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Município entra em alerta para epidemia de dengue

Prefeitura iniciou aplicação de inseticida

Sara Lira sara.carvalho@otempo.com.br

Os casos já registrados de dengue em Betim em 2023 acendem um alerta para uma possível epidemia – quando ocorre o aumento inesperado de casos de uma doença. De acordo com levantamentodaSecretariaMunicipal de Saúde, entre os dias 1º de janeiro e 1º de março deste ano, foram 406 notificações e 234 casos confirmados.

“Identificamos a circulação da variante do subtipo 1 do vírus, que não circulava nos últimos anos. As pessoas estão sem imunidade para essa variante, o que pode resultar em aumento dos casos”, destaca a diretora de Vigilância em Saúde, Fábia Ariene e Fonseca. O fato de a dengue ser cíclica também acende uma luz vermelha sobre o caso. Em média, a cada três anos uma nova epidemia acontece.

A última em Betim foi em 2019, quando apenas entre janeiro e março, foram registrados 8.736 casos da doença na cidade. Em todo o ano, houve 42.989 confirmações. Nos anos seguintes, a incidência foi baixa, mas, em 2023, começou a subir nos dois primeiros meses do ano.

Infestação

Mas outro fator preocupa ainda mais as autoridades além do índice de infestação: a responsabilidade da população.

Segundo o último Levantamento Rápido de Índices para o Aedesaegypti(LIRAa), 96% dos focos do mosquito transmissor da dengue, da zika e da chikungunya estão dentro das casas dos moradores.

Ainda conforme o resultado do estudo, o Índice de InfestaçãoPredial (IIP) do município está em 4,3%, ou seja, a cada mil imóveis pesquisados, 43 estão com focos do mosquito. Esse é o segundo maior índice registrado pelo LIRAa nos últimos dez anos. As regiões com mais infestação são: PTB (7,5%), Petrovale (7,5%), Alterosas (7,3%) e Imbiruçu (6,4%). Mas o alerta é para toda a cidade, já que todos os extratos apresentaram infestação média ou alta.

Combate

Para combater o mosquito adulto, a prefeitura iniciou a aplicação do inseticida com pulverizador Ultra Baixo Volume (UBV). “Vamos aonde são registrados mais casos da doença”, explica o biólogo do Centro de Controle de Zoonozes e Endemias de Betim (CCZE), Sérgio Chumbinho. Os agentes de combate a endemias também têm circulado a cidade para atuar na eliminação das larvas.

Porém, a diretora da Vigilância reforça que combater a dengue é dever de cada pessoa. É preciso fazer a revisão diáriaemcasaenosquintais, eliminando pontosquepodemacumularágua–ambiente onde o mosquito se procria.Outrasaçõesserãodefinidas pelo Comitê Municipal de Promoção, Prevenção, Proteção e Monitoramento das Arbovirosesde Betim.

A população pode denunciar locais com focos via WhatsApp: (31) 99928-2277.

O Verifique se caixas d’água, cisternas e piscinas estão cobertas;

O Deixe as lixeiras bem tampadas;

O Coloque areia nos pratos de plantas;

O Recolha e acondicione o lixo do quintal;

Dengue

Principais sintomas:

Casos de dengue foram confirmados no município entre os dias 1º de janeiro e 1º de março deste ano

MG tem 80% das cidades em risco

O primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Lira) de 2023, que mostra a infestação do mosquito em Minas Gerais, revelou que quase 80% dosmunicípios mineiros estão em risco ou em alerta para o combate ao Aedesaegypti O estudo foi divulgado na terça-feira (28) e apontou que, dos 827 municípios que participaram do estudo, 321, ou seja, 38,8%, apresentam Índice de Infestação Predial igual ou maior que 4, que significa situação de risco para a transmissão das arboviroses – doenças em que os transmissores são mosquitos. Outros 337 municípios (40,8%) estão em alerta para a infestação, e, em 169, o índice de infestação predial está satisfatório.

Febre alta (mais de 38°C), de início abrupto; Dor no corpo e nas articulações;

Dor atrás dos olhos; Mal-estar;

Falta de apetite; Dor de cabeça; Manchas vermelhas no corpo.

O Tampe ralos e abaixe as tampas dos vasos sanitários;

O Limpe a bandeja externa da geladeira e do ar-condicionado;

O Mantenha as calhas limpas;

O Limpe e guarde as vasilhas dos bichos de estimação.

“Todos precisam fazer a própria parte. O agente de combate a endemias tem um papel de ser vigilante, mas cada pessoa é responsável pela sua casa.”

Fábia Ariene e Fonseca, diretora de Vigilância em Saúde de Betim

Importante

Números

Até o dia 27, o Estado havia registrado 50.101 casos prováveis de dengue, tendo sido 13.802 confirmados, incluindo quatro óbitos e 21 em investigação. Em relação à chikungunya, foram 18.371 casos prováveis e 4.536 confirmados. Não há nenhum óbito confirmado, e um está em investigação. Quanto ao vírus zika, foram registrados 72 casos prováveis e um confirmado, sem óbitos. (Da Redação)

A dengue pode se agravar depois de três a sete dias do início dos sintomas, quando a febre começa a baixar. Sintomas como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramento nas gengivas ou no nariz, sangue nas fezes ou fadiga podem significar um quadro de dengue hemorrágica. Nesse caso, o indivíduo deve procurar atendimento médico imediato.

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