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Índice Verdão na Libertadores/2009
Editorial Affonso Della Monica Netto Presidente da Diretoria
Decisão do associado é soberana e será respeitada
Pág. 8 Sub-11 Campeão Paulista
Prezado associado e palmeirense. Não poderia começar este editorial sem expressar os meus mais sinceros agradecimentos a torcedores, associados e amigos que comigo estiveram à frente dos destinos da Sociedade Esportiva Palmeiras nos últimos quatro anos. A não aprovação da nossa idéia de adequação dos estatutos ao calendário político do clube, definida em pleito no último dia 13, expressou de forma clara e cristalina o desejo da maioria dos associados e, por isso, curvamo-nos a essa decisão. Contudo, faço questão de salientar que quando assim resolvemos agir não tivemos como interesse pura e simplesmente a prorrogação do mandato. Democráticos, todos os que ao meu lado trabalharam nestes dois últimos biênios objetivaram unicamente fazer com que o ambiente político, historicamente sempre muito disputado no Palmeiras, passasse a partir de agora a não mais interferir diretamente no desempenho e na programação do nosso futebol que, como sempre saliento, foi, é e continuará a ser eternamente a maior razão de existir deste clube.
Pág. 12 Ariane, a Musa do Brasileirão
Mas se não é desta forma que pensa a maior parte dos sócios, não nos cabe questionar e nem mesmo lamentar. Ao contrário: como acima de tudo sempre colocamos o Palmeiras e não os interesses pessoais, garantimos que seguiremos no comando com a mesma dedicação e responsabilidade até que as eleições do próximo mês elejam o novo supremo mandatário do clube que tanto amamos. Desde já, seja ele quem vier a ser, desejamos que seu mandato seja repleto de sucesso e que sob seu comando o Verdão siga cumprindo o seu destino, que é ser sempre o primeiro. E, claro, este palmeirense estará ao seu inteiro dispor para colaborar. Estou absolutamente certo de que à frente da presidência da diretoria cumpri com o meu dever. Nos últimos quatro anos o Palmeiras cresceu gigantescamente em todos os campos. Nosso associado passou a ter um clube ainda mais à sua altura, o time de futebol voltou a ser respeitado e temido pelos adversários, conquistou o título paulista deste ano e, no período, garantiu classificação para duas edições da Copa Libertadores da América. Nossas categorias de base passaram a contar com toda a infra-estrutura necessária para que pudessem obter resultados como o da equipe Sub-11, campeã paulista de 2008, a Arena Palestra Itália é uma realidade, etc. Falando, agora, mais especificamente sobre a matéria de capa desta edição, é claro que assim como todos vocês também este palmeirense esperava por mais um título do Campeonato Brasileiro. Porém, por motivos aliás muito bem explicados em nossas páginas, tal objetivo não pôde ser alcançado. Mas a qualidade da equipe foi reconhecida, e a prova é que na festa de encerramento da competição nada menos do que oito profissionais do Palmeiras figuraram entre os melhores. Finalizando, 2008 se aproxima do fim. Assim, desejo a todos um Natal onde o amor e a paz sejam protagonistas e um 2009 com saúde, prosperidade e, claro, muito verde e branco também. “Lutar, sempre; vencer, quando possível; esmorecer, jamais”.
Pág. 16 Kléber .................................................. Pág. 06 Prêmio CBF ........................................ Pág. 10 Arena Palestra Itália ........................... Pág. 18 Adequação do Estatuto ....................... Pág. 19 Retrospectiva/2008: Futebol ............... Pág. 20 Homenagem ........................................ Pág. 24 Retrospectiva/2008: Social ................. Pág. 29 Retrospectiva/2008: Marketing ........... Pág. 30 Retrospectiva/2008: Amador............... Pág. 31 Periquitos em Revista ......................... Pág. 38
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Palmeiras abre suas portas aos futuros “professores” do futebol
Mesa oficial da solenidade de abertura do evento promovido pelo SITREFESP, que contou com apoio do Palmeiras. Técnicos do amanhã já começam a se preparar para os desafios.
Clube cede instalações e profissionais à realização do XV Curso Nacional para Treinadores de Futebol
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ugar de “mestre” é no Verdão.
Pensando desta forma, o Palmeiras sediou em novembro o XV Curso Nacional para Treinadores de Futebol. O evento foi organizado pelo Sitrefesp (Sindicato dos Treinadores de Futebol do Estado de São Paulo), presidido pelo experiente Mário Travaglini. Na oportunidade, os alunos tiveram a chance de manter contato com renomados nomes do futebol brasileiro. A palestra inicial coube ao atual campeão da Copa do Brasil pelo time do Sport/PE e ex-treinador do Palmeiras no começo dos anos 90, Nelsinho Baptista.
Para o gerente de futebol palmeirense, Toninho Cecílio, “a valorização da imagem do Palmeiras se deu pela cooperação com a capacitação de quem atua ou quer ingressar na área”. Já o técnico da equipe Sub-20, Betinho, foi responsável por um dos trabalhos de campo ministrado aos alunos.
Durante os cinco dias do evento, passaram seus conhecimentos a futuras gerações, além de Nelsinho Baptista e Mário Travaglini, também Toninho Cecílio, que falou sobre gerenciamento esportivo, o ex-árbitro Emídio Marques Mesquita, abordando as novas regras e interpretação do jogo e Oswaldo Alvarez, que detalhou o esquema 3-5-2.
O XV Curso Nacional para Treinadores de Futebol contou com a participação de 94 inscritos, entre os quais ex-atletas, como Sangaletti e Márcio Griggio. Eles puderam assistir a palestras de renomados técnicos, caso por exemplo de Carlos Alberto Parreira, comandante da Seleção Brasileira tetracampeã mundial em 1994, nos Estados Unidos.
Outros destaques ficaram por conta do Dr. Osmar de Oliveira, que tratou sobre Medicina Esportiva, o preparador físico Flávio Trevisan, que discorreu sobre sua área de atuação, Estevam Soares, que orientou sobre tática, e o advogado João Guilherme Maffia, que trabalha no Sitrefesp e falou sobre as ações do órgão em várias frentes.
Expediente REVISTA DO PALMEIRAS, NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2008 Órgão Oficial de Divulgação da Sociedade Esportiva Palmeiras - Rua Turiassu, 1840 - Tel.: (11) 3874.6500 – Caixa Postal 818 – CEP 05005-000 – São Paulo/SP Conselho Editorial: Affonso Della Monica Netto, José Cyrillo Jr., Newton Lavieri Jr., Paulo Pinto, Rogério Dezembro, Rubens Reis e Fábio Finelli Coordenação Editorial: Soccer - (11) 3864.3197 Diretor e Jornalista Responsável: Lucas Neto (MTb 7.611) Editor-chefe: Márcio Trevisan - Golaço! Comunicação Ltda. - (11) 5584.7245 - www.golacocomunicacao.com.br Direção de Arte: Maurício Rito - www.mritodesigner.net Fotos: Arquivo do Palmeiras, Gazeta Press e Fábio Menotti Direção de Fotografia: Fábio Menotti Reportagens: Fernando Galuppo, Jairo Giovenardi e Fernando del Carlo Informações e Sugestões: revistadopalmeiras@uol.com.br
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Kléber O “Gladiador” que encanta o Palmeiras
Violento? Desleal? Que nada. Jogador tem é espírito vencedor. E é graças a ele que conquistou o coração de toda a torcida palmeirense.
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torcedor palmeirense gosta de jogadores técnicos, sim, mas que também que se entreguem em campo e, principalmente, tenham espírito vencedor. Todas estas qualidades podem ser encontradas em Kléber Giacomance de Souza Freitas, 25 anos, que chegou ao Palmeiras no começo de 2008 para fazer história. Já em seu segundo jogo com a camisa alviverde, o atacante mostrou que brilharia pelo Palmeiras: foi dele o chute que fez o goleiro corintiano Júlio César dar rebote nos pés de Valdivia, autor do gol da vitória por 1 a 0, em 2 de março. Depois disso, o atacante começou a se tornar personagem também fora das quatro linhas.
Devido a seu estilo de jogo, muitas vezes confundido com violento ou até mesmo desleal, Kléber passou a ser figura constante nos tribunais. No TJD paulista, por exemplo, foi suspenso por três jogos após uma disputa de bola com o zagueiro André Dias, do São Paulo/SP, em clássico do qual havia sido o maior destaque. Indiscutivelmente um grande jogador, foi fundamental nas duas partidas finais do Paulistão, contra a Ponte Preta/SP, e sendo também por isso um dos heróis da conquista do título do Campeonato Paulista deste ano. Se no primeiro semestre o jogador viveu entre o gramado e o tribunal, situação idêntica ele enfrentaria também após o início do Brasileirão.
Neste, foi julgado várias vezes pelo STJD mesmo após ter sido advertido ou inocentado pelo árbitro. E até parte da Imprensa passou a condená-lo. Foram necessárias várias conversas com o técnico Vanderlei Luxemburgo até que o jogador reaprendesse a jogar no Brasil. Graças a elas, terminou a temporada com 47 jogos e 12 gols. A partir de então, as críticas deram lugar a rasgados elogios, prova que a mídia, mesmo depois de um tempo, entendeu que Kléber não é violento ou desleal, mas sim um jogador com espírito vencedor. Exatamente o tipo que agrada em cheio à sempre exigente torcida palmeirense.
Respeito ao torcedor faz atacante manter estilo As críticas que recebeu durante a temporada tanto por jornalistas quanto por adversários podem ter ajudado o atacante Kléber a se controlar dentro de campo. No entanto, ele deixa claro que jamais mudará seu estilo de jogo: “Entro sempre para ganhar e não sou do tipo de jogador que tira o pé em dividida. Quando visto a camisa do Palmeiras sei que estou representando milhões de pessoas, e tenho de respeitar isso”, afirma.
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A forte personalidade e o estilo de jogo fazem o torcedor palmeirense e seus próprios companheiros pensarem o quanto Kléber será importante na próxima Copa Libertadores da América, torneio internacional ainda mais disputado do que o Brasileirão. “Estou muito ansioso. Este tipo de competição tem a minha cara, pois para vencê-la é preciso, claro, ter técnica, mas também muita garra. E isso não me falta”, garante.
O técnico Vanderlei Luxemburgo é um dos que fazem questão de defender o jogador e deixar claro que Kléber está totalmente aprovado no quesito lealdade: “Ele foi muitas vezes penalizado porque tem um estilo de jogo diferente. É muito forte e duro nas disputas de bola, mas não é violento”, afirma, no que é completado pelo próprio jogador: “Não posso mudar meu estilo. Continuarei firme, forte e honrando o Palmeiras”.
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Centroavante vive caso de amor com a galera alviverde Identificação com o torcedor surpreende e emociona Kléber, que garante: carinho é recíproco
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léber surpreendeu-se com o carinho do torcedor palmeirense desde que chegou ao clube. Neste bate-papo o jogador, apelidado de “Gladiador” devido à garra demonstrada em campo, revela que a decisão mais acertada de sua carreira foi a de aceitar a proposta do Palmeiras. RP - Quando você passou a notar um carinho especial do torcedor palmeirense? Kléber - O que muita gente não conquista aqui em anos, conquistei em meses. Para mim foi uma coisa impressionante, inesperada. O melhor que fiz na vida foi ter voltado ao Brasil, conquistado o título paulista e ter conseguido esta identificação com o torcedor palmeirense, que vê dentro de campo um cara que honra a camisa e luta a todo o momento pelas vitórias. RP - O que você já conseguiu no Palmeiras que ainda não havia conquistado? Kléber - Claro que a gente busca títulos, e comigo não é diferente. Também tenho meus sonhos, como por exemplo disputar uma Libertadores e chegar à Seleção. Mas para mim o mais importante é o carinho da torcida, até pelo fato de ter sido revelado e até jogado profissionalmente em um grande rival.
RP - A torcida do Palmeiras tem grandes ídolos, e um dos maiores é Edmundo, um jogador cujo estilo sempre aliou à técnica a raça, exatamente como o seu. Ele é um espelho do que você pode vir a ser? Kléber - Sempre sonhei ser um ídolo. Só que, claro, estou longe de ser um Edmundo até por tudo o que ele ganhou pelo clube. Mas espero conquistar cada vez mais os torcedores com minha raça e determinação a cada jogo. Quero mostrar que realmente me identifico com eles e com o Palmeiras. Isso é muito importante e espero que esta relação de carinho permaneça por muito tempo. RP - É verdade que você gosta mais de ganhar do São Paulo/SP do que dos outros adversários? Kléber - Olha, vou ser sincero: é verdade. E por dois motivos: primeiro porque existe uma rivalidade enorme entre a torcida deles e a nossa, e segundo porque eu comecei lá e sempre é bom poder mostrar o seu valor a quem te viu começando e não fez muito esforço para impedir a sua saída.
Paixão pelo Palmeiras é de família. E vem de berço. Durante as entrevistas concedidas aos jornalistas na Academia de Futebol, após os treinamentos, Kléber pode até disfarçar, mas em casa, junto aos familiares, as coisas são bem diferentes. O profissionalismo é deixado de lado e o jogador se torna mais um torcedor do Verdão.
E a situação “piora” quando a partida é importante ou decisiva. “Eles vão aos estádios, vibram, xingam, fazem tudo o que um torcedor comum faz. Quando a gente se prepara para um jogo decisivo, eles vêm pra cima de mim e me pressionam bastante”, afirma.
Isso porque a família do atleta é formada quase toda por palmeirenses, que fazem questão de pressioná-lo em dias de jogos: “Eles são fanáticos e sempre acompanharam o time”, admite.
Nascido e criado em Osasco/SP, Kléber se diz muito feliz por retornar à Sampa após quatro anos na Ucrânia: “Estou vivendo uma ótima fase e, agora que voltei, me sinto muito bem”, diz.
O apoio que recebe de familiares que em grande parte residem nas cidades de Osasco/SP e Barueri/SP, deixa Kléber à vontade para fazer uma confissão à Revista do Palmeiras. “Meu, nunca falei isso antes, mas a verdade é que tenho fotos quando criança com a camisa do Palmeiras, já que minha mãe é fanática pelo clube e meus avós eram italianos”, conta. Está explicada toda a sua garra em campo.
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América do Sul: aí vamos nós outra vez!!! Palmeiras carimba o passaporte para mais uma Copa Libertadores
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nstantes após a conquista do título paulista, o técnico Vanderlei Luxemburgo foi muito claro em sua declaração à Imprensa: “Nosso principal objetivo no segundo semestre é obter uma das quatro vagas para a Libertadores do ano que vem. Grandes clubes têm sempre de disputar grandes competições”, afirmou o treinador. Desta forma, pode-se afirmar que o Palmeiras termina a temporada de 2008 dentro das expectativas. Afinal, além da classificação ao maior torneio sul-americano, a equipe também faturou o título estadual, taça que estava ausente de nossa galeria havia 12 anos e que, por isso mesmo, foi muito comemorada.
E foi justamente por ter sido campeão estadual que todos esperavam uma colocação ainda melhor do que o 4º lugar obtido neste Campeonato Brasileiro. Aliás, o próprio comandante palmeirense pensava desta forma.
Em 2009, o time principal do Palmeiras disputará apenas três competições - a própria Libertadores e também os Campeonatos Paulista e Brasileiro. E novamente Vanderlei Luxemburgo não hesita em apontar qual será a prioridade alviverde.
“Como disse, o que almejávamos primeiramente era a classificação que obtivemos, mas é claro que um time como o do Palmeiras sempre tem de lutar pelos títulos que disputa. E acho, mesmo, que poderíamos ter sido campeões, mas infelizmente cometemos erros em jogos decisivos, como contra o Grêmio/RS e o Flamengo/RJ, que acabaram nos tirando da briga. Mas sempre é bom frisar que disputamos a taça até três rodadas antes do fim do Brasileirão”, lembrou.
“Lógico que meu time não vai dar mole pra ninguém. Se puder ser campeão paulista de novo, farei o impossível para isso. No segundo semestre, quando não teremos de dividir a atenção com outra competição, é claro que lutaremos pelo título nacional. Mas é óbvio que o bicampeonato sulamericano é prioridade, pois é algo que eleva o nome de quem o obtém para o mundo todo”. Te prepara, Libertadores: a gente está de volta.
Verdão detém o recorde brasileiro de participações Assim que se encerrou a última rodada do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras pôde comemorar sua volta à Copa Libertadores da América após dois anos de ausência. Aliás, participar do maior torneio sul-americano é algo corriqueiro para o Verdão, que o fará pela 14º vez em 2009, mantendo desta forma e neste quesito a hegemonia e a liderança dentre todos os demais clubes brasileiros na competição.
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Além do título obtido em 1999, relembrado na página ao lado, o Palmeiras teve outras excelentes participações na Libertadores. Nos anos de 1961, 1968 e 2000 o Verdão esteve bem próximo da taça, mas acabou ficando apenas com o vice-campeonato. Em 1971 e também em 2001, a campanha palmeirense também pode ser considerada positiva, já que a equipe chegou às semifinais de ambos os torneios.
Por outro lado, houve anos em que o Palmeiras não se saiu bem. Foi o caso, por exemplo, de 1973, 1974 e 1979, quando sequer passamos da Primeira Fase. Algo semelhante ocorreu em 1994 e 1995, edições nas quais o time não passou das oitavas e das quartasde-final, respectivamente. Em suas duas mais recentes participações na Libertadores, em 2005 e 2006, o Verdão parou na Terceira Fase.
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Em 99, Palmeiras é o Rei da América Comandado por Alex, Verdão obtém a maior de todas as conquistas
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mbora não haja um consenso, é opinião da imensa maioria dos palmeirenses que o título da Copa Libertadores da América de 1999 é o mais importante de toda a história do nosso clube. E agora que mais uma vez garantimos nossa presença no torneio que reúne os melhores times do continente, nada melhor do que recordarmos como o Palmeiras o pintou de verde e branco. Tudo começou com a conquista da Copa do Brasil de 1998, sobre o Cruzeiro/MG, com um gol pra lá de espírita marcado pelo centroavante Oséas. Na condição de campeão do País, o Verdão foi um dos representantes brasileiros na edição seguinte da Libertadores, em cuja primeira fase mediu forças com o Corinthians e com os paraguaios Olímpia e Cerro Porteño.
Nossa campanha, por sinal, não foi lá grande coisa: vencemos três, mas perdemos duas das Luiz Felipe Scolari levanta a taça de campeão da Libertadores: assim como Alex, seis partidas que Marcos e todos os demais jogadores, técnico também foi fundamental à conquista disputamos, ficando com a segunda vaga do grupo e, por isso, tendo de Nas quartas, de novo nosso maior rival pela encarar, já nas oitavas-de-final, o Vasco da frente e uma vitória para cada lado. Na disputa Gama, então campeão sul-americano. por pênaltis, dois deles bateram pra fora e o Verdão já estava nas semifinais. Nestas, o Para complicar ainda mais a situação, o Verdão adversário foi o River Plate/ARG, que nos venceu apenas empatou o primeiro jogo, no Palestra, em casa mas não foi páreo no Palestra: 3 a 0, por 1 a 1, e teria de vencer em pleno São com direito a outro show do nosso camisa 10. Januário para seguir adiante. Contudo, em uma de suas mais memoráveis atuações com a O adversário da final foi o Deportivo Cáli/COL, camisa verde e branca, o craque Alex conduziu que complicou e levou a decisão do título para o time não só à vitória, mas também à goleada os pênaltis. Nestes, porém, o Verdão foi mais por 4 a 2 e a conseqüente classificação. competente e garantiu a inesquecível conquista.
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A festa é da CBF, mas o destaque é o Palmeiras
Maior contratação do Palmeiras para 2008, o meia Diego Souza fecha o ano com o prêmio que lhe dá tranqüilidade para brilhar na temporada 2009 e, desta forma, ajudar o Palmeiras a conquistar os bicampeonatos estadual e da Copa Libertadores da América: “Fico feliz pelo prêmio, que nada mais é do que o reconhecimento de um bom trabalho realizado. Infelizmente não conseguimos alcançar o objetivo maior, que era a conquista do título brasileiro, mas no ano que vem teremos ainda mais sucesso”, promete o jogador. Já o camisa 9 alviverde, que supriu a ausência de um atacante definidor, algo que não se via no Palestra Itália desde Vágner Love, não pôde comparecer ao evento, mas agradeceu pela votação de técnicos, jornalistas e jogadores de todo o País: “Estou muito feliz. Muito obrigado a todos aqueles que se lembraram de mim e, principalmente, ao Palmeiras, que me deu a oportunidade de ser artilheiro do Paulistão e agora o melhor centroavante do Brasil”, disse. O goleiro Marcos, que fez defesas importantes durante toda a competição e que também não foi à festa, ficou em terceiro lugar na sua posição, exatamente a mesma situação em que se classificou o lateral-direito Élder Granja. Já Pierre e Kléber, grandes destaques do time no ano, receberam o troféu de bronze com gosto de ouro. O cabeçade-área passou por sérios problemas pessoais mas, mesmo assim, teve forças para retornar, não esmoreceu e deu exemplo aos que desistem facilmente de lutar. Já o atacante, que caiu definitivamente no gosto do torcedor do Verdão, foi premiado principalmente por ser um batalhador, que não foge de divididas e busca o gol a todo custo. O técnico Vanderlei Luxemburgo ficou com o troféu de prata, assim como o lateral-esquerdo Leandro. Ambos viveram excelentes momentos neste ano. Além dos oito prêmios, o Palmeiras pôde festejar mais dois: o atacante Keirrison, do Coritiba/PR, que defenderá o Verdão em 2009, foi eleito a revelação do campeonato e ainda recebeu o troféu de ouro pela co-artilharia da competição, com 21 gols.
Diego Souza e Alex Mineiro entram na seleção do Brasileirão/2008. E clube tem mais seis premiados.
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Palmeiras foi o grande destaque da festa de premiação dos melhores jogadores do Campeonato Brasileiro/2008, o sexto disputado sob o mesmo sistema, o de pontos corridos.
O alviverde foi o clube com o maior número de indicações, oito no total, e conquistou dois troféus de ouro. O primeiro deles na categoria “melhor meia-direita”, com Diego Souza, que venceu Íbson, do Flamengo/RJ, e Tcheco, do Grêmio/RS. Já o segundo foi conquistado na categoria “melhor centroavante”, e teve a vitória de Alex Mineiro, artilheiro alviverde na temporada 2008 com 37 gols, que ficou à frente do também palmeirense Kléber e do colorado Nilmar.
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Alex Mineiro levou o ouro de melhor centroavante
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Prêmio Brasileiro 2008
O diretor Gilberto Cipullo, o assessor Antônio Carlos Corcione e o presidente Affonso Della Monica Netto representaram a S. E. Palmeiras
Orgulhoso com o seu troféu de prata, Luxemburgo era só sorrisos...
Jogadores do Palmeiras, familiares e amigos acompanharam juntos a entrega dos prêmios, que aconteceu no Hotel Viva Rio
Kléber não escondeu a alegria por estar entre os melhores do País
Exemplo de dedicação, Pierre teve seu grande talento reconhecido
Élder Granja foi mais um jogador do Verdão a ser lembrado na festa
Marcos não pôde ir à festa, mas também garantiu o seu troféu de bronze
Leandro teve um ótimo ano e foi o segundo melhor lateral-esquerdo
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Palmeirense é campeão desde pequenininho Time Sub-11 do Verdão fatura em 2008, de forma invicta, título paulista da categoria
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e é de pequenino que se torce o pepino, é também desde cedo que se aprende a ser vencedor. E foi exatamente isso o que aconteceu com a menor das categorias de base alviverdes: no último domingo de novembro, o time Sub-11 do Palmeiras se sagrou campeão invicto do primeiro Campeonato Paulista da categoria. E para ficar ainda mais gostoso, nossa festa se deu em cima do Corinthians. Jogando no Pacaembu, o Verdão empatou por 1 a 1 e, como havia vencido o primeiro jogo, na Academia de Futebol, por 2 a 1, garantiu a conquista do torneio promovido pela Federação Paulista de Futebol. O gol que garantiu mais este pioneirismo alviverde foi marcado por Matheus, aos 4 minutos do segundo tempo. A façanha do Palmeiras coroa o trabalho exercido pelo técnico Chiquinho, exlateral-direito do próprio Verdão.
O treinador Chiquinho levou o Verdão ao título paulista Sub-11
No ano passado, ele já havia faturado o título da categoria Sub-13, mas até então o torneio não era oficialmente reconhecido pela FPF. O time da final foi o seguinte: Vinícius; Matheus, Vinícius Souza, Feliphe e Lucas Camilo; Gustavo, João Marcos, Eduardo e Victor Silva; Gabriel Santos e Fabio Henrique. No banco ficaram Matheus Pozzi, Gabriel Luiz, Lucas, Felipe Batista, Lucas Dias, Clayderman e Fernando Toledo. Fizeram parte da comissão técnica o preparador físico Luciano Carioca, o médico Fernando Gouvea e o massagista Paulo Oliveira Santos, além do chefe da delegação, Marcelo Barozzi, e de seu auxiliar, Arthur Ramalho Albuquerque. Em 22 jogos, a equipe palmeirense somou 14 vitórias e 8 empates, e teve como artilheiro o meia Victor Silva, com 14 gols. De acordo com o diretor das categorias de base do clube, Ademir Prevelato, o título representa um novo caminho para o Verdão. “Tivemos uma excelente participação neste ano. Além de desempenhar um primoroso projeto dentro de campo, cuidamos dos nossos garotos fora dele, com acompanhamento educacional, de nutricionista, assistente social e psicólogo. Nossas equipes conseguiram boas colocações e o título do Sub-11 representa um avanço no nosso trabalho”, comentou o dirigente.
“Graças a Deus meu começo de carreira como treinador tem sido bastante feliz. Meu maior objetivo é preparar os meninos para serem bons profissionais, mas é claro que ser campeão é sempre muito bom”.
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A Campanha 1ª FASE 18.05 - Portuguesa Desp. 2 x 2 Palmeiras 25.05 - Palmeiras 3 x 0 Juventus 01.06 - São José 0 x 4 Palmeiras 08.06 - Palmeiras 4 x 0 Flamengo de Guarulhos 15.06 - Nacional 1 x 1 Palmeiras 22.06 - Palmeiras 2 x 2 Portuguesa Desp. 29.06 - Juventus 1 x 2 Palmeiras 06.07 - Palmeiras 1 x 0 São José 03.08 - Flamengo de Guarulhos 0 x 7 Palmeiras 17.08 - Palmeiras 1 x 0 Nacional 2ª FASE 24.08 - Mauaense 1 x 1 Palmeiras 31.08 - Palmeiras 2 x 0 Campinas 07.09 - Rio Preto 0 x 4 Palmeiras 14.09 - Palmeiras 0 x 0 Rio Preto 21.09 - Campinas 0 x 0 Palmeiras 28.09 - Palmeiras 1 x 0 Mauaense 3ª FASE (QUARTAS-DE-FINAL)
Ex-lateral se torna técnico “papa-título” Embora por apenas 17 partidas, Francisco da Silva Júnior foi o lateral-direito titular do Palmeiras em 1984. Mas a história reservava páginas muito mais nobres para Chiquinho em nosso clube: no ano passado, ele levou o time Sub-13 ao título regional extra-oficial e, agora, foi o comandante do Verdão na conquista do Campeonato Paulista Sub-11.
Os caçulas do Palmeiras comemoram a inédita conquista do Paulistão
Chiquinho diz que a maior dificuldade em se trabalhar com crianças é fazer com que cada uma cumpra a função tática. “Muitas vezes elas não entendem que é preciso manter a posição e a faixa do gramado em que atuam, mas isso é normal com jovens jogadores”. O técnico palmeirense, que também fez ótima campanha com a equipe Sub-13, chegando às semifinais do Paulistão, salienta toda a estrutura de trabalho oferecida pela diretoria. “O Palmeiras está de parabéns. Agindo desta forma certamente revelará vários craques no futuro”, assegura.
12.10 - Palmeiras 3 x 0 Olé Brasil 19.10 - Olé Brasil 0 x 1 Palmeiras 4ª FASE (SEMIFINAL) 09.11 - Palmeiras 1 x 0 Santos 16.11 - Santos 1 x 1 Palmeiras 5ª FASE (FINAL) 23.11 - Palmeiras 2 x 1 Corinthians} 30.11 - Corinthians 1 x 1 Palmeiras
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Sub-13 chega à semifinal O técnico Chiquinho por pouco não carimbou o passaporte para as duas finais de Campeonatos Paulistas que disputou neste ano. Comandante dos times Sub-11 e Sub-13 do Palmeiras, nosso exjogador chegou à decisão com os caçulas (aliás, faturando o título) e levou a categoria imediatamente superior às semifinais.
O técnico do Sub-17 do Palmeiras, Hamilton Ramos, queria o título. Mas a revelação de jogadores também é motivo de comemoração.
Sub-15 vacila no fim
Juvenis ficam a uma vitória da final do Paulistão Equipe Sub-17, comandada pelo técnico Hamilton Ramos, pára na semi. Mas trabalho rende frutos.
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oi por pouco.
O time Sub-17 do Palmeiras cumpriu a melhor campanha dos últimos tempos no Campeonato Paulista. Comandados pelo técnico Hamilton Ramos, nossos juvenis chegaram às semifinais e só não conseguiram uma vaga na grande decisão porque encontraram pela frente não apenas um bom adversário, mas principalmente um campo horrível no primeiro jogo das semifinais. “Que o Grêmio Barueri tinha uma ótima equipe ninguém discutia, mas o que pesou mais para a nossa eliminação foi o fato de termos jogado a primeira semi no campo do Jardim Califórnia, que é muito pequeno e tem um gramado horroroso. E o time deles, que treinava lá todo dia, soube aproveitar bem esta vantagem. Já no jogo de volta, como tínhamos de vencer por dois gols de diferença, atacamos desordenadamente e levamos os gols nos contra-ataques”, comentou o treinador palmeirense. Hamilton Ramos, porém, salienta ter ficado satisfeito com o desempenho do Sub-17 do Palmeiras neste Campeonato Paulista, e explica os motivos que o fizeram pensar desta forma.
“Tínhamos tudo para decidir a taça também com o Sub-13, mas quando se trabalha com jogadores ainda muito jovens, crianças até, às vezes um pequeno detalhe, um erro comum, acaba causando uma derrota. De qualquer forma, acho que este grupo também tem os seus méritos, pois honrou a camisa do clube”, disse o ex-lateral-direito dos Verdão no começo dos anos 80.
“Pouca gente sabe, mas preparar jogadores para o time imediatamente acima também é um dos objetivos das categorias de base. Ou seja: o Sub15 prepara para o Sub-17, que por sua vez treina para o Sub-20 e este, enfim, apronta alguns atletas para a equipe principal. E fazia mais de uma década que os Juvenis não promoviam tantos jogadores para os Juniores”, explicou. Hamilton se refere aos 10 garotos que, após serem observados pelo técnico do time Sub-20, o ex-meia Betinho, foram promovidos de categoria e já iniciaram os treinamentos visando à disputa da Copa São Paulo de Juniores, em janeiro do ano que vem, quando lutarão por um título ainda inédito para o Verdão. São eles: os laterais Luís Felipe e Andrade, o zagueiro Tainã, os meias Paulinho e Nicão e os atacantes Miguel, Peterson, Johnathan, Patrick e Ânderson Lima. “Claro que um clube da grandeza do Palmeiras sempre almeja os títulos das competições, e foi exatamente isso o que planejamos no início do Paulistão. Mas, como este objetivo não pôde ser atingido, acho que a revelação de tantos atletas também deve ser comemorada, pois mostra que o caminho escolhido estava correto”, finalizou o treinador palmeirense.
O time Infantil do Palmeiras tinha tudo para se classificar às semifinais do Campeonato Paulista da categoria. Após cumprir ótimas campanhas nas duas primeiras fases do torneio, a equipe comandada pelo técnico Márcio Rodrigues chegou à última rodada dependendo exclusivamente de suas forças para ir às semifinais. Para tanto, bastaria vencer o já eliminado Desportivo Brasil. Mas um surpreendente empate sem gols acabou eliminando os meninos palmeirenses antes da hora. “Foi muito chato porque tínhamos a vaga nas mãos. Mas o futebol tem dessas coisas e temos de estar sempre preparados”, lamentou o treinador.
Sub-20 tropeça no Interior A equipe de Juniores sempre é a que mais atenção recebe por parte dos torcedores, pois é nela que surgem as revelações para o time principal. Se olharmos por este aspecto, o trabalho de Betinho foi coroado de pleno êxito, já que o técnico Vanderlei Luxemburgo não só chegou a relacionar jogadores como Paulo Miranda e Souza como também teceu elogios a todo o grupo. Infelizmente, porém, no Paulistão estes jovens deixaram a desejar. Se nas duas fases iniciais foram muito bem, na terceira caíram demais de produção, mesmo tendo como adversárias apenas equipes modestas, casos de Mirassol, União São João e São Caetano.
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A mais linda palmeirense
Eleita a musa do Brasileirão, Ariane Gonzalez é a prova inconteste de que o Palmeiras é belo
Com a galera alviverde às costas, a mais bela musa do Campeonato Brasileiro posa para fotos: uma tarde inesquecível na vida da menina simples do Interior
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uperação, força de vontade, simpatia, sorriso encantador e um amor incondional ao Palmeiras.
Todas estas qualidades garantiram à Ariane Suelen Garcia Gonzalez a coroa de “Musa do Brasileirão/2008”, concurso com representantes de todos os clubes participantes da Série A da competição promovido pela Rede Globo. No total, a disputa contou com mais de 6 mil inscritas e o site Globo Esporte.com recebeu, durante as cinco eliminatórias, nada menos do que 250 milhões de acessos em sua página. A palmeirense Ariane, natural de Rio Claro/SP, pisou numa passarela pela primeira vez aos 2 anos, num desfile de fantasias. Aos 7, já viajava para São Paulo/SP a fim de fazer trabalhos fotográficos profissionais. Na primeira eliminatória tornou-se Musa do Palmeiras ao vencer duas concorrentes que desejavam representar o nosso clube. Na segunda, já entre as vinte representantes de todos os times do campeonato, derrotou as musas de Sport/PE, Cruzeiro/MG e Inter/RS e, na final, garantiu o título vencendo as também belas meninas de Ipatinga/MG, Figueirense/SC, Goiás/GO e Santos/SP.
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Colocar uma linha fina Confira a entrevista RP - Como surgiu a idéia de idéia de participar do concurso “Musa do Brasileirão”? Ariane - Na verdade, fui pega de surpresa, pois quem me inscreveu no concurso foi minha irmã, Andréia, que fez isso porque sabe do meu amor pelo Palmeiras e também por eu já ter trabalhado como modelo. Isso tudo sem me avisar! Ela fez meu álbum de fotografias, preencheu todas as fichas, etc. Descobri apenas porque apareceu uma foto minha no site.
RP - Como você se tornou palmeirense? Ariane - Quase todos os meus familiares são palmeirenses. Boa parte da família já nasceu verde: mãe, pai, irmã, tio. Sempre tive o incentivo para ser torcedora e o amor ao clube foi ficando mais forte com o passar dos anos. Quando eu tinha 10 anos, fui pela primeira vez assistir a um treino. Depois disso, a paixão se tornou avassaladora. RP - Qual seu jogo inesquecível?
RP - E o preparo para as eliminatórias? Como foi? Ariane - Tudo fica muito difícil quando você está de frente para as câmeras, sabendo que há milhões de pessoas te assistindo. Nos bastidores, a qualquer pergunta que me fizessem eu saberia responder, mas no ar o nervosismo toma conta, a emoção não deixa que você pense direito. Mas foram quase seis meses de preparação para o concurso. Claro que, como palmeirense, eu já sabia muita coisa, mas me dediquei mais e li muito sobre a história do clube pois, querendo ou não, o Palmeiras tem 94 anos de história. Não é como alguns times, que são mais novos, surgiram há pouco tempo, como por exemplo o Ipatinga/MG, e com isso fica mais fácil para saber a origem, os melhores jogadores, treinadores, etc. Mas eu me dediquei, estudei muito para conhecer profundamente o meu time e, graças a Deus, pude acertar a maior parte das perguntas.
Ariane - A semifinal da Libertadores de 2000, quando o Marcelinho bateu aquele pênalti e o Marcos agarrou. Achei que ia morrer naquele dia... Foi uma defesa fantástica, um jogo inesquecível. RP - Você é muito jovem, mas já acompanha o time há algum tempo. Das equipes do Palmeiras que viu jogar, qual a que mais te marcou? Ariane - Foi a de 1999, com Marcos, Júnior Baiano, César Sampaio, Paulo Nunes, o time campeão da Libertadores. Claro que, se falarmos em times mais clássicos, a Academia dos anos 70 foi a melhor. Mas dos que eu vi, o de 1999 encantou, principalmente pela garra dos jogadores e do Felipão. Além disso, aquele foi um título que eu comemorei muito, pois era inédito para o nosso clube e, por isso mesmo, se tornou inesquecível para toda a torcida.
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A bela e a tela
Talentosa, Ariane não esconde: um dia, quer invadir a nossa casa
O largo sorriso no lindo rosto não esconde a emoção que a palmeirense Ariane sentiu ao pisar no gramado do Palestra Itália pela primeira vez
Colocar uma linha fina m exclusividade à Revista do Palmeiras RP - O que achou do Verdão em 2008? Ariane - Foi um ano muito bom, principalmente por termos conquistado o título paulista. Muitos estão tristes por não termos vencido o Campeonato Brasileiro, mas pelo menos no Musa do Brasileirão o Palmeiras ganhou, né? (risos). RP - Qual foi o melhor jogador da temporada? Ariane - Marcos, que fez grandes defesas durante todo o ano e porque eu o adoro. Ele é o meu maior ídolo, ao lado do Ademir da Guia. O Marcos é insubstituível, um jogador incrível. Tive a oportunidade de conhecê-lo e vi que é uma pessoa do bem. Acho que quando ele parar de jogar o clube deve homenageá-lo com um estátua, assim como fez com o Junqueira, o Waldemar Fiúme e o Ademir. RP - Além de apaixonada por futebol, você também joga. Em qual posição? Ariane - Sou atacante. No colégio, quando era adolescente, podíamos escolher uma modalidade esportiva para praticar - vôlei, basquete, futebol. Como eu sempre fui moleca, escolhi jogar bola. Mas nunca fui profissional, não; jogo apenas por diversão. Quando eu era mais novinha, brincava com amigos, amigas e gritava o nome do Edmundo quando marcava um gol. Era maravilhoso.
RP - Como foi a sensação de ser aplaudida por mais de 20 mil palmeirenses no Palestra Itália? Ariane - Quando comecei a subir os degraus que me levariam ao gramado, passou um filme na minha cabeça. Lembrei meus pais assistindo aos jogos, eu com a blusinha do Palmeiras, ainda criança. Achei que teria uma parada cardíaca. Quando pisei no campo, preferi entrar descalça, para sentir a energia, e imaginei quantas pessoas gostariam de estar ali. Chorei muito. A emoção tomou conta de mim e nem fiz questão de me controlar. Devo tudo aos torcedores palmeirenses, que votaram em mim maciçamente. Se esta torcida não fosse forte, outra musa poderia ter vencido. Às vezes acho que estou sonhando... RP - O que projeta para sua carreira? Ariane - Fiquei quatro anos em São Paulo/SP trabalhando como modelo, mas já voltei para o Interior. Tudo ainda é muito recente e estou tentando deixar as coisas acontecerem naturalmente. Vou analisar com muito cuidado todas as propostas, tentando controlar a ansiedade. Mas garanto que irei continuar a mesma Ariane, incentivando sempre meu time, indo aos jogos. Modestamente, acho que posso ser um exemplo para os jogadores do Verdão, pois seu eu venci um concurso que teve mais de 6 mil meninas eles também podem ganhar o bi da Copa Libertadores no ano que vem.
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talento da bela e divertida Ariane Gonzalez fica evidente em suas expressões e também no respeito com que trata as pessoas. Muito ligada à família, a morena palmeirense contou com o apoio de todos para participar do concurso “Musa do Brasileirão”, e sabe que terá um incentivo ainda maior para dar continuidade à carreira artística. Ariane já demonstrou interesse em ser atriz, profissão que lhe encanta, mas que traz muitas responsabilidades. “É uma carreira que exige enorme dedicação. Não é apenas me colocar à frente das câmeras e interpretar: tem que estudar muito. Mas, surgindo uma chance, voltarei a me dedicar porque este sempre foi o meu sonho”. Na adolescência, a modelo sonhava em ser apresentadora de TV. Mas, como gosta de dizer, quer que as coisas daqui pra frente aconteçam naturalmente. Ariane sabe que, no momento certo, a oportunidade aparecerá. “Estou vivendo com os pés no chão, pois uma carreira como modelo, apresentadora ou atriz não é fácil. Se surgir uma boa oportunidade, vou agarrar com muita força. Mas podem ter certeza: neste momento, ser eleita a musa de um concurso representando o Palmeiras, clube que eu tanto amo, já me deixou muito feliz”, conclui.
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Arena Palestra Itália segue dentro do cronograma Ginásio Adalberto Mendes começa a ser desmontado para início de obras
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Palmeiras e a W/Torre intensificam as ações visando à reforma e à ampliação das dependências do Estádio Palestra Itália e do Clube Social para a construção da nova Arena palmeirense, cujo término está previsto para o final de 2010.
Ao final deste processo, a área deverá ser isolada por tapumes a fim de que associados e demais transeuntes tenham total segurança quando no local.
Além de todas as atividades ditas burocráticas, que evidentemente fazem parte do processo, há também as ações internas. Dentre estas, segue em andamento a desmontagem do Ginásio Adalberto Mendes, popularmente conhecido como G2. A mudança do caixa eletrônico Bradesco, que se localizava nas imediações deste ginásio, já foi, inclusive, efetivada.
Todas as atividades realizadas neste espaço foram direcionadas para o Palácio de Festas. As construções que abrigam os departamentos de Futebol de Mesa e Capoeira, por exemplo, foram as primeiras a ser alocadas provisoriamente em nosso salão de festividades.
Após concluídas as retiradas das telhas, foi feita a remoção da estrutura de ferro que cobre o ginásio, as paredes laterais, as vigas e, por último, também a do piso.
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O “G2” palmeirense será desmontado visando à Arena Palestra Itália
A sala dos professores da coordenadoria, que também se localizava nas imediações das obras, foi transferida para o Ginásio Principal. As quadras externas poliesportivas foram transferidas para próximo do Parque Infantil.
As tabelas de basquete destas quadras já foram removidas e montadas em novo local. “A construção da Arena Palestra Itália é algo irreversível, que aliás já está acontecendo. A WTorre já confirmou a parceria e o dinheiro do empreendimento está assegurado. Até a Traffic, que inicialmente nada tinha a ver com o projeto, interessou-se e participará. Trata-se de um assunto liquidado que, embora alguns prefiram pensar e até dizer o contrário, está dentro das normalidade e seguindo todo o processo anteriormente previsto”, afirmou o engenheiro José Cyrillo Júnior, diretor administrativo da Sociedade Esportiva Palmeiras.
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Clube elegerá novo presidente em janeiro O associado palmeirense deu mais um exemplo de democracia ao comparecer em grande número ao clube no último 13 de dezembro e votar “sim” ou “não” à adequação dos estatutos ao nosso calendário político
Conselheiros irão às urnas para escolher o sucessor de Affonso Della Monica Neto. Candidatos ainda não estão definidos.
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uase 1.500 associados do Palmeiras compareceram ao clube no sábado, 13 de dezembro, para dizer “sim” ou “não” à adequação dos estatutos ao nosso calendário político. Segundo ela, as eleições presidenciais, que normalmente acontecem de dois em dois anos sempre em janeiro, passariam a ser realizadas no mês de dezembro. O objetivo de seus defensores era fazer com que o ambiente político, historicamente sempre muito disputado, passasse a partir de agora a não mais interferir diretamente no desempenho e na programação do futebol, desde sempre nossa maior razão de existir. Desta forma, o atual presidente da diretoria, Affonso Della Monica Netto, ficaria mais alguns meses à frente do clube, pois que a mudança passaria a valer já a partir de 2009. Para tanto, a proposta precisaria ser aprovada por dois terços de todos os votantes.
E foi justamente este detalhe que fez com que todo o panorama se mantivesse. Exatos 1.436 sócios palmeirenses compareceram às urnas e, destes, 848 votaram a favor da adequação dos estatutos ao calendário político.
“A decisão do associado é soberana e será respeitada. O mais importante é que o Palmeiras continue sendo o vencedor”.
Já 562 eleitores optaram pela permanência do atual estado de coisas. Em termos percentuais, 59.0% disseram “sim”; já 39.1% fizeram valer o “não”. Houve, também, 26 votos nulos/brancos. Como se vê, faltaram apenas 108 votos para que Affonso Della Monica Netto permanecesse no cargo que hoje ocupa até dezembro de 2009.
“Nosso intuito não era a prorrogação do mandato, mas sim promover algo que seria melhor para o clube. Mas se não é assim que pensa a maior parte dos sócios, não nos cabe questionar. Garantimos que seguiremos no comando com a mesma dedicação e responsabilidade até que o novo presidente tome posse”, disse o presidente. Affonso Della Monica Netto assumiu o Palmeiras em janeiro de 2005, e tinha como base principal de sua plataforma promover uma ampla reforma em todos os setores do clube. Mas nunca escondeu de ninguém que, por sempre ter sido um homem que acompanhou de perto o futebol, seria este a sua prioridade. Nos últimos quatro anos, embora tenha alcançado sucesso em todas as áreas, é inegável que o Verdão voltou a ocupar um lugar de destaque no futebol. Mas o grande legado de sua adminsitração terá sido a assinatura do projeto de construção da Arena Multiuso Palestra Itália. A convocação para as próximas eleições presidenciais será feita no máximo até o dia 15 de janeiro de 2009.
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Vanderlei Luxemburgo fatura seu 8º Paulistão Léo Lima, Élder Granja, Denílson, Jorge Preá, Diego Souza, Kléber, Henrique, Alex Mineiro e Lenny. Estes nove jogadores foram os reforços que o Palmeiras contratou para a disputa do Campeonato Paulista deste ano, mas nenhum deles causou tanto alarde quanto o retorno de Vanderlei Luxemburgo. Treinador que já havia escrito seu nome na história do clube graças à obtenção de vários e importantes títulos, Luxa é sinônimo de sucesso. Por onde passa, é garantia não só de um grande trabalho mas também de títulos. Jogadores comemoram a conquista do 22º Paulistão após os 5 a 0 sobre a Ponte Preta: façanha mais do que merecida
Vitória, goleada, título... Três sinônimos de Palmeiras! Após 12 anos, Verdão volta a ser campeão paulista. E com direito a lindo show na finalíssima.
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á quem seja contra os campeonatos estaduais por considerar que tais competições são deficitárias e, na prática, não garantem nada ao seu campeão além do que apenas uma taça e alguns trocados.
Um outro motivo para este oscilante início foi a impossibilidade de jogar no Palestra Itália. Nosso gramado estava sendo substituído e, por isso, o Palmeiras teve de levar para outras cidades do Estado as cinco primeiras partidas que mandou.
Contudo, ao Campeonato Paulista não se aplicam as afirmações acima. Durante sua realização, entra em campo toda uma tradição que em 2008 completou 106 anos e, juntamente com ela, também rivalidades históricas que, em alguns casos, são quase centenárias.
O divisor de águas se deu no dia 02/03, quando o time venceu o Corinthians por 1 a 0, gol de Valdivia. Daí em diante, a equipe ganhou todas as sete partidas que ainda lhe restavam e terminou a fase de classificação na segunda colocação geral.
Daí toda a alegria do Palmeiras ao voltar a ser campeão paulista nesta temporada. Após 12 anos - a última conquista se dera em 1996 -, o Verdão voltou a ser o dono da bola em nosso Estado e, com isso, recuperou o prestígio que ultimamente andara abalado em termos regionais.
Com isso, teve de disputar uma vaga na final com o São Paulo. No primeiro jogo, um erro absurdo da arbitragem, que validou um gol com a mão de Adriano, ocasionou a derrota por 2 a 1. Mas na partida de volta, num Palestra lindo de morrer de tão lotado, o alviverde venceu por 2 a 0 e garantiu sua vaga na grande decisão.
Nossa trajetória, porém, não foi das mais simples. Com uma nova comissão técnica e vários jogadores recém-chegados, o time demorou um pouco para começar a jogar o futebol que dele se esperava. Após duas vitórias e dois empates nos quatro primeiros jogos, perdeu três seguidas, caiu para o 14º lugar na tabela e uma vaga nas semifinais ficou bem ameaçada.
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“Trabalho todos os dias de forma árdua e compenetrada. Não permito que jogadores sob o meu comando cheguem para treinar desanimados ou se mostrando pouco afeitos ao trabalho. Quem joga comigo precisar querer o melhor, e o melhor é sempre ser campeão”, discursou o técnico em sua apresentação. Não deu outra: com pulso firme e tomando decisões surpreendentes - como o retorno de Marcos ao gol titular - ou polêmicas - caso da dispensa sumária do atacante Luiz Henrique, titular nos primeiros jogos do Paulistão -, ele mais uma vez teve o grupo em suas mãos e dele tirou o máximo. “Senti rapidamente que a equipe que formamos poderia chegar ao título do Campeonato Paulista e, por mais incrível que pareça, tive a certeza disso logo após o pior resultado - a derrota para o Guaratinguetá por 3 a 0. Aquela goleada mexeu com os brios dos nossos jogadores e vi que o desfecho seria mais uma conquista”, lembrou. Este é Vanderlei Luxemburgo: polêmico. Mas indiscutivelmente também vencedor.
A adversária foi a Ponte Preta, que não foi páreo para o Palmeiras. Na primeira final, uma vitória em Campinas/SP por 1 a 0 e, na finalíssima em casa, uma sonora goleada de 5 a 0. Depois de um placar destes, ninguém ousou discutir mais esta conquista palmeirense.
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Luxa: mais uma vez campeão pelo Palmeiras
A Campanha
Um título com toque de magia
1ª FASE
Eleito o craque do Paulistão, meia Valdivia comanda a equipe
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conquista de um campeonato não se deve ao talento de apenas um ou de alguns profissionais. Se ao final de uma competição uma equipe é coroada com a taça, é certo que todos os que fizeram parte da campanha tiveram a sua parcela de contribuição. Entretanto, às vezes o futebol apresentado por um único jogador se sobrepõe de tal maneira sobre todos os demais que se torna difícil não reconhecer que ele foi, sim, o maior responsável por todo o sucesso. E no Campeonato Paulista de 2008, é inegável que o meia Valdivia se tornou o grande destaque do Palmeiras. Mesmo tendo como ponto fraco o seu temperamento, responsável pelos vários e desnecessários cartões amarelos, teve o craque chileno momentos de genialidade na competição. Não à toa, foi eleito o melhor jogador de todo o torneio, sendo inclusive destaque na festa de encerramento promovida pela FPF.
Valdivia, porém, não jogou sozinho. Aliás, a força e a união do grupo foram fatores que também se tornaram preponderantes para que mais esta conquista se somasse à já imensa galeria de títulos palmeirense. Um bom exemplo disso foi Alex Mineiro, centroavante que terminou o Paulistão como seu principal artilheiro - marcou 15 gols em 23 jogos disputados. O atacante foi o primeiro camisa 9 em quatro anos a fazer com que a torcida palmeirense se esquecesse de Vágner Love. E, claro, não se poderá jamais falar sobre o 22º título paulista obtido pelo Palmeiras sem que se ressalte o retorno de Marcos ao time titular. Embora tendo Diego, um dos melhores goleiros do Brasil, o técnico Vanderlei Luxemburgo assumiu a responsabilidade de recolocar na equipe um jogador que estava parado havia quase 11 meses. E o nosso capitão, claro, rapidamente provou que o treinador estava certo.
17.01 - Palmeiras 3 x 1 Sertãozinho 20.01 - Santos 0 x 0 Palmeiras 23.01 - Marília 0 x 1 Palmeiras 26.01 - Palmeiras 2 x 2 Mirassol 30.01 - Palmeiras 0 x 1 Ituano 02.02 - Noroeste 1 x 0 Palmeiras 06.02 - Palmeiras 0 x 3 Guaratinguetá 09.02 - Palmeiras 3 x 1 Guarani 16.02 - Juventus 0 x 4 Palmeiras 20.02 - Rio Claro 1 x 1 Palmeiras 23.02 - Palmeiras 1 x 1 Rio Preto 02.03 - Corinthians 0 x 1 Palmeiras 09.03 - Bragantino 2 x 5 Palmeiras 12.03 - Palmeiras 2 x 1 Ponte Preta 16.03 - Palmeiras 4 x 1 São Paulo 22.03 - Paulista 0 x 2 Palmeiras 26.03 - Palmeiras 1 x 0 Portuguesa Desp. 29.03 - Palmeiras 3 x 1 São Caetano 06.04 - Grêmio Barueri 0 x 3 Palmeiras 2ª FASE (SEMIFINAL) 13.04 - São Paulo 2 x 1 Palmeiras 20.04 - Palmeiras 2 x 0 São Paulo 3ª FASE (FINAL) 27.04 - Ponte Preta 0 x 1 Palmeiras 04.05 - Palmeiras 5 x 0 Ponte Preta
Ficha técnica da grande final
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Copa Sul-Americana serve de laboratorio à Libertadores Filosofia adotada prepara jogadores para a mais importante competição da América do Sul
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m 1998, o Palmeiras disputou um torneio continental de menor importância, a Copa Mercosul. E a participação no torneio - do qual, aliás, o Verdão se saiu campeão - foi fundamental para que no ano seguinte vários jogadores estivessem mais experientes para a disputa da Copa Libertadores da América - não à toa, vale lembrar, desta competição também nos sagramos campeões. Tal filosofia foi novamente colocada em prática neste ano. O técnico Vanderlei Luxemburgo, mesmo reconhecendo a importância da Copa SulAmericana, preferiu escalar em todas as partidas uma equipe mista, que contou também com jogadores mais jovens e que disputaram jogos internacionais pela primeira vez. O fato de não ter chegado à decisão do título é lamentado pelo treinador que, no entanto, preferiu ressaltar outro ponto que julga importante.
“Estou absolutamente certo de que adotamos a política de trabalho correta. A Copa Sul-Americana complica a situação para os clubes brasileiros, pois acontece em meio ao Campeonato Nacional que claro, sempre será a prioridade. Se tivéssemos atuado com todos os titulares em todas as partidas, certamente teríamos ido mais longe no torneio, mas não sei conseguiríamos ficar entre os quatro melhores times do Brasil”, admite. Apesar de ter dado a atletas inexperientes a oportunidade de disputar jogos cuja “pegada” é reconhecidamente maior, o técnico do Palmeiras lamenta não ter chegado às fases decisivas da Sul-Americana devido a erros da arbitragem. “É bom lembrar que no primeiro jogo com o Argentinos Juniors/ARG tivemos um gol claríssimo não confirmado. E isso mudou toda a nossa história no torneio”, acredita o treinador.
O Vasco/RJ foi o primeiro adversário do Palmeiras na Sul-Americana
A Campanha
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1ª FASE 13.08.2008 - Vasco da Gama/RJ 3 x 1 Palmeiras 17.09.2008 - Palmeiras 3 x 0 Vasco da Gama/RJ
2ª FASE 24.09.2008 - Sport Áncash/PER 0 x 0 Palmeiras 01.10.2008 - Palmeiras 1 x 0 Sport Áncash/PER
3ª FASE 22.10.2008 - Palmeiras 0 x 1 Argentinos Juniors/ARG 05.11.2008 - Argentinos Juniors/ARG 2 x 0 Palmeiras
Na Copa do Brasil, Verdão poderia ter ido bem mais longe Palmeiras passa fácil pelas duas primeiras fases, mas esbarra no bom time do futuro campeão
Finalista do Paulistão, Palmeiras se complicou na Copa do Brasil
A Campanha 1ª FASE 27.02.2008 - Nova Esperança/MT 0 x 2 Palmeiras
2ª FASE 02.04.2008 - Central/PE 1 x 5 Palmeiras
3ª FASE 24.04.2008 - Palmeiras 0 x 0 Sport do Recife/PE 30.04.2008 - Sport do Recife/PE 4 x 1 Palmeiras
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Todo ano é a mesma história: os grandes clubes brasileiros que não se classificam para a Libertadores da América entram na disputa da Copa do Brasil com toda a determinação, pois ao seu campeão é garantida uma vaga na edição do ano seguinte da mais importante competição de futebol da América do Sul. Contudo, o torneio que engloba equipes de todo o País também tem os seus problemas, e um deles é o fato de ser disputado durante os campeonatos regionais. Resultado: muitas vezes, os clubes precisam se dividir entre jogos decisivos de ambas as competições. E foi exatamente isso o que aconteceu com o Palmeiras nesta temporada.
Se nas duas primeiras etapas o Verdão não teve dificuldades para eliminar seus adversários sem, inclusive, ter a necessidade da realização da partida de volta, o mesmo não se aplicaria ao oponente da Terceira Fase. O bom time armado pelo Sport/PE também cumpria uma ótima campanha e certamente seria um páreo duríssimo ao Verdão. Para piorar, as duas partidas antecederam os dois jogos finais do Campeonato Paulista, contra a Ponte Preta/SP, e não houve como nossos jogadores não se dividirem entre ambas as decisões. Disso soube muito bem se aproveitar o time pernambucano, que pouco depois se tornaria o campeão da Copa do Brasil de 2008.
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A Campanha
Brasileirão: foi por pouco
1º TURNO
Penta esteve perto, mas time termina em 4º
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palmeirense é, antes de tudo, muito exigente. E nem poderia ser de outra forma, pois torce por um clube acostumado não só a figurar sempre entre os primeiros como, em grande parte das vezes, se tornar o grande campeão de todas as competições que disputa. Daí se entende a frustração que parte da torcida sentiu logo após o término do último jogo do time neste Brasileirão. A derrota para o Botafogo/RJ por 1 a 0, embora não tenha alijado o Verdão da próxima Copa Libertadores, relegou-o ao 4º lugar na classificação final do torneio. E o torcedor sentia que o time poderia ter ido mais longe. De fato, pelo elenco que montou, sem dúvida superior ao dos três clubes que ficaram à sua frente, e também pela Comissão Técnica, recheada de craques em todas as funções, todos acreditavam que o Palmeiras era, senão o maior, ao menos um dos maiores favoritos à conquista do título brasileiro deste ano. Alguns resultados obtidos pela equipe, por sinal, também ajudaram a inflamar a galera alviverde, que ao ver o time vencendo chegou a apostar que no fim do ano a festa seria nossa.
Momentos como este levaram o Verdão a mais uma Copa Libertadores da América
Foi o caso, por exemplo, das duas vitórias sobre Cruzeiro/MG e Santos/SP. Ganhar pela primeira vez do Atlético/PR na Arena da Baixada, ou dos sempre competentes times do Internacional/RS e do Atlético/MG também deixaram a todos nós bastante otimistas e confiantes. Ocorre, porém, que em uma competição tão longa, tropeços são inevitáveis. E o Palmeiras não fugiu à regra: perdeu duas vezes para o Sport/PE e para o Botafogo/RJ, foi derrotado em jogos decisivos diante do Grêmio/RS e do Flamengo/RJ e não conseguiu vencer adversários como o Figueirense/SC. Mas não há de ser nada. Afinal, em 2009 tem Copa Libertadores da América outra vez. Portanto, adversários: tremei!
Elenco valoriza campanha e conquista da vaga A partir do momento em que o Palmeiras ficou matematicamente impossibilitado de garantir neste ano a conquista do pentacampeonato nacional, a volta do time à Copa Libertadores da América passou a ser mais do que um objetivo: tornou-se uma obrigação. Por isso, todos os jogadores do elenco passaram a encarar as partidas finais da competição como se fossem verdadeiras decisões de título. “Não poderíamos terminar abaixo do 4º lugar de jeito nenhum. Se isso acontecesse, quase todo o investimento feito pela diretoria neste ano teria sido em vão”, frisou o goleiro e capitão da equipe, Marcos. Ao camisa 12 e maior ídolo dos palmeirenses fez coro um dos novos xodós da torcida, Kléber.
11.05.2008 - Coritiba/PR 2 x 0 Palmeiras 18.05.2008 - Palmeiras 2 x 1 Internacional/RS 25.05.2008 - Portuguesa Desp./SP 1 x 1 Palmeiras 01.06.2008 - Palmeiras 1 x 0 Atlético/PR 08.06.2008 - Sport do Recife/PE 2 x 0 Palmeiras 12.06.2008 - Palmeiras 5 x 2 Cruzeiro/MG 22.06.2008 - Vasco da Gama/RJ 0 x 2 Palmeiras 29.06.2008 - Palmeiras 2 x 0 Náutico/PE 06.07.2008 - Atlético/MG 1 x 1 Palmeiras 10.07.2008 - Palmeiras 1 x 1 Figueirense/SC 13.07.2008 - São Paulo/SP 2 x 1 Palmeiras 16.07.2008 - Palmeiras 3 x 1 Fluminense/RJ 20.07.2008 - Goiás/GO 3 x 2 Palmeiras 24.07.2008 - Palmeiras 4 x 2 Santos/SP 27.07.2008 - Grêmio/RS 1 x 1 Palmeiras 30.07.2008 - Palmeiras 1 x 0 Flamengo/RJ 03.08.2008 - Ipatinga/MG 1 x 2 Palmeiras 07.08.2008 - Palmeiras 3 x 0 Vitória/BA 10.08.2008 - Botafogo/RJ 1 x 0 Palmeiras
2º TURNO 17.08.2008 - Palmeiras 1 x 0 Coritiba/PR 20.08.2008 - Internacional/RS 4 x 1 Palmeiras 24.08.2008 - Palmeiras 4 x 2 Portuguesa Desp./SP 31.08.2008 - Atlético/PR 1 x 2 Palmeiras 04.09.2008 - Palmeiras 0 x 3 Sport do Recife/PE 14.09.2008 - Cruzeiro/MG 0 x 1 Palmeiras 21.09.2008 - Palmeiras 2 x 0 Vasco da Gama/RJ 28.09.2008 - Náutico/PE 0 x 0 Palmeiras 04.10.2008 - Palmeiras 3 x 1 Atlético/MG 08.10.2008 - Figueirense/SC 0 x 0 Palmeiras 19.10.2008 - Palmeiras 2 x 2 São Paulo/SP 25.10.2008 - Fluminense/RJ 3 x 0 Palmeiras 29.10.2008 - Palmeiras 1 x 0 Goiás/GO 02.11.2008 - Santos/SP 1 x 2 Palmeiras 09.11.2008 - Palmeiras 0 x 1 Grêmio/RS 16.11.2008 - Flamengo/RJ 5 x 2 Palmeiras 23.11.2008 - Palmeiras 2 x 0 Ipatinga/MG 30.11.2008 - Vitória/BA 0 x 0 Palmeiras 07.12.2008 - Palmeiras 0 x 1 Botafogo/RJ
“Como disse o nosso treinador, o Palmeiras é um time grande e por isso tem que estar nas principais competições. Claro que todos os jogadores queriam ser campeões e eu concordo que até estivemos perto de atingir esta meta, mas infelizmente perdemos a chance por erros que nós mesmos cometemos”, admitiu o atacante palmeirense. No que diz respeito à diretoria, o discurso é bem parecido. “Fomos claros no começo do ano: precisávamos de um título e também voltar à Libertadores. Ganhamos o Paulista e conseguimos a vaga. Portanto, 2008 foi bem melhor do que 2007, quando não obtivemos nem uma coisa, nem outra. E pode apostar: 2009 será ainda melhor”, prometeu o vice-presidente de futebol, Gilberto Cipullo.
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Oswaldo Brandão O maior de todos os Mestres
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swaldo Brandão foi um dos técnicos mais importantes de toda a história do Palmeiras, e por várias razões: é o treinador que mais vezes dirigiu o nosso time, o que mais vezes venceu, o que mais títulos importantes conquistou, foi sob seu comando que a equipe mais gols marcou, etc. Misto de técnico, psicólogo e pai, foi o responsável pelo sucesso da chamada Segunda Academia, equipe que encantou o Brasil e o mundo na primeira metade dos anos 70 ao faturar, entre outros, o bicampeonato brasileiro em 1972 e 1973 e os títulos paulistas de 1972 e 1974. Mas Brandão é mais até do que tudo isso. Considerado por muitos o maior nome dentre todos os técnicos que já passaram pelo futebol brasileiro, conquistou taças - muitas das quais históricas - em quase todas as equipes que dirigiu. No Verdão, foi um médio-direito de qualidade técnica bastante discutível no começo dos anos 40 que teve de encerrar precocemente sua carreira devido a uma séria contusão no joelho, à época de difícil tratamento. Sorte dele e do futebol: isso fez com que desse início à sua trajetória como comandante, sem dúvida alguma a mais brilhante em toda a história do futebol brasileiro.
NOME: Oswaldo Brandão DATA E LOCAL DE NASCIMENTO: 18/09/1916, em Taquara/RS DATA E LOCAL DE FALECIMENTO: 29/07/1989, em São Paulo/SP ESTRÉIA: 07/10/1945 - Palmeiras 5 x 0 São Paulo Railway/SP DESPEDIDA: 10/08/1980 - Palmeiras 0 x 1 Francana/SP JOGOS: 558 VITÓRIAS: 328 EMPATES: 142 DERROTAS: 88 GOLS MARCADOS SOB SEU COMANDO: 1.086 GOLS SOFRIDOS SOB SEU COMANDO: 539 TÍTULOS MAIS EXPRESSIVOS: Paulista/47, Honorário Brasil/47, Paulista/59, Taça do Brasil/60, Paulista/72, Brasileiro/72, Torneio Laudo Natel/72, Torneio de Mar del Plata/72, Brasileiro/73, Paulista/ 74, Troféu Ramón de Carranza/74 ATLETAS QUE MAIS ESCALOU: Zeca (244), Eurico (239), Ademir da Guia (233), Nei (232), Luís Pereira (218), Alfredo Mostarda (215), Leivinha (207), Leão (196), Dudu (190), Valdemar Carabina (172)
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Escrever sobre Oswaldo Brandão, o primeiro e maior de todos os “mestres” que já surgiram nos bancos de reservas do Brasil, torna-se até certo ponto desnecessário. Uma análise de seu currículo no Palmeiras, clube que dirigiu em cinco oportunidades distintas, deixa bem clara a sua importância ao Verdão e também a todo o futebol do País. Por mais incrível que pareça, todo este talento e a quase que unânime admiração de jogadores, torcedores, dirigentes e jornalistas especializados não foi suficiente para dar a Brandão uma história também na Seleção Brasileira. Desta, esteve à frente por apenas 40 jogos e não conseguiu realizar aquele que é o maior sonho de todo treinador de futebol: dirigir o Brasil numa Copa do Mundo. A explicação? Muito simples: ele era um treinador gaúcho que fez fama no futebol paulista. E que nunca deu a menor bola para os cariocas.
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Filpo Nuñes Pim-pam-pum... E gol do Palmeiras!
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ma das mais folclóricas figuras que passaram pelo comando técnico do time de futebol do Palmeiras. Esta é uma das formas pelas quais pode ser definido Nélson Ernesto Filpo Nuñes, que entrou para a nossa história por ter sido o grande responsável pela chamada “Primeira Academia”, o sensacional time que o Verdão montou durante a década dos 60. Na época, ele batizou a tática que criou com o jocoso nome de “pim-pam-pum”, nada mais do que um estilo de jogo de muita velocidade que aproveitava a extraordinária habilidade de Ademir da Guia na armação de jogadas e também nos lançamentos para os pontas e atacantes. O momento mais marcante deste argentino, no entanto, não foi na conquista de seu único título pelo clube, o do Torneio Rio-São Paulo de 1965, mas sim uma outra partida ocorrida naquele mesmo ano. Em 7 de setembro, durante as festividades que inauguraram o Estádio do Mineirão, ele dirigiu o time do Palmeiras que, com a camisa da Seleção Brasileira, representou nosso País na vitória por 3 a 0 sobre o Uruguai. Por causa disso, Filpo está também na história do futebol brasileiro: até hoje, é ele o único treinador estrangeiro a ter comandado o selecionado nacional. Após dirigir inúmeras equipes do Brasil e de outros países, “El Bandoneón”, como também era conhecido (embora odiasse o apelido), retornou ao Palestra Itália em 1978. Mais uma vez, criou uma nova tática, a qual batizou de “Ciclone”. Era um estilo de jogo em que os homens de meio e de frente se revezam e que até deu certo resultado, mas que não foi suficiente para nos fazer de novo campeões. Depois disso, Filpo Nuñes foi, aos poucos, se distanciando das grandes equipes e das manchetes de jornais. Adepto do jogo, perdeu todo o dinheiro que ganhou e terminou sua vida, aos 78 anos, morando numa pequena casa de alvenaria dentro da Favela de Heliópolis, na Zona Sul de São Paulo/SP, onde prestava serviços comunitários.
NOME: Nélson Ernesto Filpo Nuñes DATA E LOCAL DE NASCIMENTO: 19/08/1920, em Buenos Aires/ARG DATA E LOCAL DE FALECIMENTO: 06/03/1999, em São Paulo/SP ESTRÉIA: 07/11/1964 - Santos/SP 2 x 3 Palmeiras DESPEDIDA: 03/02/1979 - Palmeiras 1 x 2 Guarani/SP JOGOS: 157 VITÓRIAS: 94 EMPATES: 30 DERROTAS: 33 GOLS MARCADOS SOB SEU COMANDO: 323 GOLS SOFRIDOS SOB SEU COMANDO: 169 TÍTULO MAIS EXPRESSIVO: Torneio Rio-São Paulo/1965 ATLETAS DE MAIS ESCALOU: Ademir da Guia (115), Dudu (104), Servílio (77), Ferrari (74) e Djalma Dias (62)
Sem dúvida, um fim de vida muito triste para alguém que tantas alegrias proporcionou a tantos torcedores.
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Obra literária resgata a gloriosa história palmeirense Livro escrito pelo jornalista e historiador Orlando Duarte relembra fatos marcantes da vida do Palmeiras
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uigi Cervo, Ezequiel Simone, Luigi Marzo e Vincenzo Ragognetti eram imigrantes italianos que moravam no bairro do Brás e trabalhavam nas Indústrias Matarazzo. Eles pensavam em montar, no Brasil, um time de futebol que pudesse representar a enorme colônia italiana. Na época, os italianos chegavam a 1/4 da população do Estado de São Paulo. Após reuniões para a criação do estatuto, em 26 de agosto de 1914 nascia a Societá Sportiva Palestra Itália. Para contar essa história que depois seria completada por uma trajetória de vitórias e feitos que desenvolveriam o futebol brasileiro, o jornalista Orlando Duarte lança o livro “Palmeiras – O Alviverde Imponente”, pela Companhia Editora Nacional. A obra narra em riqueza de detalhes toda a história do maior campeão do século XX: desde os bastidores da sua fundação até o título de campeão paulista de 2008, obtido em maio passado.
O livro apresenta também curiosidades, números, fichas técnicas dos principais jogos e biografias dos maiores craques, tudo ilustrado com mais de 120 fotos. Na seção Baú Alviverde, por exemplo, o autor apresenta recordes, artilheiros, maiores públicos e a relação de todos os técnicos, dirigentes e times que dignificaram nossa história. Além de ser uma fonte de consulta para estatísticos, curiosos e torcedores, a obra narra fatos importantes da história do PalestraPalmeiras, como a mudança do nome, em 1942, após as terríveis pressões devido à Segunda Guerra Mundial, a criação de seu hino oficial, em 1949, os grandes confrontos com o Santos de Pelé na década dos 60 ou o dia em que o Palmeiras representou a Seleção Brasileira e venceu o Uruguai por 3 a 0. Outro destaque fica por conta do Primeiro Mundial de Clubes, vencido pelo Palmeiras, em 1951, sob chancela da Fifa, além de outros episódios da saga deste que é o clube mais importante do Brasil.
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Vem muita medalha por aí...
Estas meninas fazem parte da equipe de iniciação de Ginástica Olímpica do Verdão e, treinadas pela professora Laura, representaram o alviverde no festival promovido pelo Ipê Clube, em novembro. Quem sabe algumas destas gatinhas não se tornarão futuras campeãs olímpicas?
Bar do Elias. E dos palmeirenses também.
O ambiente finamente decorado, o alto astral dos presentes e o jeito alviverde de ser não deixam dúvidas: a foto é do tradicional Bar do Elias, famoso ponto de encontro de dirigentes, jogadores e torcedores do Verdão e local onde foram e seguem sendo tomadas inúmeras decisões relativas ao futebol alviverde.
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Departamento Social agita o Palmeiras em 2008 Reveillon no Verdão encerrará o calendário de eventos do clube em ano de muitas atividades
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ma festa depois da outra.
Assim foi a rotina do Departamento Social do Palmeiras, que animou a vida associativa do clube durante o ano todo. “Nossa programação incluiu, pelo menos uma vez por mês, um jantar temático no Salão Nobre do clube, entre outras ações. Estamos felizes por constatar que tudo correu na maior harmonia e cordialidade”, disse o diretor social palmeirense, Luiz Carlos Granieri. Os eventos realizados neste ano foram assim distribuídos: Fevereiro - Noite do Verde e Branco Março - Noite da Pizza Abril - Noite do Blues Maio - Tradicional Noite da Mama Junho – Noite dos Namorados e Festa Junina
Julho – Noite Portuguesa Agosto – Jantar em Homenagem aos Pais e Banquete de Aniversário Setembro – Noite das Flores e Jantar dos Veteranos do Futebol Outubro – Uma Noite em Buenos Aires e Banquete Comemorativo ao Jubileu de Ouro do Basquete do Palmeiras Novembro – Noite Italiana Uma das ações promovidas pelo Departamento Social que mais movimentou os palmeirenses foi a volta dos Bailes de Carnaval. “Preparamos neste ano duas matinês e um concurso de fantasia. Para o ano que vem estamos estudando a volta dos bailes noturnos”, afirmou Granieri. Além das atividades no clube, o Palmeiras participou pela primeira vez da festa précarnavalesca Pholia no Memorial.
Associados e amigos sempre prestigiam as festas do Palmeiras
O representante alviverde foi o Bloco Periquitos na Pholia, com o qual o Verdão fez bonito e elegeu a sua rainha, Rita Jorge, a Garota Pholia 2008. O grupo foi formado por aproximadamente 800 pessoas, entre associados, seus convidados e simpatizantes alviverdes. Além de todos estes eventos, o Palmeiras manteve o seu happy hour, realizado todas as quintas-feiras e a boite com atividades e baladas para todas as idades, aos sábados. Até o fim deste ano, estão programados o show com a Banda cover Beatles 4 Ever e o insuperável Reveillon do Alviverde, com o tema “Reveillon in Sorrento”. A expectativa é que cerca de 450 pessoas prestigiem o fim de ano no Verdão.
Você é louco pelo Palmeiras? Então, conte-nos todas as loucuras que já fez por amor ao nosso time Você já perdeu uma prova escolar para ir a um jogo do Palmeiras? Você já chegou atrasado ao trabalho porque, na noite anterior, esteve no Palestra Itália dando “aquela” força ao Verdão? Você já disse à namorada que não poderia vê-la porque ficaria estudando mas, na verdade, estava mesmo era vestido de verde e branco nas nossas arquibancadas? Você já gastou as últimas notas que tinha na carteira só para comprar o ingresso para aquele importantíssimo e imperdível jogo do Verdão? Se você se viu numa das situações acima descritas ou se fez loucuras ainda mais espetaculares por causa do Palmeiras, então chegou a sua vez de dividir com todos a sua história pois, a partir do próximo número da nossa revista, nós começaremos a publicá-las.
Para tanto, vale ressaltar alguns pontos: apenas estaremos divulgando na Revista do Palmeiras fatos ou feitos que, de alguma forma, se refiram diretamente ao clube, tanto no que diz respeito ao futebol como a outras modalidades. Além disso, será necessário que você seja associado e que sua história não contenha nenhum tipo de ação que indique ou incite a violência ou qualquer tipo de preconceito, seja de qual origem for. Se você quiser dividir conosco suas aventuras palmeirenses, envie seu texto para revistadopalmeiras@uol.com.br. Não se esqueça de informar seu nome e endereço completos e um número de documento. Os critérios de edição e publicação das histórias pertencerão exclusivamente ao Conselho Editorial e à direção da Revista do Palmeiras.
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Artista plástico cria pôsteres do Verdão O Departamento de Marketing do Palmeiras, através de seu diretor, Rogério Dezembro, inova mais uma vez e cria uma série de pôsteres elaborada pelo artista plástico Tullio Fagim, tendo o nosso clube como tema “A escolha do pôster reflete as suas preferências e afirma a sua identidade com aquilo em que você acredita, seja você fã de obras de arte ou de algum ídolo. Para alguns, é um ponto de fuga, de reflexão ou até uma afirmação positiva de atitude e coragem”, afirma Tullio.
Jogadores das Categorias de Base do Palmeiras em aula de Informática no Colégio Módulo: clube investe no atleta e também no cidadão
Palmeiras: o clube que tem educação Ações na área do Ensino Profissionalizante são benefícios que o clube oferece a seus atletas
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em todo jovem jogador chega ao status de craque ou mesmo à condição de profissional. É fácil para o clube contratar aqueles que mais se destacam e simplesmente descartar os demais. Mas o Palmeiras não pensa assim, pois quer que todos tenham a oportunidade de vencer na vida. Com o intuito de propiciar melhores condições de acesso ao ensino de qualidade aos atletas das categorias de base do futebol, a Sociedade Esportiva Palmeiras assinou neste ano uma parceria com o Colégio Módulo. Foram oferecidas bolsas de estudo no Curso Técnico em Gestão Empresarial a todos os jogadores interessados. O objetivo desta ação é proporcionar o aperfeiçoamento profissional, o desenvolvimento cultural, a cidadania e a elevação da qualidade de vida dos esportistas que, em grande parte, não têm condição alguma de arcar com as despesas de uma escola particular. Os valores de cada bolsa de estudo foram determinados após minucioso levantamento sócio-econômico feito pelo Departamento Social do Palmeiras. A média está em 70% de desconto, mas alguns casos têm até 90%.
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“O restante é pago pela família, pois o comprometimento e a valorização do aluno são diferentes quando os pais participam financeiramente. Isso facilita seu empenho na escola”, explica Thais Toledo, assistente social do Verdão. “Nós estimulamos também o acompanhamento das notas pelos familiares”, afirma. Como o curso técnico é mais focado e garante uma profissão em três anos, esta opção fará diferença na vida do atleta caso ele não consiga sucesso no futebol. Ou seja: nosso clube se preocupa com o jovem não apenas na condição de jogador, mas também como cidadão.
O artista colabora com sua arte e conceitos criativos para agências de publicidade, editoras, gráficas, provedores de internet, estúdios de ilustração, estúdios de arte corporativa, web sites, motion graphics, produtoras de comerciais, editoras de conteúdo mobile, embalagens, material de ponto de venda, prospecção de clientes e também na concepção de novos mercados. Nascido no Rio de Janeiro/RJ, Fagim estudou na Comunication Graphique de La Cambre, em Bruxelas/BÉL, e trabalha com agências de publicidade e estúdios de design há cerca de 20 anos. Tullio explica o conceito adotado em sua obra. “Por incrível que possa parecer, a proximidade com a arte ou com símbolos visuais de nossa escolha traz paz de espírito e bem estar. Não existem crenças, palavras de ordem, certo ou errado. O que existe é um equilíbrio multidisciplinar. Esta é a democracia do pôster: torna-se suporte para a divulgação da arte e elemento positivo na criação de um ambiente para se sentir bem”, sintetiza. Em outubro deste ano o artista criou ilustrações para a FIFA relativas à Copa do Mundo de Futsal, realizada no Brasil. As obras podem ser vistas e adquiridas através do site www.tuliofagim.com.br.
De acordo com a necessidade de cada estudante, o Colégio Módulo tem trabalhado na adequação do ensino ao esportista. “O acompanhamento do corpo docente tem sido individual, o que facilita muito o nosso trabalho social”, diz Thais. A prova do sucesso da parceria entre Palmeiras e Colégio Módulo é óbvia. Em comparação ao ano passado, época em que os atletas estudavam em outros colégios, a freqüência dos alunos aumentou. E em muitos deles cresceu também o comprometimento com os estudos.
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Marketing do Verdão tem saldo positivo em 2008 Departamento trabalha intensamente e com sucesso na valorização da marca Palmeiras
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ções que ampliaram a atuação do Palmeiras no mercado foram algumas das principais metas do Departamento de Marketing do clube neste ano. Nesta temporada, a fornecedora de material esportivo adidas criou uma nova linha exclusiva retrô do Palmeiras. O sucesso foi tanto que, no evento de lançamento, ocorrido numa loja de um grande Shopping da Zona Sul de São Paulo, em menos de uma hora todas as camisas disponíveis haviam sido vendidas. Outra iniciativa se deu em maio deste ano, quando o Verdão passou a estampar nas suas camisas também a marca da Case, empresa fabricante de tratores ligada ao Grupo Fiat, principal patrocinador do clube. Assim como a criação do Espaço Visa nas arquibancadas do Palestra Itália, esta foi mais uma ação coroada de pleno êxito.
Além de diretores, jogadores e comissão técnica, o evento teve a presença do presidente do Agrupo CNH (Case/New Holland), Valentino Riziolli. A parceria Case/Palmeiras representa um marco na história, pois se trata da primeira vez que uma equipe de ponta do futebol brasileiro ostenta uma marca ligada ao agronegócio. No uniforme tradicional, verde-esmeralda, o nome Case é estampado nas costas. Já no verdelimão, “promovido” à condição de nº 2 do time, o logo da empresa de máquinas agrícolas e de construção é estampada na parte frontal. Já em dezembro, em parceria com a adidas e em comemoração à conquista do título do Campeonato Paulista deste ano, o Verdão lançou a camisa com o “scudetto”, que ficará localizado do lado direito do peito de cada jogador.
Atletas e dirigentes no lançamento da marca “Case”
“É bom frisar que todo este trabalho oferece um suporte para o Departamento de Futebol. Este ano intensificamos as ações para valorização da marca e captação de novos recursos”, afirma Rogério Dezembro, diretor de Marketing. No que se refere ao fortalecimento dos laços com o torcedor, o programa Onda Verde se mantém como um dos principais sistemas de relacionamento de um clube de futebol com sua torcida. Para o próximo ano, Rogério Dezembro prevê a atuação do Palmeiras em novos segmentos. “Há importantes áreas de trabalho às quais estamos elaborando um plano estratégico, como por exemplo licenciamentos de novos produtos, marketing social e também ambiental”, adianta.
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E os garotos do basquete palmeirenses tiveram um 2008 de fato muito bom. A equipe da categoria Míni - até 13 anos -, seguiu os mesmos passos dos meninos do Infantil e conquistou o Campeonato Paulista (Série Bronze). Os garotos orientados pelo técnico Vinícius Cappucci venceram Guarulhos por 66 a 53 na finalíssima, realizada no Ginásio do Palestra Itália. O Palmeiras atuou com a seguinte formação: Thiago Loureiro, Vinicius Lima, Lucas Araújo, Kenin de Moraes, Conrado da Silva, Edgard dos Santos, Matheus Lopes Souza, Pedro Lacerda, Bruno Quintino, Gabriel Ressurreição, Douglas de Almeida e Laurent Garin. O atleta Lucas Pedrella de Araújo foi também o maior cestinha da equipe, com 184 pontos.
Os talentosos meninos do basquete Infantil palmeirense obtiveram os títulos mais importrantes da categoria nesta temporada
Basquete Infantil conquista a Tríplice Coroa Garotos do Verdão faturam títulos paulista, estadual e brasileiro, tornando-se a maior força do País
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ma geração imbatível.
Esta é a melhor definição para a equipe Infantil de basquete do Palmeiras, que em 2008 venceu as três principais competições do País em sua categoria. A trajetória vitoriosa do Verdão começou com o Título Nacional, vencido na cidade de Italva/RJ e de forma invicta. A segunda coroa foi obtida no Ginásio do Palestra Itália lotado ao vencer o Campeonato Paulista: na finalíssima, “goleamos” o tradicional Pinheiros por 87 a 68. O terceiro e mais recente título da temporada - o estadual - foi conquistado diante da fortíssima equipe de Franca, que aliás é a atual campeã do Interior, também com facilidade: 72 a 49, em partida realizada no Ginásio do E.C.Pinheiros.
Um fato invejável marcou esta vitória palmeirense: no segundo período de jogo, os garotos do Palmeiras venceram por 18 a 0, algo que até hoje jamais havia ocorrido em toda a história das finais de campeonato. A equipe comandada pelo técnico Roberto Francisco Jayme atuou com a seguinte formação: Gustavo Pires Barbosa, Alexandre Inácio Lopes de Meira, Paulo Roberto Beraldo Pacheco, Gustavo Scaglia de Paula, Pedro Alcântara Abbade Aguiar Faria, Gustavo Farro Oliveira dos Santos, Adolfo da Silva Alves de Amorim, Thiago Almeida Dias Barbosa, Rafael Teixeira Cunha, Bruno Felipe Viana dos Santos, Alex da Silva Marques, Pedro Henrique Flore Carneiro. O atleta palmeirense Gustavo Scaglia de Paula foi eleito o melhor ala e jogador do torneio.
Arco e Flecha
Vôlei
Futsal
Cláudio Comparatto Contrucci e Alexandre Augusto Cesar, arqueiros palmeirenses, lideram o ranking da Confederação Brasileira de Tiro com Arco, categoria Arco Composto, divulgado em novembro. Ambos alcançaram esta posição devido ao ótimo desempenho obtido durante 2008. O Palmeiras é o atual vice-campeão brasileiro desta modalidade.
O alviverde sagrou-se campeão invicto da Copa SírioLibanês de Vôlei ao vencer o Sírio por 3 sets a 0. A equipe adulta, formada pelos associados do clube, também se classificou às finais do Campeonato Metropolitano APV - Série Ouro 1° Divisão. O adversário do Verdão será a equipe da Prefeitura de Cotia/SP.
O time Sub-11 de Futebol de Salão do Palmeiras está nas finais do Campeonato Estadual da modalidade. Comandada pelo técnico Diógenes, a equipe é composta pelos jogadores Souza, Tales, Batista, Guilherme, Gabriel, João, Vitinho, Fabinho, João Pedro, Tininho, Pedro, Léo, Robinho, Vinicius e Marquinhos.
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Palmeiras é sede do Estadual de Tênis Promovida pela Federação Paulista de Tênis, a terceira etapa do Campeonato Estadual de Classes reuniu centenas de tenistas nas dependências da Sociedade Esportiva Palmeiras. A competição se realizou em perfeita harmonia e foi um verdadeiro sucesso. O quadro de honra registrou os seguintes campeões: Neusa Longarço – categoria 1F2; Bruna Costa Corral Ponce – categoria 3F1 Sandra Mai Yakabi – categoria 3F2 Giulia Eid Gobbi – categoria 4F1 Janette Keiko Y. Nakandakare – categoria 4F2 Sebastião Raimundo Oliveira – categoria 1M2 Murilo Marchesini E. Oliveira – categoria 2M1 Jaílton Jorge de Matos – categoria 2M2 Marcos Delfino – categoria 3M2 Maurício M. S. Meismith – categoria 4M2 Paulo Massami Terada – categoria 5M2 Sérgio Roberto Zanella, vice-campeão estadual na categoria 40MB, foi o atleta do Palmeiras que obteve a melhor colocação individual. Já na classificação geral do Campeonato Interclubes, o Verdão terminou na 23º colocação entre os 40 clubes participantes.
As modernas quadras de Tênis são uma das atrações do clube
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Futebol de Mesa é bicampeão brasileiro
Pedestrianismo O esporte volta ao Palmeiras com força total. Um grupo de cerca de 150 associados que praticava aulas de corrida no clube se mobilizou e organizou uma equipe que disputa as principais provas de ruas do País. Neste ano, o Verdão esteve na Prova Pão de Açúcar de Revezamento e na Meia Maratona do Rio. E a Corrida de São Silvestre vem aí...
Futebol Society A equipe do Palmeiras está nas finais do Campeonato Paulista da modalidade. O Verdão cumpre boa campanha e vai em busca do título inédito. O alviverde venceu o time da Portuguesa de Desportos na semifinal e enfrenta o Corinthians na finalíssima da competição, que será no sistema com jogos de ida e volta ou, como é mais conhecido, o popular “mata-mata”.
Ginástica Artística O Palmeiras participou da Copa São Paulo, realizada na cidade de Praia Grande/SP. Ana Carolina Ipaves de Brito, atleta palmeirense, sagrou-se campeã individual na categoria pré-infantil aspirante, seguida de Giovana Bork de Oliveira, também do Verdão. O alviverde terminou na primeira posição na categoria aspirante por equipes.
Estes atletas seguem colocando o Palmeiras no topo do cenário brasileiro no que diz respeito ao popular “jogo de botão”
Botonistas palmeirenses garantem para o clube mais uma gloriosa conquista
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elo segundo ano consecutivo, o Futebol de Mesa do Verdão é campeão nacional. O II Campeonato Brasileiro por equipes foi realizado em setembro na Associação Sabesp, em São Paulo/SP, e disputado pelas 16 mais importantes equipes do Brasil, assim distribuídas: SP - Palmeiras, Círculo Militar, Maria Zélia, Meninos, Fundação e São Judas RJ - Vasco da Gama, América, Flamengo e Petropolitano PR - AABB e Clube Curitibano SC - Olímpico Blumenau, Cruzeiro Joinville e Atlântico Sul PI - Fluminense A primeira fase foi disputada em quatro grupos com quatro equipes cada. Classificaram-se as duas melhores equipes de cada chave para a etapa seguinte do torneio. Nesta, as oito equipes foram divididas em duas chaves e os campeões de cada uma delas fizeram a final do campeonato. A Sociedade Esportiva Palmeiras teve uma campanha irrepreensível. Em sete jogos disputados, o alviverde obteve nada menos do que... sete vitórias, comprovando a total superioridade sobre seus adversários.
Os resultados foram os seguintes: 1ª Fase - Palmeiras 35 x 8 São Judas; Palmeiras 41 x 5 Cruzeiro Joinville; Palmeiras 27 x 18 Flamengo; 2ª Fase - Palmeiras 27 x 18 Meninos; Palmeiras 25 x 19 Clube Curitibano, Palmeiras 33 x 12 Fundação; Final - Palmeiras 23 x 20 Maria Zélia O elenco alviverde foi composto pelos seguintes botonistas: Diney, Quinho, Dema, Michilin, Mauro, Paolo, Melli, Hylson, Dentinho, Bolla, De Franco, Artur, Dinho e Narduche. “Esta conquista somente reforça a opinião dos especialistas no assunto: o Palmeiras possui o melhor Futebol de Mesa do Brasil”, destaca Paulo Michilin, botonista do Verdão que atua há mais de 20 anos defendendo as cores alviverdes.
Palmeiras é Campeão Paulista de Hóquei A equipe Sub-16 de hóquei in line do Verdão sagrouse campeã paulista invicta em competição realizada na AABB de São Paulo/SP. Numa final emocionante contra os donos da casa, o Palmeiras conquistou o título após a marcação de um gol nos segundos finais da prorrogação. O time atuou com a seguinte formação: Bruno Curiati Mendes, Fabrício Ruiz de Andrade, Felipe Robério Vieira, Fernando Simioni Casanova, Leonardo Sanches Acquesta, Luís Felipe Bellegarde Silva, Othon Cardoso Scatolin, Rafael Motoyama de Oliveira, Yan Domingues Graciano e José Guilherme de Toledo. O técnico é Rogério Watanabe Polido. O Departamento de Hóquei do Palmeiras conta com o apoio do Habib’s para manter suas atividades.
A euforia da conquista do título nacional, entretanto, foi um dos fatores que afastaram o Verdão do bicampeonato paulista. Na competição estadual, o Palmeiras obteve apenas o 3º lugar por equipes na categoria principal. Já nos aspirantes, fomos vice-campeões. “Mas não creio que este pequeno tropeço ofusque o brilho de um ano repleto de conquistas”, acredita Michilin.
Sub-16 palmeirense: título invicto no hóquei in line
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Aqui, todos os títulos amadores em 2008
Palmeiras/Osasco é vice-campeã em torneio interiorano
Futebol Society Campeão Paulista Principal Masculino Ginástica Aeróbica Campeão Estadual Geral por equipes Campeão Copa São Paulo Juvenil por equipes Campeão Copa São Paulo Infanto-Juvenil equipes Campeão Brasileiro Juvenil por equipes Campeão Brasileiro Infanto-Juvenil por equipes
Futsal feminino representa cidade da Grande São Paulo
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pós 50 minutos de jogo, as penalidades decidiram a equipe campeã do futsal feminino nos 72º Jogos Abertos do Inte-
Arco e Flecha Campeão Brasileiro Palmeiras/Osasco, vice-campeão dos Jogos Abertos
Basquete Campeão Estadual Infantil Campeão Paulista Infantil Torneio Nacional de Italva Infantil Campeão Paulista Série Bronze Míni Campeão Brasileiro Veteranos
rior, disputados na cidade de Piracicaba/SP. O Palmeiras, representando a cidade de Osasco/SP, deixou escapar o ouro para Sertãozinho/SP ao ser superado por 3 a 1 após dois empates ( 1 a 1 no tempo normal e 0 a 0 na disputadíssima prorrogação).
Pelo Verdão, Jessiquinha convertu a sua cobrança, Luíze teve a sua defendida e Pâmela e Débora mandaram para fora. Final: 3 a 1 para Sertãozinho. Veja a campanha do Palmeiras/Osasco:
Bocha Campeão Paulista Feminino
A decisão foi eletrizante. Nos três primeiros minutos, o Palmeiras criou seis chances de gol e chutou duas bolas nas traves. No segundo tempo houve um revezamento das ações ofensivas até que Pâmela, pivô do Verdão, fez excelente jogada e bateu rasteiro, no canto da goleira, aos 5 minutos: Osasco, 1 a 0.
Fase de classificação: 12/11 - Osasco 4 x 1 Indaiatuba 13/11 - Osasco 2 x 1 Assis 14/11 - Osasco 4 x 1 Sorocaba
Futebol de Mesa Campeão Brasileiro por equipes
Aos 12 minutos Sertãozinho teve uma falta a seu favor. Na cobrança, Paola recebeu pela esquerda e empatou a partida. Na prorrogação, ambas as equipes tentaram marcar o gol do título. No primeiro tempo-extra o domínio foi palmeirense, mas Sertãozinho finalizou mais na segunda etapa adicional. Assim, a decisão foi para as cobranças de pênaltis.
Futsal Campeão Brasileiro Feminino Campeão Paulista Feminino Campeão Metropolitano Feminino Campeão do Troféu Piratininga Feminino Campeão dos Jogos Universitários Feminino Campeão dos Jogos Regionais Feminino
Oitavas-de-final 15/11 - Osasco 3 x 1 Poá Quartas-de-final 16/11 - Osasco 3x 0 Guarulhos Semifinal 17/11 - Osasco 2 x 1 Taboão Final 18/11 - Osasco 1x1 Sertãozinho
Patinador palmeirense conquista medalha inédita O atleta da Sociedade Esportiva Palmeiras, Gustavo Casado de Melo, conquistou a primeira medalha da história para o Brasil no Campeonato Mundial Júnior de Patinação, realizado em Taiwan. Gustavo se classificou em 3º lugar na categoria Combinado Figuras e Livre Masculino e faturou a medalha de bronze, além de ter obtido o 6º lugar em outras três modalidades: Figuras, Livre e Solo Dance. O patinador, atual campeão mundial na categoria in line, defendia o bicampeonato, mas obteve apenas o 4º lugar no Campeonato Mundial Masculino.
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Levantamento de Peso Campeão Estadual Geral Campeão do Troféu Eficiência Geral Campeão Paulista Feminino Campeão Paulista Juvenil Masculino Campeão da Copa Paulista Feminino Campeão da Copa Paulista Juvenil Masculino Campeão do Torneio Nacional Feminino Campeão do Torneio Nacional Juvenil Masculino Campeão da Copa São Paulo Adulto Masculino Campeão da Copa São Paulo Juvenil Masculino Hóquei in Line Campeão Paulista Sub-16 Judô Campeão Brasileiro Pré-Juvenil por equipes Patinação Campeão Paulista em diversas categorias Campeão Brasileiro em diversas categorias Campeão Sul-Americano em diversas categorias Tênis Campeão Paulista Categoria 18 MB
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Futebol feminino é prata nos Jogos Abertos do Interior Meninas cumprem boa campanha e fecham ano com outra importante conquista
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futebol feminino do Verdão representou a cidade de Salto nos 72º Jogos Abertos do Interior, realizados em Piracicaba, e garantiu a medalha de prata da competição. Na decisão, o time palmeirense perdeu o ouro para Franca ao ser derrotado por 2 a 1, de virada. O supervisor da equipe, Eliano Apolinário, avalia como excelente a participação do time da competição, já que mais uma vez conseguimos chegar à final. “Com a parceria, já conquistamos um ouro e duas pratas em Jogos Abertos. Em Jogos Regionais já são três medalhas de ouro e uma de prata”, comemora o dirigente. Neste ano, a disputa dos Jogos Abertos se deu em duas divisões, adotando-se como critério o resultado geral das cidades nos Jogos Regionais. A Primeira reuniu apenas as 12 cidades campeãs em suas regiões - os demais 221 municípios ficaram na chamada “Segundona”.
O futebol feminino do Palmeiras fez bonito em Piracicaba/SP
“Isso fez com que a Segunda Divisão ficasse mais forte do que a Primeira, já que contou com times que disputam o Campeonato Paulista, como Botucatu, Franca, Jaguariúna e Salto”, explica. O Palmeiras estreou contra Alumínio, vencendo por 4 a 0. Depois, derrotou Itapeva (3 a 0) e Valinhos (2 a 1), classificando-se assim para as semifinais. A decisão de quem iria para a final foi contra a forte equipe de Botucatu, uma das semifinalistas do Paulista Feminino deste ano. Mesmo desfalcado de importantes jogadoras, como Cris Dentinho, Cacau e Vânia, que foram para o futebol da Espanha, além de Joyce Paulista, convocada para a Seleção Brasileira Sub-21, o time fez excelente apresentação e a partida terminou empatada por 1 a 1. Nos pênaltis, o Palmeiras eliminou o grande “bicho papão” da competição ao vencê-lo por 4 a 2. Para o próximo ano, Eliano já negocia o reforço de jogadoras da seleção principal, como Pretinha, Mônica, Carol e a goleira Paula, além de uma nova comissão técnica. “Estamos trabalhando para reforçar o time e torná-lo ainda mais competitivo”, garante. Nas competições disputadas nesta temporada, o Palmeiras sagrou-se Campeão dos Jogos Regionais, realizados na cidade de Itu, e obteve a 10º colocação no Campeonato Estadual promovido pela Federação Paulista de Futebol.
Varejão no Verdão é rima e é solução O brasileiro Ânderson Varejão, um dos destaques do basquete norte-americano da NBA, onde atua pela equipe do Cleveland Cavaliers, se recuperou para atual temporada na Academia de Futebol do Palmeiras. “Eu sempre gostei daqui. Tenho enorme simpatia pelo clube e agradeço de coração pela chance de ter me tratado aqui. O ambiente de trabalho foi realmente fantástico”, disse. Nos EUA, o atleta conheceu a fama e a idolatria, sendo adotado como xodó dos “Cav’s”. Estes instituíram o “Varejão Day”, quando lotam o ginásio e usam uma peruca alusiva ao cabelo do brasileiro.
Levantamento de Peso O halterofilismo palmeirense teve uma temporada repleta de conquistas. Confira: Campeão da Copa Paulista (Juvenil Masculino); Campeão da Copa Paulista (Adulto Feminino); Campeão da Copa São Paulo Aberta (Juvenil Masculino); Campeão da São Paulo Aberta (Adulto Masculino); Campeão do Campeonato Paulista (Juvenil Masculino); Campeão do Campeonato Paulista (Adulto Feminino); Campeão do Torneio Nacional Interclubes (Adulto Feminino); Campeão do Torneio Nacional Interclubes (Juvenil Masculino); Campeão do Torneio Ás de Ouro (Juvenil Masculino); Campeão do Campeonato Estadual e Campeão do Troféu Eficiência. Destaque para o atleta infanto-juvenil Felipe José de Lima, que estabeleceu 15 novos recordes.
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pparolli Enzo Panassol Za
Igor Caluzzi R. Sil va
Giulia B. Bonato - 7 anos
- 6 meses
Felipe Pedroso Lopes - 2 anos
Fernando Barioni
Clarissa Montresor Cusinato - 2 meses
Gustavo Souza Moscaritolo - 5 anos
Fernanda D’Andrea de Rosa
Enzo Leiva Jarrichio - 7 meses
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Júlio César - 3 meses
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Bruno B. Bonato - 3 anos
Bruno de Oliveira Malena - 4 anos
Arnaldo Gulo Calafiori
Maria Eduarda B. Bonato - 6 anos Yasmin
Henrique Montresor Cusinato - 1 ano
Bruno Graciano Puzzovio - 4 anos
Ca铆que Di Gi贸gio e Luiz Augusto Di Gi贸gio
Giovanna Silveira - 10 meses
Gustavo Salles Franco - 8 anos e Carolina Salles Franco - 4 anos
Cassiano Nascimento de Lima Farias 2 meses
Francisca e Rodrigo Moreira da Silva
Gabriel Marcon - 3 anos
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Tradição há mais de meio século Periquitos em Revista cumpre nobre missão social e eleva o nome do Palmeiras por todo o País
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inqüenta e quatro anos.
Já faz todo este tempo que o espetáculo de patinação artística Periquitos em Revista tornou-se um exemplo de técnica, beleza e ajuda ao próximo. Criado em 8 de junho de 1954 pelo Comendador Hiada Torlay e fortalecido pelo trabalho dos coreógrafos Hugo Setti e Carmen Folch, o grupo se apresenta filantropicamente e elevando o nome Palmeiras.
Cena do mais recente espetáculo do grupo de patinação artística Periquitos em Revista, que entretém, emociona e auxilia há mais de 54 anos. E vive com a agenda cheia.
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Sempre tradicional em momentos de festas do clube, o destaque se dá nos meses de agosto, quando o Verdão aniversaria, e em fins de novembro, já com o show natalino. Na apresentação deste ano, o ingresso custou 1 kg de alimento e um brinquedo novo, entregues à Arquidiocese da Cidade de São Paulo/SP. Há cinco anos à frente do grupo, a diretora Maria Tereza Bellangero conta que a estrutura é composta por 62 patinadores, com idades entre 5 e 50 anos, e 23 profissionais, que apóiam a logística e a organização dos espetáculos. “Um dos nossos méritos é o fato de sermos o único clube que tem em seu corpo de patinadores jovens portadores da Síndrome de Down. Acho que este é o principal diferencial do Palmeiras: além de entreter e alegrar milhares de pessoas por onde se apresenta, temos a preocupação da inclusão social”, diz a diretora, sem esconder uma justificável ponta de orgulho.
O lema palmeirense é “Brincando e Ajudando”, e o retorno vem em forma de efusivos aplausos ao fim de cada apresentação. Sobre o remodelado número ”Welcome to Hollywood”, um dos destaques atuais, Maria Tereza salienta: “Ele é rico em luzes, músicas, cenários e diversas coreografias. Lembra muito o Holliday on Ice”, diz a diretora, referindo-se ao espetáculo de patinação no gelo surgido em 1943 no Estado de Ohio, Estados Unidos. Somente em 2008, foram 21 espetáculos, com cerca de duas horas de duração, em diversas cidades do Estado de São Paulo. Neste fim de ano, todo o grupo já se encontra em férias, e a agenda marca o retorno para março de 2009. Os Periquitos em Revista são a vitrine da Patinação no Verdão. No entanto, o clube também conta com 50 atletas em nível de competição e mantém a escolinha da categoria.
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