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Prefeitura decreta situação de emergência na saúde
Unidade é referência pra 1 milhão de pessoas
Lisley Alvarenga lisley.alvarenga@otempo.com.br
A prefeitura decretou, na terça-feira (28), situação de emergência na saúde pública. A decisão ocorre, em especial, por conta do cenário dos últimos dias de superlotação do pronto-socorro do Hospital Público Regional, unidade que é referência para os cerca de 1 milhão de habitantes que compõem os 13 municípios da microrregião de Saúde e que vem enfrentando uma sobrecarga de pacientes, principalmente na ortopedia.
Com a publicação, o município consegue, de forma mais ágil, promover ações administrativas para enfrentar a crise, como a contratação imediata de funcionários e a compra de insumos, sem descumprir as restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal.
“O Hospital Regional é uma unidade de porta aberta, que absorve pacientes de 13 municípios da região, além de vítimas de acidentes nas rodovias que cortam o município. Constatamos, neste início de ano, sobretudo no período sazonal do Carnaval, um aumento exorbitante na demanda por atendimentos no prontosocorro e por cirurgias ortopédicas. Existe, então, de fato, uma superlotação, e, com isso, estamos trabalhando no limite da capacidade de espaço e de equipes. A situação de emergência vem sinalizar que tomaremos medidas à altura para recuperar nossa capacidade”, disse o prefeito de Betim, Vittorio Medioli. O chefe doExecutivo municipal acredita que a situação de emergência deve perdurar por 60 dias.
O decreto estabelece também algumas medidas que serão adotadas pela gestão municipal para enfrentar a crise, como ampliar leitos do hospital; se necessário, suspender temporariamente serviços para priorizar a realização das demandas emergenciais ou dos serviços hospitalares que estão sobrecarregados; transferir pacientes cujos atendimentos não podem ser feitos pelo município para a rede estadual ou para outras cidades e realizar mutirões de cirurgias ortopédicas – hoje, 130 pacientes aguardam na fila.
“Vamos abrir dez leitos no quarto andar do hospital para receber os pacientes que estão nos corredores do prontosocorro, além de reabrir uma ala da enfermaria, que conta com oito leitos e que estava fechada para reforma. Iniciamos o processo para a contratação de mais profissionais, que vão atuar na força-tarefa para agilizar a demanda reprimida por cirurgias ortopédicas e estamos dialogando com o Estado para transferir os pacientes da ortopedia que estão na unidade, mas que aguardam por cirurgias que não são realizadas no hospital de Betim”, disse o secretário de Saúde, Cláudio Arruda.
Segundo a diretora-geral do hospital, Patrícia Evangelista, outra melhoria prevista é a construção de um prédio anexo ao da unidade, que terá capacidade para abrigar 40 leitos de UTI. “Hoje, temos 38 leitos de UTI no térrea do hospital. Com a construção dos 40 leitos, vamos realocar esses leitos para a nova estrutura, podendo ampliar os atendimentos do hospital, entre eles os da ortopedia”, adianta.
‘População cresceu, e hospital encolheu’
O problema da superlotação no Hospital Regional é enfrentado pelo município há anos, segundo o secretário municipal de Saúde.
Cláudio Arruda explicou que, apesar de a unidade ter sido construída,em 1996, para atenderuma demanda de 250 mil habitantes, hoje oferece assistência a mais de 450 mil moradores de Betim, além dos 12 municípios pactua-