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Reestruturação na saúde reduzirá filas de espera

Nova gestora da Saúde detalha parte do plano de reformulação da área, que promete recompor equipes e aumentar oferta de consultas, exames e procedimentos

Você assumiu a pasta de uma das áreas mais delicadas de qualquer município de grande porte como Betim. Em um mês à frente da gestão da Secretaria de Saúde, período em que um diagnóstico foi feito sob sua coordenação, o que você elenca como os principais desafios que irá enfrentar? Desde meu primeiro dia de gestão, estamos trabalhando na reorganização dos fluxos de atendimento para possibilitar uma assistência mais organizada e humanizada aos usuários do SUS Betim. Alguns dos principais desafios que encontramos, mas nos quais já estamos atuando, são recompor as equipes assistenciais para dar celeridade aos atendimentos e procedimentos; modernizar o parque tecnológico da saúde (com a aquisição de equipamentos modernos); aumentar a oferta de consultas, exames e cirurgias especializadas.

De que forma sua experiência no Hospital Regional contribuiu para o convite feito pelo prefeito para assumir a gestão geral da saúde? A experiência adquirida ao longo dos anos à frente de um equipamento robusto e complexo como o Hospital Regional me amadureceu profissionalmente e me capacitou para a tomadas de decisões de forma sistêmica, oferecendo uma visão holística do cuidado com o paciente.

Sabemos que uma de suas metas é reorganizar a oferta de procedimentos, exames e cirurgias, com foco na redução das filas. Pode nos detalhar esse plano? As equipes da Secretaria Municipal de Saúde estão empenhadas em montar estratégias que possibilitarão o aumento da oferta de consultas e exames especializados. Duas importantes frentes de trabalho para diminuir as filas de espera são o projeto itinerante, que aproxima o profissional médico especialista do usuário em pontos estratégicos de atenção à saúde em algumas unidades de saúde, e o Centro Integrado de Saúde da Mulher e da Criança (Cimuc), respeitando os princípios da equidade.

Você veio do Hospital Regional e conhece muito bem as principais demandas de lá. E sabemos que outra grande meta é potencializar a unidade de saúde, que é referência para 12 municípios. Pode nos adiantar algumas das ações que serão realizadas por lá?

O Regional passará por uma grande estruturação dos espaços físicos. A partir da construção dos 40 leitos de UTI, alguns espaços serão readaptados e redimensionados para a linha de cuidado do AVC, para o tratamento de doenças coronarianas, como o IAM, e outras melhorias de ambiência, importantíssimo para o conforto do nosso paciente. Já estamos também revisando protocolos assistenciais e iniciamos treinamentos que aprimorarão a equipe técnica. Além da construção dos 40 leitos de terapia intensiva, a UPA Teresópolis também será reformada e ampliada.

Você pode falar sobre a auditoria que está sendo realizada na saúde? Como anda esse processo? A Secretaria Municipal de Saúde, assim como outras secretarias, conta com auditoria dentro dos processos licitatórios (de compra) para dar transparência à população e garantir que os recursos destinados à saúde sejam realmente empregados e investidos na assistência ao paciente.

Experiência. Ex-diretora do Hospital Regional, Patrícia é enfermeira especialista em terapia intensiva, urgência e emergência e trauma

A previsão do município era entregar ao menos 25 novas UBS até este ano, segundo já noticiamos. Como está isso? Quantas já foram entregues e qual a previsão de novas entregas até o fim desta gestão? A gestão do prefeito Vittorio Medioli já entregou 19 unidades básicas de saúde, e há mais três em construção atualmente, segundo a Ecos.

O Dia D da vacinação contra a gripe aplicou mais de 20 mil vacinas, mas a adesão do município ainda é considerada baixa. O que o governo municipal está fazendo para mudar esse cenário? E em relação à bivalente e à dose contra a meningite? No dia D de vacinação, foram aplicadas 9.901 doses de vacinas contra a Influenza; 5.507 doses de vacina meningocócica C e 4.794 bivalentes. Para um dia apenas, a adesão foi muito boa, mas a cobertura da vacina influenza está em 43,3%, bem abaixo da meta esperada, que é de 95% do público-alvo. Então, decidimos prorrogar a campanha até o dia 31 de julho. Com relação às outras vacinas, estamos recebendo novas remessas de doses da meningocócica C e da bivalente nesta semana. Mediante o recebimento, traçaremos novas estratégias. Além da programação em dias de semana, neste sábado o Vacimóvel estará estacionado no Condomínio Vila Verde, no bairro

Vila Verde, das 8h às 12h.

E sobre a saúde mental? O que será feito? Outro grande desafio será reestruturar toda a rede de assistência à saúde mental do município. O primeiro passo para esta reestruturação será a mudança do espaço de atendimento/acolhimento aos usuários do Cersam Betim Central para um novo local que foi estruturado para oferecer um atendimento digno, humanizado e qualificado. Em breve, vamos comunicar à população.

Quais outras mudanças estão previstas na área da saúde? O serviço odontológico também passará por grandes mudanças positivas. Já estamos reorganizando os processos de trabalho, adquirindo itens de insumo e equipamentos para aumentarmos a oferta de atendimento e serviços à população.

Quer deixar um recado final? Estamos em um momento de planejamento para, o mais breve, possível termos uma saúde em rede funcionando na sua integralidade, promovendo ações de prevenção e reabilitação dos usuários. Ressalto aqui que os servidores/ colaboradores estão muito engajados e comprometidos com as metas deste governo, revisando e construindo protocolos, fazendo treinamentos e capacitações, tudo com o intuito único de fortalecer a saúde em Betim.

“O Regional passará por uma grande estruturação dos espaços físicos. A partir da construção dos 40 leitos de UTI, alguns espaços serão readaptados e redimensionados para a linha de cuidado do AVC, para o tratamento de doenças coronarianas e outras melhorias de ambiência.”

“As equipes estão empenhadas em estratégias que possibilitarão o aumento da oferta de consultas e exames especializados. O mais breve possível teremos uma saúde em rede funcionando na sua integralidade, com ações de prevenção e reabilitação dos usuários.”

“Outro grande desafio está sendo reestruturar a rede de assistência à saúde mental do município. O primeiro passo será a mudança do espaço de atendimento aos usuários do Cersam Betim Central para um local todo estruturado pra oferecer um atendimento digno, humanizado e qualificado.”

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