regional da raça destaca que novos eventos acontecerão em breve. “Já temos uma cavalgada programada para acontecer e também estamos viabilizando algumas palestras com profissionais renomados a respeito de temas como andamento e ferrageamento. Além disso, no próximo ano com certeza faremos a segunda edição da Exposição de Jacareí e talvez façamos uma outra mostra em algum lugar ainda não definido”,

Núcleo Grande SP.

Para conferir os resultados completos da exposição visite o portal www.cavalomangalargacombr. Já para ter mais informações sobre o Núcleo da Grande São Paulo acesse o endereço: www.nucleograndesp.com.br.

Crianças puderam andar pela primeira vez a cavalo.

Núcleo Grande SP.

Ao fim dos três dias de julgamentos, o criador Paulo Eduardo Corrêa da Costa sagrou-se o Melhor Criador da Exposição de Jacareí, conquistando o Troféu Transitório José Oswaldo Junqueira. Por sua vez, Marcelo Vegas obteve o posto de Melhor Expositor, arrebatando a Taça Transitória Hélcio Iório.

conclui Marcelo Vegas.

Detalhe das taças transitórias de Melhor Criador e Melhor Expositor. Núcleo Grande SP.

Era do Pec, que alcançou a cotação de R$ 144 mil.”

Marcelo Vegas concede entrevista à Band Vale.





Divulgação.

Exposições & Copas

Vista geral da pista de julgamento da Exposição de Taubaté.

14ª Feicampo O Cavalo de Sela Brasileiro foi uma das principais atrações da programação oficial do evento taubateano

A

14ª Feicampo, maior feira do agronegócio do Vale do Paraíba Paulista, realizada no período de 02 a 05 de junho de 2016, teve como um dos principais destaques de sua programação oficial a 6ª Exposição do Cavalo Mangalarga de Taubaté (SP). Responsável por ajudar no fomen-

to e no crescimento da raça nessa próspera região do Estado de São Paulo, a mostra taubateana é resultado de uma parceria entre a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) e o Sindicato Rural de Taubaté. O Vale do Paraíba, aliás, conta hoje com importantes criatórios da raça, que vem se destacando no

cenário nacional, com animais de grande destaque. Taubaté, por sua vez, possui uma localização estratégica, estando situada entre Rio de Janeiro e São Paulo, Litoral Norte, Sul de Minas Gerais e Serra da Mantiqueira. Dessa forma, agrega um público grande, composto por futuros usuários e criadores ainda pouco explorados. Afinal, eventos como este têm atraído um grande número de potenciais interessados.


Exposições & Copas

Divulgação.

Classificada até 70 animais, a Exposição de Taubaté mereceu destaque porque realizou a avaliação do galope funcional e a prova do cavalo completo, que são facultativas em mostras com este número de animais inscritos. Segundo os organizadores, isto foi possível pela aceitação maciça dos participantes e pelo fato do recinto possuir uma pista adequada para a realização de todas as etapas, mesmo tendo a chuva como parceira durante a realização do evento. Pedro Roberto de Paula recepciona os participantes da Feicampo.

Os integrantes do Núcleo do Vale do Paraíba prestigiaram o evento.

Divulgação.

O organizador ressalta ainda que os apresentadores participantes e os criadores presentes foram recepcionados no dia da entrada dos animais com um jantar informal oferecido pelo Núcleo do Vale do Paraíba, cujo cardápio teve como destaque uma deliciosa costela no bafo, muito elogiada por todos. “A exposição transcorreu em um clima de muita descontração e com a maior cordialidade entre os criadores da região e de outros estados, como Minas Gerais (Guaxupé). Também chamou muito a atenção o fato de, apesar de estarmos em um momento de competitividade entre os expositores, haver um verdadeiro laço de amizade proporcionado pelo Mangalarga, um equino que realmente agrega os criadores e expositores.”

Divulgação.

Para o criador Pedro Roberto de Paula, um dos integrantes do comitê organizador local, Taubaté está saindo na frente ao valorizar a funcionalidade do melhor cavalo de sela e ao mostrar o temperamento de sela e trabalho característico da raça.

O Projeto CASS Mangalarga foi o melhor expositor da mostra.


Divulgação.

Exposições & Copas

Divulgação.

Antonio Carlos Ferreira (1º à direita) foi o melhor criador da exposição.

Alexandre Ribeiro e Geraldo Castro Filho entregam prêmio a Dirk Kalitzki.

Os mangalarguistas e esposas também puderam desfrutar durante todo o período do evento do Camarote VIP Mangalarga, onde era possível saborear petiscos, cafezinhos, águas e vinhos italianos, cuidadosamente preparados pela associada do Núcleo do Vale do Paraíba e Diretora da Equus Comunidade Terapêutica, Vânia Bazzo Nasraui, que é um destaque na região no trabalho de equoterapia. A Exposição de Taubaté teve ainda o importante apoio do Núcleo do Vale do Paraíba, comandado pelo criador e médico Dirk Kalitzki, que vem resgatando os antigos e tradicionais criadores e agregando novos associados da região com um calendário recheado de eventos para este ano. O organizador Pedro Roberto de Paula destaca também a colaboração dada ao evento mangalarguista pelo Sindicato Rural de Taubaté. “Esta atuante entidade do agronegócio da região vem dando a cada ano, por meio de seu presidente Ricardo Araújo Barbosa e de sua competente diretoria, um grande apoio ao setor do cavalo da Feicampo, com o nosso Mangalarga sendo sempre muito destacado e prestigiado.” O julgamento, por sua vez, foi realizado pelo competente jurado Luiz Roberto Domingues Ramos Júnior, que conduziu os trabalhos de uma maneira muito transparente, didática e imparcial.

O charme feminino deu um toque especial à Feicampo.



Exposições & Copas

Rodrigo Paradeda Nunes.

Por Pedro C. Rebouças

Expo Preto & Pelagens Especiais A nova geração de mangalarguistas prestigiou a 5ª Expo Preto.

Segmento de pelagens mostrou mais uma vez sua força durante a quinta edição deste evento voltado ao Mangalarga colorido

O

Road Shopping, localizado no município paulista de Itu, recebeu a quinta edição da Expo Preto e Pelagens Especiais. A aguardada mostra aconteceu na sexta-feira 5 de agosto, contando com a participação de 26 expositores dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Acre e Amapá. Segundo Rodrigo Paradeda Nunes, um dos organizadores do evento, aproximadamente 50 animais foram julgados pelo jurado André Fleury, que contou com o auxílio de Ivan Costa, que estagiou e o auxiliou nos julgamentos com muita com-

petência e direcionando os comentários para que os expositores que ali estavam pudessem acompanhar e aprender com o intuito de analisarem onde estão errando e acertando com seus animais. “A quinta edição da Expo Preto nos mostrou que o incentivo às pelagens é muito importante e que é fato que a maioria dos criadores que começam em nossa raça inicia com um animal colorido (preto, pampa, alazão amarilho, tordilho ou castanho). Assim, ano que vem teremos a sexta edição com muitas surpresas. Até lá!”, ressalta Paradeda. A programação do evento contou ainda com a terceira edição do Lei-

lão Expo Preto e Pelagens Especiais. Realizado na tarde do sábado 6 de agosto, nas dependências do Road Shopping, o remate contou com a organização da Business Leilões. Agora, o próximo encontro dos amantes do Mangalarga colorido acontecerá na pista de julgamento da 38ª Exposição Nacional, evento marcado para acontecer de 16 a 24 de setembro, no Parque de Exposições José Ruy de Lima Azevedo, em São João da Boa Vista (SP). Para conferir os resultados completos da Expo Preto, acesse o portal oficial da raça: www.cavalomangalarga.com.br.



Exposições & Copas

Cauê Costa Hueso.

Por Pedro C. Rebouças

Exposição Mangalarga de Avaré O Leilão Oeste Paulista movimentou a programação.

Mostra colocou as qualidades da raça em evidência dentro da programação de um dos mais importantes eventos da pecuária paulista

O

Parque Fernando Cruz Pimentel recebeu, entre os dias 22 e 25 de junho, a Exposição Mangalarga de Avaré (SP). Organizada pelo Núcleo Mangalarga do Oeste Paulista, com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a mostra colocou a raça em destaque em um dos mais relevantes eventos da pecuária paulista e brasileira, a Exponel 2016.

Os julgamentos da mostra mangalarguista, que contaram com a participação de 24 conceituados criatórios da raça, foram conduzidos pelos jurados Benedito Carlos da Silva, responsável pela análise da marcha dos animais participantes, e Emerson Luiz Bartoli, a quem coube a tarefa de avaliar o quesito morfologia. O evento, além disso, premiou o criador Emiliano Abraão Sampaio Novais, da Espinhaço Agropecuária, com o troféu transitório “Raul de Almeida Prado” de Melhor Expositor e Melhor Criador.

A programação da mostra também abriu espaço para a funcionalidade da raça, promovendo disputas de fomento das modalidades três tambores e seis balizas e provas sociais nas categorias mini mirim, juvenil, feminina e do patrão. Além disso, incluiu uma série de atrações para os mangalarguistas presentes, como churrasco de confraternização para os funcionários, “happy hour” de apresentação dos animais do 1º Leilão Mangalarga Oeste Paulista e um confortável camarote com “open bar” para os criadores, seus amigos e familiares


Exposições & Copas acompanharem os julgamentos.

presentes à Exponel 2016.

O Núcleo do Oeste Paulista, comandado pelo criador Cauê Costa Hueso, destaca ainda a ótima infraestrutura oferecida pelo Parque de Exposição Fernando Cruz Pimentel, em especial a pista coberta com padrão internacional da modalidade de rédeas na qual foram realizados os julgamentos e o amplo estacionamento com entrada gratuita.

O 1º Leilão Mangalarga Oeste Paulista, por sua vez, movimentou o mercado da raça na tarde de 25 de junho. Promovido pelo Núcleo do Oeste Paulista, com organização da MBA Leilões e condução do leiloeiro rural Nilson Francisco Genovesi, o remate negociou 23 animais e quatro barrigas por uma cotação média de R$ 17,9 mil, movimentando uma receita total de R$ 462,6 mil.

Os organizadores lembram ainda que a Exposição Mangalarga de Avaré foi novamente uma importante vitrine para o Cavalo de Sela Brasileiro, possibilitando que a raça mostrasse sua marcha, beleza e função entre as principais raças bovinas selecionadas no País e

Entre os machos, o lote mais valorizado foi composto por Colorado da Araxá (T.E.). O animal de 54 meses, ofertado pelo Haras Araxá, recebeu um investimento de R$ 45 mil feito pelo criador soteropolitano André Marques Pereira. Já a fê-

mea com melhor cotação do evento foi Samantha do EFI, também de 54 meses, negociada por Ygor Cesar Resende com a Fazenda São Miguel por R$ 28,5 mil. O remate, além disso, contou com a participação de dez novos criadores e teve como principal vendedor o Haras Araxá, de Severínia (SP), e como maior comprador a Fazenda São Miguel, de Itobi (SP). Para obter mais informações sobre o leilão entre em contato com a MBA Leilões pelo endereço eletrônico mba@ mbaleiloes.com.br ou pelo telefone (11) 3627-3900. Já para saber mais sobre as atividades do Núcleo Mangalarga do Oeste Paulista escreva para o e-mail caue-costa@uol.com. br ou ligue para (11) 97642-4140.


Território Cavalgada

18ª CAvalgada amigos do mangalarga do vale Núcleo do Vale do Paraíba

Após o passeio, os participantes puderam desfrutar de um delicioso almoço com javali à pururuca, frango, chope gelado e caipirinhas de frutas

O

O passeio foi marcado por um ambiente de muita amizade.

Segundo Dirk Helge Kalitzki, presidente do Núcleo Mangalarga do Vale do Paraíba e um dos

Núcleo do Vale do Paraíba

município paulista de Paraibuna (SP) foi palco, no dia 25 de junho, da décima oitava edição da já tradicional cavalgada Amigos do Mangalarga do Vale. O passeio contou com participação maciça dos mangalarguistas da região e foi marcado por um clima de alegria e muita amizade.

A Família Mangalarga pôde viver agradáveis momentos na trilha da cavalgada.


Núcleo do Vale do Paraíba

Território Cavalgada

O dia, aliás, começou de forma especial. “Nós fomos muito bem recebidos com um café da manhã delicioso para começarmos bem as trilhas da fazenda. Tivemos a participação de aproximadamente 70 pessoas com clima bem descontraído e familiar. Durante o percurso um pouquinho de adrenalina marcou a passagem de um riacho no meio das taboas, sem acidentes e com boas risadas! Um bom apoio durante o percurso, com direito ao lanche bem próximo a uma cachoeirinha maravilhosa, num clima

Núcleo do Vale do Paraíba

Os mangalarguistas do Vale do Paraíba compareceram em grande número.

Os participantes percorreram os belos cenários da região.

Núcleo do Vale do Paraíba

participantes do evento, a jornada percorreu lindas trilhas. “Apesar da geada ter castigado o pasto, tivemos um ótimo contato com a natureza. O trajeto percorreu aproximadamente vinte quilômetros na fazenda dos nossos anfitriões, o senhor Adhemar Galvão e sua esposa Amélia. Além disso, a cavalgada foi muito bem organizada pelo Felipe Angelim e pela Cláudia, contando ainda com o apoio do Núcleo do Vale do Paraíba.”

O evento também contou com expressiva presença feminina.


Núcleo do Vale do Paraíba

Território Cavalgada

Núcleo do Vale do Paraíba

A cavalgada reuniu 70 pessoas nas belas paisagens de Paraibuna.

gostoso e de grande entusiasmo!”, destaca Dirk. No retorno à sede da fazenda, a comitiva já estava sendo esperada por um delicioso almoço com javali à pururuca, frango, chope gelado e caipirinhas de frutas. “Tivemos ótimos momentos de confraternização durante todo o evento. Esta cavalgada entrou no gosto dos cavaleiros da região e já estamos planejando a 19ª Cavalgada Amigos do Mangalarga!”, ressalta o dirigente. Mais informações sobre as atividades do Núcleo Mangalarga do Vale do Paraíba podem ser obtidas pelo endereço eletrônico kalitzki@ uol.com.br ou pelo telefone (11) 99145-2085.

As jovens mangalarguistas também prestigiaram a cavalgada.



Território Cavalgada

Por Dirk Kalitzki

Cavalgada

zero grau do vale Evento teve todos os ingredientes para entrar no calendário anual do Núcleo do Mangalarga do Vale.

Núcleo Vale Mangalarga

F

oi realizada nos dias 22 e 23 de julho durante as férias de inverno uma linda cavalgada saindo de Campos do Jordão (SP), do Rancho BPK do criador Roberto Pilnik, e terminando em Guaratinguetá (SP), no Haras Forsteck. A maioria dos caminhões chegou em Campos do Jordão bem cedo no dia 22 para trazer a tropa da cavalgada,

No primeiro dia o grupo percorreu 32 quilômetros.

sendo que quando estes passaram pelo centro da cidade os termômetros marcavam - 1º Celsius. Quando fomos ajeitar os cavalos para montar a temperatura já estava um pouco mais amena devido ao lindo sol que estava brilhando e o reforçado café da manhã que estava nos esperando. Começamos nosso trajeto a uma altura de 1600 metros acima do nível do mar e fomos subindo até 2000 metros, quando fomos surpreendi-

dos por muitas nuvens densas abaixo de nós, concentradas no Vale do Paraíba, tentando passar pela Serra da Mantiqueira. Com isto o mesmo local mudava de um lindo sol a uma neblina muito densa a cada minuto, fato muito curioso e bonito. Depois de uma parada para o almoço descemos a serra no meio das nuvens e passamos a avistar muito bem o vale. No primeiro dia o trajeto foi de 32 quilômetros e paramos no pé da ser-



Núcleo Vale Mangalarga

Território Cavalgada

Núcleo Vale Mangalarga

Núcleo Vale Mangalarga

A tropa aguarda o início da cavalgada.

O grupo partiu de Campos com destino a Guará.

ra em Pedrinhas, na Pousada Monte Verde, onde fomos muito bem recebidos. Após a instalação da tropa e dos cavaleiros a prosa foi noite adentro com cerveja, vinho e deliciosas pizzas feitas no forno à lenha. No segundo dia aumentou nosso número de cavaleiros chegando a 30 e nosso trajeto inicial era relativamente plano, margeando lindos

Os mangalarguistas encararam um frio de até -1º Celsius.

rios com pedras e água cristalina até chegarmos na Fazenda Esperança. Neste ponto começamos a subir de novo parcialmente a serra pela trilha do Mosteiro com topografia mais acidentada e muito bonita, mas com grau de dificuldade somente moderado.

O nosso apoio também foi um ponto alto da cavalgada sendo no primeiro dia por conta da Padaria Pão & Sabor do Flávio Macedo e no segundo dia a Padaria Kero Mais do Paulo Vasconcellos, ambos mangalarguistas de Guaratinguetá e participantes da cavalgada.



Território Cavalgada

Núcleo Vale Mangalarga

Núcleo Vale Mangalarga

Sol e neblina se alternaram ao longo do primeiro dia. Núcleo Vale Mangalarga

Belas paisagens acompanharam a comitiva mangalarguista.

A comitiva contou com expressiva presença feminina.

Na parte final do trajeto tivemos uma topografia plana passando por fazendas de gado e plantações de arroz, percorrendo no segundo dia 30 km e chegando ao nosso destino final no Haras Forsteck, onde já estava nos esperando uma costela

os cavaleiros fez unir ainda mais o grupo em prol do nosso cavalo. Este evento teve todos os ingredientes para entrar no calendário anual do Núcleo do Mangalarga do Vale. Até a próxima cavalgada, que seja em breve!

feita no fogo de chão, caldo de feijão e caldo verde para os vegetarianos.

Núcleo Vale Mangalarga

Esta cavalgada de dois dias foi um sucesso, pois além das lindas trilhas e ótimo apoio o clima entre

Passeio percorreu uma das regiões mais altas do país.



Marcelo Mastrobuono/Revista Horse

Território Cavalgada

Os mangalarguistas percorreram 1780 quilômetros.

Cavalgada do Sertão ao Mar Ao longo da jornada, que foi a primeira que se tem registro a completar todo o trajeto da Estrada Real, os animais demonstraram as marcantes características da raça Mangalarga, como docilidade, coragem, agilidade e um incrível andamento

A

pós 45 dias de uma aventura repleta de história e turismo rural, a “Cavalgada do Sertão ao Mar, Pelos Caminhos da Estrada Real” chegou ao fim no dia 23 de junho. Ao longo da jornada, cujo início ocorreu em Diamantina (MG) e cuja conclusão ocorreu em Cocias (MG), a comitiva mangalarguista passou por 177 cidades de três estados brasileiros.

Considerada a maior rota turística do Brasil, a Estrada Real é composta por 1780 quilômetros divididos em quatro caminhos por sua extensão: Caminho dos Diamantes, Caminho Velho, Caminho Novo e Caminho de Sabarabuçu. Todos contam com demarcações em seus percursos que percorrem o interior dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Sua história vem do século 18, quando a Coroa Portuguesa construiu

os caminhos para o trânsito de ouro e diamantes de Minas Gerais ao Rio de Janeiro. Atualmente a Estrada Real é um verdadeiro “patrimônio” histórico, cultural e turístico do Brasil e seu percurso pode ser percorrido de carro, a pé, de bicicleta ou a cavalo. E foi montando sete cavalos Mangalarga que os cavaleiros José Henrique Meirelles Castejon e Paulo Junqueira Arantes realizaram esta grandiosa aventura.


Marcelo Mastrobuono/Revista Horse

Território Cavalgada

Pausa para matar a sede dos cavalos durante a parte final da viagem.

momento que marcou esta primeira etapa da cavalgada foi a passagem pelas cidades afetadas pelo rompimento das Barragens de Fundão e o consequente desastre socioambiental de 2015, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). “Nestes trechos, onde ocorreu o desastre ecológico, precisamos colocar os cavalos em um caminhão para cruzá -los, não sendo possível passar pelo trecho cavalgando”, comentou o cavaleiro Paulo Junqueira Arantes. O antigo Caminho do Ouro – Caminho Velho foi o próximo desafio da jornada, que começou dia 20 de maio em Santo Antonio do Leite (MG) rumo a Paraty (RJ), um trecho composto por 710 quilômetros que foi o primeiro caminho oficialmente aberto pela Coroa Portuguesa ligando o litoral rumo ao interior de Minas Gerais. Seguiram a viagem a partir deste caminho a dupla José Henrique Caste-

Marcelo Mastrobuono/Revista Horse

No início da jornada, no Caminho dos Diamantes, a viagem começou contando com cinco cavaleiros. Além de Paulo e José Henrique, acompanharam a largada com a dupla, em Diamantina (MG), mais três cavaleiros: Frederico Simioni, Sérgio Lima Beck e Beatriz Biagi Becker. Juntos, os cinco cavaleiros percorreram o primeiro trajeto que compreendeu cerca de 200 quilômetros. Em seguida, a cavaleira Beatriz deixou o grupo que seguiu em quarteto pelo próximo trecho da aventura, até o final do Caminho dos Diamantes, que soma 395 quilômetros e foi percorrido em dez dias, finalizando no dia 19 de maio, em Ouro Preto (MG). Nesse primeiro trecho, além das maravilhas da natureza que encontraram pelos caminhos, os cavaleiros se impressionaram bastante com a precariedade da estrada, marcada pela falta de conservação e sinalização. Outro

José Castejon e Paulo Junqueira em Cocais (MG), ponto final da jornada.


Marcelo Mastrobuono/Revista Horse

Território Cavalgada

A criadora Beatriz Biagi Becker participou dos primeiros duzentos quilômetros da viagem.

jon e Paulo Junqueira Arantes. Este trecho durou 17 dias, ante os 60 dias que eram previstos no século 18 da construção deste trajeto, confirmando a incrível resistência dos cavalos Mangalarga e registrando um momento muito importante na cidade de Cachoeira do Campo (MG), onde os cavaleiros visitaram o prédio da Antiga Coudelaria Real, edificação construída em 1730 para ser o Quartel da Cachoeira, que teria recebido Tiradentes em 1789, durante a Inconfidência Mineira. O prédio foi transformado em Coudelaria em 1819, sendo adaptado para receber os cavalos que vinham do Reino para o Brasil, assinando um importante momento da história do Mangalarga. Outro trecho marcante na viagem pelo Caminho Velho foi na região de Itanhandu (MG) quando os cavaleiros passaram pelo Túnel da Mantiqueira, construído em 1882 por determinação do Imperador Dom Pedro II, para fazer a ligação entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais para

servir a Estrada de Ferro Minas e Rio, sendo também, local estratégico na Revolução Constitucionalista de 1932, na qual foi frente de batalhas. “A passagem do túnel, na divisa dos Estados, não foi muito fácil e os cavalos Mangalarga, mais uma vez, mostraram seu preparo e sua coragem. Foram 1400 metros de travessia no escuro, com o som das patas dos nove cavalos criando um barulho forte. Os cavalos tiveram que caminhar no meio dos trilhos, sobre pedras e os dormentes. Experimentamos deixar soltos os cavalos puxados mas não deu certo, pois eles passaram dos cavaleiros e, depois, retornaram, criando uma grande confusão no espaço estreito do túnel”, lembrou o cavaleiro Paulo Junqueira Arantes. Em seguida, os cavaleiros partiram para desbravar o terceiro caminho da Estrada Real: o Caminho Novo, que é composto por 515 quilômetros que ligam as cidades de Porto Estrela (RJ) a Ouro Preto (MG).

A história deste trecho da Estrada Real começou em 1698, quando uma Carta-Régia endereçada a Artur de Sá Menezes, então Governador da Capitania do Rio de Janeiro, autorizava a abertura do novo caminho para facilitar o transporte do ouro e das pedras preciosas de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, evitando o antigo caminho. Este trecho foi percorrido pelos cavaleiros em incríveis 14 dias e além das lindas paisagens rurais, um detalhe urbano roubou a cena dos cavaleiros: as igrejas católicas construídas em todas as cidades por onde passaram, quase todas da época de Colônia do Brasil e muitas, inclusive, contam com esculturas de Aleijadinho. “Pelos Caminhos da Estrada Real passamos por muitas igrejas lindas, às vezes suntuosas outra vezes simples, mas todas com sua beleza singular. Interessante notar a importância da religião na história do Brasil, representada por todas estas igrejas ao longo dos quatro Caminhos. Qualquer bairro tem sua igreja, sempre com mais suntuosidade do que as casas que o compõe!”, descreve José Henrique Meirelles Castejon. Inclusive, ao finalizar o Caminho Novo, os cavaleiros visitaram a Igreja São Francisco de Assis, em Ouro Preto (MG), Santo considerado o “protetor dos animais” – além de tantas outras dezenas de igrejas visitadas durante o percurso. E finalmente, dia 20 de junho, os cavaleiros e a tropa Mangalarga iniciaram os últimos quatro dias da Cavalgada do Sertão ao Mar, rumo ao Caminho do Sabarabuçu, com 160 km de extensão entre os municípios de Glaura (MG) e Co-


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Território Cavalgada

Os cavaleiros puderam desfrutar de belas paisagens ao longo dos 45 dias de viagem.

cais (MG), finalizando a louvável aventura na quinta-feira, dia 23 de junho. Neste último trecho, os cavaleiros vivenciaram o único incidente de toda cavalgada: uma queda sofrida por José Henrique em um dos trechos, mas que, por sorte, marcou apenas um susto, não deixando nenhuma sequela.

Diamantina, Serro, Mariana, Ouro Preto, Congonhas,Tiradentes, São João del Rey, Cruzília, Juiz de Fora, Barbacena, Conselheiro Lafayete, Lavras Novas, Sabará e Caeté, além das paulistas Lorena, Guaratinguetá e Aparecida e das fluminenses Paraty, Petrópolis e Paraíba do Sul.

Esta é a primeira vez que se tem registro de um grupo de cavaleiros que completam todo o trajeto da Estrada Real ininterruptamente, registrando de perto a história do Brasil, as belezas naturais de três Estados de grandiosa importância para a economia nacional e, ainda, a cultura local de dezenas de cidades de renome como as mineiras

Além disso, um dos desafios da cavalgada foi preservar o bem-estar animal dos sete cavalos Mangalarga que acompanharam todo trajeto, respeitando seus limites e experimentando seus desafios. Neste quesito, a nota dos cavaleiros foi dez. “Esta cavalgada representa um grande marco para a raça Mangalarga que mostrou, durante toda

a cavalgada, suas grandes características como docilidade, coragem, agilidade, andamento, além de uma agradável interação conosco nos provocando muitas sensações e fortes emoções!”, ressalta José Henrique Castejon. Após o merecido descanso, os cavaleiros adiantam que estudam lançar um livro repleto de fotos inéditas que retratam cada detalhe da Estrada Real, além de depoimentos emocionantes desta aventura histórica – para deleite daqueles que apreciarão conhecer um pouco mais desta rica fatia da história do Brasil. (Com informações de Luciene Gazeta/Matriz da Comunicação)




Panorama Mangalarga

Por Pedro C. Rebouças

Curso Mangalarga Funcional Primeira edição do evento, que visa divulgar a prova do cavalo completo e aprimorar a equitação dos cavaleiros da raça, aconteceu no município paulista de Jacareí

O Fellipe Araujo Campos

Ministrado pelo renomado cavaleiro Paulo Canabrava, o curso proporcionou uma oportunidade ímpar para o aperfeiçoamento dos apresentadores, usuários e criadores da região. O evento, além disso, teve como foco o treinamento e ensinamento de técnicas de grande relevância para a iniciação dos animais no Galope Fun-

Paulo Canabrava orienta cavaleiro a executar obstáculo.

Fellipe Araujo Campos

Núcleo Mangalarga da Grande São Paulo promoveu, em parceria com a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a primeira edição do Curso Mangalarga Funcional. O evento aconteceu nos dias 01, 02 e 03 de julho, nas dependências do Centro Hípico Haras Lagoinha, no município paulista de Jacareí.

Participação no evento foi limitada a quinze conjuntos.

cional e na Prova de Maneabilidade. Na opinião da criadora Marisa Iório, titular do Haras Lagoinha, a iniciativa foi muito positiva. “O curso foi excelente. O Paulo Canabrava trouxe um importante aporte técnico para todos os cavaleiros que participaram das atividades. Além disso, é muito importante a valorização das aptidões funcionais da nossa raça, pois o que o mercado procura hoje é o animal bem equitado, que fica na mão do cavaleiro”, destaca a anfitriã do evento, lembrando ainda que o Haras Lagoinha sempre foi um incentivador da

funcionalidade do Mangalarga. Ainda segundo Marisa, o curso teve a participação de 15 ginetes. “Nós tivemos cerca de 30 pessoas acompanhando as atividades aqui no Centro Hípico. Mas, a pedido do instrutor do curso, o número de cavaleiros participantes foi restrito a 15, justamente com o intuito de proporcionar um melhor aproveitamento de cada um deles.” A criadora Marisa Iório faz ainda uma reflexão a respeito das competições funcionais da raça Mangalarga.


Panorama Mangalarga

Criado por iniciativa da Diretoria Executiva da ABCCRM, o Curso Mangalarga Funcional tem também a intenção de divulgar a prova do cavalo completo e aprimorar a mão de obra da raça em diferentes regiões do país. Os núcleos interessados em levar o curso para sua região podem entrar em contato com o Departamento de Exposição, pelo telefone (11) 3866-9866 ou pelo endereço eletrônico francisco.bezerra@ abccrm.com.br. A Associação arcará com os custos do profissional Paulo Canabrava enquanto os núcleos arcarão com as despesas de alimentação, transporte e hospedagem, caso haja necessidade. Por sua vez, para conhecer as atividades promovidas pelo Núcleo da Grande São Paulo, entidade presidida pelo criador Marcelo Vegas Barbosa, visite o portal www.nucleograndesp. com.br ou escreva para o endereço eletrônico contato@nucleograndesp. com.br.

O Núcleo da Grande São Paulo foi o primeiro a receber o curso. Fellipe Araujo Campos

Participantes escutam as explicações do instrutor Paulo Canabrava.

Fellipe Araujo Campos

Os integrantes do Núcleo compareceram em número expressivo.

Fellipe Araujo Campos

A anfitriã ressalta, por fim, a importância da prova funcional dentro das mostras mangalarguistas. “Essas disputas deixam nossas exposições mais interessantes, pois trazem mais adrenalina e são mais fáceis de serem compreendidas pelo público, atraindo assim mais pessoas e especialmente os jovens.”

Fellipe Araujo Campos

“Acredito que as disputas contra o cronômetro são importantes, mas seria bom que houvesse também uma avaliação da execução dos obstáculos por parte dos conjuntos. Assim, a equitação bem feita poderia gerar uma bonificação, valorizando ainda mais os aspectos técnicos desse tipo de prova.”

Participante aprimora a execução da figura do tambor.




Panorama Mangalarga

Por Pedro C. Rebouças

FESTIVAL DO CAVALO Além de brilhar na disputa funcional, Mangalarga encantou o público que acompanhou a prova de marcha deste diferenciado evento multi-raças

O

Divulgação

De acordo com Marcos Ferraz, responsável pela organização do evento ao lado de Carlos Eduardo Purchio, o Mangalarga esteve representado no evento por um plantel de muita qualidade, que chamou a atenção do público de cerca de dez mil pessoas que passou pelo festival ao longo dos três dias de atividades. “Muitas pessoas ficaram surpresas com o bom nível da tropa. Sem dúvida, esta foi uma ótima oportunidade para as pessoas conhecerem melhor as qualidades do Mangalarga e para certos paradig-

Adaldio Filho ministrou palestra sobre a funcionalidade do cavalo Mangalarga.

Fazendas Reunidas Castilho

Manalarga foi o principal destaque do Festival do Cavalo de Vinhedo (SP). O evento, realizado nos dias 5, 6 e 7 de agosto, no Parque da Festa da Uva, contou com a participação de diversas raças de equinos e foi palco de apresentações equestres, provas funcionais, disputas de marcha e palestras com conceituados especialistas.

José Mário, das Fazendas Reunidas Castilho, recebe a premiação da prova funcional.

mas que ainda cercam a raça serem quebrados. Creio que eventos como este são muito importantes para atrair mais usuários e fortalecer a base da pirâmide de criadores.” A boa receptividade do público com os animais da raça também foi destacada pelo criador Luís Fernando Sianga. “O atual momento do cavalo Mangalarga impressionou o público presente, formado especialmente por usuários e frequentadores de provas de marcha como o Poeirão. Foi uma ocasião muito boa para mostrar o bom temperamento e o alto nível da marcha dos nossos animais. Tanto é que muitos muladeiros e pessoas de outras raças, como Mangalarga Marchador e Campolina, vieram nos pedir para montar nos cavalos da nossa raça.”

Esta boa aceitação foi motivada especialmente pelo bom desempenho dos animais da raça na pista do Festival do Cavalo. Na prova funcional, por exemplo, o Mangalarga teve um brilhante desempenho, dominando o pódio da disputa, que contou com a participação de animais de diversas raças, como Puro Sangue Lusitano, Quarto de Milha, Crioulo, Árabe e Marchador, muitos deles com experiência na modalidade de Equitação de Trabalho. Ao fim da competição, a primeira colocação ficou com Xilofone de NH, de Adaldio José de Castilho Filho, seguido por Xacal de NH (2º), também de Adaldio Castilho, e Itália do Vassoural (3º), pertencente à criadora Beatriz Biagi Becker. A prova de marcha, por sua vez, seguiu o molde dos tradicionais Poei-


dor o animal Garoto do Vassoural, de Beatriz Biagi, seguido por Bandite de NH, de Adaldio Castilho. Por sua vez, a classe de Éguas Marcha Mangalarga teve 13 fêmeas em pista e foi vencida por Fênix de NH, de Adaldio Castilho, tendo na segunda colocação França MT, originária da criação de Marcelo Toledo.

A categoria de Cavalos Marcha Mangalarga, que contou com a participação de 15 animais, teve como vence-

A programação, além disso, reservou outro momento especial para os apaixonados pela raça, a clínica sobre a funcionalidade do Mangalarga ministrada pelo criador e premiado cavaleiro Adaldio Castilho. Segundo Marcos Ferraz, a clínica comandada pelo mangalarguista contou com a participação de cerca de 50 pessoas interessadas em conhecer mais a fundo as características funcionais do Cavalo de Sela Brasileiro.

Divulgação

rões do interior paulista, contando com as seguintes categorias: Éguas Marcha Mangalarga, Cavalos Marcha Mangalarga, Muares Dente de Leite (tríplice apoio), Muares Adultos (tríplice apoio), Muares Marcha Diagonal, Equinos Marcha Picada, Éguas Marcha Batida/Centro e Cavalos Marcha Batida/Centro.

Cerca de dez mil pessoas acompanharam os três dias de atividades.

Divulgação

Panorama Mangalarga

Luís Fernando, Carlos Purchio, Dalva Marques e André Fleury.

Ainda de acordo com Ferraz, o Festival do Cavalo foi muito bem aceito pela população de Vinhedo e pelos apaixonados por equinos de um modo geral. “Muitas pessoas estão pedindo a entrada do festival no calendário oficial de eventos do município. Assim, nossa ideia é continuar a realizá-lo, corrigindo os possíveis erros que tenham acontecido nesta primeira edição.”


Panorama Mangalarga

Por Pedro C. Rebouças

A ABCCRM recebeu no bimestre passado novos associados de nove estados brasileiros e também da Bolívia

O Cavalo de Sela Brasileiro continua a mostrar muita vitalidade na atual temporada. Afinal, mesmo em um momento de crise, o número de eventos da raça continua a crescer e os leilões promovidos por todo país têm registrado boas médias de preço e uma notável liquidez. Além disso, o plantel mangalarguista tem tido uma expressiva evolução e novos associados chegam todos os meses para reforçar o quadro da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM). Entre os novos sócios estão tanto criadores como usuários, atraídos pelas inúmeras qualidades dos exemplares da raça, em especial sua bela conformação, sua inegável funcionalidade e sua incomparável marcha.

Segundo o Diretor de Marketing da ABCCRM João Luis Ribeiro Frugis, a Associação vem dando uma grande ênfase à entrada de novos sócios. “Nosso quadro de associados vem crescendo todos os anos de forma expressiva. Entre os novos sócios há muitos usuários mas também há muitos novos criadores. Todos, aliás, são fundamentais para a história de sucesso da Mangalarga”, destaca o dirigente mangalarguista. Os interessados em se associar podem obter mais informações no portal www.cavalomangalarga.com.br ou entrar em contato com a ABCCRM pelo telefone (11) 3866-9866. Confira a seguir a relação das pessoas que passaram a integrar a Família Mangalarga nos meses de julho e agosto.

OBRA DE ARTE

Ferragamo da Piratininga ganha retrato a óleo O Grande Campeão Nacional Cavalo de 2015, Ferragamo da Piratininga, acaba de ser imortalizado em uma obra de arte. O belo pampa de alazão ganhou recentemente um retrato, pintado a óleo pelo pintor e criador de Mangalarga Hans Haudenschild, com base em fotografia de Beto Falcão. Pertencente ao plantel de Cassiano Terra Simão e proveniente da seleção de Luiz Aparecido de

Andrade, Ferragamo realizou um feito histórico na 37ª Nacional ao conquistar três cobiçados títulos: o Grande Campeonato Nacional Cavalo, o Grande Campeonato Nacional Cavalo Pampa e o Grande Campeonato Nacional Cavalo Pampa de Marcha. Atualmente, a privilegiada genética de Ferragamo da Piratininga, produto do cruzamento entre Remulo A.P.L.J. (T.E.) e da premiada Imaculada da Piratininga

Adalberto Rondinelly da Silva – Senador Amaral/MG Alisson Claiton Borges – Santa Juliana/MG Alvaro Maradei – Itatiba/SP Cyntia Maia Fernandes Moret – São Fidélis/RJ Denis Felipe – Limeira/SP Douglas Henrique Negretti Santos – Alterosa/MG Edison Marques Guimarães – Botucatu/SP Egberto Machado Gomes – Limeira/SP Elieu José Urbano – Itápolis/SP Fernando Ferraz de Siqueira – Mococa/SP Francielli Farchi de Amorim – Itaú de Minas/MG Isaías Rocha Cardoso – Bonfinópolis de Minas/MG Joel Fernandes Gonçalves – Jacareí/SP José Flavio Ferreira Boff – Dois Irmãos/RS Luiz Fernando Rafael Naso – Pinhalzinho/SP Marcelo Freire Silva – Vinhedo/SP Maurício Callado Fagundes – Palhoça/SC Renato Teixeira Giordano – Ipixuna do Pará/PA Carlos Henrique Gimenez – Bragança Paulista/SP

Novos associados do mês de agosto Alexandre Dias Argento –Salto de Pirapora/SP Antonio Carlos Bueno – São José dos Campos/SP Carla Zanichelli Mudinutti –Santa Cruz da Conceição/SP Carlos Eduardo Prado – Pereira/SP Cristiano Augusto Rodrigues Possidio – Uauá/BA Diego de Simone Martins – São João Batista do Glória/MG Fábio Alessandro da Silva Melo – São José do Rio Pardo/SP Felipe Hamilton Loureiro – Jundiaí/SP Fellipe Fernandes Barbosa – Morrinhos/GO Fernando Tanganelli Barbieri – Bariri/SP João Geraldo Raymundo – El Carmen/BO José Luiz Ambrosio Junior – Getulina/SP Kleber H. S. Barbara de Souza – Santa Cruz de Goiás/GO Luis Gustavo Ravagnani – Mogi Guaçú/SP Mário Ishimura Junior – Pirassunuga/SP Nilson Mayer Carneiro – Campo Largo/PR Patrícia Tressoldi Simão – São José dos Campos/SP Regina Célia Palhares –Mogi Guaçú/SP Roni Ceribelli – São Joaquim da Barra/SP Silvio de Oliveira Braz – Caçapava/SP Tiago da Silva Santos – Itapecerica da Serra/SP Waldemiro Osorio dos Santos – Campinas/SP Walter Jorge Cardim Gaspar – Araçoiaba da Serra/SP

(T.E.), vem sendo um importante trunfo para o aprimoramento da tropa do Projeto CASS Mangalarga, comandado por Cassiano, na Fazenda Jardim, em São José dos Campos (SP).

Norberto Cândido

NOVOS ASSOCIADOS

Novos associados do mês de julho

Thomas D’Angieri e Cassiano Terra Simão com o quadro de Ferragamo da Piratininga.


Ouro Preto 42 (T.E.) Grande Campeão Nacional

Cavalo Pelagem Preta 2015.

Grande Campeão Nacional de Marcha

Cavalo Pelagem Preta 2015.

Campeão Brasileiro Cavalo

Pelagem Preta 2015.

Campeão Brasileiro Cavalo de Marcha

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Fagner Almeida.

Haras em destaque

O Haras F1 conta com um seleto time de matrizes.

Projeto de seleção baseado no trinômio TAB, conceito que reúne temperamento, andamento e beleza, levou o criatório ao título de Melhor Criador Até Dez Anos do Ranking Mangalarga 2015

O

Haras F1 viveu ao longo do ano passado uma temporada incrível, marcada por importantes premiações e em especial pela apresentação em pista de uma tropa de extrema qualidade. Dessa forma, o criatório comandado pelo selecionador Eduardo Henrique Souza de França consolidou-se definitivamente entre os principais expoentes da seleção do Cavalo de Sela Brasileiro.

todos os eventos que integram o calendário anual da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), exemplifica o bom momento vivido pelo Haras F1. O criatório, afinal, conquistou três dos mais cobiçados títulos desta importante disputa: Melhor Criador Até Dez Anos, Melhor Criador de Animal de Andamento Até Dez Anos e Melhor Cavalo de Andamento, com o premiadíssimo Diamante Negro França.

O notável desempenho alcançado no Ranking Mangalarga 2015, responsável por computar os resultados de

O garanhão preto foi, aliás, um dos principais destaques do plantel F1 ao longo da temporada 2015. Sua

impecável campanha nas pistas de julgamento da raça culminou na conquista dos cobiçados títulos de Grande Campeão da Copa Mangalarga de Marcha, Grande Campeão de Marcha da Exposição Brasileira do Rio de Janeiro, Campeão Nacional de Marcha Cavalo Sênior e 1º Reservado Grande Campeão Nacional de Marcha. Além disso, Diamante Negro França continua mostrando toda sua qualidade na atual temporada. No início de maio, o animal, fruto do cruzamento entre Corcel NLB e Magia do Otnacer, foi eleito Grande Campeão Cavalo da 10ª Copa de Marcha de


Bolero França sagrou-se Grande Campeão Nacional Potro 2010.

Branca França foi Grande Campeã da Copa de Andamento 2011.

Jundiaí, uma das mais tradicionais e concorridas competições do calendário mangalarguista. O feito assegurou ao criatório dois cobiçados prêmios, um carro zero quilômetro e o troféu transitório Eduardo Figueiredo Lima Filho “Dado”.

Temperamento, Andamento e Beleza Todo este sucesso, entretanto, não veio ao acaso. Ele é fruto de um consistente projeto de seleção implantado pelo titular do criatório. “Nossa criação se baseia no TAB. Esse conceito, que reúne as palavras temperamento, andamento e beleza, foi desenvolvido com o intuito de definir as qualidades que devemos buscar no nosso haras, sem nunca perder de vista o que realmente

Márcio Mitsuishi.

Fagner Almeida.

O criador Eduardo França monta Diamante Negro França, Melhor Cavalo de Andamento do Ranking 2015.

Márcio Mitsuishi.

Norberto Cândido.

Haras em Destaque

Brisa França sagrou-se 1ª Reservada Grande Campeã Nacional Égua 2012.

importa”, explica Eduardo França. “Já o temperamento é muito importante para nós, pois, como toda a minha família monta, nós buscamos animais calmos e tranquilos, francos na tocada e que ao mesmo tempo prestem atenção no cavaleiro, estando sempre prontos a atender aos comandos quando solicitados”, ressalta o titular do criatório. O criador destaca ainda que o andamento é o principal pilar da seleção do Haras F1. “Ele deve ser macio e progressivo, com um tempo de suspensão quase imperceptível que transmita ao cavaleiro conforto e segurança. Justamente como está na definição de nossa raça: diagonal,

bipedal e com um mínimo gasto de energia, proporcionando ao cavaleiro conforto e equilíbrio!” O criatório, além disso, não abre mão da beleza em seu plantel. “Procuramos um animal que reúna tanto a beleza plástica como a beleza morfológica. A beleza plástica é a mais óbvia, pois ninguém gosta de animal feio ou desengonçado. A beleza morfológica, por sua vez, é caracterizada pelo padrão da raça. O tronco arqueado e profundo com linha de dorso firme, o pescoço piramidal, a garupa potente, a descida de perna perfeita com membros fortes e, principalmente, os ângulos harmônicos são exemplos de características que buscamos em nossa seleção.”


Fagner Almeida.

Márcio Mitsuishi.

Haras em Destaque

A equipe do Haras faz a diferença nas pistas de julgamento da raça.

Suporte Técnico A valorização do trabalho e das opiniões dos técnicos da raça é outra característica marcante do Haras F1. Segundo Eduardo França, a importância da presença de um profissional especializado foi considerada fundamental desde o início das atividades. “Nosso técnico é o André Freire, que está conosco desde 2004, participando ativamente de todas as atividades e do processo de seleção que fazemos. Vale ressaltar, entretanto, que o André nunca julgou um cavalo nosso em pistas”, esclarece o titular do criatório. O Haras F1 procura também contar sempre com opiniões diversas e consistentes com o intuito de não ficar restrito apenas ao próprio ponto de vista. Por essa razão, o criatório já contratou visitas técnicas de renomados especialistas da raça. Além disso, tanto o titular do haras como os integrantes de sua equipe procuram realizar visitas a outros criadores. “Essa é uma maneira de evoluirmos sem preconceitos, o que considero fundamental para quem deseja progredir”, destaca Eduardo França. Outro ponto de destaque no processo de seleção do criatório é o fato do titular do haras montar e participar pesso-

Gaivota França também estará presente na mais importante mostra da raça.

almente da doma de todos os animais. “Assim, consigo definir com clareza quais são os animais que se enquadram no TAB. Não abro mão de ter minha opinião, de montar pela fazenda e ver como o animal se comporta ao abrir uma porteira ou ao cercar uma vaca. O TAB é o nosso selo de qualidade e ninguém melhor do que eu para atestar”, ressalta o criador.

Estrutura Diferenciada O plantel F1 está atualmente dividido em duas propriedades. No município mineiro de Pedro Leopoldo está situado aquele que foi o primeiro haras formado pelo criatório. O local possui 22 baias e está situado em uma linda área, que apresenta uma ótima estrutura para a preparação dos animais. Já em São Paulo, mais precisamente no município de Quadra, o F1 montou seu segundo haras, onde também foi montada uma excelente estrutura novamente com 22 baias. A equipe do haras, por sua vez, é muito bem treinada e conta com excelentes cavaleiros, o que faz a diferença nas pistas de julgamento da raça. As duas propriedades, além de proproporcionarem a estrutura necessária para um diferenciado projeto de sele-

ção, ajudam a manter a tropa preparada para o movimentado calendário mangalarguista. “Nós participamos ativamente de todos os eventos do Mangalarga. Adoramos exposições, copas e cavalgadas, assim como o convívio com os amigos”, destaca Eduardo França. O criador entende, entretanto, que o foco na competição não pode ser maior que as amizades e o amor pelo cavalo. Assim sendo, o convívio com os amigos e a preocupação com o bem -estar dos animais vêm sempre em primeiro lugar. “No nosso haras, dividimos muito bem o que é uma coisa e o que é outra. Os nossos animais que participam de competições vão para competir e para ganhar quando possível. Nós vamos para ver os amigos e torcer por resultados. Entendemos também que o resultado em pista é consequência de uma série de fatores, alguns controláveis e outros não, como, por exemplo, a preparação do animal, a apresentação tanto do peão como do animal, a comparação com os competidores no momento do julgamento e a preferência dos jurados que estão julgando.”

Ciência na seleção Além de tudo isso, o Haras F1 vem


Horizonte França será um dos representantes do haras na Nacional.

Para a realização do estudo foram utilizadas câmaras especiais para a análise da marcha dos animais em “slow motion”. Segundo Alessandro Procópio, a imagem em velocidade reduzida permite uma observação muito mais detalhada dos movimentos. “No computador, programas específicos de biomecânica analisam as imagens e nos trazem inúmeros dados, como velocidade, amplitude da passada, coordenação motora, entre outros. A olho nu não seria possível enxergar e identificar esses elementos”, explica o professor. Eduardo França, por sua vez, ressalta que a tecnologia ajuda a reduzir o em-

Geórgia França também está entre os destaques do plantel F1.

pirismo e a subjetividade no trabalho de seleção da raça. “Por meio dela, é possível obter subsídios técnicos importantes, que nos auxiliam a ter uma tomada de decisão mais objetiva e com parâmetros mais claros”, avalia o criador, que já vem lançando mão das informações no dia a dia de seu criatório. Márcio Mitsuishi.

sendo pioneiro no uso da tecnologia como ferramenta de aprimoramento da tropa. Em 2014, a pedido de Eduardo França, o professor Alessandro Moreira Procópio (UniBH) deu início a um amplo estudo científico do plantel do haras com o intuito de coletar dados para compreender melhor as características da marcha do Mangalarga. O êxito da iniciativa foi tamanho que motivou a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) a apoiá-la e ampliá-la em busca de mais precisão e assertividade nas ações de avaliação dos animais da raça.

Fagner Almeida.

Márcio Mitsuishi.

Haras em Destaque

O andamento é o principal pilar da seleção do Haras F1.

Por fim, vale destacar que o sucesso do Haras F1 nas pistas do circuito de exposições da raça não é um fato recente. Desde 2007, o criatório vem obtendo incontáveis

premiações de destaque tanto nas mostras regionais como nas nacionais. Seus dois primeiros Campeonatos Nacionais foram conquistados em 2008 com Athos França (Campeão Nacional Potro) e Corcel NLB (Campeão Nacional Cavalo). Depois, vieram outros importantes resultados, com destaque para as conquistas de Don Juan 42 (Grande Campeão Nacional Cavalo 2012), Branca França (Grande Campeã da Copa de Andamento 2011), Bolero França (Grande Campeão Nacional Potro 2010) e Brisa França (1ª Reservada Grande Campeã Nacional Égua 2012). Agora, o Haras F1 se prepara para exibir as qualidades de seu plantel na mais importante mostra da raça, a 38ª Exposição Nacional. “Tenho o prazer de dizer que vamos apresentar na Nacional extraordinários animais com as qualidades que tanto buscamos, baseada no TAB, o trinômio temperamento, andamento e beleza. Assim, convido toda comunidade mangalarguista a aproveitar esta oportunidade ímpar para conhecer de perto a nossa fórmula de sucesso. Nos vemos em setembro lá em São João da Boa Vista (SP)”, conclui Eduardo França.


Profissional de Sucesso

Por Pedro C. Rebouças

IVAN ROGÉRIO COSTA

De tratador e treinador de cavalos a médico veterinário. Conheça um pouco da trajetória de trinta e dois anos deste profissional de sucesso na raça Mangalarga

“Minha história no cavalo começou bem cedo, aos quatro anos eu morava na região de Campinas (SP) e lembro como se fosse hoje. Quando passávamos na rodovia Anhanguera, perto do jóquei de Campinas, eu faltava pular do carro para ir lá ver os cavalos. Meu pai, percebendo isso, me deu de presente um pônei no ano de 1980. Daí em diante, só aumentou minha paixão por cavalos! E foi no ano de 1983 que tive meu primeiro contato com a raça Mangalarga, na Fazenda Borda do Campo, de propriedade de João Anísio Geraldi, na cidade de Ouro Fino (MG). O senhor João, como eu o chamava, vendo em mim tal interesse,

Acervo Ivan Costa

A

Ivan iniciou sua trajetória na raça há 32 anos.

Acervo Ivan Costa

pesar de ainda ser jovem, Ivan Rogério Costa é um veterano nas pistas de julgamento da raça Mangalarga, podendo orgulhar-se de uma trajetória de 32 anos de dedicação ao Cavalo de Sela Brasileiro. No decorrer desse período, firmou-se como um dos principais profissionais da comunidade mangalarguista e construiu um premiado currículo, no qual constam seis Grandes Campeões Nacionais, onze Reservados de Grandes Campeões Nacionais, quatro Grandes Campeões Brasileiros e seis Reservados de Grandes Campeões Brasileiros. Além disso, buscou sempre aprimorar-se, indo de tratador, apresentador e treinador de cavalos a médico veterinário.

Além de treinador e apresentador, Ivan Costa é formado em medicina veterinária.

começou a me carregar com ele para todos os lados. Aos oito anos, comecei a trabalhar na cocheira com os cavalos e ele me dava uma gratificação todo mês pelo trabalho. Foi a melhor coisa que poderia ter acontecido co-

migo, pois adquiri responsabilidade desde muito cedo. Aos onze anos, fiz minha primeira apresentação em pista. Foi em 1987, na Exposição de Araçatuba (SP), com a égua Demanda da Borda, que neste mesmo ano já conquistaria um prêmio expressivo na raça, o de Reservada Campeã Nacional Égua. Na época, ganhar um prêmio dessa magnitude era o máximo para um criador começando”, conta Ivan. Logo, entretanto, viriam novas e importantes conquistas. “No ano de 1989 veio a grande égua que me projetou dentro da raça Mangalarga. Tratava-se de Frase da Borda, a terceira égua que domei e que viria a conquistar trinta e oito campeonatos de marcha. Ela foi domada, treinada e apresentada por mim. Assim, aos 13 anos


Dessa vez, entretanto, o desfecho da proposta foi diferente. “Cheguei no meu pai e disse: ‘Pai agora eu vou’. Na época era como sair de um time pequeno de futebol e ir jogar no Barcelona! Fui e fiquei lá por três anos, na fase áurea do Haras Marjam Tibaji (1991, 1992 e 1993), período em que os animais dele ganhavam tudo e no qual o criatório ficou por vários anos como melhor criador e melhor expositor da Nacional e do ranking anual. Foi a melhor escola que tive sobre cavalos, isso pelo grande volume de animais que tínhamos para domar,

treinar e preparar para exposições, leilões e outros eventos. Tínhamos a melhor equipe do Mangalarga que tive o privilégio de fazer parte, liderada por Valdir Marques, mais conhecido como Dil, que na época era considerado o melhor cavaleiro da raça. Dil me deu muitas dicas e alguns puxões de orelha (risos) que foram e serão úteis para o resto da minha vida! Depois, já em 1994, saí e fui para o Haras Malagueta do senhor Wladimir Alvares de Mello, onde fiquei por sete anos e no qual também obtivemos ótimos resultados em pista, figurando sempre entre os cinco melhores criadores e expositores da raça. Em 2001 acertei com o senhor Antônio Carlos Ferreira (Toninho do Posto) e trabalhei por dez anos com ele. E foi no Haras ACF que, ao meu ver, atingi o meu ápice na carreira. Nesse período que fiquei por lá, conquistamos praticamente todos os prêmios relevantes da raça!”, narra o bem-sucedido profissional.

Novos desafios No início de 2010, Ivan decidiu que era hora de dar um novo salto na carreira. “Tomei uma importante decisão, fazer faculdade de Medicina Veterinária. Foi uma decisão muito difícil para mim, por quatro motivos cruciais. Primeiro pelo fato de eu ter ficado 15 anos sem estudar e para acompanhar os colegas de classe foi um pouco difícil. Segundo por andar 200 quilômetros de carro todos os dias para ir e vir da faculdade. Terceiro por ter que trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Isso foi tão desgastante que até pensei em parar por duas vezes. Mas, graças a Deus, à minha perseverança e à minha amada esposa Marcia Costa, que sempre esteve do meu lado me apoiando e me incentivando em tudo,

Em Londrina, apresentando Virgínia ACF durante o Grande Campeonato Nacional 2007.

não desisti e me formei em cinco anos. Já o quarto e último motivo foi o nascimento do meu filho Guilherme, pois quando ele nasceu, de forma prematura, eu estava dentro da sala de aula fazendo prova, na semana de provas. Tive que dormir no hospital dez dias até ele ter alta. Resumindo: conciliar o filho recém-nascido, pegar estrada todos os dias, trabalhar de dez a doze horas nos finais de semana e feriados para compensar minha ausência no haras e, por fim, acompanhar o ritmo intenso do curso de medicina veterinária, que não é fácil, quem fez sabe o que estou dizendo, além do fato de ter ficado tanto tempo fora da escola”, ressalta o treinador, demonstrando

Acervo Ivan Costa

comecei a tomar conta de toda a tropa da Fazenda da Borda, pois o gerente e apresentador na ocasião pediu demissão, então o Seu João me chamou e disse: ‘De hoje em diante você vai tomar conta da tropa!’ Na hora eu levei um susto! E não queria aceitar de maneira nenhuma tal cargo com tamanha responsabilidade. Mas conversei com meu pai e acabei aceitando. Depois disso, como eu vinha me destacando nas pistas, começou um grande assédio no meu trabalho. Lembro do senhor Orfeu José da Costa, que me chamou num canto na exposição da Expande, na antiga Água Funda em São Paulo, e me fez uma proposta que fiquei uma semana sem dormir (risos). Ele me pagaria por mês o que eu ganhava no ano. Mas meu pai disse que eu era muito novo e não me deixou ir. Logo depois veio o senhor Olinto Marques de Paula e grudou em mim na exposição de Mococa, onde eu levei cinco animais do João Anísio, e ganhamos o melhor criador e melhor expositor do Seu Olinto que tinha levado oito animais.Terminada a exposição, ele me fez uma proposta que aí eu fiquei foi duas semanas sem dormir”, brinca o treinador.

Acervo Ivan Costa

Profissional de Sucesso

Em 1991, saltando com Cindel MJ pelo Haras Marjan Tibagi.


Acervo Ivan Costa

Acervo Ivan Costa

Acervo Ivan Costa

Profissional de Sucesso

Com Antonio Carlos Ferreira e Moacir Aga na premiação de Supremo ACF na Expo Brasileira de Belo Horizonte, em 2005.

Ivan montado, na sequência, em Frase da Borda (1991), Fraque OB (2002), Vermute ACF (2009) e Fidel do Morro Agudo (2016).

Com Vermute ACF, em Avaré, durante a Exposição Nacional 2009.

muita satisfação por ter realizado este objetivo.

bém sagrou-se bi-campeão nacional de maneabilidade. Entre campeonatos e reservados nacionais e brasileiros de categoria, ele não se recorda o número exato de premiações. No entanto, garante que foram mais de cinquenta títulos entre campeões e reservados. Os principais animais que lhe deram essas premiações foram: Supremo ACF, Vermute ACF, Sanhaço ACF, Recado ACF, Reinado ACF, Urutal ACF, Tupã ACF, Franco do Morro Agudo, Havaí do Morro Agudo, Gálico do Morro Agudo, Porre Vargedo, Fator MJ, Fraque OB, Virgínia ACF, Uberlândia ACF, Tradição ACF, Sapucaia ACF, Amorosa ACF, Querência ACF, Zaga ACF, Romana ACF, Demanda da Borda, Frase da Borda, Gaivota da Jauaperi, Escurinha RE, Florença do Morro Agudo, Charmoso da Malagueta, Diamante da Malagueta, Fantástica da Malagueta, Burda MJ, Bruma do Maledu (maneabilidade) e Lancelote do Racho (maneabilidade), entre outros.

Roque Nogueira), o Bira (Ubiraci Ramos) e, por fim, o Zequinha (José Aparecido Freire), que na minha opinião foi o melhor preparador de cavalos que a raça já teve! Depois fiz vários cursos em outras raças como no Quarto de Milha, Andaluz, Árabe e Mangalarga Marchador para aprimorar técnicas de rédeas na equitação western, equitação clássica, equitação campeira, cabresto e também em horsemanship”, explica o talentoso treinador.

Em meados de 2011, foi a vez de surgir um novo desafio profissional. “Naquela ocasião, acertei com a Fazenda Morro Agudo, de propriedade de Claudio Mente e Natália Lois, na qual permaneço até os dias de hoje. Na Morro Agudo, entrei com a incumbência de ser treinador e gerente do Haras. Além disso, após minha formação acadêmica assumi mais funções dentro do Haras, faço clínica e também reprodução. Tenho também outros clientes para os quais presto serviços de consultoria técnica, clínica e reprodução.” Tamanho empenho proporcionou muitas conquistas ao apresentador. Além dos seis Grandes Campeonatos Nacionais, onze Reservados Grandes Campeonatos Nacionais, quatro Grandes Campeonatos Brasileiros e seis Reservados Grandes Campeonatos Brasileiros, Ivan Costa também conquistou ao longo de sua carreira dois grandes campeonatos nacionais na ABCPampa com oMangalarga, um grande campeonato da copa de marcha, dois reservados de grande campeão da copa de marcha e tam-

“Na minha carreira até um certo ponto fui autodidata, juntando o conhecimento empírico e sempre me espelhando nos grandes e renomados apresentadores da raça, como o Dil (Valdir Marques), o Mamão (Carlos

Por fim, Ivan Costa deixa um importante recado aos mais jovens e àqueles que estão começando na raça Mangalarga, seja como criador, treinador ou apresentador. “Não tenho dúvida nenhuma em afirmar. Temos o melhor cavalo de sela do mundo. Pois o Mangalarga une beleza, porte, temperamento de sela, robustez sem perder a nobreza e uma marcha que acredito não haver em nenhuma outra raça de cavalo de sela do planeta. Assim, aproveito para terminar com duas frases que eu adoro: ‘Que Deus não permita que eu vá para qualquer céu em que não haja cavalos’(Robert B. C. Grahan) e ‘O cavalo, dentro do seu silêncio e da sua humildade, une os homens’(Autor desconhecido).”


ZAGAIA DA BICA

VERDADE DO EFI

8 Campeonatos Bi-Campeã da Etapa Final da Copa de Marcha 15/16 Campeã de Jundiaí /16 2ª Res. Campeã Nacional de Marcha Égua Master 2014

5 Campeonatos em 2016 Essa não anda ...voa!

SUPREMA do EFI

TANGO DO FEI 9 Campeonatos Grande Campeão Cavalo Avaré 2016 Grande Camp. Cavalo de Marcha Avaré e Ourinhos/ 2016

11 Campeonatos 1ª Res.Gde Campeã da Etapa Final da Copa de Marcha /2015 2ª Res. Gde Campeã de Marcha Jundiaí /2016 Grande Campeã de Marcha Ourinhos /2016

Leonardo Augusto 11 99938-9041 contato@harasefi.com.br www.harasefi.com






Mercado & Finanças

LEILÃO PÉROLAS DA S.L.G Evento obteve liquidez total e uma média aproximada de R$ 22 mil

A

Fazenda São Luís Gonzaga, com o seu conhecido Haras Cerávolo Paoliello, de Guaxupé (MG), ofertou o que melhor possuía em seu criatório e novamente levou a raça Mangalarga a todos os cantos do Brasil através de seu Leilão Pérolas da S.L.G, realizado na noite da quinta-feira 04 de Agosto, com transmissão ao vivo pelo Canal Rural. O Leilão Pérolas da S.L.G ofereceu 34 selecionados lotes da raça, numa realização da Fazenda São Luís Gonzaga. O pregão contou com a assessoria de João Quadros e teve como leiloeiro responsável Marcelo Junqueira. A organização foi da Programa Leilões e as fotos e filmes foram realizados por Márcio Mitsuishi. Dentre os destaques do Leilão estiveram o Grande Campeão Nacional Potro e 1º Reservado Grande Campeão Nacional Cavalo Xangai ACF, com suas filhas Tél Rainha da S.L.G (TE) e Tél Romenia da S.L.G (TE); também presentes as doadoras e matrizes: Hungria DL, Bela Flor J.F., Grafhias da Malagueta, Nayla S.C.P (TE) e Tél Nykyta da S.L.G (TE); éguas premiadas em pista como Tél Olga da S.L.G (TE), Tél Prenda da S.L.G (TE), Opala S.C.P e jovens promessas como a 1ª Reservada Campeã Nacional Potra Tél Shakira da S.L.G (TE), o 2º Reservado Campeão Nacional Potro Tél Quebec da S.L.G (TE) e jovens promessas como Tél Quixote da S.L.G, Tél Romana da S.L.G (TE), Tél Saracura da S.L.G (TE), Tél Singapura

da S.L.G (TE), Tél Sasha da S.L.G (TE), Tél Tarantela da S.L.G (TE) e Tél Sibéria da S.L.G (TE), filhas das principais doadoras do Haras como Jolly DAM, Pálida da Malagueta, Opera da Sabaúna e de barrigas consagradas como Romênia da Sabaúna (TE), Xilena Mangalarga, Temporada da Jauaperi e outras.

Janeiro efetivaram bons negócios nesta excelente oportunidade adquirindo animais de rara beleza, muitas qualidades zootécnicas e de andamento com genética de excelentes pedigrees; destaque para os criadores Henrique Luis Cardoso Neto do Acre e Renato Teixeira Giordano do Pará.

Xangai ACF, adquirido pelo criador Bruno Vinicius Petrucci, foi a sensação da noite, que seguiu com a Tél Rainha da S.L.G (TE) adquirida pelo Criador Vinicius João Curi; Tél Romênia da S.L.G (TE) adquirida pelos criadores Almiro Esteves Junior e Carlos Cezar Lembo; Tél Quebec da S.L.G (TE) adquirido pelo criador Henrique Luis Cardoso Neto; Tél Olga da S.L.G (TE) adquirida pelo criador Rilton L. Romano e Bela Flor J.F adquirida pelo criador Eduardo Silvestri Ribeiro. Criadores e novos criadores do Acre, Pará, Bahia, Minas, Paraná e Rio de

O remate obteve liquidez total e uma média aproximada de R$ 22 mil, contemplando nove lotes de potrinhos da última geração. Assim, mais uma vez a raça Mangalarga demonstrou seu potencial, mesmo em momento delicado vivido por nossa nação. Agora é chegada a hora de finalizar a preparação destes animais para abrilhantarem a nossa Exposição Nacional da Raça Mangalarga, que acontecerá de 16 a 24 de Setembro, em São João da Boa Vista (SP), no próximo mês.


FAZENDA NICTHEROY

APRESENTA AS PÉROLAS NEGRAS DO ACRE

Pantera do Orgin (T.E) Café JO x Inglaterra do Orgin

Campeã Potranca Pelagem Preta (São Paulo, Bragança Pta, Itapetininga, Taubaté,Guaratinguetá, IV Expo Preto 2015 Campeã Brasileira Pelagem Preta 2015 Campeã Nacional Potranca Maior 2015 1ª Reservada Grande Campeã Nacional Pelagem Preta 2015 1º Lugar no Ranking 2015 Campeã de Marcha e Geral em Taubaté e Guaratinguetá 2016

VERDADE DO EFI

3 Campeonatos em 2016 Essa não anda ...voa!

Glina do PEC (T.E)

Xingu do PEC x Madona DA

Campeã Potranca Menor em São João da Boa Vista e V Expo Preto 2016

Os animais encontram-se alojados no CTE RPN na cidade de Campo Limpo Paulista Proprietário: Henrique Luis Cardoso Neto Cidade: Senador Guiomar (AC) Leonardo Augusto Contato: Rodrigo Paradeda Nunes (CTE RPN)- Cel: 11 99156-3660


Mercado & Finanças

3º LEILÃO EXPO PRETO & PELAGENS ESPECIAIS

Evento teve liquidez quase total e alcançou a expressiva cotação média de R$ 27,8 mil

A

Foram ofertados 32 lotes dos principais criadores da atualidade com liquidez praticamente total. Afinal, o remate efetuou a venda de 31 lotes, alcançando a cotação média de R$ 27,8 mil. Além disso, segundo os organizadores, o leilão também registrou o recorde da raça na pelagem preta, a égua Pantera do Orgin, vendida pelo Haras Belo Monte ao criador do Estado do Acre e apaixonado pela raça Henrique Luis Cardoso Neto pelo valor de R$ 93,6 mil. Henrique Luis Cardoso Neto foi também o principal investidor da tarde, comprando mais três lotes, entre os quais podem se destacar o segundo lote mais valorizado do evento, composto pela doadora Famosa do HIC, vendida pela HIC Agropecuária Ltda. pelo valor de R$ 72 mil.

Rodrigo Paradeda Nunes.

terceira edição do Leilão Expo Preto & Pelagens Especiais foi realizada na tarde do sábado 6 de agosto, no Road Shopping, no município paulista de Itu. O remate superou as expectativas do criador e assessor Rodrigo Paradeda Nunes, que organizou mais este evento em conjunto com a Business Leilões.

Pantera do Orgin foi o principal destaque do remate.

Segundo Alexandre Todeschini e o Comendador José Lauro Megale, proprietários da Business Leilões, a raça Mangalarga vem em uma crescente que impressiona a todos. Sem dúvida, a 38ª Nacional e os leilões que serão realizados durante o evento - Leilão Nacional (no dia 21 de setembro) e Leilão Elite (no dia 23 de setembro) - serão um grande sucesso.

Mangalarga no Acre O mercado da raça também esteve movimentado na região Norte do País. No dia 21 de julho, foi realizado na cidade de Rio Branco, no Acre, o 1º Leilão da Fazenda Nic-

theroy, do criador Henrique Luis Cardoso Neto. Na ocasião, foram oferecidos 25 lotes com liquidez total e média de R$ 17,4 mil. O remate foi organizado pela Business Leilões com assessoria de Rodrigo Paradeda Nunes. Para Rodrigo Paradeda e Alexandre Todeschini, esta foi uma oportunidade muito importante para abrir o mercado também para os Estados do Norte e Nordeste. “No ano de 2017 estaremos abrindo esse mercado onde percebemos que as pessoas são apaixonadas por Mangalarga e não têm a possibilidade de comprar com facilidade os nossos animais. Dá-lhe Mangalarga!”, conclui Paradeda.



Lazer & Cultura

Por Paulo Junqueira Arantes

TRAVESSIA NA ISLÂNDIA

Durante a cavalgada, que atravessa as incríveis paisagens islandesas, os cavaleiros são acompanhados por uma tropa de cavalos soltos

Cavalgadas Brasil

Um dos diferenciais de uma cavalgada na Islândia é a manada de cavalos soltos que acompanha o grupo, o que permite uma troca constante de montaria e uma experiência interessante ao cavalgar sempre acompanhado de uma manada.

Montar um cavalo islandês não é apenas uma experiência equestre interessante, é também uma ótima maneira de conhecer a beleza natu-

ral da Islândia; montanhas cobertas de neve, o maior glaciar da Europa, vulcões, cachoeiras e impressionantes paisagens lunares.

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A

Islândia foi colonizada por vikings vindos da Noruega em 874. Situada entre a Groelândia e a Noruega, imediatamente ao sul do Círculo Polar Ártico, é um país de enorme beleza natural, com uma paisagem extremamente diversificada, dominada por cerca de cem vulcões, gêiseres, montanhas e geleiras. Essas características geológicas e climáticas tornam grande parte do território inóspito.

As cavalgadas proporcionam uma ótima maneira de conhecer a beleza da Islândia.

Os cavaleiros podem conferir as belíssimas paisagens do país.


Na Travessia na Islândia, cada dia trocamos de cavalo, uma ou duas vezes por dia e uma tropa com cerca de cinquenta cavalos soltos viaja junto. Grande parte do percurso é no ritmo “tölt”, que pode ser rápido, e alguns dias são com longas horas na sela.

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Lazer & Cultura

História do cavalo islandês

Descendente daqueles trazidos para a Islândia pelos vikings, mais de mil anos atrás, o cavalo islandês continua a ser uma parte importante da cultura da Islândia; eles são usados em fazendas remotas para arrebanhar o gado e ainda são o melhor meio de se locomover em muitas partes da ilha. No século 10 os islandeses decidiram parar de importar cavalos e desde então (mais de mil anos) tem sido totalmente proibida a importação de cavalos para a Islândia. Isto significa que os cavalos ficaram isolados e restritos às diferentes raças que formaram o cavalo da Islândia até então. Os cavalos mais fortes e mais bem aclimatados sobreviveram, por essa “sobrevivência do mais forte” o cavalo islandês de hoje é extremamente bem adaptado às rigorosas condições do país.

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A jovem amazona faz uma pausa para descansar.

O grupo cavalga na companhia de uma tropa de cavalos soltos.

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Quando os primeiros colonos partiram da Noruega para a Islândia, no século 10, eles só podiam trazer dois cavalos por navio, de modo que eles selecionaram os melhores e mais fortes. Os cavalos eram de origem escandinava, principalmente da Noruega. Os colonos muitas vezes faziam uma parada na Irlanda, na Escócia ou nas Ilhas Shetland, dessa forma diferentes raças contribuíram para a formação do cavalo islandês.

A Islândia conta com uma paisagem extremamente diversificada.


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Lazer & Cultura

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A Travessia na Islândia proporciona um contato ímpar com a natureza.

Os glaciares se destacam entre os belos cenários islandeses.

Ainda hoje, é terminantemente proibida a importação. Um cavalo que deixa a Islândia nunca mais pode voltar, ou seja, cavalos que participam de competições em outros países devem ser vendidos após a competição. Uma das mais marcantes características do cavalo islandês é que ele tem cinco andamentos diferentes: além do normal passo, trote e galope, há também o tölt e o skeid (marchas rápidas). Esses andamentos não são resultado de treinamento. Eles são ca-

racterísticas naturais da raça, que foram preservadas e melhoradas pela criação sistemática. A quinta marcha, o tölt, torna esse cavalo especial, é um passo rápido, confortável que permite cobrir grandes distâncias. Na marcha rápida, podem atingir uma alta velocidade de até 45 km/h (em distâncias curtas). A altura varia entre 1,28m e 1,48m. Na Islândia, aliás, é um insulto chamá-lo de pônei; em todo o mundo eles são chamados de cavalos islandeses.

Com mais de um cavalo para cada quatro habitantes (80 mil cavalos para cerca de 300 mil habitantes), o cavalo islandês adquiriu tanta popularidade que o turismo equestre passou a ser uma importante atividade no país, e os clientes passaram a comprá-lo. Hoje, já são mais de 100 mil cavalos islandeses em mais de 18 países, reunidos numa Associação Internacional do Cavalo Islandês. Paulo Junqueira Arantes www.cavalgadasbrasil.com.br



Espaço Técnico

Manejo e Alimentação de Cavalos em Eventos Equestres O sucesso da preparação passa pelo respeito às necessidades do cavalo de liberdade e volumoso e por uma complementação com concentrado de ótima qualidade em quantidade adequada

O

mundo equestre se desenvolve a cada dia mais com eventos para promover o cavalo e a raça, quer seja em exposições funcionais ou eventos esportivos e, muitas vezes ainda, em exposições funcionais com provas equestres, o que exige mais ainda dos animais, quer seja do ponto de vista da preparação física e psíquica na fazenda, assim como durante o evento. A preparação deve começar meses antes do evento, inicialmente para amenizar situações de estresse que ocorrem com os equinos quando são mudados de ambiente. Como o cavalo é um animal que evoluiu em plena liberdade, o confinamento em baia para o preparo de exposição o afeta com estresse que tende a desencadear problemas como úlcera gástrica, fato comprovado em estudo nos EUA onde 100% dos animais que viviam a pasto desenvolveram úlcera nos primeiros 30 dias de confinamento. Este mesmo estudo mostrou que entre equinos em hípicas e Jockeys Clubs, mais de 80% também apresentavam úlceras gástricas, demonstrando que esse manejo com confinamento excessivo pode comprometer a performance do animal. Essas alterações se estendem, certamente, pelo período da exposição ou

competição, ambientes estressantes tanto para cavalos como cavaleiros. O estresse, além de muitos outros problemas fisio-patológicos, acarreta uma menor capacidade de absorção de nutrientes da alimentação, o que obriga o criador a fornecer uma maior quantidade de alimento para amenizar os problemas e manter a performance do animal. Ou seja, animal sem estresse, maior absorção de nutrientes com menor quantidade de alimento e, consequentemente, melhor estado de saúde e melhor desempenho. Adequar o manejo do cavalo às suas necessidades de liberdade e, ao mesmo tempo, às necessidades do criador e competidor é o grande desafio da equinocultura mundial, de forma a conseguir alta performance, com custo adequado e saúde para o animal. A preparação, que quase obrigatoriamente passa pelo confinamento, pode ser amenizada soltando o animal algumas horas por dia, 2 a 4 horas, em um ambiente onde haja tranquilidade e espaço para que o animal se movimente conforme sua vontade. Muitos acreditam que soltar o cavalo e ele ficar correndo no piquete ou redondel, compromete a preparação do animal em razão do consumo de energia que essa movimentação pode acarretar. Entretanto, animais ficam galopando frequentemente no piquete quando são soltos após confinados excessivamente ou com alimentação muito

energética e ele sente necessidade de gastar parte desta energia. Leia-se alimentação muito energética como aquela além das necessidades do animal, isto é, está sobrando, o que nunca é desejável do ponto de vista saúde. Além disso, se dosada corretamente, essa liberdade ameniza as injúrias do estresse, favorecendo a absorção de nutrientes, melhorando o aproveitamento dos alimentos. Deve-se ressaltar ainda, que soltar é diferente de trabalhar. Soltar o animal é um trabalho psíquico, amenizando os males do estresse; trabalhar é um trabalho físico, adequado para a performance esportiva do animal. Rodar na guia é um exercício físico, não mental. Claro que há dificuldades de se soltar o animal durante um evento, mas este é por curto espaço de tempo e pode ser amenizado de outra forma, mas durante a preparação a soltura é importante. Outro fator fundamental é a valorização de volumoso de qualidade, preferencialmente um feno de gramíneas, ou outro volumoso, semelhante ao que estará disponível durante o evento, pois o equino precisa de um longo tempo (três semanas a até dois meses) para se adaptar a um novo tipo de alimento. Leguminosas, como alfafa, podem ser utilizadas, mas com parcimônia em razão de elevados teores proteicos que podem comprometer


Espaço Técnico a performance do animal. O fornecimento de 1 a 2 kg de feno de alfafa por dia, complementando o volumoso de gramínea, favorece a preparação dos animais, deixando-os com pelame bonito e em bom estado de saúde. O volumoso deve ser ofertado em quantidade adequada, mínimo de 50% do total de alimento, idealmente ao redor de 70 a 80%, sendo os demais 20-30% ofertando concentrado e suplementos, muitas vezes importantes para que essa relação seja respeitada. O volumoso pode ser dividido em três refeições ao dia, 25% uma hora e meia após a ração da manhã, 25% hora e meia após a ração do meio do dia, e 50% hora e meia após a última refeição da tarde, de forma que o animal tenha ocupação mastigatória durante o período noturno, fator de tranquilização para o animal. Conforme o esquema proposto para volumoso, o concentrado será ofertado idealmente em três refeições, pois quanto menor o tamanho da refeição, melhor será o aproveitamento pelo animal, sendo que a quantidade por refeição nunca deve ultrapassar 0,4kg para cada 100 kg de peso do animal, isto é, 2kg por refeição para um animal de 500 kg de peso. O concentrado deve ter valores energéticos e proteicos adequados e equilibrados com o volumoso. Quanto pior for a qualidade do volumoso, melhor deverá ser a qualidade do concentrado. Por outro lado, quando melhor a qualidade do volumoso, menor poderá ser a quantidade de concentrado ofertada. Um concentrado sempre deverá ser escolhido entre produtos de qualidade superior, o que nos permite ofertar menor quantidade, além de ofertar melhor qualidade e quantidade de nutrientes ao animal, favorecendo

a preparação e desempenho dos animais. O fornecimento de concentrado de melhor qualidade, consequentemente mais caro, pode sair mais barato em razão de fornecimento em menor quantidade; além de auxiliar na prevenção da síndrome cólica e outros males dos excessos nutricionais, valoriza o alimento natural do cavalo, o volumoso que, por estimular a mastigação, ameniza as agruras do estresse. Por exemplo, concentrados altamente energéticos podem ser fornecidos na quantidade de 2 a 4kg por dia, para um animal de 500 kg, sendo 700g a 1,3 kg por refeição. Dependendo de diversas condições, como qualidade e disponibilidade do volumoso e do concentrado, o fornecimento de suplementos nutricionais pode ser interessante, especialmente alguns que auxiliam no preparo dos animais e outros amenizando os problemas causados pelo estresse. Pode-se utilizar suplementos energéticos, aminoácidos, vitamínicos, minerais, entre muitos outros. A escolha passa pela avaliação individual do animal e dos alimentos disponíveis, feito por profissional competente que saberá avaliar cada alimento e qual sua contribuição para a saúde e performance do animal e escolher qual suplemento é o mais indicado o animal. Dentre os muitos disponíveis no mercado, cabe destacar três que são excelentes auxiliares na preparação do animal para exposição e, se equilibrados de forma correta, amenizam os problemas do estresse, mantendo o animal em ótimo estado antes, durante e mesmo após o evento. Óleos de origem vegetal são excelentes fontes de energia, podendo ser utilizados em quantidades que variam

de 50ml a 400ml por dia, dependendo do estado do animal, idade, atividade e, principalmente, do concentrado escolhido. Esta ressalva se faz necessária, pois rações de alta performance já possuem óleo em sua composição, e se adicionarmos mais óleo na dieta podemos comprometer o preparo do animal. É quando mais é menos; isto é, quanto mais fornecemos, menos resultado teremos. Os óleos disponíveis são de soja, milho, canola, algodão, girassol, linhaça, arroz e palma. Em termos de quantidade de energia, todos os óleos são semelhantes entre si, não havendo diferença alguma na escolha de qualquer óleo. Sendo assim, se o fornecimento busca apenas incrementar o nível energético da dieta, pode-se optar pelo óleo de soja, mais barato, e que cumpre de forma adequada essa função. Por outro lado, se a busca for por fatores qualitativos, o óleo de linhaça extraído por processos físicos, possui maior teor de ácido graxo ômega 3, equilibrando com o ômega 6 e 9 as necessidades diárias do animal, com benefícios à saúde. O óleo de arroz, também extraído por processos físicos, possui fatores nutricionais desejáveis como o gama-oryzanol, anabolizante natural com inúmeros benefícios, sem causar dopping. A gordura de palma, ou óleo de palma, tem como grande vantagem ser sólido à temperatura ambiente, o que facilita o fornecimento, além de ser rico em ômega 9. O farelo de linhaça é outra opção bastante interessante para amenizar o desequilíbrio do manejo, pois é fonte de fibras de excelente qualidade, aminoácidos e ácido graxo ômega 3. O fornecimento de 100 a 300g diários


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E por fim, manter a saúde do aparelho digestório do equino é fator fundamental para o bom desempenho. O equino evoluiu como animal herbívoro, que se alimenta essencialmente de volumoso. A forma mais eficiente que a natureza encontrou para otimizar o aproveitamento de um alimento de baixa qualidade como o volumoso, foi através de simbiose com bactérias e leveduras que habitam o aparelho digestório do equino, com alta capacidade fermentativa e que digerem as fibras do volumoso disponibilizando nutrientes de forma eficaz para o animal. A microflora digestiva do cavalo é altamente específica quanto ao tipo de alimento, volumoso ou concentrado, podendo mudar em mais de 100 vezes durante um período de 24 horas, refletindo alterações do tipo de nutrientes que compõe a dieta, sendo fundamental evitarem-se alterações constantes e bruscas na alimentação, que podem

levar a distúrbios metabólicos e desordens digestivas, comprometendo o desempenho do animal e seu estado de saúde. O equilíbrio da saúde do equino passa pelo delicado equilíbrio desta microflora, facilmente afetada pelas injúrias causadas pelo estresse. Sendo assim, manter essa microflora intestinal ativa é um grande desafio que favorece consideravelmente o desempenho do animal. Isso pode ser conseguido através do uso de probióticos. Probióticos são micro-organismos vivos que, introduzidos na dieta alimentar, melhoram a performance zootécnica dos animais. Através destas substâncias, é possível facilitar a absorção de nutrientes pelo animal e promover um manejo adequado. O probiótico atua como auxiliar contra os desequilíbrios da flora intestinal. Graças à sua ação biorreguladora, permite encobrir os desequilíbrios, preservando assim suas funções essenciais de maneira geral e a saúde do cavalo. O que se procura quando se administra um probiótico ao animal é melhorar a eficácia alimentar através do aumento da atividade enzimática e aumentando a digestibilidade das fibras. Além disso, espera-se uma melhora no estado de saúde do animal, pois há uma elevação das defesas imunitárias com uma diminuição da ação dos germes patogênicos. Os cavalos apresentam uma melhora do estado geral (aspecto do pelo, qualidade dos cascos, etc.) e, sobretudo uma queda significativa dos problemas digestivos. Prevenindo e estabilizando os desequilíbrios da flora microbiana do organismo, o probiótico reforça as defesas imunitárias naturais, otimiza o aproveitamento da alimentação e reduz os problemas

da digestão, limitando os efeitos das transições alimentares ou do estresse. Sendo assim, a melhor receita para preparar animais e mantê-los de forma adequada durantes os eventos passa pela valorização da mão de obra, fundamental na lida diária, respeitar as necessidades do cavalo de liberdade e volumoso, complementar com concentrado de ótima qualidade em quantidade adequada para a função e porte do animal, divididos em três refeições diárias, e podendo-se complementar, conforme as necessidades, com vitaminas, minerais, aminoácidos e, principalmente com probiótico, farelo de linhaça e, eventualmente, óleos vegetais. Arquivo Pessoal

favorece a saúde e o desempenho do animal. As vantagens do equilíbrio entre ômega 3 e 6 podem ser descritas como abrandamento de reações inflamatórias e alérgicas indesejáveis, melhorando a resposta imunológica. Para potros em crescimento funciona como auxiliar no desenvolvimento neurológico. Para éguas em gestação auxilia no desenvolvimento fetal e na lactação, aumentando a quantidade do leite. Observamos ainda restabelecimento do brilho e da cor da pelagem, bem como a saúde da pele. Em cavalos de esporte e trabalho aumenta a energia disponível, levando a uma recuperação muscular mais rápida após exercícios. Promove ainda prevenção de distúrbios circulatórios e cardiovasculares além de ser excelente auxiliar no tratamento de laminites, artrites e artroses e miopatias.

André Galvão Cintra Médico Veterinário, Professor na graduação e pós-graduação. Especialista em Docência no Ensino Superior e em Gestão de Negócios e Marketing e MBA em Gestão de Empresas e Negócios. Autor Técnico do Software CracHorse, para Cálculo de Dieta em Equinos. Autor do livro “O Cavalo: Características, Manejo e Nutrição”. Coautor do livro “Manual de Gerenciamento Equestre”, com Sérgio Lima Beck. Autor do Dvd “Pelagem, Exterior e Resenha dos Equinos”. Contato: agcintra@gmail.com – www. andrecintra.vet.br



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PREPARAÇÃO DE EQUINOS PARA EXPOSIÇÕES Atendendo a um pedido desta prestigiosa revista Mangalarga aceitei escrever sobre preparação de equinos para exposições. Vou usar da minha experiência de treinador e também das diversas vezes em que atuei como juiz de equinos, inclusive de Mangalarga, em exposições. Mas se alguém esperava que eu fosse escrever sobre maquiagens e outros artificialismos sofisticados pode “tirar o cavalo da chuva”. Minha visão e propostas são de respeito ao bem-estar e à integridade física e mental do cavalo, bem como também de honestidade para com os juízes e com o público. Sei que é difícil não usar, pelo menos, um pouco de artificialismo, mas quando essa forma de preparo é muito antinatural, acaba prejudicando os animais, ludibriando alguns juízes e enganando a maioria do público que assiste à exposição. Além disso, os artificialismos exagerados, sejam nas técnicas de treinamento ou nas de preparação estética, atrasam a evolução e o melhoramento genético da raça. Por quê? Porque levam a premiações de imagens e/ou desempenhos que, na verdade, os animais não têm. Por via de consequência os premiados tendem a ser os mais utilizados na reprodução. Mas se, na verdade, não possuem a imagem e/ou desempenho que apresentaram em pista, então não passam essas coisas para seus descendentes. E se não passam para seus descendentes não há evolução nem melhoramento genético. Mas por que falar em honestidade na preparação e apresentação do ani-

mal? Porque se apresentarmos um animal muito artificializado não estamos sendo transparentes, não estamos sendo verdadeiros e não estamos contribuindo para a finalidade do julgamento que é, com base no padrão oficial, avaliar e destacar o real fenótipo dos melhores animais. É isso que interessa em termos de julgamento, de genética e de melhoramento. O resto são apenas artimanhas, vaidades, ganâncias, satisfações de egos, festas, etc. Tosas generalizadas passam imagem diferente da cor e da aparência da pelagem. Retiradas das vibrissas do focinho e dos olhos prejudicam o tato, a orientação e as defesas do animal. Raspar os pêlos internos das orelhas não encontra justificativa consistente na Zootecnia. Retirar os machinhos sobre a quartela favorece frieiras. Ferraduras mais pesadas do que o normal aumentam muito o alçamento das passadas. Desbalanceamento nas mesmas também mascara problemas na movimentação dos membros. Angulações forçadas nos cascos alteram a trajetória de vôo dos mesmos. Abuso de pescocearas disfarçam pescoços indesejados. Animal deixado tenso por chicote ou espora pode ser confundido com animal de muita vivacidade e energia. Anabolizantes e doping então nem pensar, pois, além de danosos para a saúde do animal, seriam como enganar até a si mesmo.

Habituação às cocheiras Hoje sabemos que cocheiras, geralmente, não são os abrigos mais

adequados e preferenciais para os cavalos em nosso país. Mas numa exposição com duração de mais de um dia e onde há muitos animais torna-se praticamente impossível não nos valermos das cocheiras. Então, mesmo que eventualmente se crie cavalos sem encocheiramentos (vejam meu artigo sobre cocheira e também o do prezado criador Artur Pagliuse Gonzaga sobre criação a campo publicados em edições recentes desta revista), é preciso uns dois meses antes da exposição ir habituando o animal a passar horas e horas do dia encocheirado. Isto porque se deixarmos para última hora o animal pode estranhar muito a condição de, entre outras coisas, privação de espaço e movimentos, deixando de se alimentar direito, de dormir direito e até de trabalhar direito. Mas esta habituação prévia deve ser procedida aos poucos, de forma gradativa, até que nos últimos dias estejamos praticamente nas mesmas condições da rotina da exposição.

Água de beber Sempre que possível é bom levar estoque próprio da água de casa, isto é, da água natural, sem cloro, que o animal está acostumado a beber. Isto porque a água clorada da maioria dos parques de exposições pode causar rejeição inicial nos animais e levar até a quadros de desidratação ou cólica. Outra opção é fazer o contrário, quero dizer, se possível, ir acostumando previa e gradativamente o animal a beber água clorada comum das cidades.


Espaço Técnico Banhos Muito antes da exposição banhos diários com sabão não são indicados porque retiram a oleosidade natural de proteção do animal. Se ele está saudável e bem nutrido tem naturalmente uma oleosidade que deve ser mantida e até estimulada pela escovação e massageamento. Os banhos sem sabão já são menos problemáticos, desde que o animal esteja suado e queo tempo não esteja muito frio. Mas claro, para ir à exposição e participar dos julgamentos o animal deve estar absolutamente limpo e para isso, se necessário, banhado quantas vezes forem preciso. Neste caso usar sabão neutro ou os vários tipos de shampoo específicos que contém óleos para repor ou até aumentar o brilho da pelagem.

Repelentes Na etapa do julgamento em que se avaliam os aprumos em estática é importante que o animal fique bem imóvel, principalmente com seus membros bem postados e quietos. Todavia isso nem sempre é possível, devido ao eventual assédio de insetos. Como prevenção às moscas, mutucas e outros insetos, é bom, nos treinos desta etapa e também antes de adentrar na pista de julgamento, que se passe no animal repelente no tronco e, principalmente, nos membros e ventre. Tanto para quem vai passar o repelente como para o próprio equino, é preferível utilizar repelentes naturais, não tóxicos, como a citronela.

Limpeza do corpo Além do banho, sobre o qual já falamos acima, a limpeza do animal deve ser a mais perfeita possível.

Isto inclui escovação do corpo, massageamento do tronco, alisamento e brilho dos pelos usando flanela, etc. Não esquecer de limpar as eventuais remelas nos olhos, as narinas e lábios sujos, o períneo abaixo do rabo e, principalmente, a face plantar dos cascos.

Alimentação adequada Alimentação adequada significa volumoso sempre disponível em quantidade e qualidade. Sais minerais de equinos também não devem faltar no livre acesso diário. Quando o volumoso não for suficiente ou satisfatório os concentrados devem ser fornecidos como suplementação. Neste caso se deve recorrer às rações comerciais balanceadas, de marcas confiáveis e reconhecidas. Todavia, por prudência, nunca fornecer mais do que 2,5 kg de concentrados em cada refeição, sob pena de cólicas. A quantidade diária do concentrado não deve, entretanto, ultrapassar 50% do peso da quantidade total de alimentos necessários referidos em matéria seca/dia (peso do alimento sem a água) para cada categoria animal como potros, adultos em treinamento, etc. O outro tanto corresponde essencialmente ao volumoso.

Preparação das crinas do pescoço e da cauda Para quem gosta ou respeita as crinas abundantes elas não devem ser diariamente desembaraçadas com o uso de pentes, ainda que sejam pentes largos de cavalos. Pentes são instrumentos rígidos e como tal provocam muitos rompimentos dos fios das crinas. O melhor é o uso de escovas de cerdas macias,

como as usadas pelas mulheres nos seus próprios cabelos.

Uso ou não uso de ferraduras Ferradura é geralmente um mal, às vezes, necessário. Se você já começou a usá-las no seu cavalo será difícil retornar ao não uso sem maiores dificuldades nos trabalhos montados. Sempre que possível, portanto, é bom evitar ferrar, até porque um cavalo sem ferraduras é sempre mais cômodo do que quando ferrado. E no julgamento do Mangalarga a comodidade é um fator preponderante.

Uso do chicote nas apresentações desmontadas e paradas Muito embora o uso do chicote nas apresentações ao cabresto, com o animal parado, seja no Mangalarga melhor e mais discreto do que na maioria das outras raças no Brasil, ainda é preciso, de maneira geral, suavizar mais a sua forma de utilização. Muitos toques ou batidas desnecessárias ainda ocorrem e são, principalmente, percebidas por quem não é do meio mangalarguista, por quem não está acostumado com isso e por quem conhece técnicas mais delicadas,mais sutis e mais elegantes. Este sim, utilização mais discreta e mais suave, é um refinamento que vale a pena buscar.

Uso de óleos na alimentação para brilho na pelagem Se o animal está saudável, bem nutrido e bem exercitado, sua pelagem tem uma oleosidade e um brilho naturais. Mas se quisermos realçar mais esse brilho podemos recorrer à administração diária de óleos vegetais na alimentação. Quase todos os óleos de


Espaço Técnico cozinha são adequados, como, por exemplo, os óleos de soja, de milho, de arroz, de linhaça, de côco, de canola, de gergelim, etc. O óleo de arroz, além de conter ômega 3 e ômega 6, contém o antioxidante natural gama-orizanol que tem diversos benefícios para o organismo. Portanto óleo de arroz é dos mais indicados. A administração dos óleos deve ser iniciada com dose baixa de 50 ml/ dia, aumentando-se outros 50 ml/ dia a cada nova semana, podendo chegar a uns 300 ml/dia. O efeito, entretanto, não é imediato. Portanto é preciso iniciar a administração do óleo, pelo menos, uns dois meses antes da exposição, para que quando chegar a data do julgamento o efeito do óleo na pelagem já esteja bem realçado.

Escore corporal O escore corporal ou estado físico deve ser tal que o animal não esteja magro nem gordo, ou seja, que esteja num estado atlético ou, na minha opinião, levemente acima disso. O relevo das costelas não pode aparecer, mas deve ser sentido facilmente quando apalpadas.

Condicionamento físico Na raça Mangalarga o julgamento fenotípico não costuma ser muito demorado para cada categoria. Portanto, mais do que resistência é vantajoso o condicionamento para desenvolver os músculos, elasticidade e coordenação motora. No treino para desenvolver músculo visar musculação através de exercícios de força usando plano inclinado, sobrecarga de peso, tracionamento. No treino para elasticidade e coordenação motora usamos os flexionamen-

tos típicos do Adestramento. No caso das provas de andamento, que costumam durar cerca de uma hora, a qualidade mais requerida aí sim é a resistência e então o foco do treinamento devem ser os exercícios aeróbicos, isto é, exercícios realizados com longa duração e numa intensidade tal que haja relativo equilíbrio entre absorção e gasto de oxigênio. Mas esses treinamentos, tanto de força como de resistência, não devem ser feitos de maneira empírica. Cada vez que for trabalhar controle o batimento cardíaco em repouso, imediatamente após o exercício e também 10 minutos depois. Você precisa anotar isso todas as vezes que trabalhar para, depois comparando as anotações, poder analisar a evolução do condicionamento. Quando ele é bom todos os batimentos, ao longo do tempo, devem baixar. Para maiores detalhes busque a assessoria de um profissional especializado ou procure na própria ABCCRM o CD com a palestra que ministrei poucos anos atrás sobre métodos de treinamento, durante o ciclo de palestras para atualização dos criadores.

Sela Por causa de um cravo perdeu-se a ferradura. Por causa da ferradura perdeu-se o cavalo. Por causa do cavalo perdeu-se a batalha. Por causa da batalha perdeu-se a guerra. Conquanto esse ditado enfatize a importância de um bom ferrageamento, uma boa sela também é um fator muito importantíssimo no treinamento e na apresentação de um equino no julgamento de exposição. Evidentemente a sela deve ser posicionada corretamente no dorso do cavalo, o que significa colocá-la

logo ao final da cernelha. Uma sela boa também deve situar o cavaleiro corretamente, o que significa posicioná-lo nem muito para frente nem muito para trás no acento. O meio do acento na sela deve estar bem próximo da vertical que passa pelo centro de gravidade do cavalo quando parado. Idem com as saídas dos loros que devem deixar os estribos e os pés do cavaleiro em baixo da cintura dele. Mas para o conforto do cavalo, a fim de que ele possa apresentar movimentos soltos, elásticos e livres de limitações por dor ou incômodos, nem o acento nem nenhuma parte da sela deve tocar a espinha do cavalo. Além disso, os dois painéis, isto é, as duas basteiras do suador, as quais devem ser macias, precisam conservar entre elas uma distância de, pelo menos, quatro dedos médios. Isso é para que as pressões do ajustamento da cilha e da barrigueira não se façam sentir perto da coluna vertebral do cavalo. O apoio do suador na frente também não pode se fazer sobre a face superior das espáduas, sob pena de encurtamento das passadas do cavalo. O apoio do suador deve terminar quando começa a cernelha e as espáduas. Cilhas muito adiantadas incomodam e até podem causar esfolamentos no cilhadouro. Selas leves ajudam os cavalos. Enfim, a sela deve ser correta e confortável, não só para o cavaleiro, mas também, e principalmente, para o cavalo.

Apresentações para verificação de aprumos em dinâmica Um dos momentos onde a inexperiência dos apresentadores mais causa desvantagem ao seu cavalo é na hora da apresentação, em linha reta, dos aprumos em dinâmica, isto é,


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Equitação Em qualquer cavalo de sela é fundamental que haja uma boa Equitação. Mormente no Mangalarga no qual, no julgamento fenotípico, o juiz costuma montar. Mas que aspectos da Equitação são mais relevantes? Eu diria que todos, mas principalmente regularidade e impulsão. Sem impulsão não há Equitação diz o ditado, por sinal muito apropriado. Impulsão, entretanto, não é correria, é energia sob controle. Masantes da impulsão vem a regularidade. Por regularidade podemos entender não querer mudar de andamento se isso não for solicitado. Mas regularidade inclui mais do que isso. Nuno Oliveira, grande cavaleiro português e renomado mestre de Equitação, dizia que regularidade inclui também não mudar de gesto, de velocidade nem de amplitude das passadas dentro do mesmo andamento. Você tem que poder aliviar, ou até eliminar, o seu contato (com a boca e com os costados do cavalo) e o animal tem que manter o mesmo andamento e o mesmo ritmo, até que

algo novo seja solicitado. Esse é o correto, esse é o animal leve e prazeroso. Se ele além de regularidade tem impulsão aí você já pode partir para trabalhar os flexionamentos. Flexionamentos em uma pista, isto é, onde os pés seguem o mesmo rastro das mãos e flexionamentos em duas pistas, isto é, onde os pés não seguem o mesmo rastro das mãos. Como flexionamentos em uma pista temos os longitudinais e os laterais. Os longitudinais são as transições, a meia parada e os saltos de obstáculos (preferentemente desmontados). Os flexionamentos laterais em uma pista são a serpentina, o círculo, o oito e a espiral. Os flexionamentos laterais em duas pistas são o cedência à perna, o espádua à dentro, o travers, o renverse e o apoio. Todos esses flexionamentos levam a melhorias na (o): - postura como um todo e principalmente da cabeça através da flexão na nuca; - engajamento dos posteriores; - leveza das rédeas por transferência de peso para os posteriores; - flexibilidade da coluna para curvas, volteios, alongamentos e reuniões; - elasticidade e prevenção deinjurias nos músculos, nos tendões e nos ligamentos. - amplitude de passadas devido à maior mobilidade e maior raio de ação das articulações. Todos esses exercícios devem ser feitos a passo, a trote (marcha trotada) e a galope. Quando o animal tem isso bem desenvolvido as partidas ao galope na mão e pé corretos acontecem com facilidade e quase sem erros. Depois disso as mudanças de galope no ar, isto é, mudanças de pé e mão sem interrupção do galope também acontecem com muito

mais facilidade e com muito menos erros, desde que solicitadas clara e corretamente. Um cavalo que tem todo esse treinamento bem desenvolvido faz mudanças de galope no ar até em linha reta. O máximo da Equitação é quando essas mudanças se fazem em séries de cada quatro passadas, depois a cada três, depois a cada duas e, por último, ao tempo, isto é, a cada passada. Mas claro para o julgamento em exposição não é preciso chegar a tanto. Como já diziam as três máximas do célebre francês general L’Hotte, resumidamente um cavalo bem equitado é um animal “ calmo, direito e para frente”. Calmo quer dizer tranquilo e regular; direito quer dizer que não é torto ou pesado, isto é, duro de um lado; para frente quer dizer que tem impulsão, o que significa energia controlada, vontade de avançar, porém conservando disciplina e prontidão para atender novos comandos.

Norberto Cândido.

em movimento. Tanto no montado como, principalmente, no desmontado, quando o apresentador não fixa o olhar e a direção retilineamente para onde deve ir, ele acaba fazendo pequenos desvios e correções de rumo. Nesses momentos, quando o animal está sendo observado por trás, sempre há, por causa dos desvios e correções de rumo, oscilação nos jarretes e com isso o juiz, muitas vezes, acaba penalizando o animal quando comparado com outro que foi mais reto e não apresentou desaprumos nos jarretes em movimento. Portanto, atentar muito para a retilinidade nessa hora.

Sergio Beck Hipólogo, treinador e instrutor de Equitação e Atrelagem sbeckequinos@yahoo.com.br (41) 9953-0317 / (48) 9162-7185


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DEZ DICAS PARA TRANSPORTAR SEUS CAVALOS PARA A EXPOSIÇÃO NACIONAL Divulgação

1. Programe os dias de viagem, especialmente se você vem de longe. Viaje com tempo necessário para os cavalos chegarem bem, terem tempo de descansar antes das provas. 2. Leve baldes. Esvazie os cochos de parques de exposição e utilize baldes para o fornecimento de água. Não confie nas doenças virais e bacterianas! 3. Se você vai contratar caminhão, priorize a qualidade do caminhão e não somente o preço. Ainda vemos muitos criadores contratando caminhões boiadeiros para o transporte de cavalos. 4. Leve seu melhor time de tratadores. Não arrisque. Leve gente comprometida com os cavalos e não com a festa! 5. Monte uma boa caixa de enfermagem, tanto para a viagem como para os dias de exposição. Peça ao seu veterinário que auxilie na montagem. Mesmo sabendo que você terá todo o apoio dos organizadores, leve sua caixa. 6. Correntes, cadeados. Leve com sobra. Coloque nas cocheiras dos seus cavalos, nos quartinhos de selas. Proteja tudo e todo mundo!

Aluisio Marins é reitor da Universidade do Cavalo.

7. Ao chegar no local, pense primeiro nos cavalos. Verifique as cocheiras, se precisar limpe-as. Verifique o estado geral das instalações e organize a vida dos cavalos. 8. Durante o tempo em que seus cavalos não estão em pista, tire-os das cocheiras o máximo que puder. Saia para passear ao cabresto ou mesmo montado se der. Vai fazer bem e acalma, dá fome, dá sede e o cavalo descansa na cocheira. 9. Verifique que seus cavalos es-

tão tomando água e comendo bem. Alguns cavalos sentem as saídas de casa e deixam de tomar água principalmente. 10. Forneça feno a vontade sempre. Não deixe seu cavalo sem feno nas exposições. É melhor ele comer feno do que serragem estranha, ficar caminhando, etc. Boa exposição! Aluisio Marins, MV Universidade do Cavalo www.universidadedocavalo.com.br


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ALIMENTANDO CAVALOS: ASPECTOS BÁSICOS

são ótimas escolhas para fornecer os benefícios da fibra além de contribuir com energia.

odo mundo sabe que os cavalos precisam de forragem e ração... mas quanto? Com que frequência? De que tipo? O que mais? As respostas podem variar levemente para cada cavalo dependendo de tamanho, raça, função e estágio de desenvolvimento.

Enquanto algumas categorias de equinos sobrevivem muito bem somente na forragem, cavalos de esporte e trabalho precisam de energia adicional na dieta. Os concentrados à base de grãos tradicionalmente fornecem esta energia extra. As plantas armazenam energia nas suas sementes na forma de amido, e estes grãos de alto teor energético como a aveia, milho e cevada são à base de muitas dietas animais. As cadeias de glicose que compõem o amido são metabolizadas no intestino delgado do cavalo para produzirem glicogênio.

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Felizmente para o proprietário, nutricionistas equinos formulam alimentos e dietas para diversos tipos de cavalo. Estas dietas e produtos são baseados nas recomendações do Conselho Nacional de Pesquisas americano, determinadas após anos de estudo em nutrição equina.

Forragem O cavalo foi desenhado para pastar mais ou menos continuamente, ingerindo uma grande quantidade de material fibroso ao longo do dia. Apesar do estômago ser relativamente pequeno, o intestino do cavalo é bastante grande, e sua funcionalidade é crítica para a saúde e nutrição equina. O intestino equino é habitado por bilhões de microorganismos que auxiliam na digestão da fibra. A fermentação da fibra produz ácidos graxos voláteis, incuindo butirato, acetato e propionato, que podem ser usados pelos cavalos para satisfazer seus requerimentos energéticos. Para manter o bom funcionamento do trato intestinal, todos os cavalos devem receber algum volumoso (forragem) diariamente. Uma quantidade mínima de 1 a 1,5% do peso do cava-

lo deve ser fornecida. Pastos de alta qualidade são frequentemente o meio mais fácil e econômico de atingir as necessidades de fibra dos cavalos e tempo livre de pastagem pode ser uma parte importante de um programa alimentar. O manejo correto dos pastos é crítico para manter a qualidade da forragem. Análises de solo devem ser feitas rotineiramente, e os pastos devem ser fertilizados, calcareados, roçados e rotacionados de acordo com a necessidade. O feno é a alternativa de fibra mais frequentemente utilizada quando não há pastos sufucientes. Coast-cross, Tifton, Rodes e Jiggles são gramíneas tipicamente usadas para fenação; a alfafa é a leguminosa mais utilizada para o mesmo fim. As leguminosas são geralmente mais ricas em nutrientes que as gramíneas, mas muitas categorias de equinos não requerem a alfafa para atingir seus requerimentos nutricionais. Um bom feno deve ter um odor adocicado, cor verde, ser livre de pragas e ervas daninhas e conter baixo teor de talos. Fenos com excesso de pó ou com mofo não devem ser fornecidos aos cavalos. As plantas desenvolvem mais lignina (porção da fibra não digerida pelos cavalos) à medida que ficam mais maduras, por isso o feno ceifado mais novo é geralmente mais atrativo e nutritivo que fenos colhidos maduros. Para alguns programas alimentares, as chamadas “superfibras”, como a casca de soja e a polpa de beterraba,

Ração

Gordura Outra fonte de energia são as gorduras, que são aproximadamente 2.25 vezes mais densas em energia que o amido. Facilmente digeridas no intestino delgado, as gorduras são absorvidas na forma de ácidos graxos livres. Esta fonte de energia pode reduzir a quantidade de glicogênio consumida em exercícios de baixa intensidade. Enquanto as gorduras podem ser usadas por todas as categorias equinas, os concentrados com adição de gordura (aqueles que contêm mais de 5% de gordura) são particularmente adequados para cavalos desempenhando exercícios intensos.

Proteína Cavalos necessitam de proteína, mas nem todas as proteínas são iguais em termos de qualidade e digestibilidade. A proteína nas dietas equinas deveria ser selecionada para fornecer aminoácidos essenciais. O farelo de soja é


Espaço Técnico uma das fontes de proteína mais ricas devido a seu alto conteúdo de lisina. Este aminoácido é essencial, especialmente para potros em crescimento, uma vez que o cavalo não sintetiza este aminoácido para formar e reparar tecidos. Cavalos jovens precisam de níveis mais altos de proteína que cavalos adultos, em manutenção ou em trabalho leve.

Minerais Por causa das diversas funções críticas que desempenham, os minerais são importantes para todas as categorias de cavalos, e podem ser o único suplemento necessário para equilibrar a dieta de um cavalo em manutenção mantido em bom pasto. Os requerimentos minerais variam para diferentes idades e categorias equinas. O Cálcio e o Fósforo, na proporção correta (pelo menos 1,5:1), bem como em quantidades adequadas, são vitais para a boa formação e manutenção dos ossos, contração muscular, metabolismo energético e coagulação sanguínea. O Sódio e o Cloro são importantes eletrólitos geralmente obtidos em quantidades adequadas através dos alimentos e de acesso livre a sal comum (sal branco). O Magnésio, Potássio, Ferro, Cobre, Zinco e Manganês e Selênio também são necessários em pequenas quantidades. Os proprietários de cavalos não precisam se preocupar com tipos, quantidades e proporções dos minerais, uma vez que os melhores alimentos comerciais são formulados para satisfazer as necessidades dos cavalos em cada categoria, estágio de desenvolvimento e função atlética se as orientações de uso do produto forem seguidas.

Vitaminas Estes nutrientes são necessários para manter vários sistemas do organismo funcionando adequadamente. Algumas vitaminas precisam ser obtidas através dos alimentos, e outras são sintetizadas no próprio organismo equino. Algumas vitaminas podem ser armazenadas para uso posterior; uma vez que o cavalo tem reservas dessa substância, a suplementação pode ocasionalmente gerar uma reação tóxica. Outras vitaminas não podem ser armazenadas e devem ser fornecidas de forma frequente para evitar as deficiências e manter o organismo estocado de substâncias necessárias a seu funcionamento. Da mesma forma que com minerais, uma ração bem formulada contém níveis de vitaminas adequados às necessidades dos cavalos para os quais ela foi preparada. Utilizando o produto na quantidade recomendada, os proprietários podem estar seguros de atender as necessidades de seus cavalos.

Tipos de Alimentos Os grãos puros, ou “in natura”, como o milho, a aveia e a cevada, podem ser fornecidos inteiros ou levemente processados (achatados, laminados etc.). A palatabilidade geralmente é boa, mas estes grãos sozinhos não fornecem todos os nutrientes necessários para o crescimento de potros ou para a manutenção tecidual e produção energética de cavalos trabalhados intensamente. Rações texturizadas, comumente chamadas “laminadas”, são uma mistura de vários grãos cereais, melaço e óleo. Um pellet balanceador é incluído para fornecer vitaminas a minerais em quantidade que equilibra a mistura total. Outros ingredientes como óleos e superfibras podem ser adicio-

nados. As rações texturizadas são livres de pó e altamente palatáveis para a maioria dos cavalos. Rações peletizadas geralmente contêm os mesmos ingredientes que as rações texturizadas. Os ingredientes são moídos e processados através de uma matriz peletizadora. Os pellets eliminam o problema da seleção dos ingredientes por cavalos com apetite melindroso.

Manejo Alimentar Tanto a ração quanto o feno precisam ser armazenados em locais secos, livres de infestação de roedores e de contaminação com pó e ao qual os cavalos não tenham acesso. O feno deve ser fornecido várias vezes ao dia, evitando longos períodos de jejum. Os proprietários devem assegurar a seus cavalos acesso contínuo a água limpa e fresca. A ração diária deve ser dividida em diversas refeições pequenas, de no máximo 2 a 2,5 kg cada. Proprietários devem consultar seus fornecedores, veterinários e nutricionistas para selecionar os produtos formulados para o tipo, idade e função de cada cavalo. Após determinar o peso do cavalo, o proprietário pode verificar as instruções da ração para determinar a quantidade a ser fornecida. Levando em consideração a condição corporal do cavalo (muito magro, muito gordo ou ideal) e intensidade de trabalho, o proprietário pode monitorar o ganho ou perda de peso mensalmente, ajustando a quantidade ou tipo de ração e de forragem para manter o animal saudável e com energia. Vanesa Mesquita Zootecnista e Gerente de Produtos Equinos da InVivo Nutrição e Saúde Animal vanesa_mesquita@invivo-nsa.com.br


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